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FACULDADE DO LITORAL SUL PAULISTA – FALS

CURSO DE ENFERMAGEM

JORGE DE OLIVEIRA
TALITA GUERRA DOS SANTOS

A CONDUTA DO ENFERMEIRO NA ABORDAGEM


DA ESPIRITUALIDADE

PRAIA GRANDE
2017
JORGE DE OLIVEIRA
TALITA GUERRA DOS SANTOS

A CONDUTA DO ENFERMEIRO NA ABORDAGEM DA


ESPIRITUALIDADE

Trabalho de Conclusão de Curso, na


faculdade do litoral sul FALS como
requisito parcial para obtenção do título
de Bacharel em enfermagem. Prof.ª
Orientador (a) Elaine Cristina dos Santos
Giovanini.

PRAIA GRANDE
2017
JORGE DE OLIVEIRA
TALITA GUERRA DOS SANTOS

CONDUTA DO ENFERMEIRO NA ABORDAGEMDA


ESPIRITUALIDADE

Trabalho de Conclusão Curso,


apresentada na Faculdade do
Litoral Sul FALS, para obtenção do
título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovada em: Praia Grande, de 2017.

Parecer da Banca examinadora: TCC ( ) aprovado.


( ) aprovado com louvor.
( ) reprovado.
Banca Examinadora:
Prof.(a)Orientador(a): Elaine Cristina Giovanni

Nome Titulação: Assinatura:

Nome Titulação: Assinatura:

Nome Titulação: Assinatura:


JORGE DE OLIVEIRA
TALITA GUERRA DOS SANTOS

CONDUTA DO ENFERMEIRO NA ABORDAGEMDA


ESPIRITUALIDADE

AVALIAÇÃO:_________________________________________________________
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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter nos proporcionado saúde e sabedoria para

superar todas as dificuldades e conseguir chegar ate aqui.

Refletindo sobre o trabalho e os quatro anos de graduação, vimos que

nada saiu como planejamos, mudanças, vontade de desistir foram

diversas , porém nos tornamos resistentes ao nosso objetivo que foi

maior , que nossas dificuldades de seguir em frente. Vivemos

momentos de alegria e satisfação que atribuíram para a nossa

evolução do nosso corpo, alma e espirito. Missões pelas quais já

sabíamos que iriamos passar e vencer.

Agradecer é pouco. Por isso lutar, conquistar, vencer e até mesmo

aprender a cair , para assim sabermos que o chão não é o nosso lugar,

ele nos serve apenas para ajoelharmos e guiarmos a nossa luz divina,

que o principal, viver é o nosso modo de agradecer sempre .Repondo as

forças para saber seguir em frente , sabendo que amanha será um

novo dia.

Agradecemos a esta universidade, seu corpo docente, direção e

administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbramos um

horizonte superior, agradecidos pela a confiança no mérito e ética

aqui presentes.

A nossa orientadora Elaine Cristina Giovanini , pelo suporte no pouco

tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos aos nossos

familiares pelo amor e apoio incondicional, que foram os nossos

alicerces e todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa

formação acadêmica .
RESUMO

Introdução: A espiritualidade é um tema que permeia a literatura deenfermagem


Wanda Aguiar Horta introduziu os conceitos do Processo de Enfermagem no século
passado, Antes dela, os pacientes eram apenas indivíduos. Depois dela, passaram a
ser tratados como seres humanos, com sentimentos, emoções e métodos de
Enfermagem. Para ela, “Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser humano no
atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente desta
assistência através da educação; de recuperar, manter e promover sua saúde,
contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais”. Gente que
cuida de gente. Cooperando com a melhora do tratamento do paciente como um
todo, onde outros autores sendo alguns são citados mas todos fazem parte da
evolução do cuidado. Maslow foi um dos mais estimados especialistas do mundo em
comportamento humano e motivação, conhecido como Pai da Psicologia
Humanística, através de seus diversos trabalhos, postulou teorias esclarecidas
sobre a raça humana e mais conhecido pelo desenvolvimento da Hierarquia das
necessidades. Sua teoria explica como os indivíduos são movidos a ter ações que
façam suprir as suas necessidades, através de uma ordem pré-estabelecida, indo
desde as mais básicas até as mais complexas (das biológicas até as psicológicas).
O Corpo inclui características e funcionamento físicos; a mente envolve cognição,
percepção e emoções; e o espírito é composto de significado e propósito derivados
de uma relação com Deus ou outro poder superior.Uma variedade de fatores
influencia o desenvolvimento do corpo,da mente e do espírito ,como estrutura
genética, composição e dinâmica da família ,papeis ,etnia ,ambiente, educação
,experiências religiosas ,relações ,cultura ,estilo devida e práticas de saúde.
Justificativa: discutir espiritualidade leva se em conta a subjetividade mensurada
pelo Enfermeiro ,quando o mesmo precisa anular suas crenças e valores, sendo de
grande relevância para a comunidade acadêmica e que contribui para a ampliação
da discussão sobre doença e espiritualidade. A Organização Mundial de Saúde
(OMS) vem aprofundando asinvestigações sobre a espiritualidade enquanto
constituinte do conceito multidimensional de saúde; atualmente, o bem-estar
espiritual vem sendo considerado mais uma dimensão do estado de saúde, junto às
dimensões corporais, psíquicas e sociais. Objetivo: realizar o levantamento das
dificuldades mais encontradas que não favorecem a conduta do Enfermeiro na
abordagem da espiritualidade paraassim buscar resolução afim do melhoramento do
assunto a ser discutido. Metodologia: trata se de um estudo de natureza
bibliográfica da literatura realizada a partir de analise de dados nacionais, publicado
na biblioteca virtual em saúde scientificElectronic Library Online (Scielo) foram
encontrados os descritores em saúde na língua portuguesa, “O enfermeiro frente
asquestões de espiritualidade”, “Espiritualidade no cuidado com o paciente”,”
Conhecimento e percepção da importância do atendimentoda dimensão espiritual
pelos graduandos de Enfermagem”. Foram encontrados 17 artigos. Considerações
finais:é fundamental que o enfermeiro entenda o ser humano como um todo corpo,
mente e espírito. Quando o corpo ou a mente sofre, a pessoa é afetada em sua
totalidade, as necessidades humanas básicas dentro da avaliação do profissional,
juntamente aos fatores relacionados com as problemáticas dopaciente com os
diagnósticos de enfermagem comumente encontrados no indivíduo na abordagem
da espiritualidade. Consideramos que independente da crença religiosa do
enfermeiro, ele deve conhecer as religiões de seus pacientes e por todas as
maneiras deve encorajar ver e reforçar essas crenças.

PALAVRAS CHAVES: Espiritualidade, Abordagem e Necessidades.


ABSTRACT
Introduction: Spirituality is a theme that permeates the literature of Nursing Wanda
AguiarHorta introduced the concepts of the Nursing in the last century, Before it, the
patients were only individuals. After that, they began to be treated as human beings,
with feelings, emotions and methods of nursing. For her, "Nursing is science and the
art of assisting human beings in meeting their needs to make it independent of this
assistance through education; in recover, maintain and promote their health, counting
on the collaboration of other professional groups ". People who take care of
people.Cooperating with the improvement of the treatment of the patient as a whole,
where other authors being some are cited but all are part of the evolution of care.
Maslow was one of the world's most esteemed specialists in human behavior and
motivation, known as the Father of Psychology Humanistic, through his various
works, postulated enlightened theories on the human race and better known by the
development of the Hierarchy of needs. His theory explains how individuals are
moved to have actions that meet their needs, through a pre- established, ranging
from the most basic to the most complex biological to psychological). The Body
includes physical characteristics and functioning; the mind involves cognition,
perception and emotions; and the spirit is composed of meaning andderived from a
relationship with God or another higher power. Variety of factors influences the
development of the body, mind, and genetic structure, composition and dynamics of
the family, roles, ethnicity, environment, education, religious experience,
relationships, culture, life and health practices. Rationale: discussing spirituality takes
account the subjectivity measured by the Nurse, when the same their beliefs and
values, being of great relevance to the community. That contributes to the expansion
of the discussion about disease and spirituality. The World Health Organization
(WHO) has been deepening the research on spirituality as a constituent of the
concept multidimensional health; at present, spiritual well-being has beenconsidered
a dimension of health status, together with the dimensions of physical, psychic and
social. Objective: to carry out the survey of difficulties that do not favor the nurse's
approach to spirituality, in order to seek resolutions related to the improvement of the
subject to be discussed. Methodology: this is a study of the bibliographical nature of
the literature based on data analysis published in the virtual health library Electronic
Library Online (Scielo) we found the health descriptors in the language Portuguese,
"The nurse facing the issues of spirituality", "Spirituality in caring for the patient",
"Knowledge and importance of attending to the spiritual dimension by
undergraduates of Nursing". 17 items found. Final considerations: it is fundamental
that the nurse understands the human being as a whole body, mind and spirit. When
the body or mind suffers, the person is affected in his basic human needs within the
framework of the evaluation of the professionals, together with the factors related to
the problems of with the nursing diagnoses commonly found in the individual in
approaching spirituality. We consider that independent of the nurse's religious belief,
he must know the religions of his patients and in all ways should encourage, see and
reinforce these beliefs.

KEY WORDS: Spirituality, Approach e Needs.


“Curar algumas vezes,aliviar frequentemente,
confortar sempre”.

Harold G.Koenig ( 2013 )


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Etapas das Necessidades Humanas Básicas....................................14


Figura 2 - Pirâmide da Teoria das Necessidades de Maslow.............................15
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Diagnosticos de enfermagem e intervenções.................................24


Tabela 2 - Dados coletados e assuntos abordados.........................................41
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13

2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 16

3. PROBLEMA /HIPÓTESE ...................................................................................... 17

4. OBJETIVO............................................................................................................. 18

4.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 18

4.2 OBJETIVO ESPECIFICO ................................................................................ 18

5. METODOLOGIA ................................................................................................... 19

6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 20

6.1 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICA NA DIMENSÃO ESPIRITUALIDADE


NO CUIDADO TRANSPESSOAL .......................................................................... 20

6.2 PIRÂMIDESDE MASLOW ............................................................................... 22

6.3 O CUIDADO TRANSPESSOAL NA TEORIA JEAN WATSON ........................ 23

6.4 ENFERMAGENS X ESPIRITUALIDADE ......................................................... 24

6.5 AS DIFICULDADES DO ENFERMEIRO EM CONDUZIR A ESPIRITUALIDADE


............................................................................................................................... 28

6.6 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM - TAXONOMIA I – NANDA .................. 29

7. POR QUE, COMO E QUANDO INCLUIR A ESPIRITUALIDADE. ........................ 43

7.1 POR QUE ....................................................................................................... 43

7.2 COMO INCLUIR A ESPIRITUALIDADE .......................................................... 44

7.3 QUANDO ......................................................................................................... 46

8. RESULTADOS DE PESQUISA ............................................................................. 47

9. DISCUSSÕES ....................................................................................................... 55

10.CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 56

11. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 57


1. INTRODUÇÃO

Wanda Aguiar Horta introduziu os conceitos do Processo de Enfermagem no


século passado, Antes dela, os pacientes eram apenas indivíduos. Depois dela,
passaram a ser tratados como seres humanos, com sentimentos, emoções e
métodos de Enfermagem. Para ela, “Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser
humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente
desta assistência através da educação; de recuperar, manter e promover sua saúde,
contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais”. “Gente que
cuida de gente.”

De acordo com a (OMS) Organização Mundial de Saúde, “Saúde é o estado


de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença
ou enfermidade”. O ser humano provém das necessidades básicas que são
consideradas todas aquelas a que o ser humano deve ter acesso para sobreviver
com decência, suprindo as suas necessidades fisiológicas e mentais e são
consideradas objetivas e universais”.

Maslow (1954) criou a teoria da motivação que nos diz que qualquer ser
humano possui necessidades comuns que motivam o seu comportamento. Para
atingir necessidades superiores temos de começar pelo fundo da pirâmide na qual
estão as necessidades fisiológicas. Para que se possa almejar o seguinte patamar
de necessidades, o patamar imediatamente inferior deve ser minimamente
alcançado. Nas necessidades ao nível mais básico temos as fisiológicas, como a
nutrição, a hidratação, a higiene pessoal e envolvente, atividade física regular, etc.,
Necessidades são dimensões que se não estiverem satisfeitas pode provocar sérios
danos e sofrimento de valores humanistas.

Penha,Ramon Morais (2012) Doutor em ciências, defende o cuidado com


uma ciência humana desenvolvida a partir de fundamentos fisiológicos e sistemas
“Espiritualidade no cuidado da teoria transpessoal”.
13
O cuidado transpessoal apresenta fundamental valia para o enriquecimento
profissional e favorece a recuperação do cliente, pois prioriza a integridade da
atenção de saúde, onde temos um profissional de estrema competência na
dimensão da espiritualidade. A sistematização de enfermagem entra como principal
ferramenta no cuidado transpessoal.

Atualmente o assunto mais discutido e investigado pelo profissional de saúde


é o comportamento humano, dentro do contexto da espiritualidade, onde inúmeras
literaturas mostram, o quanto complexo se torna o tema, devido o assunto ser
subjetivo e destrinchado com total delicadeza na qual a subjetividade está ligada as
condições inerentes, inseparavelmente das questões direcionas a saúde e doenças.
Sendo assim seria impossível mensurar o nível de concepção de cada indivíduo
como um todo.

Segundo Jean Watson a intersubjetividade a qual está presente na definição


transpessoal referindo a relação humano para humano na qual a pessoa do
enfermeiro influência e é influenciado pela pessoa do outro. Ambos estão
plenamente presentes no momento, eles partilham de um campo fenomenológico
que se tornam coparticipantes em se tornar no agora e no futuro, sendo recíproco a
influência mutua entre o ser que cuida e o ser que é cuidado, sempre existindo o
emissor e o receptor dentro de um afeto pertencimento gerado na assistência
integral , assim vinculada ao comprometimento de responsabilidade nas 24 horas
seguidas na assistência de enfermagem ,e durante toda estadia de internação ou
consulta de atendimento .

O indivíduo necessita de um atendimento altamente qualificado para a


garantia de sua recuperação, de modo que tenha total resolução no enfrentamento
da abordagem da espiritualidade, no atendimento em saúde, de forma que os
indivíduos tendem a aproximar-se dos valores, crenças para alivio de dores, perdas
de situações não esperadas.

Os enfermeiros devem avaliar as necessidades espirituais com a “mente


aberta” (HERMANN, 2007) e ter capacidade de acolher os enfermos de acordo com

14
suas necessidades, direcionadas a uma crença ou não, a refletir sobre as suas
necessidades espirituais de um modo mais aceitável. A intervenção do enfermeiro,
sustentada inegavelmente em princípios éticos, exige que reconheça as suas
competências em responder às necessidades dos doentes. Tal como Caldeira
(2009) exemplifica ao refletir acerca do rezar enquanto intervenção de enfermagem.
Tendo como principal fundamentação na atenção à dimensão espiritual dos seus
enfermos.

No entanto, estamos cada vez mais preocupados com a presença das


doenças direcionadas a um diagnóstico médico, e esquecemos das enfermidades da
dor da alma, quando não padronizados se tornam descartadas. Negligenciar a
dimensão espiritual é como ignorar o ambiente social de um paciente ou seu estado
psicológico, e resulta em falha ao tratar a pessoa “integralmente · Os cientistas
estão se tornando cada vez mais conscientes dos caminhos biológicos pelos quais
fatores sociais e psicológicos influenciam a saúde física e a suscetibilidade às
doenças, influências similares que podem ser logo identificadas também por fatores
espirituais (HAROLD G. KOENIG, 2013).

O enfermeiro deve ter métodos para empregar este processo se anulando de


suas crenças e valores e estabelecendo o equilíbrio entre doença e espiritualidade
resultando em pessoas saudáveis e /ou uma morte digna. (SANNA; COFEN, 2012)

Os diagnósticos de enfermagem serão empregados de forma positiva na


atenção dessas enfermidades, onde são colhida na primeira entrevista e dada
sequência a todo o momento em que o paciente se encontra assistido, escolhida aos
profissionais mais aproximados ao cuidado direto.

A relevância deste trabalho está na importância da dimensão espiritual dentro


das dificuldades existentes no cotidiano dos enfermeiros em tomar conduta na
abordagem do paciente. Espera-se que este estudo venha a propiciar uma melhor
sinalização das falhas ocorridas frequentemente dos profissionais para melhor
serem aplicados.

15
2. JUSTIFICATIVA

Discutir sobre espiritualidade se faz necessário, por se tratar de um tema que


aborda algo subjetivo e que o enfermeiro por sua vez terá que se anular perante
seus valores e crenças, para assistir ao paciente como um todo; sendo de grande
relevância para a comunidade acadêmica e que contribui para a ampliação da
discussão sobre doença e espiritualidade.

16
3. PROBLEMA /HIPÓTESE

Por se tratar de algo subjetivo a abordagem da espiritualidade vem de


encontro com a falta de conhecimento e preparo do enfermeiro. Estudos mostram
(SALGADO Et al, 2007 e CORTEZ 2009) que para esta nova realidade há a
necessidade de preparo teórico e emocional.

Diante do exposto questiona-se:

Falta de Conhecimento por parte do enfermeiro em realizar uma


SAE adequada frente a espiritualidade.

Tem- se como hipótese que o enfermeiro apresenta dificuldades em abordar


a espiritualidade por se misturar aos seus valores próprios e não ser capaz de se
extinguir.

17
4. OBJETIVO

4.1 OBJETIVO GERAL

Levantar dados, acerca do conhecimento do Enfermeiro sobre a aptidão na


dimensão da espiritualidade.

4.2 OBJETIVO ESPECIFICO

Identificar as dificuldades do Enfermeiro em conduzir a espiritualidade.

18
5. METODOLOGIA

A pesquisa de revisão bibliográfica foi a estratégia utilizada para este estudo,


que consiste na análise crítica, meticulosa e ampla das publicações correntes em
uma determinada área do conhecimento, e tem como objetivo a busca por
informações apuradas a respeito de sujeitos, grupos, instituições ou situações, com
o intuito de caracterizá-las e evidenciar um perfil. (SEVERINO,Et al. 2014).
(BOTELHO, Et al. 2011).

Coleta de dados ocorreu em abril de 2017 a julho de 2017, realizada por meio
de instrumento previamente elaborado, capaz de assegurar que a totalidade dos
dados relevantes seja extraída, minimizar o risco de erros na transcrição, garantir
precisar na checagem das informações e servir como registro.(
SOUZA;SILVA;CARVALHO,2010).

Para síntese e análise do material foram realizados os seguintes


procedimentos: leitura informativa ou exploratória, que constitui na leitura do material
para saber do que se tratavam os artigos; leitura seletiva, que se preocupou com a
descrição e seleção do material quanto a sua relevância para o estudo; leitura crítica
e reflexiva que buscou por meio dos dados a construção dos resultados
encontrados. Realizada a triagem das obras foram lidos 33 artigos e escolhidos 17
os quais respondiam aos objetivos do estudo e se encaixavam nos critérios de
inclusão.

19
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

6.1 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICA NA DIMENSÃO ESPIRITUALIDADE NO


CUIDADO TRANSPESSOAL

A Organização Mundial de Saúde (OMS) vem aprofundando as investigações


sobre a espiritualidade enquanto constituinte do conceito multidimensional de saúde;
atualmente, o bem-estar espiritual vem sendo considerado mais uma dimensão do
estado de saúde, junto às dimensões corporais, psíquicas e sociais.
A teoria das Necessidades Humanas Básicas de HORTA é o modelo teórico
mais conhecido e utilizado em nosso país, pois apresenta uma proposta para a
enfermagem com a colocação de filosofia, proposições, conceitos, definições e
princípios.Estabelece também os seguintes princípios: a enfermagem respeita e
mantém a unicidade, autenticidade e individualidade do ser humano;a enfermagem
prestada ao ser humano e não á sua doença ou desequilíbrio; todo cuidado de
enfermagem é preventivo, curativo e de reabilitação; a enfermagem reconhece o ser
humano como membro de sua família e uma comunidade; a enfermagem reconhece
o ser humano como elemento participante ativo no seu autocuidado.Logo o Corpo
inclui características e funcionamento físicos ; a mente envolve cognição , percepção
e emoções; e o espirito é composto de significado e proposito derivados de uma
relação com Deus ou outro poder superior .Uma variedade de fatores influenciam o
desenvolvimento do corpo ,da mente e do espirito ,como estrutura genética,
composição e dinâmica da família ,papeis ,etnia ,ambiente, educação ,experiências
religiosas ,relações ,cultura ,estilo de vida e práticas de saúde. Ver abaixo figura
ilustrativa por Charlote Eliopoulos (2011) .

20
Figura1:Das etapas das Necessidades Humanas Básicas: O eu holístico Fonte: Charlotte Eliopoulos,
Livro: Enfermagem Gerontologica7 ed.2011; p.73

É fundamental que o enfermeiro entenda o ser humano como um todo corpo,


mente e espírito. Quando o corpo ou a mente sofre, a pessoa é afetada em sua
totalidade. Diante desta foram relacionados as necessidades humanas básicas
dentro da avaliação do profissional, juntamente aos fatores relacionados com as
problemáticas do paciente com os diagnósticos de enfermagem comumente
encontrados no indivíduo na abordagem da espiritualidade.
O Cuidado espiritual é um conjunto de ações que tem por objetivo prevenir e
aliviar os sintomas de sofrimento do corpo, do espírito e da mente que afligem o
paciente. No momento em que o ser humano enfrenta uma doença, ele sofre não
somente uma dor no corpo, mas também uma dor psicológica, física e espiritual, por
ser constituído de corpo, mente e espírito (CORRÊA, 2013).

21
6.2 PIRÂMIDES DE MASLOW

Maslow foi um dos mais estimados especialistas do mundo em


comportamento humano e motivação, conhecido como Pai da Psicologia
Humanística, através de seus diversos trabalhos, postulou teorias esclarecidas
sobre a raça humana e mais conhecido pelo desenvolvimento da Hierarquia das
necessidades. Sua teoria explica como os indivíduos são movidos a ter ações que
façam suprir as suas necessidades, através de uma ordem pré-estabelecida, indo
desde as mais básicas até as mais complexas (das biológicas até as psicológicas).
A teoria da Pirâmide da Hierarquia de Necessidades de Maslow foi criada em
meados da década de 50. Nela as necessidades do ser humano são divididas em
cinco partes, sendo elas:

Fig.2 Pirâmide de Maslow


Fonte: Pirâmide da Teoria das Necessidades de Maslow, Robbins, 2002.

22
Vamos pensar um pouco na teoria até este ponto. Se você quer ser realmente
uma pessoa auto realizadora, você precisa suprir suas necessidades inferiores, pelo
menos até certo nível. Isso faz sentido: se você tem fome, você vai se virar para
conseguir comida; se você não se sente seguro, estará constantemente em alerta;
se você está isolado e sem amor, você vai tentar satisfazer essa necessidade; se
você tem uma baixa autoestima, vai se tornar defensivo ou tentar compensar de
alguma forma. Ou seja, quando suas necessidades inferiores não são satisfeitas,
você não consegue se dedicar totalmente ao desenvolvimento de seus
potenciais.Não é surpresa, portanto, com o mundo difícil em que vivemos hoje, que
apenas uma pequena porcentagem da população mundial seja, verdadeira e
predominantemente, auto realizadora. Maslow em certo ponto sugeriu que apenas
2% da humanidade são pessoas auto realizadoras.
Surge então a questão: o que exatamente Maslow chama de auto realização?
Para responder a isso, precisamos dar uma olhada nas pessoas que ele chamava
de auto realizadoras. Felizmente, Maslow fez isso para nós, usando um método
qualitativo denominado análise biográfica.

6.3 O CUIDADO TRANSPESSOAL NA TEORIA JEAN WATSON

A teoria surgiu dos próprios valores, crenças e percepções das pessoas,


da vida, da saúde e da cura, sustentada pelo trabalho teórico de humanistas
existenciais, filósofos e de outras teorias da enfermagem; utilizada na melhoria da
prática, que proporciona ao enfermeiro sua satisfação e ao cliente o atendimento
holístico necessário ao crescimento e desenvolvimento humano. Sendo que a
preocupação de Watson, ao desenvolver a teoria, estava na questão do avanço
tecnológico e que a priorização do saber técnico-científico sobrepunham as
necessidades da pessoa como um ser, que tem sua história no contexto familiar e
social, em que convive carregada de sentimentos, emoções e valores. Ou seja,
desvia o foco da Enfermagem de seu atual modelo tecnicista, propõe o domínio
sobre a tecnologia e processos do cuidar sobre um eixo com ênfase no social e
espiritual (SILVA, 2011; Watson, 2002).

23
A Teoria de Watson não apenas auxilia na promoção do atendimento de
qualidade que os pacientes devem receber, mas proporciona também o cuidado
satisfatório para a alma, motivo pelo qual muitas enfermeiras optam pela profissão.
Por isso, o cuidado embasado na Teoria de Watson amplia a visão do profissional
para uma enfermagem com novos rumos no saber e no fazer, permitindo que tanto o
enfermeiro quanto o paciente sejam coparticipantes no processo do tratamento. A
cura ocorrerá como consequência de um cuidado pleno que transcenda o
desequilíbrio físico, mental, emocional entre outros que acometem a pessoa.
Segundo Watson, um dos instrumentos mais adequados para estabelecer e manter
a importante relação de ajudaconfiançaentre profissional e paciente é a empatia.
A partir da verdadeira intenção de cuidar, é possível desenvolver umarelação
empática, quando se reconhece o outro como quemvivencia sua experiência única
de ser paciente e se expressaentendimento e aceitação através de linguagem verbal
e não verbal.

6.4 ENFERMAGEM X ESPIRITUALIDADE

A essência da enfermagem é o cuidar, onde o processo de enfermagem é


definido como um conjunto de etapas fundamentadas numa teoria, objetivando
sistematizar o cuidado de enfermagem ao paciente proporcionando-lhe uma
assistência individualizada e de qualidade. Existem várias teorias que fundamentam
o processo do cuidar. A mais utilizada é a das necessidades humanas básicas
proposta por Wanda de Aguiar Horta em 1970.
O enfermeiro, por ser o profissional que passa maior parte do tempo ao lado
do paciente, ele desenvolve um olhar holístico, necessita de um paradigma para
atuar humanisticamente, a fim de proporcionar um apoio afetivo no campo espiritual
(SÁ, 2009).
Vasconcelos (2006) apud Salgado et al (2007) fala que durante a anamnese,
quando é feita a primeira abordagem das questões religiosas do paciente, o
enfermeiro deve ficar atento aos dados fornecidos, pois irão indicar quais as crenças
24
do cliente e qual a importância delas em sua vida, caso o cliente não mostre
valorizá-la, o profissional deve normalmente explorar outros aspectos da história do
paciente, que lhe ofereça algum significado e propósito de vida.
Sendo ele um profissional que tenha um pensamento crítico na enfermagem
do indivíduo que está ativamente envolvido no processo de enfermagem.Gibertoni
(1967) apud GussiI e Dytz (2008) considera que independente da crença religiosa do
enfermeiro, ele deve conhecer as religiões de seus pacientes e por todas as
maneiras deve encorajar, ver e reforçar essas crenças. Pois o poder da fé é
inigualável, e é um estímulo à vida, o conforto e a segurança, que a religião oferece.
Chaves, Carvalho (2009) alega que é necessário que o enfermeiro
compreenda o significado de espiritualidade para o indivíduo e como eventos
significativos, como doenças, podem afetar a saúde, para que possa lidar, na prática
clínica, com as alterações que acometem essa dimensão humana, levando em
consideração que a avaliação e a intervenção espiritual devem ser parte do cuidado
holístico.Salgado Et.al (2007) afirma que o enfermeiro ao assumir uma postura ética
e solidária, deve observar o cliente, demonstrando respeito às suas crenças, e
sensibilidade ao lidar com as questões espirituais do ser humano. Necessário é que
o enfermeiro não sinta nenhuma insegurança, pois assim construiria uma relação de
confiança com o cliente, obtendo maior adesão aos cuidados de enfermagem.
Envolve mais do que uma sequência de passos a serem seguidos, requerendo do
profissional, maior familiaridade, respeito, sensibilidade e conhecimento dos
diagnósticos de enfermagem para assim saber adequar de forma clara e objetiva as
necessidades do cliente.
Para Barros e Chiesa et.al (2007) a Sistematizaçaõ da Assitencia de
Enfermagem (SAE) é o método que possibilita o enfermeiro exercer a arte do cuidar
oportunizando atendimento individualizado ao paciente, planejando as devidas
condutas, analisando o histórico do paciente com olhar integral, realizando exame
físico, para assim diagnosticar e conduzir um cuidado integral e individualizado a
cada ser humano.
A Resolução COFEN nº 272/2002, art. 2º afirma ainda que a implementação
da Sistematização da Assistência de Enfermagem SAE - deve ocorrer em toda
instituição da saúde, pública e privada (afirma que o enfermeiro ao assumir uma

25
postura ética e solidária, deve observar o cliente, demonstrando respeito às suas
crenças, e sensibilidade ao lidar com as questões espirituais do ser humano.
Necessário é que o enfermeiro não sinta nenhuma insegurança, pois assim
construiria uma relação de confiança com o cliente, obtendo maior adesão aos
cuidados de enfermagem.) Porém deve existir um quadro de pessoal adequado em
cada unidade para que seja cumprida a resolução assim como fornecer uma
qualidade de assistência adequada. É de responsabilidade do enfermeiro realizar o
levantamento das necessidades dos pacientes e ter a preocupação em controlar
alguns marcadores de qualidade introduzidos na instituição, ou seja, refere-se a
indicadores de qualidade da assistência.
No Brasil a primeira publicação científica, de artigos que tratam do tema
espiritualidade, data de 1947 (SÁ; PEREIRA Et.al 2007), porém ela começou a se
intensificar apenas a partir da década de 80 e vêm evoluindo, em quantidade e
qualidade, desde então. Apesar de ser difícil mensurar e quantificar o real impacto
de experiências religiosas e espirituais, quando bem desenvolvida a espiritualidade é
apontada como fator de proteção para sofrimentos físicos e mentais (SAAD;
MEDEIROS, 2008; STOPPA; MOREIRA-ALMEIDA, 2008).
A espiritualidade é definida pela (OMS) como uma "propensão humana a
buscar significado para a vida por meio de conceitos, à procura de um sentido de
conexão com algo maior que si próprio".
Atualmente, a espiritualidade tem sido bastante estudada no que se refere às
suas relações com a saúde humana.
A espiritualidade é a essência de nosso ser, ela nos transcende e conecta
com uma divindade e outros organismos vivos. Envolve relações e sentimentos.
Espiritualidade é diferente de religião, que consiste em estruturas, rituais,
simbolismo e regras de relacionamento com o Divino, criados pelos homens. A
religião é a manifestação importante de espiritualidade, mas pessoas altamente
espiritualizadas podem não se identificar com uma religião. (CHARLOTTE
ELIOPOULOS 2011).
A dimensão da espiritualidade, mais do que acrescentar um novo
conhecimento, é uma maneira de ver o universo dos acontecimentos numa nova
perspectiva, outrora reduzida a uma visão tecnicista, em que uma abertura para a

26
reflexão sobre questões essenciais e existenciais passa a ocorrer. A dimensão da
espiritualidade diz respeito a um plano metafísico que não se limita a qualquer tipo
de crença ou prática religiosa. Nela é contemplado o conjunto de emoções e
convicções de natureza não material, os quais nos remetem a questões como o
significado e o sentido da vida (VOLCAN,Et. al 2015).
A angústia espiritual é um estado em que a relação de alguém com Deus ou
outro poder maior está rompida ou corre o risco de rompimento e/ou de não
atendimento das necessidades espirituais. A doença ou algum declínio na saúde da
pessoa ou de entes queridos, perdas, percepção da mortalidade e conflitos entre as
crenças e o tratamento médico são fatores que podem promover angustia
espiritual.Os sinais podem incluir raiva, ansiedade, queixas, choro, cinismo,
depressão, culpa, desesperança, depressão, isolamento, baixa autoestima,
impotência, recusa em fazer planos, sarcasmo, pensamentos ou planos suicidas e
sintomas físicos (fadiga, apetite insatisfatório)
Para Monteiro (2008), a espiritualidade corresponde à abertura da
consciência ao significado e totalidade da vida, abertura essa que possibilita uma
recapitulação qualitativa do processo vital. A busca de sentido ou significado para a
vida envolve uma necessidade que somente pode realizar-se em um nível
imaginário e simbólico.
De acordo com Koening (2013), as necessidades espirituais tornam-se mais
fortes em ocasiões em que doenças ameaçam modificar a vida ou seu modo de
viver, de si próprias ou de familiares. O buscar apoio e conforto na religião reduzem
o estresse emocional, causado pela perda ou mudanças acarretadas devido a um
processo patológico, pois através desse apoio, o paciente pode transferir as
responsabilidades de seus problemas para Deus, ou então acreditarem que exista
um propósito para a dor, o que torna a carga de sofrimento mais suportável. Assim,
a espiritualidade não está vinculada necessariamente a uma fé religiosa em uma
divindade específica. Na verdade, o ser humano é intrinsecamente espiritual, uma
vez que tem a capacidade de autoconsciência, reflexão sobre si e autotranscedência
(SALGUEIRO E GOLDIM, 2007).
A qualidade e o volume das evidências atualmente disponíveis têm levado a
um crescente reconhecimento que a espiritualidade se constitui em uma importante

27
dimensão da vida das pessoas, bem como a constatação de que as crenças e as
práticas religiosas dos pacientes influenciam o cuidado e a evolução dos problemas
de saúde (MOREIRA-ALMEIDA, 2010). Trazendo assim pontos positivos para ao
cuidado na espiritualidade.

6.5 AS DIFICULDADES DO ENFERMEIRO EM CONDUZIR A ESPIRITUALIDADE

Imprescindível é a discussão de questões espirituais entre os profissionais de


saúde, evitando uma assistência fragmentada à saúde. Contudo observa-se por
parte dos enfermeiros, uma postura insegura e reservada diante de questões que
envolvem o tema (SALGADO et al, 2007).
Na pesquisa de Cortéz (2009) as dificuldades mais evidenciadas pelos
acadêmicos de enfermagem foram: a pluralidade religiosa, preconceito e aceitação
em discutir, refletir e realizar ações, por existirem diversas religiões e interferência da
crença nos procedimentos e/ou tratamentos.
Salgado et al (2007) e Penha,Ramon ( 2012) apontam que as razões das
dificuldades seriam: receio de serem rejeitados pelo cliente, de agredir a intimidade
do paciente, de ser mal interpretado, de não saber abordar as questões espirituais e
religiosas se o cliente for ateu, de sentir-se incomodado com a crença do outro, de
não ser compreendido ao falar do cuidado espiritual ou de ser julgado
equivocadamente e ser discriminado.
Silva, Nathaly (2012) Os enfermeiros não fazem o levantamento das
necessidades dos pacientes impossibilitando uma assistência individualizada e a
SAE é realizada a partir de pacientes críticos, e não aplicado diariamente devido ao
excesso de tarefas administrativas.
Pereira, Érico (2012) mostras dificuldade na avaliação e utilização em
pesquisas científicas que devem ser superado considerando diferentes perspectivas
de ciência. Estudos de intervenções que esclareçam possibilidades mais claras da
melhoria da qualidade de vida das pessoas são escassos e necessários.
Pedrão, Raphael e Guimarães (2010), Daniela (2012) afirma que a grande maioria
dos enfermeiros apontam não ter recebido uma formação profissional e/ou educação

28
continuada na assistência da espiritualidade, refere o autor de que os valores,
conhecimentos e comportamentos culturais atrelados à saúde formam um sistema
sociocultural integrado, total e lógico, se não respeitado são sujeitos a não garantia
de um atendimento satisfatório Langdon Esther (2010).
O autor conclui que essas inseguranças indicam a necessidade de
treinamento desses profissionais, para diminuir os riscos de serem mal interpretados
e para tratar essa temática de forma clara e segura.
As Dificuldades dos enfermeiros em entender as necessidades exigidas pelo
paciente, principalmente a questões direcionadas a dimensão espiritual precisa ser
reforçada, dentro de uma assistência de enfermagem mais coerente, verdadeira e
empática.
Savieto, Roberta (2015) quando não aplicação desta, fica inviável o cuidado
transpessoal.
Silva, Sandra (2012) acredita que a dificuldade esta na diferenciação de
espiritualidade e crença religiosa; a não aplicação na formação e a incapacidade de
mensuração, devido ser um assunto de total subjetividade.

6.6 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM - TAXONOMIA I – NANDA

Por meio da identificação das etapas da SAE , logo são identificados os


diagnósticos de enfermagem que se constatam as necessidades na dimensão
espiritual do paciente. Portanto, é importante que o enfermeiro seja capaz de
identificar os diagnósticos de enfermagem, de planejar suas ações, resultando em
uma assistência de qualidade.
De acordo com a Taxonomia I – NANDA relata que “a espiritualidade é uma
dimensão humana na qual existem fenômenos, como a angústia espiritual que cabe
à enfermeira diagnosticar e tratar de forma autônoma”. Horta, ao explanar sobre a
observação sistematizada como base para o diagnóstico de enfermagem, junta os
problemas da ordem psico- sócio- espiritual.

29
A taxonomia em vigor proposta pela North American Nursing Diagnoses
Association – NANDA II, no Domínio9 e10: Enfrentamento /tolerância ao estresse e
Princípios de Vida que traz os seguintes diagnósticos/Intervenções de enfermagem:
DIAGNÓSTICOS/ INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM EXISTENTES NANDA
(2015/2017) / NIC NA DIMENSÃO DA ESPIRITUALIDADE.

Tabela 1: Diagnósticos de enfermagem :


Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem

Domínio 9. Enfrentamento
/Tolerância ao Estresse

00146 1.monitorar o estado emocional do


individuo;

2.Estimular o paciente quanto ao


relato da sua ansiedade;
Ansiedade Oferecer um ambiente calmo e
(1973,1982,1998) agradável;

4.proporcionar bem estar;

Definição 5.Estabelecer relação de confiança


com o paciente;
Vago e incômodo sentimento de
desconforto ou temor, 6.Oferecer apoio psicológico;
acompanhado por resposta 7.Indentificar mudança no nível de
autonômica (a fonte é ansiedade.
frequentemente não específica ou
desconhecida para 8.Observar sinais verbais e não
indivíduo);sentimento de verbais de ansiedade.
apreensão causada pela
antecipação de perigo. É um sinal 9.Orientar o paciente sobre uso de
de alerta que chama a atenção para técnicas de relaxamentos .
um perigo iminente e permite ao 10.Oferecer atividades de diversão
indivíduo tomar medidas para lidar voltada à redução da tensão .
com a ameaça.

30
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem
Domínio 9. Enfrentamento
/Tolerância ao Estresse
00147 1.Reduzir a demanda de
funcionamento cognitivo quando o
Ansiedade relacionada á morte paciente estiver enfermo ou fadigado.
(1998,2006,LOE 2.1) 2.Monitorar o paciente quanto à
ansiedade.
Definição 3.Monitorar as mudanças de humor.
Sensação desagradável e vaga de 4. Comunicar o desejo de falar sobre
desconforto ou receio gerada por a morte.
percepções de uma ameaça real ou 5.Encorajar o paciente e a família a
imaginária à própria existência. partilharem sentimentos sobre a
morte .
6.Apoiar o paciente e a família
durante os estágios de sofrimento e
luto .
7.Monitorar a dor .
8.Minimizar o desconforto, se
possível.
9.Respeitar a necessidade de
privacidade.
10.Modificar o ambiente com base
nas necessidades e desejo do
paciente.
11.Facilitar a obtenção de apoio
espiritual ao paciente e às famílias .

31
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem
Domínio 9. Enfrentamento
/Tolerância ao Estresse
00135 1.Encorajar o paciente a implementar
costumes culturais, religiosos e
Pesar complicado sociais associado à perda.
(1980,19962004,,2006,LOE 2.1) 2.Comunicar a aceitação da
discussão sobre a perda.
3.Identificar fontes de apoio
Definição comunitário.
Distúrbios que ocorre após a morte 4.Ajudar a identificar modificações
de pessoas significativa, em que a necessárias no modo de vida.
experiência de sofrimento que 5.Batizar o bebê , conforme
acompanha o luto falha em atender apropriado.
às expectativas normais e 6.Providenciar encaminhamentos
manifesta-se como prejuízo para encontro com o padre /religiosos,
funcional. assistente social ,conselheiro no luto.

Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem


Domínio 9. Enfrentamento
/Tolerância ao Estresse
00172 1.Ajustar o paciente a identificar a
Risco de pesar complicado natureza do vínculo com o objeto ou a
(2204,2006,2013;LOE 2.1) pessoa perdida.
2.Ajudar o paciente a identificar a
reação inicial à perda.
Definição 3.Escutar as manifestação de perda .
Vulnerabilidade a distúrbio que 4.Auxiliar a identificar estratégias
ocorre após a morte de pessoa pessoais de enfrentamento.
significante, em que a experiência
de sofrimento que acompanha o
luto falha em atender às
expectativas normais e manifesta-
se como prejuízo funcional capaz
de comprometer a saúde.

32
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem

Domínio 9. Enfrentamento
/Tolerância ao Estresse

00137 1.Proporcionar uma atmosfera de


apoio.
Tristeza crônica
2.Evitar uma falsa tranquilização ;
(1998)
3.Oferecer uma atmosfera de
Definição segurança;
Padrão cíclico , recorrente e 4.Determinar se o paciente apresenta
potencialmente progressivo de ou não risco à própria segurança ou a
tristeza disseminada , vivenciada dos outros ;
(por pai/mãe ,cuidador ou indivíduo
com enfermidade crônica ou 5.Auxiliar na identificação de sistema
deficiência) em resposta à perda de apoio disponíveis.
contínua ao longo da trajetória de
uma enfermidade ou deficiência.

33
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem

Domínio 10 .Princípios da vidas

00068 1.Demonstrar uma presença de


carinho e conforto passando tempo
com o paciente ,a família dele e
pessoas importantes.

Disposição para bem-estar 2.Encorajar um diálogo que auxilie o


espiritual melhorado paciente a excluir preocupações
espirituais.
(1994,2002,2013;LOE 2.1 )
3.Modelar habilidades saudáveis de
relacionar e raciocinar.

4.Ajudar o paciente a identificar


barreiras e atitudes que impeçam o
crescimento ou a autodescoberta .
Definição
5.Oferecer suporte com orações
Padrão de experimentar eintegrar individuais e em grupo , conforme
significado e objetivo à vida ,por apropriado .
meio de uma conexão consigo
6.Encorajar a participação em
mesmo , com os outros , a arte ,a
serviços de devoção retratação e
música ,a música e literatura ,a
programas especiais de oração
natureza e/ou com um poder ser
/estudo.
fortalecido.
7.Promover relações com os outros
para companheirismo e serviços.

8.Estimular o uso das celebrações e


rituais espirituais .

9.Estimular o exame ,pelo paciente


,de seu compromisso espiritual com
base em crença s e valores .

10.Ajudar o paciente a investigar as


crenças com relacionamento à cura
corporal ,mental e espiritual.

34
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem
Domínio 10 .Princípios da vidas
00083 1.Determinar se há diferenças entre a
visão do paciente sobre a própria
condição e a dos provedores de
Conflito de decisão cuidados de saúde .
(1988,2006,LOE 2.1) 2.Auxiliar o paciente a esclarecer
valores e expectativas que podem ser
úteis em escolhas importantes de
Definição vida.
Incerteza sobre o curso de ação a 3.Informar o paciente sobre pontos de
ser tomado , quando a escolha vista ou soluções alternativas de
entre ações conflitantes envolve forma clara e apoiadora.
risco ,perda ou desafio a valores e 4.Ajudar o paciente a identificar as
crenças . vantagens e desvantagens de cada
alternativa .
5.Estabelecer comunicação com o
paciente já na admissão hospitalar .

6.Encaminhar para grupo de apoio


,conforme apropriado.

35
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem
Domínio 10 .Princípios da vidas
00171 1.Estar aberto às manifestações de
solidão e impotência do paciente .
2.Encorajar a frequência a cerimônias
religiosas na capela .
Disposição para religiosidade 3.Encorajar o uso de recursos
melhorada espirituais ,se desejado.
(2004,2013;LOE 2.1 ) 4.Ofercer artigos espirituais desejados
,conforme as preferência do paciente .
5.Encaminhar a um conselheiro
espiritual escolhido pelo paciente.
Definição 6.Usar técnicas de esclarecimento de
Padrão de confiança em crenças valores para ajudar o paciente a
religiosas e/ou participação em esclarecer crenças e valores quando
rituais de uma fé religiosa em adequado.
particular , que pode ser fortalecida 7.Estar disponível para escutar os
. sentimentos do pacientes.
8>Manifestar empatia com os
sentimentos do paciente.
9.Facilitar o uso ,pelo paciente ,da
meditação ,da oração e de outras
tradições e rituais espirituais.
10.Escutar cuidadosamente a
comunicação do paciente ,e
desenvolver um senso de momento
adequado à oração ou aos rituais
espirituais .
11.Assegurar o paciente de que a
enfermeira estará disponível para
apoiá-lo em momento de sofrimento .

36
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem
Domínio 10 .Princípios da vidas
00169 1.Estar aberto às manifestações de
Religiosidade prejudicada solidão e impotência do paciente .
(2004, LOE 2.1) 2.Encorajar a frequência a cerimônias
religiosas na capela .
Definição 3.Encorajar o uso de recursos
Capacidade prejudicada de confiar espirituais ,se desejado.
em crenças e/ou participar de 4.Ofercer artigos espirituais desejados
rituais de alguma fé religiosa. ,conforme as preferência do paciente .
5.Encaminhar a um conselheiro
espiritual escolhido pelo paciente.
6.Usar técnicas de esclarecimento de
valores para ajudar o paciente a
esclarecer crenças e valores quando
adequado.
7.Estar disponível para escutar os
sentimentos do pacientes.
8>Manifestar empatia com os
sentimentos do paciente.
9.Facilitar o uso ,pelo paciente ,da
meditação ,da oração e de outras
tradições e rituais espirituais.
10.Escutar cuidadosamente a
comunicação do paciente ,e
desenvolver um senso de momento
adequado à oração ou aos rituais
espirituais .
11.Assegurar o paciente de que a
enfermeira estará disponível para
apoiá-lo em momento de sofrimento .

37
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem
Domínio 10 .Princípios da vidas
00170 1.Estar aberto às manifestações de
Risco de religiosidade prejudicada solidão e impotência do paciente .
(2004,2013;LOE 2.1) 2.Encorajar a frequência a cerimônias
religiosas na capela .
Definição 3.Encorajar o uso de recursos
Vulnerabilidade a prejuízo na espirituais ,se desejado.
capacidade de confiar em crenças 4.Ofercer artigos espirituais desejados
religiosas e/ou de participar de rituais ,conforme as preferência do paciente .
de alguma fé religiosa e que pode 5.Encaminhar a um conselheiro
comprometer a saúde . espiritual escolhido pelo paciente.
6.Usar técnicas de esclarecimento de
valores para ajudar o paciente a
esclarecer crenças e valores quando
adequado.
7.Estar disponível para escutar os
sentimentos do pacientes.
8>Manifestar empatia com os
sentimentos do paciente.
9.Facilitar o uso ,pelo paciente ,da
meditação ,da oração e de outras
tradições e rituais espirituais.
10.Escutar cuidadosamente a
comunicação do paciente ,e
desenvolver um senso de momento
adequado à oração ou aos rituais
espirituais .
11.Assegurar o paciente de que a
enfermeira estará disponível para
apoiá-lo em momento de sofrimento .

38
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem
Domínio 10 .Princípios da vidas
00066 1.Estar aberto às manifestações de
solidão e impotência do paciente .
Sofrimento espiritual 2.Encorajar a frequência a cerimônias
(1978,2002,2013;LOE 2.1) religiosas na capela .
3.Encorajar o uso de recursos
espirituais ,se desejado.
4.Ofercer artigos espirituais desejados
,conforme as preferência do paciente .
Definição 5.Encaminhar a um conselheiro
Estado de sofrimento relacionado à espiritual escolhido pelo paciente.
capacidade prejudicada de 6.Usar técnicas de esclarecimento de
experimentar significado na vida valores para ajudar o paciente a
por meio de uma conexão consigo esclarecer crenças e valores quando
mesmo ,com os outros ,com o adequado.
mundo ou com um ser maior . 7.Estar disponível para escutar os
sentimentos do pacientes.
8>Manifestar empatia com os
sentimentos do paciente.
9.Facilitar o uso ,pelo paciente ,da
meditação ,da oração e de outras
tradições e rituais espirituais.
10.Escutar cuidadosamente a
comunicação do paciente ,e
desenvolver um senso de momento
adequado à oração ou aos rituais
espirituais .
11.Assegurar o paciente de que a
enfermeira estará disponível para
apoiá-lo em momento de sofrimento .

39
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem
Domínio 10 .Princípios da vidas
00184 1.Determinar se há diferenças entre a
visão do paciente sobre a própria
condição e a dos provedores de
Disposição para tomada de decisão cuidados de saúde .
melhorada 2.Auxiliar o paciente a esclarecer
(2006,2013;LOE 2.1 ) valores e expectativas que podem ser
úteis em escolhas importantes de
vida.
Definição 3.Informar o paciente sobre pontos de
Padrão de escolha de um curso de vista ou soluções alternativas de
ação suficiente para atingir metas forma clara e apoiadora.
de saúde de curto e longo prazos e 4.Ajudar o paciente a identificar as
que pode ser fortalecida. vantagens e desvantagens de cada
alternativa .
5.Estabelecer comunicação com o
paciente já na admissão hospitalar .
6.Encaminhar para grupo de apoio
,conforme apropriado.

Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem


Domínio 10 .Princípios da vidas
00067 1.Estar aberto às manifestações de
Risco de sofrimento espiritual solidão e impotência do paciente.
( 1998,2004,2013;LOE 2.1) 2.Encorajar a frequência a cerimônias
religiosas na capela .
3.Facilitar o uso ,pelo paciente ,da
Definição meditação ,da oração e de outras
Vulnerabilidade a prejuízo na tradições e rituais espirituais.
capacidade de experimentar e 4.Escutar cuidadosamente a
integrar significado e objetivo à comunicação do paciente ,e
vida por meio de uma conexão desenvolver um senso de momento
consigo mesmo , a literatura ,a adequado à oração ou aos rituais
natureza e/ou um poder maior que espirituais .
si mesmo , que pode comprometer 5.Assegurar o paciente de que a
a saúde. enfermeira estará disponível para
apoiá-lo em momento de sofrimento .

40
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem

Domínio 10 .Princípios da vidas

00243 1.Determinar se há diferenças entre a


visão do paciente sobre a própria
condição e a dos provedores de
cuidados de saúde .

Disposição para tomada de decisão 2.Auxiliar o paciente a esclarecer


emancipada melhorada valores e expectativas que podem ser
úteis em escolhas importantes de
(2013;LOE 2.1) vida.

3.Informar o paciente sobre pontos de


vista ou soluções alternativas de
forma clara e apoiadora.

4.Ajudar o paciente a identificar as


Definição vantagens e desvantagens de cada
alternativa .
Processo de escolha de uma
decisão de cuidados de saúde que 5.Estabelecer comunicação com o
inclui conhecimento pessoal e/ou paciente já na admissão hospitalar .
consideração de normas sociais e
6.Encaminhar para grupo de apoio
que pode ser melhorado.
,conforme apropriado.

41
Diagnostico de enfermagem Intervenções de enfermagem
Domínio 10 .Princípios da vidas
00244 1.Determinar se há diferenças entre a
visão do paciente sobre a própria
condição e a dos provedores de
Risco de tomada de decisão cuidados de saúde .
emancipada prejudicada 2.Auxiliar o paciente a esclarecer
(2013;LOE 2.1) valores e expectativas que podem ser
úteis em escolhas importantes de
vida.
Definição 3.Informar o paciente sobre pontos de
Vulnerabilidade a processo de vista ou soluções alternativas de
escolha de uma decisão de cuidado forma clara e apoiadora.
de saúde que não inclui 4.Ajudar o paciente a identificar as
conhecimento pessoal e/ou vantagens e desvantagens de cada
consideração de normas sociais alternativa .
,ou que não ocorre em um 5.Estabelecer comunicação com o
ambiente flexível ,resultando em paciente já na admissão hospitalar .
insatisfação com a decisão. 6.Encaminhar para grupo de apoio
,conforme apropriado.

Fonte: Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA10ºEDIÇAO DEFINIÇOES E CLASSIFICAÇAO 2015 A
2017 ,NIC CLASSIFICAÇAO DAS INTERVENÇOES DE ENFERMAGEM 3ºEDIÇAO )

42
7. POR QUE, COMO E QUANDO INCLUIR A ESPIRITUALIDADE.

“As experiências espirituais tem um efeito atribuído, ou seja, maior


envolvimento espiritual tem levado a melhores níveis de saúde mental e bem estar
psicológico” (Lukoff1992,Latufo 1997, e Koening 2001).

7.1 POR QUE

Precisamos realizar a aplicação da espiritualidade no cuidado do cliente ,


porque nos leva a entender as necessidades de modo subjetivo e empático , dentro
de uma relação transpessoal , fazendo assim de forma respeitosa e de livre
escolhas direcionadas ao bem estar psicoespiritual.

1. Muitos pacientes são religiosos, e crenças religiosas os ajudam a lidar com


muitas coisas.
2. Crenças religiosas influenciam decisões dos enfermeiros, especialmente
quando os pacientes estão seriamente doentes.
3. Atividades e crenças religiosas estão relacionadas a melhor saúde e
qualidade de vida.
4. Muitos pacientes gostariam que os Enfermeiros comentassem suas
necessidades espirituais.
5. Enfermeiros que falam sobre as necessidades espirituais são novidade,
tendo raízes na longa história na relação religião, ciência e cuidados de saúde.

43
7.2 COMO INCLUIR A ESPIRITUALIDADE

O Enfermeiro inclui a espiritualidade no tratamento do paciente, identifica e


aponta as necessidades dentro do processo de avaliação ,providenciando
recomendações específicas: As recomendações incluem, mas não se limitam, a
escutar e mostrar respeito, referências apropriadas, apoiar as crenças dos pacientes
e rezar com e para os pacientes. Enquanto algumas destas recomendações são
controversas, particularmente as relacionadas a orações, aproximações sensíveis
são possíveis.
Levar em conta uma breve história espiritual é necessário para (1) tornar-se
familiar com as crenças de seus pacientes e como eles encaram as medidas a
serem postas pelo Enfermeiro; (2) entender o papel que a religião tem em lidar com
as doenças ou durante o estresse; (3) identificar necessidades espirituais que
necessitem acompanhamento. Levar em conta a história espiritual é um ato
poderoso e serve a muitos propósitos.
- Primeiro manda ao paciente uma mensagem que este aspecto da identidade
pessoal é reconhecida e respeitada pelo Enfermeiro;
- Segundo, junta importantes informações úteis para o entendimento e
motivação dos comportamentos relacionados à saúde;
-Terceiro, porque proporciona informação sobre o sistema de apoio que o
paciente tem e recursos dentro da comunidade que podem ajudar em seu
tratamento.
Finalmente, porque deixa o paciente saber que esta é uma área em que o
Enfermeiro está disposto a conversar no futuro, caso a necessidade apareça.
É importante que certas informações sejam obtidas de uma maneira sensível.
Há cinco qualidades que devem ser consideradas.
-Primeiro, as questões devem ser breves e levar apenas alguns minutos para
serem feitas. A brevidade é uma necessidade prática, dada à quantidade de outras
informações que o Enfermeiro precisa conseguir para uma avaliação;
- Segundo, as questões precisam ser fáceis de lembrar já que é importante
que nenhuma informação seja esquecida.
- Terceiro, deve ser efetivo o colhimento destas informações.

44
- Quarto, deve-se focar nas crenças do paciente. A informação obtida é sobre
as crenças apenas do paciente e não deve ter relação às crenças do Profissional.
O propósito é entender as crenças do paciente e o papel que elas têm junto à
saúde e a doença, sem julgar ou tentar modificar estas crenças ou a falta delas.
Finalmente, deve-se ter credibilidade e conhecimento válidos e apropriados.
Até mesmo se o Enfermeiro tem dificuldade em lembrar as exatas questões
de se acessar esta história.
Há quatro questões levantadas básicas que devem ser abrangidas ao
levantar a história espiritual:
1. O paciente usa a religião ou a espiritualidade para ajudá-lo a lidar com a
doença ou é uma fonte de estresse, e como?
2. O paciente é membro de uma comunidade de apoio espiritual?
3. O paciente tem alguma questão ou preocupação sobre problemas
espirituais?
4. O paciente tem alguma crença espiritual que possa influenciar no seu
Tratamento?

Não importa como esta informação seja adquirida, desde que o Enfermeiro as
colete de maneira sensível e respeitosa. Delegando estas questões a outros
( membros da equipe de enfermagem, assistentes sociais ou capelães)
Pacientes não religiosos devem ter um cuidado maior, o Enfermeiro deve fazer
quando um paciente indica no início de sua história espiritual que não há interesse
em religião e que este fator não desempenha um papel em lidar com doenças?
Assim que o paciente comunica esta mensagem ao Enfermeiro, a história
espiritual deve ter rumo diferente. Ao invés de focar na crença religiosa, deve
perguntar como o paciente lida com a doença, o que dá um significado e propósito a
sua vida, quais crenças culturais podem ter impacto no tratamento da doença, e
quais recursos sociais estão disponíveis para apoia-lo em casa. Desta forma,
informações vitais são colhidas sem ofender o paciente ou fazendo com que o
mesmo se sinta pressionado ou desconfortável, mesmo aqueles motivados a fazê-lo.
Por esta razão, quando assuntos espirituais complexos se fazem presentes, é
importante encaminhar o paciente a pessoas com mais conhecimento nesta área.

45
Um capelão que é certificado pela Associação de Capelães Profissionais tem feito
extensivo treinamento para saber mais sobre as necessidades espirituais dos
pacientes. Este treinamento envolve no mínimo quatro anos de estudos, três anos
de estudos em escolas de teologia e, em qualquer outro lugar, de um a quatro anos
de educação clínica pastoral. O treinamento formal é seguido de exames escritos e
orais antes da certificação ser dada. Os capelães podem ser profundos
conhecedores nesta área e devem ser utilizados sempre que possível. Se os
capelães não estão disponíveis, conselheiros pastorais ou pessoas treinadas pela
religião do paciente devem ser consultadas. O Enfermeiro pode até apontar que há
evidências de pesquisas científicas sugerindo que crenças religiosas realmente
ajudam as pessoas a lidar com a doença e que isto pode afetar o resultado. Mostrar
este fato para os pacientes não religiosos não é sábio.
Sempre lembrar que o Enfermeiro está apoiando e encorajando crenças e
práticas que já estão direcionadas pelo paciente, não introduzindo novas crenças ou
encorajando práticas estranhas.

7.3 QUANDO

A importância do cuidado da espiritualidade esta no tempo a ser aplicado,


ocorre de acordo com a forma que o cliente se apresenta ao profissional de saúde, a
tomada de decisão do Enfermeiro é de estrema importância na devolução do
tratamento.
As melhores horas para ser iniciada a história espiritual são: (1) quando
levantar a história durante a avaliação de um novo paciente; (2) quando levantar a
história de um paciente que está entrando em um hospital, hospício ou ambulatório;
e (3) quando estiver em vista de manutenção como parte da avaliação pessoal.
O intuito do autor é de não tornar a dimensão espiritual como um peso , onde
hoje a maioria dos profissionais de saúde ainda jugam , a realização de sua obra
auxilia a conduta do Enfermeiro a abordar com respeito e livre arbítrio a acreditação
do individuo em algo que lhe proporcione ,segurança e tranquilidade em um
atendimento humanizado.
46
8. RESULTADOS DE PESQUISA

Foram estudados 33 artigos dentro dos critérios de inclusão e exclusão


previamente estabelecidas, mas apenas selecionados 17. No quadro a seguir está a
distribuição do conteúdo dos artigos analisados segundo autores, anos de
publicação, titulo, abordagem e principais resultados :

TABELA 2: Os dados coletados foram apresentados em forma de tabela.

N0 TITULO AUTOR ANO ASSUNTOS ABORDADOS

- Os valores de
espiritualidade são
pouco discutidos nos
Significado de espiritualidade Ramon Morais discursos dos profissionais.
1 para a enfermagem em Penha1 2012 - conflitos na atenção a
cuidados intensivos Maria Julia Paes da saúde dos valores bióticos
Silva2 no processo de cuidado
paciente;
- insegurança ao lidar com
pacientes de crenças
religiosas divergentes do
profissionais.

Afirma que a grande


maioria dos enfermeiros
referiram não ter recebido
Artigo: O enfermeiro frente á Raphael de Brito 2010 uma formação profissional
2 questão da espiritualidade Pedrão1 e/ou educação continuada
Ruth Beresin2 na assistência da
espiritualidade.

Dificuldade na avaliação e
utilização em pesquisas

47
científicas que devem ser
Qualidade de vida: Érico Felden Pereira1, superado considerando
abordagens, conceitos e Clarissa Stefani diferentes perspectivas de
3 avaliação Teixeira2 e Anderlei 2012 ciência. Estudos de
dos Santos3 intervenção que
esclareçam possibilidades
mais claras da melhoria da
qualidade de vida das
pessoas são escassos e
necessários.

Observa uma postura


Espiritualidade, saúde e o Andreia das Neves insegura e reservada dos
cuidado de enfermagem. Santos1Daniela profissionais diante da
4 Domingues 2011 abordagem da
Guimaraes2 espiritualidade do cliente
dificultando a aproximação
e reconhecimento da
necessidade, e a falta de
treinamento dos mesmos.

As principais barreiras
Saúde e espiritualidade na Raquel Aparecida de 2017 para a abordagem com os
formação profissional Oliveira usuários foram : o medo
5 em saúde, um diálogo de impor as suas crenças,
necessário apontado pelos estudantes,
e a falta de tempo, indicada
pelos docentes. Assim, os
aspectos da própria
espiritualidade e
religiosidade, da formação
profissional e os
receios das repercussões
dessa prática interferem
diretamente
no atendimento ao
paciente.

48
O autor evidencia um guia
para profissionais de saúde
a pratica do cuidado da
espiritualidade dos clientes
6 Livro: Espiritualidade no Harold G. Koenig, 2005 que envolvem a ética.
cuidado com o paciente M.D Tanto traz benefícios ,
quanto malefícios na
aplicação, devido a forma
a ser abordado , sabendo
identificar o momento certo
para essa aplicação,
respeitando assim a
escolha do cliente.

O autor descreve que


espiritualidade é a
propensão humana para
encontrar um significado
para a vida através de
Espiritualidade baseada em Marcelo Saad1; Danilo conceitos que transcendem
evidências Masiero2; Linamara o tangível, um sentido de
Rizzo Battistella3 conexão com algo maior
7 2001 que si próprio, que pode ou
não incluir uma
participação religiosa
formal, aponta a alta
complexidade do assunto e
a diversidade de
manifestações
espiritualistas, sendoque
essa mensuração tem
algumas limitações e
devem ser entendida à luz
de outras manifestações
socioculturais.

Esse estudo mostra a falta


de informações dos

49
A dimensão espiritual no Sandra Penna de profissionais em relação a
8 trabalho: contribuições, Carvalho Silva1, dificuldade da
oportunidades e desafios Osvaldo Luís 2012 diferenciação de
para a gestão de pessoas e Gonçalves Quelhas2 espiritualidade e crença
de negócios. Emanuel Dantas religiosa ;a não aplicação
Bonfim Junior3 na formação e a
incapacidade de
mensuração, devido ser um
assunto de total
subjetividade.

Dificuldade dos
9 Atuação do enfermeiro na Maria José Chaves enfermeiros atender as
equipe multiprofissional. Costa 2005 necessidades exigidas pelo
paciente, principalmente a
questões direcionadas a
dimensão espiritual .

Apesar das possíveis


contradições interna,
sustenta-se, de que os
Antropologia, saúde e Flávio Braune Wiik 2010 valores, conhecimentos e
10 doença: uma introdução ao comportamentos culturais
conceito de cultura aplicado atrelados à saúde formam
às ciências da saúde um sistema sociocultural
integrado, total e lógico , se
não respeitado são sujeitos
a não garantia de um
atendimento satisfatório.

11 Assistência em Enfermagem Roberta Maria Refere a teoria de Jean


e Jean Watson: Uma reflexão Savieto1 Watson , para
sobre Eliseth Ribeiro Leão2 2015 embasamento destes
a empatia. conceitos e reforçar uma
assistência
de enfermagem mais
coerente, verdadeira e
empática, quando não

50
aplicação desta fica
inviável o cuidado
transpessoal .

Dentre todas as
dificuldades: a
infraestrutura inadequada;
o baixo domínio teórico dos
Necessidades do cliente Gabriela Batista Vieira 2013 profissionais da equipe.
oncohematologico Multiprofissional; a falta de
12 hospitalizado: implicações acompanhamento
para o cuidado de psicológico; recursos
enfermagem. materiais e humanos; não
passar segurança para os
clientes e familiares ;
demora de atendimento
emergencial pela equipe
médica e a baixa
articulação entre os
diferentes setores .

Dificuldades de
Espiritualidade na Ana Cristina de Sá1 enfrentamento dos
13 enfermagem brasileira: Luciane Lúcio 2007 enfermeiros no decorrer
retrospectiva histórica Pereira2 das décadas, na evolução
da ciência e espiritualidade.

Refere o autor ,a
importância do tema tem
14 Conhecimento e percepção Ramon Moraes 2007 sido tratado nos meios
da importância do Penha1 acadêmicos, com este
atendimento Maria Júlia Paes da estudo a carência teórica
da dimensão espiritual pelos Silva2 dos alunos no que diz
graduandos de Enfermagem respeito às intervenções
sobre as necessidades

51
espirituais dos pacientes.

Conhecimento sobre a Michell Ângelo 2016 A falta de realização de


assistência espiritual pelos os Marques Araújo novas pesquisas, fazendo
15 graduandos de enfermagem: refletir sobre a
enfoque na analise espiritualidade como parte
existencial. essencial da formação do
profissional enfermeiro.

Os enfermeiros não fazem


o levantamento das
Analise do processo de Nathaly Sousa da 2012 necessidades dos
16 trabalho em um hospital de Silva pacientes impossibilitando
ensino. uma assistência
individualizada e a SAE é
realizada a partir de
pacientes críticos, e não
aplicado diariamente
devido ao excesso de
tarefas administrativas.

-Falta de experiência
Espiritualidade e religiosidade Lucila Castanheira 2013 profissional;
na perspectiva dos Nascimento1 - Dificuldade de confrontar
17 enfermeiros , Tabatha de Freitas suas crenças e seus
Moreira Santos2. valores com os do
, Fabiane Cristina paciente. Como a prática
Santos de Oliveira3. do enfermeiro
Raquel Pan4 é influenciada por essas
, Milena Flória- experiências e por esses
Santos5 valores, ele se depara
, SemiramisMelani frequentemente com essa
Melo Rocha6 barreira no seu cotidiano;
- A falta de compreensão
sobre a espiritualidade o
medo do confronto das
próprias ideias com as do
outro podem ser

52
considerados como uma
das dificuldades de
introdução desse tema nos
currículos de graduação e
na prática profissional de
enfermagem.

Reflexão sobre o cuidar em O enfermeiro, por ser o


Enfermagem: uma visão do profissional que passa
18 ponto de vista da SÁ,A.C 2009 maior parte do tempo ao
espiritualidade humana e da lado do paciente, ele
atitude crítica. O Mundo da desenvolve um olhar
Saúde holístico, necessita de um
paradigma para atuar
humanisticamente, a fim de
proporcionar um apoio
afetivo no campo espiritual.

Considera que
Religião e espiritualidade no Maria Aparecida 2008 independente da crença
19 ensino e assistência de Gussi1 Maria religiosa do enfermeiro, ele
enfermagem Aparecida GussiI2 deve conhecer as religiões
, Jane Lynn de seus pacientes e por
GarrisonDytzI3 todas as maneiras deve
encorajar, ver e reforçar
essas crenças. Pois o
poder da fé é inigualável, e
é um estímulo à vida, o
conforto e a segurança,
que a religião oferece.

Afirma que o enfermeiro ao


assumir uma postura ética
e solidária, deve observar o
Graziani Maidana 2007 cliente, demonstrando
20 Sistematização da assistência Zanardo1 respeito às suas crenças, e
de enfermagem Guilherme Maidana sensibilidade ao lidar com

53
Zanardo2 as questões espirituais do
Cristina Thum Kaefer3 ser humano. Necessário é
que o enfermeiro não sinta
nenhuma insegurança, pois
assim construiria uma
relação de confiança com o
cliente, obtendo maior
adesão aos cuidados de
enfermagem.

Percepções acerca do Lorena Bandeira da 2015 A Espiritualidade é


21 sentido de vida e Silva contemplada ao conjunto
espiritualidade á partir do de emoções e convicções
discurso do sujeito ateu de natureza não material,
os quais nos remetem a
questões como o
significado e o sentido da
vida (Volcan,Et. al 20015).

A espiritualidade
corresponde à abertura da
22 Espiritualidade e saúde na MONTEIRO, 2008 consciência ao significado
sociedade do espetáculo. Dulcinéia M. R. e totalidade da vida,
abertura essa que
possibilita uma
recapitulação qualitativa do
processo vital.

Religiosidade e MOREIRA, ALMEIDA 2012 Constata que as crenças e


23 espiritualidade em oncologia: Et. al Caroline Amado as práticas religiosas dos
1
concepções de profissionais Gobatto pacientes influenciam no
de saúde. Tereza Cristina cuidado e a evolução dos
Cavalcanti Ferreira de problemas de saúde.
Araújo2

54
9. DISCUSSÕES

Segundo os autores é de fundamental valia as identificações das dificuldades


encontradas mais evidentes em lidar com a realidade no atendimento do
paciente na dimensão espiritual são:

a) a necessidade de preparo teórico e emocional na introdução do tema nos


currículos de graduação e na pratica profissional de enfermagem;

b) dificuldades em abordar a espiritualidade por se misturar aos seus valores


próprios e não ser capaz de se extinguir.

c) falta de formação profissional e/ou educação continuada na assistência da


espiritualidade;

d) a não aplicação na formação e a incapacidade de mensuração, devido ser


um assunto de total subjetividade.

e) a realização e a aplicação da SAE inadequada frente a espiritualidade,


sobre as necessidades espirituais dos pacientes junto aos diagnósticos de
enfermagem , se não respeitado são sujeitos a não garantia de um
atendimento satisfatório;

f) Os enfermeiros não fazem o levantamento das necessidades dos pacientes


impossibilitando uma assistência individualizada e a SAE é realizada somente
a partir de pacientes críticos, e não aplicado diariamente devido ao excesso
de tarefas administrativas;

g) A carência teórica dos alunos no que diz respeito às intervenções ;

h) o medo de impor as suas crenças, apontado pelos estudantes, e a falta de


tempo, indicada pelos docentes;

i) a insegurança ao lidar com pacientes de crenças religiosas divergentes dos


profissionais;

j) falta ou diminuição de resiliência perante um sistema de cuidados de saúde


as necessidades espirituais.

55
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi possível identificar que, para a equipe de enfermagem, a dimensão


espiritual possui ao menos quatro significados distintos: Fé e crença religiosa,
Crença em uma força/poder superior, Bem-estar espiritual e Atributo do espírito.
Observa-se que as dificuldades dos Enfermeiros em abordar a espiritualidade são
meras situações que para esta nova realidade há a necessidade de preparo teórico
e emocional em relação direta com o cuidado prestado ao paciente e família. Falta
de Conhecimento por parte do enfermeiro em utilizar a SAE adequada e
intervenções necessárias frente a espiritualidade e dificuldades em abordar a
espiritualidade por se misturar aos seus valores próprios e não ser capaz de se
extinguir. Este estudo apresentou limitações no que diz respeito a escassez de
dados empíricos da enfermagem brasileira, que oferecessem comparação com as
categorias encontradas. Para estudos futuros é absolutamente recomendado que
haja cruzamento entre as percepções dos profissionais e dos pacientes acerca dos
significados de espiritualidade a fim de que novos elementos possam colaborar e
lançar novas perspectivas investigativas. Diante das questões abordadas nesse
estudo, ficou perceptível que há um despreparo da equipe de enfermagem em
abordar a espiritualidade. Tal fato torna-se alarmante, pois é de suma importância a
inclusão do tema espiritualidade nos currículos das instituições de nível superior e
técnico em enfermagem. Ressalta-se que esta abordagem deve ser efetuada de
maneira segura, ética, preservando os valores morais do indivíduo e promovendo a
saúde nos aspectos biopsicossociais e espirituais.
A obtenção de um guia pratica do acolhimento do Enfermeiro para auxiliar e
facilitar o atendimento melhorado ao paciente dentro da dimensão espiritual, em que
a espiritualidade é por vezes o caminho para o alívio do sofrimento e da dor.

56
11. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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