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14/04/2018 A decadência do art. 26 do CDC não impede o direito de ação indenizatória do art.

27 do CDC
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jusbrasil.com.br
14 de Abril de 2018

A decadência do art. 26 do CDC não impede o direito de ação


indenizatória do art. 27 do CDC

A afirmativa de que a ausência de reclamação extrajudicial por defeito de produto e


serviço na forma do art. 26 Código de Defesa Consumidor obsta o direito de
pugnar pelo ressarcimento do dano em juízo na forma do art. 27 do citado códex é
tática comumente utilizada por empresas deste ramo, e que não raro são
corroboradas por juízo em ações relativas o direito do consumidor.

A Seção IV do Código de Defesa do Consumidor trata da decadência (a qual define


a caducidade do direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação
– art. 26/CDC) e da prescrição (do prazo prescricional da pretensão pela reparação
dos danos decorrentes de produtos e serviços - art. 27/CDC).

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14/04/2018 Deste modo,Aprevê
decadência
o art.do26
art.do
26 CDC
do CDC não impede o direito de ação indenizatória do art. 27 do CDC
que:

Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação


caduca em:

I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não


duráveis;

II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos


duráveis.

E o art. 27 do CDC determina que:

Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos


causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo,
iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua
autoria.

Veja-se que na primeira conjectura (art. 26 – decadência) a legislação resolve a


medida extrajudicial a ser tomada pelo consumidor junto ao fornecedor de
produtos e serviços nas hipóteses em que constatados vícios aparentes ou fácil
constatação. Trata-se aqui da citada “garantia do produto”, a qual não reclamada
no prazo fixado pela lei, decaí o direito de requer extrajudicialmente.

Doutro norte, na segunda proposição (art. 27 – prescrição), a lei destaca o prazo


em que o consumidor pode reclamar pelos danos causados pelo serviço ou produto
em juízo.

Importante consignar que em se tratando de institutos de decadência (art. 26) e


prescrição (art. 27), a diferença principal em ambos é que a primeira trata da perda
do direito pelo seu não exercício dentro do prazo fixado, enquanto a segunda se
refere a perda da pretensão (demandar em juízo). Ademais, assinala-se que
“somente as ações (sem sentido material) condenatórias sofrem os efeitos da
prescrição, de outro norte, a decadência atinge direito potestativos que deve ser
executado mediante ação constitutiva” [DINIZ apud GARBIN].

Deste modo, o não reclamo na forma do art. 26 do CDC, seja ele inexistente ou fora
do tempo, não obsta a busca por reparação pelo dano em juízo, na forma do art. 27
do mesmo Diploma, pois versam em lugar temporal e pedidos diferentes, no
primeiro se pretende o conserto ou substituição do produto ou serviço, no segundo
pugna em juízo pela reparação do dano causado por eles.

A fim de elucidar as afirmativas acima expostas, importante trazer os seguintes


julgados:

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14/04/2018 RECURSOAINOMINADO.
decadência do art.CONSUMIDOR.
26 do CDC não impede o direito
AÇÃO DEdeREPARAÇÃO
ação indenizatória do art. 27 do CDC
DANOS
MATERIAIS. QUEDA E OSCILAÇAO DE ENERGIA ELÉTRICA PROVOCOU
AVARIA EM EQUIPAMENTO (FORNO). REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO EXTEMPORÂNEO NÃO AFASTA INTERPOSIÇÃO DE
AÇÃO JUDICIAL. DEVER DE INDENIZAR CARACTERIZADO. RECURSO DA
PARTE AUTORA NÃO CONHECIDO. CONTAGEM DO PRAZO.
INTEMPESTIVIDADE. SENTENÇA MANTIDA. Narrou o autor que houve
queda e oscilações de energia elétrica no dia 06.11.2011 e ao retornar o forno
utilizado em seu estabelecimento comercial, padaria, queimou. Acostou laudo
técnico à fl. 07 dando conta da causa para a danificação do aparelho, o qual
orçado em R$ 725,00, conforme documento de fl. 07. Recorreu a parte ré
aduzindo ser incabível a indenização, porquanto o pedido do autor à empresa
foi depois de decorridos 90 dias, dissonante ao artigo 204 da Resolução nº
414/2010 da ANEEL, bem como por ausente demonstração do nexo causal
entre o fato e o dano. O referido prazo é para o requerimento administrativo,
não podendo ser confundido com prazo do Código Civil, tampouco ser
considerado requisito para interposição de pedido judicial. Por outro lado, a
empresa ré não demonstrou nos termos do artigo 333, inciso II, do CPC, que
não deu causa ao dano provocado no aparelho. A tela de fl. 36 acostada pela
recorrente apenas reproduz que no dia 06.11.2011 não houve solicitação quanto
a ocorrências na referida unidade. Não afirma, tampouco comprova, que não
houve algum tipo de incidente. Logo, caracterizado o dever de indenizar. Não
se conhece de recurso protocolado fora do prazo legal de 10 (dez) dias previsto
no art. 42 da Lei nº. 9.099/95 c/c Súmula 07 das Turmas Recursais Cíveis.
Recebimento por AR válido. Intempestividade decretada. Assim, deve ser
mantida a sentença recorrida por seus próprios fundamentos. RECURSO DA
PARTE RÉ IMPROVIDO. NÃO CONHECIDO RECURSO DA PARTE AUTORA.
UNÂNIME. (Recurso Cível Nº 71004898177, Primeira Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: Fabiana Zilles, Julgado em 27/01/2015)

Ainda:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS - EXAME LABORATORIAL - RESULTADOS DIVERGENTES -
DECADÊNCIA - INOCORRÊNCIA - INAPLICABILIDADE DO ART. 26 DO CDC
- PLEITO FUNDADO EM FATO DO SERVIÇO (CDC, ART. 14)-
RESPONSABILIDADE POR FATO - INCIDÊNCIA DE PRAZO PRESCRICIONAL
(CDC, ART. 27).

Estando o pleito indenizatório fundado em fato de serviço (CDC, art. 14), e não
em simples vício de qualidade ou quantidade deste (CDC, art. 18), inaplicável o
instituto da decadência, pois, em hipóteses cuja causa de pedir próxima advém
de suposto acidente de consumo, a conseqüência jurídica decorrente da inércia
do consumidor é a prescrição, cuja caracterização deve ser aferida à luz do art.
27 do CDC." (TJSC Agravo de Instrumento n. 2007.010961-5 Relª Desª. Salete
Silva Sommariva - j. 08.05.2007)

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14/04/2018 A decadência do art. 26 do CDC não impede o direito de ação indenizatória do art. 27 do CDC

"PROCESSUAL CIVIL. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. APLICAÇÃO DO


PRAZO QÜINQUENAL DE PRESCRIÇÃO.

Nas hipóteses de indenização pelo fato do serviço, de responsabilidade por


danos, materiais ou morais, causados a consumidores em virtude de serviços
defeituosamente prestados, incide o prazo decadencial de cinco anos,
estabelecido no art. 27 do CDC.

Vige o prazo qüinqüenal, nas lides indenizatórias que têm como sustentáculo o
conceito de fato do serviço, de acordo com o art. 27, do CDC."(AI nº 00.022051-
5, Rel. Des. Ruy Pedro Schneider) (AC n. 2002.012711-1, de Blumenau, Rel. Des.
Carlos Prudêncio, j. Em 03/12/02).

Diante do exposto, verifica-se que o não reclamo extrajudicial na forma do art. 26


do CDC jamais impedirá o direito da parte em pleitear em juízo indenização por
danos causados em razão de defeitos em produtos ou serviços (fato do produto ou
serviço), bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
utilização e riscos (art. 12 do CDC).

REFERENCIAS:

DINIZ, Maria Helena apud GARBIN, Aphonso Vinicius. A prescrição e a


decadência no Brasil: semelhanças e diferenças. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF:
09 jan. 2015. Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/?
artigos&ver=2.52007. Acesso em: 09 jan. 2016

Imagem disponível aqui, origem e autoria aqui.

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indenizatoria-do-art-27-do-cdc

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