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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Interpretação de Texto
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões
relacionadas a textos.
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa
informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-
se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto
original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.
EXEMPLO
A INTEGRAÇÃO DO MUNDO
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE
"O HOMEM UNIDO ” A UNIÃO DO HOMEM
HOMEM + HOMEM = MUNDO
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA)
Fazem-se necessários:
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática;
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
d) Capacidade de raciocínio.
INTERPRETAR X COMPREENDER
Erros De Interpretação
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais freqüentes
são:
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um
conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas
e, conseqüentemente, errando a questão.
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam,
mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR
DIZ e nada mais.
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou
parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo,
uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai
dizer e o que já foi dito.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do
pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz
erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo
adequado a cada circunstância, a saber:
QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. MAS DEPENDE DAS
CONDIÇÕES DA FRASE.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
QUEM (PESSOA)
COMO (MODO)
ONDE (LUGAR)
QUANDO (TEMPO)
QUANTO (MONTANTE)
EXEMPLO:
Depois de treinar bastante e ler muito, você estará pronto para interpretar os mais diversos tipos de
texto
Quantas vezes você já leu um texto e não entendeu nada do que estava escrito ali? Leu, releu e,
mesmo assim, ainda ficou com um nó na cabeça? Eu mesma já fiquei assim muitas vezes! Pensando
nisso, listamos 4 técnicas para fazer de você um mestre na interpretação! Depois disso, vai ficar fácil
entender até os mais complexos manuais de instrução (ok, talvez nem tanto, mas você vai arrebentar
no vestibular!).
Sabendo disso, aqui vão 4 dicas para fazer com que você consiga atingir essas três etapas! Confira
abaixo:
Não existe mágica para atingir a primeira etapa, a da pré-compreensão. O único jeito é ter um bom
nível de leituras. Além de ler bastante, você pode potencializar essa leitura se estiver com um
dicionário por perto. Viu uma palavra esquisita, que você não conhece? Pegue um caderninho (vale a
pena separar um só pra isso) e anote-a. Em seguida, vá ao dicionário e marque o significado ao lado
da palavra. Com o tempo o seu vocabulário irá crescer e não vai ser mais preciso ficar recorrendo ao
dicionário toda hora.
2) Faça paráfrases
Para chegar ao nível da compreensão, é recomendável fazer paráfrases, que é uma explicação ou
uma nova apresentação do texto, seguindo as ideias do autor, mas sem copiar fielmente as palavras
dele. Existem diversos tipos de paráfrase, só que as mais interessantes para quem está estudando
para o vestibular são três: a paráfrase-resumo, a paráfrase-resenha e paráfrase-esquema.
– Paráfrase-resenha: esse outro tipo, além dos passos do resumo, também inclui a sua participação
com um comentário sobre o texto. Você deve pensar sobre as qualidades e defeitos da produção,
justificando o porquê.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
3) Leia no papel
Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias de mistério em um Kindle, um
tipo de leitor digital, foram significantemente piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que
aqueles que leram a mesma história em papel. Os pesquisadores justificam que a falta de
possibilidade de virar as páginas pra frente e pra trás ou controlar o texto fisicamente (fazendo notas
e dobrando as páginas) limita a experiência sensorial e reduz a memória de longo prazo do texto e,
portanto, a sua capacidade de interpretar o que aprendemos. Ou seja, sempre que possível, estude
por livros de papel ou imprima as explicações (claro, fazendo um uso sábio do papel, sem
desperdícios!). Vale fazer notas em cadernos, pois já foi provado também que quem faz anotações à
mão consegue lembrar melhor do que estuda.
Uma das maiores dificuldades de quem precisa ler muito é a falta de concentração. Quem tem
dificuldades para interpretar textos e fica lendo e relendo sem entender nada pode estar sofrendo de
um mal que vem crescendo na população da era digital. Antes da internet, o nosso cérebro lia de
forma linear, aproveitando a vantagem de detalhes sensoriais (a própria distribuição do desenho da
página) para lembrar de informações chave de um livro. Conforme nós aumentamos a nossa
frequência de leitura em telas, os nossos hábitos de leitura se adaptaram aos textos resumidos e
superficiais (afinal, muitas vezes você tem links em que poderá “ler mais” – a internet é isso) e essa
leitura rasa fez com que a gente tivesse muito mais dificuldade de entender textos longos.
Os especialistas explicam que essa capacidade de ler longas sentenças (principalmente as sem links
e distrações) é uma capacidade que você perde se você não a usar. Os defensores do “slow-reading”
(em tradução literal, da leitura lenta) dizem que o recomendável é que você reserve de 30 a 45
minutos do seu dia longe de distrações tecnológicas para ler. Fazendo isso, o seu cérebro poderá
recuperar a capacidade de fazer a leitura linear. Os benefícios da leitura lenta vão bem além. Ajuda a
reduzir o estresse e a melhorar a sua concentração!
a) Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos prévios
sobre o assunto ou área específica. Isso significa dizer, por exemplo, que se você pegar um texto do
3º ano do curso de Direito estando ainda no 1º ano, vai encontrar dificuldades para entender o
assunto, porque você não tem conhecimentos prévios que possam embasar a leitura.
c) Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de
compreendê-lo (sim, é preciso “conversar” com o texto para haver a interpretação de fato). É formada
então o que se chama “fusão de horizontes”: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo
texto. Significa abertura, o crescimento e a ampliação para novos sentidos.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Você pensa que domina essa matéria e que está tudo bem se ela for deixada de lado, até que PÁ:
tira uma nota RIDÍCULA em português e, justamente, percebe que errou a maioria das questões de
interpretação ou de gramática aplicada ao texto. Ou você realmente é muito ruim interpretando as
coisas mesmo.
Tenho um grave problema com português, especialmente interpretação de texto. Meu desempenho
nunca é regular, sempre sendo 8 ou 80 ( quando vou bem tenho a sensação que pode ser mais no
chute do que racional).
Minha bronca é especificamente com o CESPE. Então, você teria alguma dica, material ou técnica de
estudo para eu quebrar essa barreira com a Língua Portuguesa?
Alright, then! Tá beleza, então! Vamos aprender interpretação e mandar a banca para o beleléu.
1. Leia mais (eu sei que é clichê, então vou te dar alternativas bacanas)
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Quem não lê mal ouve, mal fala, mal vê. (Monteiro Lobato)
O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler.
(Mark Twain)
Ler é beber e comer. O espírito que não lê emagrece como o corpo que não come. (Victor Hugo)
Se você quiser interpretar melhor, você deve ter O QUE INTERPRETAR. Sabe, não adianta ficar
querendo tapar o sol com a peneira e pedir para divindades que tudo dê certo. Querer todo mundo
quer. Você tem que ter seu algo a mais, aqui. Leia.
Não, você não odeia LER. Você odeia ler, sei lá, os livros que as pessoas em geral leem, ou aqueles
livros chatos que os professores da escola indicam/indicavam. Machado de Assis? Blergh! Olavo
Bilac? Parnasiano aguado! Manuel Bandeira? No, no, please!
É claro, então, que você odeia ler o que você odeia ler. Para fugir disso e melhorar sua interpretação
de textos, leia o que você achar delicioso. Vou te mostrar algumas boas opções para fugir do lugar-
comum.
Histórias em quadrinhos
Eu aprendi a ler com Turma da Mônica. Consegui interpretar desde cedo que o Cebolinha falava
“elado” porque ele era uma criança ainda aprendendo a falar com mais dificuldades do que as outras
crianças.
Sites de fofocas
Exemplo: Papel Pop: os sites de fofocas colocam duplo sentido em um milhão de textos, e isso é
fantástico para você. Toda vez que você não entender alguma coisa, pergunte-se: o que será que o
autor do texto quis dizer com isso? Você começa entendendo frases simples nesse tipo de site e
acaba conseguindo interpretar textos em provas de concursos. How great is that? Isso é muito legal,
né não? :)
Não é por acaso que Stranger Things é uma das séries originais da Netflix mais adoradas da
atualidade. Ela tem um ingrediente fascinante para qualquer pessoa de qualquer idade no mundo
inteiro: crianças pré-adolescentes ou adolescentes enfrentando coisas mais fortes do que elas. Come
on. Fala sério. Esse roteiro não é novo: existe em Harry Potter, Percy Jackson, Jogos Vorazes, E.
T., Sexto Sentido, Guerra dos Tronos (sim! Geral se interessou por Guerra dos Tronos por causa do
Jon, da Dany, da Arya, da Sansa, do Jofrey, do Bran…) todo mundo adora uma creepy child (criança
esquisita), e os livros relacionados a elas são do tipo que você começa pela manhã e só termina
quando chega à última página.
Letras de músicas
Você está a fim de decorar uma nova música? Pegue a letra dela, não tente decorar somente pela
cantoria da pessoa. Além de treinar sua interpretação, você treinará sua memória (é mais fácil
decorar uma letra entendendo o sentido dela).
Eu já ouvi um incontável número de pessoas cantando músicas que não condiziam com a letra
original, trocando totalmente o sentido da coisa. Isso acontece por dois motivos simples:
1. o som da música não permite que as pessoas entendam direito o que se fala; e
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Não faz sentido, em um contexto comum, rolar um blues na madrugada e trocar de biquíni sem parar
ao mesmo tempo!
Outra:
Faz sentido você estar em uma festinha belezera, conhecer alguém e perguntar as coisas em
Holandês? Só na Holanda, né?
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
E há vááários outros exemplos! Amar a pé, amar a pé… (amar até, amar até); Ôh Macaco cidadão,
macaco da civilização… (Ôh pacato cidadão); Leste, oeste solidão… (S.O.S. solidão); São tantas
avenidas… (São tantas já vividas); e assim vai hehehe!
A dica que fica é: o que você interpretou não fez sentido? Então procure ENTENDER o que
você ouviu! Fazendo isso, você conseguirá conectar os fatos muito melhor e até memorizar mais
rápido.
Em Interpretação, as palavras não são soltas, então não as trate como se estivessem ali sozinhas.
Eu vou repetir.
Em Interpretação, as palavras não são soltas, então não as trate como se estivessem ali
sozinhas.
Você ouve “trocando” “de” “biquíni” “sem” “parar”. Só que, se você junta tudo isso, o troço não vai
fazer sentido algum! Não trate as palavras como se elas fossem alone in the dark (sozinhas no
escuro).
Frases de motivação são umas lindas. Além de ensinar tudo sobre mindset(mentalidade de
aprovados) elas são ótimas professoras de interpretação. Veja os exemplos que eu trouxe (logo
abaixo, há os significados das frases, caso você ainda esteja com a interpretação em baixa):
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Perfeição é uma palavra capciosa. Ela denota algo positivo, mas leva a resultados negativos.
Na busca pela perfeição ao estudarmos para concursos públicos, acabamos por perder tempo
demais com assuntos que não nos levarão a nada (aliás, essa é a minha grande lição no Ritmo de
Estudos, o meu curso oficial – eu ensino a excluir conteúdo que não interessa).
Perfeição é uma grande inimiga do resultado. Enquanto a maioria entra em concursos públicos
pensando que deve estudar todo o edital de uma mesma maneira, sem colocar os devidos pesos,
poucos são os que realmente conseguem grandes notas por terem sido mais espertos.
Essa frase é de George Eliot. O sr. Eliot mal saberia que muitos anos após sua morte, em um
país far, far away, grupos de concurseiros falariam coisas como:
Todos os dias eu recebo mensagens de pessoas que têm algum motivo sem noção para desistir (ou
para não entrar em ação). A idade é um dos campeões do desculpismo.
A verdade, entretanto, é só uma: ficar na inércia é que não vai trazer resultados a ninguém.
Colonel Sanders chegou a pensar no suicídio aos 65 anos de idade. Quando começou a escrever sua
carta de adeus, decidiu falar tudo o que faria diferente para que sua vida tivesse seguido o rumo que
ele sempre quis. Ao invés de se matar, Sanders começou a vender sua própria receita de frango frito
de porta em porta. Aos 88 anos, o fundador do Kentucky Fried Chicken (KFC), nos Estados Unidos,
tornou-se um bilionário.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Como fangirl da Apple, eu não poderia deixar de citar uma do Steve Jobs.
Nos concursos públicos, chegará um momento em que você achará que já sabe demais. Até você
passar, você perceberá, entretanto, que precisa sempre de honestidade para entender que não sabe
de tudo, e sempre deve correr atrás de mais e mais conhecimento.
E isso vale para depois que passar, também. Do contrário, você será daquele tipo de concursado
aposentado: morre aos 25 e só é enterrado aos 85.
Napoleon Hill estava no ápice da genialidade quando disso isso. Se você consegue ENTENDER
alguma coisa, você consegue fazer essa coisa. Se você consegue entender o processo de passar em
concursos públicos, você conseguirá passar muito mais rápido.
Por fim, mas não menos importante: você só aprenderá a interpretar se você aplicar todas as dicas
que eu dei (e darei) neste artigo. Conhecimento só é válido quando se consegue agir sobre ele.
Existem milhares de outras frases de motivação por aí. Faça uma por dia. E, claro, interprete cada
uma delas.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Existe um livro em inglês chamado Happy for No Reason (Feliz sem Ter Motivo), da autora Marci
Shimoff. De acordo com Shimoff, existem as pessoas que não são felizes, existem as pessoas que
são felizes por algum motivo (geralmente por estarem com outras pessoas) e existem as pessoas que
são felizes sem ter motivo.
No primeiro caso, de acordo com a autora, as pessoas estão em um estágio de depressão profunda;
no segundo caso, as pessoas estão felizes, mas, como estão felizes por um MOTIVO, esse motivo
pode ser retirado delas; e no terceiro caso as pessoas são felizes apenas por ser (entretanto, poucas
conseguem chegar lá).
Um dos casos em que as pessoas buscam a felicidade por um motivo (aquela que pode ser tirada
delas) é o da má interpretação. A pessoa se martiriza internamente por uma frase que pegou fora de
contexto, ou cria algum tipo de raiva por algo que ouviu falar por terceiros, e a infelicidade a encontra.
Por isso, interpretar o que ocorre em sua vida dentro de um contexto lógico também te ajudará em
provas de concursos públicos. Em 90% dos casos, você perceberá que não é pessoal, e isso não
será problema seu. Nos outros 10% (se for pessoal), o problema também não é seu.
Querendo ou não, interpretar textos também significa aprender a Língua Portuguesa. Saber qual é o
sujeito, qual é o advérbio, qual é o objeto indireto poderá te salvar de várias situações ruins.
O lance é que a gramática pura (por si só) não te ajudará em basicamente nada se você não
conseguir aplicá-la. E aprender gramática consiste no seguinte:
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Um erro comum é pensar demais. Depois de muito treino (com todas as outras dicas), você estará
com a preparação em nível avançado na interpretação de textos.
Daí, chega o momento da prova e você começa a querer pensar demais: “e se não for realmente
isso? E se for um peguinha? E se? E se?”.
Para evitar que isso aconteça, só existe um remédio: fazer muitas provas de interpretação de textos,
e de preferência da banca que fará seu certame. Eu não estou falando de fazer duas, três provas. Eu
estou falando de 20, 30 provas, cada uma com 15, 20 questões, cada uma com 3, 4 textos. Lembre-
se: permaneça ignorante. Permaneça com fome.
Nos vemos nos próximos artigos. E não se esqueça de se cadastrar no Esquemaria para pegar mais
e mais dicas ;)
Uma boa interpretação de texto é importante para o desenvolvimento pessoal e profissional, por isso
elaboramos algumas dicas preciosas para auxiliar você nos seus estudos.
Você tem dificuldades para interpretar um texto? Se a sua resposta for sim, não se desespere, você
não é o único a sofrer com esse problema que afeta muitos leitores.
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar inúmeros problemas, afetando não só o
desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo moderno cobra de
nós inúmeras competências, uma delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
boa comunicação verbal, mas também à capacidade de entender aquilo que está sendo lido. O
analfabetismo funcional está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do código, pois
a leitura mecânica é bem diferente da leitura interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer
analogias e criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de textos, elaboramos
algumas dicas para você seguir e tirar suas dúvidas.
Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos
de contemplar alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, apressados,
descuidamo-nos das minúcias presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz
suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre releia, pois, uma
segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes que não foram observados anteriormente.
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos
frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira
aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou apresentando novos
conceitos.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos
argumentativos não costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente
contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você precise
ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do autor, suposições
vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um
analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim
como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece
nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos!
Interpretação de Texto: veja os principais pontos nos quais você deve focar durante a leitura dos
textos nas provas do Enem, dos vestibulares e do Encceja. Revise como interpretar um texto, e
mande bem nos Exames!
Saber ler e interpretar um texto é o primeiro passo na resolução de qualquer questão do Enem. A
compreensão do enunciado é uma chave essencial para iniciar a resolução dos problemas.
Por isso mesmo o tema da Interpretação de Texto é o que mais cai no Enem e nos Vestibulares. Aqui
vão algumas dicas que podem facilitar a compreensão e tornar o ato de interpretar um texto mais
rápido e eficaz.
A primeira coisa que deve ser feita na Interpretação de texto é decompor o texto em suas “ideias
básicas”. Qual é o foco do texto e quais são os principais conceitos definidos pelo autor. Esta
operação fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. É assim que se estuda
interpretação de texto para o Enem.
• Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique
humana: o inconsciente e subconsciente. Começou estudando casos clínicos de comportamentos
anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e
Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895).
• Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo inventou o método que até hoje é usado
pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta
por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
• “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a
apresentação da tese de que toda neurose é de origem sexual.” (Salvatore D’Onofrio). IDEIAS –
NÚCLEO. Veja a seguir o Passo inicial da Interpretação de Texto
• O autor do texto afirma, inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender os
níveis mais profundos da personalidade humana, o inconsciente e subconsciente.
A segunda ideia – núcleo mostra que Freud deu início à sua pesquisa estudando os comportamentos
humanos anormais ou doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método criou o das “livres
associações de ideias e de sentimentos”.
* “Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da língua
gemonírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na
fase de vigília”.
Aqui, está explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por meio da compreensão
dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica dos desejos não realizados ao longo da vida do
dia a dia. É assim, passo a passo, que você faz a interpretação de texto.
* “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi à apresentação
da tese de que toda neurose é de origem sexual.”.
Conclusão: Por fim, o texto afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando a
novidade de que todo o trauma psicológico é de origem sexual.
A finalidade deste exemplo foi de mostrar como captar o foco central na interpretação do texto e
captar a ideia transmitida pelo autor de forma sagaz. O ideal, na hora de interpretar um texto, é fazer
uma leitura dinâmica, a fim de captar sua ideia principal, para depois ler novamente para que possa
ser feita uma análise mais a fundo do mesmo.
Ler e interpretar um texto parece muito simples, e de fatoé. Mas, existem os segredos da
Interpretação de Texto nas provas do Enem e similares. Foram estes segredos que você aprendeu
nesta aula.
Provavelmente, você já errou algum exercício quando sabia o conteúdo da questão. A decepção
quando a gente erra uma questão por besteira é enorme, né?
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
As próximas dicas tem a intenção de melhorar a sua capacidade interpretativa para as provas e
também para o dia a dia.
Gráficos e tabelas caem com muita frequência no Enem, nos vestibulares e concursos públicos. Além
dos processos seletivos, eles também são bastante utilizados por jornais e pelo mercado de trabalho.
Entendê-los pode não ser fácil, mas não desista. Muitas vezes, ao se deparar com esse tipo de dado
em um exercício, a gente coloca barreiras como “não sei, sou de Humanas“. Mas não deve ser
assim Quando você aprender como eles funcionam, vai ser cada vez mais fácil fazer a interpretação
desse tipo de texto.
Com o passar do tempo (e depois de praticar bastante), é possível que você comece a gostar de criar
gráficos e tabelas. Eles são uma maneira prática de resumir um conjunto de informações importantes.
Obs: Você percebeu que recomendei uma aula de Português e outra de Matemática para aprender
gráficos? Esse conteúdo é frequente em questões interdisciplinares, incluindo a redação.
A ordem direta é a que organiza as palavras da seguinte forma: sujeito + predicado + complemento
Esse é o jeito objetivo de entender uma oração. Faça o exercício de reorganizar as orações que
estão na ordem indireta, principalmente os enunciados das questões.
Preste atenção a todos os tipos de texto (como infográficos, gráficos, tabelas, imagens, citações e
poemas).
Circule os nomes dos autores, livro e ano de publicação nas referências do texto. Tais detalhes talvez
revelem o tema da questão e até mesmo a resposta.
Basta olhar as referências para saber que o texto acima é relacionado aos Direitos Humanos,
aproximadamente sobre 2016.
Olhando o título, vejo que ele é sobre intolerância religiosa. Depois de analisar o infográfico e o
gráfico, tenho uma ideia das principais religiões discriminadas e da evolução da violência de 2013 a
2014.
Talvez eu não saiba que a liberdade para expressar a religião é um dos Direitos Humanos. Mas a
referência me ajuda a saber que existe uma relação entre os direitos humanos e a intolerância
religiosa no Brasil (título do texto).
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Provavelmente você já viu memes ou menes nas redes sociais. Para entender o que significam, é
preciso interpretar, no mínimo, a relação entre dois elementos, que podem ou não estar na imagem.
No primeiro post, você precisa saber colocação pronominal segundo a norma culta e saber como são
entrevistas de emprego para entender a referência. No segundo post, deve conhecer o que é um
elétron e a marca Ricardo Eletro.
Para praticar, experimente anotar em um papel o que é engraçado no post e quais são os elementos
que causam esse efeito de sentido.
Depois de um hora fazendo uma leitura densa, ficamos cansados. Precisamos ter resistência para
não fazer análises equivocadas dos textos. Uma das formas de desenvolver a resistência é se
acostumar a compreender textos longos.
Procure fontes relevantes para os assuntos que você estuda no dia a dia. As provas do Enem, além
de serem úteis para praticar e simular a avaliação deste ano, podem ajudar a acostumar com a leitura
desse tipo de texto.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Vale lembrar que a maneira que a gente lê um texto impresso e na tela do celular ou computador é
diferente. Se você irá fazer provas impressas, prefira ler textos assim.
6. Compreenda músicas
As músicas estão presentes no nosso dia a dia e utilizam muitas figuras de linguagem (a gente
explica as principais neste outro artigo).
Depois de escutar uma música de que você gosta, reflita sobre a letra. O que o autor quis dizer com
ela? Pesquise a letra e tente interpretar o significado de cada estrofe.
7. Leia tirinhas
O Enem costuma avaliar habilidades importantes na vida prática. Tirinhas são facilmente
encontradas, são uma leitura leve, divertida e sempre precisam de interpretação.
Muitas vezes elas expõem algum problema social, histórico, ou tem uma crítica implícita.
Escolha uma ou duas palavras que resumam o que você leu nos trechos menores, para se lembrar
depois.
Em seguida, procure relações entre o que você acabou de ler. Por exemplo: de oposição, causa e
consequência, adição.
Fazemos o procedimento acima para classificar orações subordinadas, mas ele também pode ser útil
para a interpretação como um todo.
9. Use um dicionário
Quando estiver lendo em casa, tenha um dicionário por perto e pesquise o que não entender. Só
assim vai ser possível interpretar depois.
Para memorizar, anote as palavras que você descobriu o que significam em um caderninho. Elas
poderão ser úteis para resolver exercícios e também para a redação.
Algumas obras literárias utilizam palavras antigas e de difícil entendimento. Vale lembrar que existem
vestibulares que apresentam pequenos glossários nas questões. Então não dê muita atenção aos
termos arcaicos na hora da leitura.
Todos nós já passamos por alguma situação confusa, que não fez muito sentido. Pode ser na hora de
resolver uma lista de exercícios ou em uma conversa com seus parentes, por exemplo.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Quando isso acontece, pode ser porque você não conseguiu interpretar corretamente. Então é útil
procurar ajuda em um dicionário, videoaula ou no Google.
Reescreva o que você acabou de ler de maneira resumida e utilizando sinônimos. Se preferir,
escreva em tópicos.
O objetivo desta dica é ter certeza de que você interpretou o texto e também consegue explicar de
maneira simples.
Interpretação de Textos
A interpretação de textos é um exercício que requer técnica e dedicação. Existem algumas dicas que
ajudam o leitor a aprimorar a compreensão dos mais variados gêneros textuais.
Letrado não é aquele que decodifica uma mensagem: letrado é o indivíduo que lê e compreende o
que lê. No Brasil, infelizmente, grande parcela da população sofre com o analfabetismo funcional, que
nada mais é do que a incapacidade que um leitor tem de compreender textos — inclusive os textos
mais simples — de gêneros muito acessados no cotidiano.
O analfabeto funcional não transforma em conhecimento aquilo que lê, pois sua capacidade de
interpretação textual é reduzida. Ao contrário do que muitos pensam, o problema atinge pessoas com
os mais variados níveis de escolaridade, e não apenas aqueles cuja exposição ao estudo
sistematizado foi reduzida. Para que você possa aprimorar sua capacidade de interpretação, o sítio
de Português elaborou algumas dicas que vão te ajudar a alcançar uma leitura proficiente, livre de
quaisquer mal-entendidos. Boa leitura e bons estudos!
Sabemos que nem sempre é possível ter a tranquilidade desejada para estudar, ainda mais quando
somos obrigados a conciliar várias atribuições em nossa rotina, mas sempre que possível, fique livre
de interferências externas e escolha ambientes adequados para a leitura. Um ambiente adequado é
aquele que oferece silêncio e algum conforto, afinal de contas, esses fatores influenciam de maneira
positiva os estudos. Ruídos e interferências durante a leitura reduzem drasticamente nossa
capacidade de concentração e, consequentemente, de interpretação.
Quem nunca precisou interromper a leitura diante de um vocábulo desconhecido? Essa é uma
situação corriqueira, mesmo porque o léxico da língua portuguesa é extenso. É claro que
desconhecer o significado de algumas palavras pode atrapalhar a interpretação textual, por isso, o
ideal é que você, diante de um entrave linguístico, consulte um bom dicionário. Na impossibilidade de
consultar um dicionário, anote a palavra para uma consulta posterior. É assim que um bom
vocabulário é construído, e acredite: ele sempre estará em construção, pois estamos constantemente
em aprendizado.
Sabemos que a tecnologia nos oferece diversos suportes que facilitam e democratizam a leitura e
que os livros digitais são uma realidade. Contudo, sempre que possível, opte por livros ou
documentos físicos, isto é, impressos. O papel oferece a oportunidade de ser rabiscado, nele
podemos fazer anotações de maneira rápida e prática, além de ser a melhor opção para quem tem
dificuldades de interpretação textual.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
com suas próprias palavras: isso facilitará a compreensão e a assimilação daquilo que está sendo
lido.
Explicações Preliminares
Todos têm dificuldades com interpretação de textos. Encare isso como algo normal, inevitável.
Importante é enfrentar o problema e, com segurança, progredir. Aliás, progredir muito. Leia com
atenção os itens abaixo.
1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia de tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários, listas
telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção,
tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal é “ler por ler”, para se livrar.
2) Aumente o seu vocabulário. Os dicionários são amigos que precisamos consultar. Faça exercícios
de sinônimos e antônimos. (Consulte o nosso Redação para Concursos, que tem uma seção
dedicada a isso.)
3) Não se deixe levar pela primeira impressão. Há textos que metem medo. Na realidade, eles nos
oferecem um mundo de informações que nos fornecerão grande prazer interior. Abra sua mente e
seu coração para o que o texto lhe transmite, na qualidade de um amigo silencioso.
4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o texto duas ou três vezes, atentamente, antes de tentar
responder a qualquer pergunta. Primeiro, é preciso captar sua mensagem, entendê- lo como um todo,
e isso não pode ser alcançado com uma simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. A cada
leitura, novas idéias serão assimiladas. Tenha a paciência necessária para agir assim. Só depois
tente resolver as questões propostas.
6) Há questões que pedem conhecimento fora do texto. Por exemplo, ele pode aludir a uma
determinada personalidade da história ou da atualidade, e ser cobrado do aluno ou candidato o nome
dessa pessoa ou algo que ela tenha feito. Por isso, é importante desenvolver o hábito da leitura,
como já foi dito. Procure estar atualizado, lendo jornais e revistas especializadas.
II) Paráfrase
1) Emprego de sinônimos.
Ex.: Embora voltasse cedo, deixava os pais preocupados. Conquanto retornasse cedo, deixava os
genitores preocupados.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Ex.: Paulo e Antônio já saíram. Paulo foi ao colégio; Antônio, ao cinema. Paulo e Antônio já saíram.
Aquele foi ao colégio; este, ao cinema. Aquele = Paulo este = Antônio
Ex.: É necessário que todos colaborem. É necessária a colaboração de todos. Quero o respeito do
grupo. Quero que o grupo me respeite.
Ex.: Nós desejávamos uma missão mais delicada, mais importante. Desejávamos missão mais
delicada e importante.
Ex.: Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo aquilo seria esquecido após três ou quatro
meses de investigação. Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo aquilo, após três ou quatro
meses de pesquisa, seria esquecido.
Ex.: A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz ativa) Uma roseira foi plantada pela mulher em
seu jardim. (voz passiva analítica)
Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3ª pessoa do plural sem o sujeito expresso na frase),
haverá duas mudanças possíveis.
Ex.: Plantaram uma roseira. (voz ativa) Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica)
8) Troca de discurso
Ex.: Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo: - Cortarei a grama sozinho. (discurso direto)
Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo que cortaria a grama sozinho. (discurso indireto)
9) Troca de palavras por expressões perifrásticas (vide perífrase, no capítulo seguinte) e vice-versa
Ex.: Castro Alves visitou Paris naquele ano. O poeta dos escravos visitou a cidade luz naquele ano.
Ex.: O homem da cidade não conhece a linguagem do céu. O homem urbano não conhece a
linguagem celeste.
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ASPECTOS SEMÂNTICOS
Aspectos Semânticos
A fim de nos expressarmos melhor, uma das nossas preocupações deve ser o uso adequado das
palavras. E para que isso seja possível, devemos estar atentos às diversas relações que elas podem
estabelecer: relação por origem, por significado, por som, por área temática etc.
Quando estudamos esses aspectos, deparamo-nos com os termos campo semântico e campo
lexical. Você sabe o que cada um significa? Antes de definirmos esses elementos, é importante ter
em mente que:
Tendo isso em vista, podemos perceber que, por mais próximos que sejam, há diferenças quando o
assunto é campo semântico e campo lexical.
• Campo Lexical
O campo lexical de uma língua é formado pelas palavras pertencentes a uma mesma área de
conhecimento e por palavras formadas por composição (processo que forma palavras a partir da
junção de dois ou mais radicais) e derivação (processo que forma uma nova palavra a partir de outra
que já existe, chamada primitiva). Exemplo:
Campo lexical de trabalho: trabalhar, trabalhador, trabalhista, funcionário, patrão, salário, sindicato,
profissão, função, carteira de trabalho, profissional, equipe, operário etc.
• Campo Semântico
Já o campo semântico trabalha com os sentidos que uma única palavra apresenta quando inserida
em contextos diversos. Ele é, portanto, o conjunto dos diversos sentidos que uma única palavra pode
apresentar.
Um mesmo termo, dependendo de como e quando ele for empregado e de que palavras estiverem
relacionadas a ele, pode ter variados significados. Exemplos:
Campo semântico de partir: sair, ir embora, dar o fora, sumir, morrer, quebrar, espatifar etc.
Campo semântico de morrer: falecer, apagar, bater as botas, passar para um plano superior,
apagar, foi para o céu etc.
Campo semântico de brincadeira: divertimento, distração, piada, gozação, palhaçada, zoação etc.
Campo semântico de fabricar: construir, montar, criar, projetar, edificar, confeccionar, fazer,
elaborar etc.
Campo semântico de cansaço: canseira, fadiga, esgotado, pregado, lombeira, prostrado, exausto
etc.
É possível afirmarmos, portanto, que o campo semântico de uma palavra ou expressão é o acervo
que acessamos a fim de que alcancemos a interação pretendida com o nosso interlocutor. A partir
desse conjunto, podemos viabilizar as situações comunicacionais do nosso dia a dia.
Essa definição está ligada ao que entendemos como polissemia, mas não podemos afirmar que
esses dois conceitos são sinônimos. O campo semântico é o espaço em que a polissemia atua, ou
seja, os múltiplos e possíveis sentidos que uma determinada palavra possui é o campo semântico
dela. A polissemia, por sua vez, consiste nos variados sentidos que, em determinado
caso/frase/oração, a palavra pode assumir. Exemplo:
Ela partiu.
Campo semântico de partir: sair, ir embora, dar o fora, sumir, morrer, quebrar, espatifar etc.
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ASPECTOS SEMÂNTICOS
Falar sobre semântica significa, antes de tudo, falar sobre significante e significado. Mas, a
propósito, tais elementos estabelecem relação com exatamente o quê?
Sabemos que nós, assim como muitos outros, pertencemos a um grupo social falante da língua
portuguesa – nosso idioma oficial. Assim sendo, podemos afirmar que essa mesma língua se
manifesta como um sistema de signos convencionais regidos por certas regras de organização,
representadas pelos preceitos gramaticais.
Esse sistema de signos representa os elementos que utilizamos para nos comunicar, os quais se
relacionam ao significante e ao significado, expressos anteriormente. Entendamos, pois, acerca deste
processo:
Ao falarmos a palavra “pedra”, de imediato temos uma imagem psíquica associada a algo que a
materialize de forma concreta, ou seja, algo representado de forma gráfica – que no caso diz respeito
às letras, fonemas e, posteriormente, às sílabas. Veja:
= sf. 1. Matéria mineral dura e sólida, da natureza das rochas. 2. Fragmento dela. 3. Rocha, rochedo.
4, Lápide sepulcral. [...]. Tais pressupostos nos remetem ao significado.
= também a: p/e/d/r/a – imagem sensorial, representada por meio de letras. Pressuposto este
demarcado pelo significante.
Sinonímia
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ASPECTOS SEMÂNTICOS
Bondoso = Caridoso
Antonímia
Bondoso X Maldoso
Paronímia
Emigrar x Imigrar
Homonímia
Acento X Assento
Polissemia
Fazendo referência a este caso, há que se constatar que, dependendo do contexto, uma mesma
palavra pode assumir distintos significados.
Denotação e Conotação
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ASPECTOS SEMÂNTICOS
Admiro o voo dos pássaros. (sentido literal, retratado pelo dicionário) = denotação
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EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
CRASE: é uma palavra de origem grega e significa "mistura", "fusão". Nos estudos de Língua
Portuguesa, é o nome dado à fusão ou contração de duas letras "a" em uma só. A crase é indicada
pelo acento grave (`) sobre o "a". Crase, portanto, NÃO é o nome do acento, mas do fenômeno
(junção a + a) representado através do acento grave.
4) o a dos pronomes relativos a qual e as quais: Há cidades brasileiras às quais não é possível
enviar correspondência.
REGRAS PRÁTICAS
2 - Substitua o termo regente da preposição a por outro que exija uma preposição diferente
(de, em, por). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem as
formas da(s), na(s) ou pela(s), não haverá crase:
Refiro-me a você. (sem crase) - Gosto de você / Penso em você / Apaixonei-me por você.
Refiro-me à menina. (com crase) - Gosto da menina / Penso na menina / Apaixonei-me pela
menina.
Começou a gritar. (sem crase) - Gosta de gritar / Insiste em gritar / Optou por gritar.
3 - Substitua verbos que transmitem a idéia de movimento (ir, voltar, vir, chegar etc.) pelo verbo
voltar. Ocorrendo a preposição "de", NÃO haverá crase. E se ocorrer a preposição "da",
HAVERÁ crase:
Ocorrendo a preposição "de", NÃO haverá crase. E se ocorrer a preposição "da", HAVERÁ
crase:
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EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
4 - A crase deve ser usada no caso de locuções, ou seja, reunião de palavras que equivalem a
uma só idéia. Se a locução começar por preposição e se o núcleo da locução for palavra
feminina, então haverá crase:
Gente à toa.
Vire à direita.
Tudo às claras.
Hoje à noite.
Navio à deriva.
Tudo às avessas.
No caso da locução "à moda de", a expressão "moda de" pode vir subentendida, deixando
apenas o "à" expresso, como nos exemplos que seguem:
Filé à milanesa.
Churrasco à gaúcha.
À meia-noite.
À uma hora.
À duas horas.
Às três e quarenta.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Acentuação Gráfica
Proparoxítonas
Paroxítonas
l fácil
n pólen
r cadáver
ps bíceps
x tórax
us vírus
i, is júri, lápis
Observações:
2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super).
Exemplos:
Oxítonas
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Acento Agudo
O acento agudo ( ´ ) é usado na maioria dos idiomas para assinalar geralmente uma vogal aberta ou
longa. Em português, aparece em todas as vogais tônicas na última sílaba ou na antepenúltima
sílaba. Aparece também nos grupos "em" e "ens" (como em armazém, além, etc.) e para separar as
letras i e u dentro de um hiato (como em alaúde). Em idiomas como o holandês e o islandês, pode
funcionar como marca diferencial em palavras homônimas cujo significado não pode ser inferido pelo
contexto. Na escrita pinyin do mandarimindica o segundo tom, de baixo para cima. Em polonês pode
aparecer sobre as consoantes c e n para indicar a palatização (passando a ser pronunciadas como
/tch/ e /nh/).
Acento grave
O acento grave (`) era usado geralmente para designar uma vogal curta ou grave em latim e grego.
Em português serve para marcar a crase. É de uso frequente em italiano e francês para marcar a
sílaba tônica de algumas palavras. Em norueguês e romeno, serve como acento para desambiguação
de palavras. Na escrita pinyin, indica o quarto tom, de cima para baixo.
Acento circunflexo
O acento circunflexo (^) é um sinal diacrítico usado em português e galês tem função de marcar a
posição da sílaba tônica. No caso específico do português, aparece sobre as vogais a, e, o quando
são tônicas na última ou antepenúltima sílaba (p. ex.: lâmpada, pêssego, supôs) e têm timbre
fechado. Em francês é usado para marcar vogais longas decorrentes da supressão da letra s na
evolução histórica da palavra (p. ex. hospital → hôpital).
Cáron
Til
O til é um sinal diacrítico cujo uso mais frequente é em português. Serve para indicar a nasalização
das vogais - atualmente somente nos ditongos ão, ãe, õe e isoladamente na vogal ã, mas no passado
podia aparecer também sobre a vogal e. Também aparece no espanhol sobre a letra n para indicar a
palatização (devendo ser pronunciada como /nh/) e no estoniano sobre a letra o para indicar uma
vogal intermediária entre /o/ e /e/.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Trema
O trema (¨) é um sinal gráfico presente em várias línguas românicas e línguas germânicas, e usado
em português do Brasil até o acordo ortográfico de 1990 sobre a letra u nos
grupos que, qui, gue e gui quando fossem pronunciados, como em freqüência e ungüento, uso ainda
presente em espanhol. Em francês, holandês e italiano, serve para marcar a segunda vogal de um
hiato.
Em alemão, sueco e finlandês aparece sobre as vogais a, o e u para indicar que devem ser
pronunciadas como vogais posteriores.
Cedilha
A cedilha (¸) é usada geralmente para indicar que uma consoante deve ser pronunciada de forma
sibilante. Em português, francês e turco aparece sob a letra c (ç) - no caso do turco, para indicar a
palatização. Em romeno aparece sob as letras s e t.
Anel
O anel (˚) é um acento inexistente em português. Aparece nas línguas escandinavas sobre a
letra a (å) para indicar que deve ser pronunciada como /ó/. Também aparece em checosobre a
letra u para indicar que deve ser pronunciada como uma vogal longa.
Ogonek
O ogonek (˛) é um acento exclusivo do polonês, colocado abaixo das vogais nasais (ą, ę, ǫ, ų). Tem a
mesma função do til em português.
Monossílabos
Exemplos: pá, vá, gás, Brás, cá, má, pé, fé, mês, três, crê, vê, lê, sê, nós, pôs, xô, nó, pó, só.
Oxítonas ou agudas
As palavras oxítonas ou agudas (quando a última sílaba é a sílaba tônica) com a mesma terminação
dos monossílabos tônicos acentuados, com acréscimo do em e ens, são acentuadas. [1] Também são
acentuadas as oxítonas terminadas nos ditongos éu, éi e ói. Exemplos: pará, vatapá, estás, irás, cajá,
você, café, Urupês, jacarés, jiló, avó, avô, retrós, supôs, paletó, cipó, mocotó, alguém, armazéns,
vintém, parabéns, também, ninguém, aquém, refém, réu, céu, pastéis, herói.
Paroxítonas ou graves
As palavras paroxítonas ou graves (quando a penúltima sílaba é a sílaba tônica) que possuem
terminação diferente das oxítonas acentuadas, são acentuadas. [1] Exemplos: táxi, beribéri, lápis,
grátis, júri,bónus/bônus, álbum, álbuns, nêutron, prótons, incrível, útil, ágil, fácil, amável, éden, hífen,
pólen, éter, mártir, caráter, revólver, destróier, tórax, ónix/ônix, fénix/fênix, bíceps, fórceps, ímã, órfã,
ímãs, órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos. São exceções as com prefixos como anti e super.
Proparoxítonas ou esdrúxulas
Observação.: Palavras terminadas em encontro vocálico átono podem ser consideradas tanto
paroxítonas quanto proparoxítonas, e devem ser todas acentuadas. Encontros vocálicos átonos no
fim de palavras tanto podem ser entendidos como ditongos quanto como hiatos.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Exemplos: cárie, história, árduo, água, errôneo. FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda
(2010). mini Aurélio 8 ed. Curitiba: Positivo. p. 20. ISBN 85-385-4239-1 Verifique |isbn=(ajuda) </ref>
Exemplos: anéis, fiéis, papéis, céu, troféu, véu, constrói, dói, herói.
Hiatos
As letras i e u (seguidos ou não de s) quando em hiatos, são acentuados desde que estas letras
sejam precedidas por vogal e que estejam isoladas em uma sílaba (só o i ou só o u).
Não se acentuam hiatos que precedem as letras l, r, z, m, n, e o dígrafo nh. Exemplo contribuinte.
Acento diferencial
• têm (terceira pessoa do plural do verbo ter) de tem (terceira pessoa do singular do verbo ter);
• derivados do verbo ter têm na terceira pessoa do singular um acento agudo "´", já a terceira pessoa
do plural tem um acento circunflexo "^" mantém/mantêm;
• vêm (terceira pessoa do plural do verbo vir) - vem (terceira pessoa do singular do verbo vir);
• derivados do verbo vir têm na terceira pessoa do singular um acento agudo "´", já a terceira pessoa
do plural tem um acento circunflexo "^" provém/provêm.
Após a reforma ortográfica, o acento diferencial foi quase totalmente eliminado da escrita, porém,
obviamente, a pronúncia continua a mesma.
Acentuação Gráfica
O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Toda palavra da língua
portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas tônicas das
palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba inicial
em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó. Além disso, notou que a sílaba tônica
nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as palavras com duas ou mais sílabas terão
acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A tonicidade está para a oralidade (fala) assim
como o acento gráfico está para a escrita (grafia).
Oxítonas
1. São assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas que terminam em a, e e o abertos, e
com acento circunflexo as que terminam em e e o fechados, seguidos ou não de s.
Exemplos:
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
e crê, dendê, vê
2. São acentuados os infinitivos seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las.
4. Nunca se acentuam os infinitivos em i, seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las.
Paroxítonas
Exemplos:
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Observação
2. Os prefixos anti-, inter-, semi- e super-, embora paroxítonos, não são acentuados
graficamente.
4. Depois do Acordo Ortográfico, não se usa mais o acento no i e no u tônicos das palavras
paroxítonas quando vierem depois de um ditongo decrescente. Se o i ou o u forem precedidos
de ditongo crescente, porém, o acento permanece.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Proparoxítonas
Exemplos: abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política, relâmpago, têmpora.
Casos especiais
2. Depois do Acordo Ortográfico, não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das
palavras paroxítonas.
3. Acentuam-se sempre o i e o u tônicos dos hiatos, quando estes formam sílabas sozinhas ou
são seguidos de s.
Exemplos: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo.
Exemplos: área, ágeis, importância, jóquei, lírios, mágoa, extemporâneo, régua, tênue, túneis.
7. Depois do Acordo Ortográfico, não são mais acentuadas as formas verbais dissílabas
terminadas em eem.
Observação
9. Depois do Acordo Ortográfico, não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis,
(ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir. O mesmo vale para o seu
composto redarguir.
10. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar,
apaziguar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas
pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do
imperativo.
Exemplos:
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Exemplos:
Observação
a) A vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras.
11. O acento diferencial é utilizado para distinguir uma palavra de outra que se grafa de igual
maneira. Depois do Acordo Ortográfico, passamos a usar apenas alguns acentos diferenciais.
Exemplos:
têm (3.a pessoa do plural do verbo ter) tem (3.a pessoa do singular do verbo ter)
vêm (3.a pessoa do plural do verbo ter) vem (3.a pessoa do singular do verbo ter)
Observações
a) O Acordo Ortográfico passou a aceitar a dupla grafia da palavra fôrma/forma, acentuada ou não.
b) Os derivados do verbo ter (conter, deter, manter etc.) seguem a mesma regra do verbo ter.
Exemplos:
c) Depois do Acordo Ortográfico, não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para,
péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Exemplos:
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Acentuação
Gramática
O Novo Acordo Ortográfico, em uso desde 2009, estabeleceu muitas mudanças nas regras de
acentuação gráfica.
Em se tratando de acentuação, devemos nos ater à questão das novas regras ortográficas da
Língua Portuguesa, as quais entraram em uso desde o dia 1º de janeiro de 2009. Como toda
mudança implica adequação, o ideal é que façamos uso das novas regras o quanto antes.
O estudo exposto a seguir visa a aprofundar seus conhecimentos no que se refere à maneira correta
de grafar as palavras, levando em consideração as regras de acentuação e o que foi proposto pelo
novo acordo ortográfico.
Acentuação Tônica
A acentuação tônica refere-se à intensidade em que são pronunciadas as sílabas das palavras.
Aquela que é pronunciada de forma mais acentuada é a sílaba tônica. As demais, como são
pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas.
• Oxítonas: são aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba.
Acentuação gráfica
Regras fundamentais:
• Palavras oxítonas: acentuam-se todas as oxítonas terminadas em "a", "e", "o", "em", seguidas ou
não do plural(s). Ex.: Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
Ex.: pá – pé – dó – há
→ Formas verbais terminadas em "a", "e", "o" tônicos seguidas de lo, la, los, las.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
→ i, is
→ l, n, r, x, ps
Regras especiais:
→ Os ditongos de pronúncia aberta "ei", "oi", que antes eram acentuados, perderam o acento
com o Novo Acordo. Veja na tabela a seguir alguns exemplos:
ANTES AGORA
Assembléia Assembleia
Idéia Ideia
Geléia Geleia
Jibóia Jiboia
Paranóico Paranoico
→ Quando "i" e "u" tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de
"s", desde que não sejam seguidos por "-nh", haverá acento:
Observação importante:
→ Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos formando hiato quando vierem depois de
ditongo:
ANTES AGORA
Bocaiúva Bocaiuva
Feiúra Feiura
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Sauípe Sauipe
ANTES AGORA
crêem creem
lêem leem
vôo voo
enjôo enjoo
→ Não se acentuam as vogais "i" e "u" dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica:
→ As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz com "u" tônico precedido de "g" ou
"q" e seguido de "e" ou "i" não serão mais acentuadas.
ANTES AGORA
→ Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir e dos seus
compostos (conter, reter, advir, convir etc.).
SINGULAR PLURAL
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
• A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo) ainda
continua sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular do presente do
indicativo). O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciá-lo da preposição por.
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ACENTUAÇÃO
Acentuação
Proparoxítonas
Paroxítonas
l fácil
n pólen
r cadáver
ps bíceps
x tórax
us vírus
i, is júri, lápis
Acentuação Gráfica
O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos que toda
palavra da Língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas
tônicas das palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba
inicial em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó.
Além disso, você notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as
palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A
tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a escrita (grafia). É
importante aprender as regras de acentuação pois, como vimos acima, independem da fonética.
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ACENTUAÇÃO
Abaixo estão descritas as regras de acentuação gráfica de forma descomplicada. Trata-se de assunto
relativamente simples, basta memorizar as regras. Entendemos que o conhecimento sobre separação
de sílabas é pré-requisito para melhor assimilação desse tema.
A Reforma Ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa notadamente nesta parte
de acentuação gráfica.
Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.
Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver, álbum, bênção, bíceps, espelho, famosa, medo, ontem,
socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem.
Ex: ótimo, incômoda, podíamos, abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política,
relâmpago, têmpora.
Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em
palavras paroxítonas.
• 66Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s.
• 88Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas
sozinhas ou são seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem
repetidas.
Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela regra exposta
acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, feiura.
• 99Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui:
argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.
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ACENTUAÇÃO
• 1010Da mesma forma não se usa mais o trema:aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar,
arguição, unguento, tranquilizante. Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã,
coração, devoções, maçã, relação etc.
• 1111O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para distinguir
uma da outra que se grafa de igual maneira:
Ainda enfatizando acerca da importância do assunto em pauta, há outro detalhe pertinente: o fato de
ter havido algumas mudanças em decorrência da implantação da Nova Reforma Ortográfica.
Cabendo ressaltar, portanto, que os referidos postulados, abaixo descritos, encontram-se condizentes
a esta. Para tanto, analisemos:
Os vocábulos que possuem apenas uma sílaba - ora caracterizados como monossílabos - também
são proferidos de modo mais e/ou menos intenso. De modo a compreendermos como se efetiva tal
ocorrência, analisemos:
Atendo-nos a uma análise, percebemos que os monossílabos “que”, “ao”, “me”, “o”, “e” são átonos,
visto que são pronunciados tão fracamente que se apoiam na palavra subsequente. Já os
monossílabos representados por “deu” e “sei” demonstram ser dotados de autonomia fonética,
caracterizando-se, portanto, como tônicos.
Regras fundamentais:
Monossílabos tônicos
Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuados.
* Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento:
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ACENTUAÇÃO
* No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural termina em eem.
Essa regra se aplica à nova ortografia, perceba:
Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico.
* Diferentemente ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, haja vista que a terceira
pessoa termina em “-êm”, embora acentuada. Perceba:
* Oxítonas:
* Paroxítonas:
Observações importantes:
a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi, não são mais
acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados:
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ACENTUAÇÃO
Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis:
b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo, formarem hiato: Note:
No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem seguidos de “s” ou
no final da palavra. Confira:
O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos:
* As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das letras “q” e “g” e
seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja:
Atenção:
- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos, essas vogais serão
acentuadas:
Exemplos:
eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico).
tu apazíguas, que eles apazíguem.
Eu averiguo, eu aguo.
* Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos, tais como:
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ACENTUAÇÃO
pôr = verbo
por = preposição
Em razão das necessidades econômicas e sociais da industrialização, o ensino deixou de ter uma
preocupação essencialmente conceitual, enquanto a rapidez e a praticidade tornaram-se seu enfoque
e levaram os livros didáticos a uma posição de direcionamento e orientação do trabalho escolar. O
professor assumiu o "segundo plano" no processo ensino-aprendizagem e o livro passou a ocupar o
"primeiro plano". Em lugar do material didático, o professor se transformou em auxiliar das atividades
didáticas favorecendo a leitura e a realização de exercício dos livros didáticos cujo uso tornou-se
obrigatório no sistema educacional brasileiro.
A imagem do professor foi diretamente atingida, pois ser professor deixou de significar domínio de
conhecimento e passou a representar submissão às instruções do livro didático. Essa mudança
provocou a dependência do professor e até dos alunos em relação ao uso do material didático. De
acordo com Machado (1996), a dependência da escola em relação aos livros didáticos vem
acarretando o rebaixamento da qualidade dos conteúdos ministrados na disciplina de Língua
Portuguesa. Ao encontro dessa posição, os dados das avaliações oficiais (SAEB/INEP, 2002)
mostram que os alunos do ensino fundamental e médio vêm apresentando defasagem crescente,
cerca de dois a três anos de atraso entre a série em que se encontram e os conhecimentos que
deveriam dominar, na aprendizagem de língua portuguesa. Para Batista (1997) e Travaglia (1996), o
desempenho insatisfatório dos alunos pode ser explicado pela ineficiência das metodologias de
ensino de Língua Portuguesa que vêm sendo utilizadas pelas escolas. Particularmente em relação ao
ensino de gramática, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) assinalam a existência
de graves lacunas teóricas e práticas.
Cezar, Romualdo e Calsa (2006) observam que o desempenho insatisfatório dos alunos é decorrente
também da falta de compreensão sobre a necessidade de aprendizagem da língua portuguesa por
parte dos falantes nativos do português. É comum os alunos questionarem o porquê e para quê são
obrigados a frequentar esta disciplina com uma carga horária equivalente a outras, como a
matemática, considerada mais importante para sua formação escolar. Para muitos, a aprendizagem
formal da língua portuguesa não tem um significado concreto e útil, porque a linguagem formal é
utilizada apenas no ambiente escolar (escrito) ou em situações muito especiais (palestras,
apresentações, concursos, entre outros) com as quais não se identificam. Esse comportamento
sugere não compreenderem a função de cada uma das variedades e modalidades linguísticas, como
a oral e a escrita, tanto em seu registro coloquial como o culto ou padrão. Segundo a literatura
(TRAVAGLIA, 1996; CALSA, 2002; CAGLIARI, 2002), a escola tem ensinado conceitos gramaticais
incompletos, imprecisos e, às vezes, incorretos que não promovem reflexão sobre a importância
dessa aprendizagem para a formação ampla e diversificada desses indivíduos em relação à língua
portuguesa.
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ACENTUAÇÃO
Na década de 1960, como afirma Berger (1976), o sistema educacional brasileiro passou a ser
fortemente atrelado ao sistema político do país. Com a ascensão dos militares foi introduzida a
vertente pedagógica Tecnicista, de origem norte-americana. Esta modalidade de ensino foi ao
encontro da necessidade de escolarização rápida e técnica dos trabalhadores que precisavam
qualificar-se como mão-de-obra industrial.
Segundo Ghiraldelli (1991) e Munakata (1996 apud SILVA, 1998), os objetivos da Pedagogia
Tecnicista foram atingidos com maior precisão por meio do uso dos livros didáticos que, nesse
período, tiveram seu espaço escolar ampliado ao se tornarem obrigatórios. Em decorrência disso, em
pouco tempo os professores deixaram de ser considerados a principal fonte de saber e planejamento
e passaram a basear sua atuação didática nesses manuais. Com essa nova modalidade de ensino, o
professor deixou de ser um educador autônomo para tornar-se um mero instrutor.
Para Soares (2001), a maior demanda de alunos no ensino fundamental e médio, a qualificação
ligeira dos professores, e a redução salarial que levou muitos a buscarem métodos de ensino menos
exigentes em termos de dedicação profissional acabou por provocar o uso intensivo do livro didático.
Consolidou-se então uma tradição de uso do livro didático no sistema educacional brasileiro, e uma
crescente dependência do professor em relação a esses manuais. A fidelidade a esses materiais, de
acordo com Silva (1996, p. 12), vem provocando uma espécie de "anemia cognitiva" nos professores,
pois segui-los representa alimentar e cristalizar "um conjunto de rotinas altamente prejudiciais ao
processo educacional do professorado e do alunado". Essa dependência está diretamente
relacionada à má qualidade da formação do professor e sua superação exige políticas educacionais
que promovam a autonomia conceitual e didática desses profissionais. Para o autor, os livros
didáticos devem informar, orientar e instruir o processo de ensino-aprendizagem e não impor uma
forma de ensinar ao professor.
Em assentimento com o pensamento do autor, Lajolo (1996) lembra que os livros didáticos
desempenham um papel fundamental na educação escolar, pois, dentre os outros elementos que
compõem o processo ensino-aprendizagem, parece ser o de maior influência sobre as decisões e
ações do professor. De acordo com a autora, no Brasil, a adoção do livro didático continua tendo
como finalidade determinar os conteúdos e procedimentos de ensino tendo em vista as lacunas
existentes na formação do professor e na organização do sistema educacional. Como consequência,
para fugir do uso inadequado do livro didático, o professor deve avaliar sua qualidade e abordagem
conceitual, pois nem sempre o referencial teórico corresponde aos conteúdos e exercícios presentes
nesses manuais. Além disso, devem ser observadas suas incoerências, erros e conceitos
incompletos.
Lajolo (1996, p. 8) lembra, contudo, que a má qualidade conceitual e técnica do livro pode se
transformar em um material didático satisfatório a partir da identificação e discussão de seus erros
com os alunos. Para ela "não há livro que seja à prova de professor: o pior livro pode ficar bom na
sala de um bom professor e o melhor livro desanda na sala de um mau professor. Pois o melhor livro
[...], é apenas um livro, instrumento auxiliar da aprendizagem". Nenhum livro didático, por melhor que
seja, pode ser utilizado sem adaptações. Machado (1996) também chama a atenção para o fato de
que mais importante que a qualidade do material didático é a formação do professor, pois ele precisa
estar preparado para o desenvolvimento de um ensino qualificado, que inclui a análise dos livros
didáticos adotados pela instituição escolar.
Em um estudo sobre os livros didáticos utilizados no sistema educacional brasileiro, Machado (1996)
constatou que, além da falta de regularidade de sua atualização que tem provocado a baixa
qualidade de seus conteúdos, apresentam custo demasiadamente alto para o padrão de consumo da
maioria da população. O autor assinala que a melhoria da qualidade dos livros didáticos depende do
estímulo dos órgãos governamentais e de uma maior qualificação dos professores. Neste caso, é
imprescindível o desenvolvimento da capacidade crítica dos acadêmicos dos cursos de Pedagogia e
das Licenciaturas das diversas áreas de conhecimento em relação ao papel dos livros didáticos no
ensino escolar.
Para Pozo (1999), Arnay (1999) e Lacasa (1999), a fragmentação dos conceitos nos manuais
didáticos transmite aos alunos uma noção de "falsa ciência", e não os introduz na "cultura científica
escolar", função social específica dessa instituição. Segundo Machado (1996, p. 35), a "excessiva
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ACENTUAÇÃO
subdivisão dos temas" dos livros didáticos em doses correspondentes à duração de uma hora-aula
(50 min.) também corrobora para a fragmentação dos conceitos científicos a ponto de, em alguns
casos, tornarem-se irreconhecíveis.
A capacidade de se comunicar e se expressar por meio da fala é inerente ao ser humano e a esta
capacidade dá-se o nome de linguagem. Para realizá-la, utiliza-se o sistema denominado língua.
Sabe-se, pelos estudos realizados por Saussure (1990), que a língua é um fato social, é exterior ao
indivíduo, convencional, pertencente a uma comunidade linguística. Ao usá-la individualmente, o
falante concretiza, por exclusão, as possibilidades que ela oferece, no ato de fala. Ao se comunicar, o
falante faz uso da estrutura psíquica denominada pelo estudioso de signo linguístico, que é composto
de um conceito, o significado, e uma imagem acústica, o significante. Ambos ocorrem
simultaneamente no ato da fala.
Os sinais físicos que se produzem na fala são os sons - os fonemas - que podem realizar-se de
maneiras variadas. Para Câmara Jr. (2002, p. 118), o fonema é um "conjunto de articulações dos
órgãos fonadores cujo efeito acústico estrutura formas lingüísticas e constitui numa enunciação o
mínimo segmento distinto". Os fonemas são unidades abstratas mínimas, indivisíveis e distintivas da
língua. São abstratas por serem os tipos ideais de sons constantes do sistema língua, as
possibilidades dos falantes e não a sua concretização. São indivisíveis uma vez que não podem ser
separadas em unidades menores.
Além dos aspectos segmentais da fala (linearidade dos signos linguísticos), a comunicação envolve
elementos suprassegmentais: os acentos e tons da língua. Os acentos manifestam-se pela altura,
intensidade e duração de um vocábulo, consideradas suas propriedades acústicas. Os tons estão
relacionados à altura do som. Apesar da língua portuguesa não usar os tons como elementos
diferenciadores do léxico, em alguns casos os aspectos suprassegmentais são importantes para a
distinção e significação de um vocábulo.
Em língua portuguesa, a tonicidade está vinculada às suas origens greco-latinas. A língua latina teve
um enriquecimento gramatical ao entrar em contato com o alfabeto e as regras gramaticais gregas.
Contudo, não incorporou os acentos gráficos gregos como marca de tonicidade. A gramática latina
marca a acentuação das palavras pela intensidade da sílaba entre breve e longa. Em latim não há
palavras oxítonas, portanto, todos os dissílabos são paroxítonos. A sílaba tônica é sempre a
penúltima ou antepenúltima. De acordo com Câmara Jr. (2002), os latinos não seguiram os moldes
de acentuação gráfica grega em razão de, em língua latina, suas regras serem demasiadamente
simples. As línguas modernas de origem latina seguem, basicamente, as regras e nomenclaturas
herdadas pelos romanos dos gregos. Portanto, ao se estudar tais línguas, são encontrados termos já
usados pelos gregos, como acento agudo, acento circunflexo, prosódia, entre outros.
A definição de sílaba tem sido um dos problemas encontrados nos estudos fonéticos. Há, entre os
estudiosos, diversidade de critérios para a análise silábica. Drucksilbe (apud CÂMARA JR., 1970)
define sílaba como sendo a emissão do ar por impulso, em que cada um corresponde a uma sílaba,
dinâmica ou expiratória. Um segundo critério é o da energia de emissão que corresponde a maior
energia de emissão, ou acento silábico, durante a articulação de uma sílaba. Por fim, Brücke
(apud CÂMARA JR., 1970, p. 70) conceitua sílaba a partir de seu efeito auditivo, isto é, pela variação
da perceptibilidade em uma enunciação contínua. Denomina a sílaba de sonora por observar "que a
enunciação, sob o aspecto acústico, se decompõe espontaneamente em segmentos, ou sílabas,
assinalados por um ponto máximo de perceptibilidade [...]".
Independente do critério utilizado, a conceituação de sílaba sempre envolve o ápice silábico que,
pelos apontamentos de Borba (1975, p. 52), corresponde à tensão máxima a que se chega ao
pronunciá-la. Para o autor, a sílaba se compõe de "uma tensão crescente e uma tensão decrescente.
A primeira parte da sílaba é crescente até chegar à tensão máxima [...], a partir da qual começa a
tensão decrescente". O ápice silábico, normalmente, é uma vogal. Câmara Jr. (2002) destaca que a
vogal sempre é o ponto de maior tensão da sílaba. No caso dos ditongos haverá sempre uma vogal
como ápice, sendo a outra denominada semivogal.
Quando formados por mais de uma sílaba, os vocábulos sempre têm uma delas pronunciada de
forma mais intensa, contraponto à sílaba átona, que é pronunciada de forma mais branda. Identificar
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ACENTUAÇÃO
a sílaba tônica dos vocábulos formais é uma das grandes dificuldades encontradas no processo de
aprendizagem escolar, em especial, na fase de alfabetização.
Para Cagliari (2002), esse problema surge principalmente pelo fato de a escola não apresentar a
tonicidade das palavras como uma ocorrência da pronunciação e não da escrita. A tonicidade é
identificada nas palavras somente quando alguém busca verificar a posição em que se encontra a
sílaba tônica. O autor assinala que, durante o processo de alfabetização, a escola não deve abordar a
diferenciação das sílabas átonas e tônicas a partir de seu conceito. Ele acredita que elas devem ser
estudadas em conjunto com a tomada de consciência dos alunos sobre o ritmo da fala.
Desenvolvimento da pesquisa
O presente artigo teve por objetivo investigar os procedimentos utilizados pelos professores e livros
didáticos de língua portuguesa no ensino de gramática do ensino fundamental, em particular, em
relação ao conteúdo de acentuação gráfica e tonicidade. A amostra da pesquisa foi constituída por
dois professores do ensino fundamental - um de 4.ª e um de 5.ª série de uma escola pública de
Maringá-PR - selecionados a partir de seu aceite em participar da pesquisa.
Tomando como referência Lüdke e André (1986), para atingir os objetivos da pesquisa, optou-se por
uma abordagem qualitativa dos dados considerada a mais adequada para a compreensão da
dinâmica presente no ambiente escolar. Os dados foram coletados por meio de dois instrumentos:
observações de aulas de gramática e análises de livros didáticos. Foram observadas as aulas que
abordaram o tema tonicidade e acentuação gráfica, critério que definiu a quantidade de horas de
observação em cada série (4.ª série quatro horas e meia e 5.ª série, duas horas). As observações
contemplaram o desenvolvimento das atividades: apresentação do conteúdo, exercícios, uso do livro
didático e outros materiais, avaliação do conteúdo. Os livros didáticos foram analisados quanto aos
procedimentos subjacentes à apresentação e exercício do conteúdo.
Para a análise, foi utilizado o livro da coleção A Escola é Nossa, de Márcia Paganini Cavéquia (2004)
- 4.ª série. O volume é composto por sete unidades subdividas em oito tópicos entre eles Pensando
sobre a língua e Caderno de Ortografia, únicos em que são encontrados os conteúdos investigados -
acentuação gráfica e tonicidade.
Em relação à segunda etapa do ensino fundamental foi analisado o livro de 5. ª série da coleção Ler,
entender e criar, de Maria das Graças Vieira e Regina Figueiredo (2004). Nesta coleção cada volume
é composto por dez unidades subdividas em sete tópicos. Os conteúdos de acentuação gráfica e
tonicidade estão presentes no tópico Veja como se escreve.
O livro didático da 4.ª série apresenta o conceito de sílaba tônica, classificação das palavras e regras
de acentuação somente no Caderno de atividades de acentuação e ortografia, parte do Caderno de
Ortografia. As explicações e os exercícios propostos apresentam os dois conteúdos de forma
desvinculada. Para introduzir o conceito de sílaba tônica, o livro solicita que o aluno pronuncie várias
vezes a palavra menina e indique a sílaba mais forte. Logo após, apresenta o conceito gramatical e
exemplifica a classificação das palavras, conforme a posição da sílaba mais forte: oxítonas,
paroxítonas e proparoxítonas.
Em outro exercício, é solicitado ao aluno que justifique o porquê da presença ou ausência do acento
gráfico em um conjunto de palavras oxítonas. Segundo as orientações fornecidas ao professor, são
consideradas corretas somente as respostas que explicam a acentuação a partir de regras de
acentuação. Esse tipo de abordagem faz com que os alunos tomem como verdade a ideia de que o
acento gráfico aparece somente em vocábulos nos quais tem uma sílaba mais forte e, assim, deixa
de dar a ênfase necessária ao fato de que o acento solicitado é o gráfico. Com esse procedimento,
não fica claro para os alunos que independentemente de sua grafia toda palavra possui uma sílaba
tônica, com exceção dos monossílabos átonos.
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ACENTUAÇÃO
Com relação à acentuação das palavras paroxítonas e proparoxítonas, o livro apresenta somente um
quadro com palavras deste tipo acentuadas graficamente. Sobre esse tema são apresentados dois
exercícios: o primeiro solicita a acentuação gráfica de vocábulos e sua transcrição no caderno por
ordem alfabética; o segundo solicita a busca de palavras paroxítonas e proparoxítonas em jornais e
revistas. Somente dois exercícios do livro sugerem a relação entre os conceitos de tonicidade e
acentuação gráfica. Nesses exercícios, é solicitado aos alunos que indiquem ou pintem a sílaba
tônica e, por meio das tentativas auditivas exigidas, é favorecida a percepção dos alunos quanto a
tonicidade e sua relação com a acentuação gráfica (Figura 1)
O livro didático da 5.ª série aborda os conteúdos tonicidade e regras de acentuação gráfica no
tópico Veja como se escreve. Nas unidades anteriores, o direcionamento gramatical vinculou-se
diretamente à escrita de determinados vocábulos envolvendo aspectos relativos aos dígrafos. Nesta
unidade, quando apresentadas, as questões de acentuação são relacionadas à separação silábica
dos vocábulos. Para a realização do exercício, é necessário que os alunos retornem ao tópico Outra
leitura, pois a tarefa refere-se a um texto contido neste item no qual é solicitado que sejam grifadas as
sílabas mais fortes das duas palavras que compõem o seu título: Atrás do gato. Nessa atividade, é
desconsiderado o monossílabo "do" por meio do qual poderiam ser resgatados os conceitos
estudados anteriormente integrando-os à atividade presente.
Depois do primeiro exercício, o livro apresenta a diferença entre sílabas tônicas e átonas, bem como
a classificação das palavras conforme a posição da sílaba tônica. Apresenta como exemplos,
vocábulos com e sem acento gráfico, Bidu, gato e amigo. Tais exemplos podem ser considerados
importantes para o aprendizado, em favor da independência existente entre sílaba tônica e acento
gráfico. Isto facilita a percepção do aluno sobre as convenções da língua portuguesa, como o caso
dos acordos ortográficos.
Para a introdução da acentuação gráfica de palavras oxítonas são apresentados dezesseis vocábulos
com e sem acento gráfico, dos quais se solicita leitura em voz alta para identificação auditiva quanto
a sua sílaba tônica. Depois desta etapa, os alunos devem identificar a sílaba tônica e sua
classificação. O último exercício relaciona a acentuação gráfica à terminação dos vocábulos oxítonos
com o objetivo de que os alunos associem esses dois elementos e elaborem uma regra gramatical
apresentada em um quadro logo abaixo.
Depois de apresentadas as regras ortográficas, solicita-se que os alunos encontrem cinco palavras
oxítonas que recebam acento gráfico e, logo em seguida, elaborem frases. A elaboração de frases
permite aos alunos a percepção de que o vocábulo permanece com acento gráfico independente da
localização sonora que ele assume em uma frase. No último exercício é solicitada a busca em jornais
e revistas dos vocábulos ensinados, reproduzindo os exercícios apresentados nos livros didáticos do
primeiro ciclo.
Os vocábulos paroxítonos são abordados na sétima unidade do livro, os vocábulos oxítonos, sexta
unidade e proparoxítonos na oitava unidade. Essa fragmentação de conteúdos afins, segundo a
literatura, não permite que os alunos percebam as relações existentes entre os temas. Além disso,
nos três casos, a classificação é apresentada no item Veja como se escreve, embora o tema
relacionado à sílaba tônica se refira a um aspecto próprio da oralidade, enquanto a acentuação
gráfica trata de um aspecto da língua escrita. Neste exercício novamente é solicitada a separação de
sílabas antes da classificação dos vocábulos. A única mudança em relação às atividades propostas
para as palavras oxítonas é tão somente a posição das sílabas tônicas. Em outro exercício é
solicitada a decisão do aluno sobre a necessidade ou não de acentuação gráfica estabelecendo uma
relação direta entre tonicidade e acento gráfico.
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ACENTUAÇÃO
Quanto aos vocábulos proparoxítonos sua apresentação ocorre, como nas outras unidades, no
tópico Veja como se escreve da oitava unidade do livro. A classificação é abordada por meio de três
exercícios estruturalmente iguais: em um deles é apresentada a regra gramatical de acentuação das
palavras proparoxítonas sem justificar o porquê desta norma; no último exercício sobre classificação
e acentuação gráfica é sugerida uma atividade em grupo para a revisão do conteúdo gramatical das
unidades anteriores. Seu foco são os vocábulos acentuados graficamente e desconsidera as palavras
que não possuem acento gráfico, embora sejam submetidas às mesmas regras.
A comparação entre os dois livros didáticos mostra que no de 4.ª série o conteúdo é apresentado de
forma integrada e o de 5.ª série tende a sua fragmentação. No primeiro manual, primeiramente, é
abordado o conceito de sílaba tônica e, posteriormente, são apresentadas as regras de acentuação
gráfica para a resolução dos exercícios. Este tipo de procedimento parece ser mais adequado ao
desenvolvimento do tema, pois leva o aluno a compreender que quase todos os vocábulos possuem
uma sílaba tônica e que somente alguns são grafados devido à vigência ortográfica da norma. O livro
direcionado à segunda etapa do ensino fundamental aborda o conteúdo de acentuação em unidades
distintas, revisadas em conjunto somente no tópico final. Nessas situações são priorizados os
vocábulos acentuados graficamente e a estrutura dos exercícios mantém-se relacionada à
classificação das palavras quanto à sua tonicidade.
Apesar das diferenças, o modo como os dois livros didáticos apresentam o conteúdo sobre tonicidade
e regras de acentuação favorece o estabelecimento de confusão conceitual por parte de alunos e
professores, pois não mostra que a sílaba tônica é um aspecto presente na fala e as regras de
acentuação na escrita. Marcando a importância dessa distinção, assinala que não diferenciar esses
dois aspectos limita o processo de instrumentalização linguística dos alunos.
Comparando os dados das observações com as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(BRASIL, 1997) sobre o ensino de ortografia, pode-se afirmar que a professora de 4.ª série manifesta
uma postura pedagógica distanciada desses documentos e similar aos pressupostos teórico-
metodológicos da Pedagogia Tecnicista, cujo foco é o livro didático. Do tempo total da aula, 43% (115
min.) foram dedicados à resolução de exercícios do livro didático e 49% (130 min.) à correção desses
exercícios no quadro de giz. Além disso, a professora de 4.ª série não fez uso do tempo das aulas
observadas para expor e explicar oralmente o conteúdo gramatical (Gráfico 1).
Nas aulas de 5.ª série para a exposição oral do conteúdo sem o livro didático, o professor fez uso de
23% (27 min.) do tempo de aula, 25% (30 min.) para retomada oral deste tema por parte dos alunos,
20% (25 min.) para a resolução de exercícios dos livros didáticos e 17% (20 min.) para retomada do
conteúdo por meio do livro didático. Nas aulas observadas, em média de 13% (13 min.) do tempo da
aula foram usados para recados, brincadeiras, enquanto a cópia de exercícios do quadro de giz, 2%
(3 min). Este professor não corrigiu exercícios no quadro de giz, utilizando-se de outros recursos para
o ensino do conteúdo em foco.
As observações de aula mostraram que os dois professores investigados - a professora da 4.ª série e
o professor da 5.ª série - utilizaram como recurso básico de ensino o livro didático. A conduta dos
entrevistados mostra-se consistente com as considerações de Silva (1996, p. 13), segundo as quais o
desempenho insatisfatório dos alunos pode estar vinculado ao uso do livro didático no direcionamento
da atuação pedagógica dos professores. Para o autor, esse comportamento pode levar os
professores a uma "anemia cognitiva" e ao rebaixamento da qualidade de seu trabalho.
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ACENTUAÇÃO
Além dos prejuízos causados pelo uso quase exclusivo do livro didático, é importante ressaltar que o
pouco tempo de exposição do conteúdo para os alunos, como constatado nas observações
realizadas na turma de 4.ª série, favorece uma aprendizagem insatisfatória dos conteúdos. Segundo
Dorneles (1987), a redução do tempo de aula para a realização desse tipo de atividade é considerada
um dos mecanismos seletivos da escola. Isto significa que aos sujeitos que têm menos condições de
saber ou aprender o conteúdo escolar em outras situações são privadas as oportunidades
necessárias à aprendizagem na instituição designada socialmente para tanto. Em outros termos,
pode-se dizer que a escola não está cumprindo seu papel de transmissor do saber escolar científico a
todos os cidadãos de forma equitativa.
Em contrapartida, o professor de 5.ª série parece ter mantido certa coerência na distribuição do
tempo de desenvolvimento das quatro categorias de atividades - exposição oral, resolução de
exercícios do livro didático, resolução de exercícios no quadro e leitura do conceito gramatical que o
livro didático apresenta (Gráfico 1). Observa-se que nenhum dos dois professores apresentou a
acentuação gráfica como uma norma convencionada pelo conjunto social. Segundo Morais (2002), se
abordado desta maneira, os alunos poderiam compreender que certos conteúdos são apenas
convenções temporárias e arbitrárias que precisam ser memorizadas e conscientizadas para
aquisição de uma melhor competência na linguagem oral, leitura e escrita.
Estudos anteriores como os de Cagliari (1986) e Morais (2002) enfatizam que é na 4.ª e 5.ª séries do
ensino fundamental o momento mais apropriado para a abordagem do conceito de sílaba tônica e
acentuação gráfica, pois às séries seguintes restaria o encargo de retomar esse conteúdo apenas
quando necessário, dedicando-se ao desenvolvimento de outros conceitos gramaticais.
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CRASE
Crase
A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que
se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o
artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele
(s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento
grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da
fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência
dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em
aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:
Vou a a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a
ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse
encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os
outros exemplos:
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige
preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a
algo ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte
seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.
1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a
forma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino.
Veja os exemplos:
2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição
diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou
seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.
Veja os exemplos:
- Penso na aluna.
- Apaixonei-me pela aluna.
Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do
artigo "a", é preciso provar que existem os dois.
Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não
haverá crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:
Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
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CRASE
Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é
apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
- Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das
formas senhora, senhorita e dona:
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo
método explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova
construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda
de fique subentendida):
- Na indicação de horas:
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CRASE
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo "a". Outros, entretanto, admitem o
artigo, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição "a".
Para saber se um nome de lugar admite ou não a anteposição do artigo feminino "a", deve-se
substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição "de" ou "em". A ocorrência da
contração "da" ou "na" prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por
exemplo:
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição "a". Por
exemplo:
Preposição Pronome
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CRASE
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e
exige preposição, portanto, ocorre a crase.
O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre
nesse caso. Veja outros exemplos:
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo
que rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É possível detectar a ocorrência da
crase nesses casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido
masculino. Por exemplo:
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" também pode ser detectada pela
substituição do termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja:
A Palavra Distância
Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:
Sua casa fica à distância de 100 quilômetros daqui. (A palavra está determinada.)
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especificada.)
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. Por exemplo:
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CRASE
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios
femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Contei a Laura o que havia ocorrido na noite Contei a Pedro o que havia ocorrido na noite
passada. passada.
Contei à Laura o que havia ocorrido na noite Contei ao Pedro o que havia ocorrido na noite
passada. passada.
Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando por você.
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está esperando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então
podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Diga a sua irmã que estou esperando por ela. Diga a seu irmão que estou esperando por ele.
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CRASE
Diga à sua irmã que estou esperando por ela. Diga ao seu irmão que estou esperando por ele.
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A palestra vai até às cinco horas da tarde.
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COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS
Coesão
Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição
quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados,
um dando continuidade ao outro.
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram
injusta a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura considerou a manifestação um
ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra.”
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são
responsáveis pela coesão do texto.
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são:
- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-
relação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, alguns
advérbios e locuções adverbiais.
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COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui
uma melhor qualidade de vida.
- Coesão por referência: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal resultado demonstra que ela se esforçou
bastante para alcançar o objetivo que tanto almejava.
- Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos
ou trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no
corpo do texto.
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o "Poeta dos
Escravos" é considerado o mais importante da geração a qual representou.
Tipos de Coerência
São seis os tipos de coerência: sintática, semântica, temática, pragmática, estilística e genérica.
Conhecê-los contribui para a escrita de uma boa redação.
Conhecer os tipos de coerência pode ajudar na construção da coerência global de um texto, seja ele
oral ou escrito.
Você já deve saber que alguns elementos são indispensáveis para a construção de um bom texto.
Entre esses elementos, está a coerência textual, fator que garante a inteligibilidade das ideias
apresentadas em uma redação. Quando falta coerência, a construção de sentidos fica seriamente
comprometida.
É importante que você saiba que existem tipos de coerência, elementos que colaboram para a
construção da coerência global de um texto. São eles:
• Coerência sintática: está relacionada com a estrutura linguística, como termo de ordem dos
elementos, seleção lexical etc., e também à coesão. Quando empregada, eliminamos estruturas
ambíguas, bem como o uso inadequado dos conectivos.
• Coerência semântica: Para que a coerência semântica esteja presente em um texto, é preciso,
antes de tudo, que o texto não seja contraditório, mesmo porque a semântica está relacionada com
as relações de sentido entre as estruturas. Para detectar uma incoerência, é preciso que se faça uma
leitura cuidadosa, ancorada nos processos de analogia e inferência.
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COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS
• Coerência temática: Todos os enunciados de um texto precisam ser coerentes e relevantes para o
tema, com exceção das inserções explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser evitados,
impedindo assim o comprometimento da coerência temática.
• Coerência pragmática: Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Os textos,
orais ou escritos, são exemplos dessas sequências, portanto, devem obedecer às condições para a
sua realização. Se o locutor ordena algo a alguém, é contraditório que ele faça, ao mesmo tempo, um
pedido. Quando fazemos uma pergunta para alguém, esperamos receber como resposta uma
afirmação ou uma negação, jamais uma sequência de fala desconectada daquilo que foi indagado.
Quando essas condições são ignoradas, temos como resultado a incoerência pragmática.
• Coerência estilística: Diz respeito ao emprego de uma variedade de língua adequada, que deve
ser mantida do início ao fim de um texto para garantir a coerência estilística. A incoerência estilística
não provoca prejuízos para a interpretabilidade de um texto, contudo, a mistura de registros — como
o uso concomitante da linguagem coloquial e linguagem formal — deve ser evitada, principalmente
nos textos não literários.
• Coerência genérica: Refere-se à escolha adequada do gênero textual, que deve estar de acordo
com o conteúdo do enunciado. Em um anúncio de classificados, a prática social exige que ele tenha
como objetivo ofertar algum serviço, bem como vender ou comprar algum produto, e que sua
linguagem seja concisa e objetiva, pois essas são as características essenciais do gênero. Uma
ruptura com esse padrão, entretanto, é comum nos textos literários, nos quais podemos encontrar um
determinado gênero assumindo a forma de outro.
É importante ressaltar que em alguns tipos de texto, especialmente nos textos literários, uma ruptura
com os tipos de coerência descritos anteriormente pode acontecer. Nos demais textos, a coerência
contribui para a construção de enunciados cuja significação seja aceitável, ajudando na compreensão
do leitor ou do interlocutor. Todavia, a coerência depende de outros aspectos, como o conhecimento
linguístico de quem acessa o conteúdo, a situacionalidade, a informatividade, a intertextualidade e a
intencionalidade.
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O QUE É COESÃO TEXTUAL
A coesão textual é como uma corrente ou como as costuras de um tecido: se um elo se parte ou se
uma costura sai do lugar, o texto fica mal construído. O que fazer, então, para estabelecer a coesão?
Quais são os mecanismos gramaticais utilizados?
Elementos coesivos são palavras ou expressões cuja função é estabelecer relações lógicas entre as
partes do texto – como os conectivos – ou fazer referência a outros elementos presentes no texto –
pronomes, advérbios, sinônimos. Vejamos um trecho de Aritmética da Emília, de Monteiro Lobato:
Aquele célebre passeio dos netos de Dona Benta ao País da Gramática havia deixado o Visconde de
Sabugosa pensativo. É que todos já tinham inventado viagens menos ele. Ora, ele era um sábio
famoso e, portanto, estava na obrigação de também inventar uma viagem e das mais científicas. Em
vista disso, pensou uma semana inteira, e por fim bateu na testa, exclamando numa risada verde de
sabugo embolorado:
– Heureca! Heureca!
Emília, que vinha entrando do quintal, parou, espantada, e depois começou a berrar de alegria:
A gritaria foi tamanha que Dona Benta, Narizinho e Pedrinho acudiram em atropelo.
– Não sei. Achou. Só. Quando entrei na sala, encontrei-o batendo na testa e exclamando:
“Heureca”. Heureca é uma palavra grega que quer dizer “achei!”. Logo, ele achou.
Observe as palavras destacadas no texto. A que elas se referem? Em “Aquele passeio…”, o pronome
demonstrativo faz alusão ao passeio que a turminha do sítio fizera ao País da Gramática; em
“todos já tinham inventado…”, o pronome indefinido também faz referência aos personagens; em
“menos ele”, o pronome pessoal substitui Visconde de Sabugosa, assim como acontece em
“encontrei-o”; “Em vista disso” substitui todo o trecho em que o narrador conta a ideia do sabugo de
milho. Tais informações são facilmente notadas pelo leitor e são resultados do uso de recursos de
coesão textual.
A coesão estabelece relações de sentido. Alguns autores citam alguns fatores de coesão e
veremos alguns deles: a referência, a substituição e a conjunção.
Coesão Referencial
A referência pode ser pessoal, demonstrativa, comparativa. A pessoal é feita por meio de pronomes
pessoais e possessivos (“Quando entrei na sala, encontrei-o batendo na testa”);
a demonstrativa utiliza pronomes demonstrativos de advérbios de lugar (“Aquele célebre passeio dos
netos”); e a comparativa é feita por meio de similaridades, como aparece em um outro trecho da
obra:” A minha viagem é um pouco diferente das outras“.
Substituição
Conjunção
A conjunção estabelece relações entre termos ou orações em um texto. As conjunções usadas como
elementos coesivos são as aditivas, adversativas, causais e temporais: “Quando entrei na sala,
encontrei-o batendo na testa.”
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COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
Coordenação e Subordinação
Para compreender a estrutura sintática de uma frase, ou seja, a análise em relação à organização da
mesma, que é dividida em coordenação e subordinação; primeiramente deve-se entender o que é
frase; e, de acordo com Mattoso Câmara, nada mais é do que “unidade de comunicação linguística,
caracterizada [...] do ponto de vista comunicativo – por ter um propósito definido e ser suficiente pra
defini-lo –, e do ponto de vista fonético – por uma entonação [...] que lhe assinala nitidamente o
começo e o fim.”.
Seguindo a linha de definição acerca de frase escrita, Perini diz que se inicia com letra maiúscula e
finaliza com algum sinal de pontuação (ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação etc),
todavia, outros gramáticos não delimitam a necessidade de pontuação para a constituição de frase.
O vocábulo definido acima ainda pode ser uma oração, mas a última não é sinônimo de frase; isto é,
uma oração possui verbo, mas uma frase não precisa de verbo para ser denominada como tal, sendo
assim, toda oração (ou conjunto de orações = período) é uma frase (exemplo: Abra o livro na página
4 e Faça um bolo e entregue a Maria), porém, nem toda frase é uma oração (exemplo: O caderno
amarelo da filha de João da Silva).
Quanto a período (ou enunciado) – que é a soma dos elementos estruturais da frase e tem a
necessidade da pontuação –, este pode ser simples ou composto; sendo por composição, será
subdividido em coordenação (semântica + sintática) e subordinação (“... é o emprego de um nível
mais elevado no lugar de outro de nível inferior”, BACK). Outro ponto a ser frisado é que composição
por aposição difere-se de composição por coordenação, pois a primeira admite expressões
explicativas (isto é; quero dizer) e expressões retificadoras (minto; aliás).
Ainda em relação à composição por aposição, Back enumera dois tipos de aposição: identificadora
(“Pedro Álvares Cabral, um almirante português, descobriu o Brasil.”) e retificadora (“João, minto,
Pedro veio até a sala.”), e ambas exercem a mesma função sintática.
A locução subordinante também tem duas classificações, podendo ser complexa ou unitária. A
primeira refere-se a uma locução verbal (Ex. Amanhã, todos os alunos irão fazer o teste), enquanto a
segunda, como o próprio nome diz, é composta por um único verbo (Ex. Ontem, Pedro fez o exame).
A explanação de alguns termos, como hipotaxe (subordinação) – estrutura muito complexa que pode
ser reduzida – e parataxe – termo equivalente para a coordenação –, hipertaxe – palavra que exerce
um grande significado, como, por exemplo, um substantivo com significado maior – é também
bastante válida para uma compreensão clara e coerente. Além disso, vale ressaltar que pronome
sempre tem função sintática.
Coordenação e Subordinação
Dentro da análise sintática, os períodos podem ser classificados em: composto por coordenação,
subordinação ou coordenação e subordinação. O período de coordenação é composto por orações
que são autônomas, independentes entre si, mas que juntas complementam o sentido da frase.
Exemplo: Eu dormi e sonhei com você. Observe que ambas as orações são independentes, isto é,
fazem sentido se fossem separadas.
Já o período composto por subordinação apresenta orações que são dependentes entre si, são
subordinadas. Veja: O bolo que ela fez ainda deixava lembranças. As duas orações não podem ser
separadas.
E ainda há o período composto por coordenação e subordinação que, nada mais é, a junção dos
dois. Exemplo: O juiz entrou na quadra e permitiu que o jogo começasse. Há três orações. As duas
primeiras são coordenadas e a terceira é subordinada.
• Oração coordenada adversativa: apresenta um contraste. Ex: Eu passei no vestibular, mas não
sei se é isso que quero.
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COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
• Oração coordenada alternativa: apresenta alternância. Ex: Ora você gosta de mim, oravocê some.
• Oração coordenada conclusiva: conclui a ideia. Ex: Não gosto daqui. Portanto, pedirei a minha
demissão.
• Oração coordenada explicativa: tem como objetivo explicar. Ex: Você está errado porque tenho
provas.
Orações subordinadas adjetivas podem ser duas: restritivas e explicativas. As restritivas limitam o que
a frase quer dizer. Exemplo: Se não fosse pela mulher que me ajudou, não teria conseguido. O
sentido da “mulher” é único, não é generalizado, é específico, é uma mulher X. Já nas orações
explicativas, o sentido é mais abrangente: O homem, um ser racional, busca ser melhor em todos os
campos da vida. A expressão “um ser racional” está entre vírgulas e, portanto, está generalizando
todos os homens não apenas um.
• Oração subordinada adverbial causal: expressa causa. Ex: Não posso opinar, uma vez que não
tenho direito.
• Oração subordinada adverbial concessiva: indica permissão. Ex: Você pode fazer isso, mesmo
que não tenha experiência.
• Oração subordinada adverbial condicional: expressa condição. Ex: Se você conseguir, ganhará
uma recompensa.
• Oração subordinada adverbial comparativa: indica uma comparação. Ex: Os olhos azuis são
bonitos como o do pai.
• Oração subordinada adverbial consecutiva: relação de causa e consequência. Ex: Acordei tão
atrasado que não consegui entrar na faculdade.
• Oração subordinada adverbial final: indica uma finalidade. Ex: Eu fiz isso para subir na vida.
• Oração subordinada adverbial temporal: expressa tempo. Ex: Chorei por você quando foi embora.
• Oração subordinada adverbial proporcional: indica proporção. Ex: Fui amolecendo à medida
que percebi que te amava.
• Oração subordinada adverbial conformativa: expressa conformidade. Ex: Fiz o que você
pediu conforme as regras.
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ANÁLISE SINTÁTICA
A análise sintática "serve" para examinar o texto, as suas estruturas e os elementos que o compõem.
O texto é composto por orações e períodos. A oração é uma frase que possui verbo, enquanto o
período é o conjunto de orações. Exemplo:
Nesse exemplo há duas orações porque há dois verbos (“cair” e “fazer”). Entenda que, cada termo da
oração tem uma função específica e é isso que a análise sintática tem como objetivo, determinar essa
função. E esses termos podem ser classificados como essenciais, integrantes e acessórios.
Essenciais e integrantes
Observe a frase:
“A menina” é o sujeito e “pegou a bola” é o predicado. O verbo é o “pegar” que é classificado como
transitivo direto e “a bola” é o complemento do verbo, o objeto direto. Uma forma de determinar a
classificação dos objetos é perguntando ao verbo. Veja: quem pega, pega alguma coisa. Quando a
pergunta não necessita de uma preposição, o verbo é transitivo direto. Observe a diferença nessa
frase:
• Eu preciso de você.
O verbo precisar é transitivo indireto. Faça a pergunta: quem precisa, precisa “de” alguém. O termo
“de” é uma preposição, logo, a expressão “de você” é um objeto indireto.
O complemento nominal serve para complementar um termo que não seja verbo dentro da oração.
Diferentemente do objeto indireto, o complemento nominal completa um substantivo, adjetivo e
advérbio e não um verbo. Por exemplo: A menina teve orgulho do pai. A expressão “do pai”
complementa o sentido de “orgulho”.
O agente da passiva sempre está acompanhado de duas preposições, “por” e “de”. Se o verbo estiver
na voz passiva, o agente será aquele que praticará a ação do verbo. Veja: O pássaro foi capturado
pelos agentes. A expressão “pelos agentes” é o agente da passiva.
Acessórios
Já os termos que são acessórios na oração caracterizam algo. O adjunto adnominal, por exemplo,
especifica o substantivo. Não há uma regra específica, pode ser artigos, locuções, pronomes,
adjetivos e mais. Exemplo: Seu olhar singelo é lindo. O termo “singelo” é o adjunto adnominal. Veja
outro exemplo: O passeio de barco me cansou. A expressão “de barco” é um adjunto adnominal.
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ANÁLISE SINTÁTICA
Por outro lado, o adjunto adverbial funciona como advérbio dentro da oração. Logo, vamos rever os
tipos de advérbios: afirmação, negação, intensidade, dúvida, tempo, companhia, causa, finalidade,
lugar, meio e assunto. Exemplo: Isso está muito difícil! O termo “muito” é um adjunto adverbial.
E o aposto explica um termo na oração. Exemplo: A Carol, menina sapeca, entrou na escola. A
expressão “menina sapeca” está explicando quem é a Carol. A expressão é o aposto da oração.
Coordenação e Subordinação
Dentro da análise sintática, os períodos podem ser classificados em: composto por coordenação,
subordinação ou coordenação e subordinação. O período de coordenação é composto por orações
que são autônomas, independentes entre si, mas que juntas complementam o sentido da frase.
Exemplo: Eu dormi e sonhei com você. Observe que ambas as orações são independentes, isto é,
fazem sentido se fossem separadas.
Já o período composto por subordinação apresenta orações que são dependentes entre si, são
subordinadas. Veja: O bolo que ela fez ainda deixava lembranças. As duas orações não podem ser
separadas.
E ainda há o período composto por coordenação e subordinação que, nada mais é, a junção dos
dois. Exemplo: O juiz entrou na quadra e permitiu que o jogo começasse. Há três orações. As duas
primeiras são coordenadas e a terceira é subordinada.
• Oração coordenada adversativa: apresenta um contraste. Ex: Eu passei no vestibular, mas não sei
se é isso que quero.
• Oração coordenada alternativa: apresenta alternância. Ex: Ora você gosta de mim, oravocê some.
• Oração coordenada conclusiva: conclui a ideia. Ex: Não gosto daqui. Portanto, pedirei a minha
demissão.
• Oração coordenada explicativa: tem como objetivo explicar. Ex: Você está errado porque tenho
provas.
Orações subordinadas adjetivas podem ser duas: restritivas e explicativas. As restritivas limitam o que
a frase quer dizer. Exemplo: Se não fosse pela mulher que me ajudou, não teria conseguido. O
sentido da “mulher” é único, não é generalizado, é específico, é uma mulher X. Já nas orações
explicativas, o sentido é mais abrangente: O homem, um ser racional, busca ser melhor em todos os
campos da vida. A expressão “um ser racional” está entre vírgulas e, portanto, está generalizando
todos os homens não apenas um.
• Oração subordinada adverbial causal: expressa causa. Ex: Não posso opinar, uma vez que não
tenho direito.
• Oração subordinada adverbial concessiva: indica permissão. Ex: Você pode fazer isso, mesmo
que não tenha experiência.
• Oração subordinada adverbial condicional: expressa condição. Ex: Se você conseguir, ganhará uma
recompensa.
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ANÁLISE SINTÁTICA
• Oração subordinada adverbial comparativa: indica uma comparação. Ex: Os olhos azuis são
bonitos como o do pai.
• Oração subordinada adverbial consecutiva: relação de causa e consequência. Ex: Acordei tão
atrasado que não consegui entrar na faculdade.
• Oração subordinada adverbial final: indica uma finalidade. Ex: Eu fiz isso para subir na vida.
• Oração subordinada adverbial temporal: expressa tempo. Ex: Chorei por você quando foi embora.
• Oração subordinada adverbial proporcional: indica proporção. Ex: Fui amolecendo à medida
que percebi que te amava.
• Oração subordinada adverbial conformativa: expressa conformidade. Ex: Fiz o que você
pediu conforme as regras.
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Colocação Pronominal
É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase.
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas
normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita.
Dicas:
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois
mesóclise e em último caso, ênclise.
Próclise
É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do
verbo. São elas:
b) Advérbios.
c) Conjunções subordinativas.
d) Pronomes relativos.
e) Pronomes indefinidos.
f) Pronomes demonstrativos.
Mesóclise
É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada:
1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses
verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.
Exemplos:
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Ênclise
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não
forem possíveis:
Dicas:
O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra
atrativa.
Exemplos:
b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo
auxiliar.
Dicas:
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a
mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele.
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois
do verbo principal.
Exemplos:
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou
depois do verbo principal.
Exemplos:
Observações importantes:
Emprego de o, a, os, as
Chame-o agora.
Deixei-a mais tranquila.
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las.
Exemplos:
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as
alteram-se para no, na, nos, nas.
Exemplos:
Chamem-no agora.
Põe-na sobre a mesa.
4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em desuso,
podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise.
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CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
• Eu li;
• Ele leu;
• Nós lemos;
• Eles leram.
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CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
• O vizinho novo;
• A vizinha nova;
• Os vizinhos novos;
• As vizinhas novas.
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SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
Você sabe o que é sintaxe? A área da gramática que estuda a relação entre as palavras na oração e
no discurso subdivide-se em sintaxe de concordância, regência e colocação.
A sintaxe é a área da gramática que se ocupa do estudo da disposição das palavras na frase e das
frases quando inseridas em um discurso. Diz-se que um texto está sintaticamente correto quando as
frases estabelecem relação lógica entre si, ou seja, os elementos de uma oração estão dispostos de
maneira que nos permita compreender o conteúdo de determinada mensagem. Mesmo que não saiba
– ou não soubesse – o que é sintaxe, você é capaz de produzir enunciados que obedeçam às suas
regras, já que a finalidade da comunicação é produzir discursos inteligíveis, cujo significado seja
acessível e compreensível. Observe:
Ontem choveu bastante. As ruas ficaram alagadas e o trânsito ficou congestionado em vários pontos
da cidade
ou
Bastante choveu ontem. Alagadas ficaram ruas as congestionado ficou trânsito e o cidade da em
pontos vários?
Entre as orações acima, qual das duas você seria capaz de produzir? A primeira, não é verdade?
Ambas são compostas pelas mesmas palavras, mas uma delas ficou privada de inteligibilidade (a
segunda) porque seus elementos não foram sintaticamente bem dispostos, tornando-a agramatical.
Por isso a importância da sintaxe: instrumento indispensável para a correta combinação das palavras
nas orações.
A sintaxe de concordância estuda a relação gramatical estabelecida entre dois termos. Ela pode ser
verbal ou nominal. Observe os exemplos:
► Concordância Verbal:
ou
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SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
A primeira opção é aquela que estabelece correta combinação entre o verbo e o sujeito. Se o sujeito
(alunos = eles) está no plural, o verbo da oração deverá ser flexionado na terceira pessoa do plural:
eles 'ficaram'.
► Concordância Nominal:
ou
A sintaxe de regência ocupa-se do estudo dos tipos de ligação existentes entre um verbo (regência
verbal) ou nome e seus complementos (regência nominal). Dessa maneira, haverá os termos
regentes, aqueles que precisam de um complemento, e os termos regidos, aqueles que
complementam o sentido dos termos regentes.
► Regência Verbal:
A regência verbal ocupa-se do estudo da relação estabelecida entre os verbos e os termos que os
complementam ou caracterizam. Estudá-la nos permite aprimorar nossa capacidade expressiva, pois
a partir da análise de uma preposição um mesmo verbo pode assumir diferentes significados.
Observe:
► Regência Nominal:
A regência nominal estuda a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os
termos por ele regidos. É a partir da análise da preposição que essa relação será construída.
Observe os exemplos:
Na regência nominal é interessante observar que alguns nomes apresentam o mesmo regime dos
verbos de que derivam: se você conhece o regime de um verbo, conhecerá também o regime dos
nomes cognatos, ou seja, dos nomes que têm a mesma raiz ou origem etimológica:
A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos átonos, embora possam ser dispostos de
maneira livre, possuem uma posição adequada na oração. Quando há liberdade de posição desses
termos, o enunciado poderá assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é bem-vindo.
Existem três possíveis colocações para os pronomes oblíquos átonos:
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SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
► Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito
do indicativo. O pronome surge intercalado ao verbo. A mesóclise é mais encontrada na linguagem
literária ou na língua culta e, havendo possibilidade de próclise, ela deverá ser eliminada. Observe os
exemplos:
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