Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Assunto:
Na administração pública, uma entidade criada por lei específica, com personalidade de
direito público e patrimônio próprio, que desempenha atribuições públicas típicas e tem
capacidade de autoadministração sob controle estatal é denominada
a) ente de cooperação.
b) consórcio público.
c) autarquia.
d) fundação pública.
e) empresa governamental.
Criada por lei específica! Opa. Nos termos do inc. XIX do art. 37 da CF, as autarquias,
pessoas jurídicas de Direito Público, são criadas diretamente por meio de lei específica.
Acrescento que os consórcios também podem ter a natureza autárquica, porém, se forem
constituídos com a personalidade de Direito Público. Como o item não nos informou a
natureza do consórcio, não dá para concluir se será ou não criado por lei específica.
As empresas estatais são sempre de Direito Privado. E não são criadas por lei específica.
Essa espécie legislativa é hábil só para a autorizar a instituição. Ademais, tais empresas
não se desincumbem de atividade típica de Estado.
As fundações até podem ser de Direito Público. Mas, ainda que assim seja, as fundações
não desempenham atividades exclusivas do Estado.
Na letra B, o poder de polícia não se confunde com o disciplinar. Este atinge os que têm
vínculo especial com a Administração. Não é o caso dos particulares multados por desvios
no trânsito. Isso decorre do poder de polícia.
Na letra B, nos termos do art. 116 da lei de licitações, aos convênios aplicam-se as regras
de licitações, no que couber. E, para a doutrina, não há modalidade de licitação para a
formação de convênios.
Não há comissão. A condução é por pregoeiro, e conta com a equipe de apoio. Essa é uma
comissão de servidores.
c) As disposições da Lei n.º 8.666/1993 não se aplicam ao pregão, nem mesmo
de forma subsidiária.
Sempre que, na lei do pregão, não houver resposta direta, socorre-se sim supletivamente
à lei de licitações.
Não é possível o uso de pregão para locações imobiliárias, obras e alienações em geral.
Então, revogação, anulação e cassação são formas não volitivas? Não, decorrem da
vontade do administrador.
Para entender melhor, vejamos a seguinte situação: o Poder Público Municipal concede
autorização (ato administrativo) para que alguém instale um circo, com animais, em um
terreno público. Logo em seguida, é aprovada uma lei (norma jurídica) que veda o
funcionamento de tais empreendimentos no Município. Perceba que, nesse caso, as
situações, antes admitidas pelo Direito, deixam de ser, à vista do advento de nova
legislação.
Como sobredito, temos três tipologias. Só em uma delas é que se exige, necessariamente,
a ocorrência de dano econômico.
e) exige-se o dolo.
Nem sempre se exige dolo. Veja a tipificação do prejuízo ao erário do art. 10, a qual
admite o elemento culpa.
O gabarito preliminar foi letra “E”. Porém, acertadamente, a banca decidiu pela anulação.
Não há qualquer previsão legal ou regulamentar que imponha que a OSCIP tenha
superávit financeiro positivo. Na verdade, o que existe é que tais entidades são destituídas
de lucro, e podem ter excedente operacional ou superávit. Podem ter!
Na letra B, as OSCIPs são sempre entidades privadas sem fins lucrativos. Não podem
ser sociedades comerciais ou empresariais.
Na letra C, são pessoas de Direito Privado, e sem fins lucrativos. Integram o Terceiro
Setor.
Na letra D, não há previsão para cessão de bens e de servidores. Essa previsão consta na
lei das OSs. Porém, há sim a possibilidade de receberem recursos públicos, por meio da
assinatura de termo de parceria, daí o erro do quesito.
Diferem do caso fortuito e força maior, pois não impedem o prosseguimento do contrato,
mas apenas o torna mais oneroso, razão pela qual acarretará a necessidade de revisão da
equação econômico-financeira.
Na letra D, se houver recurso com efeito suspensivo, não há qualquer prejuízo para a
celebração de acordos.
Claro que, no enunciado, não houve menção à área de atuação das empresas estatais. O
§2º acima é explícito para as interventoras no domínio econômico.
Na letra C, é um item polêmico. As empresas estatais devem sim licitar, ou seja, realizar
um procedimento próprio de licitação para suas obras, compras e serviços. Ocorre que,
na visão da doutrina e jurisprudência, e, hoje, da lei das estatais, para a área finalística,
acham-se dispensadas de licitar. A redação é confusa, podendo levar o candidato a erro.
Na letra D, não são criadas por lei, são só autorizadas por lei específica. O ato de criação
é o mesmo que o adotado pelos demais particulares. Leva o ato constitutivo a registro no
órgão competente.
A palavra exorbitante quer dizer “ir além” e “extravasar”. Já o termo cláusula remete
à ideia de regra, de dispositivo. Da união dessas duas expressões surge a ideia de que
“cláusulas exorbitantes” são regras previstas nos contratos administrativos que vão
além da órbita da esfera do emitente, obrigando ao seu cumprimento o receptor (o
contratado pela Administração), como aplicação do princípio da supremacia do
interesse Público sobre o Privado.
Para a doutrina, referidas cláusulas caracterizam-se por serem incomuns, pelo menos nos
contratos regidos pelo Direito Privado, seja porque seriam nulas (leoninas), seja pela
inadequação, ainda que não fossem nulas.
Questão muito específica. O estudante teria de saber que assistente social é considerado
profissional da área de saúde, e, por isso, permitida a acumulação de dois cargos. É o que
permite o inc. XVI, c, do art. 37 da CF:
Referência jurisprudencial:
Esclareça-se que, para alguns casos concretos, houve limites mais severos impostos pelo
STF. Na Reclamação 6568/SP, o STF sustentou que algumas categorias não deveriam
entrar em greve, ante a essencialidade do serviço que prestam. Por conseguinte, há uma
relativização do direito de greve para algumas categorias, como o caso dos agentes
policiais, uma vez que a sociedade não se pode ver desprovida de segurança. No RE
654432/GO, o STF aprovou a seguinte tese:
Na ADI 5763, o Supremo Tribunal Federal (STF) assentou que é possível a extinção de
Tribunal de Contas dos Municípios por meio de emenda constitucional estadual.
Para o STF, não há vício de iniciativa, pois a Constituição cearense prevê que as propostas
de emendas constitucionais podem ser apresentadas por um terço dos membros da
assembleia legislativa, pelo governador do estado ou por mais da metade das câmaras
municipais.