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Elaborado por
C. H. Spurgeon
Chamado
Pergunta 12 – Que ato especial da providência Deus exerceu sobre o homem no estado em que foi
criado?
12. Pergunta. Que ato especial da providência Deus exerceu sobre o homem no estado em que foi criado?
Resposta. Quando Deus criou o homem, fez um pacto de vida com ele, tendo como condição uma obediência
perfeita (1); proibindo-o de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, sob a pena de morte (2).
O Que É um Pacto ou Aliança? Na forma mais simples uma aliança ou pacto, é um contrato entre dois ou mais
grupos pelo qual algo deve ser feito recebendo por isso, galardões e penalidades.
Podem ter mudanças nas exigências e consequências e ainda ser uma aliança. Podem ter galardões e
nenhuma penalidade, ou vice-versa. Também, em vez de uma consulta mútua, o contrato pode ser firmado
através de mandamento dado e aceito. A lei existente entre um governo e seus cidadãos é uma aliança. A
existência de uma Lei dada por Deus como O Legislador superior é admitida junto com as suas sanções e
penalidades, e, como nas leis humanas, há obrigação natural de obedecer mesmo sem uma concordância
formal entre as partes. Essas qualidades aplicam mais à aliança das obras dada a toda a humanidade como
uma lei geral para obter e manter a vida espiritual do que à aliança entre Deus e os Seus eleitos.
As “duas alianças” (Gn 4.22-31) consistem da graça e das obras. A da graça é a aliança da redenção feita por
Deus com Seus eleitos, ou melhor, com Cristo, o Segundo Adão, como representante destes. A das obras é a
aliança da Lei entre Deus e toda a humanidade pelo primeiro Adão, seu representante federal – Boyce, pgs
234-235.
Versículo para memorizar: Gênesis 2.17, “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás;
porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
12.1. Quando Deus criou o homem, fez um pacto de vida com ele, tendo como condição uma obediência
perfeita (1); proibindo-o de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, sob a pena de morte (2).
Gálatas 3.12, “Ora, a lei não é da fé; mas o homem, que fizer estas coisas, por elas viverá.”
A plena paz com Deus manifesta na doce comunhão e alegria de comunicar com a Voz de Deus na viração de
cada dia e a justiça que tinha Adão e Eva, nossos primeiros pais, foi possível somente dentro das condições do
pacto de vida. Esse pacto durava tanto quanto a condição de perfeita obediência foi obedecida.
As árvores no meio do jardim trazem ensinamentos importantes. A da vida era o símbolo do favor divino; a do
conhecimento do bem e do mal simbolizava a prerrogativa de Deus, ou seja, a Sua soberana vontade. Tendo as
duas proximidade de uma a outra relembrava permanentemente ao Adão e a Eva que o favor de Deus podia ser
desfrutado somente enquanto respeitava a prerrogativa de Deus – Dagg, pg. 122.
Versículo para memorizar: Gênesis 2.17, “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás;
porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
12.2. Quando Deus criou o homem, fez um pacto de vida com ele, tendo como condição uma obediência
perfeita (1); proibindo-o de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, sob a pena de morte (2).
Gênesis 2.17, “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela
comeres, certamente morrerás.”
O pacto de vida ditava que a morte viria no dia que comesse da árvore “do conhecimento do bem e do mal” (Gn
2.17). Quem podia pensar que a satisfação de ter paz com O Criador cada momento da sua existência para
todo o sempre dependia na obediência de um mandamento tão fácil de observar? Mas assim foi esse pacto que
Deus manteve com o homem que Ele criou na Sua imagem conforme a Sua semelhança (Gn 1.26).
Todavia, Deus fez Adão ser homem e não Deus. As perfeições que Adão gozava não eram partes da essência
de homem mas dadas por Deus a ele. Deus é imutável, mas, Adão era mutável. Adão podia perder a sua
santidade e justiça. E essa mudança aconteceria no dia que comesse daquela árvore.
Versículo para memorizar: Gênesis 2.17, “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás;
porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
Pergunta 29 – Como o Espírito Santo aplica a redenção comprada por Cristo a nós?
29. Pergunta. Como o Espírito Santo aplica a redenção comprada por Cristo a nós?
Resposta. O Espírito Santo aplica a redenção comprada por Cristo a nós, por operar fé em nós (1) e unindo-nos
assim a Cristo em sua chamada eficaz (2).
29.1. O Espírito Santo aplica a redenção comprada por Cristo a nós, por operar fé em nós
Efésios 2:8. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus.”; Jo 1.12.
O FRUTO DA REGENERAÇÃO
Devido a regeneração ser conhecida apenas pelos seus frutos, vale a pena saber os efeitos que a regeneração
produzirá no homem. Como podemos saber se somos nascidos de novo ou meramente enganados? Vamos
listar algumas das virtudes que a regeneração produz na alma.
A. Fé – I João 5:4,5; Hebreus 12:2; I Pedro 1:3; Atos 18:27; Tg. 1.17. (O leitor não deve entender que estamos
dizendo que a regeneração vem antes da fé cronologicamente. A regeneração precede a fé somente como sua
causa. A fé é produzida instantaneamente pelo poder regenerador de Deus e assim simultânea à regeneração
cronologicamente. Isto pode ser exemplificado da seguinte maneira: Uma bala atirada numa parede
instantaneamente produz um buraco. Em relação ao tempo, a ação da bala atingir a parede não pode ser
separada do efeito produzido, mas a bala é a causa do buraco. A graça regeneradora produz instantaneamente
a fé, mas a precede como causa) – Ron Crisp.
B. Arrependimento – II Timóteo 2:25.
C. Amor a Deus – I João 4:19
D. Amor aos outros crentes – I João 4:7; 3:14.
E. Perseverança – Filipenses 1:6; I João 5:4,5.
29.2. e unindo-nos assim a Cristo em sua chamada eficaz
Efésios 3:17. “Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações.”; At. 2.38-39
A Chamada Interna e Eficaz
Os meios internos são aqueles meios invisíveis empregados por Deus no interior do homem antes mesmo que
o homem perceba qualquer ação nele em prol da sua salvação.
A Graça de Deus – II Timóteo 1:9, “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas
obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos
séculos”
Por necessidade é importante listar a graça em primeiro lugar destes meios que Deus usa na chamada da
salvação pois a graça é de Deus como a primeira causa de qualquer obra boa (Tiago 1:17, “Toda a boa dádiva
e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de
variação”).
A graça é aquele maravilhoso atributo de Deus que é manifesto quando Deus derrama bênçãos em quem não
as merece. Pela Palavra de Deus, pode ser observado que existem dois tipos de graça: a comum que é dada a
todos os homens mas não salva ninguém e a especial que opera eficazmente nos eleitos trazendo-os
seguramente à salvação por Jesus Cristo.
A Graça Comum ou Geral
A graça comum é manifesta ao homem em geral (Salmos 136:25; 145:9; Atos 17:24-26) incluindo as bênçãos
de Deus ao estrangeiro, dando-lhes pão e vestimenta (Deuteronômio 10:17-19), aos animais e as plantas são
objetos desta graça comum pois Ele supre todas as suas necessidades (Salmos 104:11-22; Lucas 12:6; Mateus
6:28-30). A graça comum estende tanto aos justos e injustos como aos bons e maus juntamente dando-lhes sol,
chuva e tudo para viver bem (Deuteronômio 29:5; Mateus 5:43-45; Lucas 6:35; 16:25). Essa graça comum,
Deus derramando bênçãos em quem não as merece, é dada aos homens em geral dando-lhes um governo civil
que é um instrumento de Deus (Romanos 13:3,4; I Pedro 2:14). A graça comum faz parte das coisas
minuciosas (“até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados”, Lucas 12:7) até as coisas impossíveis de
medir tais como a preservação do mundo e tudo que nele há (Neemias 9:6; Colossenses 1:16,17).
Conjuntamente com estas bênçãos Deus também dá a mensagem de salvação a muitos, e aos muitos Ele
proclama Cristo repetidamente, que nunca serão salvos (Mateus 13:19-22; Atos 14:15-17; Romanos 2:4; I
Timóteo 4:10). Essa graça comum pode ser resistida (Mateus 23:37) e é resistida por todos que vão ao inferno.
Que essa graça geral não é salvadora é entendida pela observação que os maus continuam mal depois da
manifestação de tal graça mesmo que tal graça e as bênçãos que ela traz sejam maravilhosas (Romanos 2:4).
A Graça Especial ou Particular
A graça especial de Deus é exercitada para com aqueles que Deus ama particularmente (Deuteronômio 7:7,8;
9:6; Jeremias 31:3; Efésios 1:5; 2:4, “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com
que nos amou,”). A graça especial de Deus age em casos além da salvação também. Essa graça particular é
revelada em vários casos pela Palavra de Deus. Não existe outra explicação, a não ser a graça especial, que
enviou Elias à viúva de Sarepta de Sidom e Eliseu ao leproso Naamã o siro (Lucas 4:25-27; I Reis 17:8-13; II
Reis 5:1-17). Mas, essa graça especial é melhor e mais gloriosamente notada nos que Ele chama
particularmente à salvação (Salmos 65:4; Romanos 8:28,29; I Coríntios 1:24; Gálatas 1:15,16). Pela graça
particular Deus escolheu salvar os homens e não os anjos (II Pedro 2:4); a abençoar Israel em ser o Seu povo e
não qualquer outra nação existente naquela época (Gênesis 12:1-3); a levar o evangelho a Macedônia e não a
Ásia (Atos 16:6-10); aos pobres e não aos ricos (Tiago 2:5); aos simples e não aos cultos (Mateus 11:25,26) e
aos demasiadamente ímpios e não aos justos (Mateus 21:32). A graça especial de Deus não pode ser resistida
efetivamente pois é sempre eficaz em trazer todos os Seus à salvação plena (João 6:44, “… e eu o ressuscitarei
no último dia”; 10:27, “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e Eu conheço-as e elas me seguem;”; I João
4:19; Atos 13:48, “E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos
quantos estavam ordenados para a vida eterna”; Efésios 2:4-5, 8-9; II Tessalonicenses 2:13). Por Deus pensar
de maneira favorável para com os Seus antes de operar qualquer outra obra dEle, listamos a Sua graça
primeiro entre as obras internas de Deus para trazer os Seus a Si mesmo. Entendemos que somente os “Seus”
podem vir a Cristo (João 1:12,13; 6:44, “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer”; 6:65,
“…ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido.”) e certamente Estes vem por serem
capacitados pela Sua graça especial, e, por isso, essa chamada é eficaz (II Coríntios 3:5, “a nossa capacidade
vem de Deus”; Gálatas 1:15; Efésios. 2:8,9). “O teu povo será mui voluntário no dia do teu poder;” (Salmos
110:3)
A Graça Preveniente e a Providência
I Coríntios 4:7, “Porque, quem te faz diferente?”
Gálatas 1:15, 16, “desde o ventre de minha mãe me separou”
A graça de Deus, além de ser categorizada em comum ou especial, pode também ser listada como preveniente
ou a graça da providência. A graça especial é pela qual Deus escolhe os Seus. A graça preveniente e a própria
providência, em respeito ao assunto da salvação, são aspectos da graça especial e particular pelas quais Deus
traz eficazmente os Seus a Ele.
A graça preveniente é aquela graça “que nos induz à prática do bem (falando-se da graça divina) ou aquela que
chega antes” (Dicionário Eletrônico Aurélio). A graça preveniente é aquela forma da graça de Deus que é
exercitada para com os eleitos, indo antes deles, guardando-os de certos males e pecados tanto antes como
também depois que são salvos.
A providência é “A suprema sabedoria com que Deus conduz todas as coisas” (Dicionário Eletrônico Aurélio).
No assunto particular da salvação, a providência é o exercício da graça soberana que tem o aspecto específico
de operar em particular com tudo ao redor dos eleitos. Ela controla cada um dos aspectos das suas vidas antes
e depois da sua salvação, para que tudo opere segundo o eterno propósito de Deus (Ef. 1.10). Ela influencia-os
ao ponto que seja feito tudo o que é necessário para que estes atendam voluntariamente à chamada de Deus
com fé em Cristo e que sejam obedientes à vontade de Deus continuamente até o último dia (Efésios 1:11,
“Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito
dAquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da Sua vontade”; Filipenses 1:6, “Tendo por certo isto
mesmo, que Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”; 2:13, “Porque
Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade”).
Pela graça da providência, Abraão e Sara foram levados ao Egito, mas, pela graça preveniente as suas ações
foram guardadas para que as suas vidas não fossem destruídas (Gênesis 20:4-6). José foi levado à casa de
Faraó pela graça da providência usando a falta de entendimento dos pais dos seus sonhos (Gênesis 37:10), o
inveja e a ira dos seus irmãos (Gênesis 37:11, 18-25), a mentira da mulher de Potifar (Gênesis 39:13-20), o
favor diante dos olhos do carcereiro-mor (Gênesis 39:21) e o esquecimento do copeiro-mor do rei (Gênesis
40:21-23). Todavia, foi a graça preveniente que guardou José de pecado com a mulher de Potifar (Gênesis
39:2-12), do desespero nos longos anos na prisão (Gênesis 39:23) e é o que levou José a conhecer o
significado dos sonhos do rei (Gênesis 41:16). Posteriormente, José deu testemunho que isso tudo foi
orquestrado pela mão de Deus, ou seja, a Sua providência (Gênesis 45:5). A operação de Deus pela
providência, para os que tem olhos para enxergar espiritualmente, é muito maior que qualquer milagre, pois ela
opera nos milhões de acontecimentos diários para trazer a Sua vontade eterna ser feita com exatidão.
Podemos perceber a mão de Deus trazendo os Seus à salvação pela graça da providência nos casos do
eunuco em Gaza (Atos 8:25-40), da Lídia (Atos 16:13-15) e do próprio Apóstolo Paulo (Gálatas 1:15,16; Atos
9:1-19). Foi a graça preveniente que fez o eunuco desejar a ir a Jerusalém para a adoração, a Lídia querer estar
onde a oração costumava ser feita e fez Paulo considerar a pregação de Estêvão. A ação de Deus que opera
na vida de todos ao redor dos eleitos é chamada por alguns a ‘providência’ (Salm os 136:5-12). A ação de Deus
que restringe as ações do próprio homem escolhido é chamada por alguns a ‘graça preveniente’ (Salmos
76:10).
Que a graça da providência opera na salvação é entendida por Paulo declarar que desde o ventre da sua mãe
ele foi separado e chamado pela graça (Gálatas 1:15,16). Essa separação foi segundo o propósito eterno de
Deus mas, em tempo, feita pela providência. A revelação do Filho de Deus ao Paulo aconteceu em tempo (Atos
9:1-6) assim como aconteceu a sua chamada pública ao apostolado (Atos 13:1-3). Depois de muitas
experiências Paulo testemunha dizendo que tudo isso foi a graça que operou nele (I Coríntios 15:10).
Observação
A providência não opera em oposição à liberdade inata do homem em fazer uma escolha qualquer nem cancela
a sua responsabilidade pessoal quando é exercitada a sua vontade (Gênesis 2:17; Ezequiel 18:20, “a alma que
pecar, essa morrerá”; Gálatas 6:7,8). O simples fato que Deus julga o homem pelas suas ações prova que o
homem é responsável por elas. “A providência é entendida na sua operação quando são induzidas ações
especificas ou o homem é colocado em situações que influenciam ou controlam-no nas suas ações” (Boyce, p.
224). Exemplos disso são: o uso de vespões – Êxodo 23:28; de profetas mentirosos – I Reis 22:20-22; a cólera
do homem – Salmos 76:10; as mãos de injustos – Atos 2:23; os reis da terra – 4:27,28; Efésios 1:11, “opera
todas as coisas segunda a Sua vontade”; Filipenses 2:13.
Se você estiver sem Cristo e deseja mesmo ser salvo Nele, peça que Deus te salve pela Sua mão poderosa
tendo misericórdia de sua alma, levando-te a crer em Cristo Jesus, o único Salvador revelado pelas Escrituras.
Verá que tal ação é a sua responsabilidade. Verá também que a salvação é pela Sua graça. Venha já e prove a
grandiosa graça de Deus (Isaías 55:6-7)!
Se você já conhece pessoalmente a graça particular que lhe chamou irresistivelmente, saiba que tem toda
razão de se entregar como sacrifício vivo a tudo que Deus desejar e lhe manifesta pela Palavra de Deus
(Romanos 12:1,2). Sirva-O com tudo que Ele tem lhe dado! Pode ser que o amado filho de Deus esteja
passando por profundas dificuldades e numerosas tentações. Que esteja confortado pelo fato que Aquele que
não poupou Seu Unigênito Filho por todos nós, como não dará também com Ele todas as coisas? (Romanos
8:31-39). Ore e espere no Senhor que te ama com um amor eterno (Jeremias 31:3).
Pergunta 31 – Que benefícios tem nesta vida aqueles que são chamados eficazmente?
31. Pergunta. Que benefícios tem nesta vida aqueles que são chamados eficazmente?
Resposta. Os que são chamados eficazmente têm nesta vida a justificação (1), adoção (2), santificação, e os
vários outros benefícios, que ou os acompanham ou fluem delas (3).
1. Romanos 8.30. “E aos que predestinou a estes também chamou: e aos que chamou a estes também
justificou: e aos que justificou a estes também glorificou.”
2. Efésios 1.5. “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo.”
3. I Coríntios 1.30. “Mas vós sois dEle, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e
santificação, e redenção.”
Os termos bíblicos que descrevem a realização desse acontecimento são várias. Os termos vários descrevem
em detalhes maiores como a aquisição da salvação na alma do pecador é realizada. Os termos são: a
regeneração, a conversão que inclui o arrependimento e a fé, a justificação, a adoção, a santificação e a
glorificação.
Pergunta 35 – Quais são os benefícios que acompanham ou fluem da justificação, adoção e santificação
nesta vida?
35. Pergunta. Quais são os benefícios que acompanham ou fluem da justificação, adoção e santificação nesta
vida?
Resposta. Os benefícios que acompanham ou fluem da justificação nesta vida (1), são a certeza do amor de
Deus, paz de consciência, gozo no Espírito Santo (2), crescimento na graça de Deus, e perseverança até o fim
(3).
Romanos 14:17. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito
Santo.”
35.1 Os benefícios que acompanham ou fluem da justificação nesta vida (1), são a certeza do amor de Deus,
paz de consciência, gozo no Espírito Santo (2), crescimento na graça de Deus, e perseverança até o fim (3).
1. Romanos 5:1-5. “1 ¶ Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus
Cristo;2 Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na
esperança da glória de Deus.3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a
tribulação produz a paciência,4 E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.5 E a esperança não
traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi
dado”.
1 Jo 3.2, “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas
sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”.
1 Jo 4:4, “Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está
no mundo.”
Romanos 8:17 ¶ E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de
Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
Mt 5.13-16, “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta
senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma
cidade edificada sobre um monte; 15 Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no
velador, e dá luz a todos que estão na casa. 16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”
I Co 2.10-16, “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as
profundezas de Deus. 11 Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que
nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. 12 Mas nós não
recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que
nos é dado gratuitamente por Deus. 13 As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana,
mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. 14 Ora, o homem
natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las,
porque elas se discernem espiritualmente. 15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é
discernido. 16 Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente
de Cristo.”
Efésios 5.8, “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”
Bênçãos existem quando praticadas as responsabilidades na obra de Deus: Oração, contribuição,
evangelização, pregação
Tg 5:16, “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita
por um justo pode muito em seus efeitos”
I Co 16.1-2, “Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às Igrejas
da Galácia.2 No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua
prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar.”
II Co 9.7, “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque
Deus ama ao que dá com alegria”.
Mt 23:23, “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e
desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não
omitir aquelas”.
Mt 28.19, “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo;”
Bênçãos de responsabilidades na família: criar os filhos na doutrina, aprender amar como Deus ama a sua
Igreja.
Ef 6.4, “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.”
Ef 5.22, “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; 23 Porque o marido é a cabeça da
mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. 24 De sorte que,
assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
25 Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
26 Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 27 Para a apresentar a si mesmo
Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. 28 Assim devem os
maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si
mesmo.”
Bênçãos das responsabilidades pessoais: crescer na imagem de Cristo; etc.
Rm 8.29, “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”
II Pe 3.18, “Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a
glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém”.
35.2 Os benefícios que acompanham ou fluem da justificação nesta vida (1), são a certeza do amor de Deus,
paz de consciência, gozo no Espírito Santo (2), crescimento na graça de Deus, e perseverança até o fim (3).
Romanos 14:17. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito
Santo.”
Algumas das bênçãos espirituais são:
Romanos 5:1-2, 5. “Sendo justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual
também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de
Deus ……E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos foi dado”.
Gálatas 5.22, “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança. 23 Contra estas coisas não há lei.”
Gálatas 4:6, “E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba,
Pai.”
Certeza do amor de Deus: Rm. 8.14-17; Gl. 4.4-7; Is. 30.21; II Co. 1.22
35.3 Os benefícios que acompanham ou fluem da justificação nesta vida (1), são a certeza do amor de Deus,
paz de consciência, gozo no Espírito Santo (2), crescimento na graça de Deus, e perseverança até o fim (3).
Provérbios 4:18.”Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia
perfeito.” I João 5:13. “Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que
saibais que tendes a vida eterna.” I Pedro 1:5. “Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a
salvação.”
As bênçãos do crescimento de fé em fé, descobrindo a gloriosa graça da justiça de Deus:
Romanos 1:17, “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá
da fé.”
I Co 3.18, “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos
transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.”
Efésios 3.17-19, “Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados
em amor, 18 Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento,
e a altura, e a profundidade, 19 E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais
cheios de toda a plenitude de Deus.”
Perseverança até o fim:
Jd 1.21, 24, “Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus
Cristo para a vida eterna. 24 Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória”
Mt 24.42-47, “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.43 Mas considerai isto: se o
pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.44
Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.45
Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu
tempo?46 Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.47 Em verdade
vos digo que o porá sobre todos os seus bens”.
At 11.23, “O qual, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem
no Senhor, com propósito de coração;”.
Pv 28.18, “O que anda sinceramente salvar-se-á, mas o perverso em seus caminhos cairá logo”.
Mt 10.22, “E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será
salvo”. Perseverar apesar de desprezo, o custo da cruz diante o lar, a escola, o emprego, ao mundo em geral. A
perseverança está auxiliada através de oração pessoal, leitura Bíblica particular, adoração publica e pela
evangelização.
Preservação de Deus dos Seus:
I Ts 5.24, “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará”. (II Tm 2.13).
Fp 1.6, “Tendo por certo isto mesmo, que Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de
Jesus Cristo”.
II Co 1.20, “Porque todas quantas promessas há de Deus, são nEle sim, e por Ele o Amém, para glória de Deus
por nós”.
I Pe 5.10, “E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes
padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá”.
Is 9.7, “Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o
firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará
isto”.
Is 14.24, “O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se
efetuará”.
I Co 3.15, “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.
Essas bênçãos são para todos que abominaram seus pecados, crendo pela fé em Jesus Cristo que morreu no
seu lugar. Já está em Cristo? Então, tem todas as bênçãos que Deus prometeu para os que estão nEle.
Pergunta 68 – Como podemos escapar da ira e maldição de Deus, merecidas por nós, por causa dos
nossos pecados?
68. Pergunta. Como podemos escapar da ira e maldição de Deus, merecidas por nós, por causa dos nossos
pecados?
Resposta. Para escaparmos da ira e maldição de Deus, merecidas por nós, por causa do pecado, temos que
crer no Senhor Jesus Cristo (1), confiando só em Seu sangue e justiça. Esta fé é acompanhada pelo
arrependimento da vida passada pecaminosa (2) e leva à santidade na vida cristã futura (3).
Versículo para Memorizar: João 3.16. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna”.
68.1. Resposta. Para escaparmos da ira e maldição de Deus, merecidas por nós, por causa do pecado, temos
que crer no Senhor Jesus Cristo (1), confiando só em Seu sangue e justiça. Esta fé é acompanhada pelo
arrependimento da vida passada pecaminosa (2) e leva à santidade na vida cristã futura.(3)
João 3.16. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna”.
A obra de Cristo pelos Seus é uma obra federal ou representante. Como na aliança do Velho Testamento era
englobado o povo de Deus pelas promessas, os eleitos são representados por Cristo na Sua obra de salvação
(Gl 2.20, “Já estou crucificado com Cristo”). Como o primeiro Adão representava todo homem na humanidade
(Rm 5.12; I Co 15.47), assim o Segundo Adão representa todos os salvos (I Co 15.22,23, “os que são de
Cristo”). Por Cristo ser feito “semelhante aos irmãos” (Hb 2.17) “contado com os transgressores” (Is 53.12) e
uma “alma vivente” (I Co 15.45), Ele, junto com Seu povo, identificou-se uma única unidade diante da ira de
Deus. Por Cristo representar todos os Seus é dito que os Seus são “crucificados com Cristo” (Gl 2.20), mortos
com Ele (Rm 6.8), sepultados com Ele (Rm 6.4), vivificados com Ele (Cl 2.13), ressuscitados juntamente com
Ele (Ef 2.6) e os fez assentar nos lugares celestiais Nele (Ef 2.6). A obra que Cristo fez, verdadeiramente
representa “nós” (II Co 5.21).
A obra de Cristo “por nós” também foi vicária ou, em substituição (I Pe 3.18, “o justo pelos injustos”). Cristo não
fez algo simplesmente bom para o beneficio de um outro, mas Ele tornou a ser, no próprio lugar, exatamente o
que o outro era (Gl 4.4; Fl 2.7). Cristo, sendo feito como nós diante da lei (Gl 4.4) ficou sujeito à pena da justiça
de Deus. Cristo, sendo feito “pecado por nós” (II Co 5.21) foi sujeito à morte. Sendo feito “semelhante aos
irmãos” (Hb 2.17) a Sua obra absolveu “nós” da lei do pecado e da morte (Rm 8.3,4). Deus moeu Cristo pois Ele
era “o castigo que nos traz a paz” (Is 53.4-6). Portanto, não há mais nenhuma condenação para os em Cristo
(Rm 8.1).
A obra de Cristo “por nós” foi penal. Cristo, como representante de “nós” e sendo “feito pecado por nós” tem que
sofrer as conseqüências do Seu povo (Is 53.4-8, “pela transgressão do meu povo ele foi atingido”; Mt 1.21, “Ele
salvará o seu povo dos seus pecados”; Jo 17.9, Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que
me deste, porque são teus.”). Entendemos isso pela Sua morte. Cristo foi obediente em tudo (Fl 2.7), e,
portanto, não deve ser castigado. Cristo foi sem pecado (II Co 5.21), e, portanto, não deve morrer. Cristo é justo
(I Pe 3.18), e, portanto, não deve ser desamparado pelo Pai. Todavia, Cristo foi castigado, morto e
desamparado por Ele ser “feito pecado” pelos Seus (Lv 16.21; Is 53.6,12; Hb 9.28). Pela vitória de Cristo sobre
o pecado e a morte, os Nele são feitos justos diante de Deus (Rm 8.1,2).
A obra de Cristo “por nós” foi sacrificial (I Co 5.7, “…Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”). Cristo foi a
expiação do próprio pecado (Is 53.10) e, isso, voluntariamente (Jo 10.18; Hb 7.27). Cristo fez essa obra
sacrificial como o Pai propôs (Rm 3.25) pela obra do Espírito Santo (Hb 9.14; Is 61.1). Essa obra sacrificial de
Cristo foi uma obra redentora, uma compra de um rebanho em particular com Seu próprio sangue (At 20.28; I
Co 6.19,20). Também foi uma obra sacrificial como sacerdotal. Como os sacerdotes no Velho Testamento
ministravam diante de Deus para homens em particular, Cristo ministrou diante de Deus para todo os Seus (Hb
9.11-15, 25-28; 10.12-18). Não há dúvida nenhuma que a obra de Cristo como salvador “por nós” foi sacrificial.
Portanto, todos em Cristo são feitos justos diante de Deus. A todos os homens (sem a exceção de nenhum)
deve ser declarado publicamente e zelosamente a mensagem do Evangelho que Cristo é o Salvador de todos
os pecadores arrependidos e crentes Nele (Jo 3.16). Portanto, se você é convencido dos seus pecados e
entende que merece a ira e o julgamento de Deus, a mensagem é: Venha a Deus pela fé na obra completa de
Cristo. Por Cristo, Deus é grande em perdoar (Is 55.7). Venham, tomem de graça da água da vida, todos que
querem (Ap 22.18), todos que tenham sede (Is 55.1-3), e, todos que sejam oprimidos e cansados dos seus
pecados (Mt 11.28-30).
Versículo para Memorizar: João 3.16. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna”.
68.2. Resposta. Para escaparmos da ira e maldição de Deus, merecidas por nós, por causa do pecado, temos
que crer no Senhor Jesus Cristo (1), confiando só em Seu sangue e justiça. Esta fé é acompanhada pelo
arrependimento da vida passada pecaminosa (2) e leva à santidade na vida cristã futura (3).
Atos 20.21. “Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor
Jesus Cristo”.
A fé verdadeira é dom de Deus (Ef 2.8,9), pelo Espírito Santo (Gl 5.22) e é única (Ef 4.5). A fé verdadeira olha a
Cristo (Isaías 45.22; João 3.14,15), vai a Cristo (Is 55.1; Mt 11. 28; Jo 6.37, 44, 45, 65), põe o seu refúgio nEle
(Hb 6.18), come e bebe dEle (Jo 6.51-58) e recebe Ele (Cl 2.6). A sua fé é ativa somente para com Cristo como
tudo que basta para a salvação?
Mais sobre esse assunto na próxima pergunta 69.
Arrependimento
O arrependimento é primeiramente necessário para aqueles que ainda não têm fé. Isso é evidente, pois Jesus
não veio para “chamar os justos, mas sim, os pecadores, ao arrependimento.” (Lucas 5:32). O arrependimento
se dá “para a vida” (Atos 11:18), “para a salvação” (II Coríntios 7:10), e “para conhecerem a verdade” (II
Timóteo 2:25), “de obras mortas” (Hebreus 6:1). Para as pessoas que têm fé em Cristo, não lhes falta a vida.
Essas não estão presas às obras mortas e não lhes falta o conhecimento da verdade. Portanto, o
arrependimento é necessariamente anterior à fé e, sem o arrependimento, é impossível obter a salvação (Lucas
13:1-5).
Mais sobre esse assunto na pergunta 70.
Versículo para Memorizar: João 3.16. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna”.
68.3 Resposta. Para escaparmos da ira e maldição de Deus, merecidas por nós, por causa do pecado, temos
que crer no Senhor Jesus Cristo (1), confiando só em Seu sangue e justiça. Esta fé é acompanhada pelo
arrependimento da vida passada pecaminosa (2) e leva à santidade na vida cristã futura (3).
SANTIFICAÇÃO DE ACORDO COM A BÍBLIA David W. Cloud
O presente estudo é um artigo da Way of Life Encyclopedia of the Bible & Christianity, copyright 1994.
SANTIFICAÇÃO. As palavras “santificar”, “sagrado” e “santo” são traduções da mesma palavra grega. Elas
significam estar separado para um serviço especial. Na Bíblia muitas coisas além de pessoas são apresentadas
como santificadas –- os móveis do Tabernáculo (Ex 40.10, 11,13); uma montanha (Ex 19.23); comida (I Ti. 4.5).
Torna-se até possível para um crente santificar a Deus no seu coração (1 Pe 3.15). Portanto, santificar, ou
tornar sagrado, não significa purificar ou tornar sem pecado, mas separar alguma coisa para Deus e o serviço a
Deus.
Em relação ao Cristão, santificação ou santidade significa estar separado para Deus do pecado. Existem três
aspectos distintamente diferentes desta santificação: passado, presente e futuro. Todo Cristão está autorizado a
falar, “fui santificado; estou sendo santificado; ainda serei santificado.”
SANTIFICAÇÃO PASSADA significa que o crente já foi posicionalmente separado em Cristo (At 20.32; 1 Co
1.2; 1.30; 6.9-11; Hb 10.10, 14). No novo nascimento, cada crente tem sido eternamente santificado em Cristo,
levado do poder do diabo para dentro da família de Deus (Jo 1.12; Gl 4.4-6), do reino do diabo para dentro do
reino de Cristo (Cl 1.12, 13); da velha criação para a nova criação (II Co 5.17). Esta santificação é uma
realidade eterna e está baseada numa nova posição spiritual que o Cristão tem em Jesus Cristo. Os crentes de
Corinto não estavam sem pecado, e apesar disso foram chamados de santos e fala-se que foram santificados (I
Co 1.2, 30). Neste sentido, o Cristão pode dizer, “ESTOU santificado em Cristo.”
SANTIFICAÇÃO PRESENTE (ATUAL) indica o processo pelo qual o Espírito Santo gradualmente muda a vida
do crente para dar vitória sobre o pecado. Esta é a santificação prática. Trata-se do crescimento cristão,
deixando o pecado do lado e vestindo religiosidade (Ro 6.19, 22; 1 Ts 4.3, 4; 1 Pe 1.14-16). [Nota do tradutor: A
palavra inglesa “godliness” aparentemente não tem tradução própria em português. Ela significa algo parecido
como “deusidade”. O dicionário somente indica “religiosidade”. Nota do Pastor Calvin: a palavra melhor seria
“piedade”] Este processo atual de santificação nunca acaba nesta vida (1 Jo 1.8-10). O Cristão precisa resistir
ao pecado até ser levado deste mundo na morte ou na volta de Cristo. Neste sentido, o Cristão pode dizer,
“ESTOU SENDO santificado pelo poder de Deus.”
SANTIFICAÇÃO FUTURA é a perfeição que o crente vai desfrutar na ressurreição (1 Ts 5.23). Na vinda de
Cristo, cada crente receberá um corpo novo que estará sem pecado. O Cristão não terá mais de resistir ao
pecado ou de crescer para a perfeição. Sua santificação estará completa. Ele estará inteira e eternamente
separado para Deus do pecado. Neste sentido, o Cristão ESTARÁ santificado na volta de Cristo.
Precisamos tomar cuidado para não confundir estes aspectos diferentes da santificação ou santidade.
Fundamental Baptist Information Service, P.O. Box 610368, Port Huron, MI 48061, 866-295-4143,
fbns@wayoflife.org Visite o site Way of Life Literature http://www.wayoflife.org Copiado de
http://www.wayoflife.org/fbns/sanctification.htm [Traduzido por Philippe van Mechelen – março 2007]
Versículo para Memorizar: João 3.16. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna”.
Pergunta 71 – Quais são os meios exteriores pelos quais o Espírito Santo nos comunica os benefícios
da redenção?
71. Pergunta. Quais são os meios exteriores pelos quais o Espírito Santo nos comunica os benefícios da
redenção?
Resposta. Os meios exteriores e comuns pelos quais o Espírito Santo nos comunica os benefícios da redenção
de Cristo são a Palavra, através da qual as almas são geradas (regeneradas) para uma vida espiritual; o
Batismo, a Ceia do Senhor, a Oração e a Meditação, pelos quais todos os crentes são posteriormente
edificados na mais santa fé (1).
1. At 2.41-42, “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia
agregaram-se quase três mil almas, e perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do
pão, e nas orações.” Tg 1.18, “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que
fôssemos como primícias das suas criaturas.”
Versículo para Memorizar: Salmos 19.7, “A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do
SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices”.
Deus Usa Meios para Cumprir a Sua Vontade
Deus usa meios para completar em tempo real o que Ele determinou na eternidade passada. Um exemplo dos
meios sendo usados para fazer a Sua vontade é a própria morte de Cristo. É dito que Cristo “foi morto desde a
fundação do mundo” (Ap 13.8). Esta ação foi completa na eternidade passada já na mente de Deus. Mas, em
tempo propício, no mundo, diante dos homens, Cristo foi preso, crucificado e morto pelas mãos de injustos (At
2.23; 4.27,28). Também, a obra de eleição foi feita na eternidade, mas o seu efeito, a própria salvação, somente
é visto em tempo por conseqüência da operação e a cooperação dos meios divinamente programados (I Pe
1.20,21). Mesmo que as Suas obras da eleição foram acabadas “desde a fundação do mundo” (Hb. 4.3), elas
vem a ser realizadas entre os homens em tempo por meios (Rm. 10.13-15).
Os Meios Externos
Todos os meios que levam para a salvação, sejam internos ou externos, são controlados por Deus Quem é
sobre tudo (Is 45.7). Não minimizando o poder de Deus nem da Sua soberania, os meios externos são da
responsabilidade do homem. Os meios externos, da responsabilidade do homem, devem ser empregados com
todo o esforço biblicamente legitimo implorando Deus a usar Seus meios internos, que são da Sua
responsabilidade, nos corações de todos daqueles a quem é pregado a Verdade (Ez 37.1-10).
Deve ser enfatizado que Deus não é limitado em nada (Dn 4.35, “não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe
diga: Que fazes?”). Se de pedras Deus quiseste suscitar filhos a Abraão, Ele poderia (Mt 3.9; Lc. 3.8) pois nada
há que a Deus seja demasiado difícil (Jr 32.17). Porém, aquilo que Deus manda ao Cristão fazer, ele é
responsável a fazer. O Cristão é mandado a pregar a Verdade, orar que Deus abençoe a Sua Palavra e viver
uma vida exemplar diante todos. Se o Cristão não obedece o que é responsável em fazer, não verá as bênçãos
de Deus no seu ministério (Ez 33.6-8; II Co 4.3,4; At 20.26,27).
Versículo para Memorizar: Salmos 19.7, “A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do
SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices”.
Pergunta 73 – Como a Palavra deve ser lida e ouvida para que se torne eficaz para a salvação?
73. Pergunta. Como a Palavra deve ser lida e ouvida para que se torne eficaz para a salvação?
Resposta. Para que a Palavra se torne eficaz para a salvação, devemos ouvi-la com diligência (1), preparação
(2) e oração (3), recebendo-a com fé (4) e amor (5), gravando-a no coração (6), e praticando-a na vida (7).
1. Provérbios 8.34, “Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos, velando às minhas portas cada dia,
esperando às ombreiras da minha entrada.”
2. I Pe 2.1-2, “Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as
murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para
que por ele vades crescendo.”
3. Salmos 119.18, “Abre tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei.”
4. Hebreus 4.2, “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação
nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naquele que a ouviram.”
5. II Tessalonicenses 2.10, “E com todo o engano da injustiça para os que pereceram, porque não receberam o
amor da verdade para se salvarem.”
6. Salmos 119.11, “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.”
7. Tiago 1.25, “Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo
ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.”
A Palavra de Deus, para o melhor proveito, deve ser lida e ouvida particularmente da mesma maneira que
convém ter um estudo bíblico em nossos lares, e nos lares dos outros, ou na Igreja. Como podemos ter um
culto domestico regular, um culto nos lares de outros?
Qualquer boa prática precisa de um líder. É necessário que alguém se responsabilize em organizar o estudo.
Coisas boas não acontecem por acaso. Se pretendermos obter vitória nessa área, precisamos não somente de
um plano, mas de alguém que tome a iniciativa. Mesmo que a própria leitura, oração ou canção seja dirigida por
uma outra pessoa, a responsabilidade de organizar o tempo e reunir todos os membros da família para o estudo
bíblico deve ser de uma pessoa, “o líder”. É melhor ter um plano e falhar, do que falhar em não ter um plano. É
interessante notar que pouco daquilo que não é organizado chega a ser proveitoso. Então, para ter um proveito
do tempo do estudo bíblico, alguém deve assumir a posição de líder.
Uma vez que todos estão presentes é proveitoso que qualquer atividade não relacionada com o estudo bíblico
seja eliminada. Se for num lar, a TV e o radio devem ser desligados, o lazer de ler outros livros a na ser da
Bíblia precisa ser interrompido, e as conversas devem ser direcionadas para o assunto da hora, ou seja, o
estudo bíblico. Se for na Igreja, as crianças devem passar no banheiro antes do culto, e relembradas que é
tempo para ouvir a Palavra de Deus. Não é demais também pedir que uma postura de respeito à Palavra de
Deus seja feita com os nossos corpos durante este tempo especial. Este tempo num lar pode ser usado para
ensinar as crianças o comportamento adequado para com a Palavra de Deus. Se no lar respeito às Escrituras
Sagradas for uma prática constante, não será muita coisa levar tal comportamento à Igreja.
Versículo para Memorizar: Salmos 19.7, “A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do
SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices”.
Com o líder e os participantes em prontidão, nada melhor do que agora ter um plano. O estudo bíblico pode
começar com uma canção ou oração. Depois disso vem a leitura bíblica e o seu estudo. Por fim pode ter uma
outra canção e oração. Se for culto domestico, o tempo gasto não precisa ocupar uma grande parte do dia para
ter um efeito bom. Bastam apenas uns 10-15 minutos abençoados por Deus para que o estudo bíblico
doméstico seja uma bênção. Se for o estudo num lar de alguém outro, uns 30-40 minutos serão suficientes
normalmente. O que vale muito nos estudos domésticos não é volume, mas continuidade (Is 28.10,13).
“Mas faça-se tudo decentemente e com ordem”
I Coríntios 14.40
Versículo para Memorizar: Salmos 19.7, “A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do
SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices”.
Sugestões para Leitura Domestica da Bíblia
Leituras:
Livros da Bíblia pela ordem
Livros da Bíblia nos quais se tenha um interesse especial (história, profecia, doutrina, personagens)
Capítulos inteiros ou as divisões deles
Livro de Provérbios – um capítulo por dia. Este livro pode ser lido cada mês por ter 31 capítulos.
Participações:
O líder, ou alguém apontado por ele, pode fazer a leitura do dia
Faça um rodízio de leitura com todos os elementos do grupo participando
Cada membro da família tem um dia especial para preparar uma leitura predileta
O líder pode fazer perguntas ao grupo sobre o que foi lido.
Orações:
Pedidos oferecidos pela família
Lembrar dos pedidos da Igreja
Uma lista para usar de referência todos os dias. Marcar os que foram respondidos.
Cada pessoa pode participar nas orações ou somente o líder ou quem ele aponta.
O Horário:
Logo depois o café da manha
Logo depois do almoço ou do jantar
Logo antes de deitar ao anoitecer
Com Tempo Sobrando:
Cante mais hinos (invente alguns!)
Explore um assunto de interesse geral
Memorize um versículo chave da leitura
Estenda a leitura para mais capítulos
Leia partes de alguns livros que tenham comentários aprovados.
No caso de doença, viagem ou qualquer outro motivo que faça com que a rotina seja quebrada, não entre em
pânico. Se for necessário interromper o estudo bíblico doméstico, faça uma pausa. Mas, não desista do hábito
permanentemente só por ter de quebrar a rotina uma ou outra vez. Procure voltar a essa prática abençoada,
pedindo a Deus a graça para fazer o que Lhe agrada nesse respeito.
Pergunta 77 – Os filhinhos dos que se professam crentes devam ser batizados, ou seja, devem ser
batizados automaticamente?
77. Pergunta. Os filhinhos dos que se professam crentes devam ser batizados, ou seja, devem ser batizados
automaticamente?
Resposta. Os filhinhos de tais crentes professos não devem ser batizados automaticamente porque não há
ordem nem exemplo nas Santas Escrituras para que sejam batizados (1).
O que os filhinhos dos crentes herdem dos seus pais é carne – “O que é nascido da carne é carne” Jo 3.6. O
espiritual exclusivamente vem de Deus, “o que é nascido do Espírito é espírito” Jo 3.6.
Versículo para Memorizar: Jo 3.6, “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”.
77.1. Os filhinhos de tais crentes professos não devem ser batizados porque não há ordem nem exemplo nas
Santas Escrituras para que sejam batizados (1).
Êxodo 23.13, “E em tudo o que vos tenho dito, guardai-vos; e do nome de outros deus nem vos lembreis, nem
se ouça da vossa boca.”
Provérbios 30.6, “Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.”
A simbologia do batismo nega o direito de qualquer ser batizado a não serem os que podem identificar
literalmente com essa representação. O simbolismo do batismo nega que os filhos de crentes sejam
automaticamente batizados.
As responsabilidades de ser membro da Igreja – perseverança, testemunha – pedem capacidades mentais e
espirituais que apenas pessoas maduras podem exercer. As responsabilidades que acompanham os membros
negam que os filhos de crentes sejam automaticamente batizados.
Os direitos dos membros da Igreja – votação, participar da ceia do Senhor – são exclusivos para pessoas com
discernimento espiritual e de juízo experimental. Os direitos que os membros têm negam que os filhos de
crentes sejam automaticamente batizados.
A expressão, “e logo foi batizado, ele e todos os seus” (Atos 16:31,33) não significa que criancinhas das casas
foram batizadas junto com o “cabeça do lar”. Não há prova que existiram crianças nestes lares, e se existissem
crianças nos lares e fossem batizadas, mesmo que não creram, é entendido que os moços, moças, servos,
servas, adultos ou adultas quaisquer que fizeram parte do lar foram batizados mesmo que não foram
convertidos. O que é bom para as criancinhas que não creram é bom para os outros no lar que não creram
também. A verdade é que a casa “e todos os seus” foram batizados por que “todos os seus” foram convertidos.
Não há dúvida qualquer que os apóstolos entendiam e cumpriram o que Jesus mandava pela comissão e
batizaram só os que creram.
Versículo para Memorizar: Jo 3.6, “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”.
Quando tratamos do batismo de crianças geralmente o assunto da circuncisão surge e argumenta que a
circuncisão do Velho Testamento é substituída no Novo Testamento pelo batismo. É mesmo?
1. Há os que querem afirmar que a circuncisão no Velho Testamento tem o seu igual em batismo no Novo
Testamento. Usando Cl 2.11, 12 muitos querem afirmar essa doutrina. Mas a referência em Colossenses quer
apontar aquela obra feita por Cristo “não feita por mão”. Que isso não é batismo é claro pois batismo é feito
pelas mãos. O texto refere-se à obra maravilhosa de Deus na salvação.
2. Circuncisão é externa, um corte da parte da carne, batismo é para mostrar o que aconteceu internamente, a
remoção da pena do pecado da carne. Uma é da lei, de Moisés, a outra é da graça, de Cristo. O que a
circuncisão do Velho Testamento mostrou era a obediência do homem à lei e era uma marca na carne daquela
separação que Deus desejava todo o Teu povo ter. Este princípio de separação continua hoje entre o povo de
Deus, não em simbologia mas na realidade – II Co 5.17; Gl 5.17; I Pe 3.3-6.
3. Os símbolos e tipos do Velho Testamento têm seu cumprimento nas realidades no Novo Testamento em
Cristo, seu tipo de Igreja, a salvação a todo povo, etc. As ordenanças têm suas origens nas obras completas de
Cristo exclusivamente. As leis do Velho Testamento eram para a nação de Israel em geral, convertido ou não.
As ordenanças da Igreja são exclusivamente para pessoas salvas em Cristo que fazem parte da congregação
dos santos.
4. As Escrituras não ensinam que o batismo toma o lugar de circuncisão em nenhum lugar. Por falar de
símbolos, nunca um símbolo é substituído por outro símbolo na Bíblia, mas é sempre substituído pela coisa
exata que representava.
Pergunta 86 – O que significam as palavras: “até que venha”, usadas pelo apóstolo Paulo em referência
à Ceia do Senhor?
86. Pergunta. O que significam as palavras: “Até que venha”, usadas pelo apóstolo Paulo em referência à Ceia
do Senhor?
Resposta. Elas ensinam claramente que nosso Senhor Jesus Cristo virá outra vez; o que é a alegria e
esperança de todos os crentes (1).
As ordenanças são importantes à vida da Igreja neotestamentária. Elas pregam claramente e detalhadamente a
pessoa inocente, a obra salvadora e a nossa esperança em Jesus Cristo. Mesmo sendo responsabilidades
solenes elas não devem ser observadas às portas fechadas, mas abertas para que a todaosseja proclamado o
evangelho de Jesus Cristo.
Pelo fato de as ordenanças pregarem Cristo tão claramente é importante que elas sejam observadas à risca.
Não há margem de erro, pois qualquer erro refletiria na própria pessoa de Cristo, a sua obra e a nossa
esperança. Se trocássemos o modo de batismo por outro, ou se usássemos pão da padaria ou de fôrma, algo
levedado, uma mensagem comprometida estaria sendo proclamada. A verdade sempre perde numa troca.
As duas ordenanças mantêm pura a congregação dos santos. A primeira, o batismo, não permite que uma
pessoa não regenerada seja membro, e a segunda, a Ceia do Senhor, sempre traz ao exam e o andar dos que
fazem parte daquela Igreja que a administra.
A correta observação das duas ordenanças é importante para que uma Igreja neotestamentária, batalhe “pela fé
que uma vez foi dada aos santos”, Judas 1.3.
J. M. Carroll no seu reconhecido livro, O Rastro de Sangue, destaca a importância das ordenanças para traçar a
linhagem daquela Igreja que Cristo instituiu até os dias de hoje. Ele diz na página 16 do seu livro Rastro de
Sangue:
“Desejamos agora chamar sua atenção para alguns dos característicos ou sinais desta religião – a religião
cristã. O leitor e eu vamos traçar uma linha através destes 20 longos séculos, e com especialidade, através dos
1.200 anos de trevas da meia-noite, escurecidos pelos rios e mares do sangue mártir, razão porque
necessitamos compreender bem estes característicos. Eles serão muitas vezes terrivelmente desfigurados. Não
obstante haverá sempre algum característico indelével. Mas ainda nos deixarão de sobreaviso, cuidadosos e
suplicantes. Encontraremos muita hipocrisia como também muita farsa. É possível que até escolhidos sejam
enganados e traídos. Desejamos se for possível, traçar através da história verossímil, mas principalmente
através da história verdadeira e infalível, palavras e característicos da verdade divina.”
Depois dessa afirmação ele lista as características desta organização que tem como fundador, o próprio Jesus
Cristo. O quarto e o quinto destas características ele diz:
“4. À Igreja foram dadas duas ordenanças, e somente duas, o Batismo e a Ceia do Senhor. São memoriais e
perpétuas.”
5. “Somente os “Salvos” eram recebidos para membros das Igrejas. (At. 2.47). Eram salvos unicamente pela
graça, sem qualquer obra da lei (Ef 2.5, 8, 9). Os salvos e eles somente deviam ser imersos em nome do Pai e
do Filho e do Espírito Santo (Mt 28.19). E unicamente os que eram recebidos e batizados participavam da Ceia
do Senhor, sendo esta celebrada somente pela Igreja e na capacidade de Igreja.” (pg. 18, edição Letra Grande,
Imprensa Palavra Prudente).
Entre dez provas da linhagem de uma Igreja verdadeira, as duas ordenanças pesam forte nessa prova para
identificar-nos com as Igrejas neotestamentárias.
Pela falta de levar séria a ordenança da Ceia do Senhor, Deus tem afligido em alguns desobedientes com
enfermidades e, em alguns outros, a morte (I Co 11.27-30, “Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o
cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. 28 Examine-se, pois, o homem
a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. 29 Porque o que come e bebe indignamente, come e
bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. 30 Por causa disto há entre vós muitos
fracos e doentes, e muitos que dormem.”).
“As maiores catástrofes acontecem em conseqüência da desobediência aos mandamentos; as maiores bênçãos
vêm em conseqüência da obediência aos mandamentos.” – H.G. Weston.
Versículo para Memorizar: Atos 1.11, “Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o
céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”
86.1. Elas ensinam claramente que nosso Senhor Jesus Cristo virá outra vez; o que é a alegria e esperança de
todos os crentes (1).
Atos 1.11, “Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que
dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”
I Tessalonicenses 4.16, “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a
trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.”
No batismo quando lembramos a morte vicária de Cristo para os Seus, somos lembrados também da Sua
ressurreição, e, portanto, o fato que Ele vive hoje. Na Ceia do Senhor trazemos à memória a Sua morte vicária
e pelas palavras “até que venha”, a sua ressurreição também é lembrada. Todavia somos ensinados não
somente da Sua gloriosa vitória sobre a morte, Satanás e o pecado, mas que o Pai O aceitou de volta como o
Salvador dos pecadores.
Além dessa vitória e exaltação de Cristo pelo Pai, as palavras “até que venha” nos ensina que todas aquelas
promessas que Jesus falou sobre a Sua volta serão cumpridas com a mesma certeza e exatidão das profecias
pelos profetas da Sua primeira vinda e das Suas próprias promessas de ser vitorioso sobre a morte, o pecado, e
Satanás. Entre muitas outras passagens, destacamos a profecia de Cristo em João 14.1-3, “Não se turbe o
vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não
fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. 3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez,
e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
Se Cristo não ressurgiu da morte, além de falsos profetas, somos, de todos os homens, o mais miseráveis. A
nossa fé é vã, a pregação nossa é vã, os que já morreram crendo na vitória de Cristo, são perdidos, e nós ainda
permanecemos nos nossos pecados. Mas de fato Cristo ressurgiu dos mortos (I Co 15.14-20).
Se Ele não fosse exaltado pelo Pai, teríamos em Jesus Cristo apenas um bom exemplo de um mártir. Mas
Cristo foi aceito de volta ao seio do Pai e exaltado acima de todo o nome (Fl 2.9-11). Prova disso é a descida do
Espírito Santo (Jo 14.16; 15.26; 16.13,14; At 2.33).
Se Cristo não vai voltar do céu e nos levar a Ele, temos somente uma esperança seca que não nos conforta nos
sofrimentos por Ele nesse mundo. Mas Ele é fiel e vai voltar como Ele foi, e cada vez que lembramos a Ceia do
Senhor renovamos alegremente essa esperança que nos incentiva a nos sacrificarmos a nós mesmos em face
das aflições e perseguições.
A frase, “até que venha”, prova que sempre terá na face da terra uma congregação neotestamentária e que
Deus por Cristo receberá adoração pura até o fim dos séculos, apesar da malícia de tiranos e hereges, pois a
Ceia do Senhor deve ser lembrada por um ajuntamento verdadeiro sem cessar, interruptível, até aquele dia que
Ele venha – John Trapp’s Commentary, Online Bible, Ver. 2.00.02, jan 2006.
Além de afirmar que haverá Igrejas para preservar essa ordenança, prova também que haverá ministros nessas
Igrejas preservadas para administrar a Ceia do Senhor (Gill).
A frase “até que venha” nos manifesta que a crença da volta de Cristo literalmente a terra era crida pela Igreja
primitiva e era necessário continuar até o dia quando não mais seria necessário ordenanças para nos relembrar
dele, ou seja, a volta dEle, pois, então, veremos Ele como Ele é (I Jo 3.2).
A frase “até que venha” pode ser um imperativo, ou mandamento de anunciar a Sua morte ate que venha, pois
pode ser que haja uns displicentes que não focalizam durante a Ceia do Senhor a Sua morte por eles – Gill’s
Expositor, Online Bible, Ver. 2.00.02, jan 2006.
A frase “até que venha” nos ensina que a Ceia do Senhor não somente trata do passado mas aponta ao futuro
também.
“Até que venha” lembra da prática da ordem no Velho Testamento, na noite da Páscoa, quando os pais
ensinaram os seus filhos o porquê da cerimônia. Aquela noite diferente das outras em que não permitia pão
levedado, comia somente as ervas amargas e a carne assada do cordeiro, ou do cabrito, se lavaram duas
vezes, comiam não sentadas mas vestidos e prontos para viajar, os pais deram instrução aos seus filhos (Ex
12.1-20, 26-27).
Assim a declaração do sacrifício de Cristo em simbologia na Ceia do Senhor foi posta em todas as Igrejas para
ser sempre lembrada até a Sua segunda vinda. O homem tem memória curta, contudo para a glória de Deus e
a alegria do Cristão, o preço da sua redenção e a esperança gloriosa deste Redentor voltar em vitória é
anunciado continuamente pela Ceia do Senhor.
Versículo para Memorizar: Atos 1.11, “Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o
céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”
A Ceia do Senhor tem algo a ver com a sua fé?
A sua esperança é simbolizada nela?
Tem alegria nessa esperança da volta de Jesus?
Bibliografia
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1
Este fora fundado em 1939 pelo Líder Batista Fundamentalista Bíblico Independente Rev. J. Frank Norris, D.D., (1877-1952); também
em 1939 o Rev. Norris fundou a Comunhão Batista Mundial que, em 1954, por ocasião do III Congresso Mundial do Concílio
Internacional de Igrejas Cristãs -- CIIC, através do então Diretor de Missões, Rev. Robert D Ingle, D.D., (1904-1967), pediu filiação ao CIIC
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