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Nível Avançado I

2015

Avenida Belgrano, 552 – C.A.B.A


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1
Unidade 1

Sandoval Tibúrcio, Casarão de Cora Coralina.

Conclusões de Aninha
Cora Coralina

Estavam ali parados, marido e mulher.


Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça
tímida, humilde, sofrida.
Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,
e tudo que tinha dentro.
Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar
novo rancho e comprar suas pobrezinhas.

O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula, entregou sem palavra.
A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,
se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar.

E não abriu a bolsa. Qual dos dois ajudou mais?

Donde se infere que o homem ajuda sem participar


e a mulher participa sem ajudar.
Da mesma forma aquela sentença:
“A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar.”
Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada,
o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso
e ensinar a paciência do pescador.
Você faria isso, Leitor?
Antes que tudo isso se fizesse
o desvalido não morreria de fome? Conclusão:
Na prática, a teoria é outra.

Cora Coralina (Ana Lins do Guimarães Peixoto Bretas, 20/08/1889 —10/04/1985) é a grande poetisa
do Estado de Goiás. Em 1903 começou a escrever poemas sobre seu cotidiano e em 1908 já tinha
criado o seu próprio jornal de poemas femininos "A Rosa". Em 1911 conhece o advogado divorciado
2
Cantídio Tolentino Bretas, com quem fugiu e teve seis filhos. Em 1922 foi convidada para integrar-se à
Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, mas seu marido a proibiu. Em 1980, Carlos
Drummond de Andrade, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu
trabalho que despertou o interesse do público leitor e a fez ficar conhecida em todo o Brasil.

Texto extraído do livro "Vintém de cobre - Meias confissões de Aninha", Global Editora — São Paulo, 2001,

www.releituras.com.br

Pensando bem
Segundo a poesia, de que maneiras é possível entender a solidariedade?

Bate-papo

Você está de acordo que “Na prática, a teoria é outra”? Por quê?

De olho no gênero
O gênero fórum era utilizado para expor opiniões, debater e discutir
problemáticas buscando suas soluções. Posteriormente, surgiu o Fórum
Eletrônico que é uma reedição do gênero já existente, porém com algumas
inovações tecnológicas. Trata-se, então, de um gênero textual on-line, já que
apresenta suas características próprias, a saber: é marcado pelas discussões
assíncronas e pela apropriação da linguagem para o meio da internet (como o
uso de frases curtas e marcas da oralidade), espera-se a interação dos
participantes em tempo postergado. Outra característica fundamental do fórum
é a presença de um moderador, ou seja, um responsável pelas mensagens
postadas. É ele quem determina se elas estão de acordo com a discussão em
questão e se devem ou não ser publicadas.

3
Canais >> Sociedade
Criar novo fórum Gerenciamento Painel de Controle

****** AÇÃO SOCIAL EM DEBATE ******** (49 mensagens)


ESTE FÓRUM FOI CRIADO COM O OBJETIVO DE FORMAR UM GRUPO DE APOIO DE VÁRIAS
INSTITUIÇÕES BENEFICENTES, VISANDO À TROCA DE EXPERIÊNCIAS E INFORMAÇÕES SOBRE
RECURSOS, INTERAÇÃO DE ATIVIDADES E CRIAÇÃO DE PROJETOS PARA LEVARMOS À FRENTE
NOSSOS IDEAIS.

Data: 10/07/2013 08:26


De: Arlete
IP: 189.30.53.116
Assunto: Geração de Renda e Emprego.

Trabalho numa associação e também PONTO DE CULTURA DO MUNICÍPIO e gostaria de


trocar ideias e sugestões com vocês sobre como elaborar projetos para geração de emprego e
renda para as famílias incluídas nessas entidades. Como se inicia um projeto? Quais os
passos para compor este projeto?
Obrigada pelas informações.
Arlete

Hospedagem de sites da Insite

a) Participe no FÓRUM respondendo à consulta.

Seu nome:

Seu e-mail:

Assunto:

4
Hora de reciclar os conhecimentos
Complete o texto abaixo utilizando alguns dos conectores do quadro:

embora pois desde que

assim que
Festas religiosas e tradições na mesa
enquanto além de sempre que aliás

A culinária de Goiás, estado mais populoso da região Centro-Oeste, é a que mais


preserva as antigas tradições herdadas dos indígenas e jesuítas. ____________, deve-se aos
missionários católicos a força das festas regionais goianas até hoje cultivadas. As barracas de
comida típica são verdadeiras atrações, visitadas pelos turistas, _____________ vão à região.
A Festa do Divino Espírito Santo é realizada 50 dias após a Páscoa, onde cresceu a tradição
dos alfenins - doces brancos, feitos com açúcar e modelados com as mais diferentes formas -
que podem ser saboreados ou guardados, ______________ se solidificam com o tempo.

Todos os anos, acontece em Goiás, na quarta-feira da semana santa, a procissão do


fogaréu em que é representada a busca dos soldados para prender Jesus antes da
crucificação. Nesse estado nasceu e viveu seus últimos dias Cora Coralina, doceira de
profissão e escritora de vocação. Cora soube criar doçuras no tacho e no papel. Como
costumava dizer: “Uns vêm atrás dos doces e encontram a poesia, ______________ outros
vêm atrás da poesia e encontram os doces.”
www.festasreligiosas/brasil.html/ (Texto adaptado)

Lugares
Veja os estados que formam a região Centro-Oeste.

5
Olha só!
Assista ao vídeo sobre a região Centro-Oeste.

Teatro
Você encontrou o vídeo na internet e ficou muito empolgado/a para conhecer a
região Centro-Oeste. Ligue para um amigo convidando-o para conhecer o lugar.
Seu amigo prefere a praia. Você deve convencê-lo a fazer essa viagem com você

Hora de reciclar os conhecimentos


Leia o texto abaixo, sublinhando a opção correta.

Catedral de Brasília
Construída em homenagem à padroeira da cidade, Nossa
Senhora da Aparecida, a Catedral de Brasília foi inaugurada em
1967 e sofreu o processo de tombamento pelo então
Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Tem
40 metros de altura e capacidade para quatro mil pessoas. A
planta da nave é circular e situa-se (abaixo do / baixo o) nível do
terreno. A construção chama atenção (justo / logo) na entrada. Para que se tenha acesso
ao espaço interno da Catedral é preciso que o visitante ou fiel passe por um túnel
subterrâneo, cujo piso e paredes laterais são pintados de preto. A ideia de Niemeyer é que
o estado de introspecção necessário comece desde o início da visita. A entrada fica então
(sobre /sob) penumbra e cria um contraste com o interior do templo, que recebe luz
natural filtrada por vitrais de Marianne Peretti. Apresenta 16 colunas, que nascem no plano
da praça situada (ao / em) seu redor, e que se unem a fim de que a cobertura ganhe
sustentação. No topo do templo, (fica / tem) uma cruz metálica, abençoada pelo Papa
Paulo VI, e que incorpora um fragmento da cruz de Cristo. (Na frente da / Frente à)
Catedral, há esculturas dos quatro Evangelistas, de autoria de Alfredo Ceschiatti. (De lado
/ Ao lado), situa-se uma casca de concreto, que serve de cúpula (à / a) Capela do
Batistério. (Dentro / Adentro) do templo pendem do teto três anjos de alumínio fundido,
também de Ceschiatti, presos por cabos de aço. O altar-mor foi doado pelo Papa Paulo VI.

6
A Catedral possui um acervo de obras de arte que inclui imagens de santos, 14 painéis de Di
Cavalcanti representando a Via Sacra, a vida de Nossa Senhora, pintada por Athos Bulcão e
até uma cópia do Santo Sudário. Recentemente reformada, a Catedral de Brasília constitui um
dos (mas / mais) famosos traços arquitetônicos (da / de) Brasília, suas hipérboles
simetricamente opostas formam esse belo interior decorado pelos vitrais.
Deixar-se envolver pela luz que transpassa os vitrais, estar (baixo os / embaixo dos)
anjos que delicadamente sobrevoam a nave da Catedral, abstrair-se do mundo externo... foi
desta maneira que Oscar Niemeyer imaginou a experiência religiosa.

Não deixe de visitar o site http://www.niemeyer.org.br

De olho no gênero
CARTAZ
Gênero textual quem tem a finalidade de informar, sensibilizar, convencer ou
conscientizar sobre determinado assunto.
Tem por características:
• ser afixado em lugares públicos.
• apresentar linguagem verbal e linguagem visual (geralmente fazendo um
jogo de sentido)
• não explicar a quem as ações expressas se referem;
• apresentar texto verbal com linguagem curta, simples e direta com aspecto
visual atraente.

Olha só!
Assista ao vídeo sobre os 50 anos de Brasília para fazer a atividade abaixo:

Você trabalha na Secretaria de Turismo de Brasília e deve fazer um cartaz que


será afixado no metrô promovendo essa cidade. Utilize para o seu trabalho as
informações do vídeo.

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Ampliando conhecimento
Leia as notícias abaixo e observe o uso da voz passiva.

1. Juiz determina a suspensão do WhatsApp no Brasil

Processo movido no Piauí determina que operadoras suspendam temporariamente o


aplicativo em todo o território nacional

Um juiz do Tribunal de Justiça do Piauí determinou que as operadoras de telefonia suspendam o


WhatsApp em todo o Brasil em até 24 horas até que a empresa de tecnologia cumpra uma ordem
judicial anterior.

De acordo com o site UOL, a decisão do juiz Luiz de Moura Correia, da Central de Inquéritos da
Comarca de Teresina, tinha caráter sigiloso e foi tomada no dia 11 de fevereiro, mas vazou na
internet nesta quarta-feira.

Segundo o portal, o Núcleo de Inteligência do Piauí esclareceu que a ação foi expedida em
virtude de anterior descumprimento judicial do WhatsApp. Como as ações correm em segredo de
Justiça, não foram revelados os tipos de descumprimentos do aplicativo.

(25/02/2015 Zero Hora)

2. Traficante é assassinado próximo à praia de Tramandaí


Xandi foi morto em Tramandaí, no Litoral Norte. Ele estava em uma casa, acompanhado por
comparsas quando quatro pessoas passaram em um Corsa atirando com fuzis e pistolas. No momento
da ocorrência, o comissário de polícia Nilson Aneli fazia a segurança do traficante. Nilson foi preso, a
pedido da Corregedoria da Polícia Civil.

(Zero Hora, 25/02/2015)

3. Voluntários de todo o mundo têm feito esforços para minimizar os


danos da guerra.
Esforços têm sido feitos por voluntários de todo o mundo para minimizar os danos da guerra.

Texto adaptado

Leia as notícias abaixo e elabore orações usando a voz passiva.

Cerca de 1,7 mil alunos têm aulas suspendidas em Três Cachoeiras devido
a protesto de caminhoneiros

Estudantes só deverão voltar às salas de aula quando o ato encerrar.

1)_________________________________________________________________________________________

2)__________________________________________________________________________________________

8
A partir de março os caminhoneiros deverão pagar multas salgadas nas principais
rodovias do Brasil

Ministro da Justiça anunciou medidas para coibir motoristas infratores.

1)__________________________________________________________________________________________

2)__________________________________________________________________________________________

De olho no gênero
Manchete

A manchete serve para atrair a atenção do leitor, dando-lhe a conhecer sucintamente o


assunto abordado, além de dar informações prévias que tornam a notícia atraente e
provoca no leitor uma tomada de posição sobre o fato. Em posição privilegiada - no
topo do artigo, cobrindo todas as colunas que o compõem - inicia a matéria jornalística.
Após a manchete, aparece com frequência, o lead, que é um subtítulo, em letras
menores, o qual traz mais informações a respeito da matéria. Se a manchete aparece
na capa, informa que é um acontecimento importante no cenário nacional, estadual,
regional ou local.
Apresenta texto curto que junto com o lead, se destaca do corpo das notícias, tornando-
se o tópico mais lido em jornais, mesmo que de forma rápida e acidental.

Elabore 3 manchetes (e suas chamadas) para 3 seções diferentes do jornal da


sua cidade (cultura, esportes, policial, moda, etc.).

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

9
Tocando em frente
Almir Sater

Ando _______________
Porque já tive pressa
E levo esse ______________
Porque já chorei demais

Hoje me __________ mais forte,


Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco eu _____________,
Ou nada ____________.

Conhecer as ________
E as _____________
O sabor das _______
E das __________

É preciso amor
Pra poder _______________
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a _______ para florir

Penso que cumprir a vida


Seja simplesmente
________________ a marcha
E ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro


Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela ____________ estrada, eu vou
Estrada eu sou

Todo mundo ama um dia,


Todo mundo ________________
Um dia a gente chega
E no outro vai embora.

Cada um de nós _________ a sua história


Cada ser em si

Carrega o dom de ser capaz


E ser feliz

Bate-papo
A letra da canção fala de uma transformação na vida de uma pessoa.
1. Identifique quais foram essas modificações.
2. Retire da música os conselhos do autor para ver a vida de maneira diferente.
3. Comente: “Cada um de nós compõe a sua história / Cada ser em si / Carrega o dom de ser
capaz / E ser feliz”.
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Unidade 2
Paulistano adotivo
Fico pensando: por onde foi que São Paulo me pegou? Já
contei que não sou daqui, que cheguei num dezembro de 38 anos
atrás, meio tombado para um lado com o peso da mala carregada
de incertezas.
Capital dez vezes maior que a minha, habitada por gente
que andava mais depressa do que era costume na minha terra, e
pedindo passagem; de caras com traços e cores bem mais
variados; de vozes com sílabas tônicas deslocadas (maiê!,
Antoniô!) e consoantes como o “t” e o “r” soando muito puras;
cidade de clima úmido, de névoas, de mais apelos, ruídos,
ofertas, exigências, perigos, ordem, disciplina ... São Paulo dava
trabalho aos que chegavam. Eu não sabia, ou esqueci, que
naquela década 60% das pessoas que moravam na capital
tinham vindo de outras cidades, outros estados, outros países.
Não, eu não estava sozinho na minha perplexidade, talvez muitos
dos que cruzavam comigo também hesitassem nas esquinas. Porque ir era complicado. Ruas
labirínticas, ia-se para o norte pensando que para lá ficava o sul. Faltavam pontos de
referência, ou a casa era grande demais para a gente se sentir em casa. Havia quartos
escuros...
Obras, muitas obras no caminho dos anos. Avenidas, elevados, metrô, marginais, vias
expressas... Até hoje a cidade constrói e se destrói, sem nunca ficar pronta, sem guardar seu
passado, escamoteando-se, retirando da paisagem casas, prédios, ruas inteiras, até rios.
Olhava e pasmava. E percebia desordens aflorando na paisagem da ordem: favelas,
construções clandestinas, camelôs, moradores de rua. Desordem e progresso.
Então, o que foi que me pegou?
Estaria sendo pretensioso se dissesse que foram os teatros, ou os numerosos cinemas.
Que foram as bibliotecas, a vida cultural, os museus, a vibração profissional, os botecos, as
cruzadas de pernas, os violões, os restaurantes, as feiras, os festivais. Ou as indústrias, o
comércio, os bancos, a riqueza.
Tenho um amigo mineiro que passou anos praguejando contra a cidade. Um dia foi
morar em Paris, que achava a delícia das delícias. Fui visitá-lo há alguns anos e ele me disse
a certa altura da madrugada e da segunda garrafa de vinho: “Sabe que eu sinto uma saudade
danada de São Paulo?” E ouvi de um pernambucano que vive em Berkeley, nos EUA: “São
Paulo é um chip na minha cabeça”.
A primeira vez que percebi que já “pertencia” a São Paulo foi quando me surpreendi
comovido com a canção Sampa, que Caetano gravou em 1978: “Alguma coisa acontece no
meu coração, que só quando eu cruzo a Ipiranga e a Avenida São João”.
Percebi: a poderosa São Paulo me pegava pelas coisas mínimas.
Ivan Ângelo
(Texto com adaptações)

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Pensando bem...
Quais foram as dificuldades do narrador quanto à sua adaptação em São Paulo?

Bate-papo
1. Às vezes temos dificuldades em nos adaptar a um novo lugar. Comente.

2. Existe alguma cidade com a qual você se identifica? Qual? Por quê?

3. Tem alguma cidade na qual você tenha se sentido um “peixe fora d’água”?

Diga de outro jeito


Relacione as colunas com a equivalência das palavras ou expressões em negrito.

1. São Paulo me pegou ( ) vendedores de rua


2. meio tombado ( ) um pouco desanimado
3. a mala carregada ( ) bar
4. de caras com traços e cores bem mais variados ( ) tirando
5. hesitassem ( ) me conquistou
6. retirando casas ( ) imensa
7. camelôs ( ) cheia
8. boteco ( ) xingando
9. praguejando ( ) feições
10. danada ( ) duvidassem

Você está revendo as suas fotos da última viagem para publicar no Facebook.
Elabore um texto para a postagem, relatando as sensações que essa viagem
provocou em você. Utilize algumas das equivalências anteriores.

______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

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“Sabe que eu sinto uma saudade danada de São Paulo?”

(texto Paulistano Adotivo)


Saudade palavra doce,
que traduz tanto amargor.
Saudade é como se fosse,
espinho cheirando a flor.
Saudade aventura ausente,
um bem que longe se vê.
Bastos Tigre

A sua
Marisa Monte

Eu só quero que você ________


Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você _______
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade


Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde ______ não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você ______


No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você ________
Para onde __________
Que eu não vou ficar muito atrás

Tô com sintomas de saudade


Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você saiba


Que estou pensando em você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

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Estar com morrer de saudades
Ter bater saudades
Sentir saudade de alguém/ algo matar a saudade
Ficar com

Bate-papo
Observe as figuras abaixo.

- Do que você sente saudades?

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Lugares

São Paulo é um dos estados da região Sudeste. Os outros estados são: Rio de Janeiro,
Espírito Santo e Minas Gerais. Conheça um pouco mais...

Complete o texto abaixo com os verbos entre parênteses no tempo


adequado.

História de Minas Gerais


O estado de Minas Gerais começou a ser ___________________ (explorar)
pela primeira vez no século XVI, quando os bandeirantes entraram na região à procura de
ouro e pedras preciosas.

Quando ___________ (saber) que a região era rica em


minérios e recursos naturais, a Coroa Portuguesa fundou a
primeira vila de Minas Gerais em 1711, na cidade de Mariana.
Com o atrativo, a região ___________ (ter) um rápido
crescimento populacional e logo se tornou um
importante centro econômico do país.

Mesmo com a extração, Portugal criou formas rígidas de cobrar mais impostos
sobre os minérios, além de dificultar o desenvolvimento de outras atividades
que _________________ (poder) garantir mais renda à província, como a
exportação de alimentos, fumo, algodão e açúcar.

O descaso dos portugueses acabou suscitando em um dos principais movimentos


anticoloniais do século XVIII: a Inconfidência Mineira. Inspirados pela Revolução Francesa de
1789, diversos intelectuais, religiosos e proprietários rurais se reuniram com a intenção de
livrar o estado do domínio português. O alastramento dos ideais republicanos deixou a
monarquia lusitana em alerta, principalmente com a suspeita de conspirações que
_____________ (ameaçar) a estabilidade do governo.

Neste movimento de insurreição, Joaquim José da Silva Xavier, o


Tiradentes, foi _____________ (trair) e assassinado em frente à
multidão por enforcamento no dia 21 de abril de 1792.

15
Com os embargos em torno do minério, o estado de Minas Gerais só _______________
(conseguir) estabilizar sua economia com a comercialização do café, que _________ (dar)
impulso para o investimento maciço em transportes e a exportação do produto em outras
regiões.

O café foi o primeiro passo para a industrialização do estado. Dessa forma, as empresas que
injetavam capital privado na região ____________ (contribuir) para a criação de pequenas e
microempresas nos setores alimentícios, têxteis e siderúrgicos. No início do século XX, o café
era o principal produto do país, fazendo com que o estado _______________ (virar) uma das
maiores potências (além de São Paulo).

Entretanto, na década de 1970, com o Regime Militar, capitais industrializadas como São
Paulo, Rio de Janeiro e até mesmo Belo Horizonte ganharam um grande volume de
investimento, o que acabou desestruturando as cidades interioranas, que se
________________ (tornar) dependentes de polos industriais.

Ainda hoje, Minas Gerais é um dos estados mais ricos do Brasil e _____________ (possuir)
cerca de 20,1 milhões de habitantes.

Se você ________________ (querer) conhecer mais sobre a história de Minas Gerais,


_________________ (acessar) o site http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/historia-de-
minas-gerais/.

Por Tiago Ferreira da Silva

Hora de reciclar os conhecimentos


A partir da leitura do texto sobre Minas Gerais, complete as orações abaixo com os
pronomes adequados, fazendo as modificações necessárias nos verbos entre parênteses.

1. O estado de Minas era rico em pedras preciosas e os bandeirantes entraram na região para
__________ (encontrar as pedras).

2. A coroa portuguesa ________________ (cobrava dos mineiros) uma alta taxa de


impostos.

3. A monarquia lusitana suspeitava de conspirações e isso _______________ (deixava a


monarquia) em alerta.

4. Um dos inconfidentes traiu Tiradentes, _______________ (levando Tiradentes) ao


enforcamento.

5. O objetivo da Inconfidência Mineira era ________________ (livrar os brasileiros) do


domínio português.

6. O estado de Minas Gerais só conseguiu _______________ (estabilizar sua economia)


com a comercialização do café.

7. O café foi o primeiro passo para _________________ (industrializar o estado).8. Os


mineiros se recusavam a ________________ (pagar aos portugueses) os altos impostos.

16
De olho no gênero
PROPAGANDA
A propaganda é um gênero textual que se faz presente em inúmeros lugares. Pode
aparecer em forma de cartazes, de banners, de mídia televisiva, de áudio, de panfletos, de
etiquetas, etc.

Seu objetivo é persuadir e para isso, utilizam-se todos os recursos disponíveis na língua
portuguesa, unindo discursos verbais com visuais para causar um maior impacto no
consumidor. A linguagem varia de acordo com o público-alvo, e deve ser direta, clara e
concisa. A propaganda é marcada pelo uso da função apelativa, trocadilhos, jogos de
palavras, metáforas e da ambiguidade.
Texto disponível em: http://lendoeuaprendo.blogspot.com.ar/2011/06/genero-propaganda.html

Assista ao vídeo que mostra um dos pontos turísticos mais importantes de Minas
Gerais e também do Brasil: “As Cidades Históricas”, fazendo as anotações
necessárias.

Você foi convidado para escrever um texto de propaganda a ser publicado na


revista “Viaje Bem”. Não deixe de ressaltar os aspectos históricos, arquitetônicos e
ofertas de passeios turísticos.

Leitura Complementar
Melhores Bares do Rio – Guia de Bares RJ
Fonte: http://melhoresbaresdorio.com.br/sem-categoria/bar-e-botequim-aldeia-da-lapa-rua-do-lavradio-rio-de-janeiro

Bar e Botequim Aldeia da Lapa – Rua do Lavradio – Rio de Janeiro

Desde março de 2011, o carioca tem escolhido o Bar e Boteco Aldeia da Lapa para fugir da
multidão que invade a famosa esquina, já que lá rola aquela energia maravilhosa que exala
indiscriminadamente no ar.

“Fomos em uma sexta-feira. Quando chegamos, por volta das 21 horas, o pessoal já tinha
ocupado todas as mesas dos bares da esquina da Mem de Sá com a Rua do Lavradio. De
cara curtimos o astral do Aldeia da Lapa e decidimos sentar por lá mesmo.

O bar não é grande, tem uma decoração na medida certa, paredes sem reboco que remete aos
tempos mais remotos – daqueles em que se tomava cerveja com chapéu e terno - e o
essencial e fundamental… ali se sente intensamente o clima boêmio da Lapa.

Logo de início, junto com as cervejas em garrafa, pedimos uma porção de pastéis sortidos e
escolhemos metade carne seca e metade camarão, porque os famosos bolinhos de mandioca
já tinham acabado.

O atendimento é ótimo, até porque o espaço é pequeno e são muitos garçons, assim, quase
toda hora tem algum passando ao lado de sua mesa. O melhor é que você pode fazer o seu
pedido para qualquer um, que todos te atendem como se sua mesa fosse de responsabilidade
17
deles. Isso, como sempre ressaltamos por aqui, é essencial para um bom atendimento.
Ampliando conhecimento
Observe o trecho do texto:

“Desde março de 2011, o carioca tem escolhido o Bar e Boteco Aldeia da Lapa para fugir da
multidão que invade a famosa esquina, já que lá rola aquela energia maravilhosa que exala
indiscriminadamente no ar”.

Tempos Compostos

Denominam-se Tempos Compostos as combinações dos verbos ter ou haver com o


particípio do verbo principal. Nesse caso, o verbo auxiliar (ter ou haver) varia e o particípio se
mantém na forma original.

Pretérito Perfeito Composto do Indicativo

Eu tenho cantado Nós temos cantado

Ele tem cantado Eles têm cantado

Analise o exemplo citado acima:

“o carioca tem escolhido o Bar e Boteco Aldeia da Lapa”

O Pretérito Perfeito Composto do Indicativo se caracteriza por ser um modo que


expressa continuidade ou repetição da ação.

Conte algumas ações que você tem realizado ultimamente:

Exemplo: Ultimamente tenho trabalhado muito.

a) Nas últimas semanas ____________________________________________


b) Desde o ano passado ____________________________________________
c) Ultimamente ___________________________________________________
d) De 2000 para cá ________________________________________________
e) Nas últimas décadas _____________________________________________

Observe:

Eu não sabia, ou esqueci, que naquela década 60% das pessoas que moravam na capital
tinham vindo de outras cidades (...)

Logo de início, junto com as cervejas em garrafa, pedimos uma porção de pastéis sortidos e
escolhemos metade carne seca e metade camarão, porque os famosos bolinhos de mandioca
já tinham acabado.

Pretérito mais que perfeito composto do Indicativo


18
Formação: Pretérito Imperfeito do Indicativo do verbo ter ou haver + particípio do verbo
principal.

Eu tinha acabado Nós tínhamos acabado


Ele tinha acabado Eles tinham acabado

Marca um fato que ocorreu antes de outro já passado, um fato vagamente situado no passado
ou um fato passado em relação ao momento presente, atenuando uma afirmação.

Complete as orações com os verbos entre parênteses, conjugando-os no tempo


composto adequado.

a) Quando a comida chegou, eles já ________________________ (pedir) a


bebida para o garçom.

b) Ultimamente __________________________ (vir) muitos turistas à Lapa.

c) Antes do cultivo do café, a extração do ouro _______________________ (ser) a principal


fonte de riqueza do Brasil.

d) O amigo do narrador _____________________ (sentir) muitas saudades do Brasil, desde


que se mudou a Paris.

e) Nas últimas semanas ele ______________________ (encontrar-se) com os amigos no bar


da Lapa.

Futuro do Presente Composto do Indicativo

Formação: ter/haver no futuro do presente + particípio

Indica que uma ação futura estará terminada antes de outra.

Exemplo: Quando eu chegar a Minas, ela já terá visitado (vai ter visitado) todas as
cidades históricas.

Futuro do Pretérito Composto do Indicativo

Formação: Ter/haver no futuro do pretérito + particípio

Indica que um fato teria acontecido no passado, mediante certa condição.

Formação: Ter/haver no futuro do pretérito + particípio

Exemplo: Ele teria ido ao Pão de Açúcar, se tivesse tido mais tempo.

19
Complete o e-mail abaixo flexionando os verbos entre parênteses

Para

De

Assunto

Oi João,
Tudo bem?
Já estou no Rio há uma semana! Eu ____________ (fazer) uma ótima
viagem!
Quando desembarquei, meus amigos já _______________________
(chegar) para me buscar. Eles me contaram que estavam muito bronzeados
e felizes porque ________________ (ir) muito à praia.
Se eu soubesse que a cidade era tão linda ____________________ (vir)
antes. Ver o Rio de asa delta, pulando da Pedra Bonita, em São Conrado, é
uma experiência incrível. Quando cheguei lá em cima, já
_________________________ (perder) meu medo de altura.
Também fui ao Pão de Açúcar e ao bondinho. A vista é linda!
Ah, você também precisa conhecer a praia de Copacabana quando
_________________ (vir) na semana que vem pra cá.
Hoje está chovendo aqui, mas quando você chegar, se Deus ____________
(querer), o tempo já ____________________ (mudar).

Abraço
Pedro

Olha só!
Assista ao vídeo e conheça um pouco mais sobre o carnaval do Rio de
Janeiro, fazendo as anotações necessárias para realizar a atividade abaixo.

Com base no vídeo, escreva uma reportagem sobre a bateria das escolas de
samba do Carnaval do Rio para ser publicada em uma revista de bordo.

20
De olho no gênero

REPORTAGEM

A reportagem escrita é dividida em três partes: manchete, lead e corpo:

Manchete: compreende o título da reportagem que tem como objetivo resumir o que
será dito. Além disso, deve despertar o interesse do leitor.

Lead: pequeno resumo que aparece depois do título, a fim de chamar ainda mais a
atenção do leitor.

Corpo: desenvolvimento do assunto abordado, com linguagem direcionada ao


público-alvo. De caráter impessoal, muitas vezes é possível perceber a opinião do
repórter sobre os fatos ou sua interpretação.

21
Unidade 3
Versões de mim

Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido.
Ah! Se apenas tivéssemos acertado aquele número (unzinho e eu ganhava a sena
acumulada), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes, chegado
depois, dito sim, dito não, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste…
Agora mesmo neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz
– aliás, o nome do bar é Imaginário – sentou um cara do meu lado direito e se apresentou:
- Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo.
E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo.
- Por quê? Sua vida não foi melhor do que a minha?
- Durante certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei à seleção. Fiz um grande contrato.
Levava uma grande vida. Até que um dia...
- Eu sei, eu sei… disse alguém sentado ao lado dele.
Olhamos para o intrometido… Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais
feliz do que nós. Ele continuou:
- Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em
desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista.
- Como é que você sabe?
- Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o
ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No
jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um
herói, me atirei… Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista.
Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos
pés do atacante..
- Ele chutaria para fora.
Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou.
- Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha
carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e agora com fama de sortudo também. Fui
vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na
Europa. Embarquei com festa no Rio…
- E o que aconteceu? Perguntamos os três em uníssono.
- Lembra aquele avião da VARIG que caiu em Paris?
- Você...
- Morri com 28 anos.
- Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo...
- E ter levado o chute na cabeça...
- Foi melhor, continuou, ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah,
se eu tivesse passado...
- Você deve estar brincando.
22
Disse alguém sentado à minha esquerda. Tinha a minha cara, mas parecia mais velho
e desanimado.
- Quem é você?
- Eu sou você se tivesse entrado para o serviço público.
Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de
mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As consequências de anos de
decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e
frustrações. Olhei em volta. Eu lotava o bar. Todas as mesas estavam ocupadas por minhas
alternativas e nenhuma parecia estar contente. Comentei com o barman que, no fim, quem
estava com o melhor aspecto, ali era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça,
tristemente. Só então notei que ele também tinha a minha cara, só com mais rugas.
- Quem é você? Perguntei.
- Eu sou você se tivesse casado com a Doralice.
- E?
Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo...

Luís Fernando Verissimo

Bate-papo

1. Você concorda que “Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter
sido”?
2. Em sua opinião, por que essa história acontece em um bar?

Diga de outro jeito


Procure no texto palavras ou expressões equivalentes para:

a. a propósito ______________________________________________________
b. teve dúvidas _____________________________________________________
c. perdeu o apoio da torcida___________________________________________
d. me jogar ________________________________________________________
e. pontapé _________________________________________________________
f. reclamo _________________________________________________________
g. não faria o gol ____________________________________________________
h. por muito dinheiro _________________________________________________

23
Na cultura brasileira, é muito comum a relação entre textos literários e música.
Escute a canção Doralice, complete os espaços com as palavras que faltam e
veja como ela está relacionada com o texto Versões de mim.

Doralice
Dorival Caymmi

Doralice eu bem que lhe ___________,


Amar é ___________, é bobagem, ______________
Eu prefiro viver tão ________________
Ao som do lamento do meu violão
Doralice eu bem que lhe _____________,
Olha _____________ embrulhada,
Em que vou me meter
Agora amor, Doralice meu bem,
Como é que nós vamos _______________?

Um belo dia você me ________________,


Eu ___________ fugir, mas você _______________
Alguma ___________ bem que andava me _______________,
Até ____________ que eu estava adivinhando
Eu bem que não queria me ______________ contigo
Bem que não queria enfrentar _____________ perigo, Doralice
Agora você tem que me _______________,
Como é que nós vamos ________________?

Hora de reciclar os conhecimentos


Observe as palavras com que você completou a música. Agrupe as letras s, c, ss, ç e
z de acordo com seu som.

/s/ /z/

24
Ampliando conhecimento

De acordo com as ideias do texto “Versões de mim” o personagem seria outra pessoa se
tivesse tomado outras decisões. Por exemplo:

Ele teria ficado rico, se tivesse acertado o número da Sena.


Ele seria garçom se tivesse se casado com a Doralice.

Qual a diferença entre as duas frases abaixo quanto à possibilidade de o fato (“acertar” no
caso) acontecer?
Se tivéssemos acertado aquele número...
Se acertássemos aquele número...
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

Pretérito mais que perfeito do subjuntivo


Formação:

Auxiliar TER/HAVER no Imperfeito do Subjuntivo + Particípio do verbo Principal

Eu tivesse/houvesse acertado Nós tivéssemos/houvéssemos acertado

Ele tivesse/houvesse acertado Eles tivessem/houvessem acertado

O Pretérito mais que Perfeito Composto do Subjuntivo é utilizado:

 Para expressar uma ação anterior a outra ação também passada

O barman esperou até que todos tivessem completado seu relato para contar a sua própria
versão do narrador.

 Em orações condicionais que expressam uma ação irreal no passado.

Se ele tivesse escolhido ser jogador de futebol, teria sido mais feliz na sua vida?

Complete as orações abaixo com os tempos compostos.

a) Quando ele se encontrou com as suas versões, (ele) já _________________


(fazer) a sua escolha.

b) Nós ________________________ (aceitar) o nosso destino com mais rapidez se


soubéssemos que as outras opções eram piores.

25
c) Desde que os problemas começaram, eles ________________ (expressar)
desapontamento com as suas vidas.

d) Mesmo que ele ___________________________ (entregar) seu coração ao amor da sua


vida, não seria feliz.

e) Se a cartomante _________________________ (omitir) alguns dados sobre o meu futuro,


eu ______________ (perceber).

f) Ainda que vocês __________________________ (resolver) mudar de vida, seria difícil


encarar uma nova realidade.

g) Uma das versões do narrador contou que ___________________ (chegar) a ser titular do
Botafogo, se ___________________ (pegar) aquela bola.

h) Nos últimos tempos, o narrador _______________________ (pensar) muito sobre sua vida.

i) Caso um dos sósias não _______________________ (contar) que era inútil sair do gol, ele
iria viver a vida inteira pensando nisso.

De olho no gênero
Perfil biográfico e biografia

Texto narrativo cujo objetivo é contar a história de alguém. O primeiro é um texto curto, que apresenta
de forma geral aspectos da vida do biografado, sem se aprofundar. É utilizado como uma introdução à
vida do biografado.

A biografia, por sua vez, é um trabalho de pesquisa, que geralmente exige do biógrafo dedicação e um
estudo minucioso, sobre a vida e a obra da personagem biografada.

Observe:

Érico Veríssimo nasceu em Cruz Alta (RS) no dia 17 de dezembro de 1905. Foi um dos
melhores romancistas brasileiro, cuja obra prima é "Olhai os Lírios do Campo". Estudou no
Colégio Venâncio Alves, em Cruz Alta. Com 13 anos já lia autores nacionais como Aluízio Azevedo, Joaquim
Manuel de Macedo, Coelho Neto e também autores estrangeiros como Dostoievski e Walter Scott.

Em 1931 casado e definitivamente instalado em Porto Alegre foi contratado para o cargo de secretário de
redação da Revista do Globo. Em 1932, foi promovido a Diretor da Revista e atuou no departamento editorial da
Livraria do Globo. Em 1941 lecionou Literatura brasileira, na Universidade de Berkeley, na Califórnia.

O autor fez parte do Segundo Tempo Modernista (1930-1940), onde a literatura traz para reflexão os problemas
sociais. Em sua primeira fase a preocupação foi ética e urbana. No romance "Clarissa", tendo Porto Alegre como
cenário, traça o perfil psicológico de uma adolescente. A fase de transição do autor é refletida em "O Resto é
Silêncio", o narrador analisa a reação de sete pessoas que presenciam o suicídio de uma moça. Na segunda
fase Érico parte para uma investigação completa do passado histórico do Rio Grande do Sul. "O Tempo e o
Vento", são três romances, que trazem um vasto texto épico, onde desfilam as famílias do patriarcalismo gaúcho.
Em 1969, a casa onde nasceu Veríssimo, é transformada em Museu. Morre vítima de enfarte no dia 28 de
novembro de 1975 sem completar o segundo volume.

Texto adaptado: http://www.releituras.com/everissimo_bio.asp


26
Olha só!
Entrevista com o Luís Fernando Verissimo

Você foi convidado para escrever o perfil biográfico do escritor Luís Fernando Verissimo e sua
obra. Seu texto será publicado na revista “Leia Mais”. Utilize as informações do vídeo para
escrever.

Complete com o tempo composto o trecho da obra “Olhai os Lírios do Campo”


do escritor Érico Veríssimo.

"Se naquele instante - refletiu Eugênio - _________________________(cair) na Terra um


habitante de Marte, _________________________(ficar) embasbacado ao verificar que num
dia tão maravilhosamente belo e macio, de sol tão dourado, os homens em sua maioria
estavam metidos em escritórios, oficinas, fábricas... E se _________________________
(perguntar) a qualquer um deles: 'Homem, por que trabalhas com tanta fúria durante todas as
horas de sol?' - _________________________ (ouvir) esta resposta singular: 'Para ganhar a
vida'. E no entanto a vida ali estava a se oferecer toda, numa gratuidade milagrosa. Os
homens viviam tão ofuscados por desejos ambiciosos que nem sequer davam por ela. Nem
com todas as conquistas da inteligência _________________________(descobrir) um meio
de trabalhar menos e viver mais. Agitavam-se na Terra e não se conheciam uns aos outros,
não se amavam como deviam. A competição os transformava em inimigos. E havia muitos
séculos, _________________________(crucificar) um profeta que se esforçava por lhes
mostrar que eles eram irmãos, apenas e sempre irmãos."

Érico Veríssimo

Texto adaptado: http://www.jornaldosudoeste.com.br

Vamos rir um pouquinho...

27
Olha só!
Assista ao vídeo http://www.youtube.com/watch?v=D7XFAKXyDik.

Agora imagine que você é descendente dos primeiros imigrantes da família Ax que chegaram
a Santa Catarina. Escreva um texto para o site da cidade, contando um pouco da história da
família e convidando a comunidade a conhecer a casa do imigrante.

Hora de reciclar os conhecimentos


Acentue corretamente o texto abaixo.

Prepare-se para curtir a Oktoberfest em Blumenau

A maior festa catarinense

Ao som de musica folclorica alemã, milhares de pessoas se juntam em tres grandes


galpões, no Parque Vila Germanica de Blumenau, para apreciar os varios tipos de cerveja e
os diferentes pratos disponiveis na Oktoberfest.

Realizado desde 1984, o evento, que acontece sempre em outubro, e a segunda maior
festa alemã do mundo, atras apenas da precursora e homonima de Munique. Das danças
tradicionais as vestimentas tipicas dos colonos – usadas por muitos durante a comemoração –
, quase tudo remete a Alemanha. Quase, porque o publico e diversificado. Nos 18 dias de
festas, pessoas de todo o Brasil e de paises vizinhos visitam Blumenau para conhecer de
perto a cultura alemã, herança dos imigrantes que desde 1850 habitam a região do Vale do
Itajai. Ao todo, nas 26 edições da Oktober, mais de 17 milhões de pessoas passaram pelos
pavilhões do Centro de Exposições do Parque da Vila Germanica.

Leitura Complementar
Entrevista • JAIME LERNER

O ex-prefeito de Curitiba por três vezes e ex-governador do estado do Paraná por duas vezes
hoje é consultor da ONU para questões de urbanismo e Presidente da empresa de arquitetura
que leva seu nome e que desenvolve projetos ao redor do globo.

Com a autoridade de quem há décadas anteviu a necessidade de novos conceitos de urbe e


os implantou na capital mais verde do país, concedeu esta entrevista exclusiva para a Revista
Novo Ambiente.

28
NA: Fechar uma rua central para permitir que ela se humanizasse e se tornasse um
espaço coletivo, aberto aos pedestres. Como surgiu a ideia?

Lerner • Cada cidade tem a sua característica. Não adianta alargar ruas e, por consequência,
atrair mais carros. Nós deixamos de pensar no automóvel. Começamos a pensar mais nas
pessoas e, em consequência, criamos condições para o surgimento de áreas para pedestre.
Tínhamos uma visão de crescimento que não era vinculada ao centro. Curitiba não cresceria
em torno de seu centro, e sim linearmente, tangenciando a região central o que permitiria que
outros centros se expandissem. Muitos translados distantes entre si nunca foram uma boa
alternativa para as cidades.

NA: Somente agora outras cidades começaram a pensar dessa forma e, no entanto,
você já tinha esse conceito de cidade como um conjunto há quase 40 anos...

Lerner • Veja bem, sempre se pensou as cidades como algo muito complexo. Nós
procuramos simplificar. No fundo, as cidades são a mistura das atividades econômicas e do
modo de vida das pessoas que nelas vivem. Logo, quando se separa a atividade econômica
das moradas, acontece um desastre. Não somente nas cidades, mas no estado e no país.
Não dá pra dissociar economia de gente. Infelizmente, a maioria das cidades do mundo não
percebeu que são organismos e, como tal, precisam de uma estrutura de crescimento.

NA: Curitiba é conhecida por ter um dos sistemas de transporte mais inteligentes do
país. O senhor chegou a declarar que havia "metronizado" o ônibus, gerando uma
discussão, declarações de que o senhor era contra o Metrô, que os investimentos
poderiam ser alocados para um conjunto de ações de mobilidade urbana, como as
canaletas e as estações Tubo.

Lerner • Havia um consenso de que toda cidade que chegasse a um milhão de habitantes,
deveria ter um Metrô. Nós não tínhamos recursos para isso, e começamos a pensar mais
friamente no assunto. É um sistema que deve ter rapidez, com tempo de espera reduzido e
boa frequência. Foi aí que começamos a cogitar o porquê de não fazer isso na superfície. O
sistema de Curitiba não é subsidiado. Ele é autossuficiente do ponto de vista financeiro. No
meu entendimento hoje, o segredo da mobilidade não reside na competição entre sistemas e
sim na sua integração. Metrô e ônibus têm que ser "espertos" e devem facilitar o acesso a
táxis, bicicletas e outros veículos individuais, por exemplo.

Você leu a entrevista de Jaime Lerner na internet e ficou muito interessado/a no


assunto. Escreva para um amigo comentando algumas das partes que mais
chamaram sua atenção.

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29
Unidade 4

Veja o vídeo de fotos e tente descobrir a que parte do Brasil se refere.

Extravagâncias um tanto selvagens


Fábio Vendrame - O Estado de São Paulo

"It's so exciting! So exciting!" Era notável a ansiedade dos turistas


americanos diante do primeiro desembarque no meio da floresta. Eles
haviam se preparado para aquele momento. Tinham um kit completo,
com agasalhos impermeáveis, repelente, primeiros socorros, binóculos,
lanternas e outros itens que nem imagino. Tudo poderia acontecer. A
"rainforest" era um sonho a se materializar. E eles estavam perto de
conquistá-la. Fiquei ressabiado. Será que eles estavam exagerando ou
eu, brasileiro, teria vacilado? Minha preocupação se resumia a cobrir
cabeça, braços e pernas - evito repelente, mas recomendo, com uma observação: se os
mosquitos estiverem com fome, ninguém escapa. As botas de
borracha, eu sabia, seriam fornecidas a bordo, assim como o cantil de
água - este, sim, indispensável.
As expedições consistem em trilhas na selva, banhos de rio,
pesca de piranha e observação da natureza. São dois desembarques por
dia, a depender das condições climáticas. Debaixo de chuva torrencial o passeio pode ser
cancelado. Questão de segurança. Quando desaba o aguaceiro, rios
tranquilos mostram uma força descomunal. Correntezas arrastam o que
houver pela frente e o encontro entre duas correntes cria redemoinhos que,
segundo relatos, tragam pequenas embarcações. Por isso, não foi
exatamente agradável estar no meio de uma delas.
Pessoalmente, prefiro as caminhadas na selva. É uma experiência
completamente diferente de uma trilha na Mata Atlântica, por exemplo. O
solo arenoso coberto de folhagens, a vegetação alta e densa, o calor intenso
sem sombra que o aplaque.
Basta parar, ficar em silêncio e esperar. A bicharada está toda ali. Formigas de cores e
tamanhos diferentes, algumas mais ferozes que outras e todas igualmente frenéticas.
Libélulas. Aranhas. Taturanas. Borboletas. Pica-paus. Macacos à espreita.
Quase não se deixam ver, mas fazem barulho.
Para curtir o passeio, é preciso se concentrar. Os mosquitos tentam
tirar a gente do sério, por isso tinha à mão uma toalhinha com a qual os
espantava e secava a testa, constantemente molhada de suor. Apesar de
me hidratar o tempo todo, sentia que estava derretendo. Não importava.
Estava envolvido pela mata.

As duas caminhadas que fiz terminaram em locais de extrema


beleza. Em uma deparei-me com as temíveis formigas militares, que
atacam em arrastão e são capazes de devorar qualquer ser vivente que
aparecer no caminho, e me levou até uma concentração de vitórias-régias,

30
a maior flor do planeta.
Em outra, conheci duas das oito espécies de rãs venenosas - minúsculos e reluzentes
habitantes da floresta -, encontrei um senhor com uma anaconda filhote enrolada no braço e
dei de cara com um ficus de 200 anos e 40 metros de altura, que tragou três palmeiras e uma
árvore em um abraço letal.
Não há como negar que foi algo insólito nadar no encontro entre rios. Ainda mais
depois de termos experimentado a pesca de piranhas a poucos metros dali, num outro
igarapé. Até fisguei uma, usando como isca um cubo de carne. Me deu dó. Tentei soltá-la e
quase levei uma mordida. Bicho voraz.
Mesmo assim, me joguei naquelas águas turvas. Como disse um guia na palestra de
introdução, "nunca haverá um rio azul no Amazonas, isso só acontece no Google Mapas". As
águas são densas, escuras. Marrom é a cor predominante.
Não dá pra enxergar nadinha. Mas, ao cair n'água, os peixes vêm para cima e enchem a
gente de mordiscadas. São milhares deles. Fazem cosquinhas. A primeira impressão não é
exatamente agradável. Pensei nas piranhas e achei melhor voltar à lancha.
De repente, lá estavam os botos. Eram vários. Chovia sem parar
desde cedinho. As águas continuavam numa temperatura agradável,
mas... algo até então impensável para mim na Amazônia aconteceu:
senti frio nos deslocamentos de voadeira.
Dou o braço a torcer: seria bom ter trazido um agasalho. Ponto
para os americanos. O restante do kit que eles carregavam, contudo,
não passava mesmo de exagero.

(Texto com adaptações)


Bate-papo

a) Que tipo de cuidados você considera importantes para vivenciar uma aventura?
b) Que objetos não podem faltar na mochila de um aventureiro?

Diga de outro jeito


Relacione as duas colunas com as palavras ou expressões equivalentes.

1. agasalhos ( ) desconfiado
2. ressabiado ( ) começa a chuva forte
3. vacilado ( ) caminho, vereda
4. cantil ( ) por perto
5. desaba o aguaceiro ( ) roupas para frio
6. trilha ( ) à espera
7. à espreita ( ) todas juntas
8. tirar a gente do sério ( ) pena
9. à mão ( ) dormido no ponto
10. em arrastão ( ) Dou a razão a eles
11. fisguei ( ) pesquei / peguei
12. dó ( ) ver
13. enxergar ( ) irritar a gente
14. Dou o braço a torcer ( ) garrafinha de metal

31
Olha só!
Assista ao vídeo do canal NatGeo (editado) Amazônia Selvagem Reino Animal (matéria
integral: http://www.youtube.com/watch?v=VHPMG. Preste atenção nas características dos
animais apresentados e nas questões ambientais abordadas.

Teatro
Com base nas informações do vídeo, dramatize com os seus colegas a seguinte
situação: como representantes do Greenpeace debaterão com alguns políticos
conservadores as novas leis que vão redefinir a utilização das terras da Amazônia.

Alguns temas polêmicos:

1. Anistia aos desmatamentos ilegais feitos em área de preservação.

2. Proteção e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa em


harmonia com a promoção do desenvolvimento econômico.
3. Obrigação de recomposição de área de proteção ambiental.
4. Proteção das nascentes e dos olhos d'água contra a construção de obras ao seu redor.
5. Permissão de ocupação de áreas antes proibidas.

Antenado

Leia um trecho da entrevista “A peculiar Manaus de Milton Hatoum”

A peculiar Manaus de Miltom Hatoum


Por Bruno Dorigatti

Bruno Dorigatti: Como a temática amazônica se impôs na tua escrita?

Milton Hatoum. A temática amazônica se impõe, porque, por acaso, eu nasci em Manaus. Se tivesse
nascido em Paraty ou Pequim, escreveria sobre Paraty ou Pequim, certamente. Ou sobre São Paulo
se eu tivesse passado a infância lá. Agora, me lembro do Kafka, que escreveu A muralha da China e
acho que nesse momento ele foi chinês. Isso não impede também o autor de escrever sobre outros
lugares e outras épocas. O mais comum é que você escreva sobre o lugar onde você nasceu. Eu
tenho um vínculo forte com Manaus, sou um amazonense urbano, não conheço profundamente a
floresta, mas conheço um pouco o interior da Amazônia. Mas, geralmente, nos meus livros, o cenário,
o lugar simbólico é Manaus.

32
Bruno Dorigatti: E é uma Manaus que foge um pouco daquele estereótipo, para quem não é de
lá.
Miltom Hatoum. Se você imaginar a surpresa das pessoas que chegam a Manaus... O Glauber Rocha,
na primeira vez em que foi a Manaus, pensou que fosse encontrar uma cidade barroca, aí ele
encontrou uma cidade europeia, com aquela ópera, aquele teatro maravilhoso, aquela praça italiana,
aquele desenho, em ondas em preto-e-branco, da Praça São Sebastião, que inspirou o calçadão do
Rio de Janeiro, em Copacabana, feito pelo Burle Marx. Aquilo foi inspirado nessa praça em Manaus,
poucas pessoas sabem.
Manaus é uma cidade como as outras, só que ela tem, como as outras cidades, algumas
particularidades, fortes particularidades. Uma delas é o fato de estar no coração da floresta, uma
espécie de baixada. É uma cidade que tem características interessantes, porque tem ali uma tradição
indígena muito forte – o nome da cidade é o de uma tribo indígena que foi dizimada, desapareceu, os
Manaús –, tem uma tradição também europeia, de presença portuguesa, desde o século XVII, quando
já era uma fortaleza avançada dos portugueses, que queriam defender e ocupar a Amazônia, em
disputa com os espanhóis. E teve uma importância econômica fundamental durante 40 anos, com o
grande ciclo da borracha, em que o látex representava 50% da exportação do Brasil – o resto era café.
Então a cidade sempre foi cosmopolita, com a presença de muitos estrangeiros, tive professores
estrangeiros na minha juventude em Manaus, e convivi com muitos estrangeiros, italianos, alemães,
árabes, libaneses, sírios, judeu-marroquinos, e acho que eles estão presentes no meu trabalho. De
uma forma eles entraram naturalmente, não como pessoas, mas como personagens, seres inventados,
que não são mais aqueles, nunca são as pessoas. Os personagens não são pessoas. Parecem
pessoas, têm que parecer, mas não se parecem com as pessoas que a gente convive.

Bruno Dorigatti: Tu começaste publicando romances, novela, e agora saiu à reunião dos teus
contos, que também vêm sendo escritos há alguns anos. Como se organiza isso?

Miltom Hatoum. Esse livro de contos é uma ideia que data de alguns anos. Comecei a escrever como
poeta. Tive um ato de maluquice, publiquei um livro de poesia, em 1979. Aos 16 anos, publiquei um
poema no Correio Braziliense, queria ser poeta. E acabei me desviando para a prosa. Acho que não
tinha talento para a poesia, ou pelo menos para o que eu escrevi. Depois ainda escrevi alguns poemas.
Mas os contos que escrevi na década de 1970 foram todos descartados, não aproveitei nenhum. De
fato eram ruins, péssimos, não servia para nada aquilo, embora a Nélida Piñon tenha escrito uma carta
muito bonita, dizendo que os contos eram lindos. Mas, não sei por que, tive uma crise de autodesprezo,
foi uma autoflagelação, joguei tudo fora e comecei tudo de novo.

E quando comecei tudo de novo, um desses contos se transformou no meu primeiro romance. E esse
conto saiu em A cidade ilhada (Companhia das Letras), se chama “Natureza ri da cultura”. Foi
publicado em 1992, depois em vários países, e agora foi reescrito e saiu nesse livro. Quando comecei
a escrever esse conto, ele se estendeu, cresceu, acabou ficando com 100 páginas e percebi que não
sabia o que era, mas conto não era. Aí terminei de escrever e publiquei “Relato de certo Oriente”
(Editora Companhia das Letras, 1989). E me animei com o romance, como gênero. Aí escrevi os
outros – Dois irmãos (Companhia das Letras, 2000) e Cinzas do norte (Companhia das Letras, 2005) –,
depois a novela – Órfãos do Eldorado (Companhia das Letras, 2008) – e agora reuni os contos que
havia publicado nos últimos 18 anos. Reescrevi todos e acrescentei seis inéditos. E deu esse livro
magro, parece um modelo de tão magro. Essa vassoura, esse caniço de 128 páginas. É que estou
cada vez mais breve, acho que estou atrás da concisão agora. Estou procurando a palmeira ao invés
da sumaumeira, da mangueira.
http://www.saraivaconteudo.com.br/Entrevistas/Post/10071 visitado em 4/10/2013

Pensando bem...
1. Que visão de Manaus o autor apresenta na entrevista?
2. Como foi a trajetória da produção literária do entrevistado?

33
Ampliando conhecimento 1

Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo

Eu tenha dito Nós tenhamos dito

Ele tenha dito Eles tenham dito

Observe a frase retirada da entrevista com Miltom Hatoum e alguns trechos de romances
do autor.

 “De fato eram ruins, péssimos, não servia para nada aquilo, embora a Nélida Piñon tenha
escrito uma carta muito bonita, dizendo que os contos eram lindos”.

 “Hoje, penso: sou e não sou filho de Yaqub, e talvez ele tenha compartilhado comigo essa
dúvida”. (Milton Hatoum. Dois Irmãos 2006, p. 196)

 “Talvez tenha morrido naquela madrugada, mas eu não quis saber a data nem a hora:
detalhes que não interessam”. (Milton Hatoum. Cinzas do norte 2005, p 9-10).

FORMAÇÃO DO PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO:

Auxiliar TER ou HAVER no Presente do Subjuntivo + Particípio do verbo principal

O Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo é utilizado em alguns casos em que é utilizado o


presente do subjuntivo, mas para expressar um fato anterior ao momento da fala.

- Desejo:
Espero que ele venha.
Espero que ele tenha vindo.

- Dúvida
Talvez escreva um novo livro.
Talvez ele tenha escrito alguns poemas.

- Concessão
Embora viva em Manaus, não conhece a floresta Amazônica.
Embora tenha vivido em Manaus, não conheceu a floresta Amazônica.

Complete as frases abaixo com o Pretérito Perfeito composto do Subjuntivo:

a) É provável que o vínculo do escritor com Manaus _____________________


(marcar) a sua temática definitivamente.

34
b) Talvez Glauber Rocha _______________________________ (impressionar-se) com
Manaus porque esperava ver uma cidade muito diferente.

c) Embora a região Norte _____________________________ (desenvolver-se)


principalmente na recepção de turistas do mundo inteiro, também tem como atividade
econômica a extração mineral e atividades industriais diversas.

d) A adaptação dos imigrantes estrangeiros no começo do século XX talvez


_____________________ (ser) muito difícil, porém esse fato, não impediu que eles se
instalassem na região Norte.

e) Apesar de que, na opinião do autor, o livro “Órfãos do Eldorado”


_______________________ (ficar) bem fino, o público não deixará de comprá-lo.

f) Embora Miltom Hatoum _____________________________ (dizer) que as suas


personagens parecem pessoas, afirma que na verdade foram modificadas e perderam o seu
contato com a realidade.

Ampliando conhecimento 2

Futuro Composto do Subjuntivo

Eu tiver feito Nós tivermos feito

Ele tiver feito Eles tiverem feito

 Expressa um fato futuro como terminado em relação a outro futuro.

Observe a frase abaixo


 Se até o final da viagem o jornalista tiver superado todas as provas de
resistência, será considerado um aventureiro de primeira.
 Quando a excursão tiver terminado, o diário do jornalista estará repleto de
histórias interessantes.

Complete as frases abaixo com o futuro do subjuntivo composto:

a. Se até as minhas férias eu _______________________ (conseguir) dinheiro


suficiente, vou fazer uma excursão pela Amazônia.

b. Assim que _________________________ (acabar) o documentário sobre turismo aventura,


irei procurar um canal de televisão que queira exibi-lo.

35
c. Liguei para a agência de turismo e disse que se a minha viagem não
____________________ (ser) confirmada antes do final da semana, vou desistir de ir para
Manaus.

d. Aqueles que _________________________ (estudar) a geografia da região Norte até o


final do curso, vão concorrer a uma excursão pelo Pará.

e. Se até o final da viagem ele não ______________________ (sofrer) nenhum acidente na


selva, voltará outras vezes.

Leitura Complementar
OS ESPORTES RADICAIS E SEUS BENEFÍCIOS

Você já encarou algum esporte radical em seu momento de lazer?

Sabe os principais tipos existentes e quais são os seus benefícios para a nossa saúde? Ainda não!
Continue lendo o post e, aos poucos, descobrirá todas as novidades.

A maioria das pessoas buscam esportes radicais para fugir da rotina diária e mergulhar no universo
das energias e emoções. A prática funciona como uma válvula de escape do stress das grandes
cidades com a origem no excesso de trabalho e muitas cobranças a serem cumpridas diariamente.

Para descarregar as más energias acumuladas, é preciso correr da loucura diária e abraçar a
sensação de bem-estar e, ao mesmo tempo, estimulante em virtude da incrível adrenalina liberada
pelo nosso corpo. É como se fosse uma ‘terapia de choque’ após o cansaço absorvido durante
semanas.

Quais são os principais esportes radicais existentes?

Os esportes radicais são muitos, mas temos aqui alguns exemplos para você: Mountain Bike (pedalar
através de trilhas no meio das florestas e montanhas), Rapel (descida de paredões, abismos ou
cachoeiras usando cordas), Rafting (descer correntezas com botes infláveis), Trekking (caminhadas
por trilhas que contornam montanhas, florestas e riachos), Caving (exploração de cavernas) etc.

E quais são os benefícios dos esportes radicais para a nossa saúde?

Esses esportes além de aliviar o stress, proporciona o contato com a nossa maravilhosa natureza,
reduz os níveis de doenças em nosso organismo, aumenta a longevidade do indivíduo, melhora a
coordenação motora, aumenta a força de nossos músculos, melhora a nossa flexibilidade e
autoconfiança, equilíbrio, mantém o nosso poder de concentração cada vez mais aguçado etc.

Vale a pena praticar os esportes radicais, mas não deixe de consultar profissionais especializados na
área. Jamais encare um esporte radical sem a presença de um orientador especializado no assunto
para lhe oferecer as devidas instruções, equipamentos de segurança e muito mais para você.

Texto adaptado: http://www.virada180.com.br/site/atividade-fisica/

36
Bate-papo

a) Você já praticou algum esporte radical ou fez alguma atividade de aventura?


b) O que você acha da prática dos esportes radicais?
c) Na sua opinião, que outros lugares do mundo poderiam servir para o esporte radical?
d) No seu país, existem cidades ou locais apropriados para prática de esportes radicais ou
turismo aventura? Quais e como eles são?

Antenado

SURFANDO NA POROROCA DO RIO AMAZONAS

A palavra pororoca é de origem indígena (tupi) e significa


estrondo (forte barulho da natureza). Trata-se de um
fenômeno natural que ocorre quando há o encontro entre as
águas de um grande rio com as águas do oceano.

No Brasil, a pororoca mais importante ocorre na Amazônia,


quando as águas do rio Amazonas encontram-se com as
águas do Oceano Atlântico na foz deste rio. Ocorre um forte
barulho e a força do fenômeno provoca a derrubada de
árvores e alterações nas margens do rio. Durante o
fenômeno, forma-se ondas que podem atingir até 3 metros de
altura e velocidade de até 20 km/h.

http://www.suapesquisa.com/o_que_e/pororoca.htm

37
Olha só!
Assista ao vídeo: “Surf na Amazônia - Pororoca é um fenômeno assustador e
fascinante”- https://www.youtube.com/watch?v=IrUpBss4XYk

De olho no gênero

Lendas
As lendas são narrativas fantasiosas transmitidas pela tradição oral através
dos tempos.
De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos
com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana.
Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas
geralmente fornecem explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para
coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos
misteriosos ou sobrenaturais.
As lendas, pelo fato de serem repassadas oralmente de geração a geração,
sofrem alterações à medida que vão sendo recontadas.

Fonte: http://profa-andreia.blogspot.com.ar/2011/08/genero-textual-lendas.html

Olha só!
Assista ao vídeo sobre a Lenda do Boto cor-de-rosa, prestando muita atenção nas
imagens.
http://www.youtube.com/watch?v=1r5W7Ym2Jog

Após assistir à animação anterior, elabore um texto contando a lenda do Boto cor-
de-rosa para ser publicado no jornalzinho de uma escola de ensino fundamental
que está desenvolvendo uma atividade de divulgação da cultura da região Norte
do Brasil.

38
Outras lendas da Região Norte

Lenda da Vitória-Régia Lenda do Uirapuru Lenda da Cobra Grande

Na ponta do lápis
Leia o texto abaixo e acentue:

A Culinaria do Norte do Brasil


Semira Adler Vainsencher

No Norte do Brasil, muito antes do Descobrimento, os indios ja se


alimentavam de caça, peixe, raizes, sementes, folhas e frutos
oriundos dos rios e matas locais. A gastronomia da Região, no
entanto, apesar de ter sofrido uma forte influencia portuguesa e
africana, ao longo dos seculos, ainda se baseia na cultura indigena.
Açai Essa miscigenação não gerou so danças, lendas, superstições,
folguedos e demais manifestações culturais. A mistura racial deu
margem ao uso de novos ingredientes e modos de cozinhar bem
diferentes aos habituais, originando uma culinaria bastante exotica.
Alem das influencias externas das demais culturas, os indios
deixaram no pais uma herança sui generis. Nas casas do Norte não
faltam peças de origem indigena: urupema, pilão e vasos ou potes de
agua (feitos de barro, casca de fruta, madeira ou casco de animal).

39
Um dos pilares da alimentação dos indios continua sendo a mandioca
- a maior contribuição indigena a culinaria brasileira - com a qual
preparam varios pratos, em particular o beiju, uma especie de tapioca
fina, ligada pelo gluten atraves da ação do calor.
Eles tambem produzem quya (pimentas secas ou piladas com
farinha de mandioca), cauim (bebida fermentada feita com o caju, que
e alucinogena), e consomem varios alimentos como o turu (um
verme que vive dentro das raizes dos mangues) considerados
repugnantes para alguns e exoticos para outros. A ausencia de tabus
alimentares faz parte da estrategia de sobrevivencia dos indios. Neste
sentido, eles são compelidos a comer o que pescam, caçam, coletam
ou cultivam.
No que diz respeito as sobremesas, foi marcante a influencia
Cupuaçu portuguesa que associou o açucar as frutas da Região - açai,
cupuaçu, guarana, mana cubiu, pequi, pupunha, murici -, e
transformou-as em exoticos sucos, sorvetes, pudins, doces, bolos,
mousses e compotas.
Os molhos tucupi e tacaca, de influencia indigena são indispensaveis
à cozinha regional.

Guarana

Pequi Tacaca Turu

1.Retire do texto as palavras acentuadas e as classifique no quadro.

monossílabas oxítonas paroxítonas proparoxítonas

40
Leitura Complementar
O Círio de Nazaré

A imagem que hoje percorre as ruas da cidade Belém foi encontrada pelo caboclo
Plácido José de Souza, em 1700, às margens de um igarapé (onde hoje se encontra a
Basílica Santuário). Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no
outro dia, ela não estaria mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a imagem.

A cada ano, o Círio de Nazaré convoca um número maior de romeiros, congregando,


além dos fiéis de Belém e do interior do Estado, devotos de várias regiões do país e inclusive
visitantes estrangeiros. Durante todo o trajeto feito pela imagem de Nossa Senhora, os
devotos fazem diversas manifestações de fé, além de enfeitar as ruas e casas em
homenagem à Santa.

Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como patrimônio cultural de
natureza imaterial. Mérito conquistado não só pela Imagem de Nossa Senhora de Nazaré,
mas também pelo simbolismo da corda do Círio, que todos os anos é disputada pelos
promesseiros que enchem as ruas de Belém de fé e emoção.

O Círio expressa o aspecto religioso, mas também as expressões culturais que se


atrelaram a ele durante sua existência. A ritualização de todos os momentos faz com que os
participantes queiram estar em todos eles: desde os mais sacros, como a “descida” da
imagem de Nossa Senhora de seu altar na igreja para um local mais próximo aos fiéis, até os
muitos cortejos que saem às ruas: o boi-bumbá pavulagem, o auto do círio, entre outros.

Texto adaptado disponível em: http://www.ciriodenazare.com.br/portal/historia.php

41
Eu sou de lá
Fafá de Belém
Eu sou de lá.
Onde o Brasil verdeja a alma e o rio é mar.
Eu sou de lá.
Terra morena que eu amo tanto, meu Pará.
Eu sou de lá.
Onde as Marias são Marias pelo céu.
E as Nazarés são germinadas pela fé.
Que irá gravada em cada filho que nascer.
Eu sou de lá.
Se me permites já lhe digo quem sou eu.
Filha de tribos, índia, negra, luz e breu.
Marajoara, sou cabocla, assim sou eu.
Eu sou de lá.
Onde o Menino Deus se apressa pra chegar
Dois meses antes já nasceu fica por lá
Tomando chuva, se sujando de açaí.
Eu sou de lá
Terra onde o outubro se desdobra sem ter fim
Onde um só dia vale a vida que eu vivi.
Domingo Santo que não posso descrever.
Pois há de ser mistério agora e sempre.
Nenhuma explicação sabe explicar.
É muito mais que ver um mar de gente
Nas ruas de Belém a festejar
É fato que a palavra não alcança
Não cabe perguntar o que ele é
O Círio ao coração do paraense
É coisa que não sei dizer...
Deixa pra lá
Terá que vir
Pra ver com a alma o que o olhar não pode ver
Terá que ter
Simplicidade pra chorar sem entender
Quem sabe assim
Verá que a corda entrelaça todos nós.
Sem diferenças, costurados num só nó.
Amarra feita pelas mãos da Mãe de Deus
Estranho, eu sei.
Juntar o santo e o pecador num mesmo céu
Puro e profano, dor e riso, livre e réu.
Seja bem-vindo ao Círio de Nazaré.
Pois há de ser mistério agora e sempre
Nenhuma explicação sabe explicar.
É muito mais que ver um mar de gente
Nas ruas de Belém a festejar.

42
Bate-papo
Após assistir ao vídeo, responda: http://www.youtube.com/watch?v=aI-iN1vlY

1) Que ideias ou sentimentos são passados pelas pessoas?


2) Qual é a manifestação popular mais importante no seu país?

Procissão do Círio de Nazaré aquece economia do Pará


A cidade de Belém, a capital do Pará, presencia durante o segundo domingo de outubro uma das
maiores procissões católicas do Brasil e do mundo. No ano passado, estimou-se em 2,1 milhões o
número de participantes na romaria do Círio de Nazaré. A festa enche a cidade de turistas e aquece a
economia local.

Tudo começou em 1792, quando um caboclo chamado Plácido encontrou a imagem da Nossa
Senhora de Nazaré dentro de um igarapé. Ele a levou para casa e, no outro dia, ela teria retornado
sozinha ao mesmo igarapé. Isso teria ocorrido por vários dias seguidos, o que criou a áurea mística
em torno da imagem da Virgem Maria.

Em virtude da realização do Círio o mercado tem se expandido muito, principalmente por causa dos
paraenses que moram em outros estados e que chegam com uma semana de antecipação e vão
embora uma semana depois, deixando uma boa renda.

Segundo a Associação Brasileira de Hotéis do Pará, os quartos para visitantes de Belém estão com
praticamente 100% da capacidade. “A partir de quarta-feira e quinta-feira já começa a lotar. Hoje nós
temos todos os quartos ocupados”, garante a gerente de um hotel na região onde a procissão passa.

A Estação das Docas é um complexo turístico da cidade de Belém onde se reúnem restaurantes que
servem iguarias da região. O gerente de um deles, Agilson Silva, diz que já na semana antes do Círio
de Nazaré a quantidade de clientes aumenta uns 80%.

O Círio expressa o aspecto religioso, mas também as expressões culturais que se atrelaram a ele
durante sua existência. A ritualização de todos os momentos faz com que os participantes queiram
estar em todos eles: desde os mais sacros, como a “descida” da imagem de Nossa Senhora de seu
altar na igreja para um local mais próximo aos fiéis, até os muitos cortejos que saem às ruas: o boi-
bumbá pavulagem, o auto do círio, entre outros.

Diga de outro jeito


Relacione as duas colunas de acordo com as palavras ou expressões
equivalentes.

1.iguarias ( ) lota
2.ocorrido ( ) em consequência
3.se atrelaram ( ) um bom lucro
4.aquece ( ) regressam
5.em virtude ( ) acontecido
6.vão embora ( ) se desenvolvido
7.enche ( ) comidas deliciosas
8. se expandido ( ) incrementa
9.uma boa renda ( ) se uniram

43
Unidade 5

Mentindo em Berlim, sem meias

A tecnologia cibernética e a globalização dificultam muito a


vida dos escritores viajantes, cujos veneráveis patronos talvez sejam Heródoto, Marco Polo e,
no caso da língua portuguesa, o grande Fernão Mendes Pinto, também ingratamente
conhecido como "Fernão, Mentes". Era muito bom, quando se podiam fazer relatos
assombrosos de monstros marinhos que engoliam navios inteiros sem mastigar, reis e
imperadores que moravam em palácios de ouro maciço, rinocerontes voadores e portentos
para qualquer gosto ou fantasia. Sumiram até mesmo os mentirosos de renome local, como
os de Itaparica, hoje reduzidos a uma meia dúzia desalentada, que não pode competir com a
tevê e mal reúne plateias minúsculas de dois ou três gatos-pingados, mesmo assim
descrentes, desrespeitosas e contestadoras, que duvidam até de façanhas singelas, como a
descrita numa das histórias contadas pelo finado Lamartine. O tocante episódio teve início
quando o papagaio de Lamartine, presente da sua dele santa esposa, a também saudosa
dona Naninha, fugiu de casa, onde vivia solto, poucas semanas antes de seu dono chegar
aos sessenta anos, ocasião festiva para todos.
Para todos, mas não mais para Lamartine. O papagaio, fluente em várias línguas, cantor,
imitador e assoviador exímio (...) era o grande companheiro de Lamartine, parceiro de
conversa e de observação do cotidiano, autor de chistes memoráveis e ditos até hoje
celebrados, amigo de todas as horas. Mas, num inacreditável assomo de apunhalante
ingratidão, não apareceu para o papo das cinco da manhã e, depois de toda a ilha procurar,
dias seguidos, saber inutilmente de seu paradeiro, concluiu-se que havia fugido para sempre
(...).
Apesar de dona Naninha ter organizado uma festança de aniversário, Lamartine fazia
o possível, mas não conseguia sufocar a dor da traição. Na festa, dava um sorrisinho chocho
aqui e ali, só por boa educação, e fingia contentamento, mas a tristeza era invencível. E
estava assim sorumbático, encostado numa das coluninhas do alpendre, quando, bem do lado
de onde sopra
o apreciado vento nordeste, (...) começa a ouvir-se uma espécie de crá-crá-crá longínquo, (...)
um verdadeiro esquadrão de papagaios, com um líder à frente. (...)
Sim, é o que vocês estão pensando. O irrepreensível Jefferson não desertara seu amigo
Lamartine, nem tampouco se enrabichara por uma papagaia-dama, das muitas que por aí
batem asas ao léu. Evidente que essas suposições eram falsas. (...) Ele, sem dizer nada, para
não estragar a surpresa, voara um belo dia para os matos, antes do amanhecer, a fim de
realizar seu plano. Com o prestígio que tinha, não tardou a
organizar um enorme coral de papagaios. E foi assim, todos
ensaiados, que fizeram a revoada em torno da casa de
Lamartine, cantando "parabéns pra você". Homem não
chora, mas dessa vez ele chorou. E
Jefferson voltou para seu poleiro, onde permaneceu até a
morte de Lamartine, pois todo mundo sabe que papagaio
pode viver oitenta anos, mas não resiste à morte do dono.
É triste supor que muitos de vocês, quem sabe a

44
maioria, não acreditam nesta história. Eu acredito; era menino, quando ouvi Lamartine contá-
la e, nesse tempo, essas coisas podiam acontecer (...)
Aqui, neste quarto de hotel em Berlim, não me ocorre uma única mentirinha decente
para lhes contar, sem ser imediatamente desmoralizado. Mas invoco o fantasma de Lamartine
e ele me acode. Não apareceu pessoalmente, mas acho que me soprou a lembrança de que
já ouvi vários conhecidos e até motoristas de táxi exclamarem "ohne Strümpfe!" ("sem
meias!"), ao perceberem que não estou usando meias. Espantam-se porque não sinto frio. É
verdade, circulei uma semana inteira por aqui, encasacado, mas sem meias. Bobagem, dirão
os de má vontade, também não faz tanto frio lá, nesta época do ano. Ao que retrucarei que já
morei em Berlim e saía sem meias no inverno. Pronto, eis aí uma bela notícia para as páginas
de ciência dos jornais: há indivíduos que não usam meias no inverno do centro da Europa
sem problemas, exceto, vez por outra, serem vistos como meio grossos - e eu sou um
exemplo vivo, pois até patinar descalço no gelo garanto que posso encarar. Claro, há sempre
a possibilidade de algum desmancha-prazeres entre vocês querer que eu faça uma
demonstração no próximo inverno, mas aí eu desconverso e nego tudo, tenho aprendido com
os bons exemplos.

João Ubaldo Ribeiro (texto adaptado)


O Estado de S.Paulo 27/10/2010

Pensando bem...
Depois da leitura do texto responda às seguintes perguntas.

a) Por que o autor afirma que a tecnologia cibernética e a globalização dificultam


muito a vida dos escritores viajantes?
b) Interprete a seguinte afirmação: “é triste supor que muitos de vocês, quem sabe a maioria,
não acredita nesta história. Eu acredito; era menino, quando ouvi Lamartine contá-la e, nesse
tempo, essas coisas podiam acontecer”.
c) Relacione o final da crônica com o seu título.

Bate-papo
1) Mentir muito pode ser sinal de doença?
2) Se todos fossem sinceros, admitiriam que de vez em quando mentem. Então é possível
afirmar que mentir é essencial para viver em sociedade?
3) Na sua opinião, mentir vicia?
4) Você acha que existe tratamento para o mentiroso compulsivo?

Diga de outro jeito


Relacione as duas colunas de acordo com as palavras ou expressões
equivalentes.

1. sumiram ( ) também não


2. de renome local ( ) sem graça
3. dois ou três gatos pingados ( ) aí está
4. contestadoras ( ) do contra
5. saudosa ( ) escapou
45
6. fugiu ( ) amigos do peito
7. chistes ( ) desapareceram
8. ditos ( ) apoiado
9. amigos de todas as horas ( ) então tá
10. o papo ( ) chato
11. chocho ( ) poucas pessoas
12. aqui e ali ( ) ditados
13. sorumbático ( ) exatamente
14. encostado ( ) reconhecidos no lugar
15. bem ( ) rústicos
16. nem tampouco ( ) de vez em quando
17. batem asas ao léu ( ) tristonho
18. encasacado ( ) voam sem destino
19. pronto ( ) piadas
20. eis aí ( ) agasalhado
21. grossos ( ) lembrada com saudade
22. desmancha-prazeres ( ) a conversa

Hora de reciclar os conhecimentos

Observe:
Sim, é o que vocês estão pensando. O irrepreensível Jefferson não desertara seu amigo Lamartine, nem
tampouco se enrabichara por uma papagaia-dama, das muitas que por aí batem asas ao léu. Evidente que
essas suposições eram falsas. (...) Ele, sem dizer nada, para não estragar a surpresa, voara um belo dia para os
matos, antes do amanhecer, a fim de realizar seu plano.

desertara tinha desertado

enrabichara tinha se enrabichado

voara tinha voado

46
Região Nordeste

Esperando na janela
Gilberto Gil

Ainda me lembro do seu caminhar


Seu ______ de olhar, eu me lembro bem

Fico querendo sentir o seu ___________


É daquele __________ que ela tem
O tempo todo eu fico ________ _______
Sempre procurando, mas ela não vem
E esse aperto no fundo do ___________
Desses que o sujeito não pode ________________, ah
E esse aperto aumenta meu __________
Eu não _______ a hora de poder lhe falar

Por isso eu vou na casa dela, ai, ai


Falar do meu amor pra ela, vai
Tá me esperando na ___________, ai, ai
Não sei se vou me segurar.

47
1. Complete o texto abaixo com algumas das palavras do quadro:

embora para que assim que quando aliás

se segundo de acordo com porém caso

O forró é uma dança popular de origem nordestina. _______________


pesquisadores, o forró surgiu no século XIX. Nessa época, como as pistas de dança eram
de barro batido, era necessário molhá-las antes, _____________ a poeira não
levantasse. As pessoas dançavam arrastando os pés para evitar que a poeira subisse.

A origem do nome forró tem várias versões, _____________ a mais aceita é a do


folclorista e pesquisador da cultura popular Luiz Câmara Cascudo.

_________________ ele, a palavra forró deriva da abreviação de forrobodó, que significa


arrasta-pé, confusão, farra. Uma das principais características do forró é o ato de arrastar
os pés durante a dança. _______________ seja tipicamente nordestino, o forró espalhou-
se pelo Brasil fazendo grande sucesso. Foram os migrantes nordestinos que levaram o
forró para outros lugares do país, principalmente nas décadas de 1960 e 1970.

Atualmente, existem vários gêneros de forró: forró eletrônico, forró tradicional, forró
universitário e o forró pé de serra.

http://www.suapesquisa.com/musicacultura/forro.htm

2. Complete o texto abaixo conjugando os verbos no tempo adequado.

O frevo
O frevo é uma rica revelação da criatividade e da
capacidade de expressão popular da cultura brasileira e uma das
mais tradicionais formas de vivenciar o carnaval no nosso país.
A palavra frevo_______________ (nascer) da linguagem
simples do povo e vem de "ferver", que as pessoas
pronunciavam "frever". Significava fervura, efervescência, agitação. É uma manifestação
cultural genuinamente pernambucana, do fim do século XIX.
Segundo alguns estudiosos, é a única composição popular no mundo cuja música nasce
com a orquestração. Os passos dos dançarinos simbolizam uma mistura de danças de salão
da Europa, incluindo movimentos de ballet e danças russas. A dança_________ (originar-se)
dos antigos desfiles quando era preciso que alguns capoeiristas ________(ir) à frente, para
defender os músicos das multidões, dançando ao ritmo dos dobrados.
Embora _______________________(nascer) no Recife, foi em Olinda que o frevo
encontrou a sua maior expressão. Nas ruas e ladeiras da cidade, a folia impera há mais de
100 anos, pois quando começaram a surgir outros ritmos na região, os olindenses já
_________________________ (descobrir) o gosto pela “ferveção”.

48
Em Olinda a festa do frevo é eminentemente democrática e popular, características que
se ______________________(evidenciar) na convivência harmoniosa do frevo com outras
manifestações culturais da cidade, como o maracatu, o samba, o manguebeat e outros
gêneros musicais, em perfeita sintonia com a tradição multicultural da cidade.
Se algum tempo atrás, o governo não _____________________________ (resgatar)
as características culturais e _________________(ampliar) a integração popular de uma das
maiores manifestações coletivas do Brasil, a festa não ________________________
(conservar) uma participação tão massiva.
Nas últimas décadas, mais de um milhão de pessoas por ano _________________
(lotar) as ruas e ladeiras do Sítio Histórico da cidade em busca da efervescência e da alegria
da festa. São cerca de 500 agremiações carnavalescas que tornam essa folia inesquecível e
imperdível.

Olha só!
Assista ao vídeo sobre o Instituto Ricardo Brennand e anote informações
referentes às características arquitetônicas, o seu acervo e os seus vários espaços.

Dramatização
Trabalho em duplas.
Personagens:
1.Você trabalha em uma escola, assistiu ao vídeo sobre o Instituto Ricardo Brennand e
decidiu levar um grupo de alunos para visitá-lo.
2.Você trabalha no Instituto e coordena as visitas guiadas do lugar.
Situação:
A personagem que trabalha na escola liga para o instituto para pedir uma visita guiada. Ela
deve explicar qual é o projeto que pretende desenvolver com a visita, as características do
grupo de alunos, em quais setores têm maior interesse, etc.

O funcionário do Instituto deve oferecer os dados necessários para agendar a visita, as


recomendações para os alunos (o que está permitido e o que está proibido), propostas de
atividades, etc.

49
Hora de reciclar os conhecimentos
Leia o texto a seguir e acentue quando necessário.

Invasões holandesas no Brasil


Desde o inicio da colonização brasileira, os holandeses tiveram grande
participação na comercialização do açucar produzido no Brasil.

Tendo um comercio bastante organizado, os holandeses realizavam o


refino e a distribuição do produto que chegava na cidade de Lisboa,
capital de Portugal. Com o tempo, essa participação se tornou bem mais importante: os
holandeses chegaram a emprestar dinheiro para que plantações e engenhos fossem criados
no Brasil.
A atividade gerava importantes lucros para a Holanda, o que acabava fortalecendo a
parceria entre esse pais e Portugal. Contudo, em 1580, essa historia acabou mudando.
Naquele ano os espanhois conquistaram o trono de Portugal e, com isso, tambem
conquistaram o direito de controlar as atividades economicas desenvolvidas no Brasil.
Um ano antes os holandeses conquistaram sua independencia politica em relação a
Espanha, que controlava o territorio. Desse modo, assim que passaram a controlar a
colonização brasileira, os espanhois determinaram que a Holanda não podia mais participar
da exploração do açucar no Brasil. Foi ai que o governo holandes decidiu invadir o Brasil e
recuperar seus interesses na exploração açucareira.
A primeira tentativa de invasão holandesa aconteceu no ano de 1624 e foi realizada na
cidade de Salvador. Sendo a capital do Brasil e, por tal razão, tendo um grande numero de
autoridades portuguesas e espanholas, a primeira investida holandesa fracassou. Logo em
seguida, para se recuperarem do golpe sofrido, os holandeses roubaram uma embarcação
espanhola cheia de prata americana.
Com esses novos recursos tiveram condições de realizar uma invasão mais forte e bem
organizada. No ano de 1630, com o uso de 77 barcos, os holandeses chegaram ate a região
de Pernambuco. Liderados por Matias de Albuquerque, os portugueses ofereceram
resistencia à invasão holandesa no territorio brasileiro.
Para vencer essa resistencia, os holandeses realizaram vantajosos acordos em que
prometiam investir na formação de novas lavouras e na construção de engenhos. Com isso,
os proprietarios de terras pernambucanos passaram a apoiar a entrada dos holandeses no
Brasil.
A partir daquele momento, os holandeses não so se concentraram em dominar terras
pernambucanas. Ao longo do tempo, expandiram a sua dominação para outras regiões
açucareiras do nordeste. Os holandeses construiram diversos engenhos e financiaram novas
plantações. Alem disso, algumas cidades coloniais ganharam reformas e construções que
deram uma nova aparencia ao espaço colonial nordestino.
A dominação dos holandeses no Brasil começou no ano de 1630 e terminou no ano de
1654. O fim da presença dos holandeses passou a ser negociado quando, em 1640, os
50
portugueses recuperaram o dominio do espaço colonial brasileiro.
Ademais, os proprios senhores de engenho entraram em conflito com a Holanda a
partir do momento que os holandeses passaram a cobrar os emprestimos oferecidos.
Paralelamente, de acordo com pesquisas recentes, Portugal pagou uma pesada indenização
para que os holandeses devolvessem o nordeste definitivamente ao governo portugues.

Texto disponível em: http://www.escolakids.com/invasoes-holandesas-no-brasil.htm

Tabuleiro baiano de Gabriela Cravo e Canela

Hábil na cozinha, a sensual personagem criada por Jorge Amado ajudou a


exuberante culinária baiana a atravessar fronteiras.

Gabriela veio de longe, da terra seca, sem nenhuma gota d’água. Tinha cor
de canela, carregava o cheiro de cravo, que levava sempre preso ao cabelo. Com
seu jeito de menina e de mulher e talento para a cozinha, ela conquistou o seu
patrão, o árabe Nacib, e metade de Ilhéus. No romance, "Gabriela, Cravo e
Canela", de Jorge Amado, que, neste ano, completaria 100 anos de vida, temperos
e aromas se misturam, formando uma pintura para os olhos e o paladar.
No tabuleiro da baiana Gabriela, tem acarajé, abará e tantos outros pratos
da exuberante cozinha baiana. A presença marcante da culinária brasileira nos
romances de Jorge Amado teria uma função muito além do
simples ato de comer. “Ele trabalha o alimento em todos os seus sentidos, não apenas o paladar, mas
também o olfato, a visão, o tato”, conta Paloma Jorge Amado, filha do escritor e autora de "A Comida
Baiana de Jorge Amado" (Editora Record). Todas as personagens femininas de Jorge Amado estão
fortemente ligadas à culinária. Enquanto Gabriela e Dona Flor são cozinheiras profissionais, Teresa
Batista aprende a cozinhar e o faz muito bem. “Mesmo Tieta, que não sabia cozinhar, é uma declarada
apreciadora da boa mesa baiana”, completa Paloma.
Assim, a comida nunca aparece nas obras de Jorge Amado ao mero acaso. Elas podem
potencializar a sensualidade de um personagem, como é com Gabriela; ou como meio de
independência, como Dona Flor, que sustentava a casa com as delícias que cozinhava. A influência da
cozinha também vem da religiosidade. Jorge Amado era ogã, um membro importante do candomblé,
religião de matriz africana com forte presença da comida. “É por isso que o escritor rompe a noção da
inferioridade da cozinha e da cozinheira. Na religião, alimento é símbolo de força, cada orixá tem o seu
alimento símbolo. Se dá e se tira a vida pelo alimento”, conta Gildeci de Oliveira Leite, professor da
Universidade Estadual da Bahia e especialista em Jorge Amado.
Dessa forma, cozinhar estava entre as mais nobres funções dos personagens
criados. “Gabriela salva o bar de Nacib com seus quitutes e Dona Flor sustenta dois maridos com suas
merendas”, diz o pesquisador. Apesar de profundo apreciador da gastronomia, Jorge Amado não tinha
familiaridade com temperos e caçarolas, conta a filha.
Na hora de descrever os preparos realizados por Gabriela – que ganha sua segunda versão
para a tevê, interpretada pela atriz Juliana Paes – o escritor recorria a lembranças dos quitutes
primorosos que havia experimentado. “Ele tinha uma memória paladar apuradíssima. Quando estava
escrevendo, lembrava de um prato preparado por alguma cozinheira amiga e ia atrás dela para
descobrir os detalhes da preparação.”

Texto de MAX MILLIANO MELO publicado no "Jornal do Commercio" Rio de Janeiro, edição de 29 e 30 de junho e 1 de julho
de 2012 com o título "No Tabuleiro da Gabriela, tem...)
http://stravaganzastravaganza.blogspot.com.ar/2012/07/tabuleiro-baiano-de-gabriela-cravo-e.html

51
Modinha para Gabriela
Música: Tom Jobim
Intérprete: Gal Costa

Quando eu vim para esse mundo,


Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, iê... Meus camarada!
Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Quem me ___________, quem me nomeou,
_________ me importou, é assim que eu sou
Gabriela, sempre Gabriela!
Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, iê... Meus camarada!
Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Eu sou sempre igual não ____________ o mal
Amo o natural, etc. e tal.
Gabriela, sempre Gabriela!
Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Eu sou sempre igual não _________ o mal
Amo o natural, etc. e tal.
Gabriela, sempre Gabriela!

Você é a personagem Gabriela e foi convidada para escrever a sua


autobiografia. Utilize as informações do texto Tabuleiro baiano de Gabriela
Cravo e Canela e a música Modinha para Gabriela.

52
Substitua os termos destacados pelos pronomes adequados.
a) Gabriela é uma personagem hábil na cozinha e muito sensual. Quando
Jorge Amado criou a personagem não podia imaginar que ela se tornaria uma
referência da cultura baiana.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

b) Nacib, entre outros, apaixonou-se por Gabriela. Com seu jeito de menina e de mulher e
talento para a cozinha, ela conquistou o seu patrão.
__________________________________________________________________________

c) No tabuleiro da baiana Gabriela tem acarajé, abará e tantos outros pratos da exuberante
cozinha baiana. No livro de Jorge Amado ela aparece constantemente preparando esses
pratos.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

d) Quando Jorge Amado estava escrevendo, lembrava-se de um prato que alguma cozinheira
amiga preparava para ele e depois ia procurar a cozinheira para descobrir os detalhes da
preparação.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

e) Gabriela afirma que se esqueceu de quem colocou o nome nela.


__________________________________________________________________________

f) Gabriela afirma a todas as pessoas conhecidas que não deseja mal a elas, também diz que
ama o natural.
__________________________________________________________________________

g) A outra personagem de Jorge Amado, dona Flor, sustentava os seus dois maridos com o
que ganhava na venda das merendas que preparava.
__________________________________________________________________________

Complete o texto a seguir com a opção mais adequada.

Por que ler Graciliano Ramos, 60 anos depois.


Meire Kusumoto
Há 60 anos morria Graciliano Ramos. Seis décadas (sem/ sim) a caneta
áspera e feroz do autor, que é um dos mais (importantes /grandes) gênios
da literatura brasileira e por isso será o homenageado da Festa Literária
Internacional de Paraty (Flip) em 2013. O distanciamento da data não (vira/
torna) a obra do escritor alagoano menos relevante. (Ao/No) contrário: é aí
que se (olha/vê) como o termo imortal faz (tudo/todo) o (sentido/senso)
quando colado a autores como ele, que nem chegou a integrar a Academia
Brasileira de Letras (ABL). Quase 80 anos (após/depois) da publicação
de Vidas Secas (1938), um retrato cru das dificuldades climáticas enfrentadas

53
no interior do Nordeste, o sertão tem a (mais feia/pior) seca dos últimos 40 anos, de acordo
com a Defesa Civil da Bahia.
No campo econômico e social, presente também em São Bernardo (1934), outro
romance que se candidata (à/a) obra-prima de Graciliano, a situação não está muito melhor.
“Por mais que (tenham se verificado/ têm se verificado) avanços no país, algumas
questões seguem aguardando soluções estruturais e definitivas”, diz Dênis de Moraes, autor
da biografia O Velho Graça (Boitempo, 2012). Eram essas questões que impulsionavam
Graciliano, nas crônicas e na ficção.
Para o biógrafo, o escritor demonstrava sério compromisso com o destino do brasileiro,
principalmente daqueles que sofrem e são explorados. “Ele faz de seus escritos um
instrumento de interpretação e intervenção na realidade social e política do país”, diz. O
próprio Graciliano reconheceu a motivação em entrevista para Ernesto Luiz Maia, em 1944.
"O conformismo exclui (o/a) arte, que só pode vir da insatisfação. Felizmente para nós,
(embora/ porém), uma satisfação completa não virá nunca", disse.

(Trechos) http://veja.abril.com.br/infograficos/especiais/graciliano-ramos

Bate-papo
1) Você gosta de ler?
2) Qual é o seu tipo de leitura preferido? E o autor?
3) Você conhece autores brasileiros? Quais?

O estribo de prata
Graciliano Ramos

- De ouro, gritou Cesária. - Este caso se deu, começou Alexandre, um dia em que fui visitar
meu sogro, na fazenda dele, léguas distantes da nossa. Já contei aos senhores que os arreios
do meu cavalo eram de prata.

- Estou falando nos de prata, Cesária, respondeu Alexandre. Havia os de ouro, é certo, mas
estes só serviam nas festas. Ordinariamente eu montava numa sela com embutidos de prata.
As esporas, as argolas da cabeçada e as fivelas dos loros eram também de prata. E os
estribos faiscavam como espelhos. Pois sim senhores, eu tinha ido visitar meu sogro, o que
fazia uma ou duas vezes por mês. Almocei com ele e passamos o dia conversando em
política e negócios. Foi aí que ficou resolvida a minha primeira viagem ao sul, onde me tornei
conhecido e ganhei dinheiro. Acho que me referi a uma delas. Adquiri um papagaio…
- Por quinhentos e tantos mil-réis, disse mestre Gaudêncio. Já sabemos. Um papagaio que
morreu de fome.

- Isso mesmo, seu Gaudêncio, prosseguiu o narrador, o senhor tem boa memória. Muito bem.
Passei o dia com meu sogro, à tarde montamos a cavalo, percorremos a vazante, as
plantações e os currais. Justei e comprei cem bois, despedi-me do velho e tomei o caminho
de casa. Ia principiando a escurecer, mas não escureceu. Enquanto o sol se punha, a lua
cheia aparecia, uma lua enorme e vermelha, de cara ruim, dessas que anunciam infelicidade.
Um cachorro na beira do caminho uivou desesperado, o focinho para cima, farejando miséria.
– “cala a boca, diabo.” Bati nele com o bico da bota, esporeei o cavalo e tudo ficou em
silêncio. Depois de um golpe curto, ouvi de novo os uivos do animal, uns uivos compridos e
agoureiros. Não sou homem que trema à toa, mas aquilo me arrepiou e o coração disparou.
54
Havia no campo uma tristeza de morte. A lua crescia muito limpa, tinha lambido todas as
nuvens, estava com intenção de ocupar metade do céu. E cá embaixo era um sossego que a
gemedeira do cachorro tornava medonho. Benzi-me e rezei baixinho uma oração de sustância
e disse comigo: – “Está-se preparando uma desgraça neste mundo, minha Nossa Senhora.”
Afastei-me dali, os gritos de agouro sumiram-se, avizinhei-me da casa pensando em
desastres e olhando aquela claridade que tingia os xiquexiques e os mandacarus. De repente,
quando mal esperava, senti uma pancada no pé direito. Puxei a rédea, parei, ouvi um barulho
de guizo, virei-me para saber de que se tratava e avistei uma cascavel assanhada, enorme,
com dois metros de comprimento.

- Dois metros, seu Alexandre? Inquiriu o cego Firmino. Talvez seja muito.
- Espere, seu Firmino, bradou Alexandre zangado. Quem viu a cobra foi o senhor ou fui eu?
- Foi o senhor, confessou Firmino.

- Então escute. O senhor quer enxergar mais do que os que viram de perto? assim é difícil a
gente se entender, seu Firmino. Ouça calado, pelo amor de Deus. Se achar falha na história,
fale depois e me xingue de potoqueiro.

- Perdoe, resmungou Firmino. É que eu gosto de saber as coisas por miúdo.


- Saberá, seu Firmino, berrou Alexandre. Quem disse que o senhor não saberá? Saberá. Mas
não me interrompa, que diabos. Ora muito bem. A cascavel mexia-se com raiva chocalhando
e preparando-se para armar novo bote. Tinha dado o primeiro bote, de que falei, uma
pancada aqui no pé direito. – “Os dentes não me alcançaram porque estou bem calçado”, foi o
que presumi. Saltei no chão e levantei o chicote, pois ali perto não havia pau.

Fonte: www.geocities.com/gracilianoramos/oestribo.htm

55
2015 – 1° quadrimestre

Material de apoio
Nível avançado 1

56
Unidade 1

Observe:

“Se tivermos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se
for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade.”

Cora Coralina

1. Complete as orações abaixo com o verbo no tempo adequado:

 Quando Maria ____________________ (poder) ler a biografia de Cora Coralina, vai ficar surpresa
com a vida simples da autora.

 Se os leitores não____________________ (ler) suas poesias com o coração, não vão entender
seu verdadeiro sentido.

 Na semana que vem, assim que nós_________________ (ter) toda a explicação necessária,
____________________ (fazer) a análise contrastiva do poema em aula.

 Logo que os alunos____________________ (chegar) em casa poderão fazer os exercícios do


material e caso não ____________________ (entender) poderão entrar no fórum.

 Se os poemas de Cora Coralina ____________________ (ser) usados durante o curso, a turma


entenderá porque ela foi tão elogiada pelo grande poeta Carlos Drummond de Andrade.

 Embora o mundo ____________________ (estar) tão acelerado, muitas pessoas ainda encontram
tempo para ser solidários e cultivar a amizade.

 Se ________________ (querer) colher os frutos da boa semente que plantamos, devemos cultivar
a paciência e a bondade.

 Ainda que muitos não _____________ (produzir) para colher milhões de sorrisos, nunca é tarde
para isso.

 Enquanto ____________________(haver) semeadores de sorrisos, o mundo será um bom lugar


para viver.

 Sempre que nós ____________________ (dar) um pouco do nosso tempo para uma boa causa,
com certeza nos sentiremos mais felizes.

2. Leia a frase e escolha a forma verbal adequada em cada caso:

a) É importante que todos nós (saibamos – soubermos – soubéssemos) aproveitar o tempo.


b) Seria melhor que eles (sejam–forem-fossem) mais pacientes com os erros.
c) Se vocês (vão – fossem – forem) para Goiás, não deixem de visitar o museu de Cora Coralina.
d) Eu só direi o que penso, quando eu (vir – visse – veja) que posso contar com a sua ajuda.

57
e) Quando você (venha – viesse – vier) a Brasília, vá a Catedral que é tão linda!
f) Quando os alunos (façam – fizerem – fizessem) os exercícios, estarão preparados para a prova.
g) Ela disse que só entraria no mar quando a água (estivesse – esteja – estiver) quentinha.
h) Caso os alunos não (queiram– quiserem- quisessem) participar do projeto, terão que fazer outro
trabalho em casa.
i) Use luz baixa, enquanto (esteja–estiver–estivesse) na estrada.
j) Enquanto o amor (exista – existisse – existir) haverá esperança.
k) Enquanto não (viesse – venha – vier) me pedir desculpas, não falarei com meu chefe.
l) Assim que (terminássemos – terminarmos – terminemos) os exercícios, iríamos para casa.
m) Eu comprarei o presente, assim que (tiver – tivesse– tenha) o dinheiro.
n) Eu estou empolgado com a viagem, embora (tenho – tenha – tiver) que resolver alguns problemas
antes de fazer as malas.
o) Logo que vocês (desenvolvam – desenvolvessem – desenvolverem) o sistema, precisarão explicá-lo
aos clientes.
p) A professora falou que logo que eles (entendam – entenderem – entendessem) o vocabulário,
poderiam completar o exercício.
q) Depois que eu (visse - vir - veja) minha novela, ligarei para a Maria sem falta.

3. Veja as locuções prepositivas de emprego mais comum:

abaixo de antes de perto de


acima de depois de longe de

debaixo de /embaixo de / sob dentro de junto de


em cima de /sobre fora de junto a

por cima de ao lado de em vez de


por baixo de ao redor de
graças a
de cima atrás de
de baixo em frente de/a
de acordo com
acerca de por trás de
a respeito de /sobre pela frente de para com

além de

a fim de

58
por trás de
4. Agora complete as frases abaixo com as locuções adequadas, fazendo as contrações
necessárias:

 _________________ agradar ao chefe, entregou o relatório antes do tempo determinado.


 Fui caminhando pela praia, _________________ meu marido.
 _________________dormir, não se esqueça de verificar se o chinelo está ____________ a
cama.
 Eu tenho a mania de dormir com o travesseiro_______________ o rosto.
 Todos agiram _________________ a lei.
 Professora, a senhora vai falar ________________ os estados ou sobre as regiões em geral?
 O namorado foi muito amável _________________ a namorada.
 ________________ as vinte e duas horas, todos ficam prevenidos contra possíveis ataques.
 O cliente é bom pagador, _________________ pagar à vista.
 Os preços estão _________________custo.
 Durante a aula, fala ______________ prestar atenção.
 ________________ ele, temos os resumos para estudar.
 O menino se escondeu _______________ o sofá.

5. Complete usando a voz passiva:


a) A inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960, ___________________(considerar) um marco
na história brasileira, tão importante quanto a Independência (1822) ou a Proclamação da República
(1889).

b) Brasília, a capital da República Federativa do Brasil, localizada no território do Distrito Federal


___________________ (inaugurar) em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino
Kubitschek.

c) O governo de Juscelino ___________________ (marcar) por obras de grande repercussão interna


e mesmo internacional.

d) Em 1988, o estado de Goiás ___________________ (dividir) e sua porção norte passou a constituir
o estado do Tocantins.

e) No início do século XVIII, vilarejos provisórios ___________________ (erguer) para abrigar os


mineradores de ouro. O Arraial de Sant'Anna, fundado por Bartolomeu Bueno da Silva, em 1725 na
margem do rio Vermelho, se tornaria a atual cidade de Goiás, mas antes, também
___________________ (chamar) de Vila Boa.

f) O artesanato do Mato Grosso ___________________ (conhecer) principalmente pela viola-de-cocho


e pelas redes bordadas, que atualmente ___________________ (vender) até para outros países.
Destacam-se também as bonecas de pano, artesanato em madeira e cerâmica.

g) A Capital do Mato Grosso, ___________________ (cercar) de belezas e quem visita Cuiabá tem
oportunidade de conhecer com poucos quilômetros de distância três dos biomas mais ricos e belos do
mundo: o Pantanal, o Cerrado e a Amazônia.

h) O Pantanal ___________________ (considerar) a maior planície alagável do mundo e está situado


sobre uma enorme depressão, cuja altitude não ultrapassa os 100 metros em relação ao nível do mar.

i) Para ver o maior felino das Américas livre em seu ambiente natural é preciso viajar para o Pantanal
mato-grossense na seca que vai de junho a novembro, quando toda a fauna se concentra nas
margens e alagados do rio Cuiabá. A onça se aproxima da água para caçar e pode
___________________ (ver) bem de perto.

59
Unidade 2
1. Complete a conversa entre o presidente da ONG “Semeando a esperança” e seu assistente:
P-Presidente A-Assistente

P- Você entrou em contato com a empresa que vai passar fundos para o programa “Criança na escola”.
A- Entrei, sim. O depósito foi ____________________ (fazer) na semana passada. Eles me disseram
que já tinham ____________________ (trazer) os folhetos e que todos tinham sido _______________
(imprimir) antes do tempo previsto. Isso é muito positivo!
P-Seria uma boa ideia que os livros pedidos para a biblioteca fossem ____________________
(entregar) antes do próximo mês.
A-Essa ideia é muito boa. Além disso, foi ____________________ (gastar) muito tempo no
planejamento de todo o material. Lembra quando fomos ____________________ (apresentar) ao
Ministro da Educação e que ele nos prometeu mandar uns vídeos e uns livros de gramática para
deixar na biblioteca?
P- É verdade. A nossa ONG ficou ____________________ (conhecer) depois da reunião que tivemos
no Ministério.
A-Para o nosso trabalho é importante que a gente tenha apoio.

2. Complete as frases abaixo com as formas adequadas do particípio.

a) A polícia havia __________________ (dispersar) os manifestantes da Avenida Rio Branco.

b) Os livros estavam __________________ (colocar) sobre a estante da sala.

c) A chuva tinha__________________ (extinguir) o fogo, mas as brasas ficaram__________(acender).

d) Embora a loja tivesse __________________ (aceitar) o cheque, o mesmo não foi


__________________ (aceitar) pelo banco.

e) As crianças foram __________________ (salvar) pelos turistas que passavam casualmente pelo
local.

f) As dívidas já foram__________________ (pagar) e a empresa tem__________________ (pagar)


em dia seus funcionários.

g) Elas têm __________________ (gastar) mais do que têm__________________ (ganhar) com a


venda dos artesanatos.

h) A história do Brasil está muito bem __________________ (descrever) nos livros de Boris Fausto.

i) A professora de matemática ainda não tinha __________________ (completar) a chamada, embora


todos os alunos já tivessem saído da sala.

3. Complete as orações com o pretérito perfeito composto do indicativo:

a) Desde que nós viemos para São Paulo,_____________________(trabalhar) muito.


b) Ultimamente eu _____________________(sentir) muitas saudades do Rio de Janeiro.
c) Os turistas___________________ (ir) à praia desde que chegaram ao Rio de Janeiro.
d) Tanto o número de turistas estrangeiros quanto as divisas que eles deixam no país
______________________ (aumentar) cada vez mais.
e) De uns tempos para cá a culinária capixaba __________________ (ganhar) muitos adeptos.

60
f) Nos últimos anos as cidades de Minas ____________________(transformar-se) em um grande
provedor de destinos turísticos.
g) Os restaurantes paulistanos____________________ (apresentar) desempenho invejável nas
últimas décadas.

4. Complete as orações abaixo com o pretérito mais que perfeito composto do indicativo:

a) Cheguei por volta de 09h20min na estação, pois eu queria pegar um lugar do lado direito do trem.
Eu já______________________ (ler) que deste lado dava para ver as cachoeiras e paisagens mais
bonitas.
b) Naquela manhã cheguei cedo à estação, mas logo percebi que os tíquetes não estavam no meu
bolso. Isso nunca _______________________(acontecer) comigo antes.
c) Fomos conhecer a igreja de São Pedro, que é bem bonita e bem diferente de todas as outras que
nós já___________________ (ver) em Ouro Preto e Mariana.
d) Em torno de 31 milhões de turistas já ___________________(visitar) o Pão de Açúcar quando a
linha do bondinho completou 90 anos em 2002.
e) Depois de ter tomado umas cervejas, a turma resolveu sair pelas ruas de Ipanema com os tambores
do outro bloco que já________________________ (apresentar-se).
f) Ainda não _________________________(pôr) a fantasia quando nos avisaram que era a nossa vez
de desfilar.

5. Leia o texto abaixo e acentue as palavras, quando for necessário:

Historia da panela de barro capixaba


A produção artesanal de panela de barro e uma das maiores expressões da cultura popular de
Vitoria e do Espirito Santo. A tecnica na produção, assim como a estrutura social das artesãs,
pouco mudou em mais de 400 anos, desde quando era produzida nas tribos indigenas.

Nos ultimos seculos esse trabalho sempre garantiu a sobrevivencia economica de familias. As
artesãs estão vinculadas a Associação das Paneleiras. As autenticas Moqueca Capixaba e
Torta Capixaba, dois pratos tipicos regionais, somente são servidos nas panelas de barro por
tradição.

Para fazer as panelas, as artesãs retiram a argila do Vale do Mulemba, local situado no bairro
Joana D'Arc, na Ilha de Vitoria. Do manguezal que margeia a região de Goiabeiras e extraida
a casca da Rhysophora mangle, popularmente chamada de mangue vermelho. Essa casca
permite extrair a tintura impermeabilizante de tanino, com a qual são pintadas de negro as
panelas, quando quentes.

Patrimonio Cultural Brasileiro

A arte de confeccionar as panelas de barro foi herdada das culturas tupi-guarani e transmitida
por varias gerações. Desde 2002 o oficio de fazer panelas de barro e reconhecido
nacionalmente como um Bem Cultural de Natureza Imaterial e titulado como Patrimonio
Cultural Brasileiro.

A inclusão das paneleiras como Patrimonio Cultural Brasileiro foi uma iniciativa do Ministerio
da Cultura e do Instituto do Patrimonio Historico e Artistico Nacional (Iphan). A medida se
tornou possivel por intermedio do Decreto Federal 3.551/2000, que instituiu o registro de bens
culturais de natureza imaterial.

Trabalho manual

61
Ate os dias de hoje a modelagem das panelas e feita manualmente. A parede da panela e
levantada por meio do uso de roletes ou escavada na "bola" de argila, quando e "puxada".
Para isso são utilizados os movimentos das mãos, definindo o formato da peça com a ajuda
de ferramentas rudimentares, como pedras lisas, cascas de coco, e objetos similares. E o
mesmo procedimento utilizado pelos povos indigenas que habitaram Vitoria ha mais de 400
anos.

6. Complete as orações com o tempo verbal adequado:

a) Quando cheguei ao restaurante, a turma já ___________________ (fazer) o pedido da


moqueca capixaba.
b) O garçom falou que ninguém nunca ___________________ (ir) embora de Vitória sem
experimentar as comidas feitas nas famosas panelas de barro.
c) Quando o guia terminou de contar toda a história da panela de barro, nós já
__________________(devorar) a moqueca e estávamos completamente satisfeitos.
d) Nos últimos 400 anos, a panela de barro ___________________ (ser) usada pelos
cozinheiros capixabas na criação de receitas deliciosas.
e) Segundo as últimas pesquisas, Vitória, a capital do Estado do Espírito Santo,
_________________________ (desenvolver-se) em muitas áreas, principalmente na
educação e na saúde.
f) Nos últimos anos, a cidade de Vitória ___________________ (promover) festas mostrando
aos turistas as diferentes manifestações folclóricas da região, entre elas: o alardo, a capoeira,
as bandas de congo, etc.
g) Desde 1927, o Teatro Carlos Gomes, considerado o mais antigo do Espírito Santo,
___________________ (abrir) suas cortinas para grandes artistas.
h) Ultimamente para os moradores de Vitória a cidade ___________________ (ganhar) cada
vez mais espaços dedicados à arte e à cultura.
i) De uns anos para cá o Estado do Espírito Santo ___________________ (desenvolver-se)
com a chegada de muitos turistas.
j) Quando o guia falou em conhecer a Ilha do Boi, a turma disse que já
____________________ (fazer) a excursão, e que além da beleza natural, o lugar era muito
badalado.

Unidade 3
1. Complete o texto abaixo com os verbos no tempo adequado

Cultura do Rio Grande do Sul

Quem nasce no Rio Grande do Sul é chamado de gaúcho. O Rio Grande do Sul apresenta uma
rica diversidade cultural. De uma forma sucinta, pode-se dizer que a cultura do estado tem duas
vertentes: a gaúcha propriamente dita, com raízes nos antigos gaúchos que habitavam o pampa; a
outra vertente é a cultura _______________(trazer) pela colonização europeia.

A primeira é marcada pela vida no campo e pela criação bovina. A cultura gaúcha ________(nascer)
na fronteira entre a Argentina, o Uruguai e o Sul do Brasil. Os gaúchos até então_______________
(viver) em uma sociedade nômade, baseada na pecuária. Mais tarde, com o estabelecimento das
fazendas de gado, eles ______________(acabar) por se estabelecer em grandes estâncias
espalhadas pelos pampas. O gaúcho era mestiço de índio, português e espanhol, e a sua cultura,
durante muito tempo, _____________(receber) influência da cultura dos índios guaranis, charruas e
dos colonos hispânicos.
No século XIX, o Rio Grande do Sul ________________(começar) a ser colonizado por
imigrantes europeus. Os alemães começaram a se estabelecer ao longo do rio dos Sinos, a partir de
1824. Ali estabeleceram uma sociedade baseada na agricultura e na criação familiar, bem distinta dos
62
grandes latifundiários gaúchos que habitavam os pampas. Até 1850, os alemães
______________(ganhar) facilmente as terras e se tornaram pequenos proprietários, porém, após
essa data, a distribuição de terras no Brasil_______________( tornar-se) mais restrita, impedindo a
colonização de ser __________(fazer) nas proximidades do Vale dos Sinos. A partir de então, os
colonos alemães passaram a se expandir, buscando novas terras em lugares mais longes e levando a
cultura da Alemanha para diversas regiões do Rio Grande do Sul.
Foi assim que a colonização alemã ___________________(expandir-se) nas terras baixas,
parando nas encostas das serras. Quem colonizou as serras do Rio Grande do Sul foram os italianos.
Segundo os arquivos da época os imigrantes _________________(vir) da Itália no final do século XIX
e começaram a se estabelecer nas Serras Gaúchas a partir de 1875. A oferta de terras que
_____________(ser) fácil, passou a ser mais restrita, pois a maior parte já estava ocupada pelos
gaúchos ou por colonos alemães. Os italianos _________________(trazer) seus hábitos e
introduziram na região a vinicultura que ultimamente ________________(ser) a base da economia
de diversos municípios gaúchos e isso _______________(ajudar) no desenvolvimento do Estado.
A alegria, a coragem, a generosidade o gosto pela liberdade, e o amor intransigente ao “pago”
são características marcantes do gaúcho. Estas virtudes podem ser atribuídas ao somatório das
crenças, valores e ideais das diversas etnias até aqui citadas.

(Antonio Augusto Fagundes)

2. Ouça a música

“Veterano” de Leopoldo Rassier.

Está findando meu tempo,


A tarde encerra mais cedo,
Meu mundo ficou pequeno
E eu sou menor do que penso.
O bagual tá mais ligeiro,
O braço fraqueja às vezes
Demoro mais do que quero
Mas alço a perna sem medo.
Encilho o cavalo manso,
mas boto o laço nos tentos,
Se a força falta no braço,
Na coragem me sustento.
Refrão:
(Se lembra o tempo de quebra
A vida volta para trás
Sou bagual que não se entrega,
Assim no mais.)
Nas manhãs de primavera
Quando vou para rodeio,
Sou menino de alma leve
Voando sobre o pelego.
Cavalo do meu potreiro
Mete a cabeça no freio.
Encilho no parapeito,
Mas não ato nem maneio.
Se desencilha o pelego
Cai o banco onde me sento,
Água quente de erva buena,
para matear em silêncio.

63
Refrão
Neste fogo onde me aquento,
Remoo as coisas que penso,
Repasso o que tenho feito,
Para ver o que mereço.
Quando chegar meu inverno,
Que me vem branqueando o cerro,
Vai me encontrar venta-aberta
De coração estreleiro.
Mui carregado dos sonhos,
Que habitam o meu peito
E que irão morar comigo
No meu novo paradeiro.

Glossário termos gauchescos

Bagual, s. adj. Equino selvagem, isto é, ainda não domado.


Quebra s. e adj. Bravura, indivíduo atrevido, bravio.
Rodeio, s. Lugar no campo de uma estância onde habitualmente se reúne o gado para contar, apartar, examinar,
marcar, vacinar, etc.
Pelego, s. Pele de carneiro ou de ovelha, de forma retangular, com a lã natural, que se coloca para tornar macio
o assento do cavaleiro.
Manear, v. Prender com qualquer corda.
Aquento v. Esquento
Tento, s. Tira fina de couro cru, utilizada para a feitura de laços, relhos, qualquer aparelho trançado, e inúmeros
outros usos.

3. Perfil de um poeta:

Mário Quintana foi um importante escritor, jornalista e poeta


gaúcho. Nasceu na cidade de Alegrete (Rio Grande do Sul) no dia
30 de julho de 1906. Trabalhou também como tradutor de
importantes obras literárias. Com um tom irônico, escreveu sobre
as coisas simples da vida, porém buscando sempre a perfeição
técnica.

Em 1919, mudou-se para a cidade de Porto Alegre, onde foi


estudar no Colégio Militar. Foi nesta instituição de ensino que
Mário Quintana começou a escrever seus primeiros textos literários.

Já na fase adulta, Mário Quintana foi trabalhar na Editora Globo.


Começou a atuar na tradução de obras literárias. Durante sua vida
traduziu mais de cem obras da literatura mundial. Entre as mais
importantes, traduziu “Em busca do tempo perdido” de Marcel
Proust e “Mrs. Dalloway” de Virgínia Woolf.

Algumas frases de Mário Quintana:

“Na convivência, o tempo não importa. Se for um minuto, uma hora, uma vida. O que importa
é o que ficou deste minuto, desta hora, desta vida.”

64
“Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo; a única falta que terá, será
desse tempo que infelizmente não voltará jamais.”

“Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa,
em primeiro lugar, não precisar dela.”
Textos disponíveis em: http://kdfrases.com

a) Se o poeta não __________________________(pensar) na vida desse modo, ele não


___________________________ (escrever) poesias tão lindas.

b) Segundo Mario Quintana, “o tempo na convivência não é tão importante”. Se o tempo


___________________________ (ter) outro significado para ele, não
___________________________ (dizer) nada disso.

c) Para o poeta não existe a falta de tempo, mas o tempo perdido, sim. Se ele não
___________________________ (aproveitar) tão bem suas horas, não
___________________________ (tornar-se) um grande escritor.

d) Se as suas poesias não___________________________ (publicar) em jornais e revistas, a


sua obra ___________________________ (ser) somente para poucos.

4. Complete as orações com os verbos entre parênteses no tempo adequado:


a) Se ele____________________ (casar) com a Doralice, teria virado um político famoso.
b) Se o jogador não ____________________ (perder) aquele gol, nosso time teria sido o campeão.
c) O que teria acontecido se ele ________________________ (ganhar) na mega sena?
d) Como você acha que seria o Brasil hoje se não _________________(receber) imigrantes?
e) Mesmo que ele ____________________ (conseguir) fazer o gol, a torcida não o teria aplaudido.
f) Se não tivesse chovido tanto, os turistas ____________________ (fazer) mais excursões pelo
território gaúcho.
g) Embora a turma nunca ____________________ (ir) a Santa Catarina conhecia muito bem a
culinária local.
h) Se ela ____________________ (ganhar) o concurso de rainha da Oktoberfest, teria viajado à
Alemanha.
i) Se o governador ____________________ (desenvolver) mais projetos para a cidade, teria ganho as
eleições.
j) Naquele momento mesmo que a bola ____________________ (entrar), o gol teria sido anulado.

5. Transforme as frases abaixo seguindo o modelo:


Exemplo:

“Guardo tudo o que trago das cidades onde estive” - disse ela.
Ela disse que guardava tudo o que trazia das cidades onde tinha estado.

a) Discurso direto
“Nós temos que pegar o primeiro voo, não podemos chegar atrasados na reunião.” - disse ela.
Discurso indireto:
________________________________________________.

65
b) Discurso direto:
“Curitiba é uma cidade moderna” - disse ele com orgulho.
Discurso indireto:

_______________________________________________________.

c) “Discurso direto:
“Lúcia voltou” - disse o vizinho curioso depois de observar sua ausência durante uma semana”
Discurso indireto: ________________________________________

d) Discurso direto:

"Irão pegar você no aeroporto? - perguntei.

Discurso indireto:
________________________________________________________
e) Discurso direto:
"Sigam o protocolo!” - disseram os organizadores do evento.
Discurso indireto:
________________________________________________________
f) Discurso direto:
"Esse barco vai depressa” - disse o turista quando entrou no barco que o levava à Iha do Boi.”

Discurso indireto:

_________________________________________________________

g) Discurso direto:
E depois de sentar-se à mesa e pedir o cardápio, levantou-se e disse para o garçom:
- Aqui não tem o que quero comer."

Discurso indireto:
_______________________________________________________

Unidades 4 e 5
A. Complete as lacunas com as preposições e/ou contrações necessárias:

1) Devido ______características de clima, hidrografia, vegetação densa e difícil acesso, a Região


Norte apresenta baixa taxa de industrialização, sendo as principais atividades econômicas
_____região o extrativismo vegetal e a exploração _____minérios____ regiões específicas.

2) O ecoturismo pode ser praticado _____ Amazonas durante o ano todo, pois a sazonalidade que
ocorre _____ floresta de várzea, local onde as comunidades vivem, oferece dois belos
paisagismos, permitindo ______ turista vivenciar a floresta em época de seca e de cheia (alagada).

3) A Lenda _____Vitória Régia, conta que uma índia chamada Naiá, ____contemplar a lua (Jaci) que
brilhava no céu apaixona-se _____ela.

66
4) O governo brasileiro batalha _____ conter a alta ocorrência de desmatamento registrado nos
últimos anos _____ região, maior parte das vezes desordenado e ilegal. Como resultado de medidas
tomadas _____ governo, o INPE – que monitora a floresta brasileira via satélite – registrou
queda______90% no desmatamento ____ Amazônia entre fevereiro e abril deste ano______ relação
_____mesmo período_____2008.

5) O Ministério _____Meio Ambiente criou _____departamento para cuidar especificamente


_____tema. Durante o passeio ______ comunidade indígena, tem produtos artesanais para comprar e
você vai precisar _____ dinheiro. Além disso, nem todos os hotéis aceitam cartão.

6) O Ministério do Turismo disponibiliza site e cartilha “Viaje Legal”. São informações que ajudam ____
turista _____ evitar problemas e ____ ter _____ boa viagem.

B. Complete flexionando adequadamente os verbos entre parênteses:

Fanáticos pelos bois pintam suas casas de azul ou de vermelho em Parintins

A rivalidade entre Garantido e Caprichoso é ___________ (ver) até na decoração do imóvel.


Durante todos esses anos, a paixão pelos bois Garantido e Caprichoso
__________________________(deixar) marcas na Cidade de Parintins (AM), e não só nas
preferências dos seus habitantes, mas também na sua aparência. Embora na história da cidade a
convivência ___________________ (ser) sempre muito pacífica, a paixão é ___________________
(expressar) nos mínimos detalhes. Torcedores dos dois grupos pintam e decoram suas residências
com as cores que representam o seu boi-bumbá de coração. Garantido é vermelho e Caprichoso é
azul.
Quem decide torcer por uma agremiação não pisará e nem passará perto de uma casa com as
cores do boi rival, principalmente se _______________ (ser) na época do Festival Folclórico de
Parintins.
A aposentada Maria Ângela Faria, 85 anos, nasceu em Belém, mas mora há 64 anos em
Parintins. A casa dela é completamente vermelha, da fachada às imagens religiosas. Segundo a
aposentada, a cor forte e marcante não ________________ (enjoar).
“Adoro essa cor. Durante toda minha infância eu brinquei de boi Garantido. Na minha família,
todos são da mesma nação vermelha. Para você ter uma ideia, nos últimos 20 anos quem
______________________ (apresentar) o Garantido é o meu filho, Paulinho Faria. Ele estudou e se
formou no Pará, mas voltou para ser apresentador do nosso boi”, disse Maria Ângela, que recebe
cerca de duas mil pessoas por dia em sua casa, um atrativo turístico na cidade. “Caso alguém da
minha família ______________________ (escolher) o Caprichoso, essa _________________ (ser),
sem dúvida, a minha maior tristeza”, conclui.
Na cidade, até o número da casa de Ana Maria de Azedo Ferreira, professora de artes, 51
anos, tem alguma relação com o boi de coração, o Caprichoso. “Minha casa tem o mesmo número do
ano de fundação do Caprichoso, em 1913”.
Ela mora no imóvel desde 1976, mas afirma que bem antes, há 32 anos, a família toda já
________________________ (decidir) fazer parte da nação azul em Parintins. “Foi tudo uma
coincidência muito grande, pois ninguém escolheu o número da casa.”, disse Ana Maria. Na casa dela
nada tem vermelho, nem mesmo o batom que as mulheres usam. “Aqui em casa, batom, só azul.
Nunca usei o da cor vermelha, jamais usaria.”
Ana Maria disse ainda que retoca a pintura da fachada todos os anos, mas o mais curioso,
segundo ela, é que as crianças da família nunca estranharam o fato de que o Papai Noel que aparece
por lá, não usa a roupa tradicional vermelha e branca. “Aqui, Papai Noel tem de estar vestido de azul.
Senão, nem passa perto da porta”.

67
C. Complete o texto com os pronomes adequados fazendo modificações, quando necessário,
e escolhendo a melhor posição.

A lenda do guaraná
No meio da floresta Amazônica, viviam os índios Maués e entre eles um casal jovem, muito
feliz e amado pela tribo. Porém, a felicidade do casal era abalada pela tristeza de não terem
filhos. Aconselhados pelo pajé, resolveram buscar ajuda de Tupã e _____ pediram_____
então, a graça de terem um filho.
Meses depois, a índia deu a luz a um menino muito bom, alegre e saudável. Ele era muito
querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe
guerreiro. Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Por isso
resolveu _____matar_____. Então, Jurupari _____transformou_____ em uma enorme
serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou
e matou a pobre criança.
Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela volta do indiozinho, até que o
sol foi embora. Veio a noite e a lua começou a brilhar no céu, iluminando toda a floresta.
Então toda a tribo _____reuniu_____ e saíram para _____procurar_____. Quando
_____encontraram_____ morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo.
Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu
sobre a floresta e um raio veio atingir bem perto do corpo do menino. Todos ficaram muito
assustados. A índia mãe disse: "...É Tupã que _____compadece_____ de nós. Quer que
enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade". E
assim foi feito. Os índios plantaram os olhos do indiozinho imediatamente, conforme o desejo
de Tupã, o rei do trovão.
Alguns dias _____passaram_____ e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não
conheciam. Era o Guaranazeiro. É por isso que os frutos do guaraná são sementes negras
rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.

Texto adaptado- disponível em: http://www.sumauma.net/amazonian

D. Complete as lacunas conjugando os verbos adequadamente.

As festas juninas
As festas juninas são, na sua essência, multiculturais, embora o formato com que hoje as
conhecemos___________________ (ter) origem nas festas dos santos populares em Portugal: Festa
de Santo Antônio, Festa de São João e a Festa de São Pedro e São Paulo principalmente. A música e
os instrumentos usados (cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco, etc.) estão na base
da música popular e folclórica portuguesa e____________________ (trazer) para o Brasil pelos
povoadores e imigrantes do país irmão. As roupas caipiras são uma clara referência ao povo
campestre, que________________ (povoar) principalmente o nordeste do Brasil. Do mesmo modo, as
decorações com que__________________ (enfeitar-se) os arraiais_____________ (ter) o seu início
em Portugal, junto com as novidades que, na época dos descobrimentos, os
portugueses_______________ (trazer) da Ásia, como enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora,
por exemplo. Embora os balões_________________________ (proibir) em muitos lugares do Brasil,
eles são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu______________
(encher-se) com milhares deles durante toda a noite.
No Brasil, as festas____________ (receber) o nome de "juninas" (chamada inicialmente de
"joaninas", de São João), porque acontecem no mês de junho. Além de Portugal, a
68
tradição_____________ (vir) de outros países europeus cristianizados dos quais são oriundas as
comunidades de imigrantes, chegados a partir de meados do século XIX. Antes, porém, as festas já
_________________(trazer) para o Brasil pelos portugueses e logo foram incorporadas aos costumes
das populações indígenas e afro-brasileiras.
As grandes mudanças no conceito artístico contemporâneo acarretaram na "adequação e
atualização" destas festas, onde ritmos e bandas não tradicionais aos tipicamente vivenciados são
acrescentados às grades e programações de festas regionais, incentivando o maior interesse de novos
públicos.
Nos últimos tempos, essa_________________ (ser) a aposta de vários festejos para agradar a
todos, não deixando de lado os costumes juninos. Como exemplo, temos as festas do interior da Bahia,
como a de Amargosa, e a de Santo Antônio de Jesus, que, apesar da inclusão de novas
programações, não deixa de lado a cultura nordestina do forró, conhecido como "pé de serra" nos dias
de comemoração junina.
A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste
agradece anualmente a São João Batista, mas também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas
lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de
milho______________ (integrar) a tradição.
O local onde_____________ (ocorrer) a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um
largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas_______________ (erguer) unicamente para
o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa.
Geralmente, o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou
bamba.
Atualmente, os festejos ocorridos em cidades do Norte e Nordeste do Brasil dão impulso à
economia local. Campina Grande (Paraíba), Caruaru (Pernambuco) e Cruz das Almas (Bahia)
_______________ (realizar) as maiores festas do Nordeste brasileiro, cada uma delas durando 30 dias.
Campina Grande______________ (possuir) o título de Maior São João do Mundo, embora Caruaru
esteja consolidada no Guinness Book na categoria festa country (regional) ao ar livre.

69
Apêndice gramatical

70
1. Particípio
1. As formas regulares do particípio são formadas a partir do Infinitivo e terminam em -
ADO e -IDO
Exemplos:
Dar Dado
Devolver Devolvido
Partir Partido

2. Há verbos que apresentam uma forma irregular para o particípio:


dizer / dito fazer / feito abrir / aberto ver / visto cobrir / coberto

gastar / gasto pagar / pago vir / vindo escrever ganhar / ganho


/escrito

Verbo Ser no mesmo tempo do verbo principal da Voz Ativa


+
Particípio do verbo principal

Ex: Voz Ativa Voz Passiva


Ele corrige o texto. O texto é corrigido por ele.
Ele corrigiu o texto. O texto foi corrigido por ele.
Os pais compravam brinquedos Brinquedos eram comprados pelos pais
Ela fará uma moqueca para o jantar. Uma moqueca será feita por ela para o jantar.
Paulo faria os exercícios se pudesse. Os exercícios seriam feitos por Paulo se ele
pudesse.
Ela está lendo o livro que lhe emprestei. O livro que lhe emprestei está sendo lido por
ele.

OBS: Só verbos transitivos diretos podem ser usados na Voz Passiva.


O objeto direto será sujeito da passiva.
O sujeito da ativa passará a agente da passiva.

Alguns verbos apresentam duas formas para o particípio, uma regular e outra
irregular. A forma regular é usada com os verbos TER OU HAVER (voz ativa) para
formar os tempos compostos. Nesse caso, o Particípio mantém-se invariável.

Ex: O gerente não tinha aceitado o pedido dos funcionários.

A forma irregular é usada com os verbos SER, ESTAR, FICAR (VOZ PASSIVA).
Nesse caso a concordância deverá sempre ser feita em gênero e número.

Ex: O pedido dos funcionários não tinha sido aceito pelo gerente do banco.
O trabalho das artesãs foi suspenso por causa da chuva.
Quando ele foi pagar a conta no caixa, ela já estava paga.

71
Verbos com dois Particípios

Verbo Regular / Irregular


aceitar aceitado / aceito
acender acendido / aceso
concluir concluído /concluso
corrigir corrigido/ correto * *
eleger elegido / eleito
emergir emergido / emerso
encher enchido/ cheio *
entregar entregado / entregue
enxugar enxugado / enxuto
expelir expelido / expulso
expressar expressado / expresso
exprimir exprimido / expresso
expulsar expulsado /expulso
extinguir extinguido / extinto
frigir frigido / frito
findar findado / findo
imergir imergido / imerso
imprimir imprimido / impresso
inserir inserido / inserto *
isentar isentado / isento
limpar limpado / limpo
matar matado / morto
morrer morrido /morto
omitir omitido / omisso
prender prendido / preso
romper rompido / roto
salvar salvado / salvo
segurar segurado / seguro
soltar soltado /solto
submergir submergido / submerso
suprimir suprimido /supresso
surpreender surpreendido/ surpreso*
suspender suspendido / suspenso
tingir tingido / tinto *
vagar vagado /vago

* Esses particípios irregulares, em geral, são usados apenas como adjetivos ou


predicativos, podendo usar-se o particípio regular tanto na voz ativa quanto na
passiva.

* * Corrigir tem duas formas de particípio, mas o particípio irregular correto não
conservou o significado de corrigir, já que se usa como sinônimo de isento de erros,
certo, apropriado, frase correta, uso correto, conduta correta, etc.
Neste caso,

72
VOZ ATIVA (tempo composto)
Ela já tinha acendido as luzes quando ele entrou em casa.

VOZ PASSIVA
As luzes foram acesas por ela quando ele entrou em casa.

2. Discurso direto / Discurso indireto

Discurso
Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de discurso: o discurso direto, o discurso
indireto e o discurso indireto livre.

Discurso Direto: É o que ocorre normalmente em diálogos. O discurso direto reproduz fielmente
as falas das personagens. Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, são utilizados.
Travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das falas.

Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É
escrito normalmente em terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas para
reproduzir aquilo que foi dito pela personagem.

Discurso Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história, mas as
personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo assim é
uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem.

Categorias Discurso Direto Discurso Indireto


Pronomes eu ele / ela
nós eles / elas
Referências temporais hoje ontem / naquele dia
ontem Anteontem/ no dia anterior
ontem à noite na noite anterior
Referências espaciais aqui ali
aí ali, lá
Pronomes Possessivos meu (s) seu (s)
minha (s) sua (s)
nosso (a/s) dele (a/s)
seu /sua dele (a)
Pronomes Demonstrativos este (a/s) aquele (a/s)
isto, isso aquilo

73
Observe que o tempo verbal, no discurso indireto, será sempre passado em
relação ao tempo verbal do discurso direto. Reproduzimos, a seguir, um quadro com as
respectivas relações:

Verbo no presente do indicativo: - Não bebo dessa água - afirmou


a menina.

Verbo no pretérito imperfeito do A menina afirmou que não bebia daquela


indicativo: água.

Verbo no pretérito perfeito: - Perdi meu guarda-chuva - disse ele.


Verbo no pretérito mais-que-perfeito: Ele disse que tinha perdido seu guarda-
chuva.

Verbo no futuro do indicativo: - Irei ao jogo.


Verbo no futuro do pretérito: Ele confessou que iria ao jogo.

Verbo no imperativo: - Aplaudam! - ordenou o diretor.


Verbo no pretérito imperfeito do O diretor ordenou que aplaudíssemos.
subjuntivo:

Discurso direto
Na saída do hotel
- Bom dia. Queria almoçar num restaurante de comida típica alemã.
- O senhor pode ir até o Fritz. O lugar é muito conhecido aqui em Blumenau, porque
servem um chucrut delicioso.
- Onde fica? É longe?
- Fica no calçadão, ao lado do Banco do Brasil, melhor ir de táxi.
- Então vou para lá.
- Vou chamar um táxi para o senhor.

Discurso indireto
O homem saiu do hotel, cumprimentou o porteiro e lhe disse que queria almoçar num
restaurante de comida alemã. O porteiro lhe recomendou o Fritz e disse que o lugar era
muito conhecido em Blumenau e que lá serviam um chucrut delicioso. Então o homem lhe
perguntou onde ficava e se era longe e o porteiro respondeu que ficava no calçadão ao
lado do Banco do Brasil e que era melhor ele ir de táxi. O homem disse que ia para lá e o
porteiro confirmou que chamaria um táxi para ele.

74
3. Regência:
Observe a relação de algumas palavras com as preposições.

Exemplos: A esposa viu o homem dando dinheiro para a mulher da roça.


O casal ajudou a mulher.
Eles aconselharam os moradores da roça.
A casa da mulher era longe da cidade.
Ela tinha medo de não poder voltar a construir a sua casa.
O casal ficou feliz de poder ajudar.

Regência Verbal
AGRADAR
a) sem preposição, no sentido de fazer carinhos, acariciar.
Ex: Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando o revê.

b) usa a preposição a, no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a.


Ex: O cantor não agradou aos presentes.

ANDAR
a) sem preposição, no sentido de movimentar-se.
Ex: Ele anda rápido.

b) usa-se a preposição de, para indicar meio de locomoção


Ex: Eu ando de metrô na cidade.

ASPIRAR
a) sem preposição, no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar.
Ex: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o.)

b) usa a preposição a, no sentido de desejar, ter como ambição.


Ex: Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas.)

ASSISTIR
a) sem preposição, no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar.
Ex: As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.

b) Usa a preposição a, no sentido de ver, presenciar, estar presente.


Ex: Não assisti às últimas sessões.

Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é acompanhado de "em".


Ex: Assistimos numa conturbada cidade.

CHAMAR
a) sem preposição, no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de.

75
Ex: Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la.

b) usa a preposição a, no sentido de denominar, apelidar


Ex: A torcida chamou o jogador mercenário.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário.

FALAR
a) sem preposição, no sentido de expressar-se
Ex: Ela falou muito.

b) usa-se a preposição para ou a, no sentido de comunicar


Ex: Falei para o/ ao chefe que não vou trabalhar amanhã.

c) usa a preposição com, no sentido de conversar, combinar


Ex: Ontem falei com o meu irmão.

d) usa-se a preposição em ou de, no sentido de abordar um assunto


Ex: O professor falou em/de literatura

e) usa-se a preposição de, no sentido de comentar sobre alguém


Ex: Ele falou de você.

GOSTAR
a) usa-se sempre a preposição de
Ex: Nós gostamos muito de viajar.

IMPLICAR
a) sem preposição no sentido de dar a entender, fazer supor, pressupor
Ex: Suas atitudes implicavam um firme propósito.

b) sem preposição no sentido de ter consequência, trazer como consequência, acarretar,


provocar
Ex: Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um povo.

c) usa a preposição em no sentido de comprometer, envolver

Ex: Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.

d) usa a preposição com no sentido de antipatizar, ter implicância


ex: Implicava com quem não trabalhasse arduamente.

IR
a) sem preposição, seguido de verbo no infinitivo.
Ex: Vou estudar no fim de semana.

b) usa-se a preposição a, seguido de substantivo


Ex: Vou ao supermercado.

76
NAMORAR
a) sem preposição
Ex: Ela namorava o filho do delegado.

OBEDECER, DESOBEDECER
a) usa-se a preposição a com pessoas ou coisa.
Ex: Devemos obedecer às normas. / Por que você não obedece aos teus pais?

PAGAR, PERDOAR
a) usa-se a preposição a com pessoas e sem preposição com coisa
Ex: Paguei o que devia ao Banco.
Perdoou os erros ao amigo.

PEDIR
a) usa-se a preposição a ou para com pessoas
Ex: Pediu um favor ao irmão.

PRECISAR
a) sem preposição, seguido de verbo.
Ex: O pedreiro precisa passar o orçamento.

b) usa-se a preposição de, quando não for seguido de verbo.


Ex: Preciso de bom digitador.

PREFERIR
a) usa-se a preposição a
Ex: Preferia viajar a estudar.

QUERER
a) sem preposição, no sentido de desejar, ter vontade de, cobiçar.
Ex: Querem melhor atendimento.

b) usa-se a preposição a, no sentido de ter afeição, estimar, amar.


Ex: Quero muito aos meus amigos.

RECLAMAR
a) usa-se a preposição de, no sentido de fazer reclamação; queixar-se, criticar.
Ex.: Ele sempre reclama dos preços.

RESPONDER
a) usa-se a preposição a para pessoa ou coisa.
Respondi ao bilhete imediatamente.
Respondeu ao professor com desdém.

SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR
a) usa-se a preposição com
Sempre simpatizei com Mariana, mas antipatizo com o irmão dela.

(obs.: não se utiliza com pronome oblíquo)


77
VER, OUVIR, ESCUTAR,
a) sem preposição para coisa ou pessoa
Ex: Nós vimos/ouvimos/escutamos o nosso grupo musical preferido.

VISAR
a) sem preposição, nos sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
Ex: O homem visou o alvo. O gerente não quis visar o cheque.

b) usa-se a preposição a, no sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo.
Ex: O ensino deve sempre visar ao progresso social.

Regência Nominal
Substantivos

Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo de


Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos

Acessível a Entendido em Necessário a


Acostumado a, com Equivalente a Nocivo a
Agradável a Escasso de Paralelo a
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Descontente com Insensível a Sito em
Desejoso de Liberal com Suspeito de
Diferente de Natural de Vazio de

Advérbios

Longe de
Perto de

Obs.: Os advérbios terminados em “mente” geralmente vêm dos adjetivos de que são formados: Ex.: Geralmente (geral).

78

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