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Médica
2ª Etapa
COMPETÊNCIAS DA DISCIPLINA
DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS
1º Bimestre – 40 pontos
2º Bimestre – 60 pontos
10 pontos: mostra
5.1 Anemias
5.1.1Hemofilia
5.1.2 Leucemia
5.1.3Hemoterapia
5.2 Papel da Enfermagem na transfusão de sangue
5.3 Doença de Hodgkin – Linfomas.
1. INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM MÉDICA
A enfermagem destaca-se como uma atividade de alto nível, visto que envolve um
plano de cuidado com o uso de determinadas técnicas. Essa assistência visa à integração
biopsicossocial e espiritual do ser humano.
2. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS AFECÇÕES CARDIOVASCULARES
Fonte: http://www.ideiasmodernas.com/sistema-cardiovascular-transportando-o-sangue/
2.1.2 Fisiopatologia
Causas
Hipertensão arterial
Arteriosclerose
Infarto agudo do miocárdio
Miocardite
Endocardite reumática
Insuficiência aórtica
Hipervolemia
Anemia
Deficiência alimentar prolongada
Insuficiência renal
repouso;
dieta branda, fracionada com pouco resíduo e hipossódica;
administração de digitálicos que aumentam a contratilidade do músculo cardíaco e
de diuréticos que auxiliam na eliminação do excesso de líquidos;
oxigenoterapia no alívio da dispneia.
Endocardite
O endocárdio é uma camada tecidual que reveste as cavidades do coração,
recobrindo os folhetos de suas válvulas. À inflamação dessa camada dá-se a denominação
de endocardite.
Dentre as doenças que afetam o endocárdio, causando um quadro inflamatório,
temos: endocardite reumática, endocardite infecciosa e doença cardíaca valvular crônica.
Manifestações clínicas
- Calafrios
-Febre
-Sudorese
-Anorexia
- Emagrecimento
- Tosse
-Dor lombar e esplenomegalia
-Aparecimento de petéquias, máculas nas regiões plantares e palmares
- Nódulos avermelhados e dolorosos nas polpas dos dedos
- Diminuição do murmúrio vesicular
- Cefaleia
Causas
A endocardite pode se manifestar tanto numa válvula cardíaca já lesada por alguma
outra doença como também pode ser resultante de contaminação de válvulas normais. Pode
ocorrer de maneira secundária às cirurgias cardíacas, especialmente às que usam próteses
valvulares, à cateterização venosa demorada, a terapias endovenosas e antibióticas
demoradas. Apresenta grande incidência entre os viciados em drogas injetáveis.
Diagnóstico
É realizado mediante detalhado exame físico e anamnese com observação dos
sinais e sintomas característicos da doença. São utilizados exames laboratoriais como a
hemocultura, o ECG, a ecocardiografia, provas e atividades reumáticas.
Tratamento
Consiste no cuidado das manifestações apresentadas pelo paciente, na
antibioticoterapia, no uso de antitérmicos, de antiinflamatórios e no repouso. Nos casos
graves é indicado a intervenção cirúrgica para reparação ou substituição das válvulas
lesadas.
Cuidados de Enfermagem
A assistência de enfermagem dá-se na prevenção e identificação precoce da
doença, no tratamento e reestabelecimento do indivíduo. Os cuidados serão individualizados
e prescritos diariamente pelo enfermeiro:
Miocardites
Manifestações clínicas
Diagnóstico
Cuidados de enfermagem
Pericardite
Manifestações clínicas
Diagnóstico
Exame físico minucioso com ausculta cardíaca e anamnese. Exames laboratoriais,
como hemocultura, eletrocardiograma (ECG), ecocardiografia, pericardiocentese (punção do
pericárdio), são de fundamental importância na determinação do diagnóstico.
Tratamento
Cuidados de enfermagem
- Orientar e supervisionar a respiração profunda, exceto nos casos em que esta atividade
desencadeie dor torácica grave;
Manifestações clínicas
O indivíduo com oclusão grave pode apresentar sinais de choque; a pele adquire
uma coloração acinzentada, com uma sudorese intensa e viscosa; ocorre uma hipotensão
em níveis muito baixos, e a temperatura corporal eleva-se em poucas horas. São frequentes
ainda sintomas como ansiedade, inquietação, dispneia, fraqueza, vertigem, náuseas e
vômitos.
OBS: É importante lembrar que alguns pacientes com infarto agudo do miocárdio
podem não apresentar sintomatologia clínica, sendo ele diagnosticado somente
através do ECG. Esses pacientes são denominados de “coronarianos silenciosos”.
Diagnóstico
Tratamento
Cuidados de enfermagem
- Convalescença
2.3.1 Arteriosclerose
Etiologia
Acredita-se que pode estar relacionada com uma predisposição hereditária para a
arteriosclerose. Entre os fatores de risco incluem-se a idade, o sexo e a raça. Verifica-se
maior incidência entre os homens de cor branca, na faixa etária de 35 a 44 anos.
Tensão emocional, hipertensão, obesidade, diabetes mellitus, inatividade física e o
fumo são considerados também fatores de risco para a arteriosclerose.
Manifestações clínicas
Tratamento
Deve-se ainda atentar para a redução dos fatores de risco, já descritos, enfatizando-
se a importância do autocuidado e uma reeducação alimentar.
A angina pectoris é uma síndrome caracterizada por paroxismos de dor ou por uma
sensação de opressão na região anterior do tórax, que surge como consequência de um
fluxo sanguíneo coronariano insuficiente ou de um suprimento inadequado de oxigênio ao
tecido miocárdico.
Manifestação clínica
Cada crise costuma ter duração inferior a 3 minutos, mas pode perdurar por 5 a 15
minutos, quando o paciente se encontra em repouso.
Os fatores que podem desencadear a dor são: esforço físico exagerado, ingestão de
refeição pesada, emoções fortes, excitação, exposição ao frio.
Diagnóstico
Tratamento
Cuidados de enfermagem
- Reduzir a atividade física do paciente para uma taxa abaixo do nível em que ocorre a dor
anginosa;
- Oferecer dieta leve e fracionada, atentando para que não ocorra excesso alimentar;
- Evitar que o paciente se exponha ao frio e, quando o fizer, fazer com que esteja
devidamente agasalhado;
- Proporcionar repouso;
2.4 Tromboflebites
Fisiopatologia
Manifestações clínicas
Diagnóstico
Pode-se lançar mão de recursos por imagem como o ultra-som com doppler,
principalmente nas tromboflebites extensas de membro inferior que podem evoluir com uma
trombose venosa profunda
Tratamento
Cuidados de enfermagem
-Elevar a extremidade afetada a 20º ou mais, e estendida sobre travesseiros ( não flexionar
os joelhos), pois a elevação reduz o edema e promove circulação venosa;
- Aplicar compressas úmidas quentes sobre a área de desconforto de forma que a pele fique
protegida. Remover a bolsa térmica por vinte minutos a cada duas horas para avaliar a pele;
2.5 Varizes
1. Fase pré-hipertensiva
3. Fase Maligna
Pode ocorrer uma elevação muito rápida da pressão arterial com lesões graves a
órgãos vitais: verifica-se acidente vascular encefálico (AVE), cefaleia, convulsões,
diminuição da visão, hemorragia ocular, náuseas e vômitos.
2.6.3 Aneurisma
Causas
Predisposição familiar (15% dos portadores de aneurisma pertencem a uma família em
que a incidência da enfermidade é maior);
Hipertensão arterial (pressão alta facilita o desenvolvimento e a ruptura dos aneurismas);
Dislipidemia (aumento dos níveis de colesterol e triglicérides);
Diabetes;
Cigarro;
Álcool.
Manifestações clínicas
Aneurismas pequenos costumam ser assintomáticos. Quando crescem, podem
comprimir uma estrutura cerebral e provocar sintomas que variam conforme a área do
cérebro afetada.
A manifestação mais evidente dos aneurismas é a ruptura seguida de hemorragia. A
intensidade dos sintomas está diretamente relacionada com o tamanho e a extensão do
sangramento. Os mais comuns são dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos, perda da
consciência. Sangramentos abundantes podem ser fatais.
Diagnóstico
A angio-ressonância magnética é um exame fundamental para o diagnóstico dos
aneurismas. O ideal seria que fossem detectados precocemente, antes de sangrarem, mas
isso raramente acontece, porque essa avaliação não está incluída na rotina dos check-up.
Tratamento
Diagnosticado o aneurisma, a indicação cirúrgica precisa levar em conta seu
tamanho e as condições clínicas do paciente, uma vez que o risco da cirurgia deve ser
menor do que o oferecido pela história natural da evolução da doença.
Caso se opte pela cirurgia, o objetivo é fechar o aneurisma para excluí-lo,
preservando a artéria que o nutre, porque todas as áreas do cérebro são nobres e morrem
se não forem irrigadas.
O procedimento pode ser realizado a céu aberto (por uma janelinha aberta no crânio,
a porção mais estreita do aneurisma é fechada por um clipe metálico) ou por via
endovascular, introduzindo molas delicadas através de um cateter, que se enrolam no
interior do aneurisma e formam um coágulo que impede o sangramento.
Pessoa que não deve, não pode ou não quer ser operada, precisa manter controle
rigoroso da pressão arterial, não fumar e evitar esforços físicos.
No tratamento dos aneurismas cerebrais a embolização por via endovascular é hoje
uma importante forma terapêutica. Em geral as equipes atuam de forma multidisciplinar na
decisão de qual metodologia, ou seja, microcirurgia ou embolização será a melhor e mais
confortável abordagem para cada tipo de aneurisma e cada condição física do paciente. A
opinião do paciente também é importante na decisão da metodologia a ser adotada.
2.6.4 Embolias
Manifestações clínicas
- dificuldade de respiração;
- dor torácica na inspiração e palpitações;
- hipóxia;
- taquipneia;
-taquicardia.
Diagnóstico
Tratamento
Fatores de Risco
Manifestações Clínicas
– incontinência vesical e fecal: pode acontecer por confusão mental, lapso de memória,
fatores emocionais, dificuldade de comunicação e/ou perda do controle dos esfíncteres anal
e vesical, podendo ocasionar a retenção de fezes (obstipação/constipação) ou de urina
(bexigoma);
Tratamento
Diagnóstico
Cuidados de Enfermagem
Suporte emocional - os acompanhantes devem ser orientados a não deixarem este cliente
sozinho, e, para tanto, um plano conjunto de assistência deve ser garantido, possibilitando a
continuidade dos cuidados a serem prestados no processo de recuperação. Além da
companhia, é fundamental repassar confiança, otimismo, dar carinho. É importante que o
cliente participe do maior número de decisões possíveis sobre o encaminhamento do seu
tratamento;
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Descreva a fisiopatologia.
2. Cite as causas relacionadas.
3. Manifestações clínicas.
4. Cite as formas de tratamento.
5. Plano de cuidados de enfermagem.
B) Em relação à endocardite:
1. Definição da patologia.
2. Quais são as manifestações clínicas?
3. Qual a forma de tratamento?
4. Quais são os cuidados de enfermagem?
C) Em relação à miocardite:
1. Definição.
2. Manifestações clínicas
3. Tratamento
4. Cuidados de enfermagem.
1. Definição
2. Quais são as suas manifestações?
3. Como é feito o tratamento?
A respiração é uma característica básica dos seres vivos que consiste basicamente
na absorção de oxigênio e eliminação de CO2.
3.1.2 Fisiopatologia
Caracteriza-se por ser uma inflamação que acomete a membrana mucosa que
reveste internamente as fossas nasais e a faringe. O agente etiológico é de origem viral.
Estima-se que o resfriado seja causado por aproximadamente 100 tipos diferentes. A
ocorrência de resfriado está relacionada às condições climáticas como mudanças bruscas
de temperaturas. Embora não apresente gravidade aparente, deve ser tratada
adequadamente para prevenir possíveis complicações.
Os sintomas incluem coriza (secreção aquosa que escorre pelo nariz), congestão
das vias nasais, mal estar geral, dor de garganta, cefaléia, espirros, temperatura elevada
(febre) ou normal.
3.2.1 Fisiopatologia
É uma inflamação que acomete o tecido linfático das tonsilas palatinas e faríngeas
(amígdalas) pode ser causada por vírus ou bactérias. Os sintomas da faringite e amigdalite
são semelhantes: dor de garganta, faringe inflamada, com edema e placas amareladas e
amígdalas inflamadas, avermelhadas e edemaciadas. As infecções virais regridem
prontamente com um tratamento em torno de cinco a dez dias. Já as infecções bacterianas
são doenças graves que podem levar a sérias complicações como sinusite, otite, adenite
cervical, febre reumática e nefrite.
3.3.1 Fisiopatologia
É uma inflamação que acomete o tecido pulmonar (parênquima) causada por vários
tipos de microorganismos e agentes químicos. Os agentes etiológicos podem ser de origem
viral (adenovírus), bacteriana (pneumococos, estafilococos) ou também por micoplasma.
Existem dois tipos de pneumonia, a lobar ou alveolar e a lobular ou
broncopneumonia. A primeira atinge somente um lobo do pulmão, a segunda atinge mais de
um lobo do pulmão.
As vias de transmissão consistem na inalação direta de partículas, aspiração de
material infectado, via hematogênica, via exógena (após cirurgia ou broncoscopia).
O diagnóstico faz-se através de exame clínico e físico, precedido de raio x de tórax e
exame de escarro. Os sintomas são febre (40ºC), dor torácica, dispnéia, calafrios, cianose,
tosse e escarro ferruginoso.
O tratamento é clínico, terapêutico e medicamentoso (antibióticos, analgésicos e
sedativos da tosse). Podem surgir também algumas complicações como derrame pleural,
empiema e hipotensão.
3.4.1 Bronquite
3.4.2 Bronquiectasias
Tal patologia ocorre em virtude do uso do fumo (cigarro) em excesso durante muitos
anos. Os sintomas incluem dispneia lenta e progressiva, tosse, anorexia e perda de peso. O
diagnóstico é feito através de raio X de tórax, espirometria e gasometria.
3.4.4 Asma
A asma caracteriza-se por ser uma doença inflamatória crônica das vias áreas
inferiores. Clinicamente, caracteriza-se por aumento da responsividade das vias aéreas a
variados estímulos, com consequente obstrução ao fluxo aéreo, de caráter recorrente e
tipicamente reversível. No Brasil, estima-se a prevalência da asma em torno de 10%.
Apesar de serem apenas 5%-10% dos casos, pacientes com asma grave
apresentam maior morbimortalidade relativa e são responsáveis por um consumo
desproporcionalmente alto dos recursos de saúde em relação aos grupos de menor
gravidade. Portadores de asma grave não controlada procuram 15 vezes mais as unidades
de emergência médica e são hospitalizados 20 vezes mais do que os asmáticos moderados.
3.6 Pneumotórax
3.6.1 Hemotórax
Definido como sendo qualquer volume de sangue na cavidade pleural. Existem
aqueles que consideram qualquer volume residual de sangue no tórax diagnosticado após
72 horas da drenagem inicial.
As modalidades atuais para o tratamento do hemotórax residual são bastante
variadas e as mais empregadas são: tratamento conservador com observação apenas,
punção torácica guiada, colocação de um segundo dreno torácico, injeção intrapleural de
agentes fibrinolíticos, videotoracoscopia e a toracotomia ou pleurostomia.
Tratamento
O paciente deve receber oxigênio suplementar por máscara facial aberta com fluxo
inicial de 5 a 10 L/ min. A ventilação não-invasiva também é indicada, pois proporciona a
redução da pré e pós-carga promovendo a melhora da contratilidade do ventrículo esquerdo.
A ventilação invasiva é indicada na presença de rebaixamento do nível de
consciência, no aparecimento de sinais clínicos de fadiga de musculatura acessória, nos
casos de hipoxemia refratária e na presença de acidose respiratória. Essa conduta pode ser
tomada inicialmente em pacientes com IAM com indicação de angioplastia primária,
naqueles com taquiarritmias com necessidade de cardioversão elétrica e em pacientes com
choque cardiogênico. Lembrar que sempre antes do procedimento o paciente deve ser
hiperventilado com máscara e ambú para diminuir possíveis complicações como arritmias ou
piora da hipoxemia.
O tratamento medicamento é feito com os medicamentos de primeira linha como
nitratos, diuréticos e morfina.
Nitratos: o mais utilizado é o dinitrato de isossorbida. Utilizado na dose de 5 mg SL a
cada 5 minutos, desde que a PAS esteja acima de 90 mmHg. Seu benefício deve-se
à diminuição da pré e pós-carga, melhorando o desempenho sistólico do ventrículo
esquerdo.
Diuréticos de alça: Furosemida 20 a 80 mg deve ser utilizada por via EV. Considera-
se o dobro dessas doses se o paciente já vinha utilizado essa medicação
habitualmente. Caso o paciente apresente uma infecção urinária oligoanúrica, uma
dose de 100-200 mg deve ser aplicada EV lentamente. Espera-se ocorrer uma
melhora no padrão respiratório devido a seu efeito venodilatador que inicia-se em 5
minutos. Após 20-30 minutos deverá ocorrer a diurese propriamente dita. Se não
houver melhora após 20 minutos da primeira aplicação, o dobro da dose deverá ser
administrada.
Morfina: promove venodilatação com redução do retorno venoso em até 40%
diminuindo a pré carga. Além disso, reduz a pós carga e melhora a ansiedade.
3.8.1 Oxigenoterapia
F) Em relação ao pneumotórax:
1. Diferencie o pneumotórax espontâneo do pneumotórax adquirido.
2. Descreva o diagnóstico dessa patologia.
3. Cite o tratamento.
G) Sobre o hemotórax:
1. Defina hemotórax.
4.1Estomatite
Manifestações clínicas
Diagnóstico
Tratamento
Cuidados de Enfermagem
Etiologia
Tipos de gastrite
Gastrite aguda por stress, o tipo mais grave de gastrite, é provocada por uma doença
ou lesão grave de aparecimento rápido. A lesão pode não afetar o estômago. Por
exemplo, são causas frequentes as queimaduras extensas e as lesões que provocam
hemorragias maciças.
A gastrite também pode ser induzida pela ingestão de agentes corrosivos, como os
produtos de limpeza, ou pelos elevados níveis de radiação (por exemplo, na radioterapia).
Manifestação clínica
- Desconforto epigástrico
- Hipersensibilidade abdominal
- Hematêmese, às vezes.
Diagnóstico
O médico suspeita de uma gastrite quando o paciente tem dores na parte alta do
abdome, bem como náuseas ou ardor. Se os sintomas persistirem, muitas vezes não são
necessárias análises e começa-se o tratamento em função da causa mais provável. O
diagnóstico primário é realizado pela endoscopia gástrica.
Se a gastrite se mantiver ou reaparecer, deve-se procurar a causa, por exemplo,
uma infecção, analisa os hábitos dietéticos, o consumo de medicamentos e a ingestão de
álcool. A gastrite bacteriana pode ser diagnosticada com uma biopsia.
Tratamento
-Regime dietético
Cuidados de enfermagem
É uma ferida bem definida, circular ou oval, causada por o revestimento do estômago
ou do duodeno ter sofrido lesão ou simples erosão pelos ácidos gástricos ou pelos sucos
duodenais. Quando a úlcera é pouco profunda, denomina-se erosão.
A pepsina é uma enzima que trabalha juntamente com o ácido clorídrico produzido
pela mucosa gástrica para digerir os alimentos, sobretudo as proteínas. A úlcera péptica
forma-se no revestimento do trato gastrointestinal exposto ao ácido e às enzimas digestivos
(principalmente do estômago e do duodeno). Os nomes das úlceras identificam a sua
localização anatômica ou as circunstâncias em que se desenvolvem. A úlcera duodenal, o
tipo mais comum de úlcera péptica, surge no duodeno (os primeiros centímetros de intestino
delgado imediatamente a seguir ao estômago). As úlceras gástricas, que são as menos
frequentes, normalmente situam-se na parte alta da curvatura do estômago. Se for extirpada
cirurgicamente parte do estômago, podem desenvolver-se úlceras marginais na zona em
que o estômago remanescente voltou a ligar-se ao intestino. A repetida regurgitação de
ácido procedente do estômago para o segmento inferior do esôfago pode provocar
inflamação (esofagite) e úlceras esofágicas. As úlceras que aparecem como consequência
do stress derivado duma doença grave, queimaduras ou traumatismos, denominam-se
úlceras de stress.
Causas
Sintomas
Diagnóstico
Deve-se suspeitar da presença duma úlcera quando a pessoa sente uma dor
característica no estômago. Pode ser necessário fazer exames para confirmar o diagnóstico,
Para facilitar o diagnóstico das úlceras e identificar a sua origem, o médico pode fazer uso
dum endoscópio, requerer radiografias com contraste, analisar o suco gástrico e fazer
análises ao sangue.
A endoscopia é um procedimento em que se introduz, através da boca, um tubo
flexível de visualização (endoscópio) que permite observar diretamente o interior do
estômago. Com um endoscópio, pode ser feita uma biópsia (obter uma amostra de tecido
para ser examinada ao microscópio) para determinar se uma úlcera gástrica é cancerosa.
Tratamento
1- Antiácidos
Os antiácidos aliviam os sintomas, facilitam a cura e diminuem o número de recidivas das
úlceras. A maioria dos antiácidos pode ser adquirida sem receita médica.
2- Medicamentos antiulcerosos
As úlceras são normalmente tratadas durante 6 semanas, no mínimo, com fármacos
que reduzam o meio ácido do estômago e do duodeno. Qualquer dos medicamentos
antiulcerosos pode neutralizar ou reduzir o ácido do estômago e aliviar os sintomas,
geralmente em poucos dias. Habitualmente, se estes não forem aliviados por completo ou
se reaparecerem quando se suprime o fármaco, fazem-se outros exames.
3- Cirurgia
Só raramente é necessária a cirurgia para as úlceras, se tiver em conta que o
tratamento médico é muito eficaz. A cirurgia é reservada principalmente para tratar as
complicações duma úlcera péptica, como uma perfuração, uma obstrução que não responde
ao tratamento farmacológico ou que recidiva, perante duas ou mais crises significativas de
hemorragia, ou quando existe a suspeita de que a úlcera é cancerosa e perante recidivas
frequentes e graves duma úlcera péptica.
Cuidados de enfermagem
- proporcionar conforto e segurança, um ambiente repousante, calmo e tranquilo;
- manter uma ventilação adequada no ambiente;
- ofertar apoio psicológico, ouvir com atenção e anotar as queixas do paciente;
- orientar as visitas e familiares para evitar conversas que pertubem o paciente;
- diminuir a atividade motora do estômago oferecendo uma dieta branda e várias vezes ao
dia;
- higiene oral 3 vezes ao dia com uma solução antisséptica;
- verificar e anotar os SSVV 4/4 horas;
- administra a medicação prescrita com controle rigoroso do horário.
4.3 Tumor
Os tumores do aparelho digestivo representam juntos uma grande parte dos tumores
humanos. São praticamente incuráveis quando apresentam-se disseminados pelo
organismo (metástases volumosas), daí a necessidade de um rastreamento precoce com o
intuito de um diagnóstico da neoplasia na sua fase inicial, aumentando assim a possibilidade
de cura e a melhoria da condição de sobrevida quando a cura não é possível.
a) câncer do esôfago
Há mais de 1000 anos o tumor de esôfago vêm sendo reconhecido como causador
de morte. É marcante a variação geográfica da incidência, sendo no Brasil a taxa de 7,01 e
1,98 em 100.000 habitantes respectivamente para homens e mulheres. A estimativa para o
ano de 1997 é de uma taxa de óbitos de 4.630 casos e de um total de 6.550 novos casos.
Embora a coleta de secreção no interior do esôfago por meio de uma sonda seja
considerado o meio mais barato, mais cômodo para o paciente e com bons resultados, no
nosso meio a endoscopia digestiva alta (biópsia + lavado) e o exame radiológico com
ingestão do bário (contraste) são os métodos utilizados para o diagnóstico.
b) câncer do estômago
O estômago é o órgão que vem logo após o esôfago no trajeto do alimento dentro do
aparelho digestivo. Ele tem a função de armazenar por pequeno período os alimentos
deglutidos para que possam ser misturados ao suco gástrico, o qual participa do processo
de degradação química dos alimentos.
Até 1988 o câncer do estômago era a maior causa mundial de morte por câncer e a
estimativa de 1980 era de que surgiriam anualmente 670.000 novos casos. No Brasil é a
segunda causa de morte entre os homens e a terceira entre as mulheres.
A forma endêmica está mais presente nas mulheres e jovens, não estando
relacionada com as lesões pré-cancerosas e sim com a ocorrência familiar (tipo sanguíneo
A) sugestiva de uma etiologia genética.
d) câncer coloretal
O câncer coloretal representa hoje no Brasil a quinta causa de morte entre os outros
cânceres.
Estima-se que no Brasil um total de 17.630 novos casos venham a ocorrer em 1997
(Pro-Onco/INCa), sendo que esse número divide-se, praticamente , de forma igual entre
homens e mulheres. Mas a estatística mundial demonstra a incidência maior entre os
homens. A idade de ocorrência é principalmente acima dos 60 anos, sendo menor o risco na
idade entre os 40 a 59 anos. Fatores hormonais explicam a menor incidência na mulher,
sendo que o fato de ter muitos filhos ainda em idade precoce também é um fator protetor.
Outros fatores podem atuar de forma protetora ou, ao contrário, alguns fatores
podem aumentar o risco e até mesmo agir de formas predisponente.
Entre os de alto risco encontramos aqueles com história familiar de câncer coloretal.
Nesse grupo está indicado o início do rastreamento na idade entre 35 e 40 anos com A
detecção do sangue oculto nas fezes e um exame endoscópico via retal. Inicialmente a
retosigmoidoscopia (endoscopia via retal com aparelho que visualiza aproximadamente até
60 a 65 cm) deve ser realizada a cada 3 a 5 anos. Um exame mais profundo, que
visualizaria todo o cólon (colonoscopia) será realizado caso seja detectada alguma alteração
no exame prévio. Nos casos das síndromes de alto risco para o câncer (sind. de Lynch) a
colonoscopia e o enema com bário devem ser realizados a cada 3 anos a partir dos 30
anos.
Nos casos com história pessoal de câncer ou presença de pólipos indica-se o exame
endoscópico a cada 1 a 3 anos.
Já aqueles pacientes com colite ulcerativa (doença inflamatória intestinal) por mais
de 10 anos e que não foram submetidos ao tratamento cirúrgico, devem submeter-se ao
exame endoscópico a cada 1 ou 2 anos.
e) câncer do pâncreas
Nos fatores ambientais salienta-se o uso do cigarro, sendo este o mais bem definido
fator etiológico entre outras classes para o câncer de pâncreas. O risco está diretamente
relacionado com a quantidade e com o tempo de utilização do tabaco. O risco diminui em
torno de 30%, em comparação aos não fumantes, após 10 anos sem fumar. 30% dos casos
de câncer do pâncreas são atribuídos ao hábito de fumar.
Outro fator ambiental importante é a dieta, onde está bem comprovado que a alta
ingesta de gordura e carnes aumenta o risco, ao passo que a ingestão de frutas, vegetais,
alimentos ricos em fibras e vitamina C reduz o risco. Existe um dilema em confirmar ou não
a associação da ingestão exacerbada de bebidas alcoólicas e café com o aumento do risco
para o desenvolvimento do câncer de pâncreas.
O câncer da via biliar deve ser dividido em três categorias: câncer da vesícula biliar,
do ducto biliar - que conduz a bile até o intestino - e outros tumores muito raros.
g) câncer do fígado
Existem fatores de risco bem definidos como: a hepatite crônica por vírus tipo B (fator
de maior importância - 75% a 90% dos casos); aflatoxina (toxina produzida por fungo que
cresce em cereais e outros alimentos em áreas quentes e úmidas); álcool (promovendo a
cirrose hepática); hepatite por vírus tipo C, e doenças relacionadas com o depósito de ferro
no fígado.
O sintoma mais comum é a dor no quadrante superior direito do abdome sendo que
cerca de um terço dos pacientes apresenta perda de peso, perda de apetite e plenitude
gástrica (empanzinamento). Sintomas menos comuns são icterícia, hemorragia digestiva
alta e hemorragia intraperitoneal (dentro da barriga).
4.5 Colites
Existe constipação intestinal quando ocorre dois ou mais dos seguintes eventos, por
no mínimo 12 semanas nos últimos 12 meses.
Os subtipos de constipação são classificados de acordo com os diferentes
mecanismos, como: inércia colônica (motilidade lenta), dificuldade evacuatória (alteração
funcional de assoalho pélvico, reto ou ânus) e constipação funcional quando há trânsito
normal.
A constipação também é mais prevalente em crianças do que em adultos. Em
adultos, a constipação associa-se a outras comorbidades (doenças neurológicas,
psiquiátricas, proctológicas, endócrinas e metabólicas) e ao uso de muitos medicamentos
com propriedades anticolinérgicas (opioides, antidepressivos, diuréticos, anti-histamínicos,
antiparkinsonianos, benzodiazepínicos, corticosteroides, fenotiazinas, propranolol, sais de
ferro e laxativos em uso crônico que produzem o cólon catártico, isto é, aquele que funciona
só à base de laxativos.
História de abuso sexual, inatividade física, educação limitada, baixo nível
econômico e sintomas de depressão são considerados como fatores de risco para
constipação.
O tratamento da constipação se constitui na adaptação da dieta, com ingestão de
fibras, alimentos funcionais pré-bióticos e probióticos, além da ingestão habitual de líquidos
e exercícios físicos. Abaixo, são relacionados os aspectos da alimentação que constituem o
tratamento da constipação:
As fibras são alguns tipos de fibras alimentares – carboidratos não digeríveis e assim
resistentes à ação de enzimas – e apresentam funções importantes contra a constipação,
como atuar na manutenção da flora intestinal e contribuir com a consistência normal das
fezes.
A presença prolongada do bolo fecal nas fezes deve ser evitada para que não haja
contato entre substâncias carcinogênicas e a mucosa. As fibras evitam que este contato
aconteça, pois diminuem o tempo de trânsito intestinal. Além disso, diminui o pH e, através
da fermentação, produz ácidos graxos de cadeia curta, que são absorvidos pelo intestino
grosso, e estimula a absorção de água e eletrólitos.
Uma dieta rica em fibras forma um bolo fecal volumoso, o que estimula a evacuação.
As fibras insolúveis são a celulose, a lignina e algumas hemiceluloses. Elas são pouco
fermentáveis e aumentam a absorção de água, acelerando o tempo de trânsito intestinal.
Estão presentes no farelo de trigo, grãos integrais e verduras. Já as fibras solúveis, que são
representadas pela pectina, gomas e mucilagens, retardam o esvaziamento gástrico e o
trânsito intestinal. São altamente fermentáveis que alteram o metabolismo do cólon e
aumentam o bolo fecal, estimulando a evacuação. Suas principais fontes são frutas,
verduras, leguminosas e o farelo de aveia. A recomendação de fibras diária é de 25-30g
para adultos saudáveis e mais 5 gramas por dia para crianças.
Os probióticos são bactérias que produzem efeitos benéficos no hospedeiro. Um de
seus diversos papéis é equilibrar a flora intestinal.
Vários microorganismos são usados como probióticos, entre eles bactérias ácido-
lácticas, não lácticas e leveduras. As bactérias mais utilizadas nos alimentos fermentados ou
iogurtes são as Bifidobacterium e Lactobacillus, como exemplo o Lactobacillus acidophillus.
As bactérias diminuem a susceptibilidade de infecções, mantendo a flora intestinal
saudável e equilibrada, com níveis imunológicos aceitáveis, para que o intestino possa atuar
na sua função que é digerir e absorver nutrientes para o nosso organismo e expelir o bolo
fecal formado.
Dentre os diversos papéis dos probióticos em nosso organismo, destacam-se a
melhoria na digestibilidade dos alimentos, principalmente dos nutrientes como proteínas e
lipídios, e a lactose, sendo assim o probiótico, uma importante arma contra a intolerância à
lactose.
Além disso, as bactérias probióticas farão parte da microflora intestinal, responsável
por aumentar o volume das microvilosidades do intestino, aumentando a superfície de
contato para absorção. Também acelera a motilidade intestinal, evitando contato entre
substâncias do bolo fecal e a mucosa.
Fibras – como o farelo de trigo não processado (farelo de moleiro) ou farelo de arroz;
cereais integrais; pão, arroz e macarrão integral; legumes; verduras; frutas e semente
de linhaça.
Mal-estar geral,
Cansaço,
Sintomas semelhantes à gripe,
Icterícia (cor amarelada nos olhos e/ou na pele),
Eliminação de urina escura (como chá preto),
Dor na região logo abaixo das costelas do lado direito do abdômen e náusea ou
vômitos.
Uma das complicações que podem vir a surgir é a Hepatite Fulminante: uma
complicação rara, pode ocorrer tanto na hepatite B ou C.
A pessoa apresenta icterícia progressiva, podendo até apresentar problemas no
cérebro. O fígado sofre intensa necrose, que é irreversível. Em geral, a taxa de mortalidade
é bem alta, em torno de 90 a 100% dos casos, a necessidade de transplante é absoluta.
A cirrose é uma doença difusa do fígado, que altera as funções das suas células e
dos sistemas de canais biliares e sanguíneos. É o resultado de diversos processos, entre os
quais, a morte de células do fígado e a produção de um tecido fibroso não funcionante. À
medida que o tecido necrótico evolui para fibrose, ocorrerá a alteração na estrutura e
vascularização normal do fígado e isso prejudica toda a estrutura e o trabalho do fígado.
Após períodos variáveis de tempo, indivíduos com inflamações crônicas do fígado estão
sujeitos a desenvolverem cirrose. Não é possível prever quais as pessoas com doença de
fígado que terão cirrose.
Causas
- A cirrose biliar primária ou secundária (dificuldade crônica, sem causa definida, do fluxo de
bile desde o interior do fígado ou, eventualmente, após cirurgias complicadas da vesícula,
das vias biliares ou do fígado). Em recém-nascidos, a atresia biliar (uma mal-formação dos
canais que conduzem a bile do fígado ao intestino) é importante causa da rápida instalação
de cirrose no bebê, situação curável apenas por transplante hepático.
Manifestações clínicas
A doença se desenvolve lentamente e nada pode ser percebido por muitos anos.
Podem ocorrer sintomas inespecíficos como: fraqueza e cansaço; perda de peso; alterações
do sono; dores abdominais não localizadas.
Com a evolução, aparecem diversas manifestações que, dependendo do paciente,
serão predominantemente de um ou de outro grupo de sintomas.
As alterações relacionadas aos hormônios são: perda de interesse sexual;
impotência; esterilidade; parada das menstruações; aumento das mamas dos homens;
perda de pelos. As alterações relacionadas à circulação do sangue no fígado (hipertensão
da veia porta) levam a: aumento do baço; varizes do esôfago e estômago com risco de
hemorragias graves (vômito ou fezes com sangue).
Devido à incapacidade do trabalho da célula hepática, acumula-se bile no sangue,
surgindo a icterícia (amarelão), que pode estar associada à coceira no corpo.
4.7 Colecistite
Causas
Manifestações clínicas
Tratamento
4.8 Apendicite
Manifestações clínicas
Menos de metade dos indivíduos com apendicite apresenta a combinação de
sintomas característicos: náusea, vômito e dor intensa na fossa ilíaca direita (região
abdominal inferior direita). A dor pode iniciar subitamente na região abdominal superior ou
em torno da cicatriz umbilical. A seguir, o indivíduo apresenta náusea e vômito. Após
algumas poucas horas, a náusea cessa e a dor localiza se na fossa ilíaca direita.
Quando o médico pressiona essa área, ela dói, e quando a pressão é aliviada, a dor
aumenta abruptamente (sinal da descompressão positivo ou sensibilidade de rebote). Uma
febre de 37, 7 °C a 38, 3 °C é comum. A dor, particularmente em lactentes e crianças, pode
ser generalizada e não restrita à fossa ilíaca direita.
Em idosos e gestantes, a dor normalmente é menos intensa e a área é menos
sensível. No caso de ruptura do apêndice, a dor e a febre podem tornar-se intensas. O
agravamento da infecção pode levar ao choque.
Diagnóstico e Tratamento
O hemograma revela um aumento moderado dos leucócitos (glóbulos brancos)
(leucometria) em resposta à infecção. Normalmente, nas fases iniciais da apendicite, a
maioria dos exames (incluindo as radiografias, a ultrassonografia e a TC) não é útil.
Comumente, o médico baseia o diagnóstico nos achados do exame físico. A cirurgia é
imediatamente realizada para evitar a ruptura do apêndice, a formação de um abscesso ou
a peritonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal). Em aproximadamente
15% das cirurgias de apendicite, o apêndice encontra-se normal.
Contudo, postergar a sua realização até o médico ter certeza da causa da dor
abdominal pode ser fatal.
Um apêndice infectado pode romper em menos de 24 horas após o início dos
sintomas. Mesmo quando a apendicite não é a causa do quadro apresentado pelo paciente,
o apêndice é normalmente retirado. A seguir, o médico examina a cavidade abdominal e
tenta determinar a causa real da dor. Com a cirurgia precoce, a chance de óbito devido a
uma apendicite é muito pequena.
O indivíduo comumente pode deixar o hospital em 2 a 3 dias e a sua recuperação é
normalmente rápida e completa. No caso de um apêndice roto, o prognóstico é mais grave.
Há cinquenta anos, a ruptura era frequentemente fatal. Os antibióticos reduziram a taxa de
mortalidade para quase zero, mas, em certos casos, podem ser necessárias várias
operações e uma longa convalescença.
4.9 Pancreatite
Manifestações clínicas
Diagnóstico
Tratamento
Cuidados de enfermagem
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
B) Sobre a Gastrite:
1. Identifique a etiologia dessa patologia.
2. Quais são os tipos de gastrite? Escolha um e comente.
E) Em relação à diarreia:
1. Cite as complicações mais comuns da diarreia.
2. Descreva o tratamento mais indicado.
3. Você como profissional de saúde, como pode atuar na prevenção da diarreia.
H) Sobre a Colecistite:
1. Cite a forma de tratamento.
2. Quais são as manifestações clínicas dessa patologia?
I) Em relação a apendicite:
1. O que é a apendicite?
2. Quais são as manifestações clínicas mais comuns?
J) A respeito da Pancreatite, responda:
1. Descreva a fisiopatologia.
2. Cite os cuidados de enfermagem.
5.1 Anemias
As anemias são sempre secundárias, pois sempre existe uma doença básica que as
produz. Não justifica tratar somente a doença, mas sim a causa. A produção deficiente, a
destruição excessiva e a perda sanguínea, são os três mecanismos básicos responsáveis
pelo aparecimento das anemias.
Existem elementos essenciais como o ferro, os folatos e a vitamina B12
(cianocobalamina) que são os mais significativos para a manutenção da eritropoiese normal.
A carência destes desencadeiam os quadros anêmicos, associados a múltiplos fatores, de
maior incidência na população.
A anemia ferropriva ocorre quando as reservas de ferro do organismo tornam-se
insuficientes para manter a eritropoiese e, consequentemente, a concentração normal de
hemoglobina no sangue. A deficiência de ferro se instala por mecanismos diversos: aumento
da necessidade, excesso de perda (hemorragias), má absorção do ferro da alimentação e
dieta deficiente de ferro.
A maior necessidade de ferro ocorre durante os períodos de crescimento acelerado.
Consequentemente, as crianças menores de 2 anos e os adolescentes, particularmente o
sexo feminino, são os mais vulneráveis à sua ocorrência . A deficiência de ferro está
presente em todas as classes socioeconômicas, embora seja mais frequente entre as
crianças de família com baixo poder aquisitivo. A mulher pode apresentar anemia decorrente
da perda sanguínea excessiva durante a menstruação (menorragia ou hipermenorreia);
quanto maior a quantidade de sangue, maior a perda de glóbulos vermelhos.
Anemia falciforme é uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos)
caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com
uma foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se
mais facilmente, causando anemia. A hemoglobina, que transporta o oxigênio e dá a cor aos
glóbulos vermelhos, é essencial para a saúde de todos os órgãos do corpo. Essa condição é
mais comum em indivíduos da raça negra. No Brasil, representam cerca de 8% dos negros,
mas devido à intensa miscigenação historicamente ocorrida no país, pode ser observada
também em pessoas de raça branca ou parda.
5.1.1 Hemofilia
A hemofilia é uma doença hemorrágica congênita (hereditária) caracterizada pela
deficiência de uma proteína plasmática (fator) da coagulação. Na hemofilia A ocorre
deficiência do fator VIII (FVIII) e na hemofilia B do fator IX (FIX). Consequentemente ocorre
uma redução da formação de trombina, fator essencial para a coagulação do sangue. Em
ambos os tipos de hemofilia as características de hereditariedade, quadro clínico e
classificação são semelhantes. O diagnóstico diferencial entre as hemofilias A e B é
realizado através da dosagem da atividade dos fatores VIII e IX da coagulação,
respectivamente.
A magnitude das manifestações hemorrágicas nas hemofilias varia conforme o grau
de deficiência do fator. Assim, em pacientes com as formas graves da doença, as primeiras
hemorragias geralmente ocorrem antes do segundo ano de vida.
As hemorragias ocorrem principalmente sob forma de hematomas e hemartroses,
sendo esta última, uma das manifestações mais características da doença. As hemorragias
podem, ainda, ocorrer sob forma de hematúria, epistaxe, melena/hematêmese e
sangramentos internos para cavidade abdominal, torácica e retroperitonial, além de
hemorragia intracraniana.
As hemartroses, que são sangramentos dentro de uma articulação, afetam mais
frequentemente o joelho, cotovelo e tornozelo. As hemartroses de repetição, quando não
tratadas, estão associadas à degeneração articular, chamadas de artropatia hemofílica,
tendo como consequência dor, deformidades articulares e impotência funcional grave.
A hemofilia não tem cura e a base do seu tratamento é a infusão do concentrado do
fator deficiente, que pode ser de origem plasmática ou recombinante. Uma das
complicações mais temíveis dos pacientes com hemofilia refere-se ao desenvolvimento de
inibidores, que são anticorpos policlonais da classe IgG direcionados contra os fatores VIII
ou IX infundidos (aloanticorpos). Neste caso, os pacientes acometidos passam a não
responder a infusão do fator deficiente e apresentam episódios hemorrágicos de difícil
controle.
A educação do paciente, familiares e cuidadores são essenciais para que os
mesmos adquiram um conhecimento adequado sobre a doença e possam identificar
rapidamente os sinais e sintomas das hemorragias, e desta forma proceder ao tratamento
apropriado o mais rapidamente possível.
Existem duas modalidades de tratamento de reposição, o de demanda e o profilático.
O tratamento de demanda se refere àquele que ocorre após um episódio de sangramento. A
intensidade e duração do tratamento dependerão da localização e gravidade da hemorragia.
O tratamento profilático se refere àquele que ocorre previamente ao desenvolvimento
de um episódio de hemorragia. Ele pode ser primário (profilaxia primária), quando iniciado
antes da segunda hemartrose ou antes dos primeiros 2 anos de idade, ou secundário
(profilaxia secundária), quando não preenche os critérios para profilaxia primária. O
tratamento profilático está indicado nas hemofilias graves e tem como objetivo principal
prevenir as hemartroses de repetição, que podem levar a articulações-alvo e deformidades
funcionais permanentes.
5.1.2 Leucemia
A leucemia representa um grupo de neoplasias malignas derivadas das células
hematopoiéticas. Esta doença inicia sempre na medula óssea, local onde as células
sanguíneas são produzidas, e posteriormente invadem o sangue periférico, podendo atingir
vários órgãos do paciente afetado.
A leucemia é a doença maligna mais comum na infância, correspondendo
aproximadamente a 30% dos casos de câncer em crianças. No Brasil são registrados cerca
de 7400 casos de leucemia por ano com um total de 5500 mortes, representando o 8º tipo
de câncer mais frequente na população brasileira.De acordo com a célula de origem, as
leucemias podem ser classificadas em mieloide ou linfocítica.
Com a proliferação das células neoplásicas no interior da medula óssea há um
suprimento na produção das células hematopoiéticas normais. Devido à redução no número
de hemácias e, subsequentemente, da capacidade de transporte de oxigênio do sangue, os
pacientes com leucemia irão apresentar anemia e fadiga.
Os pacientes leucêmicos também apresentam problemas de sangramento devida à
falta de plaquetas (trombocitopenia). A febre também é uma característica clínica comum e
está associada á infecção devido à depleção de neutrófilos. De acordo com o
comportamento clínico da doença as leucemias podem ser classificadas em aguda e
crônica. Existem quatro tipos de leucemia: leucemia linfocítica aguda (LLA), leucemia
mielocítica aguda (LMA), leucemia linfocítica crônica (LLC), leucemia mielocítica crônica
(LMC).
As principais manifestações bucais das leucemias estão relacionadas à falta de
plaquetas (trombocitopenia), e consistem em sangramento gengival espontâneo e a
presença de petéquias (pontos hemorrágicos), principalmente no palato. Os pacientes
leucêmicos ainda podem apresentar mucosa pálida devido à anemia e infecções
oportunistas (candidose, herpes) devido à depressão do sistema imunológico. Uma ótima
higiene oral deve ser encorajada, e investigação minuciosa de qualquer reclamação deve
ser feita logo que possível em pacientes com leucemia, para prevenir complicações
infecciosas orais graves. O tratamento é feito através de quimioterapia e transplante de
medula óssea, principalmente nos casos que entraram na fase de crise.
5.1.3 Hemoterapia
Os hemocomponentes são produtos gerados em hemocentros a partir do sangue
total doado, por meio de processos físicos (centrifugação, congelamento). Podem ser
obtidos pela coleta de sangue total ou por meio de aférese.
Hemoderivados são os produtos obtidos em escala industrial a partir do
fracionamento do plasma por processos físico-químicos.
A transfusão de concentrado de hemácias tem por objetivo aumentar a capacidade
de transporte de oxigênio aos órgãos e tecidos, em pacientes portadores de anemia.
A transfusão de plasma fresco congelado tem como objetivo repor fatores de
coagulação deficientes, em pacientes com manifestações clínicas hemorrágicas e
alterações nos exames de coagulação.
Apresenta o volume entre 200 e 250 mL, deve ser descongelado em banho-maria
com temperatura controlada entre 30ºC e 37ºC (no prazo de até 15 minutos) ou em
descongeladores com essa finalidade; descongelado deve ser transfundido até 6 horas se
mantido à temperatura ambiente, ou até 24 horas se mantido refrigerado (4 ± 2ºC).
A utilização de plasma fresco congelado deve respeitar o sistema ABO.
A transfusão de concentrado de plaquetas tem como objetivo tratar ou prevenir
hemorragias relacionadas a alterações na quantidade ou qualidade das plaquetas do
paciente. O concentrado de plaquetas pode ser obtido a partir da doação de sangue total ou
através de coleta por aférese (plaquetaférese).
5.1.4 Reação transfusional
A solicitação de componentes do sangue para transfusão é necessário o
preenchimento de formulário próprio denominado requisição transfusional, que possui três
vias, exclusivamente por médicos. Todos os campos devem ser preenchidos com caneta
azul ou preta, com letra legível, sem abreviações ou rasuras, as requisições que estiverem
fora dos padrões, acima exigidos, não são aceitas. As transfusões programadas devem ser
realizadas preferencialmente no período diurno.
O enfermeiro ao receber o hemocomponente deve observar o aspecto, integridade
do sistema e conferir os dados contidos no cartão afixado na bolsa do hemocomponente. No
caso da devolução de bolsa que tiver sido violada não pode ser reintegrada ao estoque do
Serviço de Hemoterapia.
Para o enfermeiro instalar o hemocomponente é necessário que o médico tenha
prescrito no prontuário do paciente, e que haja presença médica para supervisão.
O enfermeiro deve realizar e anotar no prontuário os sinais vitais do paciente
(temperatura, frequência respiratória, pressão arterial sistêmica e pulso) imediatamente
antes e após a transfusão, e registrar no prontuário a hora de início da transfusão.
Antes de instalar o hemocomponente o enfermeiro deve perguntar ao paciente ou
seu acompanhante o nome completo do paciente, que deverá ser igual ao registrado no
cartão afixado ao hemocomponente, se houver discrepância o hemocomponente não
poderá ser instalado, e deve comunicar ao Serviço de Hemoterapia. O uso de pulseiras ou
braceletes pelos pacientes minimiza as chances de erro de identificação.
Antes do início da transfusão de concentrado de hemácias, esse não deve
permanecer à temperatura ambiente por mais de 30 minutos, caso isso ocorra o
hemocomponente deve ser descartado.
O hemocomponente deve ser instalado em acesso venoso adequado, e sem
compartilhar o acesso venoso com outras soluções parenterais, exceto solução salina a
0,9% em casos excepcionais. Após instalar os primeiros 15 minutos devem ser
acompanhado por um profissional de saúde, permanecendo ao lado do paciente nesse
intervalo de tempo.
Durante a transfusão o paciente deve ser periodicamente monitorado para
possibilitar a detecção precoce de eventuais reações transfusionais. Se houver reação
adversa a transfusão deve ser interrompida e comunicar imediatamente ao médico.
Os hemocomponentes devem ser infundidos no máximo em 4 horas, caso esse
período seja ultrapassado a transfusão deve ser interrompida e as bolsas descartadas.
http://www.rbconline.org.br/artigo/insuficiencia-respiratoria-aguda-na-sala-de-emergencia/
acesso em: 24 de novembro de 2013-portaria-asma
http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v32s4/31840.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v39n4/17.pdf
http://www.hc.ufpr.br/sites/default/files/Prot_Edema_Agudo_Pulmao[1].pdf
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v26n1/a07v26n1.pdf
http://www.scielo.br/pdf/bjcvs/v21n2/30938.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas../127anemiafalci.html
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_de_reabilitacao_consulta_publica.pdf
http://www.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un5_Aula49Linfo-Leucemia2.pdf
http://www.huwc.ufc.br/arquivos/biblioteca_cientifica/File/DIM/PROTOCOLOS%20CLINICOS
%20HUWC/hemoterapia/manualdehemoterapia.pdf
http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/02_0388_M2.pdf
http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sociedade-beneficente-
senhoras/Documents/protocolos-institucionais/protocolo-pcr.pdf
http://www.hc.fmb.unesp.br/assistencia/servico-tecnico-de-nutricao-e-dietetica/nutricao-e-
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http://www.sbcancer.org.br/home2/site/index.php?option=com_content&view=article&id=115:
cancer-do-aparelho-digestivo&catid=29&Itemid=123