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BCJ0205–Fenômenos Térmicos

Primeiro quadrimestre de 2018

Prof. José Kenichi Mizukoshi

Aula 9 (versão 08/04/2018)


Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

Máquinas térmicas e segunda lei da


termodinâmica; Processos reversı́veis
e irreversı́veis
Processos reversı́veis e irreversı́veis
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ Muitos processos que ocorrem na natureza prosseguem somente em um


determinado sentido. Embora processos em sentido contrário não violem a
primeira lei da termodinâmica, eles não ocorrem espontaneamente. Como
exemplo ilustrativo, verificamos que
1. Quando dois corpos em temperaturas diferentes são colocado em contato
térmico entre si, o calor sempre flui do corpo mais quente para o corpo
mais frio. Nunca vemos fluxo de calor do corpo mais frio para o corpo
mais quente;
2. Uma bola de borracha deixada cair ao solo quica diversas vezes e,
eventualmente, chega ao repouso, com a energia potencial gravitacional
original tendo sido transformada em energia interna na bola e no solo.
Entretanto, uma bola que se encontra no solo nunca armazena energia
interna a partir do solo e começa a saltar por conta própria;

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Processos reversı́veis e irreversı́veis
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

3. Se oxigênio e nitrogênio forem mantidos em metades de um recipiente


separados por uma membrana e a membrana for perfurada, ambas as
moléculas se misturam. Nunca vemos oxigênio e nitrogênio de uma
mistura se separarem espontaneamente em lados opostos do recipiente.

■ Todos os processos descritos acima são exemplos de processos irreversı́veis,


i.e. só ocorrem espontaneamente em um sentido. A maioria dos processos na
natureza é irreversı́vel.
■ Um processo é dito reversı́vel quando o sistema puder retornar às suas
condições iniciais pelo mesmo caminho de ida e ao longo da trajetória estiver
sempre em equilı́brio térmico. Desta forma, um processo reversı́vel é um
processo idealizado, em que o sistema muda muito lentamente (processo
quase-estático) para que o equilı́brio térmico seja sempre mantido.

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Máquinas térmicas
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ Uma máquina térmica é um dispositivo que transforma parcialmente energia


em forma de calor em energia mecânica.
Ex.: em uma usina termoelétrica, a queima e.g. do carvão transforma água em
vapor. O vapor coloca a turbina em rotação (conversão em energia mecânica),
que alimenta um gerador elétrico.
■ Em geral, uma máquina térmica faz com que alguma substância de trabalho
realize processos cı́clicos durante os quais envolvem os seguintes passos:
(1) calor é transferido de uma fonte a uma temperatura elevada;
(2) o trabalho é realizado pela máquina;
(3) calor é lançado pela máquina para uma fonte de temperatura mais baixa.

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Exemplo de máquina térmica: máquina a
vapor
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ A figura ao lado mostra um diagrama es-


quemático de uma máquina a vapor, a qual
utiliza a água como substância de trabalho. O
ciclo envolve as seguintes etapas:
◆ a água é convertida em vapor na caldeira,
absorvendo calor Q1 da fonte quente (for-
nalha);
◆ o vapor superaquecido passa para o cilin-
dro, onde se expande de forma aproxima-
madamente adiabática, produzindo um trabalho W pelo deslocamento do
pistão.
◆ a expansão adiabática resfria o vapor, que passa pelo condensador, onde se
liquefaz pelo contato com a fonte fria (atmosfera ou água corrente) ao
ceder um calor Q2 .
◆ a água é aspirada por uma bomba e levada de volta à caldeira, fechando o
ciclo.
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Rendimento de uma máquina térmica
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ A figura ao lado mostra um diagrama esquemático


de uma máquina térmica que opera em ciclos, com Reservatório quente a Tq
as seguintes etapas:
Qq
◆ a máquina absorve uma quantidade de calor Qq
Wmáq
do reservatório quente;
Máquina
◆ a máquina realiza um trabalho Wmáq . De acordo
com a nossa conversão, o trabalho sobre a Qf
máquina é W = −Wmáq ;
◆ uma quantidade de calor Qf é transferida ao
Reservatório frio a Tf
reservatório frio.

■ Para um ciclo, onde ∆Eint = 0, a primeira lei da termodinâmica leva a

∆Eint = Q + W ⇒ 0 = |Qq | − |Qf | − Wmáq

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Rendimento de uma máquina térmica
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

Logo, o trabalho realizado pela máquina é igual a

Wmáq = |Qq | − |Qf |

onde |Qq | − |Qf | é o calor lı́quido absorvido pela máquina.

■ Se a substância de trabalho for um gás, o trabalho


lı́quido feito pela máquina para um processo cı́clico é
igual a área contida pela curva (no sentido horário) que Área = Wmáq
representa o processo em um diagrama P V .

■ O rendimento térmico e é definido como sendo a razão entre o trabalho


lı́quido feito pela máquina e o calor absorvido pela mesma, na fonte de maior
temperatura:
Wmáq |Qq | − |Qf | |Qf |
e= = ⇒ e=1−
|Qq | |Qq | |Qq |
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Rendimento de uma máquina térmica e a
segunda lei da termodinâmica
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ A partir da expressão do rendimento térmico, conclui-se que uma máquina tem


rendimento 100% (e = 1) somente se Qf = 0.

■ De acordo com a formulação de Kelvin-Planck, a


Reservatório quente a Tq
segunda lei da termodinâmica é enunciada da
seguinte forma: Qq
“É impossı́vel construir uma máquina térmica que,
Wmáq
operando em um ciclo, absorva calor de um reser-
Máquina
vatório e o converta completamente em trabalho
mecânico.”
■ De acordo com essa lei, é teoricamente impossı́vel
construir uma máquina como a da figura ao lado,
Reservatório frio a Tf
que trabalha com rendimento de 100%.

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Rendimento de máquinas térmicas –
exemplo
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

Ex. 1 Uma máquina térmica executa 200 J de trabalho em cada ciclo e tem um
rendimento de 30,0%. Para cada ciclo, quanto é o calor absorvido e rejeitado?
Solução Calor absorvido. Temos que o rendimento é dado por

Wmáq |Qq | − |Qf | |Qf |


e= = =1−
|Qq | |Qq | |Qq |

Wmáq 200 J
Logo, a primeira igualdade fica |Qq | = = ⇒ |Qq | = 667 J
e 0,300
Calor rejeitado. Da equação acima, obtemos também

|Qf | = (1 − e)|Qq | = (1 − 0,300)(667 J) ⇒ |Qf | = 467 J

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A máquina de Carnot
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ Conforme visto, de acordo com a segunda lei da termodinâmica, não existe


máquina térmica com 100% de rendimento.
Sendo assim, dadas uma fonte quente, a uma temperatura Tq , e uma fonte
fria, a uma temperatura Tf , pode-se perguntar: qual o máximo de rendimento
que uma máquina térmica pode ter?
■ Em 1824, S. Carnot mostrou que a eficiência máxima é obtida por uma
máquina teórica conhecida como a máquina de Carnot. O ciclo desta
máquina é chamado de ciclo de Carnot.
■ Com respeito à máquina e o ciclo que levam o seu nome, Carnot enunciou o
seguinte teorema, conhecido como teorema de Carnot:
“Nenhuma máquina térmica real operando entre dois reservatórios de calor
pode ser mais eficiente do que a máquina de Carnot operando entre esses
mesmos dois reservatórios.”

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A máquina de Carnot
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ Máquinas térmicas eficientes devem executar processos reversı́veis. Processos


irreversı́veis tendem a diminuir a eficiência da máquina.
Ex.: a transferência de calor através de uma diferença de temperatura é um
processo irreversı́vel, enquanto que se o calor for transferido à temperatura
constante, será reversı́vel. Neste caso, a transferência de calor deve ocorrer
quando a máquina e a fonte possuı́rem a mesma temperatura constante.
◆ Para ser mais preciso, a transferência de calor ocorre porque há uma
pequena diferença de temperatura entre a máquina e a fonte, o que só
pode ocorrer num processo quase-estático.

■ Baseando-se nessas premissas, o ciclo de Carnot é constituı́do por dois


processos isotérmicos (etapas que ocorrem as transferências de calor) e dois
processos adiabáticos (não há troca de calor), todos reversı́veis.

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O ciclo de Carnot
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ O ciclo de Carnot:

A→B
Expansão
isotérmica
Qq
D→A B→C
Reservatório de calor a Tq
Compressão Expansão
adiabática Ciclo adiabática
Q=0 Q=0

C→D
Compressão
isotérmica
Qf

Reservatório de calor a Tf

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O ciclo de Carnot
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ Assumindo-se que a substância de trabalho seja um gás ideal, temos


◆ Processo A → B: expansão isotérmica à tempe-
ratura Tq . Nessa etapa, ∆Eint = 0, logo
 
VB
Qq = −WAB = nRTq ln
VA Qq

◆ Processo B → C: expansão adiabática, portanto


Q = 0 e Tq VBγ−1 = Tf VCγ−1 ; Wmáq Tq

◆ Processo C → D: compressão isotérmica à tem- Tf

peratura Tf . Como ∆Eint = 0 nesta etapa, Qf


 
VD
Qf = −WCD = nRTf ln
VC
◆ Processo D → A: compressão adiabática (Q = 0), com Tf VDγ−1 =
Tq VAγ−1 .

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O rendimento da máquina de Carnot
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ Conforme visto, o rendimento de uma máquina térmica é dado por

|Qf |
e=1−
|Qq |

■ Para a máquina de Carnot, sabendo-se que VA > VB e VD > VC , temos que

|Qf | Tf | ln(VD /VC )| Tf ln(VD /VC )


e=1− =1− ⇒ e=1−
|Qq | Tq | ln(VB /VA )| Tq ln(VA /VB )

■ Pelas relações entre temperatura e volume nos dois processos adiabáticos,


obtém-se que
VD VA
=
VC VB
Portanto,
Tf
e=1−
Tq

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O rendimento da máquina de Carnot
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ Embora a expressão para o rendimento da máquina de Carnot tenha sido


deduzida para o gás ideal, ela vale para todas as substâncias. Logo, todas as
máquinas de Carnot funcionando entre as mesmas temperaturas possuem a
mesma eficiência, dada por
Tf
e=1−
Tq
independentemente da substância de trabalho.

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Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

Problemas propostos
Rendimento de uma máquina térmica
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

P1 Suponha que uma máquina térmica está conectada a dois reservatórios de


calor, um recipiente com alumı́nio derretido (660◦ C) e um bloco de mercúrio sólido
(−38, 9◦ C). A máquina funciona congelando 1,00 g de alumı́nio e derretendo 15,0
g de mercúrio durante cada ciclo. O calor de fusão do alumı́nio é 3, 97 × 105 J/kg,
o do mercúrio é 1, 18 × 104 J/kg e os dois metais estão às suas temperaturas de
fusão. Qual é o rendimento desta máquina?
Resp. e = 55,4%.

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O ciclo de Carnot
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

P2 Uma usina de força, tendo um rendimento de Carnot, produz uma potência P


a partir de turbinas que recebem calor do vapor a uma temperatura Tq e rejeitam
calor a uma temperatura Tf por meio de um exaustor de calor em um rio. A água
rio abaixo é mais quente por ∆T por causa da descarga da usina de força.
Determine a taxa de fluxo (massa por unidade de tempo) do rio.
m PTf
Resp. = .
∆t c∆T (Tq − Tf )

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Referências
Máquinas térmicas e segunda lei da termodinâmica; Processos reversı́veis e irreversı́veis Problemas propostos

■ R. A. Serway, e J. W. Jewett Jr., Princı́pios de Fı́sica, Vol. 2, Cengage


Learning;
■ D. Halliday, R. Resnick e J. Walker, Fundamentos de Fı́sica, volume 2:
gravitação, ondas e termodinâmica, LTC., 2009.

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