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Esses alimentos foram classificados em seis grupos de acordo com a composição bioquímica:
SUPLEMENTOS NO ESPORTE 3
Hidroelétrolíticos
Repositores hidroeletrolíticos para atletas:
produtos destinados a auxiliar na hidratação:
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Energéticos
Repositores energéticos/compensadores para atletas (mínimo de 90 % CHO): produtos
destinados a complementar as necessidades energéticas;
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Protéicos
Os suplementos proteicos para atletas devem atender aos seguintes requisitos:
a) O produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 10 g de proteína por porção;
b) O produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 50 % do valor energético total
proveniente das proteínas, sendo que a composição proteica do produto deve apresentar PDCA-
AS acima de 0,9:
Obs: Lembrando que PDCAAS (Protein Digestibility Corrected Amino Acid Score) significa escore
aminoacídico corrigido pela digestibilidade da proteína para a determinação de sua qualidade
biológica.
c) Este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme regulamento técnico
específico sobre adição de nutrientes essenciais;
d) Este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares e de não nutrientes.
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Substitutos parciais de refeições
Repositores proteicos para atletas (com até 50 % de proteínas e 65 % de Alto Valor Biológico): produtos
destinados a complementar as necessidades proteicas;
Obs: Lembrando que a determinação do PDCAAS deve estar de acordo com a metodologia de
avaliação recomendada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação/
Organização Mundial da Saúde (FAO/WHO).
f) Este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme regulamento técnico
específico sobre adição de nutrientes essenciais;
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Creatina
Creatina para atletas: produto destinado a complementar os
estoques endógenos de creatina;
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Cafeína
Cafeína para atletas: produto destinado a
aumentar a resistência aeróbia em exercícios
físicos de longa duração;
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CAPÍTULO 2
Metabolismo energético no exercício físico
Durante o trabalho muscular, alguns sistemas de fornecimento de energia são ativados, tanto anaeróbio
(fosfagênico e glicolítico) quanto aeróbio (oxidativo). O sistema fosfagênico é predominante em eventos
de alta intensidade com duração de alguns segundos. Moléculas de adenosina trifosfato (ATP) e creatina
fosfato (CP) fornecem prontamente a energia disponível presente no músculo, porém, estas moléculas
não são suficientes para proporcionar um suprimento contínuo de energia, principalmente nos exercícios
de alta intensidade. A CP é uma reserva de ATP do músculo que pode ser facilmente convertida para
sustentar atividades de 3 a 5 minutos. O músculo possui cerca de 4 vezes mais CP do que ATP, sendo
este último (ATP) preferencialmente utilizado em exercícios de alta intensidade, curta duração, tais como
arremesso, levantamento de peso, entre outros.
O sistema anaeróbio glicolítico utiliza o glicogênio muscular e a glicose circulante, os quais são
rapidamente metabolizados anaerobicamente através da via glicolítica. Esta via suporta eventos com
duração entre 60 e 180 segundos. Durante os primeiros 30 segundos de exercícios de resistência, são
utilizados entre 25 e 35% do glicogênio muscular para fornecimento de energia, assim nenhuma das
vias anaeróbias são capazes de sustentar eventos com duração maior do que 2 e 3 minutos e, neste
caso, são os combustíveis da via oxidativa que entram em ação.
Os maiores substratos para a via aeróbia são glicogênio muscular e hepático; triglicérides
intramuscular, sanguíneo e do tecido adiposo; e aminoácidos liberados pelo músculo, fígado e
intestino. Alguns exemplos de esportes que utilizam esta via para suprimento de energia são: corrida
de 1500 m; maratona; meia maratona; ciclismo; natação (> 1500 m). Nestes casos, o oxigênio torna-
se mais disponível para o trabalho muscular e o corpo utiliza mais a via aeróbia (oxidativa), quando
comparado às vias anaeróbias (fosfagênica e glicolítica). O fato é que, somente a via aeróbia é capaz
de produzir mais moléculas de ATP através do ciclo de Krebs e do sistema de transporte de elétrons.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Krebs.
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Necessidades nutricionais no esporte
Conforme mencionado no Capítulo 1, são
utilizadas as referências de recomendações
nutricionais para atletas, da American College
of Sports e, em artigo publicado no ano de
2009, foram citados alguns aspectos de
extrema importância para a nutrição e a
performance do atleta. Seguem abaixo:
3. As recomendações de carboidratos
para atletas variam entre 6 e 10 g/ Kg de
peso corporal por dia (g/ Kg P/ dia) e este
macronutriente mantém os níveis de glicose
sanguínea durante o exercício e repõe o
glicogênio muscular. A quantidade requerida
vai depender do gasto energético total do
atleta, tipo de esporte praticado, gênero do
atleta e das condições ambientais.
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4. As recomendações de proteínas
para atletas de resistência e treinamento de
força variam entre 1,2 a 1,7 g/ Kg P/ dia. Estas
recomendações podem ser atingidas pela dieta,
sem a utilização de suplementos de proteínas
ou aminoácidos.
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8. A refeição que precede a prática
esportiva deve fornecer quantidade
suficiente de água para manter a
hidratação do atleta, ser relativamente
leve em lipídeos e fibras para facilitar
o esvaziamento gástrico e reduzir
desconfortos gastrointestinais, ser
relativamente rica em carboidratos
para manter a homeostase glicêmica,
ser moderada em proteínas, e ser bem
tolerada pelo atleta.
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11. De um modo geral, não são necessários suplementos vitamínicos e minerais, no caso de
o atleta consumir uma quantidade adequada de energia, através de uma variedade de alimentos
para manutenção do peso corporal. No caso das recomendações não relacionadas ao exercício,
como a suplementação de ácido fólico para mulheres em idade fértil, devem ser seguidas. Além
disso, a suplementação vitamínica e mineral para o atleta pode ser adequada em casos de dieta
com eliminação de alimentos ou grupos alimentares, doença ou recuperação de lesões, ou por
deficiência de micronutrientes específicos (por exemplo, suplementação com ferro para correção
de anemia, entre outros).
12. Os atletas devem ser orientados quanto ao uso de substâncias ergogênicas. Estes
produtos só devem ser utilizados após uma avaliação cuidadosa para segurança e eficácia.
13. Atletas vegetarianos podem apresentar baixa ingestão de energia, proteínas, lipídeos,
micronutrientes-chave como cálcio, ferro, vitamina D, riboflavina, zinco e vitamina B12.
Renata Pires Dotto é nutricionista, mestre em Biociências pela UFMT, doutoranda em Ciências pela
UNIFESP, e coordenadora de cursos de especialização em Nutrição na Faculdade UnYLeYa desde 2011.
Possui experiência com Sequenciamento de Sanger e MLPA para diagnóstico molecular de Diabetes MODY.
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