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Aula 0
Direito Constitucional
Ciclos
iclos constitucionais. Classificações das constituições. Interpretação
constitucional;
Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte
Olá Pessoal, tudo certo?! Daremos hoje início ao nosso curso para o cargo de
Delegado
egado da Polícia Civil de Goiás.
Antes, de efetivamente começarmos, gostaria de dizer que é um prazer enorme
estarmos aqui para ministrar mais este curso pelo Ponto.
É realmente uma honra podermos ajudar nos seus estudos e contribuir para a
aprovação que certamente virá em breve para muitos de vocês.
Para quem ainda não me conhece: eu sou o Prof. Vítor Cruz, desde 2009 estou
trabalhando aqui no Ponto, ensinando (e é claro, também aprendendo muito) a
disciplina mais legal dos concursos públicos: o Direito Constitucional.
Atualmente trabalho como Analista Judiciário no TRE-GO.
TRE GO. Sou ex-Oficial
ex da
Marinha do Brasil, graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e Pós-
Pós
graduado em Direito Constitucional.
Entre meus trabalhos editoriais, eu sou autor do livro "Constituição
onstituição Federal
Anotada para Concursos (8ª Edição)" publicado pela Editora Ferreira e dos
livros "Vou ter que estudar Direito Constitucional! E Agora?" e
"Questões Comentadas de Direito Constitucional - FGV", FGV" ambos pela
Editora Método.
Sou também coordenador,
enador, juntamente com o Prof. Leandro Cadenas, da
coleção 1001 questões comentadas da Editora Método, onde também participo
sendo autor das seguintes obras:
-1001
1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - ESAF;
-1001
1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional
Constitucional - CESPE – 2ª
Edição;
-1001
1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - FCC;
-1001
1001 Questões Comentadas de Direito Tributário - ESAF-
ESAF 2ª Edição
(este em parceria com Francisco Valente).
Oi pessoal, eu sou Rodrigo Duarte, também servidor do TRE-GO,
TRE bacharel em
Direito pela Universidade Federal da Bahia e pós-graduado
pós graduado em Direito
Constitucional, futuro Defensor Público do Mato Grosso do Sul, e estou aqui
também para ajudar na sua aprovação.
Nossa filosofia é sempre preparar nossos alunos alcançarem
alcançarem a nota 10, para
isso, imperioso contarmos com sua dedicação e compromisso. Por mais difícil
que à primeira vista possa parecer, não podemos nos contentar em estudar
para a nota 7, nota 8...lembre-se,
8...lembre se, a concorrência é grande! Mas não é por isso
que seueu estudo será um martírio, pelo contrário, vamos nos empenhar ao
máximo para que nosso curso lhe conduza aos 100% de acertos em Direito
Constitucional da forma mais agradável possível.
Nossa Programação será a seguinte:
Aula 0- Noções gerais, Ciclos
iclos constitucionais.
constitucionais. Classificações das constituições.
Interpretação constitucional;
CICLOS CONSTITUCIONAIS
CONSTITUCIONA
Constituição - Conceito:
Vamos fazer uma definição do Direito Constitucional... mas daqui a pouco,
agora vamos bater um papo sobre ele:
O Direito Constitucional é a "ciência" que estuda a Constituição (Óbvio, não?!).
.
Normas infraconstitucionais (leis em
sentido amplo)
Normas infralegais
Esta pirâmide revela várias coisas, a primeira delas é que a Constituição é mais
"enxuta", tem poucos detalhes e é dela que irradiam todas as outras normas,
que vão cada vez encorpando mais o chamado "ordenamento jurídico"
(conjunto das normas em vigor).
vig
Vejamos um exemplo hipotético:
Dizeres da uma Dizeres de uma lei Dizeres de uma
Constituição do infraconstitucional norma infralegal
País A
É assegurado o A aposentadoria poderá O recolhimento da
direito à ser requerida por contribuição deverá
aposentadoria. aqueles que ser feito até o dia
trabalharam por 35 10 de cada mês,
anos, recolhendo a através de guia
efetiva contribuição. especial, usando-se
usando
os índices
percentuais que
encontram-sese no
ANEXO II a este
regulamento.
É importante
tante notar que a Constituição, popularmente conhecida como
“Constituição Federal”, na verdade é uma “Constituição da República Federativa
do Brasil”, ou seja, uma Constituição “nacional” e não meramente “federal”, o
que isso quer dizer?
Quando usamos o termo
rmo “federal”, estamos falando de algo que está no âmbito
da União Federal (o poder central da nossa federação).
A Constituição não é norma “federal”, mas sim “nacional”, de toda a República
Federativa do Brasil, impondo deveres e prevendo direitos em toda
todas as esferas
da federação (federal, estadual e municipal).
Desta forma, o mais correto seria sempre empregarmos o termo “Constituição
da República Federativa do Brasil”, mas por comodidade e por estar
amplamente difundido, não há problemas em usarmos “Constituição
“Cons Federal”.
Até porque, desta forma, também a diferenciamos das Constituições Estaduais.
Isso mesmo, cada estado tem a sua própria Constituição. E os Municípios?
Quase, município não possui constituição (formal), mas sim lei orgânica, que
funciona como
omo a “Constituição” do município.
A Constituição Federal, por ser norma de imposição nacional, deve ser
respeitada por todas as Constituições Estaduais, que não podem prever nada
em desacordo com ela, bem como as leis orgânicas dos municípios, que devem
observar
bservar os preceitos da Constituição daqueles estados onde se localizam, bem
como da Constituição Federal. Cabe uma observação, não poderá a Constituição
Estadual trazer imposições à autonomia municipal maiores do que aquelas já
feitas pela Constituição Federal,
Federal, esta sim (CF) é a lei maior, autônoma,
soberana.
Mas atenção: Isso só se aplica quando falamos da Constituição! É totalmente
errado falarmos que existe qualquer hierarquia entre uma lei federal, uma lei
estadual e uma lei municipal. Cada ente de nossa sa federação (União, estado,
distrito federal e município) possui uma autonomia conferida pela Constituição
Federal, para que possa, dentro dos limites traçados pela própria CF, se
autoorganizar, autolegislar, autogovernar e autoadministrar. Ou seja, os
ordenamentos
denamentos jurídicos infraconstitucionais (leis em sentido amplo e normas
infralegais) são completamente independentes:
1. (CESPE/ Analista-
Analista Câmara dos Deputados/201 2014) Sendo a
constituição, em essência, uma lei, os conflitos entre normas constitucionais
co e
infraconstitucionais devem ser resolvidos a partir de uma ponderação de
valores no caso concreto, em atenção ao princípio da proporcionalidade.
Comentários:
Errado, pois a Constituição é hierarquicamente superior às lei, de forma que se
houver
uver conflito deve prevalecer a Constituição, pois é esta quem ocupa o topo
do ordenamento jurídico. A técnica de ponderação de valores resolve conflito
entre princípios e não regras...mas fique calmo, veremos esse assunto
oportunamente.
Gabarito: Errado.
A Constituição
ituição é sempre norma máxima e fundamental do país, fruto de um
poder soberano, que não reconhece qualquer limitação formal. Assim, erra ao
dizer “desde
desde que não revele incompatibilidade com os tratados internacionais”.
internacionais
Gabarito: Errado.
3. (CESPE/Técnico Científico
Ci - Banco da Amazônia/2012)
Amazônia/ A
Constituição é autêntica sobrenorma, por veicular preceitos de produção de
outras normas, limitando a ação dos órgãos competentes para elaborá-las,
elaborá o
que é fundamental à consolidação do estado democrático de direito.
Comentários:
Temos aí pessoal uma conceituação de Constituição considerada correta pela
própria banca CESPE, memorize que é comum que apareça na sua prova
novamente.
Gabarito: Correto.
4. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010)
Administrativo A norma constitucional é
uma sobrenorma,
brenorma, porque trata do conteúdo ou das formas que as demais
normas devem conter, apresentando princípios que servem de guias supremos
ao exercício das competências dos órgãos.
Comentários:
Perfeito... Já da para esquentar. A Constituição é isso aí. O ponto
po de partida
para as demais normas, é a norma suprema, ou como a questão diz uma:
"sobrenorma" delineando o conteúdo e as formalidades das demais normas que
estão abaixo dela.
Gabarito: Correto.
5. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010)
Administrativo Segundo a estrutura
escalonada ou piramidal das normas de um mesmo sistema jurídico, no qual
cada norma busca sua validade em outra, situada em plano mais elevado, a
norma constitucional situa-se
situa se no ápice da pirâmide, caracterizando-se
caracterizando como
norma-origem,
origem, porque não existe outra
ou que lhe seja superior.
Comentários:
Olha só: a questão trouxe em palavras tudo aquilo que vimos na pirâmide de
Kelsen: a Constituição no ápice, servindo de origem, e cada patamar devendo
buscar a validade no patamar superior.
Gabarito: Correto.
6. (CESPE/Auditor-TCU/2009)
TCU/2009) Pelo princípio da supremacia da
Constituição, constata-se
se que as normas constitucionais estão no vértice do
1- Quanto à origem:
Significa a forma pela qual a Constituição se originou. Quanto à origem, a
Constituição pode ser:
• Promulgada (popular, ou democrática) – É aquela legitimada pelo
povo. É elaborada por uma assembléia
assembléia constituinte formada por
representates eleitos pelo voto popular. (ex. Brasil de 1891, 1934, 1946 e
1988)
• Outorgada (imposta) - É aquela imposta unilateralmente pelos
governantes sem manifestação popular. Muitos autores chamam de
“Carta” e não de “Constituição”.
Constituição”. (ex. Brasil de 1824, 1937, 1967 e a EC
1/69, que pode ser considerada como uma Constituição autônoma)
• Cesarista (ou bonapartista) -É É uma carta considerada outorgada,
porém, é submetida a uma votação popular para que seja ratificada. Não
se pode
ode dizer essa participação popular torna a constituição democrática,
já que se trata tão somente de uma ratificação para fins de
consentimento do povo com a vontade do governante.
Pulo do Gato:
No Brasil tivemos 8 Constituições - 4 promulgadas e 4 Outorgadas.
Outo Foram
outorgadas as Constituições de 1824, 1937, 1967 e 1969 (dica: A primeira é
um número par, as demais são ímpares). Por outro lado, foram promulgadas as
de 1891, 1934, 1946 e 1988 (dica: A primeira é um número ímpar, as demais
são pares).
2- Quanto à forma:
• Escrita (ou instrumental) – É formalizada em um texto escrito. (ex.
Brasil de 1988)
3- Quanto à extensão:
• Sintéticas – São concisas, ou seja, aquelas que restringem-se
restringem a tratar
das matérias essenciais a uma Constituição - basicamente a organização
do Estado e direitos fundamentais. (Ex. EUA)
• Analíticas – São as extensas, prolixas, que tratam de várias matérias
maté
que não são as fundamentais. Elas são a tendência das Constituições
atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se limitar a
garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para assegurar
os direitos. (Ex. Brasil 1988)
4- Quanto ao conteúdo:
5- Quanto à elaboração:
• Dogmática – É aquela elaborada por um órgão Constituinte consolidando
o pensamento que uma sociedade possui naquele
naquele determinado momento,
por isso é necessariamente escrita, pois precisa esclarecer estas situações
que ainda não estão “maduras”, solidificadas no pensamento da
sociedade.Diz-sese que a Constituição dogmática sistematiza as idéias da
teoria política e do
o direito dominante naquele determinado momento da
história de um Estado.
• Histórica – Diferentemente da dogmática, a histórica não é elaborada em
um momento específico, ela surge ao longo do tempo. Desta forma, ela
não precisa ser escrita pois possui seus fundamentos já solidificados.
7- Quanto à finalidade:
• Garantia (ou negativa) – É aquela que se limita a trazer elementos
limitativos do poder do Estado.
• Dirigente – Possui normas programáticas traçando um plano para o
governo.
• Balanço - Utilizada para ser aplicada em um determinado estágio político
de um país. De tempos em tempos é revista para se adequar o texto à
realidade social, ou
u criar uma nova Constituição.
Quadro-resumo
resumo sobre a classificação das Constituições:
Classificaçã No Brasil
Critério Conceito
o (CF/88)
Outorgada Imposta pelo governante.
Legitimada pelo povo
Origem Promulgada através de uma Assembleia Promulgada
Constituinte.
Necessariamente escrita.
Reflete a realidade presente
Dogmática
Elaboraç na sociedade em um
determinado momento. Dogmática
ão
Consolidada ao longo do
Histórica
tempo.
Semirrígida
Possui uma parte rígida e
ou semi-
outra flexível.
flexível
Imutável Não podem ser alteradas
Nominalista É ignorada.
Ontológic
a ou Normativa ou
Normativa Efetivamente aplicada.
conexão nominalista
com a Criada apenas para (sem consenso)
realidade Semântica justificar o poder de um
governante.
Possui normas
Dirigente programáticas traçando um
plano para o governo.
Constituição negativa,
Finalidad sintética. Não traça planos,
Garantia Dirigente
e apenas limita o poder e
organiza o Estado.
Utilizada para ser aplicada
Balanço em um determinado estágio
político de um país.
Ortodoxa Única ideologia
Ideologia Eclética
Eclética Várias ideologias
11. (FCC/ Técnico- TRT- TRT 4ª Região/ 2015) Em relação à sua mutabilidade
ou alterabilidade, as Constituições podem ser classificadas em:
(A) flexíveis, rígidas, semirrígidas ou semiflexíveis, e superrígidas.
(B) delegadas, outorgadas ou consensuais.
(C) analíticas ou sintéticas.
(D) escritas, costumeiras ou mistas.
(E) originárias ou derivadas.
Comentários:
No que se refere à alterabilidade, as constituições podem ser divididas em :
flexíveis, rígidas, semirrígidas ou semiflexíveis, e superrígidas.
Gabarito: Letra A.
Gabarito: Errado.
23. (CESPE/ FUB-DF/ DF/ 2013) A CF, no que diz respeito à forma, é uma
constituição consuetudinária.
Comentários:
Correto. Quanto à forma, a constituição pode ser escrita ou não escrita, esta
também chamada de consuetudinária. A CF brasileira é escrita.
Gabarito: Errado.
25. (CESPE/TJAA-CNJ/2013)
CNJ/2013) Constituição ão não escrita é aquela que não é
reunida em um documento único e solene, sendo composta de costumes,
jurisprudência e instrumentos escritos e dispersos, inclusive no tempo.
Comentários:
Exatamente, a Constituição não-escrita
não diferencia-se
se da escrita não por
p não ter
efetivamente documentos escritos, mas pelo fato das normas de conteúdo
constitucional não estarem sistematizadas em um documento único,
formalmente superior aos demais. A Constituição não-escrita
não escrita reconhece a
constitucionalidade através do conteúdo
conteúdo e não da forma. Com efeito, esse
“conteúdo constitucional” pode estar presente nos costumes, jurisprudências e
até em diversos instrumentos escritos, dispersos.
Gabarito: Correto.
27. (CESPE/MPE-PI/2012)
PI/2012) A doutrina denomina constituição semântica as
cartas políticas que apenas refletem as subjacentes relações de poder,
correspondendo a meros simulacros de constituição.
Comentários:
Isso mesmo, veja o conceito que
que a própria banca deu sobre constituição
semântica.
Gabarito: Correto.
30. (CESPE/AJ-Taquigrafia
Taquigrafia-TJES/2011) Outorgada por uma Assembleia
Constituinte,
e, a Constituição Federal de 1988 (CF) é também classificada como
escrita, formal, analítica, dogmática e rígida.
Comentários:
Dizer que a Constituição de 1988 é classificada como escrita, formal, analítica,
dogmática e rígida, está tudo certo. O problema é que dizer que ela foi
outorgada por uma Assembleia Constituinte é uma contradição. As
constituições podem ser “outorgadas” quando forem impostas pelo governante,
ou então “promulgadas”, no caso de elaboradas por uma Assembleia
Constituinte.
Gabarito: Errado.
Comentários:
A opção correta é a letra C, vamos relembrar os conceitos que
que classificam nossa
constituição:
Quanto ao conteúdo: Formal–
Formal Independe do conteúdo. Ainda que o assunto
tratado não seja essencial a uma Constituição, basta que esse assunto seja
incorporado a um texto rígido supremo que ele será tido como constitucional.
constitucional
Quanto à forma: Escrita (ou instrumental)–
instrumental) É formalizada em um único
texto escrito.
Quanto à elaboração: Dogmática–
Dogmática É aquela elaborada por um órgão
Constituinte, consolidando o pensamento que determinada sociedade possui
naquele momento, por isso é necessariamente
necessariamente escrita, pois precisa esclarecer
essas situações que ainda não estão “maduras”, solidificadas no pensamento da
sociedade. Diz-se
se que a Constituição dogmática sistematiza as ideias da teoria
política e do direito dominante naquele determinado momento
momento da história de
um Estado.
Quanto à origem: Promulgada (popular ou democrática) –É aquela
legitimada pelo povo. É elaborada por uma assembleia constituinte formada por
representantes eleitos pelo voto popular.
Quanto à alterabilidade (ou estabilidade): Rígida– Quando se sobrepõe a
todas as demais normas. Assim, somente um processo legislativo especial e
complexo poderá alterar seu texto.
Quanto à extensão: Analíticas: São as extensas, prolixas, que tratam de
várias matérias que não são as fundamentais. Elas são a tendência das
Constituições atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se
limitar a garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para
assegurar os direitos.
Gabarito: Letra C.
32. (ESAF/MDIC/2012)
ESAF/MDIC/2012) Sabe-se que a doutrina constitucionalista
onstitucionalista classifica
as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que:
I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita.
II. quanto à forma, pode ser dogmática e histórica.
III. quanto à origem, pode ser promulgada
p e outorgada.
IV. quanto ao conteúdo, pode ser analítica e sintética.
Assinale a opção verdadeira.
a) II, III e IV estão corretas.
b) I, II e IV estão incorretas.
c) I, III e IV estão corretas.
d) I, II e III estão corretas.
34. (FGV/Advogado-BADESC/2010)
BADESC/2010) Considerando os critérios de
classificação das constituições quanto à sua origem, estabilidade e extensão, é
corretoo afirmar que a Constituição Federal de 1988 é:
a) promulgada, rígida e sintética.
b) outorgada, semirrígida e analítica.
c) promulgada, rígida e analítica.
d) outorgada, semirrígida e sintética.
e) promulgada, flexível e analítica.
Comentários:
Letra A – Errado. Embora rígida e promulgada, ela é analítica e não sintética.
Letra B – Errado. Embora analítica, ela é promulgada e não outorgada, além de
ser rígida e não semirrígida.
semirrígida
Letra C – Correto.
Letra D - Errado. Ela é promulgada e não outorgada, além
além de ser rígida e não
semirrígida,, e ainda analítica e não sintética.
Letra E – Errado. Pois ela é rígida e não flexível, embora seja promulgada e
analítica.
Gabarito: Letra C.
23. (CESPE/ FUB-DF/ DF/ 2013) A CF, no que diz respeito à forma, é uma
constituição consuetudinária.
24. (CESPE/ Procurador do Banco Central- Central Bacen/ 2013) No que se
refere ao modo de elaboração, a constituição dogmática espelha os dogmas e
princípios fundamentais adotados pelo estado e não será escrita.
25. (CESPE/TJAA-CNJ/2013)
CNJ/2013) Constituição não escrita é aquela que não é
reunida em umdocumento único e solene, sendo composta de costumes,
jurisprudência
cia e instrumentos escritos e dispersos, inclusive no tempo.
26. (CESPE/Analista - TJ-RR/2012)Na Na denominada constituição
semântica, a atividade do intérprete limita-se
limita se à averiguação de seu sentido
literal.
27. (CESPE/MPE-PI/2012)
PI/2012)AA doutrina denomina constituição semântica
s as
cartas políticas que apenas refletem as subjacentes relações de poder,
correspondendo a meros simulacros de constituição.
28. (CESPE/Técnico Judiciário - TJ-RR/2012)A A CF pode ser classificada,
quanto à mutabilidade, como rígida, uma vez que não pode
pode ser alterada com a
mesma simplicidade com a qual se modifica uma lei.
29. (CESPE/ Técnico Judiciário - TJ-RR/ 2012) A CF, elaborada por
representantes legítimos do povo, é exemplo de constituição outorgada.
30. (CESPE/AJ-Taquigrafia
Taquigrafia-TJES/2011)Outorgada
Outorgada por uma Assembleia
A
Constituinte, a Constituição Federal de 1988 (CF) é também classificada como
escrita, formal, analítica, dogmática e rígida.
31. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013)A
Administrativo A Constituição Federal de
1988 pode ser classificada como:
a) material, escrita, histórica, promulgada, flexível e analítica.
b) material, escrita, dogmática, outorgada, imutável e analítica.
c) formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida e analítica.
d) formal, escrita, dogmática, promulgada, semirrígida e sintética.
e) material, escrita,
scrita, histórica, promulgada, semirrígida e analítica.
32. (ESAF/MDIC/2012)
ESAF/MDIC/2012) Sabe-se se que a doutrina constitucionalista classifica
as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que:
I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita.
II. quanto à forma, pode ser dogmática e histórica.
III. quanto à origem, pode ser promulgada e outorgada.
IV. quanto ao conteúdo, pode ser analítica e sintética.
Assinale a opção verdadeira.
a) II, III e IV estão corretas.
b) I, II e IV estão incorretas.
GABARITO:
1 Errado 17 Errado 33 A
2 Errado 18 Correto 34 C
3 Correto 19 Errado 35
4 Correto 20 Errado 36
5 Correto 21 B 37
6 Correto 22 Errado 38
7 A 23 Errado 39
8 D 24 Errado 40
9 D 25 Correto 41
10 B 26 Errado 42
11 A 27 Correto 43
12 B 28 Correto 44
13 C 29 Errado 45
14 Errado 30 Errado 46
15 Correto 31 C 47
16 Errado 32 B 48
Interpretação Constitucional:
Interpretação constitucional é o processo de se descobrir o verdadeiro teor da
norma constitucional. É um tema que sempre foi alvo de muitas discussões e
posicionamentos.
A teoria que iremos expor pode parecer um pouco complexa, mas eu afirmo: É
MUITO SIMPLES DE ENTENDER E FIXAR! Basta ler ler atentamente cada um dos
conceitos que iremos expor e resolver as dezenas de questões comentadas
coment que
colocaremos em seguida. Tenho
T certeza que nunca mais esquecerão essa
matéria!
Vamos lá então.Antes
Antes de qualquer coisa,
coisa, temos que saber que, em regra, é o
Poder
oder Judiciário que interpreta a Constituição. Não apenas o STF, mas qualquer
juiz pode interpretar a Constituição. Não se pode falar, porém, que essa
atividade é exclusiva do Judiciário, já que existem exceções como, por exemplo,
a chamada interpretação autêntica
a (que veremos à frente)
te) que é proferida pelo
Poder Legislativo, editando as chamadas "leis interpretativas".
Para se interpretar a Constituição, fazemos uso de 2 instrumentos, os
princípios de interpretação e os métodos de interpretação.
interpretação
Os princípios são aqueles direcionamentos iniciais, pontos de partida. São
pressupostos, que devem ser observados para posteriormente usar os métodos.
Os princípios devem ser observados em conjunto. Os métodos, por sua vez, são
a forma como se irá promover a interpretação. Os métodos também podem ser
empregados conjuntamente.
As questões de prova cobram basicamente a literalidade dos conceitos, que são
com muita propriedade expostos pelo professor Canotilho. Baseados neste
autor, e em outras doutrinas, podemos coligir os princípios e os métodos da
forma que faremos a seguir.
1
GUERRA FILHO, Willis Santiago. O Princípio da proporcionalidade em direito
constitucional e em direito privado no Brasil. Mundo Jurídico, mai. 2003. Disponível em:
<http://www.mundojuridico.adv.br/cgi bin/upload/texto347.rtf>. Acesso em: 02 Março de
<http://www.mundojuridico.adv.br/cgi-bin/upload/texto347.rtf>.
2010.
b) Método tópico-problemático:
problemático: Tendo um problema concreto nas mãos, os
intérpretes debatem abertamente tentando adequar a norma a este problema,
daí diz-se
se que há uma “primazia do problema sobre a norma”.
c) Método hermenêutico-concretizador:
hermenêutico É o contrario do anterior.
Aqui parte-se da pré--compreensão
compreensão da norma abstrata e tenta-se
tenta imaginar
a situação concreta. Agora temos a “primazia da norma sobre o
problema”.
d) Método científico-espiritual:
espiritual: Analisa-se
se os valores sociais, integrando o
texto constitucional com a realidade a qual a sociedade está vivendo.
e) Método normativo-estruturante:
estruturante: Analisa-se
se a norma tentado analisar a
sua função como estruturadora do Estado. Assim, o intérprete deve observar
em suas mãos dois elementos:
1- A norma constitucional, em si.
2- Os elementos de concretização desta norma na sociedade, em todos os
níveis. Ou seja, como a norma está sendo aplicada na sociedade, como está
ocorrendo a atividade jurisdicional e administrativa em cima do texto, e etc.
(Assunto
Assunto que tem sido cobrado apenas pelo CESPE)
CESPE
Essas correntes
orrentes debatem sobre a liberdade de atuação dos juízes ao se
interpretar as normas constitucionais, debate este muito forte nos Estados
Unidos.
a) Corrente interpretativista:
Canotilho ensina que a corrente interpretativista considera que os juízes devem
se limitar a captar o sentido dos preceitos expressos na Constituição, ou que
pelo menos, estejam claramente implícitos. Ou seja, embora o nome possa
induzir o contrário, nesta corrente a atividade do juiz é bem restrita, limitada.
Não estamos querendo dizer zer que se confundirá com o “literailismo”, mas que
deve ser comedido ao usar conceitos implícitos no texto constitucional e seus
valores substantivos.
interpretativismo:
b) Não-interpretativismo:
Diferentemente dos interpretativistas, os não-interpretativistas
não interpretativistas defendem uma
maior autonomia do juiz ao se interpretar a norma, prevendo uma possibilidade
e até mesmo a necessidade de que os juízes apliquem “valores e princípios
substantivos”. Assim, importa mais os valores, como a igualdade, a justiça e a
liberdade demandados pelaa sociedade, do que a estrita vontade do legislador.
2. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010)
AM/2010) Com relação aos princípios interpretativos
das normas constitucionais, aquele segundo o qual a interpretação deve ser
realizada de maneira a evitar contradições entre suas normas é denominado
de:
a) conformidade funcional.
b) máxima efetividade.
c) unidade
ade da constituição.
d) harmonização.
e) força normativa da constituição.
Comentários:
Letra A - Errado. Este seria o princípio segundo o qual o intérprete não poderá
chegar a um resultado que perturbe a repartição de competências que a
Constituição estabeleceu
tabeleceu em sua estrutura.
Letra B - Errado. Este seria o princípio que orienta o intérprete a fazer uma
interpretação de forma a conferir uma maior eficácia às normas constitucionais,
torná-las
las mais densas e fortalecidas.
Letra C - Correto. Se a constituição
constituição é una, não pode haver contradições em seu
texto, devendo as normas serem interpretadas em conjunto.
4. (FCC/AFRE-PB/2006
PB/2006- Adaptada) O método de interpretação das
normas constitucionais segundo o qual se procura identificar a finalidade da
norma, levando-sese em consideração o seu fundamento racional, é o método
teleológico (Certo/Errado).
Comentários:
Entre os métodos de interpretação das
das normas constitucionais, temos o método
jurídico ou hermenêutico clássico. Segundo este método, deve-se deve usar as
formas propostas por Savigny para interpretar leis. Entre estas formas, temos a
interpretação teleológica que busca a finalidade para qual a norma
no foi criada.
Gabarito: Correto.
5. (FCC/PGE-PE/2004
PE/2004 - Adaptada) Em ocorrendo colisão de direitos
fundamentais consagrados por normas constitucionais de eficácia plena, não
sujeitos, portanto, a restrições legais, o intérprete constitucional poderá adotar,
para solução de caso concreto, o princípio da interpretação conforme a
Constituição (Certo/Errado).
Comentários:
O correto seria o princípio da concordância prática, harmonização ou
ponderação de interesses (esses nomes são sinônimos).
Gabarito: Errado.
6. (FCC/Auditor - TCE-SP/2008
TCE - Adaptada) Por força da Emenda
Constitucional no 52, de 8 de março de 2006, foi dada nova redação ao § 1o do
artigo 17 da Constituição da República, estabelecendo-se
estabelecendo inexistir
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas dos partidos políticos em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. Referido dispositivo foi objeto
de impugnação por meio de ação direta de inconstitucionalidade, ao final
julgada procedente, pelo Supremo Tribunal Federal, para o fim de declarar que
a alteração promovida pela referida emenda constitucional somente fosse
aplicada após decorrido um ano da data de sua vigência (ADI 3685-DF,
3685 Rel.
Min. Ellen Gracie, publ. DJU de 10 ago. 2006). Na hipótese relatada, o Supremo
Tribunal Federal procedeu à interpretação, conforme a Constituição, sem
redução de texto normativo (Certo/Errado).
Comentários:
A interpretação conforme a Constituição, ou simplesmente "interpretação
conforme" é uma maneira de salvar uma lei aparentemente inconstitucional. Ou
seja, fixa-se uma interpretação à norma para que o sentido esteja de acordo
com o texto constitucional, e impede-se
impede se também que a norma seja aplicada de
uma forma inconstitucional. Foi isso que aconteceu no caso em tela, fixou-se
fixou a
interpretação de que se devia esperar um ano para ser aplicável, para que a lei
se adequasse ao art. 16 da Constituição.
Gabarito: Correto.
7. (FCC/AFRE-PB/2006)
PB/2006) O método de interpretação das normas
constitucionais segundo o qual se procura identificar a finalidade da norma,
levando-se em consideração o seu fundamento racional, é o método:
a) literal.
b) gramatical.
c) histórico.
d) sistemático.
e) teleológico.
Comentários:
Questão direta. Identificar a finalidade da norma é fazer uso da interpretação
teleológica.
Gabarito: Letra E.
8. (FCC/PGE-PE/2004)
PE/2004) Em ocorrendo colisão de direitos fundamentais
consagrados por normas constitucionais de eficácia plena, não sujeitos,
portanto, a restrições legais, o intérprete constitucional poderá adotar, para
solução de caso concreto, o princípio da
a) ponderação de interesses.
b) interpretação adequadora.
c) congruência.
d) relativização dos direitos fundamentais.
e) interpretação conforme a Constituição.
Comentários:
Ponderação de interesses, ponderação de valores, concordância prática,
harmonização...
zação... Tudo isso é sinônimo para uma mesma coisa: colocar em uma
balança dois princípios colidentes no caso concreto e decidir qual irá prevalecer!
Gabarito: Letra A.
10. (CESPE/Anatel/2009)
Anatel/2009) O princípio da proporcionalidade acha-se acha
vocacionado a inibir e a neutralizar os abusos do poder público no exercício de
suas funções, qualificando-se
qualificando se como parâmetro de aferição da própria
constitucionalidade material dos atos estatais.
Comentários:
É isso aí... dispensa maiores comentários.
Gabarito: Correto.
12. (CESPE/TRT-17ª/2009
17ª/2009)) Segundo o princípio da unidade da
constituição, cada país só pode ter uma constituição em vigor, de modo que a
aprovação de nova constituição implica a automática revogação da anterior.
Comentários:
O princípio da unidade da Constituição, a Constituição deve ser entendida como
uma norma única, não existindo assim contradições em seu texto. Assim, não
há nenhuma relação com o descrito no enunciado.
Gabarito: Errado.
14. (CESPE/TRE-MA/2009)
MA/2009) De acordo com o princípio interpretativo da
máxima efetividade ou da eficiência das normas constitucionais, devem ter
prioridade, quando da resolução de problemas jurídico-constitucionais,
jurídico constitucionais, critérios
que favoreçam a integração política e social.
Comentários:
Este seria o princípio do efeito integrador. O princípio da máxima efetividade
visa interpretar a CF no sentido de atribuir à norma constitucional a maior
efetividade possível, ou seja, deve-se
deve atribuirr a uma norma constitucional o
sentido que lhe dê maior eficácia.
Gabarito: Errado.
15. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) O princípio do efeito integrador estabelece
que, havendo lacuna na CF, o juiz deve recorrer a outras normas do
ordenamento jurídico para integrar o vácuo
v normativo.
Comentários:
Isso que está descrito no enunciado é o uso da técnica da integração e não
interpretação. Integração constitucional (técnica usada para preencher as
lacunas deixadas pela norma constitucional, notadamente através de leis) é
diferente de interpretação constitucional (técnica usada para extrair o
verdadeiro significado da norma). Usar o princípio de interpretação do efeito
integrador é interpretar a norma de modo que favoreça a integração política e
social
al e reforce a unidade política, logo não tem correlação alguma com
"integração constitucional" (uso de leis para preencher lacunas da constituição).
constituiçã
Gabarito: Errado.
16. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) O princípio da conformidade funcional visa
impedir, na concretização da CF, a alteração da repartição das funções
constitucionalmente estabelecidas.
Comentários:
O princípio da conformidade ou correição funcional
funcional está estritamente ligado à
repartição das competências feita pela Constituição. Assim, a sua observância
impede que haja uma deturpação do que foi constitucionalmente estabelecido.
Gabarito: Correto.
18. (CESPE/Procurador-AGU/2010)
(CESPE/Procurador O método hermenêutico
hermenêutico-
concretizador caracteriza--se
se pela praticidade na busca da solução dos
problemas, já que parte de um problema
problema concreto para a norma.
Comentários:
Erra a questão ao colocar o hermenêutico-concretizador
hermenêutico concretizador com o conceito do
tópico-problemático:
• Hermenêutico-concretizador
concretizador - como o nome sugere, o intérprete deve
"concretizar", ou seja, partir da norma abstrata e chegar ao problema.
• Tópico-problemático - Este é o contrário, ele já tem o problema em mãos,
e vai adequar a norma pensando neste problema.
Gabarito: Errado.
19. (CESPE/Procurador-BACEN/2009)
(CESPE/Procurador Pelo método de interpretação
hermenêutico-concretizador,
concretizador, a análise da norma constitucional não se fixa na
sua literalidade, mas decorre da realidade social e dos valores insertos no texto
constitucional, de modo que a constituição deve ser interpretada considerando-
considerando
se seu dinamismo e constante renovação, no compasso das modificações
m da
vida da sociedade.
Comentários:
A questão tenta induzir o candidato ao erro, colocando um excesso de
informações que nada tem haver com o referido princípio. As informações estão
associadas ao chamado método científico-espiritual.
científico espiritual. Usar o método
hermenêutico-concretizador
concretizador significa partir de uma pré-compreensão
pré compreensão da norma
em abstrato, e depois desta pré-compreensão
pré compreensão buscar concretizá-la
concretizá para se
alcançar o caso concreto da realidade.
Gabarito: Errado.
20. (CESPE/DPE-ES/2009)
ES/2009) A interpretação conforme me a Constituição
determina que, quando o aplicador de determinado texto legal se encontrar
frente a normas de caráter polissêmico ou, até mesmo, plurissignificativo, deve
priorizar a interpretação que possua um sentido em conformidade com a
Constituição. Por conseguinte, uma lei não pode ser declarada
inconstitucional,quando puder ser interpretada em consonância com o texto
constitucional.
Comentários:
A interpretação conforme a Constituição, ou simplesmente "interpretação
conforme" é uma maneira de salvar uma lei aparentemente inconstitucional. Ou
seja, fixa-se
se um interpretação à norma para que o sentido esteja de acordo
com o texto constitucional, e impede-se
impede se também que a norma seja aplicada de
uma forma inconstitucional. A interpretação conforme só pode ser aplicada
quando estivermos diante de uma norma polissêmica, ou seja, que admite
vários significados. Não se pode dar interpretação conforme a normas de
sentido unívoco.
Gabarito: Correto.
22. (CESPE/Procurador-BACEN/2009)
(CESPE/Procurador Pelo princípio
io da concordância
prática ou harmonização, os órgãos encarregados de promover a interpretação
da norma constitucional não podem chegar a resultado que altere o esquema
organizatório-funcional
funcional constitucionalmente estabelecido pelo legislador
constituinte originário.
Comentários:
Este seria o princípio da conformidade funcional. Concordância prática ou
harmonização seria a situação em que, ocorrendo colisão entre princípios, eles
deverão ser ponderados, assim, um deverá sobressair sobre o outro no caso
concreto,
eto, sem que, porém, se anulem.
Gabarito: Errado.
23. (CESPE/Auditor-TCU/2009)
TCU/2009) O princípio da concordância prática ou da
harmonização, derivado do princípio da unidade da CF, orienta o aplicador ou
intérprete das normas constitucionais no sentido de que, ao se deparar com um
possível conflito ou concorrência entre os bens constitucionais,
constitucionais, busque uma
solução que evite o sacrifício ou a negação de um deles.
Comentários:
Este é o princípio que deve ser observado ao nos depararmos com uma colisão
entre normas. Deve-se, se, no caso concreto, harmonizar os "bens jurídicos em
conflito" e assim aplicá-los
los da forma mais condizente.
Gabarito: Correto.
25. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)
(CESPE/Procurador Segundo entendimento do STF,
não afronta a força normativa da Constituição nem o princípio da máxima
efetividade da norma constitucional a manutenção de decisões divergentes da
interpretação adotada pelo STF, proferidas no âmbito das instâncias ordinárias.
Comentários:
A Constituição
ição se materializa como uma norma única impositiva. Se a
jurisprudência deixar que interpretações divergentes se mantenham em vigor,
estamos fracionando a Constituição. Por isso, as instâncias superiores têm o
dever de uniformizar as interpretações.
Gabarito: Errado.
26. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)
(CESPE/Procurador De acordo com o princípio do
efeito integrador, os bens jurídicos constitucionalizados devem coexistir
harmonicamente na hipótese de eventual conflito ou concorrência entre eles,
evitando-se,
se, desse modo, o sacrifício
sacrifício total de um princípio em relação a outro
em contraposição, considerando a ausência de hierarquia entre os princípios.
Comentários:
Este é o princípio da concordância prática ou harmonização.
Gabarito: Errado.
27. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) A corrente que nega a possibilidade de o juiz,
na interpretação constitucional, criar o direito e, valendo-se
valendo de valores
substantivos, ir além do que o texto lhe permitir é chamada pela doutrina de
não-interpretativista.
Comentários:
Embora o nome possa induzir ao contrário, na corrente interpretativista é onde
o juiz possui menor autonomia para exercer a atividade interpretativa, ele não
pode transcender os limites do texto legal. Já na corrente não-interpretativista,
não
é onde o juiz possui uma maior autonomia para ir além texto tex e empregar
valores pessoais, substantivos, na atividade interpretativa.
Gabarito: Errado.
30. (CESPE/PGE-AL/2008)
AL/2008) A análise da colisão entre a inviolabilidade da
intimidade e do domicílio dos cidadãos e o poder-dever
poder dever de punir do Estado
prescinde da verificação da proporcionalidade e da
da aplicação do princípio da
concordância prática, uma vez que o primeiro sempre prepondera sobre o
segundo.
Comentários:
Somente no caso concreto é que poderemos saber qual direito irá preponderar
sobre o outro, sempre usando de proporcionalidade. A questão fala do princípio
da concordância prática, que também é chamado de princípio da
31. (CESPE/TCM-GO/2007)
GO/2007) Com relação à aplicação das normas
constitucionais,
tucionais, assinale a opção incorreta.
a) O intérprete deve considerar que a interpretação constitucional se assenta no
pressuposto da superioridade jurídica da CF sobre os demais atos normativos
no âmbito do estado, o que significa dizer que não se deve fazer uma
interpretação da CF conforme a lei.
b) Havendo colisão de direitos fundamentais, deve o intérprete aplicar o
princípio da concordância fática, segundo o qual normas constitucionais que
tutelam os direitos à vida e à liberdade têm precedência sobre as demais.
c) Ao dar a determinado dispositivo
dispositivo legal uma interpretação conforme a CF, o
intérprete está reconhecendo que, segundo uma interpretação textual do
dispositivo, ele é parcialmente inconstitucional ou que determinada
interpretação do dispositivo legal revela-se
revela se incompatível com a CF.
CF
d) O intérprete deve ter ciência de que os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade não estão explícitos na CF, sendo extraídos do dispositivo que
garante o devido processo legal, entendido na sua dimensão substantiva.
Comentários:
Letra A –Correto.. Interpreta-se
Interpreta se leis conforme a CF. Nunca a CF conforme a lei.
Letra B - Errado. O certo seria “concordância prática ou harmonização”, assim,
deve-se
se analisar o caso concreto para decidir qual irá prevalecer
prevalecer, não podemos
falar em precedência pré-def
definida.
Letra C – Correto. O objetivo da interpretação conforme a Constituição é
expurgar do mundo jurídico uma eventual forma de interpretar uma lei que seja
incompatível com a Constituição.
Letra D – Correto. Tais princípios
princípio não foram positivados expressamente na
Constituição. Costuma-se
se elencá-los
elencá como implícitos no art. 5º LIV que dispõe
sobre o “devido processo legal”.
Gabarito: Letra B.
c) Da supremacia eficaz.
d) Do efeito integrador.
e) Da concordância prática ou da harmonização.
Comentários:
O tema interpretação constitucionaltrata
constitucionaltrata basicamente de um estudo doutrinário
pautadoo nas lições do Prof. Canotilho. Em Em nenhum momento falamos de
princípio da supremacia eficaz.
Gabarito: letra C
35. (ESAF/AFTE-RN/2005)
RN/2005) O método de interpretação constitucional,
denominado hermenêutico-concretizador,
hermenêutico concretizador, pressupõe a pré-compreensão
pré do
conteúdo da norma a concretizar e a compreensão do problema concreto a
resolver.
Comentários:
Perfeita literalidade da doutrina de Canotilho, tal como vimos anteriormente.
Gabarito: correto.
36. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) No método de interpretação constitucional
tópico-problemático,
problemático, há prevalência da norma sobre o problema concreto a ser
resolvido.
Comentários:
No método tópico-problemático,
problemático, tendo
tendo um problema concreto nas mãos, os
intérpretes debatem abertamente tentando adequar a norma a este problema,
probl
daí diz-se
se que há uma “primazia do problema sobre a norma”.
Gabarito: Errado.
37. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) O método de interpretação hermenêutico-
hermenêutico
concretizador prescinde de uma pré-compreensão
pré compreensão da norma a ser interpretada.
Comentários:
Aqui parte-se da pré-compreensão
compreensão da norma abstrata e tenta-se
tenta imaginar a
situação concreta. Agora temos a “primazia da norma sobre o problema”.Desta
problema”.
forma, ele pressupõe uma pré-compreensão
pré compreensão da norma abstrata a se
concretizar, logo, é errado dizer que prescinde (= dispensa).
dispensa)
Gabarito: Errado.
38. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) O princípio de interpretação conforme a
constituição comporta o princípio da prevalência da constituição, o princípio da
conservação de normas e o princípio da exclusão da interpretação conforme a
constituição mas contra legem.
Comentários:
A interpretação da norma legal em face à Constituição é o princípio pelo qual
tenta-sese adequar o alcance da norma legal em relação aos limites
constitucionais. Assim, pressupõe a supremacia da Constituição em relação à
lei, além de comportar o princípio da conservação das normas, já que evita-se
evita a
sua declaração de inconstitucionalidade, promovendo apenas uma interpretação
de acordo com o texto da constitucional.
O princípio da "vedação da interpretação conforme a Constituição, mas contra
legem" é o princípio
pio impede que se alterem a interpretação das lei de modo que
subverta o sentido literal delas. Ou seja, pode interpretar, mas não pode "forçar
a barra".
Gabarito: Correto.
Gabarito: Correto.
41. (ESAF/Advogado-IRB/2004
IRB/2004 - Adaptada)Assinale
Assinale a opção correta.
a) O princípio da unidade da Constituição postula que, na interpretação das
normas constitucionais, seja-lhes
seja lhes atribuído o sentido que lhes empreste maior
eficácia ou efetividade.
b) O princípio de interpretação constitucional do "efeito integrador" estabelece
uma nítida hierarquia entre as normas da parte dogmática da Constituição e as
normas da parte meramente organizatória.
c) Mesmo que, num caso concreto, se verifique a colisão colisão entre princípios
constitucionais, um princípio não invalida o outro, já que podem e devem ser
aplicados na medida do possível e com diferentes
diferentes graus de efetivação.
d) No sistema jurídico brasileiro, cabe, com exclusividade, ao Poder Judiciário a
prerrogativa de interpretar a Constituição, sendo do Supremo Tribunal Federal a
palavra decisiva a esse respeito.
Comentários:
Letra A - Errado. Segundo a doutrina, o princípio
princípio da unidade da Constituição
pressupõe a dissipação das antinomias e contradições. Este princípio acima
deveria ser descrito como o princípio da máxima efetividade.
Letra B - Errado. Segundo a doutrina, o efeito integrador pressupõe a busca
pelo sentido que fortaleça a unidade política e a integração social. Importante é
dizer que pelo princípio da unidade da Constituição, não há qualquer hierarquia
entre normas presentes no corpo da Lei Maior, já que ela se manifesta como
única.
rincípio da harmonização ou da concordância prática.
Letra C - Correto. É o princípio
Veja que quando se fala de princípios, não se fala em exclusão , já que eles
podem ser ponderados no caso concreto e assim ser concretizados em graus
diferentes. Isto faz com que os chamem de "mandados de de otimização". Quando
estamos diante de regras constitucionais, ou seja, normas que estabelecem
uma conduta específica sem margem para abstrações, pode acontecer de uma
excluir a outra, pois não existe cumprimento parcial de regras, ou são
cumpridas integralmente
almente ou não são cumpridas.
Princípios de interpretação:
a) Princípio da unidade da Constituição:
• Constituição é um corpo único;
• Não existem contradições entre os dispositivos constitucionais. Pode
haver apenas uma "aparência" de contradição.
• Não há hierarquia entre as normas constitucionais;
• Não existem normas constitucionais originárias inconstitucionais;
b) Princípio da concordância prática ou da harmonização: harmonização
de princípios que estejam colidindo no caso concreto.
c) Princípio da correição funcional (ou conformidade funcional):não
funcional): se
pode perturbar a repartição de competências estabelecidas pela Constituição.
d) Princípio da eficácia integradora:favorecer
integradora: a integração política, social ou
reforçar a unidade política.
e) Princípio da a força normativa da Constituição: interpretação deve
garantir maior eficácia e permanência das normas.
f) Princípio da máxima efetividade: interpretação, notadamente dos direitos
fundamentais, de forma a tornar tais normas mais densas e fortalecidas.
g) Princípio
rincípio da interpretação conforme a Constituição e da presunção
de constitucionalidade das leis:
• Não se declara inconstitucional uma norma a qual possa ser atribuída
uma interpretação constitucional;
constitucional
• A constituição sempre deve prevalecer –a interpretação é sempre das leis
conforme a Constituição, nunca se interpreta a Constituição conforme as
leis;
• Aplicável a normas que admitirem interpretações diversas.
diversas
h) Razoabilidade- origem anglo-saxã.
anglo Uso subjetivo e abstrato do "senso
comum",vedação ao excess
sso;
i)Proporcionalidade - origem germânica, princípio racional e objetivo,
informado por 3 sub-princípios:
princípios: Adequação (ou pertinência), Necessidade e
Proporcionalidade em sentido estrito.
Métodos
étodos de interpretação:
a) Método Jurídico (ou método hermenêutico clássico):Interpreta-se
clássico): a
Constituição como se fosse uma lei.
b) Método tópico-problemático:
problemático: parte-se
se do problema para a norma,
“primazia do problema sobre a norma”.
c) Método hermenêutico-concretizador:
hermenêutico parte-se dapré
ré-compreensão da
norma abstrata para chegar
egar ao problema, “primazia da norma sobre o
problema”.
d) Método científico-espiritual:
espiritual: análise devalores
valores sociais para integrar a
constituição com a realidade social.
e) Método normativo-estruturante:
estruturante: análise da norma com a sua função
estruturadora do Estado.
a) conformidade funcional.
b) máxima efetividade.
c) unidade da constituição.
d) harmonização.
e) força normativa
rmativa da constituição.
3. (FCC/Defensor Público - DPE-SP/2010)Após Após grave crise energética, o
Governo aprova lei que disciplina o racionamento de energia elétrica,
estabelecendo metas de consumo e sanções pelo descumprimento, que podem
culminar, inclusive, na suspensão do fornecimento. Questionado judicialmente,
se vê o Supremo Tribunal Federal - STF com a missão de resolver a questão,
tendo, de um lado, a possibilidade de interrupções no suprimento de energia
elétrica, se não houver economia, e, de outro, as restrições a serviço público de
primeira necessidade, restrição
restrição que atinge a igualdade, porque baseada em
dados de consumo pretérito, bem como limitações à livre iniciativa, ao direito
ao trabalho, à vida digna etc.
O controle judicial neste caso envolve
a) a apreciação de colisão de direitos fundamentais, que, em
em sua maior parte,
assumem a estrutura normativa de “regras”, o que implica anulação de uns em
detrimento de outros.
b) a aplicação da regra da proporcionalidade, que, segundo a jurisprudência
constitucional alemã, tem estrutura racionalmente definida – análise da
adequação, da necessidade e da proporcionalidade em sentido estrito.
c) a utilização do princípio da razoabilidade, já consagrado no Brasil, e que
determina tratar os direitos colidentes como “mandamentos de otimização”.
d) a eliminação da falsa
a dicotomia entre direitos constitucionais, já que a
melhor solução é a que os harmoniza, sem retirar eficácia e aplicabilidade de
nenhum deles.
e) juízo de constitucionalidade clássico, pois nem emenda à Constituição pode
tender a abolir direitos fundamentais.
fundame
4. (FCC/AFRE-PB/2006
PB/2006 - Adaptada) O método de interpretação das
normas constitucionais segundo o qual se procura identificar a finalidade da
norma, levando-sese em consideração o seu fundamento racional, é o método
teleológico (Certo/Errado).
5. (FCC/PGE-PE/2004 2004 - Adaptada) Em ocorrendo colisão de direitos
fundamentais consagrados por normas constitucionais de eficácia plena, não
sujeitos, portanto, a restrições legais, o intérprete constitucional poderá adotar,
para solução de caso concreto, o princípio da interpretação
interpretação conforme a
Constituição (Certo/Errado).
6. (FCC/Auditor - TCE-SP/2008
TCE - Adaptada) Por força da Emenda
Constitucional no 52, de 8 de março de 2006, foi dada nova redação ao § 1o do
artigo 17 da Constituição da República, estabelecendo-se
estabelecendo inexistir
12. (CESPE/TRT-17ª/2009
17ª/2009)) Segundo o princípio da unidade da
constituição, cada país só pode ter uma constituição em vigor, de modo que a
aprovação de nova constituição implica a automática revogação
revogação da anterior.
13. (CESPE/ANATEL/2009) O princípio da máxima efetividade visa
interpretar a CF no sentido de atribuir à norma constitucional a maior
efetividade possível, ou seja, deve-se
deve se atribuir a uma norma constitucional o
sentido que lhe dê maior eficácia.
ef
14. (CESPE/TRE-MA/2009)
MA/2009)De De acordo com o princípio interpretativo da
máxima efetividade ou da eficiência das normas constitucionais, devem ter
prioridade, quando da resolução de problemas jurídico-constitucionais,
jurídico constitucionais, critérios
que favoreçam a integração política
po e social.
15. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) O princípio do efeito integrador estabelece
que, havendo lacuna na CF, o juiz deve recorrer a outras normas do
ordenamento jurídico para integrar o vácuo normativo.
16. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) O princípio da conformidade funcional visa
impedir, na concretização da CF, a alteração da repartição das funções
constitucionalmente estabelecidas.
17. (CESPE/Oficial de Inteligência-
Inteligência ABIN/2010)Entre
Entre os métodos
compreendidos na hermenêutica constitucional inclui-se
inclui se o tópico problemático,
que consiste na busca da solução partindo-se
partindo se do problema para a norma.
18. (CESPE/Procurador-AGU/2010)
(CESPE/Procurador O método hermenêutico
hermenêutico-
concretizador caracteriza--se pela praticidade
cidade na busca da solução dos
problemas, já que parte de um problema concreto para a norma.
19. (CESPE/Procurador-BACEN/2009)
(CESPE/Procurador Pelo método de interpretação
hermenêutico-concretizador,
concretizador, a análise da norma constitucional não se fixa na
sua literalidade, mas decorre
decorre da realidade social e dos valores insertos no texto
constitucional, de modo que a constituição deve ser interpretada considerando-
considerando
se seu dinamismo e constante renovação, no compasso das modificações da
vida da sociedade.
20. (CESPE/DPE-ES/2009)
ES/2009) A interpretação ção conforme a Constituição
determina que, quando o aplicador de determinado texto legal se encontrar
frente a normas de caráter polissêmico ou, até mesmo, plurissignificativo, deve
priorizar a interpretação que possua um sentido em conformidade com a
Constituição.
tituição. Por conseguinte, uma lei não pode ser declarada
inconstitucional,quando puder ser interpretada em consonância com o texto
constitucional.
21. (CESPE/Advogado
(CESPE/Advogado-BRB/2010) A técnica da interpretação conforme a
constituição permite a manutenção, no ordenamento
ordenamento jurídico, de leis e atos
normativos que possuam valor interpretativo compatível com o texto
constitucional.
22. (CESPE/Procurador-BACEN/2009)
(CESPE/Procurador Pelo princípio da concordância
prática ou harmonização, os órgãos encarregados de promover a interpretação
da norma
orma constitucional não podem chegar a resultado que altere o esquema
organizatório-funcional
funcional constitucionalmente estabelecido pelo legislador
constituinte originário.
23. (CESPE/Auditor-TCU/2009)
TCU/2009) O princípio da concordância prática ou da
harmonização, derivado do princípio da unidade da CF, orienta o aplicador ou
intérprete das normas constitucionais no sentido de que, ao se deparar com um
possível conflito ou concorrência entre os bens constitucionais,
constitucionais, busque uma
solução que evite o sacrifício ou a negação de um deles.
24. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) De acordo com o
princípio da força normativa da constituição, defendida por Konrad Hesse, as
normas jurídicas e a realidade devem ser consideradas em seu condicionamento
recíproco. A norma constitucional não tem existência autônoma em face da
realidade. Para ser aplicável, a CF deve ser conexa à realidade jurídica, social e
política, não sendo apenas determinada pela realidade social, mas
ma determinante
em relação a ela.
25. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)
(CESPE/Procurador Segundo entendimento do STF,
não afronta a força normativa da Constituição nem o princípio da máxima
efetividade da norma constitucional a manutenção de decisões divergentes da
interpretação adotada pelo STF, proferidas no âmbito das instâncias ordinárias.
26. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)
(CESPE/Procurador De acordo com o princípio do
efeito integrador, os bens jurídicos constitucionalizados devem coexistir
harmonicamente na hipótese de eventual conflito ou concorrência
concorrência entre eles,
evitando-se,
se, desse modo, o sacrifício total de um princípio em relação a outro
em contraposição, considerando a ausência de hierarquia entre os princípios.
27. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) A corrente que nega a possibilidade de o juiz,
na interpretação
ação constitucional, criar o direito e, valendo-se
valendo de valores
substantivos, ir além do que o texto lhe permitir é chamada pela doutrina de
não-interpretativista.
28. (CESPE/Advogado - Petrobrás/2007) Entre as correntes de
interpretação constitucional, pode-se
pode apontar uma bipolaridade que se
concentra entre as correntes interpretativistas e não interpretativistas das
constituições. As correntes interpretativistas se confundem com o literalismo e
permitem ao juiz que este invoque e aplique valores e princípios substantivos,
su
como a liberdade e a justiça contra atos da responsabilidade do Poder
Legislativo em desconformidade com a constituição.
29. (CESPE/Advogado - Petrobrás/2007)Segundo Segundo o método jurídico de
Forsthoff, a interpretação da constituição não se distingue da da interpretação de
uma lei e, por isso, para se interpretar o sentido da lei constitucional, devem-se
devem
utilizar as regras tradicionais da interpretação.
30. (CESPE/PGE-AL/2008)
AL/2008)A A análise da colisão entre a inviolabilidade da
intimidade e do domicílio dos cidadãos
cidadão e o poder-dever
dever de punir do Estado
prescinde da verificação da proporcionalidade e da aplicação do princípio da
concordância prática, uma vez que o primeiro sempre prepondera sobre o
segundo.
31. (CESPE/TCM-GO/2007)
GO/2007) Com relação à aplicação das normas
constitucionais, assinale a opção incorreta.
a) O intérprete deve considerar que a interpretação constitucional se assenta no
pressuposto da superioridade jurídica da CF sobre os demais atos normativos
no âmbito do estado, o, o que significa dizer que não se deve fazer uma
interpretação da CF conforme a lei.
b) Havendo colisão de direitos fundamentais, deve o intérprete aplicar o
princípio da concordância fática, segundo o qual normas constitucionais que
tutelam os direitos à vida e à liberdade têm precedência sobre as demais.
c) Ao dar a determinado dispositivo legal uma interpretação conforme a CF, o
intérprete está reconhecendo que, segundo uma interpretação textual do
dispositivo, ele é parcialmente inconstitucional ou que q determinada
interpretação do dispositivo legal revela-se
revela se incompatível com a CF.
d) O intérprete deve ter ciência de que os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade não estão explícitos na CF, sendo extraídos do dispositivo que
garante o devido processo legal, entendido na sua dimensão substantiva.
32. (ESAF/AFT/2010) Praticamente toda a doutrina constitucionalista cita
os princípios e regras de interpretações enumeradas por Canotilho. Entre os
princípios e as regras de interpretação abaixo, assinale
assinale aquele(a) que não foi
elencado por Canotilho.
a) Unidade da constituição.
b) Da máxima efetividade ou da efi ciência.
c) Da supremacia eficaz.
d) Do efeito integrador.
e) Da concordância prática ou da harmonização.
33. (ESAF/AFRF/2003) Somente o Supremo Tribunal Federal - STF está
juridicamente autorizado para interpretar a Constituição.
34. (ESAF/TCU/2006) Quando o intérprete, na resolução dos problemas
jurídico-constitucionais,
constitucionais, dá primazia aos critérios que favoreçam a integração
política e social e o reforço da unidade política, pode-se
pode se afirmar que, no
trabalho hermenêutico, ele fez uso do princípio da conformidade funcional.
35. (ESAF/AFTE-RN/2005)
RN/2005) O método de interpretação constitucional,
denominado hermenêutico-concretizador,
hermenêutico concretizador, pressupõe a pré-compreensão
pré do
conteúdo da norma a concretizar e a compreensão do problema concreto a
resolver.
36. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) No método de interpretação constitucional
tópico-problemático,
problemático, há prevalência da norma sobre o problema concreto a ser
resolvido.
37. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) O método de interpretação hermenêutico-
hermenêutico
concretizador prescinde de uma pré-compreensão
pré compreensão da norma a ser interpretada.
38. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) O princípio de interpretação conforme a
constituição comporta o princípio da prevalência da constituição, o princípio da
conservação de normas e o princípio da exclusão da interpretação conforme a
constituição mas contra legem.
39. (ESAF/AFRFB/2009) A técnica denominada interpretação conforme não
é utilizável quando a norma impugnada admite sentido unívoco.
40. (ESAF/PFN/2006) A interpretação
erpretação conforme a Constituição consiste em
procurar extrair o significado de uma norma da Lei Maior a partir do que
dispõem as leis ordinárias que preexistiam a ela.
41. (ESAF/Advogado-IRB/2004
IRB/2004 - Adaptada)Assinale
Assinale a opção correta.
a) O princípio da unidade da Constituição postula que, na interpretação das
normas constitucionais, seja-lhes
seja lhes atribuído o sentido que lhes empreste maior
eficácia ou efetividade.
b) O princípio de interpretação constitucional do "efeito integrador" estabelece
estabe
uma nítida hierarquia entre as normas da parte dogmática da Constituição e as
normas da parte meramente organizatória.
c) Mesmo que, num caso concreto, se verifique a colisão entre princípios
constitucionais, um princípio não invalida o outro, já que podem e devem ser
aplicados na medida do possível e com diferentes
diferentes graus de efetivação.
d) No sistema jurídico brasileiro, cabe, com exclusividade, ao Poder Judiciário a
prerrogativa de interpretar a Constituição, sendo do Supremo Tribunal Federal a
palavra
vra decisiva a esse respeito.
42. (ESAF/PGFN/2007) O fenômeno da colisão dos direitos fundamentais
não é admitido como possível no ordenamento jurídico brasileiro, já que a
Constituição não pode abrigar normas que conduzam a soluções contraditórias
na sua aplicação prática.
43. (FGV/ OAB/ 2013) A hermenêutica aplicada ao direito formula diversos
modos de interpretação das leis. A interpretação que leva em consideração
principalmente os objetivos para os quais um diploma legal foi criado é
chamada de
interpretação autêntica, pois apenas as finalidades da lei podem dar
autenticidade à interpretação.
44. (FGV/ OAB/ 2013) A hermenêutica aplicada ao direito formula diversos
modos de interpretação das leis. A interpretação que leva em consideração
principalmente
te os objetivos para os quais um diploma legal foi criado é
chamada de interpretação teleológica, pois o sentido da lei deve ser
considerado à luz de seus objetivos.
GABARITO: