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Aula 02

Direito Civil p/ TRF 5ª Região (Analista Jud-Área Judiciária e Execução de Mandados)


Com videoaulas

Professor: Aline Santiago


DIREITO CIVIL – TRF 5ª REGIÃO (ANALISTA JUDICIÁRIO)
- Teoria e Questões
Aula 02 – Prof Aline Santiago / Prof. Jacson Panichi
a

Aula 02
Pessoas Jurídicas e
Domicílio.

Apresentação da Aula 02..............................................................................................................2


Cronograma da Aula - 02 ..............................................................................................................3
Relação dos Assuntos com o Código Civil ......................................................................................3
Pessoas Jurídicas (CC arts. 40 a 69). ..............................................................................................4
Constituição da Pessoa Jurídica ....................................................................................................6
Capacidade e Representação da Pessoa Jurídica ...........................................................................8
Classificação da Pessoa Jurídica ....................................................................................................9
Grupos Despersonalizados ......................................................................................................... 12
Sociedades de Fato .................................................................................................................... 14
Começo e Fim (extinção) da Existência Legal da Pessoa Jurídica .................................................. 14
Processo de Extinção da Pessoa Jurídica ..................................................................................... 18
Associações ............................................................................................................................... 19
Fundações ................................................................................................................................. 22
Desconsideração da Pessoa Jurídica ........................................................................................... 30
D P J
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............................................................................ 32
Proteção dos Direitos da Personalidade ..................................................................................... 33
Responsbilidade das Pessoas Jurídicas ....................................................................................... 34
Domicílio da Pessoa Jurídica ....................................................................................................... 35
Considerações Finais .................................................................................................................. 36
Resumo da Matéria .................................................................................................................... 37
Questões da FCC ........................................................................................................................ 38
Questões Comentadas ............................................................................................................... 39
Lista de Questões ....................................................................................................................... 77
Gabarito .................................................................................................................................... 93

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AULA 02
PESSOAS JURÍDICAS E DOMICÍLIO
Apresentação da Aula 02
Olá amigos!

Prontos para mais uma aula de direito civil? Esperamos que a sua
resposta para esta pergunta seja positiva .

Esta aula, assim como a nossa aula anterior, não tem um conteúdo
teórico muito extenso. Mas tenha cuidado! Os assuntos: Pessoa Natural e
Pessoa Jurídica normalmente são cobrados em provas e as questões que
envolvem estes itens, de certa forma, não apresentam grandes dificuldades,
sendo muitas vezes questões “repetidas” ou, então, literais ao texto da lei,
portanto, procure assimilar bem estes conteúdos para garantir acertos na hora
da prova.

Nesta aula, falaremos ainda sobre o domicílio civil, agora no que diz
respeito à pessoa jurídica.

Vamos começar os trabalhos!

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Cronograma da Aula - 02

AULA Tópicos abordados DATA

AULA 02 Pessoas (naturais e jurídicas). (06/11/2016)

Relação dos Assuntos com o Código Civil

Tópicos que serão abordados neste curso Artigos da Lei


AULA 02

Pessoa jurídica Art. 40 ao 69 do CC

Domicílio Art. 75 ao 78 do CC

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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: este curso é protegido por direitos autorais


(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a
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AULA 02
PESSOAS JURÍDICAS E DOMICÍLIO
Pessoas Jurídicas (CC arts. 40 a 69).
Em nossa aula passada, estudamos as pessoas naturais, a respeito do seu
começo e do seu fim, da capacidade e da personalidade. Estas pessoas (pessoas
naturais) são dotadas de capacidade jurídica, porém, para a realização de
determinados empreendimentos uma só pessoa se torna fraca e, sozinha,
dificilmente alcançaria seus objetivos. Com isto, surge a necessidade de se
agrupar as pessoas para que, então, juntas tenham mais força de realização.

Da necessidade de conjugação de esforços, para a realização de


determinados fins, temos a atribuição de capacidade jurídica a entes abstratos,
formados ora pelo ¹conjunto de pessoas, ora por ²conjugação patrimonial.

As pessoas jurídicas são entidades as quais a lei confere personalidade.


Uma vez tendo personalidade jurídica, estas pessoas podem ser sujeitos de
direitos e obrigações.
É importante observarmos que a personalidade da pessoa jurídica não
se confunde, em regra, com a personalidade de cada um dos seus
membros.
Desta forma, uma de suas principais características é a atuação na vida
jurídica com personalidade distinta da de seus membros. Esta separação de
personalidades leva também à separação dos patrimônios – respeitando o
princípio da Autonomia Patrimonial. Assim, em regra, não podem, por
exemplo, ser penhorados os bens dos sócios por dívidas da sociedade1.
As pessoas jurídicas que surgirão poderão ter os mais variados fins, sem
agora numerá-las taxativamente, podemos citar, desde o próprio conceito de
Estado, passando pelas fundações, pelas sociedades, associações de bairro e
associações esportivas. 21686815204

“Mas de onde vem à natureza jurídica destas pessoas?”

Existem diversas teorias que tentam explicar a natureza jurídica da pessoa


jurídica. Dentre essas teorias existem as que negam a existência da pessoa
jurídica – ¹Teorias Negativistas, e as que afirmam sua existência – ²Teorias
Afirmativistas.

1 Você verá que, em algumas situações, o patrimônio dos sócios poderá ser atingido. Isto
será explicado ainda nesta aula.

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Para a Teoria Negativista só existem no Direito os seres humanos,


carecendo as denominadas pessoas jurídicas de qualquer atributo de
personalidade. Por isso chama-se negativista, porque nega existência à
pessoa jurídica. Os que a defendem sustentam que a denominação
pessoa jurídica mascara um patrimônio coletivo ou uma propriedade
coletiva.

As Teorias Afirmativistas estão divididas entre ¹Teorias da Ficção


e ²Teorias da Realidade.

São duas as Teorias da Ficção:


A Teoria da Ficção Legal – criada por Savigny, que considera a pessoa
jurídica uma criação artificial da lei, ou seja, uma ficção jurídica, uma abstração
diversa da realidade. Deste modo, os adeptos desta teoria dizem que os direitos
são prerrogativas concedidas apenas ao homem nas relações com seus
semelhantes. Pois somente o homem tem existência real e psíquica para
expressar a sua vontade para deliberar e o seu poder de ação. Assim, quando se
atribuem direitos a pessoas de outra natureza, isso se trata de simples criação
da mente humana, constituindo-se uma ficção jurídica. A capacidade das pessoas
jurídicas, sendo criação ficta do legislador, é limitada na medida de seus
interesses;
A Teoria da Ficção Doutrinária – que vem a ser uma variação da teoria
explicada acima, defende que a pessoa jurídica não tem existência real, mas
apenas intelectual, sendo uma ficção criada pela doutrina.

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São três as Teorias da Realidade:


A primeira é a Teoria da Realidade Objetiva ou Orgânica – a pessoa
jurídica é considerada por esta teoria como sendo uma realidade sociológica, que
nasce através de imposição das forças sociais;
A segunda é a Teoria da Realidade Jurídica ou Institucionalista – é
parecida com a teoria objetiva pela importância dada aos eventos sociológicos.
Deste modo, considera a pessoa jurídica como uma organização social destinada
a um serviço ou ofício e, por isso, personificada;
A terceira é a Teoria da Realidade Técnica – que diz que a personificação
de grupos sociais é um expediente de ordem técnica. É um atributo deferido

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pelo Estado a certas entidades que o merecem e que observaram os requisitos


por ele estabelecidos.

A teoria da realidade técnica é a adotada pelo código civil de


2002.

Passada a rápida conceituação acima, retornamos agora a ideia trabalhada


anteriormente de que todo o ordenamento jurídico é destinado a regular a vida
dos indivíduos. O direito tem por finalidade o homem como sujeito de direitos.
Deste modo, criam-se institutos jurídicos em prol do indivíduo, criam-se também
pessoas jurídicas como forma de se atribuir maior força ao ser humano, para
que, assim, este possa realizar determinadas tarefas que seriam impraticáveis se
estivesse sozinho.
Mas entenda que da mesma forma que o Direito atribui direitos ele
também impõe obrigações às pessoas jurídicas. Existirão, para cada tipo de
pessoa jurídica, condições, objetivas e subjetivas, determinadas em lei.
Portanto, o conceito de pessoa jurídica é uma objetivação do ordenamento
jurídico. Encara-se a pessoa jurídica como uma realidade técnica, como uma
criação do direito, porque assim está estabelecido em lei.

Constituição da Pessoa Jurídica


Não basta simplesmente que as pessoas se agrupem para formar uma
pessoa jurídica. Há um requisito muito importante, qual seja, a vontade das
pessoas sobre a criação de uma pessoa jurídica e para um determinado fim. É
esta vinculação de vontades, vinculação jurídica entre as pessoas que dá
unidade orgânica ao ente criado, com isto, este ente se torna uma pessoa com
características próprias, uma pessoa jurídica, desvinculada da vontade e da
personalidade daquelas pessoas que a criaram e com autonomia perante seus
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membros.

Através desta unidade de vontades de criar um ente abstrato surge


a personificação.

Vocês se recordam, quando estudamos pessoas naturais, que a partir do


momento em que uma pessoa nasce com vida ela adquire personalidade? Pois
bem, para a pessoa jurídica este momento de aquisição da personalidade se dá
quando há uma conjunção de vontades em torno da criação deste ente abstrato.

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A partir deste momento este adquire personalidade própria, independente da


personalidade de seus sócios.
Contudo, entenda que não basta a simples vontade dos indivíduos para
a constituição da pessoa jurídica. Certos requisitos são impostos por lei, estes
requisitos serão mais severos ou menos severos de acordo com a modalidade
de ente a ser criado.
Preenchendo estes requisitos, a pessoa jurídica será considerada regular
e estará apta a utilizar-se de todas as suas prerrogativas em sua vida jurídica.
Acreditamos que você já pôde perceber que se regula a pessoa jurídica de
modo muito parecido com a pessoa natural. Haverá o momento do “nascimento”,
registro, aquisição de personalidade, capacidade, determinação do domicílio,
“morte” - podendo inclusive, existir uma regulação quanto à sucessão.
Além do explicado até aqui (mas pensando especificamente em questões
de provas), saiba que para as pessoas jurídicas de direito privado (assunto
que abordaremos mais a frente) temos o seguinte:

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai2 em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.

Art. 46. O registro declarará:


I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
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V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;


VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse
caso.

Desta forma os estatutos e os atos constitutivos das pessoas jurídicas de


direito privado são registrados no Cartório de Registro Civil das pessoas
jurídicas. Este registro além de servir de prova, possui natureza constitutiva,
por ser o atributivo de personalidade e da capacidade da pessoa jurídica.

2
Os institutos da decadência e da prescrição serão abordados detalhadamente em outra aula.
Mas você já pode “ir memorizando” alguns prazos. 

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Não esqueça esta informação! A existência legal da pessoa


jurídica de direito privado começa com o registro do ato
constitutivo. Não é quando as pessoas celebram o contrato e não é
quando elaboram o estatuto. Ela começa quando ocorre o
registro.

Para a constituição da pessoa jurídica existem três requisitos básicos:


¹a vontade humana criadora, ²a obediência às condições legais para sua
formação e ³a finalidade lícita.

A ¹vontade humana criadora ou o direcionamento da vontade de várias


pessoas em torno de uma finalidade comum e de um novo organismo é
fundamental. No início existe apenas uma pluralidade de membros que, por sua
vontade, formarão uma unidade, a pessoa jurídica que futuramente passará a
existir como um ente autônomo.
Superada esta primeira fase de manifestação da vontade a pessoa jurídica
já existe em um estado latente, mas para que exista de fato será preciso observar
um segundo requisito: ²a observância das determinações legais. Deve se
respeitar e cumprir, em especial, o que a lei determinar a respeito de sua criação.
É a lei que ditará qual o caminho a seguir para que aquela vontade se materialize
num corpo coletivo.
Por fim, a pessoa jurídica, que resultou de uma vontade, que foi criada de
acordo com a lei, deve também obedecer a um terceiro requisito: ³ter um fim
lícito. Não se pode admitir que uma pessoa jurídica, criada de acordo com a lei,
venha a atentar contra esta, através de atos ilícitos. A sua finalidade e seus atos
precisam estar em conformidade com a lei, em prol de toda a sociedade, de
acordo com os bons costumes e com o direito, ou seja, a sua finalidade precisa
ser lícita.

Capacidade e Representação da Pessoa Jurídica


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Quando estudamos a capacidade da pessoa natural, vimos que ela é


decorrente da personalidade atribuída à pessoa. Com a pessoa jurídica ocorre o
mesmo, porém, se para a pessoa natural esta capacidade será plena para a
pessoa jurídica ela vai ser limitada à finalidade para a qual a pessoa foi
criada.
Os poderes atribuídos à pessoa jurídica estão estipulados nos ¹atos
constitutivos, em seu ²ordenamento interno e, também, na ³lei, uma vez
que seus estatutos não podem contrariar normas cogentes.

Assim, depois de registrada a pessoa jurídica o Direito


reconhece a atividade no mundo jurídico. Neste momento de reconhecimento, a

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pessoa jurídica recebe: denominação, domicílio e nacionalidade (todos


decorrentes da personalidade).
Sob o aspecto da representação, para o exercício do direito, a pessoa
jurídica não pode agir senão através do homem. Há, portanto, uma vontade
humana que opera na pessoa jurídica, condicionada a suas finalidades 3 . Na
realidade, nem sempre a vontade do diretor ou administrador que se manifesta
pela pessoa jurídica coincide com a sua própria vontade. Ele é apenas um
instrumento ou órgão da pessoa jurídica, entendendo-se assim, que há duas
vontades que não se confundem. Por exemplo, o diretor ou presidente pode
manifestar a vontade da pessoa jurídica em assembleia geral, mas esta vontade
não necessariamente precisará coincidir com a sua própria vontade.

Classificação da Pessoa Jurídica


Este item, apesar de não estar expresso no edital, também compõe o
assunto pessoas jurídicas (tacitamente é preciso estudá-lo ).

Preste muita atenção nesta classificação! Apesar de não ser muito


extensa, ela apresenta alguns detalhes e subdivisões, sendo
amplamente cobrada em provas.

Vamos a ela!

I. Quanto à nacionalidade  estas podem ser ¹nacionais e ²estrangeiras.


A nacionalidade da pessoa jurídica deve ser vista sob o prisma da sua
constituição.

 A nacional é a que foi organizada conforme a lei brasileira e tem no país a sede de
sua administração.
 A estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não poderá, sem autorização do Poder
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Executivo, funcionar no país, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo,


todavia, ressalvados os casos previstos em lei, ser acionista de sociedade anônima
brasileira. Se autorizada a funcionar no Brasil: sujeitar-se-á às leis e aos tribunais
brasileiros, quanto aos atos aqui praticados; deverá ter representante no Brasil; e
poderá nacionalizar-se, transferindo sua sede para o Brasil.

3 Não há de se confundir esta representação da pessoa jurídica, com aquela representação dos
incapazes. Enquanto no caso dos incapazes a representação irá ocorrer porque existe a
incapacidade de fato ou de exercício, no caso da pessoa jurídica a representação existe apenas
para que esta possa agir e praticar atos da vida civil.

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II. Quanto à estrutura interna  estas podem ser divididas em


¹corporação e ²fundação.

 A corporação (universitas personarum) é um conjunto de pessoas que, apenas


coletivamente, goza de certos direitos e os exerce por meio de uma vontade única.
Exemplos: as associações e as sociedades.
 A fundação (universitas bonorum) é o patrimônio personalizado destinado a um
fim que lhe dá unidade. São as fundações (públicas e privadas).

Observação: As associações e as sociedades também têm um patrimônio, que


representa um meio para a consecução dos fins perseguidos pelos sócios, mas,
nas fundações, juntamente com o objetivo a que esta se destina, o patrimônio
é o elemento principal.

III. A terceira classificação (e, talvez, a mais importante pensando em


provas) é quanto à função e capacidade  sendo divididas em duas
espécies, conforme expresso no CC, as pessoas jurídicas de ¹direito público
e as pessoas jurídicas de ²direito privado.

 As pessoas jurídicas de direito público


 As pessoas jurídicas de direito privado – são instituídas por iniciativa de particulares
e dividem–se em: fundações particulares, associações, sociedades simples e
empresárias, organizações religiosas, partidos políticos e, ainda, incluídas pela lei
12.441 de 2011, as empresas individuais de responsabilidade limitada.

Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito
privado.

Veja que as pessoas jurídicas de direito público são subdivididas em


direito público interno ou externo. 21686815204

Direito público externo, regulamentadas pelo direito internacional e


abrangendo: as nações estrangeiras, a Santa Sé, as Uniões Aduaneiras, os
Organismos Internacionais. Neste sentido, temos artigo 42 do CC:
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas
as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
Direito público interno, que podem ser da administração direta (União,
Estados, Territórios 4 , Distrito Federal e Municípios) ou podem ser da

4 A classificação dos territórios não é pacifica. Alguns civilistas os colocam como fazendo
parte da administração direta, já para o direito administrativo estes são colocados como da
administração indireta. De todo modo, destacamos que conforme a Constituição Federal,

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administração indireta – descentralizados, criados por lei, com personalidade


jurídica própria para o exercício de atividades de interesse público, tais como as
Autarquias, as Associações Públicas, as Fundações Públicas, as Agências
executivas e reguladoras.

Estão elencados no art. 41:


Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

As pessoas jurídicas de direito privado estão preistas no art. 41 do CC:


Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

Preste atenção! Já foi cobrado em provas:

 Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado.


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 Os sindicatos embora não mencionados expressamente no art. 44, possuem


natureza de associação civil, estando, pois, dentro das pessoas jurídicas de direito
privado.
 Cuidado para não confundir um profissional autônomo com empresa
individual. Empresa individual está normatizada no art. 980-A do CC, que diz: “A
empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa
titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior
a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País”. (Artigo incluído pela Lei
nº 12.441, de 2011). Assim, qualquer pessoa – tanto física com jurídica, pode
constituir uma empresa individual. Já o profissional autônomo é pessoa física que
presta serviços de forma eventual sem relação de emprego. Enquadra-se também

art.18, §2, os territórios federais integram a União, ou seja, territórios não são considerados
entes da federação.

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como profissional autônomo, o profissional liberal, que é aquela pessoa que exerce,
por conta própria, atividade econômica, de natureza urbana, com fins lucrativos ou
não.
 Outro detalhe importante é o que diz respeito às fundações, estas, embora
genericamente estejam listadas entre as pessoas jurídicas de direito privado, se
tiverem atuação que, de certa forma, se assemelhem às Autarquias, terão
personalidade jurídica de direito público (em prova, estará escrito unicamente
Fundações Públicas).

“Vocês podem explicar como fica a situação, por exemplo, de


condomínios e de sociedades irregulares? Em que classificação
estas entidades se enquadram?”

Há determinadas entidades com muitas das características das pessoas


jurídicas que vimos até agora, mas que, no entanto, não chegam a ganhar
personalidade, são grupos despersonalizados. Faltam requisitos
imprescindíveis à personificação, são os grupos com personificação anômala,
alguns autores utilizam também o termo personalidade judiciária.
Temos como exemplos destas entidades: a família; a massa falida; o
espólio; o condomínio; a herança jacente ou vacante. Em geral, estes grupos,
embora não possuam personalidade, possuem uma capacidade processual e
também legitimidade ativa e passiva para demandar e ser demandado em ações
judiciais.

Grupos Despersonalizados
Os grupos despersonalizados que mais aparecem em questões de concurso
são:
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A massa falida - nome que é dado ao conjunto de bens após a sentença


declaratória de falência. Será representado por um síndico, que será o
substituto da empresa ou pessoa que faliu.

A herança jacente ou vacante - herança jacente é o nome que se dá a


herança quando uma pessoa morre sem deixar testamento e não se
conhece nenhum herdeiro. Os bens da herança jacente são declarados
vacantes quando não se apresentar nenhum herdeiro ou, se aparecer
algum, este renunciar a herança. Este acervo de bens será representado
por um curador.

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O espólio - é o conjunto de direitos e obrigações do de cujus 5 . Será


representado em juízo, até que se nomeie um inventariante, por um
administrador provisório.

O condomínio – sobre o condomínio há controvérsias na doutrina.


Quando se tratar de condomínio que é a propriedade comum ou conjunta
sobre alguma coisa, este não possui personalidade jurídica. O problema
está nos condomínios de edifícios. Portanto tenha uma atenção extra se
isto aparecer em prova. Como regra considere-os despersonalizados.
Será representado pelo síndico.

Também se destaca a família como uma entidade não personificada,


pois, apesar de seus laços de sangue, cada membro preserva sua
individualidade e é responsável por suas obrigações.

Veja como esse assunto foi cobrado pela FCC:

FCC 2009 / TJ-PA / Auxiliar Judiciário.


Foi considerado errado o seguinte enunciado: Considerando que a ideia de
personalidade exprime a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair
obrigações, diante do Direito Positivo, é correto afirmar que os órgãos públicos,
o espólio, a massa falida e a herança jacente são dotados de personalidade.
Comentário:
Os órgãos públicos, o espólio, a massa falida e a herança jacente são entes
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despersonalizados.

Vamos treinar? Veja como esse assunto foi cobrado pela FCC:

FCC 2014 / TRT - 24ª REGIÃO (MS) / Juiz do Trabalho Substituto. Assinale a
alternativa em que nenhum ente mencionado possui personalidade jurídica
a) a organização religiosa, a família e o partido político.

5 Expressão jurídica para denominar a pessoa que faleceu.

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b) a fundação, o espólio e a família.


c) a família, o espólio e a sociedade em conta de participação.
d) o espólio, a associação e o condomínio.
e) a sociedade em nome coletivo, a empresa individual de responsabilidade limitada e
a firma individual.

Comentário:
A família  não possui personalidade jurídica.
O espólio  não possui personalidade jurídica. Será representado por um
inventariante.
A sociedade em conta de participação  não possui personalidade jurídica. O sócio
ostensivo é a pessoa jurídica, não a sociedade.
Gabarito letra C

Sociedades de Fato

As sociedades sem personalidade jurídica - são aquelas que


existem e funcionam, mas não possuem existência legal justamente porque não
fizeram seu registro no órgão competente ou então porque lhes falta autorização
legal para funcionamento. Serão representadas pela pessoa a quem couber a
administração de seus bens.
As sociedades irregulares ou de fato são aquelas que não cumpriram
alguns requisitos para sua regular formação, como por exemplo, uma empresa
que deixa de registrar seu ato constitutivo na Junta Comercial. Estas empresas
possuem legitimidade para cobrar em juízo seus créditos, não podendo o devedor
alegar a irregularidade de sua constituição para se negar ao pagamento da dívida.
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Mas não podem ser sujeitos de direitos, e os bens particulares dos sócios
respondem igualmente com os bens da empresa por dívidas contraídas em nome
desta.

Começo e Fim (extinção) da Existência Legal da


Pessoa Jurídica
A pessoa jurídica tem sua origem, em regra, com um ¹ato jurídico ou ²em
decorrência de normas. Existe diferença, porém, entre a origem das pessoas
jurídicas de direito público e das de direito privado.

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As pessoas jurídicas de direito público se não são criadas em razão de


fatos históricos (criação do próprio Estado, por exemplo), o são por normas,
sejam estas: constitucionais; legais; ou, até mesmo, por meio de tratados
internacionais (no caso das pessoas jurídicas de direito público externo).
Já as pessoas jurídicas de direito privado obedecem a um processo que
pode se dar de três formas: o ¹sistema da livre associação (a emissão de
vontade dos instituidores é suficiente para a criação do ente personificado); o
²sistema do reconhecimento (há necessidade de um decreto de
reconhecimento); e o ³sistema das disposições normativas (neste sistema dá-
se liberdade de criação humana, sem necessidade de ato estatal que a reconheça,
mas exige-se que a criação dessa pessoa obedeça a condições predeterminadas).
Em nosso direito, são duas as fases para a concretização da pessoa
jurídica: o ¹ato constitutivo e a formalidade do ²registro.

Na primeira fase, há a constituição da pessoa jurídica por um ato unilateral


entre pessoas vivas ou por testamento (se a pessoa faleceu e deixou estipulado
a sua criação como ato de última vontade). Nesta fase temos um elemento
material que se exterioriza nos atos de reunião dos sócios, nas condições dos
estatutos, etc. Há, também, um elemento formal que é a transcrição do que foi
acertado por escrito. Este ato poderá ser público ou particular. As fundações
são exceção, pois para elas o instrumento público ou o testamento são essenciais.

Após a existência do ato escrito e da autorização passa-se à segunda fase:


o registro. O ato de constituição das pessoas jurídicas de direito privado e o
seu registro estão normatizados nos artigos 45 e 46 do CC:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registo
todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.
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Art. 46. O registro declarará:


I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse
caso.

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Veja como esse assunto foi cobrado pela FCC:

FCC 2008 / TCE-AL / Auditor.


Foi considerado correto o seguinte enunciado: A existência legal das
pessoas jurídicas de direito privado começa com a inscrição do ato constitutivo
no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou
aprovação do Poder Executivo.

FCC 2013 / AL-PB/ Procurador


Foi considerado correto o seguinte enunciado: Quanto às pessoas jurídicas, é
correto afirmar: Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.
Enquanto para a pessoa natural o fim da existência ocorre com a morte
(real ou presumida), para a pessoa jurídica pode ocorrer por causas diversas.
Basicamente, o fim da existência legal da pessoa jurídica, pode ocorrer:

De forma convencional – ou seja, quando seus membros decidirem pelo seu


fim, de acordo com o quórum previsto nos estatutos da empresa ou na lei.
De forma legal – em razão de motivos determinados em lei, mais
precisamente no art. 1.034 do CC:
Art. 1.034 A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento de qualquer
dos sócios, quando:
I - anulada a sua constituição;
II - exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade.
De forma administrativa – quando a pessoa jurídica, para seu
funcionamento, precisa de autorização do poder público e pratica atos nocivos ou
contrários aos seus fins.
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De forma Judicial – que decorre dos casos de dissolução previstos em


lei ou no estatuto, principalmente quando a sociedade se desviar dos fins para
os quais foi constituída.

As formas de extinção se relacionam, e como vimos acima são a


convencional, a legal, a administrativa e a judicial.

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No entanto, a extinção legal tem este nome porque os motivos que


levam à sua extinção advêm da lei (exemplo art. 1.034). Mas entenda que a
extinção não é automática, para que ela aconteça também serão necessárias
algumas medidas judiciais.
A extinção pela forma administrativa acontecerá quando for necessária uma
autorização da administração pública para o funcionamento da Pessoa Jurídica.
Neste caso, quando a PJ pratica atos nocivos ou contrários aos seus fins, o
mesmo poder administrativo que concedeu esta autorização poderá retirá-
la ou, então, negar a sua renovação.

Vamos treinar? Veja como esse assunto foi cobrado pela FCC:

FCC 2013 / SEFAZ-SP / Agente Fiscal de Rendas. No tocante às pessoas naturais


e jurídicas:
a) A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com o início
efetivo de suas atividades civis ou empresariais.
b) As autarquias, União, Estados e Municípios, bem como os partidos políticos, são
pessoas jurídicas de direito público interno.
c) As associações, as fundações, as organizações religiosas, os partidos políticos e as
empresas individuais de responsabilidade limitada são pessoas jurídicas de direito
privado.
d) A personalidade civil da pessoa natural começa do nascimento com vida, evento a
partir do qual serão protegidos também os direitos do nascituro.
e) Somente as pessoas naturais possuem atributos da personalidade e, assim, apenas
elas podem sofrer danos morais.

Comentário: 21686815204

De acordo com o art. 44 do CC.


Gabarito letra C

FCC 2013 / TRT - 12ª Região (SC) / Analista Judiciário. No tocante às pessoas
jurídicas:
a) começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com o início
efetivo de suas atividades ao público.
b) de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes
que, nessa qualidade, causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra
os causadores do dano, se houver por parte destes culpa ou dolo.

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c) a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das instituições


religiosas é condicional, por ser laico o Estado brasileiro, que deverá autorizar ou não
seu reconhecimento e registro.
d) os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno.
e) as autarquias e as associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado.

Comentário:
De acordo com o art. 43 do CC.
Gabarito letra B

Processo de Extinção da Pessoa Jurídica


Após o encerramento das atividades da pessoa jurídica, o seu processo de
extinção se realizará através da ¹dissolução e da ²liquidação. Este processo
se mostra necessário para que se dê destinação aos bens da empresa, se pague
todas as dívidas e para que se faça a partilha do que restar entre os sócios.
A liquidação da pessoa jurídica, segundo o art. 51 do CC, ocorrerá nos
casos de dissolução ou de cassação de autorização para funcionamento.

Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
§ 1º. Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua
dissolução.
§ 2º. As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às
demais pessoas jurídicas de direito privado.
§ 3º. Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da
pessoa jurídica.
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Desta forma, podemos perceber que o cancelamento da inscrição da pessoa


jurídica no registro não acontece no momento em que ela é dissolvida.

O cancelamento da sua inscrição acontece somente depois de


encerrada a sua regular liquidação.

Continuando a análise do Código Civil, há duas pessoas jurídicas, para as


quais o nosso o código reservou alguns itens específicos, são elas: ¹as
associações e ²as fundações.

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Então vamos ao seu estudo mais detalhado!

Associações
No código civil de 2002, as associações estão compreendidas entre os
artigos 53 a 61. O artigo 53 nos dá uma primeira ideia sobre as associações:
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins
não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

As associações se prestam aos mais variados fins, desde que não


econômicos, e preenchem, assim, as mais variadas finalidades na sociedade.
Qualquer atividade lícita e de fins não econômicos pode ser buscada por uma
associação.
Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. Uma vez que
as associações não se formam por contrato e sim pela união de pessoas sem
direitos e obrigações recíprocos6.

Uma observação que devemos fazer é a seguinte:


A associação até pode obter lucro, no entanto, este lucro deverá ser reinvestido
na própria entidade. A associação não pode ter o lucro como finalidade essencial
e nem distribuí-lo entre seus associados.

No artigo 54 do CC estão enumerados os requisitos obrigatórios que


devem constar nos estatutos de toda e qualquer associação:
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
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II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;


III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.

6
Nelson Nery Júnior, Código Civil Comentado, Revista dos Tribunais, 8ª ed., pág. 271.

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Outras disposições podem ser acrescentadas, mas estas, que estão no texto
da lei, são essenciais. Os estatutos são a lei orgânica da pessoa jurídica, a norma
de obediência obrigatória para os fundadores da associação e, também, para
todos aqueles que no futuro venham a ela se associar. A vontade dos novos
membros se manifesta através da adesão à associação e consequentemente aos
seus regulamentos.

Algumas observações:
Nada impede que a associação tenha várias sedes, sendo uma principal e
outras subsidiárias;
A admissão de novos sócios deve atender aos interesses da associação, o
estatuto pode determinar que sejam preenchidos certos requisitos para que
alguém tenha a qualidade de sócio;
A demissão não se confunde com a exclusão, porque esta tem caráter de
penalidade e só pode ser aplicada se for dado direito à ampla defesa ao associado
envolvido (art. 57), já a demissão decorre da iniciativa do próprio interessado,
por oportunidade ou conveniência sua;
É importante que o estatuto estabeleça a providência de fundos, se este vai
ser proveniente de contribuições dos próprios sócios ou de terceiros, ou se, então,
a associação vai exercer alguma atividade que lhe forneça meios financeiros,
entretanto sem que com isso descaracterize sua finalidade.

O artigo 55 do CC nos diz:


Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, MAS o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais.

Este artigo pode dar margem para algumas confusões. A dificuldade estaria
no sentido de se saber, no caso concreto, se é válida a atribuição de vantagens
especiais a sócios, o que contraria a finalidade primeira do dispositivo que é a
21686815204

igualdade de direitos. O melhor é interpretar que toda associação deve garantir


os direitos mínimos aos associados e que as vantagens são excepcionais a
algumas categorias, que por sua natureza sejam diferenciadas.
Seguindo com a nossa conversa! No art. 56 encontramos o seguinte:
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser
o contrário.
Parágrafo único: Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade
de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.

Temos aqui a figura dos associados com e sem em quotas ou fração ideal
do patrimônio da entidade (chamados respectivamente de sócios patrimoniais e

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de sócios meramente contributivos). Na verdade, o que este artigo quer proteger


é o interesse da associação, pois cabe à própria entidade definir quem poderá
ingressar como associado.
O simples fato de transferir uma quota ou a “qualidade” de associado para
outra pessoa pode não ser o suficiente para esta pessoa passar a ser sócia, é
preciso analisar a permissão estatutária.
A ideia fundamental é no sentido de permitir que a associação faça um
juízo de oportunidade e conveniência para a admissão de novos associados. Uma
vez admitido o associado, a sua exclusão somente será possível por justa
causa, obedecido o estatuto. É o que diz o artigo 57 do CC:
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim
reconhecida em procedimento que assegure o direito de defesa e de recurso, nos
termos previstos no estatuto.

Nenhuma decisão de exclusão de associado pode prescindir de


procedimento que permita ao sócio produzir sua defesa e suas provas, ainda que
o estatuto permita e ainda que decidida em assembleia geral, convocada para tal
fim. Também neste sentido temos o artigo 58 do CC:
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe
tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou
no estatuto.

O estatuto ou a lei estabelecerão os limites ao exercício dos direitos


sociais.
A assembleia geral é órgão necessário da associação, exerce papel de
“poder legislativo” na instituição 7 . O artigo 59 do CC elenca as matérias
privativas da assembleia.

Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:


I – destituir os administradores; 21686815204

II – alterar o estatuto.
Parágrafo único: Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é
exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para este fim, cujo quórum
será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores.

No mesmo sentido o artigo 60 do CC determina:


A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantindo a 1/5
(um quinto) dos associados o direito de promovê-la.

7
O “Poder Executivo” da pessoa jurídica é exercido por um diretor ou uma diretoria, podendo ser
criados outros órgãos auxiliares, dependendo do tamanho da entidade.

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De acordo com a norma legal do artigo 59 do CC – que é uma norma de


ordem pública, ou seja, é preceito imperativo, que não admite disposição em
contrário pela vontade privada, competirá somente à assembleia geral a
¹destituição dos administradores e a ²alteração do estatuto.

“Vocês falaram em dissolução da pessoa jurídica. Mas o que


acontecerá com o patrimônio de uma associação quando esta
for dissolvida?”

A resposta à sua pergunta está no art. 61, o seu estudo deve ser literal ao
texto do CC (assim é cobrado em prova):

Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois


de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do
art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no
estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal,
estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
§ 1º. Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem
estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em
restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao
patrimônio da associação.
§ 2º. Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em
que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que
remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito
Federal ou da União.

Para finalizarmos o assunto associação, observe este enunciado do STJ:


Jornada III STJ 142 –
“Os partidos políticos os sindicatos e as associações religiosas possuem
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natureza associativa, aplicando-se-lhes o CC”.

Fundações
Antes de iniciarmos nosso estudo sobre as fundações, temos que noticiá-lo
sobre uma importante alteração ocorrida dia 29/07/2015, onde a Lei nº 13.151
alterou vários dispositivos do CC/2002 sobre as fundações privadas.
Deste modo, vamos fazer um quadro comparativo entre como era o artigo ou
inciso, e como ficou. Mas, desde já alertamos que a citada lei já está em vigor,
pois, de acordo com seu art. 7º, ela entra em vigor na data de sua publicação.

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Então vamos lá!

Vimos que, nas associações, o que importa são as pessoas, a reunião de


pessoas, a coletividade. Já nas fundações, há de início um patrimônio
despersonalizado, destinado a um fim.

As fundações têm sua razão de ser no patrimônio destinado a determinada


finalidade. A Lei nº 13.151, de 2015 alterou a redação do artigo 62 do CC, da
seguinte forma:

Lei nº 10.406, de 2002 Lei nº 13.151, de 2015

Art. 62. Para criar uma fundação, o Art. 62. Para criar uma fundação, o seu
seu instituidor fará, por escritura instituidor fará, por escritura pública ou
pública ou testamento, dotação testamento, dotação especial de bens
especial de bens livres, livres, especificando o fim a que se destina,
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de
e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente
Parágrafo único. A fundação poderá constituir-se para fins de:
somente poderá constituir-se para
I – assistência social;
fins religiosos, morais, culturais ou de
assistência. II – cultura, defesa e conservação do
patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do
meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de
21686815204

tecnologias alternativas, modernização de


sistemas de gestão, produção e divulgação
de informações e conhecimentos técnicos e
científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da
democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas;

Trata-se, como se depreende do artigo, de um conjunto de bens, que


recebe personalidade para a realização de um fim determinado. O patrimônio se
personaliza quando obtém sua existência legal, deste modo, uma fundação não

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é qualquer conjunto de bens. A dotação se fará por escritura pública ou


testamento.
A construção da fundação é voltada para a realização de fins socialmente
relevantes, úteis e nobres. Afasta-se assim taxativamente no parágrafo
único a possibilidade de instruírem-se fundações com fins ociosos e fúteis.
A fundação somente poderá constituir-se para fins de assistência
social; cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
educação; saúde; segurança alimentar e nutricional; defesa,
preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de
tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção
e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;
promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
e das atividades religiosas.

Observe que agora a finalidade da fundação, ou seja, seu campo de atuação


ficou maior e mais determinado. Temos, no parágrafo único do art. 62, um campo
de atuação maior do que tínhamos na antiga redação, o que reforça os
entendimentos da doutrina, tribunais e enunciados, de que a fundação poderia
atuar em outros campos além dos descritos no antigo § único do art. 62.

Atenção! Tenha em mente que esta é a redação atual do art. 62 do CC.


A Lei nº 13.151 já está em vigor.

Para que se aperfeiçoe a personalidade jurídica da fundação, ou


seja, para que se possa dizer que esta existe como pessoa jurídica, é necessário
o preenchimento dos seguintes requisitos: instituição, por meio de escritura
21686815204

pública ou testamento, de dotação especial de bens livres de ônus, da qual conste


a finalidade específica da fundação, que deve ser religiosa, moral, cultural ou de
assistência; estatutos que a regerão; aprovação dos estatutos pelo órgão do
Ministério Público e o registro da escritura de instituição.
A criação da fundação se dá pelo denominado negócio jurídico fundacional
e o registro a personifica, fazendo com que tenha capacidade, patrimônio, sede
e administração8.
No primeiro requisito (instituição) para a criação de uma fundação,
existem dois momentos bem definidos: um é a ¹vontade de sua constituição,
que neste caso se exterioriza no ato de fundação propriamente dito; e o outro é

8
Diniz. Direito Fundacional.

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o ato de ²dotação de um patrimônio, que lhe dará vida. Neste ato de dotação,
estão compreendidos: a reserva de bens livres9, a indicação dos fins e a maneira
pela qual o acervo será administrado.

- Modalidades de formação da fundação:


1. Direta – neste modo, a própria pessoa instituidora projeta e regulamenta a
fundação.
2. Fiduciária – neste modo, o instituidor entrega a tarefa de organizá-la a outra
pessoa.

Atenção! O instituidor da fundação pode ser tanto pessoa


natural quanto pessoa jurídica.

Vimos que a constituição da fundação é feita com dotação de bens, mas


o que ocorre quando esta dotação não for suficiente? Esta situação está
expressa no art. 63 do CC:
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação
que se proponha a fim igual ou semelhante.

Então, se caso os bens forem insuficientes para a constituição da


fundação, eles serão destinados a outra fundação que tenha a mesma ou
semelhante finalidade da que não pôde ser criada, mas isso só acontecerá se
o instituidor não tiver disposto de forma diferente no estatuto.
A tarefa de elaborar o estatuto – que é a lei interna da fundação - cabe ao
instituidor ou, então, o instituidor deverá designar quem elabore o estatuto.
Depois de ultrapassada esta fase, o estatuto será apresentado ao Ministério
21686815204

Público 10 – órgão fiscalizador das fundações, que examinará se foram


observadas as bases da fundação e se os bens são suficientes para atender as
suas finalidades. Neste sentido temos o artigo 66 do CC:
Art.66 Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério
Público do Distrito Federal e Territórios

9
Estes bens têm que ser livres, pois qualquer ônus sobre eles colocaria em risco a existência da
entidade.
10
Esta fiscalização será feita por meio da Promotoria de Justiça das Fundações, nas cidades em
que houver este cargo na divisão administrativa da instituição. Nas cidades menores esta tarefa
caberá ao Promotor Público.

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§2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em


cada um deles, ao respectivo Ministério Público.

Importante! De acordo caput do art. 66 do CC, as fundações depois de


criada, serão fiscalizadas pelo Ministério Público do Estado onde situadas.

Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.

O caput do art. 66 fala em Ministério Público do Estado. E se a fundação


estiver situada no Distrito Federal, quem irá fiscalizá-la? Quem vela pelas
fundações localizadas no DF? O Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios (MPDFT).

A Lei n.º 13.151/2015 alterou o § 1º do art. 66 do CC com o objetivo


de deixar isso expresso no texto do Código.

§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo


ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

Desse modo, mesmo antes da alteração da Lei n.º13.151/2015, por força


de decisão do STF, a atribuição para fiscalizar as fundações privadas localizadas
no DF já era do MPDFT.

(2013 - AL-PB – Procurador). Foi considerado correto o seguinte


enunciado: De acordo com o STF, cabe ao Ministério Público do Distrito Federal
21686815204

e Territórios velar pelas fundações públicas e de direito privado em


funcionamento no DF, sem prejuízo da atribuição, ao Ministério Público Federal,
da veladura das fundações federais de direito público que funcionem, ou não,
no DF ou nos eventuais territórios.

A Lei nº 13.151/2015 corrige a falha do Código Civil e se adequa ao que


foi decidido pelo STF, deixando claro que se a fundação privada funcionar no
Distrito Federal ou em Território caberá o encargo ao MPDFT.

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E se a fundação abranger mais de um Estado/DF? Se ela


funcionar em dois, três, quatro Estados/DF, quem fiscaliza?

Se as atividades da fundação se estenderem por mais de um Estado,


caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público (§ 2º do
art. 66).
Ex: Fundação “A” atua em SP, MG e DF. O MPSP irá fiscalizar as atividades
dessa fundação em SP, o MPRJ no MG e o MPDFT no DF.

(2007 - AGU - Procurador Federal). Foi considerado errado o


seguinte enunciado: Se uma fundação estender suas atividades por mais de um
estado, independentemente de ser federal ou estadual, sua veladura caberá ao
Ministério Público Federal.

Compete, então, ao Ministério Público do Distrito Federal velar pelas


fundações no DF.

 Em se tratando de fundações federais de direito público esta atribuição de


velar cabe, sim, ao Ministério Público Federal, independentemente de funcionar
ou não no DF ou nos eventuais Territórios.
 Nos Estados, esta competência é do Ministério Público do Estado em que se situa
a fundação.

21686815204

Nesta mesma perspectiva, de ação do Ministério Público, temos o parágrafo


único, do artigo 65 do CC:
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo
ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art.62), o estatuto
da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade
competente, com recurso ao juiz.
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou,
não havendo prazo, em 180 (cento e oitenta) dias, a incumbência caberá ao
Ministério Público.

Como vimos, se o instituidor não fizer o estatuto e a pessoa por ele


designada também não fizer, caberá ao Ministério Público esta tarefa. Qualquer

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alteração do estatuto também deve ser submetida à apreciação do Ministério


Público.

Sobre alterações no estatuto temos o artigo 67 do CC:


Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I – seja deliberada por 2/3 (dois terços) dos componentes para gerir e representar
a fundação;
II – não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue,
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

E, aqui, temos a última alteração. Agora temos um prazo máximo para


que o MP analise a proposta de mudança do estatuto. Observe como ficou a nova
redação do inciso III do art. 67 do CC:
Art. 67. III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45
(quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar,
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

Deste modo o art. 67 ficou da seguinte forma:


Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e
cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-
la, a requerimento do interessado.
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ATENÇÃO! Colocamos os dispositivos, o antigo e o novo da Lei nº


13.151, como forma de comparação, mas o que está valendo é a redação nova.
Fique atento. ;)

Caso a alteração não tenha sido aprovada por unanimidade, a minoria


vencida poderá requerer a impugnação no prazo de 10 dias, isso conforme o
artigo 68 do CC:
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os
administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público,

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requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em 10 (dez)


dias.

Existem certas peculiaridades no que diz respeito às fundações:

 A primeira é quanto aos seus bens, estes não podem ser vendidos.
Normalmente, tais bens são inalienáveis, porque é sua existência que
assegura a vida das fundações, não podendo, desta forma, serem desviados
de sua destinação original. É claro que, dependendo da situação, comprovada a
necessidade da venda, esta pode ser autorizada pelo juiz competente11, com a
audiência do Ministério Público. O produto da venda deve ser aplicado na
fundação ou em outros bens destinados a sua manutenção;
 Na fundação, o elemento pessoa natural pode não ser múltiplo, uma vez que
basta uma só pessoa para sua criação;
 O patrimônio é o elemento fundamental das fundações;
 Os fins também são imutáveis, porque são fixados pelo instituidor;
 Nas fundações os administradores não são sócios, podem ser denominados como
membros contribuintes, fundadores, beneméritos, efetivos, etc.

Outra peculiaridade está no artigo 64 do CC:


Art. 64. Constituída a fundação por negócio Jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado
a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o
fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.

Portanto, a promessa do instituidor, que se materializa na dotação de


bens ou direitos, possui caráter irrevogável e irretratável. Se uma pessoa
prometer e não cumprir, poderá o juiz através de mandado judicial executar a
promessa.

Sobre o tema extinção da fundação temos o artigo 69 do CC e o artigo


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765 do CPC:

“CC art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou
vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe
promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no
ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a
fim igual ou semelhante.”
“CPC art. 765. Qualquer interessado ou órgão do Ministério Público promoverá a extinção da
fundação quando:
I – se tornar ilícito o seu objeto;
II – for impossível a sua manutenção;

11
Sem esta autorização a venda será nula.

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III – se vencer o prazo de sua existência”.

Passemos agora a outro assunto muito importante, a chamada desconsideração


da pessoa jurídica!

Desconsideração da Pessoa Jurídica


Quando estudamos a natureza jurídica das pessoas jurídicas, as
classificamos como realidade técnica. A pessoa jurídica decorre da técnica do
direito, é uma criação jurídica para a realização de certos objetivos.
Neste sentido temos que as pessoas jurídicas possuem existência distinta
em relação a seus membros. Existem, porém, determinados casos onde esta
distinção entre a pessoa jurídica e a pessoa natural não pode ser mantida.
Casos estes em que a personalidade da pessoa jurídica foi utilizada para
fugir das suas finalidades, para lesar terceiros.
Quando isto acontece, a personalidade jurídica deve ser desconsiderada,
decidindo o julgador como se o ato ou negócio houvesse sido praticado pela
pessoa natural.

Não se trata de considerar sistematicamente nula a pessoa jurídica, mas, em


casos específicos e determinados, apenas desconsiderá-la temporariamente.
O assunto está regulado pelo artigo 50 do CC:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo ¹desvio
de finalidade, ou pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares
dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Portanto, a teoria da desconsideração (ou disregard of the legal entity),


como assinala Venosa12, “...autoriza o juiz, quando há desvio de finalidade, a não
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considerar os efeitos da personificação, para que sejam atingidos bens


particulares dos sócios ou até mesmo de outras pessoas jurídicas,
mantidos incólumes, pelos fraudadores, justamente para propiciar ou facilitar a
fraude”.

O abuso da personalidade jurídica conforme expresso no CC ocorre em dois


casos:

12
Silvio de Salvo Venosa, Direito Civil I, 11 ed.

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Desvio de finalidade13
Confusão patrimonial14.

Como assinala Galhardo Jr., “para que se desconsidere a pessoa jurídica, é


necessário que o dano causado seja decorrente do uso fraudulento ou abusivo
da autonomia patrimonial. Quando a fraude e o abuso de direito podem ser
combatidos sem a necessidade de afastar-se a personalidade distinta da
pessoa jurídica (como quando é aplicável o regramento dos vícios dos atos
jurídicos), a teoria da desconsideração é inócua (...)”.

“Sempre será necessário o uso fraudulento da pessoa jurídica?”

A disregard of legal entity originariamente foi feita para atingir casos de


fraude e de má-fé. Existem, no entanto, duas teorias sobre a
desconsideração:
A Teoria maior, em princípio, exige dois requisitos: o abuso e o prejuízo. É a
teoria adotada pelo Código Civil. Apenas observando que no caso de confusão
patrimonial, esta será o pressuposto necessário e suficiente.
Teoria menor, que exige como requisito apenas o prejuízo ao credor.

E veja dois enunciados relacionados ao assunto:


Jornada I STJ 7: “só se aplica a desconsideração da personalidade jurídica
quando houver a prática de ato irregular, e limitadamente, aos administradores
ou sócios que nela hajam incorrido”.
Jornada III STJ 146: “Nas relações civis, interpretam-se restritivamente os
parâmetros de desconsideração da personalidade jurídica previstas no CC 50
(desvio de finalidade ou confusão patrimonial)” (Este Enunciado não prejudica o
21686815204

Jornada I STJ 7).

A teoria menor por vezes é adotada pela jurisprudência, principalmente


no que diz respeito às relações de consumo (art.28 e parágrafos da Lei
8.078/1990). Mas o assunto é polêmico. Também é apontada pela doutrina uma

13
Desvio de finalidade - o ato intencional dos sócios em fraudar terceiros com o uso abusivo
da personalidade jurídica.
14
Confusão Patrimonial - subentendida como a inexistência, no campo dos fatos, de
separação patrimonial entre o patrimônio da pessoa jurídica e de seus sócios, ou, ainda, dos
haveres de diversas pessoas jurídicas.

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problemática nas relações trabalhistas, pois, segundo ela, a teoria da


desconsideração tem sido utilizada de forma indiscriminada.

Você precisa estar muito atento(a) em uma questão que aborde o


tema. De todo modo, respondendo à pergunta, entenda que nem
sempre será necessária a comprovação da intenção de fraudar.

Veja como esse assunto foi cobrado pela FCC:

FCC 2011 / DPE-RS / Defensor Público.


Foi considerado correto o seguinte enunciado: Pessoas jurídicas de direito
privado, seu processo de personificação e desconsideração de sua personalidade
jurídica. É cabível a desconsideração da personalidade jurídica "inversa", visando
a alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar
bens pessoais, com prejuízo a terceiros.

Desconsideração “inversa” da Pessoa Jurídica


Existe uma situação que ocorre o seguinte: O sócio, com objetivo prejudicar
a terceiro, oculta ou desvia seus bens pessoais para a pessoa jurídica. Estes
“bens da pessoa jurídica” (na realidade são bens ocultos do sócio) poderão ser
atingidos em uma desconsideração.

Jornada IV STJ 283: “É cabível a desconsideração da personalidade jurídica


denominada ‘inversa’ para alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica
para ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros”.

21686815204

“Professores! Antes de encerrar o assunto, eu li algo sobre a


necessidade de insolvência e a desconsideração da
personalidade jurídica, o que é isto?”

A comprovação da insolvência (que é quando a PJ não pode cumprir


com suas obrigações) não é necessária. Além disso, segundo a doutrina, a
aplicação da teoria da desconsideração conforme já falamos não importa
dissolução ou anulação da sociedade. Importa apenas a sua desconsideração.
Sobre o assunto há inclusive o seguinte Enunciado da Jornada IV STJ
281:
“A aplicação da teoria da desconsideração, descrita no CC 50, prescinde da
demonstração de insolvência da pessoa jurídica”.

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Proteção dos Direitos da Personalidade


As pessoas jurídicas são abrangidas pela proteção dos direitos da
personalidade.

Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.

Veja como esse assunto foi cobrado pela FCC:

FCC 2015 / TJ-PE / Juiz Substituto.


Foi considerado correto o seguinte enunciado: Segundo a legislação civil vigente,
aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.

FCC 2015 / TRE-PB / Analista Judiciário.


Foi considerado INCORRETO o seguinte enunciado: Não se aplica, em qualquer
hipótese, a proteção dos direitos da personalidade tratando-se de
incompatibilidade legal de institutos.

FCC 2006 / PGE-RR / Procurador do Estado.


Foi considerado correto o seguinte enunciado: Aplica-se às pessoas jurídicas, no
que couber, a proteção dos direitos da personalidade.

Observe que a aplicação da proteção aos direitos da personalidade não é


feita indistintamente para todos os casos. Quanto a este assunto temos o
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seguinte enunciado do STJ:


STJ 227: “a pessoa jurídica pode sofrer dano moral”

Porém, atente que o dano moral será objetivo, relativo a atributos sujeitos
à valoração extrapatrimonial da sociedade, como o bom nome, por exemplo.
Isso porque a pessoa jurídica não tem direito à reparação do dano moral
subjetivo, uma vez que não possui capacidade afetiva. E a honra subjetiva está
relacionada aos sentimentos de autoestima.

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Este assunto já foi cobrado, mas por outra banca, no concurso do


MPU/2013: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral nos casos
de violação à sua honra subjetiva.
De acordo com o que vimos está incorreto.

Responsbilidade das Pessoas Jurídicas


A responsabilização vai acontecer quando uma pessoa for prejudicada,
quando houver um dano – seja ele patrimonial ou moral, sendo necessário
também que exista um nexo de causalidade entre este dano e o ato de um agente
– que foi o causador do dano.
A existência de dano gera a responsabilidade e a obrigação de reparação
deste dano. Sendo que a responsabilidade das pessoas jurídicas pode ocorrer
no âmbito administrativo, no civil e no penal.
No âmbito penal, por exemplo, a Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998,
que fala sobre os crimes ambientais, responsabiliza administrativa, civil e
penalmente as pessoas jurídicas, aplicando penas restritivas de direitos,
prestação de serviços à comunidade e multa.

No âmbito civil a responsabilidade da pessoa jurídica pode ser:


Contratual - que está no art. 389 do CC: “Não cumprida a obrigação, responde
o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo
índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado”.
Extracontratual - também chamada de delitual ou aquiliana, que decorre de
atos ilícitos e impõe a todos o dever de não lesar. Se mesmo assim a pessoa o
fizer, ocorrerá a obrigação de reparar este dano.

Toda pessoa jurídica de direito privado responde pelos danos causados a


terceiros, qualquer que seja a natureza de seus fins. Para as pessoas jurídicas
de direito público a responsabilidade é objetiva sob a modalidade do risco
21686815204

administrativo, conforme art. 43:


Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por
atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.

Na responsabilidade civil objetiva, as pessoas jurídicas de direito


público interno têm a obrigação de reparar tão somente pela existência do fato
danoso e do nexo causal (que é a chamada Teoria do Risco), não existe a
necessidade de culpa. É assegurado a estas pessoas, no entanto, o direito de
ação contra os causadores do dano se estes agirem com culpa ou dolo.

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Porém se houver a culpa concorrente entre o agente e a vítima a


indenização será reduzida pela metade. E se a culpa for exclusiva da vítima o
Estado se exonerará da obrigação de indenizar. O mesmo acontecendo no caso
de força maior e fato exclusivo de terceiro.

Domicílio da Pessoa Jurídica


É a sede jurídica da pessoa jurídica, é onde os credores podem demandar
o cumprimento das obrigações. É o local de suas atividades habituais, de seu
governo, administração ou direção, ou ainda, aquele determinado no ato
constitutivo. Estabelece o artigo 75 do CC:
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias
e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos
constitutivos.
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um
deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por
domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas
agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.

O § 1º do artigo 75, vem ajudar às pessoas que necessitam processar uma


entidade com estabelecimentos em vários lugares, ao dizer que cada um deles
será considerado domicílio para os atos neles praticados. Já, o § 2º do artigo
75 diz respeito às pessoas jurídicas estrangeiras que tenham estabelecimento no
Brasil, e que serão demandadas no foro de sua agência aqui localizada, de acordo
com as obrigações contraídas por cada uma delas.
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Considerações Finais
Terminada mais uma aula, caros amigos, como de costume, vamos à
prática, com a resolução de mais questões.

Mandem suas dúvidas para o fórum de dúvidas do nosso curso.


OBS: Mesmo que você encontre questões, sobre as Fundações, desatualizadas,
em função da Lei nº 13.151, vale a pena dar uma olhadinha, pois, assim, você
entende como as bancas costumam pedir este tipo de assunto.
Um abraço e bons estudos!

Aline Santiago & Jacson Panichi.

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Resumo da Matéria
É importante que você saiba identificar e distinguir as pessoas jurídicas de
direito público e as pessoas jurídicas de direito privado (é um ponto recorrente
em provas).

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:


I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público,
a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao
seu funcionamento, pelas normas deste Código.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:


I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e
todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.

“O registro da pessoa jurídica declarará o modo por que se administra e


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representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente.”

Informação: É decadencial o direito de anular as decisões tomadas por órgão


de administração coletiva de pessoa jurídica, quando eivadas, por exemplo, de
simulação.

Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria
de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo,
quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.

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Cuidado com o Art. 50! Não ocorre despersonalização, apenas a


desconsideração – isto quando há abuso da personalidade jurídica por ¹desvio
de finalidade ou pela ²confusão patrimonial. Busca no patrimônio de particulares
(sócios e administradores) a satisfação de dívidas da pessoa jurídica.

Lembre-se também das figuras despersonalizadas (que não possuem


personalidade jurídica própria), tais como a família; a massa falida; o espólio;
o condomínio; a herança jacente ou vacante. Em geral, estes grupos possuem
capacidade processual e também possuem legitimidade ativa e passiva para
demandar e ser demandado em ações na justiça.

Informação: A pessoa jurídica de direito privado responde como preponente


pelos atos de seus empregados ou prepostos (responsabilidade por fato de
terceiro), como também pelos de seus órgãos (diretores, administradores,
assembleias).

Domicílio: Para a pessoa jurídica que possua diversos estabelecimentos em


lugares diferentes, cada um deles será considerado seu domicílio para os atos
nele praticados.

Questões da FCC
Como solicitado nos cursos anteriores que ministramos, apresentaremos as
questões com alguns comentários e ao final colocaremos apenas a lista das
questões com gabarito, desta forma facilitamos para aqueles que estudam
diretamente pelo computador, mas também ajudamos quem irá estudar pelas
aulas impressas.

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Questões Comentadas
01. FCC 2016/ Prefeitura de Campinas – SP / Procurador. Lourenço
adquiriu imóvel em localidade servida por “Associação de Moradores”, à qual
Lourenço não se associou. Passado um mês em que se instalou no local, Lourenço
recebeu, da associação, boleto de cobrança de taxa de manutenção, à qual não
anuiu, bem como comunicado dando conta de que, em Assembleia Geral
realizada um ano antes, decidiu-se que todas as pessoas que se instalassem no
bairro seriam obrigadas a pagar contribuição, independentemente de anuência
prévia, tendo em vista a necessidade de custeio de despesas, dentre as quais a
contratação de segurança privada. O estatuto da referida associação nada dispõe
sobre a transmissibilidade da qualidade de associado. De acordo com
jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, referida deliberação
a) atingirá Lourenço, independentemente de qualquer requisito, se
comprovado que Lourenço se beneficia dos serviços mantidos pela
Associação de Moradores.
b) não atinge Lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por
associações de moradores não obrigam os não associados ou que a elas
não anuíram.
c) atinge Lourenço, porque a associação impõe, aos associados, direitos e
obrigações recíprocos.
d) atinge Lourenço, porque, no silêncio do estatuto, presume-se que a
qualidade de associado se transmite do antigo para o novo proprietário do
imóvel.
e) não atinge Lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por
associações de moradores, independentemente do que dispõe o estatuto,
não possuem caráter obrigatório, ainda que os associados tenham a elas
anuído.

Comentário:
Não atinge Lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por associações de
moradores não obrigam os não associados ou que a elas não anuíram.
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Vejamos o entendimento do STJ com relação à cobrança de taxa de manutenção


em condomínio:
DIREITO CIVIL. COBRANÇA DE TAXA DE MANUTENÇÃO EM CONDOMÍNIO DE FATO.
RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. 8/2008-STJ). TEMA 882.
As taxas de manutenção criadas por associações de moradores não obrigam os
não associados ou os que a elas não anuíram. As obrigações de ordem civil, sejam
de natureza real sejam de natureza contratual, pressupõem, como fato gerador ou
pressuposto, a existência de uma lei que as exija ou de um acordo firmado com a
manifestação expressa de vontade das partes pactuantes, pois, em nosso ordenamento
jurídico positivado, há somente duas fontes de obrigações: a lei ou o contrato.
Nesse contexto, não há espaço para entender que o morador, ao gozar dos
serviços organizados em condomínio de fato por associação de moradores,
aceitou tacitamente participar de sua estrutura orgânica. Com efeito, na ausência

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de uma legislação que regule especificamente a matéria em análise, deve preponderar


o exercício da autonomia da vontade - a ser manifestado pelo proprietário ou, inclusive,
pelo comprador de boa-fé -, emanada da própria garantia constitucional da liberdade
de associação e da legalidade, uma vez que ninguém pode ser compelido a fazer algo
senão em virtude de lei. De igual modo, incabível o entendimento de que a
vedação ao enriquecimento ilícito autorizaria a cobrança pelos serviços
usufruídos ou postos à disposição do dono do imóvel inserto em loteamento,
independentemente de ser ou não associado. Isso porque adotar esse
posicionamento significaria esvaziar o sentido e a finalidade da garantia
fundamental e constitucional da liberdade de associação, como bem delimitou o
STF no julgamento do RE 432.106-RJ (DJe 4/11/2011), encontrando a matéria, inclusive,
afetada ao rito da repercussão geral (RG no AI 745.831-SP, DJe 29/11/2011). De fato,
a jurisprudência não pode esvaziar o comando normativo de um preceito fundamental e
constitucional em detrimento de um corolário de ordem hierárquica inferior, pois, ainda
que se aceite a ideia de colisão ou choque de princípios - liberdade associativa (art.
5º, XX, da CF) versus vedação ao enriquecimento sem causa (art. 884 do CC) -, o
relacionamento vertical entre as normas - normas constitucionais e normas
infraconstitucionais, por exemplo - deve ser apresentado, conforme a doutrina, de tal
forma que o conteúdo de sentido da norma inferior deve ser aquele que mais
intensamente corresponder ao conteúdo de sentido da norma superior. Ademais, cabe
ressaltar que a associação de moradores é mera associação civil e,
consequentemente, deve respeitar os direitos e garantias individuais,
aplicando-se, na espécie, a teoria da eficácia horizontal dos direitos
fundamentais. Concluindo, a aquisição de imóvel situado em loteamento
fechado em data anterior à constituição da associação não pode impor a
cobrança de encargos ao adquirente que não se associou nem a ela aderiu.
Igualmente, se a compra se opera em data posterior à constituição da associação, na
ausência de fonte criadora da obrigação - lei ou contrato -, é defeso ao poder
jurisdicional, apenas calcado no princípio do enriquecimento sem causa, em detrimento
dos princípios constitucionais da legalidade e da liberdade associativa, instituir um dever
tácito a terceiros, pois, ainda que se admita a colisão de princípios norteadores,
prevalece, dentre eles, dada a verticalidade de preponderância, os preceitos
constitucionais, cabendo tão-somente ao STF, no âmbito da repercussão geral, afastá-
los se assim o desejar ou entender. Precedentes citados: EREsp 444.931-SP, Segunda
Seção, DJ 1º/2/2006; AgRg nos EDcl no Ag 715.800-RJ, Terceira Turma, DJe
12/12/2014; e EDcl no REsp 1.322.723-SP, Quarta Turma, DJe 29/8/2013. REsp
1.280.871-SP e REsp 1.439.163-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para
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acórdão Min. Marco Buzzi, Segunda Seção, julgados em 11/3/2015, DJe 22/5/2015.

De acordo com o CC:


Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade
de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
Gabarito letra B

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02. FCC 2016/ Prefeitura de São Luiz – MA /Procurador. Tércio, síndico do


Condomínio São Luís, promoveu ação contra Cipriano por falta de pagamento de
despesas condominiais. A ação foi promovida, não em nome de Tércio, mas em
nome do Condomínio. O polo ativo da relação jurídica processual foi assim
estabelecido porque o condomínio edilício constitui exemplo de
a) ente despersonalizado.
b) sociedade em conta de participação.
c) pessoa física.
d) sociedade em comum.
e) associação.

Comentário:
Atenção!! Essa questão foi cobrada pela FCC na prova de Procurador como
conhecimento em direito civil e não como direito processual civil, ok!?

Vamos ao comentário,
O condomínio edilício constitui exemplo de ente despersonalizado.
Sendo, portanto, o polo ativo da relação jurídica processual.
Os grupos despersonalizados que mais aparecem em questões de concurso
são:
 A massa falida
 A herança jacente ou vacante
 O espólio
 O condomínio
 Também se destaca a família como uma entidade não personificada, pois, apesar
de seus laços de sangue, cada membro preserva sua individualidade e é
responsável por suas obrigações.

Ainda, de acordo com o CPC:


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Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:


(...)
V - a massa falida, pelo administrador judicial;
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;
VII - o espólio, pelo inventariante;
(...)
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.
(...)
Gabarito letra A

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Aula 02 – Prof Aline Santiago / Prof. Jacson Panichi
a

03. FCC 2016/TRT 14º Região (RO E AC)/AJAJ. Para se alterar o estatuto
de uma fundação, é mister que a reforma não contrarie ou desvirtue o fim desta
e seja deliberada
a) Pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação,
devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este
a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
b) Pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação,
devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este
a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
c) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação,
devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este
a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
d) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação,
devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, sem
possibilidade de suprimento judicial a requerimento do interessado no caso
de denegação.
e) Pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação,
devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, sem
possibilidade de suprimento judicial a requerimento do interessado no caso
de denegação.

Comentário:
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e
cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-
la, a requerimento do interessado.
Gabarito letra C.

04. FCC 2015/TJ-PE/Juiz Substituto. Segundo a legislação civil vigente,


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a) A proteção dos direitos da personalidade é de aplicação irrestrita para as


pessoas jurídicas.
b) Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.
c) Apenas quanto à utilização do nome é que se aplica às pessoas jurídicas a
proteção dos direitos da personalidade.
d) Para caracterização de dano moral à pessoa jurídica é imprescindível que
também ocorra dano patrimonial.
e) Às pessoas jurídicas não se concede indenização por dano moral.

Comentário:

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Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.
Gabarito letra B.

05. FCC 2015/TRE-RR/Analista Judiciário. No tocante as pessoas jurídicas,


considere:
I. As organizações religiosas e os partidos políticos são pessoas jurídicas de
direito privado.
II. O prazo decadencial para anular a constituição das pessoas jurídicas de direito
privado, por defeito do ato respectivo, é de dois anos a contar da publicação de
sua inscrição no registro.
III. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se
tomarão pela maioria de votos dos presentes. Neste caso, o prazo decadencial
para anular as referidas decisões que violarem a lei ou estatuto é de dois anos.
IV. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) II e III
b) I e II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I e IV.

Comentário:
Afirmativa I – correta.
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
IV - as organizações religiosas; 21686815204

V - os partidos políticos.

Afirmativa II – errada.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação
de sua inscrição no registro.
Afirmativa III – errada.

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Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este
artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou
fraude.

Afirmativa IV – correta.
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.
Gabarito letra E.

06. FCC 2015/TCM-GO/Procurador do Ministério Público de Contas. No


tocante às fundações, considere:
I. Constituem elas um acervo de bens, que recebe personalidade jurídica para a
realização de fins determinados, de interesse público, de modo permanente e
estável.
II. Podem ser constituídas para fins científicos, educacionais ou de promoção do
meio ambiente, mesmo que com fins lucrativos.
III. Quando insuficientes para constitui-las, os bens a ela destinados serão, se de
outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se
proponha a fim igual ou semelhante.
IV. Os fins ou objetivos da fundação não podem em princípio ser modificados, a
não ser pela vontade unânime de seus dirigentes.

Está correto o que se afirma em


a) III e IV, apenas
b) I, II, III e IV
c) I, II e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas. 21686815204

e) I e III, apenas.

Comentário:
Afirmativa I – correta. Fundação é o patrimônio personalizado destinado a um
fim que lhe dá unidade. São as fundações (públicas e privadas).

Afirmativa II – errada.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:

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I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de
sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e
científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas; e
X – (VETADO).

Afirmativa III – correta.


Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão,
se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se
proponha a fim igual ou semelhante.

Afirmativa IV – errada.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e
cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-
la, a requerimento do interessado.
Gabarito letra E.
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07. FCC 2015/TCM-GO/Procurador do Ministério Público de Contas.


Morrinhos Futebol Clube é uma associação esportiva sem fins lucrativos, que
decide, para aumentar seus ganhos, montar um restaurante em sua sede, aberto
aos associados e familiares, bem como uma loja para vender camisas dos
uniformes de seus jogadores, bolas e réplicas dos troféus conquistados. Essa
conduta
a) Não é possível, pois associações não podem ter fins econômicos, o que se
caracterizaria em ambas as situações, só podendo a imagem da associação
ser cedida onerosamente a terceiros.
b) É possível, mesmo com ganhos pessoais aos associados, pois associações
podem ter os mesmos fins econômicos que uma sociedade por quotas de
responsabilidade limitada.

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a

c) É possível, desde que não haja ganhos pessoais aos associados, pois a
realização eventual de negócios para manter ou aumentar o patrimônio da
associação não a desnatura
d) É possível somente em relação à venda de uniformes, bolas e troféus, pois
a abertura de um restaurante, mesmo que sem ganhos pessoais aos
associados, desnatura sua condição de associação, por não ter nexo com
suas atividades esportivas.
e) É possível somente em relação à abertura do restaurante, desde que
somente para os associados e familiares, pois a venda de uniformes, bolas
e troféus, por ser livre à população em geral, tem fins lucrativos que a
desnaturam enquanto associação.

Comentário:
As associações não estão de gerar renda para manter sua existência ou aumentar
suas atividades. O que não pode acontecer é esta renda ser distribuída entre os
associados.
Desta forma, uma associação pode possuir determinado patrimônio e realizar
negócios para aumentar esse patrimônio. Isso não irá descaracteriza-la, uma vez
que não irá proporcionar ganhos pessoais aos associados.
Gabarito letra C.

08. FCC 2014/ DPE-PB/Defensor Público. Carlos emprestou R$ 1.000,00 a


Pedro, sócio da "Construtora Bertolai Ltda.", empresa de grande porte. O contrato
foi formalizado em instrumento subscrito por duas testemunhas. Na data em que
o dinheiro deveria ser devolvido, Pedro negou-se ao pagamento, afirmando
insuficiência de recursos. Diante do inadimplemento, Carlos ajuizou execução de
título executivo extrajudicial, contra a qual não foram opostos embargos. Na fase
de indicação de bens à penhora, constatou-se somente que Pedro não possuía
bens penhoráveis. Por esta razão, Carlos requereu desconsideração inversa da
personalidade jurídica, a qual deverá ser
a) Indeferida, pois a mera ausência de bens penhoráveis não autoriza o
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pedido.
b) Deferida, pois a empresa de que Pedro é sócio possui condições suficientes
para pagar o débito.
c) Deferida apenas se provado que Pedro ostenta cargo de gerência na
empresa de que é sócio.
d) Indeferida, pois não é possível a desconsideração inversa da personalidade
jurídica.
e) Deferida, pois se está diante de relação de consumo.

Comentário:
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXTRAJUDICIAL. DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PERSONALIDADE JURÍDICA.

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MEDIDA EXCEPCIONAL. REQUISITOS AUSENTES. IMPOSSIBILIDADE. EM FACE DA


EXCEPCIONALIDADE DA MEDIDA, CORRETA A DECISÃO QUE INDEFERE PEDIDO DE
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PERSONALIDADE JURÍDICA, UMA VEZ QUE A
AUSÊNCIA DE BENS PENHORÁVEIS EM NOME DO DEVEDOR, POR SI SÓ, NÃO
ENSEJA SUA IMEDIATA APLICAÇÃO. INEXISTINDO ELEMENTOS INDICATIVOS DE
QUE HOUVE AÇÃO FRAUDULENTA OU ABUSIVA DO DEVEDOR, COM DESVIO DE
FINALIDADE OU CONFUSÃO PATRIMONIAL ENTRE SEUS BENS E O DA PESSOA
JURÍDICA, NÃO TEM LUGAR A CONSTRIÇÃO DE BENS DAQUELE. AGRAVO CONHECIDO
E NÃO PROVIDO. (TJ-DF - Agravo de Instrumento : AGI 20130020119539 DF 0012788-
26.2013.8.07.0000)
Gabarito letra A.

09. FCC 2014/TJ-CE/Juiz. A empresa individual de responsabilidade limitada


é
a) Ente despersonalizado, porque suas atividades são exercidas pela pessoa
física ou jurídica que a instituir.
b) Pessoa jurídica de direito privado, que só poderá ser instituída por outra
pessoa jurídica também de direito privado, mas não terá capital social.
c) Pessoa jurídica de direito privado e será constituída por uma única pessoa
titular da totalidade do capital social.
d) Pessoa jurídica de direito privado cuja personalidade se confunde com a de
seu instituidor e não possui capital social.
e) Pessoa jurídica de direito público, ou de direito privado, segundo seja seu
instituidor uma pessoa natural ou um ente público.

Comentário:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma
única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não
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será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.


Gabarito letra C.

10. FCC 2013/TJ-PE/Juiz. São pessoas jurídicas de direito privado, segundo o


Código Civil,
a) As associações, inclusive as associações públicas, em razão da atividade
que exercerem.
b) As organizações religiosas e as autarquias.
c) Os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade
limitada.
d) As fundações e os condomínios em edificação.

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a

e) As pessoas jurídicas que forem regidas pelo direito internacional público,


quando as respectivas sedes se acharem em países estrangeiros.

Comentário:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
Gabarito letra C.

11. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros. Sob pena de


nulidade, o estatuto das associações conterá:
I. A denominação, os fins e a sede da associação, bem como os requisitos para a
admissão, demissão e exclusão dos associados.
II. Os direitos e deveres dos associados, bem como as fontes de recursos para
manutenção das associações.
III. O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos, bem
como a forma de gestão administrativa e de aprovação das contas associativas.

Está correto o que consta em


a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II, apenas.
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Comentário:
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.

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a

VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.


Gabarito letra A.

12. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros. Em relação às


fundações, é correto afirmar que
a) Constituídas por negócio jurídico entre vivos, a transferência da
propriedade sobre os bens dotados é obrigatória após a morte do
instituidor, somente.
b) Só podem elas ser constituídas para fins religiosos, econômicos, morais,
culturais, assistenciais ou esportivos.
c) Quando os bens destinados a constituí-las forem insuficientes, em regra
voltarão ao instituidor, se vivo, ou serão transferidos aos herdeiros deste,
se falecido.
d) Para serem criadas, seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se
destinam e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
e) Tornadas ilícita, impossível ou inútil sua finalidade, serão extintas e, em
regra, seu patrimônio será incorporado ao Estado-membro em que
sediadas.

Comentário:
Alternativa “a” e “b” erradas.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:
I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
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V – segurança alimentar e nutricional;


VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de
sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e
científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas
Alternativa “c” errada.

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Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que
se proponha a fim igual ou semelhante.

Alternativa “d” correta.


Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina,
e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

Alternativa “e” errada.


Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou
vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado,
lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em
contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz,
que se proponha a fim igual ou semelhante.
Gabarito letra D.

13. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros – remoção. Em


relação às associações, é correto afirmar:
a) A exclusão do associado depende unicamente das disposições estatutárias,
podendo ocorrer por ato imotivado dos órgãos deliberativos, se assim
dispuser o estatuto.
b) Os associados devem ter iguais direitos e, em consequência, é vedado que
se estabeleçam no estatuto categorias com vantagens especiais.
c) Como regra, a qualidade de associado é transmissível livremente.
d) Entre os associados, são estabelecidos direitos e obrigações recíprocos.
e) Compete privativamente à assembleia geral, especialmente convocada
para esses fins, destituir os administradores e alterar o estatuto
associativo.

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Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim
reconhecida em procedimento que assegure o direito de defesa e de recurso, nos termos
previstos no estatuto.

Alternativa “b” errada.


Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais.

Alternativa “c” errada.

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Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o


contrário.
Parágrafo único: Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade
de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
Alternativa “d” errada.
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins
não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Alternativa “e” correta.


Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:
I – destituir os administradores;
II – alterar o estatuto.
Parágrafo único: Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste
artigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para este
fim, cujo quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de
eleição dos administradores.
Gabarito letra E.

14. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros – provimento. Para


que se possa alterar o estatuto de uma fundação é mister que a reforma:
I. seja deliberada por metade mais um dos membros competentes para gerir e
representar a fundação.
II. não contrarie ou desvirtue sua finalidade.
III. seja aprovada pelo órgão do Ministério Público e, caso este a denegue, poderá
o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
21686815204

Está correto o que se afirma em


a) II e III, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III.
e) I, apenas.

Comentário:
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;

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III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e
cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-
la, a requerimento do interessado.
Gabarito letra A.

15. FCC 2013/TRT 1ª Região/Analista Judiciário. A Fundação Juju foi


regularmente criada para atuar no benefício de crianças carentes e está em plena
atividade na cidade do Rio de Janeiro. Uma das pessoas competentes para gerir
e representar a Fundação Juju pretende alterar o seu estatuto. Para tanto, a
alteração não pode contrariar o fim da Fundação e, além disso, deverá ser
deliberada
a) Pela maioria absoluta dos competentes para gerir e representar a fundação
e aprovada pelo órgão do Ministério Público, com possibilidade de
suprimento judicial caso este denegue a aprovação.
b) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e
aprovada pelo órgão do Ministério Público, com possibilidade de suprimento
judicial caso este denegue a aprovação.
c) Pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação
e homologada pelo Juiz competente, após aprovação pelo Ministério
Público.
d) Pela maioria absoluta dos competentes para gerir e representar a fundação
e homologada pelo Juiz competente, após aprovação do Ministério Público.
e) Por todas as pessoas competentes para gerir e representar a fundação e
homologada pelo Juiz competente, após aprovação do Ministério Público.

Comentário:
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e
cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-
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la, a requerimento do interessado.


Gabarito letra B.

16. FCC 2013/TRT 1ª Região/Analista Judiciário. Sobre as associações, de


acordo com o Código Civil brasileiro, é correto afirmar:
a) Compete privativamente à assembleia geral especialmente convocada
alterar o estatuto de uma associação, cujo quórum para aprovação será
sempre de, no mínimo, dois terços dos associados.
b) Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição

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da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição


diversa do estatuto.
c) A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a um sexto dos associados o direito de promovê-la.
d) Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos, havendo entre os associados direitos e obrigações
recíprocos.
e) O estatuto da associação não será nulo se não contiver a forma de gestão
administrativa e de aprovação das respectivas contas, que será decidida
em assembleia geral especialmente convocada para este fim.

Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:
I – destituir os administradores;
II – alterar o estatuto.
Parágrafo único: Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é
exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para este fim, cujo quórum
será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores.

Alternativa “b” correta.


Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
Parágrafo único: Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade
de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.

Alternativa “c” errada.


Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantindo a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.
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Alternativa “d” errada.


Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins
não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Alternativa “e” errada.


Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;

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II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;


III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
Gabarito letra B.

17. FCC 2012/TRF 2ª R./Analista Judiciário. Segundo o Código Civil


brasileiro, no tocante às Associações, a qualidade de associado, em regra, é
a) intransmissível.
b) transmissível de forma onerosa ou gratuita.
c) transmissível apenas de forma onerosa.
d) transmissível apenas de forma gratuita.
e) pública, incondicional e transmissível.

Comentário:
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
Veja que a regra é a intransmissibilidade, embora tal característica não seja
absoluta. O que irá determinar tal possibilidade é o estatuto da associação.
Gabarito letra A.

18. FCC 2012/TCE-AP/Analista de Controle Externo. São pessoas jurídicas


de direito público interno:
a) as sociedades.
b) as autarquias.
c) as organizações religiosas. 21686815204

d) os partidos políticos.
e) as fundações.

Comentário:
Este tipo de questão é bastante comum não só na FCC. Partidos políticos e
organizações religiosas são bastante citados. Lembre-se! Ambos são pessoas
jurídicas de direito privado.
Outro detalhe é o que diz respeito as fundações, estas até podem ser pessoas
jurídicas de direito público, mas normalmente aparecerá a expressão fundação
pública.
Quanto às pessoas jurídicas de direito público, vamos ao código civil, art. 41:

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Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:


I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra B.

19. FCC 2012/TJ-PE/Analista Judiciário. De acordo com o artigo 45 do


Código Civil brasileiro, "começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito
privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida,
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-
se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo". O prazo
para anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do
ato respectivo, contado de sua inscrição no registro, é
a) prescricional de cinco anos.
b) decadencial de cinco anos.
c) decadencial de dois anos.
d) prescricional de três anos.
e) decadencial de três anos.

Comentário:
A resposta para esta questão está no parágrafo único do art. 45 (também muito
cobrado em provas de concursos públicos).
Art. 45. Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.
Gabarito letra E. 21686815204

20. FCC 2012/TJ-PE/Oficial de Justiça. Com relação às Pessoas Jurídicas de


Direito Público Interno e de Direito Privado é certo que
a) a criação, a estruturação interna e o funcionamento das organizações
religiosas são livres, mas o poder público pode negar-lhes registro dos atos
constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
b) as fundações e as organizações religiosas são pessoas jurídicas de direito
público interno.
c) os partidos políticos e as associações são pessoas jurídicas de direito
público interno.

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d) direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado,


decai em três anos por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro competente.
e) a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, em qualquer
hipótese, de autorização ou aprovação do Poder Executivo.

Comentário:
A alternativa “a” errada.
Art. 44, § 1º. São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o
funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-
lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu
funcionamento.

A alternativa “b” e a alternativa “c” estão erradas.


Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
As fundações, as organizações religiosas, os partidos políticos e as associações
estão entre as pessoas jurídicas de direito privado.

A alternativa “d” está correta.


Art. 45, § único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação
21686815204

de sua inscrição no registro.

A alternativa “e” está errada.


Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário,
de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.
Gabarito letra D.

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21. FCC 2012/TJ-PE/Oficial de Justiça. A empresa "Sorriso" possui diversos


estabelecimentos em lugares diferentes. De acordo com o Código Civil brasileiro,
com relação ao domicílio, no caso da empresa "Sorriso",
a) cada estabelecimento será considerado domicílio para os atos nele
praticados.
b) o domicílio civil da empresa será sempre a sua sede conforme previsto no
contrato registrado no órgão competente.
c) o domicílio da empresa será a sua sede conforme declarado em formulário
próprio preenchido no ato da inscrição e revalidado a cada três anos.
d) o domicílio da empresa será a sua sede conforme declarado em formulário
próprio preenchido no ato da inscrição e revalidado a cada cinco anos.
e) as cidades capitais de Estado da República Federativa do Brasil serão
consideradas domicílios para os atos praticados em qualquer cidade
pertencente ao respectivo Estado.

Comentário:
Trata-se da pluralidade de domicílio.
Art. 75, §1º. Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes,
cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
Gabarito letra A.

22. FCC 2012/TJ-PE/Técnico Judiciário. Rosa Vermelha, menor município do


Estado das Flores, possui uma Igreja na praça central, duas autarquias
municipais, dois partidos políticos e uma associação privada beneficente que
protege as crianças carentes da cidade. De acordo com o Código Civil brasileiro,
são pessoas jurídicas de direito público interno APENAS
a) O município Rosa Vermelha e as autarquias municipais.
b) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais e os partidos
políticos.
c) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais e a Igreja.
d) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais, a Igreja e a
21686815204

associação beneficente.
e) os partidos políticos, a Igreja e a associação beneficente.

Comentário:
Neste tipo de questão aconselhamos que você veja o que está sendo pedido (no
caso quais são PJ de direito público) e depois volte na questão com cuidado
analisando item por item. Veja que a questão poderia levantar dúvidas, pois o
“Estado das Flores” também é PJ de direito público mas, como não consta em
nenhuma alternativa, não vemos problemas com o gabarito.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;

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a

II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;


III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra A.

23. FCC 2012/TRT 11ª R./Técnico Judiciário. No Município AMOR existem


duas instituições religiosas: igreja "HARMONIA" e paróquia "SANTA LUZIA". Há,
também, uma fundação privada denominada "MÃES DA LUZ", que recebe ajuda
das duas instituições religiosas referidas e da autarquia federal "SAÚDE". De
acordo com o Código Civil brasileiro, no caso hipotético apresentado, são pessoas
jurídicas de Direito Público Interno
a) a autarquia federal SAÚDE, a igreja HARMONIA e a paróquia SANTA LUZIA.
b) o Município AMOR, a autarquia federal SAÚDE, a igreja HARMONIA e a
paróquia SANTA LUZIA.
c) Município AMOR, a igreja HARMONIA, a paróquia SANTA LUZIA e a
fundação MÃES DA LUZ.
d) Município AMOR, a autarquia federal SAÚDE e a paróquia SANTA LUZIA,
apenas.
e) Município AMOR e a autarquia federal SAÚDE, apenas.

Comentário:
Praticamente igual à questão anterior.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
21686815204

IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;


V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra E.

24. FCC 2012/TRT 11ª/Analista Judiciário/ Execução de Mandatos.


Considere as seguintes assertivas a respeito das Associações:
I. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido
a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.

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a

II. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para


fins não econômicos. Não há, entre os associados, direitos e obrigações
recíprocos.
III. O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos não são
obrigatórios no conteúdo do estatuto das associações.
IV. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.

De acordo com o Código Civil brasileiro está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e IV
d) II, III e IV.
e) II e IV.

Comentário:
A afirmação I está correta.
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido
a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.

A afirmação II está correta.


Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins
não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

A afirmação III está errada.


Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
21686815204

A afirmação IV está correta.


Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
Gabarito letra B.

25. FCC 2011/PGE-MT/Procurador do Estado. O registro da pessoa jurídica


no órgão competente tem eficácia
a) resolutiva.
b) declaratória.

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c) rescisória.
d) discriminatória.
e) constitutiva.

Comentário:
O registro é formalidade importantíssima na constituição da pessoa jurídica de
direito privado, sua existência legal começa justamente com a inscrição do ato
constitutivo no respectivo registro.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.
Gabarito letra E.

26. FCC 2011/TJ-PE/Juiz Substituto. A pessoa jurídica "X" que tem sede na
Capital do Estado e estabelecimento em diversos municípios do interior, em um
desses municípios contratou os serviços da oficina mecânica "Y" para manutenção
de seus veículos mas não pagou pelos serviços prestados. Tendo "Y" de demandar
a devedora no domicílio dela, é possível ajuizar a ação
a) somente na Capital do Estado, porque nela se encontra a sede da devedora.
b) em qualquer comarca, dentro da qual a devedora possua estabelecimento.
c) na comarca a que pertencer o município no qual o contrato foi celebrado.
d) apenas na comarca a que pertencer o município onde se encontrar o
principal estabelecimento da devedora.
e) em qualquer comarca do Estado, de livre escolha do credor, porque o
domicílio na Capital estende seus efeitos para todo o limite territorial do
Estado.

Comentário:
Já comentado em outra questão: 21686815204

Art. 75. § 1º.Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares


diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
Gabarito letra C.

27. FCC 2011/MPE-RS/Secretário de Diligências. De acordo com o Código


Civil, inclui-se entre as pessoas jurídicas de direito público interno EXCETO
a) Ministério Público.
b) Distrito Federal.
c) os Territórios.
d) as Autarquias.
e) as associações públicas.

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Comentário:
O Ministério Público não é pessoa, é órgão do poder público.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra A.

28. FCC 2011/TRE-RN/Analista Judiciário - Área Judiciária. Considere as


assertivas abaixo a respeito das Associações.
I. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido
a um quinto dos associados o direito de promovê-la.
II. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais.
III. A qualidade de associado é transmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
IV. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos. Há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
b) I, II e III.
c) III e IV. 21686815204

d) I, II e IV.
e) II e IV.

Comentário:
Questão literal aos artigos da lei.
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido
a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais.
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.

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Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins
não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Gabarito letra A.

29. FCC 2011/DPE-RS/Defensor Público. Assinale a alternativa que contém


a afirmação correta em relação ao assunto indicado.
Pessoas jurídicas de direito privado, seu processo de personificação e
desconsideração de sua personalidade jurídica.
a) Não se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da personalidade.
b) A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, sendo exigível, em
regra, autorização estatal para a sua criação e personificação.
c) Nos termos do Código Civil, a desconsideração da personalidade jurídica
exige a comprovação de fraude ou abuso de direito, sendo prescindível,
nesses casos, a demonstração de insolvência da pessoa jurídica, mas
necessária a prova da má-fé do sócio gestor.
d) É cabível a desconsideração da personalidade jurídica "inversa", visando a
alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou
desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros.
e) A teoria da desconsideração da personalidade jurídica não alcança as
pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou de fins não
econômicos.

Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.

Alternativa “b” errada. Já comentada anteriormente.


21686815204

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.
Alternativa “c” errada.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares
dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

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a

Alternativa “d” correta. O comentário que devemos fazer aqui é o seguinte: o


bem do sócio, na realidade, está com a pessoa jurídica. A interpretação da
questão realmente é um pouco complicada, mas é o texto da Jornada IV STJ
284: “É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada
‘inversa’ para alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para
ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros”.

Alternativa “e” errada. Para que ocorra a desconsideração basta ocorrer as


hipóteses do art. 50, sendo que pode atingir mesmo as pessoas sem fins
lucrativos ou de fins não econômicos.
Gabarito letra D.

30. FCC 2011/TRE-AP/Analista Judiciário - Área Administrativa.


Considere as seguintes entidades com abrangência nacional:
I. Igreja São Marcos Divino.
II. Associação Pública “Venceremos”.
III. Partido Político ABC.
IV. Autarquia XYZ.

Neste caso, são pessoas jurídicas de direito público interno, SOMENTE

a) III e IV.
b) II, III e IV.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

Comentário: 21686815204

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:


I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra C.

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a

31. FCC 2011/TRE-RN/Técnico Judiciário - Área Administrativa. De acordo


com o Código Civil brasileiro, os partidos políticos, as organizações religiosas e
as associações são pessoas jurídicas de direito
a) Público.
b) Privado.
c) Público, privado e privado, respectivamente.
d) Público, público e privado, respectivamente.
e) Privado, privado e público, respectivamente.

Comentário:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
Gabarito letra B.

32. FCC 2011/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Técnico Judiciário - Área


Administrativa. A respeito das pessoas jurídicas, considere:

I. A União.
II. Os Estados.
III. O Distrito Federal.
IV. Os Municípios.
V. As Autarquias.
VI. Os Partidos Políticos.
VII. As Sociedades
21686815204

São pessoas jurídicas de direito público interno as indicadas APENAS em


a) I, II, III, IV e V.
b) II, III, IV e V.
c) II, III, VI e VII.
d) I, II, III, IV e VI.
e) IV, V, VI e VII.
Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

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III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra A.

33. FCC 2010/TCE-AP/Procurador. É pessoa jurídica de direito público:


a) Partido político.
b) Associação pública.
c) Fundação.
d) Organização religiosa.
e) Empresa pública.

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
Observe somente o cuidado que você deve ter com as fundações, estas, em
regra, conforme expresso no CC, são de direito privado. No entanto, fundações
públicas são de direito público.
Gabarito letra B.

34. FCC 2010/TRE-AC/Analista Judiciário - Área Judiciária. Considere as


seguintes assertivas a respeito das Associações:
I. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos, não havendo, entre os associados, direitos e obrigações
recíprocos.
II. Os associados devem ter iguais direitos, sendo que a legislação competente
veda a instituição pelo estatuto de categorias com vantagens especiais.
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III. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,


garantindo a um quinto dos associados o direito de promovê-la.
IV. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) II e IV.

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Comentário:
Todos os itens já comentados. Veja como as questões se repetem, não estranhe
se no momento da prova você tiver a sensação de que já resolveu uma questão
igual. Chega um momento em que a criatividade da banca fica limitada.
Gabarito letra B.

35. FCC 2010/MPE-RS/Secretário de Diligências. De acordo com o Código


Civil, inclui-se entre as pessoas jurídicas de direito público interno EXCETO
a) As associações públicas.
b) O Ministério Público.
c) O Distrito Federal.
d) Os Territórios.
e) As Autarquias.

Comentário:
Questão literal.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Cabe frisar novamente que o Ministério Público é um órgão do poder público e
não uma pessoa jurídica.
Gabarito letra B.

36. FCC 2010/TRE-RS/Analista Judiciário - Área Administrativa. Segundo


21686815204

o artigo 45 do Código Civil brasileiro "começa a existência legal das pessoas


jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo
registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder
Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato
constitutivo". O direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito
privado, por defeito do ato respectivo, está sujeito ao prazo
a) Decadencial de cinco anos contado o prazo da publicação de sua inscrição
no registro.
b) Decadencial de três anos contado o prazo da publicação de sua inscrição
no registro.
c) Prescricional de dois anos contado o prazo da publicação de sua inscrição
no registro.

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a

d) Decadencial de cinco anos contado o prazo do ato de inscrição no respectivo


registro.
e) Prescricional de um ano contado o prazo da publicação de sua inscrição no
registro.

Comentário:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.

Desde modo, o prazo para anular a constituição de pessoa jurídica de direito


privado, é decadencial de 3 anos, contados a partir do prazo da publicação de
sua inscrição no registro.
Ficou com a sensação de já ter feito esta questão? É porque você já resolveu uma
questão praticamente igual, questão 3 desta aula.
Gabarito letra B.

37. FCC 2009/MPE-SE/Técnico do Ministério Público – Área


Administrativa De acordo com o Código Civil brasileiro, são consideradas
pessoas jurídicas de direito público, dentre outras,
a) As organizações religiosas, as empresas públicas e a União.
b) Os partidos políticos, as autarquias federais e os municípios.
c) As autarquias federais, as associações públicas e as empresas públicas.
d) As organizações religiosas, os partidos políticos e a União.
e) As associações públicas, os partidos políticos e as autarquias federais.
21686815204

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público,
a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao
seu funcionamento, pelas normas deste Código.

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a

...
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

Para responder a esta questão você deveria fazer por eliminação. Pois a
alternativa “c” é a única que não tem organizações religiosas ou partidos políticos,
que estão expressos no texto do CC como pessoas jurídicas de direito privado.
Segundo a doutrina empresas públicas são pessoas jurídicas de direito
privado. Mas a FCC considerou a alternativa c correta e, pelo que pesquisamos,
esta questão não foi anulada mesmo tendo a própria FCC já dado em outras
oportunidades entendimento diferente quanto às empresas públicas.
Gabarito letra C.

38. FCC 2008/TCE-AL/Procurador. As organizações religiosas são


classificadas como
a) Pessoas jurídicas de direito público interno, se não tiverem ramificações em
outros países e de direito público externo, se tiverem ramificações em
outros países.
b) Entes despersonalizados, embora seus atos constitutivos possam ser
registrados em cartório.
c) Pessoas jurídicas de direito público externo, sempre que constituídas em
outros países, ainda que exercendo atividade no território brasileiro.
d) Pessoas jurídicas de direito privado, podendo, entretanto, o poder público
negar-lhes reconhecimento ou registro de seus atos constitutivos.
e) Pessoas jurídicas de direito privado, sendo vedado ao poder público negar-
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lhes reconhecimento e registro dos atos constitutivos e necessários ao seu


funcionamento.
Comentário:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
IV - as organizações religiosas;
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das
organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou
registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
Gabarito letra E.

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DIREITO CIVIL – TRF 5ª REGIÃO (ANALISTA JUDICIÁRIO)
- Teoria e Questões
Aula 02 – Prof Aline Santiago / Prof. Jacson Panichi
a

39. FCC 2008/TRT - 2ª REGIÃO (SP)/Analista Judiciário - Área


Administrativa Os partidos políticos, as associações públicas e as organizações
religiosas são pessoas jurídicas de direito
a) Privado.
b) Privado, público e público, respectivamente.
c) Público, privado e privado, respectivamente.
d) Público.
e) Privado, público e privado, respectivamente.

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público,
a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao
seu funcionamento, pelas normas deste Código.
...
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
Gabarito letra E. 21686815204

40. FCC 2007/TRE-SE/Técnico Judiciário - Área Administrativa. De acordo


com o Código Civil brasileiro, constituem-se as associações pela união de pessoas
que se organizem para fins não econômicos. Com relação às associações é correto
afirmar que:
a) A qualidade de associado é transmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
b) É facultado ao estatuto das associações conter a forma de gestão
administrativa e de aprovação das respectivas contas.
c) Os associados devem ter iguais direitos, não podendo o estatuto instituir
categorias com vantagens especiais.

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d) A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,


garantido a 1/5 dos associados o direito de promovê-la.
e) É facultado ao estatuto das associações conter os requisitos para a
admissão, demissão e exclusão dos associados.

Comentário:
As alternativas “b”, “c” e “e” estão erradas conforme já exposto anteriormente.

Alternativa “a” está errada.


É o contrário do que está expresso no art. 56.
A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.
Lembre-se a qualidade de associado pode ser transmissível, desde que o estatuto
permita.
A assembleia geral é o órgão máximo da associação, deliberativo, com altas
atribuições, inclusive, privativamente, as atribuições de destituir os
administradores e alterar o estatuto. Sua convocação é feita conforme estatuto,
garantido a 1/5 do associados o direito de promovê-la.
Gabarito letra D.

41. FCC 2007/MPU/Técnico Administrativo. A respeito das pessoas jurídicas


analise:
I. As autarquias, os partidos políticos e as organizações religiosas são pessoas
jurídicas de direito público interno.
II. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se
tomarão pela maioria de votos dos presentes.
III. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de
qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.
IV. As fundações somente poderão constituir-se para fins religiosos, morais,
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culturais ou de assistência.

É correto o que consta APENAS em


a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) II, III e IV.
e) II e IV.

Comentário:

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a

I. ERRADO
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, às pessoas jurídicas de direito público,
a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao
seu funcionamento, pelas normas deste Código.

II. CORRETO
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo
diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere
este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação
ou fraude.

III. CORRETO
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de
qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.

IV. ERRADO
A questão está DESATUALIZADA! O Parágrafo único do art. 62 do CC foi
alterado pela Lei nº 13.151, de 2015. Veja como ficou a nova redação:
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
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Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:


I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;

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VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de


sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e
científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas

Esta questão está desatualizada de acordo com a nova redação do art. 62 do


CC/2002.
Serve apenas de parâmetro para que você entenda como a banca costuma cobrar
tais assuntos na prova.
Gabarito atualizado letra C.
(antes da atualização o gabarito correto era a letra D).

42. FCC 2006/BACEN/Procurador - Prova 2. São pessoas jurídicas de direito


público interno
a) As fundações e associações.
b) Somente a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal.
c) As empresas públicas e as sociedades de economia mista.
d) As autarquias e associações públicas.
e) Os partidos políticos e as autarquias.

Comentário:
Assunto anteriormente abordado de forma exaustiva.
Gabarito letra D.

43. FCC 2006/TRF - 1ª REGIÃO/Técnico Judiciário - Área Administrativa.


De acordo com o Código Civil brasileiro, as autarquias, os partidos políticos e a
União, são, respectivamente, pessoas jurídicas de direito
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a) Público interno, público interno e público externo.


b) Privado, público interno e público interno.
c) Público interno, privado e público interno.
d) Privado, público interno e público externo.
e) Público interno, privado e público externo.
Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;

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V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:


I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
Gabarito letra C.

44. FCC 2006/TRT-4ª Região /Analista Judiciário - Área Judiciária


Considere:
I. Autarquias.
II. Organizações religiosas.
III. Distrito Federal.
IV. Partidos políticos.

De acordo com o Código Civil brasileiro, são pessoas jurídicas de direito público
interno, as indicadas APENAS em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) I e III.
e) III e IV.

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
21686815204

III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Gabarito letra D.

45. FCC 2006/TRT-20ª Região/Técnico Judiciário - Área Administrativa


As autarquias e as organizações religiosas são, respectivamente, pessoas
jurídicas de direito
a) Público interno e de direito público externo.
b) Público externo e de direito público interno.

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a

c) Privado e de direito público interno.


d) Privado e de direito público externo.
e) Público interno e de direito privado.

Comentário:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:


I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos.
Atenção: direito público interno é diferente de direito público externo que, por
sua vez, é diferente de direito privado.
Gabarito letra E.

46. FCC 2003/TRE-AC/Analista Judiciário - Área Judiciária. O direito de


anular a constituição de pessoa jurídica de direito privado, por defeito do ato
respectivo, decai em
a) Cinco anos, da publicação de sua inscrição no registro.
b) Cinco anos, do ato constitutivo. 21686815204

c) Cinco anos, do registro.


d) Três anos, do ato constitutivo.
e) Três anos, da publicação de sua inscrição no registro.

Comentário:
Questão literal.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário,
de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.

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Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.
Gabarito letra E.

47. ESTRATÉGIA CONCURSOS 2012/SIMULADO ACE (MDIC). Assinale a


opção incorreta.
a) Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas
de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.
b) Teodósio, na administração de sua empresa, Fios e Cabos SA, praticou ato
caracterizado pelo desvio de finalidade. Neste caso, poderá ser
despersonalizada a pessoa jurídica tendo em vista a situação de abuso de
sua personalidade.
c) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-
se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
d) Entre outras, são pessoas jurídicas de direito público interno, as autarquias,
as fundações públicas, os estados, os municípios, as associações públicas,
as agências reguladoras e outras entidades de caráter público criadas por
lei.
e) Paulo, agente público de órgão federal, agindo nesta qualidade, causou
dano a terceiro. A União, nesta situação, responderá objetivamente pelo
dano, no entanto terá direito regressivo contra Paulo, causador do dano,
em caso de culpa ou dolo.

Comentário:
a) Correta. CC art. 48 § único.

b) Incorreta. Cuidado com palavras parecidas que tem significados


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completamente diferentes. Desconsideração é a palavra que deveria ter sido


empregada nesta afirmação.
Até mesmo pessoas da área do direito, por vezes, empregam a palavra
despersonalização de forma equivocada. Despersonalizar é retirar a
personalidade jurídica, sendo que tal fato não ocorre quando da hipótese do
Art. 50:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte,
ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas
e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos
administradores ou sócios da pessoa jurídica.

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a

Que fique bem claro que não se retira a personalidade da pessoa jurídica e nem
ocorre a sua extinção, mas apenas a sua desconsideração.

c) Correto. CC art. 45.

d) Correto. Tenha bastante atenção à diferenciação entre pessoas de direito


público e de direito privado, isto é bastante cobrado em provas.

e) Correto.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por
atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Gabarito letra B.

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a

Lista de Questões
01. FCC 2016/ Prefeitura de Campinas – SP / Procurador. Lourenço
adquiriu imóvel em localidade servida por “Associação de Moradores”, à qual
Lourenço não se associou. Passado um mês em que se instalou no local, Lourenço
recebeu, da associação, boleto de cobrança de taxa de manutenção, à qual não
anuiu, bem como comunicado dando conta de que, em Assembleia Geral
realizada um ano antes, decidiu-se que todas as pessoas que se instalassem no
bairro seriam obrigadas a pagar contribuição, independentemente de anuência
prévia, tendo em vista a necessidade de custeio de despesas, dentre as quais a
contratação de segurança privada. O estatuto da referida associação nada dispõe
sobre a transmissibilidade da qualidade de associado. De acordo com
jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, referida deliberação
a) atingirá Lourenço, independentemente de qualquer requisito, se
comprovado que Lourenço se beneficia dos serviços mantidos pela
Associação de Moradores.
b) não atinge Lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por
associações de moradores não obrigam os não associados ou que a elas
não anuíram.
c) atinge Lourenço, porque a associação impõe, aos associados, direitos e
obrigações recíprocos.
d) atinge Lourenço, porque, no silêncio do estatuto, presume-se que a
qualidade de associado se transmite do antigo para o novo proprietário do
imóvel.
e) não atinge Lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por
associações de moradores, independentemente do que dispõe o estatuto,
não possuem caráter obrigatório, ainda que os associados tenham a elas
anuído.

02. FCC 2016/ Prefeitura de São Luiz – MA /Procurador. Tércio, síndico do


Condomínio São Luís, promoveu ação contra Cipriano por falta de pagamento de
despesas condominiais. A ação foi promovida, não em nome de Tércio, mas em
nome do Condomínio. O polo ativo da relação jurídica processual foi assim
21686815204

estabelecido porque o condomínio edilício constitui exemplo de


a) ente despersonalizado.
b) sociedade em conta de participação.
c) pessoa física.
d) sociedade em comum.
e) associação.

03. FCC 2016/TRT 14º Região (RO E AC)/AJAJ. Para se alterar o estatuto
de uma fundação, é mister que a reforma não contrarie ou desvirtue o fim desta
e seja deliberada

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a

a) Pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação,


devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este
a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
b) Pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação,
devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este
a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
c) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação,
devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este
a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
d) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação,
devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, sem
possibilidade de suprimento judicial a requerimento do interessado no caso
de denegação.
e) Pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação,
devendo, ainda, ser aprovada pelo órgão do Ministério Público, sem
possibilidade de suprimento judicial a requerimento do interessado no caso
de denegação.

04. FCC 2015/TJ-PE/Juiz Substituto. Segundo a legislação civil vigente,


a) A proteção dos direitos da personalidade é de aplicação irrestrita para as
pessoas jurídicas.
b) Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.
c) Apenas quanto à utilização do nome é que se aplica às pessoas jurídicas a
proteção dos direitos da personalidade.
d) Para caracterização de dano moral à pessoa jurídica é imprescindível que
também ocorra dano patrimonial.
e) Às pessoas jurídicas não se concede indenização por dano moral.

05. FCC 2015/TRE-RR/Analista Judiciário. No tocante as pessoas jurídicas,


considere:
I. As organizações religiosas e os partidos políticos são pessoas jurídicas de
21686815204

direito privado.
II. O prazo decadencial para anular a constituição das pessoas jurídicas de direito
privado, por defeito do ato respectivo, é de dois anos a contar da publicação de
sua inscrição no registro.
III. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se
tomarão pela maioria de votos dos presentes. Neste caso, o prazo decadencial
para anular as referidas decisões que violarem a lei ou estatuto é de dois anos.
IV. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade.

Está correto o que se afirma APENAS em

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a

a) II e III
b) I e II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I e IV.

06. FCC 2015/TCM-GO/Procurador do Ministério Público de Contas. No


tocante às fundações, considere:
I. Constituem elas um acervo de bens, que recebe personalidade jurídica para a
realização de fins determinados, de interesse público, de modo permanente e
estável.
II. Podem ser constituídas para fins científicos, educacionais ou de promoção do
meio ambiente, mesmo que com fins lucrativos.
III. Quando insuficientes para constitui-las, os bens a ela destinados serão, se de
outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se
proponha a fim igual ou semelhante.
IV. Os fins ou objetivos da fundação não podem em princípio ser modificados, a
não ser pela vontade unânime de seus dirigentes.

Está correto o que se afirma em


a) III e IV, apenas
b) I, II, III e IV
c) I, II e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I e III, apenas.

07. FCC 2015/TCM-GO/Procurador do Ministério Público de Contas.


Morrinhos Futebol Clube é uma associação esportiva sem fins lucrativos, que
decide, para aumentar seus ganhos, montar um restaurante em sua sede, aberto
aos associados e familiares, bem como uma loja para vender camisas dos
21686815204

uniformes de seus jogadores, bolas e réplicas dos troféus conquistados. Essa


conduta
a) Não é possível, pois associações não podem ter fins econômicos, o que se
caracterizaria em ambas as situações, só podendo a imagem da associação
ser cedida onerosamente a terceiros.
b) É possível, mesmo com ganhos pessoais aos associados, pois associações
podem ter os mesmos fins econômicos que uma sociedade por quotas de
responsabilidade limitada.
c) É possível, desde que não haja ganhos pessoais aos associados, pois a
realização eventual de negócios para manter ou aumentar o patrimônio da
associação não a desnatura

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a

d) É possível somente em relação à venda de uniformes, bolas e troféus, pois


a abertura de um restaurante, mesmo que sem ganhos pessoais aos
associados, desnatura sua condição de associação, por não ter nexo com
suas atividades esportivas.
e) É possível somente em relação à abertura do restaurante, desde que
somente para os associados e familiares, pois a venda de uniformes, bolas
e troféus, por ser livre à população em geral, tem fins lucrativos que a
desnaturam enquanto associação.

08. FCC 2014/ DPE-PB/Defensor Público. Carlos emprestou R$ 1.000,00 a


Pedro, sócio da "Construtora Bertolai Ltda.", empresa de grande porte. O contrato
foi formalizado em instrumento subscrito por duas testemunhas. Na data em que
o dinheiro deveria ser devolvido, Pedro negou-se ao pagamento, afirmando
insuficiência de recursos. Diante do inadimplemento, Carlos ajuizou execução de
título executivo extrajudicial, contra a qual não foram opostos embargos. Na fase
de indicação de bens à penhora, constatou-se somente que Pedro não possuía
bens penhoráveis. Por esta razão, Carlos requereu desconsideração inversa da
personalidade jurídica, a qual deverá ser
a) Indeferida, pois a mera ausência de bens penhoráveis não autoriza o
pedido.
b) Deferida, pois a empresa de que Pedro é sócio possui condições suficientes
para pagar o débito.
c) Deferida apenas se provado que Pedro ostenta cargo de gerência na
empresa de que é sócio.
d) Indeferida, pois não é possível a desconsideração inversa da personalidade
jurídica.
e) Deferida, pois se está diante de relação de consumo.

09. FCC 2014/TJ-CE/Juiz. A empresa individual de responsabilidade limitada


é
a) Ente despersonalizado, porque suas atividades são exercidas pela pessoa
física ou jurídica que a instituir.
21686815204

b) Pessoa jurídica de direito privado, que só poderá ser instituída por outra
pessoa jurídica também de direito privado, mas não terá capital social.
c) Pessoa jurídica de direito privado e será constituída por uma única pessoa
titular da totalidade do capital social.
d) Pessoa jurídica de direito privado cuja personalidade se confunde com a de
seu instituidor e não possui capital social.
e) Pessoa jurídica de direito público, ou de direito privado, segundo seja seu
instituidor uma pessoa natural ou um ente público.

10. FCC 2013/TJ-PE/Juiz. São pessoas jurídicas de direito privado, segundo o


Código Civil,

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a

a) As associações, inclusive as associações públicas, em razão da atividade


que exercerem.
b) As organizações religiosas e as autarquias.
c) Os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade
limitada.
d) As fundações e os condomínios em edificação.
e) As pessoas jurídicas que forem regidas pelo direito internacional público,
quando as respectivas sedes se acharem em países estrangeiros.

11. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros. Sob pena de


nulidade, o estatuto das associações conterá:
I. A denominação, os fins e a sede da associação, bem como os requisitos para a
admissão, demissão e exclusão dos associados.
II. Os direitos e deveres dos associados, bem como as fontes de recursos para
manutenção das associações.
III. O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos, bem
como a forma de gestão administrativa e de aprovação das contas associativas.

Está correto o que consta em


a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II, apenas.

12. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros. Em relação às


fundações, é correto afirmar que
a) Constituídas por negócio jurídico entre vivos, a transferência da
propriedade sobre os bens dotados é obrigatória após a morte do
instituidor, somente. 21686815204

b) Só podem elas ser constituídas para fins religiosos, econômicos, morais,


culturais, assistenciais ou esportivos.
c) Quando os bens destinados a constituí-las forem insuficientes, em regra
voltarão ao instituidor, se vivo, ou serão transferidos aos herdeiros deste,
se falecido.
d) Para serem criadas, seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se
destinam e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
e) Tornadas ilícita, impossível ou inútil sua finalidade, serão extintas e, em
regra, seu patrimônio será incorporado ao Estado-membro em que
sediadas.

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13. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros – remoção. Em


relação às associações, é correto afirmar:
a) A exclusão do associado depende unicamente das disposições estatutárias,
podendo ocorrer por ato imotivado dos órgãos deliberativos, se assim
dispuser o estatuto.
b) Os associados devem ter iguais direitos e, em consequência, é vedado que
se estabeleçam no estatuto categorias com vantagens especiais.
c) Como regra, a qualidade de associado é transmissível livremente.
d) Entre os associados, são estabelecidos direitos e obrigações recíprocos.
e) Compete privativamente à assembleia geral, especialmente convocada
para esses fins, destituir os administradores e alterar o estatuto
associativo.

14. FCC 2013/TJ-PE/Serviços Notariais e de Registros – provimento. Para


que se possa alterar o estatuto de uma fundação é mister que a reforma:
I. seja deliberada por metade mais um dos membros competentes para gerir e
representar a fundação.
II. não contrarie ou desvirtue sua finalidade.
III. seja aprovada pelo órgão do Ministério Público e, caso este a denegue, poderá
o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

Está correto o que se afirma em


a) II e III, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III.
e) I, apenas.

15. FCC 2013/TRT 1ª Região/Analista Judiciário. A Fundação Juju foi


regularmente criada para atuar no benefício de crianças carentes e está em plena
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atividade na cidade do Rio de Janeiro. Uma das pessoas competentes para gerir
e representar a Fundação Juju pretende alterar o seu estatuto. Para tanto, a
alteração não pode contrariar o fim da Fundação e, além disso, deverá ser
deliberada
a) Pela maioria absoluta dos competentes para gerir e representar a fundação
e aprovada pelo órgão do Ministério Público, com possibilidade de
suprimento judicial caso este denegue a aprovação.
b) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e
aprovada pelo órgão do Ministério Público, com possibilidade de suprimento
judicial caso este denegue a aprovação.

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a

c) Pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação


e homologada pelo Juiz competente, após aprovação pelo Ministério
Público.
d) Pela maioria absoluta dos competentes para gerir e representar a fundação
e homologada pelo Juiz competente, após aprovação do Ministério Público.
e) Por todas as pessoas competentes para gerir e representar a fundação e
homologada pelo Juiz competente, após aprovação do Ministério Público.

16. FCC 2013/TRT 1ª Região/Analista Judiciário. Sobre as associações, de


acordo com o Código Civil brasileiro, é correto afirmar:
a) Compete privativamente à assembleia geral especialmente convocada
alterar o estatuto de uma associação, cujo quórum para aprovação será
sempre de, no mínimo, dois terços dos associados.
b) Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição
da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição
diversa do estatuto.
c) A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a um sexto dos associados o direito de promovê-la.
d) Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos, havendo entre os associados direitos e obrigações
recíprocos.
e) O estatuto da associação não será nulo se não contiver a forma de gestão
administrativa e de aprovação das respectivas contas, que será decidida
em assembleia geral especialmente convocada para este fim.

17. FCC 2012/TRF 2ª R./Analista Judiciário. Segundo o Código Civil


brasileiro, no tocante às Associações, a qualidade de associado, em regra, é
a) intransmissível.
b) transmissível de forma onerosa ou gratuita.
c) transmissível apenas de forma onerosa.
d) transmissível apenas de forma gratuita.
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e) pública, incondicional e transmissível.

18. FCC 2012/TCE-AP/Analista de Controle Externo. São pessoas jurídicas


de direito público interno:
a) as sociedades.
b) as autarquias.
c) as organizações religiosas.
d) os partidos políticos.
e) as fundações.

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a

19. FCC 2012/TJ-PE/Analista Judiciário. De acordo com o artigo 45 do


Código Civil brasileiro, "começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito
privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida,
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-
se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo". O prazo
para anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do
ato respectivo, contado de sua inscrição no registro, é
a) prescricional de cinco anos.
b) decadencial de cinco anos.
c) decadencial de dois anos.
d) prescricional de três anos.
e) decadencial de três anos.

20. FCC 2012/TJ-PE/Oficial de Justiça. Com relação às Pessoas Jurídicas de


Direito Público Interno e de Direito Privado é certo que
a) a criação, a estruturação interna e o funcionamento das organizações
religiosas são livres, mas o poder público pode negar-lhes registro dos atos
constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
b) as fundações e as organizações religiosas são pessoas jurídicas de direito
público interno.
c) os partidos políticos e as associações são pessoas jurídicas de direito
público interno.
d) direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado,
decai em três anos por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro competente.
e) a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, em qualquer
hipótese, de autorização ou aprovação do Poder Executivo.

21. FCC 2012/TJ-PE/Oficial de Justiça. A empresa "Sorriso" possui diversos


estabelecimentos em lugares diferentes. De acordo com o Código Civil brasileiro,
com relação ao domicílio, no caso da empresa "Sorriso",
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a) cada estabelecimento será considerado domicílio para os atos nele


praticados.
b) o domicílio civil da empresa será sempre a sua sede conforme previsto no
contrato registrado no órgão competente.
c) o domicílio da empresa será a sua sede conforme declarado em formulário
próprio preenchido no ato da inscrição e revalidado a cada três anos.
d) o domicílio da empresa será a sua sede conforme declarado em formulário
próprio preenchido no ato da inscrição e revalidado a cada cinco anos.
e) as cidades capitais de Estado da República Federativa do Brasil serão
consideradas domicílios para os atos praticados em qualquer cidade
pertencente ao respectivo Estado.

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a

22. FCC 2012/TJ-PE/Técnico Judiciário. Rosa Vermelha, menor município do


Estado das Flores, possui uma Igreja na praça central, duas autarquias
municipais, dois partidos políticos e uma associação privada beneficente que
protege as crianças carentes da cidade. De acordo com o Código Civil brasileiro,
são pessoas jurídicas de direito público interno APENAS
a) o município Rosa Vermelha e as autarquias municipais.
b) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais e os partidos
políticos.
c) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais e a Igreja.
d) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais, a Igreja e a
associação beneficente.
e) os partidos políticos, a Igreja e a associação beneficente.

23. FCC 2012/TRT 11ª R./Técnico Judiciário. No Município AMOR existem


duas instituições religiosas: igreja "HARMONIA" e paróquia "SANTA LUZIA". Há,
também, uma fundação privada denominada "MÃES DA LUZ", que recebe ajuda
das duas instituições religiosas referidas e da autarquia federal "SAÚDE". De
acordo com o Código Civil brasileiro, no caso hipotético apresentado, são pessoas
jurídicas de Direito Público Interno
a) a autarquia federal SAÚDE, a igreja HARMONIA e a paróquia SANTA LUZIA.
b) o Município AMOR, a autarquia federal SAÚDE, a igreja HARMONIA e a
paróquia SANTA LUZIA.
c) Município AMOR, a igreja HARMONIA, a paróquia SANTA LUZIA e a
fundação MÃES DA LUZ.
d) Município AMOR, a autarquia federal SAÚDE e a paróquia SANTA LUZIA,
apenas.
e) Município AMOR e a autarquia federal SAÚDE, apenas.

24. FCC 2012/TRT 11ª/Analista Judiciário/ Execução de Mandatos.


Considere as seguintes assertivas a respeito das Associações:
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I. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido


a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.
II. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos. Não há, entre os associados, direitos e obrigações
recíprocos.
III. O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos não são
obrigatórios no conteúdo do estatuto das associações.
IV. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.

De acordo com o Código Civil brasileiro está correto o que se afirma APENAS em

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a

a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e IV
d) II, III e IV.
e) II e IV.

25. FCC 2011/PGE-MT/Procurador do Estado. O registro da pessoa jurídica


no órgão competente tem eficácia
a) resolutiva.
b) declaratória.
c) rescisória.
d) discriminatória.
e) constitutiva.

26. FCC 2011/TJ-PE/Juiz Substituto. A pessoa jurídica "X" que tem sede na
Capital do Estado e estabelecimento em diversos municípios do interior, em um
desses municípios contratou os serviços da oficina mecânica "Y" para manutenção
de seus veículos mas não pagou pelos serviços prestados. Tendo "Y" de demandar
a devedora no domicílio dela, é possível ajuizar a ação
a) somente na Capital do Estado, porque nela se encontra a sede da devedora.
b) em qualquer comarca, dentro da qual a devedora possua estabelecimento.
c) na comarca a que pertencer o município no qual o contrato foi celebrado.
d) apenas na comarca a que pertencer o município onde se encontrar o
principal estabelecimento da devedora.
e) em qualquer comarca do Estado, de livre escolha do credor, porque o
domicílio na Capital estende seus efeitos para todo o limite territorial do
Estado.

27. FCC 2011/MPE-RS/Secretário de Diligências. De acordo com o Código


Civil, inclui-se entre as pessoas jurídicas de direito público interno EXCETO
a) Ministério Público.
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b) Distrito Federal.
c) os Territórios.
d) as Autarquias.
e) as associações públicas.

28. FCC 2011/TRE-RN/Analista Judiciário - Área Judiciária. Considere as


assertivas abaixo a respeito das Associações.
I. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido
a um quinto dos associados o direito de promovê-la.
II. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir
categorias com vantagens especiais.

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a

III. A qualidade de associado é transmissível, se o estatuto não dispuser o


contrário.
IV. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para
fins não econômicos. Há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
b) I, II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II e IV.

29. FCC 2011/DPE-RS/Defensor Público. Assinale a alternativa que contém


a afirmação correta em relação ao assunto indicado.
Pessoas jurídicas de direito privado, seu processo de personificação e
desconsideração de sua personalidade jurídica.
a) Não se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da personalidade.
b) A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, sendo exigível, em
regra, autorização estatal para a sua criação e personificação.
c) Nos termos do Código Civil, a desconsideração da personalidade jurídica
exige a comprovação de fraude ou abuso de direito, sendo prescindível,
nesses casos, a demonstração de insolvência da pessoa jurídica, mas
necessária a prova da má-fé do sócio gestor.
d) É cabível a desconsideração da personalidade jurídica "inversa", visando a
alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou
desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros.
e) A teoria da desconsideração da personalidade jurídica não alcança as
pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou de fins não
econômicos.
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30. FCC 2011/TRE-AP/Analista Judiciário - Área Administrativa.


Considere as seguintes entidades com abrangência nacional:
I. Igreja São Marcos Divino.
II. Associação Pública “Venceremos”.
III. Partido Político ABC.
IV. Autarquia XYZ.

Neste caso, são pessoas jurídicas de direito público interno, SOMENTE


a) III e IV.

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a

b) II, III e IV.


c) II e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

31. FCC 2011/TRE-RN/Técnico Judiciário - Área Administrativa. De acordo


com o Código Civil brasileiro, os partidos políticos, as organizações religiosas e
as associações são pessoas jurídicas de direito
a) Público.
b) Privado.
c) Público, privado e privado, respectivamente.
d) Público, público e privado, respectivamente.
e) Privado, privado e público, respectivamente.

32. FCC 2011/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Técnico Judiciário - Área


Administrativa. A respeito das pessoas jurídicas, considere:
I. A União.
II. Os Estados.
III. O Distrito Federal.
IV. Os Municípios.
V. As Autarquias.
VI. Os Partidos Políticos.
VII. As Sociedades

São pessoas jurídicas de direito público interno as indicadas APENAS em


a) I, II, III, IV e V.
b) II, III, IV e V.
c) II, III, VI e VII.
d) I, II, III, IV e VI.
e) IV, V, VI e VII.

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33. FCC 2010/TCE-AP/Procurador. É pessoa jurídica de direito público:


a) Partido político.
b) Associação pública.
c) Fundação.
d) Organização religiosa.
e) Empresa pública.

34. FCC 2010/TRE-AC/Analista Judiciário - Área Judiciária. Considere as


seguintes assertivas a respeito das Associações:

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a

I. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para


fins não econômicos, não havendo, entre os associados, direitos e obrigações
recíprocos.
II. Os associados devem ter iguais direitos, sendo que a legislação competente
veda a instituição pelo estatuto de categorias com vantagens especiais.
III. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantindo a um quinto dos associados o direito de promovê-la.
IV. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.

De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) II e IV.

35. FCC 2010/MPE-RS/Secretário de Diligências. De acordo com o Código


Civil, inclui-se entre as pessoas jurídicas de direito público interno EXCETO
a) As associações públicas.
b) O Ministério Público.
c) O Distrito Federal.
d) Os Territórios.
e) As Autarquias.

36. FCC 2010/TRE-RS/Analista Judiciário - Área Administrativa. Segundo


o artigo 45 do Código Civil brasileiro "começa a existência legal das pessoas
jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo
registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder
Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato
21686815204

constitutivo". O direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito


privado, por defeito do ato respectivo, está sujeito ao prazo
a) Decadencial de cinco anos contado o prazo da publicação de sua inscrição
no registro.
b) Decadencial de três anos contado o prazo da publicação de sua inscrição
no registro.
c) Prescricional de dois anos contado o prazo da publicação de sua inscrição
no registro.
d) Decadencial de cinco anos contado o prazo do ato de inscrição no respectivo
registro.
e) Prescricional de um ano contado o prazo da publicação de sua inscrição no
registro.

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a

37. FCC 2009/MPE-SE/Técnico do Ministério Público – Área


Administrativa De acordo com o Código Civil brasileiro, são consideradas
pessoas jurídicas de direito público, dentre outras,
a) As organizações religiosas, as empresas públicas e a União.
b) Os partidos políticos, as autarquias federais e os municípios.
c) As autarquias federais, as associações públicas e as empresas públicas.
d) As organizações religiosas, os partidos políticos e a União.
e) As associações públicas, os partidos políticos e as autarquias federais.

38. FCC 2008/TCE-AL/Procurador. As organizações religiosas são


classificadas como
a) Pessoas jurídicas de direito público interno, se não tiverem ramificações em
outros países e de direito público externo, se tiverem ramificações em
outros países.
b) Entes despersonalizados, embora seus atos constitutivos possam ser
registrados em cartório.
c) Pessoas jurídicas de direito público externo, sempre que constituídas em
outros países, ainda que exercendo atividade no território brasileiro.
d) Pessoas jurídicas de direito privado, podendo, entretanto, o poder público
negar-lhes reconhecimento ou registro de seus atos constitutivos.
e) Pessoas jurídicas de direito privado, sendo vedado ao poder público negar-
lhes reconhecimento e registro dos atos constitutivos e necessários ao seu
funcionamento.

39. FCC 2008/TRT - 2ª Região (SP)/Analista Judiciário - Área


Administrativa Os partidos políticos, as associações públicas e as organizações
religiosas são pessoas jurídicas de direito
a) Privado.
b) Privado, público e público, respectivamente.
c) Público, privado e privado, respectivamente.
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d) Público.
e) Privado, público e privado, respectivamente.

40. FCC 2007/TRE-SE/Técnico Judiciário - Área Administrativa. De acordo


com o Código Civil brasileiro, constituem-se as associações pela união de pessoas
que se organizem para fins não econômicos. Com relação às associações é correto
afirmar que:
a) A qualidade de associado é transmissível, se o estatuto não dispuser o
contrário.
b) É facultado ao estatuto das associações conter a forma de gestão
administrativa e de aprovação das respectivas contas.

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a

c) Os associados devem ter iguais direitos, não podendo o estatuto instituir


categorias com vantagens especiais.
d) A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto,
garantido a 1/5 dos associados o direito de promovê-la.
e) É facultado ao estatuto das associações conter os requisitos para a
admissão, demissão e exclusão dos associados.

41. FCC 2007/MPU/Técnico Administrativo. A respeito das pessoas jurídicas


analise:
I. As autarquias, os partidos políticos e as organizações religiosas são pessoas
jurídicas de direito público interno.
II. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se
tomarão pela maioria de votos dos presentes.
III. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de
qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.
IV. As fundações somente poderão constituir-se para fins religiosos, morais,
culturais ou de assistência.

É correto o que consta APENAS em


a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II e III.
d) II, III e IV.
e) II e IV.

42. FCC 2006/BACEN/Procurador - Prova 2. São pessoas jurídicas de direito


público interno
a) As fundações e associações.
b) Somente a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal.
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c) As empresas públicas e as sociedades de economia mista.


d) As autarquias e associações públicas.
e) Os partidos políticos e as autarquias.

43. FCC 2006/TRF - 1ª REGIÃO/Técnico Judiciário - Área Administrativa.


De acordo com o Código Civil brasileiro, as autarquias, os partidos políticos e a
União, são, respectivamente, pessoas jurídicas de direito
a) Público interno, público interno e público externo.
b) Privado, público interno e público interno.
c) Público interno, privado e público interno.
d) Privado, público interno e público externo.
e) Público interno, privado e público externo.

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a

44. FCC 2006/TRT-4ª Região/Analista Judiciário - Área Judiciária


Considere:

I. Autarquias.
II. Organizações religiosas.
III. Distrito Federal.
IV. Partidos políticos.

De acordo com o Código Civil brasileiro, são pessoas jurídicas de direito público
interno, as indicadas APENAS em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) I e III.
e) III e IV.
45. FCC 2006/TRT-20ª Região/Técnico Judiciário - Área Administrativa
As autarquias e as organizações religiosas são, respectivamente, pessoas
jurídicas de direito
a) Público interno e de direito público externo.
b) Público externo e de direito público interno.
c) Privado e de direito público interno.
d) Privado e de direito público externo.
e) Público interno e de direito privado.

46. FCC 2003/TRE-AC/Analista Judiciário - Área Judiciária. O direito de


anular a constituição de pessoa jurídica de direito privado, por defeito do ato
respectivo, decai em
a) Cinco anos, da publicação de sua inscrição no registro.
b) Cinco anos, do ato constitutivo.
c) Cinco anos, do registro. 21686815204

d) Três anos, do ato constitutivo.


e) Três anos, da publicação de sua inscrição no registro.

47. ESTRATÉGIA CONCURSOS 2012/SIMULADO ACE (MDIC). Assinale a


opção incorreta.
a) Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas
de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.
b) Teodósio, na administração de sua empresa, Fios e Cabos SA, praticou ato
caracterizado pelo desvio de finalidade. Neste caso, poderá ser
despersonalizada a pessoa jurídica tendo em vista a situação de abuso de
sua personalidade.

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a

c) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a


inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-
se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
d) Entre outras, são pessoas jurídicas de direito público interno, as autarquias,
as fundações públicas, os estados, os municípios, as associações públicas,
as agências reguladoras e outras entidades de caráter público criadas por
lei.
e) Paulo, agente público de órgão federal, agindo nesta qualidade, causou
dano a terceiro. A União, nesta situação, responderá objetivamente pelo
dano, no entanto terá direito regressivo contra Paulo, causador do dano,
em caso de culpa ou dolo.

Gabarito

1.B 2.A 3.C 4.B 5.E 6.E 7.C 8.A 9.C 10.C

11.A 12.D 13.E 14.A 15.B 16.B 17.A 18.B 19.E 20.D
21686815204

21.A 22.A 23.E 24.B 25.E 26.C 27.A 28.A 29.D 30.C

31.B 32.A 33.B 34.B 35.B 36.B 37.C 38.E 39.E 40.D

41.C 42.D 43.C 44.D 45.E 46.E 47.B

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