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Substância química
Formaldeído (metanal)
Alerta sobre risco à saúde
Ponto de
-19.3 °C (253.9 K)
ebulição
Solubilidade
1 g/ml (20 °C)
em água
Estrutura
Forma
trigonal planar
molecular
Momento 2.33168(1) D
dipolar
Riscos associados
Principais
Tóxico, Inflamável,
riscos
Carcinógeno
associados
2
NFPA 704 3
2
Aplicações
Suas aplicações principais são:
Formas
O metanal é mais complexo do que
muitos compostos de carbono simples,
uma vez que apresenta inúmeras
formas.
Produção
Devido ao seu baixo custo e alto grau de
pureza, o formaldeído tornou-se um dos
mais importantes produtos químicos
industriais e de pesquisa no mundo. O
formaldeído tem sido fabricado
principalmente a partir do metano, desde
o início do século XX. Uma vez que o
metanol é produzido a partir de gás de
síntese, geralmente produzido a partir do
metano, tem havido grandes esforços
para desenvolver um processo de uma
etapa que oxida parcialmente o metanol
em formaldeído. Apesar de um processo
comercial de sucesso não ter sido
desenvolvido, uma ampla gama de
catalisadores e condições de oxidação
têm sido estudadas. Após a Segunda
Guerra Mundial, aproximadamente 20%
do volume de produção nos Estados
Unidos foi fabricado pela fase de vapor, a
oxidação não catalítica de propano e
butanos. Este processo de oxidação não
seletiva produz uma variedade de
subprodutos que exigem um sistema de
separação caro e complexo e, portanto, o
processo de metanol é o preferido. [2].
Questões de segurança e
saúde
Trabalhadores podem ser expostos
durante a produção direta, tratamento de
materiais e produção de resinas.
Profissionais da área da saúde, técnicos
de patologia e histologia, professores e
estudantes que manuseiam espécimes
preservados estão potencialmente em
alto risco de exposição. Consumidores
podem receber exposição através de
materiais de construção, cosméticos,
móveis e produtos têxteis.
Toxicocinética
Absorção
Distribuição
Metabolização
O Formaldeído é um produto metabólico
normal do metabolismo animal, com
variações dos seus níveis endógenos ao
longo do tempo. As maiores fontes
produtoras de Formaldeído endógeno
são a Glicina e a Serina. O Formaldeído é
rapidamente metabolizado e o seu
armazenamento não é um factor de
toxicidade. O metabolismo do
Formaldeído a Ácido Fórmico, via FDH/
class III álcool desidrogenase, ocorre em
todos os tecidos do organismo, como
consequência da formação de
Formaldeído endógeno e a sua rápida
remoção, devido ao apoio da corrente
sanguínea. A FDH é a principal enzima
metabólica envolvida no metabolismo do
Formaldeído em todos os tecidos e é
amplamente distribuída no tecido animal,
e é especifica para a adição de
Formaldeído pela Glutationa. Se o
Formaldeído não for metabolizado pela
FDH, então pode formar ligações
cruzadas entre a proteína e o DNA de
cadeia simples, ou entrar no reservatório
metabólico intermediário de 1 carbono,
ligando-se inicialmente ao
tetrahidrofolato. Muitas enzimas
conseguem catalisar a reacção que
oxida o Formaldeído a Ácido Fórmico,
contudo a FDH é a enzima de primeira
linha para desempenhar essa função e é
específica para o Formaldeído. Outros
aldeídos não sofrem qualquer alteração
na presença da FDH. O Formaldeído,
endógeno ou exógeno, entra na via
metabólica da FDH e é eliminado do
organismo na forma de metabolitos:
Ácido Fórmico e CO2. A actividade da
FDH não aumenta em resposta a uma
exposição ao Formaldeído.
Excreção
[10]
Mecanismos de Acção
O mecanismo exacto pelo qual o
formaldeído exerce seus efeitos
irritantes, corrosivos e citotoxicidade não
é conhecido. Sabe-se que o formaldeído
pode formar ligações cruzadas entre
proteínas e DNA in vivo.[11], relatou que a
via predominante do metabolismo do
formaldeído foi a incorporação
metabólica em macromoléculas (DNA,
RNA e proteínas) na mucosa respiratória,
olfactiva e medula óssea de ratos
machos. Sabe-se que o formaldeído
facilmente se combina com grupos
amino de aminoácidos não protonados e
livres para a produção de derivados
hidroximetil aminoácido e um protão (H
+), que se acredita estar relacionado às
suas propriedades germicidas. Em
maiores concentrações é capaz de
precipitar proteínas.[12] Qualquer uma
dessas propriedades mecânicas, ou
talvez outras propriedades
desconhecidas podem ser responsáveis
pelos efeitos de irritação por exposição
ao formaldeído. É provável que a
toxicidade do formaldeído ocorra quando
os níveis intracelulares saturam a
actividade da desidrogenase
formaldeído, oprimindo a protecção
natural contra o formol, permitindo assim
que a molécula não metabolizada intacta
possa exercer seus efeitos localmente. O
metabolito primário do formaldeído
(formato) não deverá ser tão reactivo
como o próprio formaldeído e está
sujeito à excreção como um sal na urina,
ou ainda para o metabolismo de carbono
em dióxido de carbono. Irritação no
ponto de contato é visualizada por
inalação, por via oral e por via cutânea.
Altas doses são tóxicas e resultam em
degeneração e necrose das camadas de
células da mucosa epitelial. Essas
observações são consistentes com a
hipótese de que os efeitos tóxicos são
mediados pelo formaldeído em si e não
por metabolitos. Os efeitos em locais
distantes podem ocorrer apenas quando,
a capacidade local para a disposição de
formaldeído é excedido devido à
natureza reactiva do formaldeído e à
capacidade metabólica das células de
metabolizar o formaldeído. A indução de
cancro nasal em ratos pelo formol requer
exposição repetida por longos períodos
de tempo a altas concentrações que são
irritantes e que causam danos a uma
população de células da mucosa nasal
que revestem o nariz. A exposição a
concentrações elevadas por períodos
prolongados durante a exposição por
inalação oprime os mecanismos de
defesa inerentes ao formaldeído
(clearance mucociliar, FDH, reparação do
DNA). Este dano celular e tecidual
causado pelo formol não metabolizado é
seguido por uma hiperplasia regenerativa
e por uma fase metaplásica. [13] [14] [15][16]
[17], que resulta num aumento das taxas
do turnover celular dentro da mucosa. O
formaldeído tem sido demonstrado ser
genotóxico em alguns (mas não todas)
as linhas de células e sistemas de
teste.[18] [19] [20] [21] [22] [23] [24] [25] O
formaldeído, provavelmente, pode actuar
como um agente cancerígeno completo
(oferecendo iniciação, promoção e
progressão), com duração repetida e
prolongada de exposição a
concentrações citotóxicas.
Propriedades químicas e
físicas
O formaldeído é um gás. É normalmente
utilizado em solução aquosa a cerca de
37% em massa contendo metanol como
preservativo contra a polimerização.
Limites de tolerância
OSHA: TWA = 0,75 ppm, STEL = 2 ppm,
Nível de ação = 0,5 ppm
IARC: Carcinogênico para humanos
NIOSH: TWA = 0,016 ppm, Valor Teto =
0,1 ppm, Carcinogênico Potencial
NR-15: TWA = 1,6 ppm
IDLH: 20 ppm
Factores da saúde
Sintomas: irritação dos olhos, nariz e
garganta, lacrimação; queimadura no
nariz, tosse, espasmos bronquiais,
irritação pulmonar e dermatite.
Efeitos na saúde: irritação dos olhos,
nariz, garganta e pele, mutagênico e
carcinogênico suspeito. Pesquisas
recentes o apontaram como
responsável por aumentar em até 34%
as chances de uma pessoa normal
desenvolver esclerose lateral múltipla;
chegando, nos que tiveram exposição
superior à 10 anos, à tornar as
chances até quatro vezes maior que
uma pessoa comum.
Órgãos: sistema respiratório, olhos e
pele.
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