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Curso do Processo
DESPESAS PROCESSUAIS
Custas
Emolumentos
Despesas em sentido estrito
Beneficiário de gratuidade de justiça e honorários
periciais
Despesas processuais em ação civil pública
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Honorários em demandas contra o poder público
Honorários em grau recursal
Cumprimento de sentença não impugnado
Titularidade dos honorários
RECURSO
AÇÃO RESCISÓRIA
MULTAS
Multa por ato atentatório à dignidade da Justiça
Multa por litigância de má-fé
Agravo interno inadmissível
Embargos de declaração protelatórios
Multa coercitiva
Concurso não se faz para passar, mas até passar. Porrada na preguiça! A fila anda e a catraca seleciona. É nóis, playboy!!!
CPC Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe
às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo,
antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até
a plena satisfação do direito reconhecido no título.
§ 2o A sentença
DESPESAS condenará o vencido a pagar
PROCESSUAIS ao vencedor as despesas que
antecipou.
CUSTAS
CRFB Art. 21. Compete à União: XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério
Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)
Lei nº 9.289/961
Art. 1º As custas devidas à União, na Justiça Federal de primeiro e segundo graus, são
cobradas de acordo com as normas estabelecidas nesta Lei.
§ 1° Rege-se pela legislação estadual respectiva a cobrança de custas nas causas
ajuizadas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição federal.
Art. 4° São isentos de pagamento de custas:
I - a União, os Estados, os Municípios, os Territórios Federais, o Distrito Federal e as respectivas
autarquias e fundações; (...)
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do
exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar
as despesas judiciais feitas pela parte vencedora.
Lei nº 9.028/95 Art. 24-A. A União, suas autarquias e fundações, são isentas de custas e
emolumentos e demais taxas judiciárias, bem como de depósito prévio e multa em ação rescisória, em
quaisquer foros e instâncias . (Incluído pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 2001)
OBS.: citação postal a jurisprudência do STJ é no sentido de que a Fazenda Pública está
dispensada do pagamento da citação postal, uma vez que tal ato processual encontra-se abrangido
no conceito de custas processuais (REsp 1332428 / RS).
OBS.2: Se o ente público estadual litiga na Justiça Federal ou se o ente federal é parte em
demanda na Justiça Estadual. Em regra, o pagamento é devido. Entre os entes públicos, não há
imunidade recíproca, pois esta abrange somente impostos, e não taxas.
OBS.3: art. 24-A da Lei nº 9.028/95“em quaisquer foros e instâncias” a previsão de isenção
merece interpretação restritiva, pois é inconstitucional em relação às Justiças Estaduais, uma vez que
caracteriza isenção heterônoma. Não o é em relação à Justiça do Distrito Federal, cujo custeio
compete à própria União.
1
Dispõe sobre as custas devidas à União, na Justiça Federal de primeiro e segundo graus e dá outras providências.
2
LEF Art. 39 - A Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos. A prática dos atos judiciais de seu interesse independerá de
preparo ou de prévio depósito.
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 4/17
LACP art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de
custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem
condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de
advogado, custas e despesas processuais. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990)
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Os honorários advocatícios nada mais são do que a
contraprestação devida ao advogado pela execução dos
seus serviços profissionais.
Embora o regime das demandas com o Poder
Público seja diferente daquele para os particulares, o
advogado público e o privado estãosujeitos ao mesmo
regime escalonado.
CPC Art. 85 § 3o Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação
dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2o e os
seguintes percentuais:
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação
ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até
20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
HONORÁRIOS EM
DEMANDAS CONTRA O
PODER PÚBLICO IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação
ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até
100.000 (cem mil) salários-mínimos;
Sentença líquida:
I - os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados desde logo, quando for líquida
a sentença;
Sentença ilíquida:
II - não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos nos incisos I
a V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado;
A fixação do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa
subsequente, e assim sucessivamente:
§ 5o Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda Pública ou o benefício econômico
obtido pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3o, a fixação
do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa subsequente,
e assim sucessivamente.
Os limites e critérios aplicam-se inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito:
§ 6o Os limites e critérios previstos nos §§ 2o e 3o aplicam-se independentemente de qual seja
o conteúdo da decisão, inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito.
Enunciados NCPC – Fórum Permanente de Processualistas Civis: EN. 240. (arts. 85, §
3º, e 910) São devidos honorários nas execuções fundadas em título executivo extrajudicial
contra a Fazenda Pública, a serem arbitrados na forma do § 3º do art. 85.
Honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, desde
que não tenha sido impugnada:
§ 7o Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que
enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.
Exceção: causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando
o valor da causa for muito baixo:
§ 8o Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o
valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa,
observando o disposto nos incisos do § 2o.
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 9/17
Caraterísticas:
Sua aplicação se refere a recurso, não a julgamento pelo tribunal. Vale dizer, se a demanda for
proposta originalmente na segunda instância, a majoração de honorários terá cabimento somente no caso
de recurso aos tribunais superiores;
O máximo de honorários a serem pagos é de 20% para a fase de conhecimento e 20% para a
fase de cumprimento de sentença. Se o juízo de primeiro grau condena a parte sucumbente a honorários
de 10%, e há recurso, o tribunal poderá majorar para 15%, por exemplo. Interposto novo recurso ao
tribunal superior, STJ e STF, mais uma vez haverá majoração até o limite de 20%. Se o tribunal majorar a
condenação para 20% de honorários, não haverá nova majoração em caso de recursos aos tribunais
superiores.
HONORÁRIOS Enunciados NCPC – Fórum Permanente de Processualistas Civis: EN. 241
EM GRAU
(art. 85, caput e § 11). Os honorários de sucumbência recursal serão somados aos
RECURSAL
honorários pela sucumbência em primeiro grau, observados os limites legais.
CPC-2015: Essa regra se aplica somente aos recursos interpostos posteriormente à entrada em
vigor do CPC-2015.
O ente público não pode pagar sua dívida de forma espontânea; é necessário seguir o rito dos
artigos 534 e 535 do CPC.
O particular deve iniciar o cumprimento e, caso este não apresente impugnação, o juiz requisita
o pagamento ao presidente do Tribunal através de precatório.
Se o Estado apresenta impugnação, serão devidos honorários advocatícios, a -serem fixados nos
termos examinados acima (art. 85, § 3°).
CUMPRIMENTO OBS.: Se a hipótese não for de pagar quantia, mas sim de obrigação de fazer, não
DE SENTENÇA fazer e entregar coisa, é possível ao Poder Público voluntariamente cumprir os termos da
NÃO
decisão judicial, sendo desnecessário o cumprimento de sentença.
IMPUGNADO
Pertencem ao advogado e que seu caráter é de verba alimentar, cujo objetivo é remunerar o
advogado da parte vencedora.
O Poder Público deve pagar a remuneração do advogado público na forma de subsídio em parcela
única, o que não significa que a carreira não possa receber outras verbas de origem privada, pagas pelas
partes derrotadas em litígios
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 12/17
RECURSO
§ 1o São dispensados de preparo , inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos
interpostos pelo Ministério Público, pela União , pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos
Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
Art. 968. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais
do art. 319, devendo o autor:
§ 1o Não se aplica o disposto no inciso II à União , aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério
Público, à Defensoria Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça.
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 13/17
MULTAS
CPC Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com
a boa-fé.
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
CPC Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de
seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
§ 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas
mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à
dignidade da justiça.
Para imposição de multa por ato atentatório à dignidade da Justiça, o juiz deve
antes advertir a parte; em caso de recalcitrância, incide a punição.
Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu
ou interveniente.
MULTA POR § 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada
LITIGÂNCIA DE um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se
MÁ-FÉ coligaram para lesar a parte contrária.
§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada
em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 3o O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-
lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.
Art. 96. O valor das sanções impostas ao litigante de má-fé reverterá em benefício
da parte contrária , e o valor das sanções impostas aos serventuários pertencerá ao Estado
ou à União.
A multa por litigância de má-fé e a responsabilidade por perdas e danos podem ser cobradas do
ente público, pois não se trata de hipótese de irresponsabilidade processual. O particular e o ente
público devem obedecer aos ditames da cooperação, lealdade e da boa-fé processuais, de modo a
pautar sua conduta pelo respeito à parte contrária e ao Poder Jurisdicionai.
Assim, diante da ocorrência de violação desses deveres, o ente público pode ser condenado a
pagar multa por litigância de má-fé. Tais valores devem ser cobrados ao final do processo c estão
sujeitos ao regime pagamento de condenações, ou seja, por precatório ou requisição de pequeno valor.
VALORES EXIGIDOS DO PODER PÚBLICO NO CURSO DO PROCESSO 15/17
Art. 1.021.
§ 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada,
condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor
AGRAVO atualizado da causa .
INTERNO
INADMISSÍVEL
§ 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito
prévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário
de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
MULTA COERCITIVA
CPC Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer
ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a
obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação
do exequente.
§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a
imposição de multa , a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o
impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.
CPC Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores
e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar
embaraços à sua efetivação;
A jurisprudência do STJ não é pacífica sobre o assunto, mas parece haver maior inclinação pelo entendimento
de que é possível aplicar multa ao agente público.
2. Inexiste óbice, por outro lado, a que as astreintes possam também recair sobre a autoridade
coatora recalcitrante que, sem justo motivo, cause embaraço ou deixe de dar cumprimento a decisão
judicial proferida no curso da ação mandamental.
3. Parte sui generis na ação de segurança, a autoridade impetrada, que se revele refratária ao
cumprimento dos comandos judiciais nela exarados, sujeita-se, não apenas às reprimendas da Lei nº
12.016/09 (art. 26), mas também aos mecanismos punitivos e coercitivos elencados no Código de
Processo Civil (hipóteses dos arts. 14 e 461, §§ 4º e 5º).
4. Como refere a doutrina, "a desobediência injustificada de uma ordem judicial é um ato
pessoal e desrespeitoso do administrador público; não está ele, em assim se comportando, agindo
em nome do órgão estatal, mas sim, em nome próprio" (VARGAS, Jorge de Oliveira. As consequências
da desobediência da ordem do juiz cível. Curitiba: Juruá, 2001, p. 125), por isso que, se "a pessoa
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jurídica exterioriza a sua vontade por meio da autoridade pública, é lógico que a multa somente pode
lograr o seu objetivo se for imposta diretamente ao agente capaz de dar atendimento à decisão
jurisdicional" (MARINONI, Luiz Guilherme. Técnica processual e tutela dos direitos. São Paulo: RT,
2004, p. 662).
5. Recurso especial a que se nega provimento. (REsp 1399842/ES, Rel. Ministro SÉRGIO
KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 25/11/2014, DJe 03/02/2015)