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Valores Exigidos do Poder Público no

Curso do Processo
DESPESAS PROCESSUAIS
 Custas
 Emolumentos
 Despesas em sentido estrito
Beneficiário de gratuidade de justiça e honorários
periciais
Despesas processuais em ação civil pública
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
 Honorários em demandas contra o poder público
 Honorários em grau recursal
 Cumprimento de sentença não impugnado
 Titularidade dos honorários
RECURSO
AÇÃO RESCISÓRIA
MULTAS
 Multa por ato atentatório à dignidade da Justiça
 Multa por litigância de má-fé
 Agravo interno inadmissível
 Embargos de declaração protelatórios
 Multa coercitiva

Concurso não se faz para passar, mas até passar. Porrada na preguiça! A fila anda e a catraca seleciona. É nóis, playboy!!!
CPC Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe
às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo,
antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até
a plena satisfação do direito reconhecido no título.

§ 1o Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz


determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção
ocorrer como fiscal da ordem
jurídica.

§ 2o A sentença
DESPESAS condenará o vencido a pagar
PROCESSUAIS ao vencedor as despesas que
antecipou.

Art. 91. As despesas dos


atos processuais praticados a
requerimento da Fazenda
Pública , do Ministério Público
ou da Defensoria Pública serão
pagas ao final pelo vencido.

O conceito de despesas processuais abrange:


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CUSTAS
CRFB Art. 21. Compete à União: XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério
Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)

Lei nº 9.289/961
Art. 1º As custas devidas à União, na Justiça Federal de primeiro e segundo graus, são
cobradas de acordo com as normas estabelecidas nesta Lei.
§ 1° Rege-se pela legislação estadual respectiva a cobrança de custas nas causas
ajuizadas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição federal.
Art. 4° São isentos de pagamento de custas:
I - a União, os Estados, os Municípios, os Territórios Federais, o Distrito Federal e as respectivas
autarquias e fundações; (...)
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do
exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar
as despesas judiciais feitas pela parte vencedora.

Lei nº 9.028/95 Art. 24-A. A União, suas autarquias e fundações, são isentas de custas e
emolumentos e demais taxas judiciárias, bem como de depósito prévio e multa em ação rescisória, em
quaisquer foros e instâncias . (Incluído pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001)

Remuneração pela prestação da atividade jurisdicional2;


Ao praticar atos processuais (propositura de ação, interposição de recurso), o Estado não paga custas
processuais por haver confusão entre credor e devedor.

OBS.: citação postal  a jurisprudência do STJ é no sentido de que a Fazenda Pública está
dispensada do pagamento da citação postal, uma vez que tal ato processual encontra-se abrangido
no conceito de custas processuais (REsp 1332428 / RS).

OBS.2: Se o ente público estadual litiga na Justiça Federal ou se o ente federal é parte em
demanda na Justiça Estadual.  Em regra, o pagamento é devido. Entre os entes públicos, não há
imunidade recíproca, pois esta abrange somente impostos, e não taxas.

OBS.3: art. 24-A da Lei nº 9.028/95“em quaisquer foros e instâncias”  a previsão de isenção
merece interpretação restritiva, pois é inconstitucional em relação às Justiças Estaduais, uma vez que
caracteriza isenção heterônoma. Não o é em relação à Justiça do Distrito Federal, cujo custeio
compete à própria União.

1
Dispõe sobre as custas devidas à União, na Justiça Federal de primeiro e segundo graus e dá outras providências.
2
LEF Art. 39 - A Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos. A prática dos atos judiciais de seu interesse independerá de
preparo ou de prévio depósito.
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 4/17

Remuneração pelos serviços de


cartórios e serventias não oficializados;

II. Custas e emolumentos: serventias judiciais e extrajudiciais:


natureza jurídica. É da jurisprudência do Tribunal que as custas e os
emolumentos judiciais ou extrajudiciais têm caráter tributário de taxa.
III. Lei tributária: prazo nonagesimal. Uma vez que o caso trata
de taxas, devem observar-se as limitações constitucionais ao poder de
EMOLUMENTOS tributar, dentre essas, a prevista no art. 150, III, c, com a redação dada
pela EC 42/03 - prazo nonagesimal para que a lei tributária se torne
eficaz. (ADI 3694)

STJ Súmula 178 - O INSS não goza de isenção do pagamento de


custas e emolumentos, nas ações acidentárias e de benefícios propostas
na Justiça Estadual.

Art. 91 § 1o As perícias requeridas pela Fazenda Pública, pelo Ministério


Público ou pela Defensoria Pública poderão ser realizadas por entidade pública
ou, havendo previsão orçamentária , ter os valores adiantados por aquele que
requerer a prova.

§ 2o Não havendo previsão orçamentária no exercício financeiro para


adiantamento dos honorários periciais, eles serão pagos no exercício seguinte
ou ao final, pelo vencido, caso o processo se encerre antes do adiantamento a
ser feito pelo ente público.
DESPESAS EM SENTIDO
ESTRITO Remuneração de terceiros acionados para auxiliar a atividade jurisdicional

STJ - Súmula 190 - Na execução fiscal, processada perante a


Justiça Estadual, cumpre à Fazenda Pública antecipar o numerário
destinado ao custeio das despesas com o transporte dos oficiais de
justiça.
STJ - Súmula 483. O INSS não está obrigado a efetuar depósito
prévio do preparo por gozar das prerrogativas e privilégios da Fazenda
Pública.
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PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL.
BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. ANTECIPAÇÃO DOS HONORÁRIOS
PERICIAIS PELO ESTADO.
1. É entendimento do STJ que "não concordando o perito nomeado
em realizar gratuitamente a perícia e/ou aguardar o final do processo,
deve o juiz da causa nomear outro perito para desonerar o Estado de
antecipar o pagamento dos honorários periciais", sem imputar ao
beneficiário da assistência judiciária, contudo, a responsabilidade pelo
adiantamento de tal despesa (REsp 935.470/MG, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/08/2010, DJe
30/09/2010).
Beneficiário de 2. Agravo regimental parcialmente provido.
gratuidade de
justiça e (AgRg no AREsp 255.687/MG, Rel. Ministro OLINDO MENEZES
honorários (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), PRIMEIRA TURMA,
periciais julgado em 17/11/2015, DJe 01/12/2015)

Art. 95. § 3o Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de


beneficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser:

I - custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizada


por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público conveniado;

II - paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do


Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese em que o valor
será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em caso de sua omissão, do
Conselho Nacional de Justiça.
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LACP art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de
custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem
condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de
advogado, custas e despesas processuais. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990)

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ART. 18 DA LEI 7.347/85.


IMPOSSIBILIDADE DE ADIANTAMENTO DE CUSTAS PELO AUTOR.
PERÍCIA REQUERIDA EX OFFICIO. ADIANTAMENTO DOS HONORÁRIOS DO
PERITO.
IMPOSIÇÃO À RÉ. IMPOSSIBILIDADE.
1. A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que o art. 18 da
Lei 7.347/85 é norma processual que expressamente afastou a
Despesas necessidade, por parte do legitimado extraordinário, de efetuar o
processuais em adiantamento de custas e outras despesas processuais, para o
ação civil ajuizamento de Ação Civil Pública.
pública 2. Não deve o Estado de São Paulo, como autor da Ação Civil Pública,
arcar antecipadamente com os custos dos honorários periciais determinados ex
officio; contudo, isso não permite que o juízo obrigue a outra parte, a Funai,
que não requereu a realização da prova técnica, a fazê-lo.
3. Recurso Especial provido em parte para determinar o retorno dos
autos ao Juízo a quo para a efetivação da prova. Não concordando o perito
nomeado em aguardar o final do processo, para o recebimento dos honorários,
deve o Tribunal de origem nomear outro perito, a ser designado entre técnicos
de estabelecimento oficial especializado ou repartição administrativa do ente
público responsável pelo custeio da prova pericial, devendo a perícia se realizar
com a colaboração do Poder Judiciário
(REsp 1522645/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 21/05/2015, DJe 30/06/2015)
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HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Os honorários advocatícios nada mais são do que a
contraprestação devida ao advogado pela execução dos
seus serviços profissionais.
Embora o regime das demandas com o Poder
Público seja diferente daquele para os particulares, o
advogado público e o privado estãosujeitos ao mesmo
regime escalonado.

CPC Art. 85 § 3o Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação
dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2o e os
seguintes percentuais:

I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação


ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;

II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação


ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000
(dois mil) salários-mínimos;

III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação
ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até
20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
HONORÁRIOS EM
DEMANDAS CONTRA O
PODER PÚBLICO IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação
ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até
100.000 (cem mil) salários-mínimos;

V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou


do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.

Valor dos Honorários Valor da condenação ou proveito econômico


(porcentagens) (salário mínimo)
10 a 20 % Até 200 SM
8 a 10% > 200 SM até 2.000 SM
5 a 8% > 2.000 SM até 20.000 SM
3 a 5% > 20.000 SM até 100.000 SM
1 a 3% > 100.000 SM
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Art. 85 § 4o Em qualquer das hipóteses do § 3o:

Sentença líquida:
I - os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados desde logo, quando for líquida
a sentença;

Sentença ilíquida:
II - não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos nos incisos I
a V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado;

Ausência de condenação principal ou imensurabilidade do proveito econômico:


III - não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o proveito econômico
obtido, a condenação em honorários dar-se-á sobre o valor atualizado da causa;
IV - será considerado o salário-mínimo vigente quando prolatada sentença líquida ou o que
estiver em vigor na data da decisão de liquidação.

A fixação do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa
subsequente, e assim sucessivamente:
§ 5o Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda Pública ou o benefício econômico
obtido pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3o, a fixação
do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa subsequente,
e assim sucessivamente.

Os limites e critérios aplicam-se inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito:
§ 6o Os limites e critérios previstos nos §§ 2o e 3o aplicam-se independentemente de qual seja
o conteúdo da decisão, inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito.

Enunciados NCPC – Fórum Permanente de Processualistas Civis: EN. 240. (arts. 85, §
3º, e 910) São devidos honorários nas execuções fundadas em título executivo extrajudicial
contra a Fazenda Pública, a serem arbitrados na forma do § 3º do art. 85.

Honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, desde
que não tenha sido impugnada:
§ 7o Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que
enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.

Exceção: causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando
o valor da causa for muito baixo:
§ 8o Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o
valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa,
observando o disposto nos incisos do § 2o.
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 9/17

Art. 85 § 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados


anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando,
conforme o caso, o disposto nos §§ 2o a 6o, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da
fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos
limites estabelecidos nos §§ 2o e 3o para a fase de conhecimento.

Caraterísticas:

 Sua aplicação se refere a recurso, não a julgamento pelo tribunal. Vale dizer, se a demanda for
proposta originalmente na segunda instância, a majoração de honorários terá cabimento somente no caso
de recurso aos tribunais superiores;

 O máximo de honorários a serem pagos é de 20% para a fase de conhecimento e 20% para a
fase de cumprimento de sentença. Se o juízo de primeiro grau condena a parte sucumbente a honorários
de 10%, e há recurso, o tribunal poderá majorar para 15%, por exemplo. Interposto novo recurso ao
tribunal superior, STJ e STF, mais uma vez haverá majoração até o limite de 20%. Se o tribunal majorar a
condenação para 20% de honorários, não haverá nova majoração em caso de recursos aos tribunais
superiores.
HONORÁRIOS Enunciados NCPC – Fórum Permanente de Processualistas Civis: EN. 241
EM GRAU
(art. 85, caput e § 11). Os honorários de sucumbência recursal serão somados aos
RECURSAL
honorários pela sucumbência em primeiro grau, observados os limites legais.

 CPC-2015: Essa regra se aplica somente aos recursos interpostos posteriormente à entrada em
vigor do CPC-2015.

 A aplicação dos honorários sucumbenciais em grau de recurso ocorre tanto em julgamentos


colegiados, quanto em monocráticos.
Enunciados NCPC – Fórum Permanente de Processualistas Civis: EN. 242.
(art. 85, § 11). Os honorários de sucumbência recursal são devidos em decisão
unipessoal ou colegiada.

 Em caso de provimento da apelação, o tribunal deverá redistribuir os honorários e, ainda,


arbitrar os honorários da sucumbência recursal.
Enunciados NCPC – Fórum Permanente de Processualistas Civis: EN. 243.
(art. 85, § 11). No caso de provimento do recurso de apelação, o tribunal
redistribuirá os honorários fixados em primeiro grau e arbitrará os honorários de
sucumbência recursal.
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 10/17

§ 7o Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda


Pública que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.

O ente público não pode pagar sua dívida de forma espontânea; é necessário seguir o rito dos
artigos 534 e 535 do CPC.
O particular deve iniciar o cumprimento e, caso este não apresente impugnação, o juiz requisita
o pagamento ao presidente do Tribunal através de precatório.
Se o Estado apresenta impugnação, serão devidos honorários advocatícios, a -serem fixados nos
termos examinados acima (art. 85, § 3°).

CUMPRIMENTO OBS.: Se a hipótese não for de pagar quantia, mas sim de obrigação de fazer, não
DE SENTENÇA fazer e entregar coisa, é possível ao Poder Público voluntariamente cumprir os termos da
NÃO
decisão judicial, sendo desnecessário o cumprimento de sentença.
IMPUGNADO

Enunciados NCPC – Fórum Permanente de Processualistas Civis: EN. 240.


(arts. 85, § 3º, e 910) São devidos honorários nas execuções fundadas em
título executivo extrajudicial contra a Fazenda Pública, a serem
arbitrados na forma do § 3º do art. 85.

OBS.2: controvérsia: Para essa fase, o CPC estabelece a cobrança de honorários


no valor de 10% (art. 523, § 1º). Para Leonardo da Cunha, o Poder Público não se sujeita
a esse percentual fixo, mas sim às faixas do § 3° do artigo 85
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 11/17

CPC art. 85 § 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza


alimentar , com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo
vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.
§ 15. O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam
seja efetuado em favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de sócio,
aplicando-se à hipótese o disposto no § 14.
§ 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria .
§ 19. Os advogados públicos perceberão honorários de sucumbência , nos termos da
lei.
Enunciados NCPC – Fórum Permanente de Processualistas Civis: EN. 384
(art. 85, §19) A lei regulamentadora não poderá suprimir a titularidade e o direito
à percepção dos honorários de sucumbência dos advogados públicos. (Grupo:
Impacto do novo CPC e os processos da Fazenda Pública)

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL.


FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CARÁTER PUNITIVO. DESCABIMENTO.
TITULARIDADE CRITÉRIOS PARA FIXAÇÃO. ART. 20, §§ 3º E 4º, DO CPC.
DOS
2. É que “os honorários advocatícios são, em si mesmos, a remuneração devida
HONORÁRIOS
aos profissionais da advocacia pela parte que os constitui. Na disciplina legal do custo
do processo, essa locução designa a verba com que uma das partes deve desembolsar
a outra pelas despesas suportadas ao remunerar seu próprio patrono na causa.
Fala-se também em honorários da sucumbência, porque ordinariamente quem
os paga é o sucumbente, ou seja, o vencido”. (DINAMARCO, Cândido Rangel.
Instituições de Direito Processual Civil. 4.ª ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2004, p.
634)
(REsp 1164543/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em
02/03/2010, DJe 15/03/2010)

Pertencem ao advogado e que seu caráter é de verba alimentar, cujo objetivo é remunerar o
advogado da parte vencedora.
O Poder Público deve pagar a remuneração do advogado público na forma de subsídio em parcela
única, o que não significa que a carreira não possa receber outras verbas de origem privada, pagas pelas
partes derrotadas em litígios
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 12/17

CPC Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando


exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de
retorno, sob pena de deserção.

RECURSO
§ 1o São dispensados de preparo , inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos
interpostos pelo Ministério Público, pela União , pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos
Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.

Art. 968. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais
do art. 319, devendo o autor:

I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo;


II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa , que se
AÇÃO converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou
RESCISÓRIA improcedente.

§ 1o Não se aplica o disposto no inciso II à União , aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério
Público, à Defensoria Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça.
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 13/17

MULTAS
CPC Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com
a boa-fé.

Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

CPC Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de
seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:

IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final,


e não criar embaraços à sua efetivação;

VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.

§ 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas
mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à
dignidade da justiça.
Para imposição de multa por ato atentatório à dignidade da Justiça, o juiz deve
antes advertir a parte; em caso de recalcitrância, incide a punição.

§ 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade


MULTA POR da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis,
ATO
aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa , de acordo com a
ATENTATÓRIO À
gravidade da conduta.
DIGNIDADE DA
JUSTIÇA
§ 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será
inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que
a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos
fundos previstos no art. 97.
Se o ato processo tramita perante a Justiça Federal, constituirá dívida da União.

§ 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da


incidência das previstas nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o.
Essa multa não se confunde com aquelas previstas para o não cumprimento voluntário da
sentença (arts. 523, § 1° e 536, § 1°), pelo que podem ser impostas concomitantemente.

§ 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do


Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual
responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria , ao
qual o juiz oficiará.
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 14/17

Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu
ou interveniente.

Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:

I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;


II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar


multa , que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da
causa , a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os
honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.

MULTA POR § 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada
LITIGÂNCIA DE um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se
MÁ-FÉ coligaram para lesar a parte contrária.

§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada
em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.

§ 3o O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-
lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.

Art. 96. O valor das sanções impostas ao litigante de má-fé reverterá em benefício
da parte contrária , e o valor das sanções impostas aos serventuários pertencerá ao Estado
ou à União.

A multa por litigância de má-fé e a responsabilidade por perdas e danos podem ser cobradas do
ente público, pois não se trata de hipótese de irresponsabilidade processual. O particular e o ente
público devem obedecer aos ditames da cooperação, lealdade e da boa-fé processuais, de modo a
pautar sua conduta pelo respeito à parte contrária e ao Poder Jurisdicionai.
Assim, diante da ocorrência de violação desses deveres, o ente público pode ser condenado a
pagar multa por litigância de má-fé. Tais valores devem ser cobrados ao final do processo c estão
sujeitos ao regime pagamento de condenações, ou seja, por precatório ou requisição de pequeno valor.
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 15/17

Art. 1.021.
§ 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada,
condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor
AGRAVO atualizado da causa .
INTERNO
INADMISSÍVEL
§ 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito
prévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário
de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.

Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e


interrompem o prazo para a interposição de recurso.

§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo


respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou,
sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.

§ 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o


tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa
EMBARGOS DE
não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa .
DECLARAÇÃO
PROTELATÓRIOS
§ 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a
multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição
de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à
exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão
ao final.

§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores


houverem sido considerados protelatórios.
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 16/17

MULTA COERCITIVA
CPC Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer
ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a
obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação
do exequente.

§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a
imposição de multa , a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o
impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.

CPC Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores
e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:

IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar
embaraços à sua efetivação;

A doutrina considera a multa uma medida coercitiva, um meio de


execução indireta, cujo objetivo é influir sobre a vontade do devedor para levá-lo
a cumprir a obrigação.

A jurisprudência do STJ não é pacífica sobre o assunto, mas parece haver maior inclinação pelo entendimento
de que é possível aplicar multa ao agente público.

PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. IMPOSIÇÃO DE MULTA DIÁRIA À PRÓPRIA


AUTORIDADE COATORA. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO ART. 461, §§ 4º e 5º DO CPC.
RECURSO ESPECIAL DO ESTADO DESPROVIDO.

1. É pacífica, no STJ, a possibilidade de aplicação, em mandado de segurança, da multa diária


ou por tempo de atraso prevista no art. 461, §§ 4º e 5º do CPC. Precedentes.

2. Inexiste óbice, por outro lado, a que as astreintes possam também recair sobre a autoridade
coatora recalcitrante que, sem justo motivo, cause embaraço ou deixe de dar cumprimento a decisão
judicial proferida no curso da ação mandamental.

3. Parte sui generis na ação de segurança, a autoridade impetrada, que se revele refratária ao
cumprimento dos comandos judiciais nela exarados, sujeita-se, não apenas às reprimendas da Lei nº
12.016/09 (art. 26), mas também aos mecanismos punitivos e coercitivos elencados no Código de
Processo Civil (hipóteses dos arts. 14 e 461, §§ 4º e 5º).

4. Como refere a doutrina, "a desobediência injustificada de uma ordem judicial é um ato
pessoal e desrespeitoso do administrador público; não está ele, em assim se comportando, agindo
em nome do órgão estatal, mas sim, em nome próprio" (VARGAS, Jorge de Oliveira. As consequências
da desobediência da ordem do juiz cível. Curitiba: Juruá, 2001, p. 125), por isso que, se "a pessoa
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jurídica exterioriza a sua vontade por meio da autoridade pública, é lógico que a multa somente pode
lograr o seu objetivo se for imposta diretamente ao agente capaz de dar atendimento à decisão
jurisdicional" (MARINONI, Luiz Guilherme. Técnica processual e tutela dos direitos. São Paulo: RT,
2004, p. 662).

5. Recurso especial a que se nega provimento. (REsp 1399842/ES, Rel. Ministro SÉRGIO
KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 25/11/2014, DJe 03/02/2015)

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