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DIREITO CONSTITUCIONAL- BERNARDO FERNANDES

DIA 12/02/09

P ON TO 1 – (TEORIA DA CONSTITUIÇÃO )

CONCEITO

Classificação das constituições


1.1 O que é constituição?

*ponto de partida: para alguns autores um pressuposto inicial:

Pressuposto histórico universal: que em todos os lugares do mundo em todas as épocas e


sempre existiu constituição, fundamentando esse histórico universal.

Quais as matérias fundamentais e mais importantes para que se consiga deslumbrar


comunidades sociedades e estados?

A primeira matéria importante é a identidade que é a noção de autoridade, precisa de uma


determinada organização, especializada que é a organização social.

Valores alguns deles vão acabar virando normas jurídicas.

Constituição é um modo de ser.

A constituição material sempre existiu em todas as comunidades, pois tem matérias


constitucionais. A pouco tempo a atrás a constituição material era conhecida em sentido sociológico,
era apenas entendida como uma constituição real.

1.2 No século XVII, começou a ocorrer que a constituição material ganhou sentido jurídico, através
do constitucionalismo inglês. Sendo consolidado no sec. XVII a revolução gloriosa (1688-89).
Com a revolução gloriosa temos a transformação do estado político como estado de direito.

Os dois grandes objetivos do constitucionalismo são:

 A limitação do poder
 A concepção de direitos e garantias fundamentais

A revolução gloriosa a supremacia parlamentar, sendo a limitação do poder

A declaração de direitos surge com a revolução gloriosa, daí temos as concepções de direitos e
garantias fundamentais.

1.3 No século XVIII o surgimento de constituições formais, movimento da constituição americana e


inglesa.
As constituições escritas vão ganhar uma forma um formato escrito, a primeira constituição escrita foi
americana de 1787, depois a primeira constituição francesa veio em 1791.
Canotilo da um conceito de constitucionalismo no sec. XVIII, a partir desse século as
constituições devem ser entendidas com a ordenação sistemática e racional da comunidade jurídica
plasmada em um documento escrito. Que limita poder e constitucionalizam direitos e poderes
fundamentais.
Movimento do constitucionalismo:
1) Limitação do poder como uma nova organização e estruturação do estado
2) E uma nova concepção de direitos e garantias fundamentais. (igualdade, liberdade,
propriedade).

1.4 Com o surgimento das constituições formais, o que ocorre com as constituições materiais?

Em um primeiro momento a constituição material vai ser anotada dentro da constituição formal.

Ex art.16 da lei 1789 pra lembrar-se do ponto 1 e ponto 4

“os estado que não tiver em documento escrito a separação de poderes e direitos garantias
fundamentais não terá constituição” art. 16

1.5 A constuição formal de forma celebre vai ampliar as suas bases incrementando seu conteúdo.
Poder constituinte originário cria as constituições formais.
A constituição material vai ter outras matérias que não serão de ordens constitucionais, com isso a
constituição aumente de tamanho. Ex art. 242,§ 2º da CF.

1.6 Constituição formal é que ela vai representar, deis do sec. XIX, essa constituição não é só escrita
ela tem um plus um algo a mais, ela tem algo a mais.

Em 1903, tem um famoso caso Marbury Madison, que julgou foi o juiz Marshall, da corte do
EUA , surge nesse caso pela primeira vez o conflito ate então inexistente, o conflito entre a
constituição e entre as normas ordinárias dai que surge o conflito cronológico e hierárquico.

Critério hierárquico lei anterior não pode revogar a lei posterior.

As doutrinas dos freios e contra pesos e controles recíprocos.

Primeira tese desenvolvida pelo Marshall cria a chamada doutrina da supremacia da


constituição, em qualquer conflito e circunstância a constituição vai prevalecer, qualquer situação a
constituição vai prevalecer ela vai ter supralegalidade, constituição formal.

O Marshall cria também o controle de constitucionalidade, qualquer tipo de lei que ir contra a
constituição tem que ser declarada invalida, ou seja, inconstitucional.

1)QUANTO AO CONTEÚDO:

A constituição formal: é aquela constituição dotada de supralegalidade, e que por isso


necessidade procedimentos especiais para sua modificação, procedimentos mais difíceis, então a
constituição formal pode ser alterada sim, (art. 60).

2)QUANTO A ESTABILIDADE:
Pode ser rígida: essa é a constituição que se equivale com o conteúdo formal, que requer
procedimentos especiais para sua modificação.

Flexível: é aquela não necessita de procedimentos especiais, qualquer lei ordinária pode
modificá-la, essa constituição definitivamente não tem supralegalidade,ex constituição inglesa.

Semi rígida: é aquela tem uma parte flexível e rígida,

Fixa: é aquela que se pode ser modificada pelo mesmo poder que a criou, ou seja, pelo poder
constituinte ordinária, ela também é chamada de silenciosa.

Imutável, imodificável, insusceptível de modificação,também chamada de granítica.

Derivações: transitoriamente flexíveis: são aquelas constituições em determinado lapso


temporal podem ser modificadas, por procedimentos comuns mais após o lapso, só poderão ser
modificadas por procedimentos especiais.

Transitoriamente imutáveis: são aquelas que após um lapso temporal não podem ser
modificadas, const. 1824, algumas só podem ser modificadas após quatro anos de existência como é o
caso da de 1824.

3)QUANTO A FORMA:

Escrita: é aquela escrita e sistematizada em um documento único que é elaborado de uma vez
só, em um procedimento único (em um procedimento único)

Não escrita: é aquela constituição elaborada por documentos esparsos no decorrer do tempo
fruto de um processo de construção e sedimentação histórica.

As constituições nao escritas contem em seu bojo documentos escritos, ela pode conter
documentos escritos ex da constituição inglesa, porem ta cheio de documento escrito, ela é no fundo
uma escada de documentos, ela também é chamada de constituição costumeira, pois possui costumes.

4)QUANTO A ORIGEM: SÃO CHAMADAS DE

Promulgadas:é aquela legislação dotada de legitimidade popular , ou seja o povo participa da


sua elaboração do processo de sua elaboração, ainda que por meio de representantes.o sinônimo de
constituição promulgada é democrática.

Outorgadas: são constituições autocráticas de cunho ditatorial, o povo não participa, ex as de


1967.

Cesarista: é aquela constituição elaborada sem a participação popular, mais que posteriormente
a sua elaboração é submetida a referendo para que o povo aprove ou reprove o documento
constitucional. Essas se aproximam mais de aproximam mais das constituições outorgadas. Ela chama
cesarista por que vêm de Cesar exemplos as constituições de Napoleão e Pinochet no Chile

5)QUANTO A ELABORAÇÃO:
Dogmáticas: se equivalem a escritas quanto a forma,essas aquelas constituições escritas e
sistematizadas em documento único que tragam as idéias dominantes daquele determinado momento.

Históricas: elas se equivalem a não escritas quanto a forma, são aquelas elaboradas de formas
esparsas no decorrer do tempo, fruto de um processo de construção não são as escritas.

6)QUANTO A IDEOLOGIA:

Ortodoxas: é aquela que traz apenas uma ideologia em sem texto.Ex constituições da Rússia,
Ex união soviética, China.

Ecléticas: são aquelas que apresentam mais de uma ideologia em seu texto, portanto há uma
pluralidade de ideologias, ex constituição de 1988. Portanto são constituições abertas plurais.

7)QUANTO AO SISTEMA:

Principiologicas: são aquelas constituições nas quais predominam os princípios, embora nelas
existam regras.

Preceituais: as regras predominam as regras embora existam princípios.Ex: constituição do


México de 1917 (queretaro)

8)QUANTO A UNIDADE DOCUMENTAL

Orgânica:é aquela constituição escrita e sistematizadas em documento único dotado de


interconexão,ex constituição de 88.

A constituição orgânica também é chamada de inetextual ou constituição codificada

Inorgânica: é aquela dotada, aquelas elaboradas por documentos esparsos que não são
consolidados, mais não guardam uma interconexão entre suas normas.Ex a constituição de Israel, e ex
constituição francesa da terceira republica, foi feita em 1855, pluritextual (para Bulos são unitextuais e
para Paulo Bonavids não codificada).

9)QUANTO A FINALIDADE:

1)Constituições garantia: é aquela que visa a garantir direitos assegurados,frente(contra) há


usurpação do poder publico,são constituições típicas do estado liberal,típicas do século XVIII e XIX,
também são chamadas de constituições abstencionistas ou de constituições negativas, ou de
constituições quadro.

Obs. a nossa constituição de 88 pode ser classificada como constituição garantia?

R: sim ela também é garantia como qualquer outra constituição.

2)Balanço: é aquela típica dos estados socialistas, são constituições de cunho marxista, elas
visam trabalhar o presente, portanto são constituições que visam a explicitar as características da
sociedade, trazendo parâmetros, econômicos políticos e sociais, elas realizam um balanço das
planificações resolvidas e preparam a sociedade pra novas planificações. Elas explicam o que esta
ocorrendo na sociedade.
3)Dirigentes: trabalham com vier de futuro, são típicas dos estados sociais, do sec XX,e do
constitucionalismo social do século XX, são constituições que pré definem uma ordem concreta de
valores para o estado e para a sociedade, estabelecendo portanto uma pauta de vida(boa), nesse
sentido elas trazem programas para o estado e para a sociedade.

10)Quanto a extensão:

Sintéticas: são resumidas, trazem apenas as matérias constitucionais. Ex Americanas 1787.

Analíticas: são as constituições prolixas que enunciam princípios e regras de forma detalhista,
nesse sentido elas apresentam não só matérias constitucionais. Ex constituição brasileira de1988,
portuguesa de 76 espanhola de 78.

18/02/09

OUTRAS CLASSIFICAÇÕE S:

Constituições plásticas: são aquelas constituições dotadas de maleabilidade, de tal modo que
elas se encontram abertas aos infulcros da realidade social, nesse tipo são constituições que permitem
releituras do seu texto a luz de novos com textos, ou seja, a luz de novas realizações sociais.Pode ser
tanto uma constituição rígida como uma constituição reflexível.

Obs.: existe uma corrente minoritária que vai entender que a constituição plástica é na verdade
sinônimo de uma constituição flexível, ou seja, é aquela constituição não requer procedimentos mais
dificultosos para sua mudança.

Constituições pactuadas ou dualistas: é aquela constituição que resulta de um pacto um acordo


entre um rei e um parlamento. Nesse sentido essa constituição visa desenvolver um equilíbrio tenuo
frágil, entre os princípios monárquicos por que o rei participa desse pacto e o principio democrático.

Constituições nominalistas: são aquelas em que seu texto é dotado de alta clareza e precisão e
que por isso vão necessitar apenas do método gramatical para sua interpretação.

Constituições semânticas: diferença entre autores:

Conceito tradicional: é aquela que seu texto não é dotado de clareza e precisão, de tal modo,
que temos que fazer uso de outros métodos, alem do método gramatical, para sua interpretação,
método histórico, sistemático e método teológico e finalistico, exige uma maior sofisticação
hermenêutica.

Classificação de Canotilho de constituição semântica: essas constituições são aquelas fechadas


de cunho meramente formal, que não trazem um conteúdo mínimo de bondade e justiça material.
Elas não desenvolvem principio democrático.

Classificação de Karl Loewenstein: as constituições semânticas são aquelas que traem o


significado de constituição.Pois ao invés de limitar o poder elas naturalizam praticas autoritárias de
poder(elas legitimam o poder autoritário).

Constituições em branco: são aquelas que não trazem limitações explicitas ao poder
constituinte derivado reformador, ou seja,ao órgãos revisionais da constituição, há uma
discricionariedade ao poder revisor para alterar uma constituição.
Constituição compromissória: são aquelas que resulta de compromissos entre grupos políticos
e sociais diferenciados ideologicamente, nesse sentido se apresenta como uma fragmentação de
acordos tópicos dos maios variados temas.

Nesse sentido essas constituições são tidas como abertas ecléticas e portanto plurais.

Constituição dutil ou leve:que vai tratar dessa constituição é Gustavo Zagrebelsky, é aquele que
não predefine uma forma de vida, mais é contrario ela apenas cria condições para que possamos
exercer as mais variadas formas de vida.Nesse sentido são constituições que visam desenvolver o
pluralismo, portanto são típicas do que chamamos do chamado estado democrático de direito.

Heteroconstituição:são apenas constituições decretas fora do estado que elas irão reger, nesse
sentidos elas são incomuns.Ex constituição cipriota, na década de 60.Ela foi feita em Zurique na Grã-
Bretanha.

Constituição ontológica das constituições:classificação de Karl Koewnstein,ontológico é estudo,


essência de algo, ele descobrir o que uma constituição realmente é,uma analise restritiva, a necessidade
de fazer uma analise não só do texto e sim de uma realidade social vivenciada pelo texto, a realidade
social subjacente desse texto.Portanto a constituição não é só texto e sim aquilo que os detentores de
poder, fazem na pratica.

E a técnica de classificação das constituições que visa analisar a relação entre o texto da
constituição e a realidade social vivenciada por esse texto.

Existem assim três tipos de constituição do mundo de classificação ontológica:

A constituição normativa é aquele na qual a uma adequação entre o texto e a realidade social
vivenciada por esse texto, nesse sentido a constituição conduz o processo de poder, portanto
detentores e destinatários do poder são conduzidos pelo texto.Ex const. 1787(Americana), const.
1958Francesa

Constituição nominal: é aquela na qual não há uma adequação entre o texto e a realidade
social, o texto ao invés de conduzir o processo de poder ele acaba sendo conduzido pelos mesmos.
Ela tem algo positivo nessa, elas tem um caráter educacional, caráter pedagógico. Funciona como uma
estrela guia.Ec a constituição de 1934/1946/1988.

Constituição semântica: aquela que traz o significado de constituição, aquela que legitima
pratica autoritária de poder.Ex1937 do Brasil e de 1967/1969.

Constituição legitimidade Eficácia


Normativa + +
Nominal + -
Semântica -

REFLEXÕES FINAIS

1) Podemos afirmar que toda constituição escrita não é formal, formal é aquela constituição
dotada de supra legalidade. Ex constituição da Itália, de 1848.
2) A constituição America é de 1787, estamos em 2009, podemos afirmar que a constituição
americana é histórica? Ela não é histórica porque uma constituição elaborada de uma vez
só, é uma constituição escrita então não pode ser histórica.

Obs.: alguns autores do Brasil estão entendendo que a nossa constituição de 88 com o advento
do art.5§ 3º, fulcro da emenda 45/04, esta virando histórica.essa corrente ainda é minoritária
pois ainda prevalece a concepção da nossa constituição é escrita.

3)alguns autores entendam que nossa constituição é super rígida em virtude das clausulas
pétreas, classificação de 88

Quanto a forma ela ainda é 1)formal,

2) rígida,

3)escrita,

4)promulgada

e5) dogmática, e quanto a

6)extensão ela é analítica, é

7)eclética, *quanto ao sistema ela é principiologica,

9)orgânica,

10)dirigente embora tenha um dirigismo fraco, e é garantia, visa assegurar direitos

11) constituição plástica

12) constituição semântica.Obs.: para Canotilho a nossa constituição não é semântica.

13) constituição compromissória

14) constituição dutil

15) constituição ontológica. Nominal

O que é constituição material?

R: é aquele conjunto de normas escritas ou não documento constitucional, e que se detém as


matérias tipicamente constitutivas, ou seja, aquelas matérias fundamentais.Ela tem um conceito
teórico e um conceito pratico, na pratica as matérias tipicamente constitutivas são direitos e
garantias fundamentais.

5) existe constituição material fora, da constituição formal?

R: é matéria constitucional

Matérias constitucionais é fora da constituição formal, lei 9504/97, mesmo assim ela não tem
supra legalidade.

6) existe hierarquia entre as normas só formalmente constitucionais e as normas materiais e


formalmente constitucionais.
R: que não há hierarquia entras as normas formalmente constitucionais, é a resposta da
jurisprudência, não há hierarquia entre normas constitucionais, o Brasil não adota uma teoria
de Otto Bachot, de que existiria dentro de uma constituição normas constitucionais
inconstitucionais.Pode haver EC constitucional) não obedece as limitações constitucionais
impostas as PDC).

Obs.: é obvio que em uma situação de aplicação ou de concretização de normas constitucionais


tende a prevalecer o principio da dignidade da pessoa humana.

7) constituição material se modifica com o tempo?

R: sim, pois as matérias constitucionais se modificam pois ela dependem do contexto


histórico.sec. XVIII, const. Clássico, I,L,P.

No final do século XX surgem os direitos difusos, ambientais e direito da criança. Direitos


econômicos, daí surgem os direitos de 4 geração.

8)o que é o bloco de constitucionalidade?

R:No Brasil tem duas correntes,as normas materialmente constitucionais que estão fora da
constituição formal, normas constitucionais que estão fora da constituição Envolveram 3 grandes
núcleos

 Legislações infraconstitucionais materialmente constitucionais


 Costumes jurídicos constitucionais. Elemento objetivo, a repetição de habitualidade,
elemento subjetivo convicção de jurista
No caso do poder executivo a eleição deste chefe desse poder ocorre de acordo com o
art. 77/79 da CF.
 Jurisprudência constitucional, ela é uma releitura da própria constituição. Ex art. 5
caput Ca CF.

Corrente majoritária vai entender o bloco de constitucionalidade é entendido como parâmetro


de controle de constitucionalidade. O bloco de constitucionalidade será o conjunto de normas
expressas ou implícitas na constituição formal, seria então formal.
Normas expressas ou implícitas são normas de constitucionalidades.
Obs. derivação jurisprudencial e doutrinaria
Derivação jurisprudencial é uma decisão de 16/07/1971, conselho Frances, o conselho Frances
tem essa força normativa ao preâmbulo de 1958.
Lui Favorev, diz que desenvolve o conselho de doutrina, ele fala que quem integra o bloco de
constitucionalidade da França vai ser integrado pela constituição Francesa de 58, que o preâmbulo da
constituição de 1946 e algumas lei da republica que envolve a liberdade de associação, de ensino e
consciência.
O bloco de constitucionalidade é mais amplo ou mais restrito no Brasil?
R:o conceito de bloco de constitucionalidade no Brasil é um conceito restrito.
Celso de Melo diz que o conceito de bloco de constitucionalidade no Brasil deveria ser
ampliado.

9) SENTIDOS OU CONCEPÇÕES CONSTITUCIONAIS:


Concepção sociológica: é o sentido, Ferdinado Lassalle no sec. XIX, ele vai definir a
constituição sociológica, e que deve ser entendida como os fatores reais de poder que regem uma
sociedade, são fatores econômicos militares sociológicos, da um conceito de constituição real, em
detrimento da chamada constituição folha de papel.
Concepção política: na década de XX, existem vários conceitos de constituição, absoluta,
relativo, ideal, positivo. Em termos positivos a constituição deve ser entendida como as decisões
políticas fundamentais do povo.Conceito também chamado de decisionista.Temos uma idéia de
identidade de governantes e governados.
Concepção jurídica: o primeiro a discorrer sobre ele vai ser Hans Kelsen,que a constituição é
uma norma jurídica que prescritiva de dever de forma vinculante.
Konrad Else vai buscar a declaração de força normativa da constituição. O sentido jurídico vai
ser lógico jurídico, e no segundo momento jurídico positivo.
Lógico jurídico: a constituição deve ser entendida a partir de idéia de norma fundamental que é
aquele que fundamenta a validade de todo o ordenamento jurídico e ao mesmo tempo ela fecha o
sistema.
A norma fundamental é valida por que ela é valida ela é uma convenção inventada pelo
Kelsen,ou seja ela é uma convenção suposta, ela é o inicio e o fim do sistema.è a norma constitucional
propriamente dita que nos vincula a validade do ordenamento.
Sentido ou concepção cultural:é o sentido defendido por dois grandes autores Meirelles
Teixeira e Peter Haberle,é aquele que entende a constituição como um produto cultural , que deve ser
entendido como uma junção ou conjunção dos fatores sociológicos políticos e jurídicos, nesse sentido
invocam a idéia de uma constituição total, em que o documento constitucional agrega fatores
econômicos políticos, jurídicos, filosóficos e morais.Podemos afirmar que a constituição nesse sentido
é o produto de uma cultura espelho de uma época enfim a constituição é um pouco de nós, porem ao
mesmo tempo que ela é espelho de uma época, ela condicionada pela cultura e ao mesmo tempo ela
condiciona ou seja ela e condicionada e condicionante ao mesmo tempo.

Dia 26/02/09

APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS: Classificação que vai


adentrar dentro das constituições.
Antecedentes históricos importantes. Teremos a Teoria americana e teoria Italiana e depois
vamos falar da doutrina brasileira da aplicação das normas.
1)Teoria Americana: a primeira teoria das normas constitucionais surge no século XIX em
1890, o autor foi Thomas Cooler.Eles vão classificar as normas em normas constitucionais auto-
executaveis e não auto executáveis. A primeira critica a essa teoria, pq ela entende que existem normas
constitucionais não dotadas de aplicabilidade, ou se já são normas que não são dotadas de
aplicabilidade, e a segunda critica é que ela não levou em consideração as normas programáticas, por
que ela é uma teoria do final do século XIX.
2) Teoria Italiana: surge no século XX na década de 50 , autor Vezio Crisafulli,o ponto positivo
dessa teoria é que vão levar em consideração a importância das normas programáticas presentes na
constituição.O lado negativo dessa teoria é no que tange a aplicabilidade das normas
constitucionais.Por um lado evoluem da teoria das normas ele são reticentes no que tangem as normas
constitucionais.
3) Teoria brasileira: surge na década de 70 vai muito alem da doutrina America e muito alem
da doutrina italiana que vai desenvolver ela é Jose Afonso da Silva, todas as normas constitucionais são
dotadas de aplicabilidade , todas as normas são dotadas de aplicabilidade.Todos tem aplicabilidade de
mais existem graus de aplicabilidade ou seja uma escala de aplicabilidade, ou seja vão ter normas de
pouca aplicabilidade e outras com aplicabilidade maior.Na doutrina brasileira vai falar que qualquer
norma constitucional vai trazer consigo por simples fato de estiver na constituição efeito positivo e
efeito negativo.Efeito positivo é revogar tudo que não for contrario ao ordenamento.Efeito Negativo é
efeito de negar ao legislador infraconstitucional a possibilidade de produzir normas contrarias as
normas constitucionais.Todas normas constitucionais vão ter uma escala de aplicabilidade daí a divisão
da teoria brasileira.Que são:

 Normas de eficácia plena: são aquelas norma constitucionais que reúnem todos os
elementos necessários para produção de efeitos imediatos ( concretos), são dotadas de
uma aplicabilidade direta imediata, ex art. 1º da CF, art. inciso I art. 44, art. 46 da CF.
 Normas de eficácia contida são aquelas que nascem com eficácia plena, mas terão seu
âmbito de eficácia reduzido restringido ou contido pelo legislador infraconstitucional,
art. 5 inciso XIII da CF

 Normas de eficácia limitada elas não reúnem todos os elementos necessários para a
produção todos possíveis efeitos jurídicos, elas vão necessitar de complementação ou
regulamentação para a produção de todos os efeitos jurídicos, assim sendo são noras
dotadas de uma aplicabilidade indireta ou mediata, e só terão uma aplicabilidade direta
quando os poderes públicos as complementarem ou regulamentarem, essas normas ela
vão se subdividir.

 De Princípios institutivos: São aquelas normas que trazem esquemas gerais de


organização e estruturação de órgãos, entidades ou instituições do estado, art.
18,§ 2º, art. 33 caput art. 90§ 2º art. 22 § único todos da CF.

 De princípios programáticos: são aquelas normas constitucional que traçam


programas e fins para o cumprimento do estado para a sociedade. Ex Art. 196,
205, 217, 218 ambos da CF.

Reflexões de prova:

1) Diferencie as normas constitucionais de eficácia contida das normas constitucionais de


eficácia limitada?Neste caso a diferença não esta na atuação do legislador pois nos dói tipo
de normas o legislador irá atuar, a diferença esta da maneira como o qual o legislador ira
atuar.No caso da norma constitucional de norma contida vai restringir a eficácia.Já na
norma constitucional de eficácia limitado o legislador vai limitar .
2) Como podemos afirmar que uma norma constitucional de eficácia limitada de um
principio programático que ainda não foi complementada ( regulamentada) é dotada de
aplicabilidade ? Ela tem sim aplicabilidade e obviamente ela tem eficácia, ela não tem uma
aplicabilidade direta e imediata, porem não podemos esquecer que pela lei brasileira todas
as normas constitucionais são dotadas de aplicabilidade no caso vão ter aplicabilidade
indireta.
Conclusão uma norma de eficácia limitada realmente produz todos os efeitos possíveis tem
ela produz alguns efeitos, pois elas terão o efeito positivo e negativo.

A teoria da aplicada das normas constitucionais é de conteúdo semântico pré definem o


conteúdo de uma norma sem levar em consideração o momento de a aplicação da norma, ou seja, sua
situação de aplicação, confundir o texto da norma com a norma. E a uma teoria restritiva.
A teoria da aplicabilidade cabe de criar uma subversão da estrutura hierárquica do
ordenamento jurídico, pois colocam o mais importante a regulamentação da norma constitucional do
que a própria norma constitucional, ou seja, é uma teoria que da mais valor a legislação
infraconstitucional que regulamente a constituição do que a própria norma constitucional a ser
regulamentada.Ex art.5 inciso II da CF.

Obs.: Aplicabilidade: Nada mais é que a possibilidade de aplicação nada mais é que
praticidade. A possibilidade de algo ser aplicado. Os requisitos são
 A norma tem que ter vigência
 Validade, ou seja, tem que estar em concordância com ordenamento constitucional
 Eficácia jurídica

Obs.: eficácia jurídica é a aptidão da norma para produção de efeitos jurídicos em situações
concretas, ou seja, e potencialidade que a norma jurídica tem para regular para produzir efeitos
jurídicos.

Obs. Eficácia social nada mais é que a materialização do preceito legal do mundo fático, ou
seja, é a real e efetiva aplicação da norma em uma situação concreta ou que chamamos de efetividade
é a norma efetivamente aplicada em uma situação.
É possível uma norma jurídica ter eficácia jurídica e na eficácia social? Claro que é.
O próprio STJ E STF já vêm entendendo com base do chamado ativismo judicial típico do
neoconstitucionalismo que em situações jurídicas mais das quais estão em jogo o mínimo existencial as
normas constitucionais devem ser aplicadas de forma direta e imediata.Sendo programática ou não.Ex
normas que englobam saúde e educação.

OUTRAS CLASSIFICAÇÕES

1) Carlos Ayres de Brito e Celso Ribeiro Bastos essa classificação diz respeito à vocação das
normas constitucionais para atuação ou não do legislador, resumido é a teria que diz
respeito a vocação das normas constitucionais para atuação do legislador, ela vão subdividir
as normas constitucionais em
 Aplicação: são aquelas que não são vocacionais, normas de eficácia plena
1.1 Irregulamentaveis são aquelas insusceptíveis de tratamento infraconstitucional, ou
seja, são aquelas normas constitucionais onde não haverá nenhum tratamento de
infraconstitucional, é vedado qualquer tipo de legislação infraconstitucional sobre a
mesma nesse sentido a normatividade surge e se esgota na própria constituição
1.2 Regulamentáveis são aquelas normas constitucionais em que não há necessidade de
regulamentação para produção de efeitos porem o legislador infraconstitucional
poderá legislar sobre as mesmas, ou seja, poderá regulamentá-las.

Obs.: essas normas já tem eficácia plena, a legislação infraconstitucional será meramente
auxílio. Elas não dependem do legislador para ter eficácia.
 Integração são aquelas vocacionadas para atuação do legislador
1.1 Restringíveis são aquelas que o legislador vai atuar para conter o âmbito de eficácia
se equivalem às normas constitucionais de eficácia contida.
1.2 Complementáveis são que o legislador vai atuar para aumentar o âmbito de eficácia.

2) Maria Helena Diniz:


1.1 Normas constitucionais de eficácia absoluta são aquelas insuscetíveis de modificação,
ou seja, normas constitucionais imodificáveis, Ex art. 60, § 4, I,II,II e IV da CF,
segundo ela as clausulas pétreas sai insuscetíveis de modificação, porem há criticas .
1.2 Normas constitucionais de eficácia plena são igual a de Jose Afonso da Silva>
1.3 Norma constitucionais de eficácia relativa restringíveis são a mesma classificação de
Jose Afonso da Silva
1.4 Normas de eficácia relativa dependentes de complementação é a limitada da de Jose
Afonso da Silva.
3) Vadi Lamego Bulos: ele vai dizer mais um tipo de norma constitucional que será a:
Normas Constitucionais de eficácia exaurida, são aquelas normas constitucionais da
A.D.C.T que já realizavam sua função no ordenamento jurídico, norma que visam
trabalhar a regular efeitos temporais.Ex art. 2º da A.D.C.T e também o art. 3º.

TEORIA DO PODER CONSTITUINTE

1) Conceito Geral:
É aquele poder no qual Cumbe criar e (colaborar) alterar (reformar) e complementar uma
constituição.
1.1Poder constituinte originário elaborar uma constituição
1.2Poder constituinte derivado reformador :alterar
1.3Poder constituinte decorrente: complementar

2) Antecedentes históricos: A origem histórica do poder constituinte vem junto com o


moimento do constitucionalismo do século XVIII, Emmanuel Sieyes que escreveu um
livro que chama O que é o 3º Estado e com isso vai ter um poder constituinte que iria
elaborar uma constituição na França, teremos uma França diferente a partir daí.
3) Analise especifica: estudo do poder constituinte originário.

PODER CONSTITUINTE ORIGINARIO

1)Conceito:é um poder extraordinário que surge em um momento extraordinário e que visa


desconstituir uma ordem constituindo uma nova ordem constitucional(porem ele é desconstitutivo.

2)natureza jurídica:
 É um poder de direito, essa corrente é de cunho jurisnaturalista, ela é um poder de direito
anterior e superior a qualquer tipo de direito sub portanto é um poder centrado e m
princípios de direito natural.Ex direito a vida igualdade e dignidade.Autores Emanuell Sieyes,
Manuel Gonçalves Ferreira Filho, Afonso Arinos
 De fato deve ser entendido como a imposição facto social, uma imposição dos fatos que roube
a lei maior do país e constituir uma nova ordem uma nova constituição uma corrente de puno
positivista.Autores Carrede Malberg, Celso Bastos, Raul Machado Bastos.
 Corrente Hibrida ou corrente mista, quando rompe uma constituição.Autores Canotilho ,
Paulo.

3)CLASSIFICAÇÕES:

a)Dimensão:

a.1)poder constituinte material: é aquele conjunto de forças políticos sociais que vão
consubstanciar o conteúdo de uma nova constituição, ou seja, ele se traduz em uma idéia de direito
formada e protegida pelo conjunto de forças políticos sociais

a.2) poder constituinte formal:será aquele encarregado de formalizar a idéia de direito,


desenvolvida pelo poder constituinte material, é aquele incumbido de redigir a constituição

b) Manifestação histórica:

b1) fundacional: será o primeiro poder constituinte originário do estado nacional,também


chamado histórico.

b2)pos fundacional: será aquele que ira desenvolver as constituições posteriores a primeira
constituição do estado pos nacional.

4) Formas de manifestação: através de revolução, golpe de estado ou consenso jurídico.


O consenso jurídico é quando há necessidade de o surgimento de uma nova constituição
nos pais.
5) Modo de exercício do poder constituinte: pode ser puro, típico ou impuro, o impuro é
aquele que após a constituição não continua exercendo as atividades como legislador
ordinário, ou seja, o agente o poder constituinte.
6) Características do Poder constituinte:
a) Inicial, ou seja, ele sempre um começar de novo nesse sentido que se apresenta como
uma prerrogativa extraordinária.
b) Ilimitado: do ponto de vista do direito positivo anterior,

Obs.: essa corrente que entende que ele é ilimitado é a corrente chamada de positivista, porem
existem mais 2 outras correntes, corrente jus naturalista que vai entender que o PCO por cabules de
direito natural, ou de tendência sociológica essa corrente é a mais moderna e deve ser trabalhada em
provas abertas, essa corrente que concorda que o PCO do ponto de vista do direito anterior porem ele
tem limite.Nesse sentido o PCO terá um limite o movimento revolucionário que o ressurgiu ou seja o
movimento de ruptura.Que esta rompendo como a própria sociedade exigindo algo novo.

Atualmente não podemos entender o PCO como um poder absoluto pois ele encontra limites
internos na própria sociedade que o faz surgir, e segundo alguns autores como canutilho ele também
encontra limites externos, em princípios de direito internacional, como os princípios da
independência, principio da não intervenção e principio da prevalência dos direitos humanos.

c) Ele é caracterizado por incondicionado, significa que ele não guarda condições ou termos pré fixados
para a elaboração da nova constituição, ou seja, quem define os procedimentos de elaboração da nova
constituição.
d) Permanente mesmo após a nova constituição ele permanece ainda que em estado latente, daí a
diferença , daí a diferença do titular do poder constituinte que é p povo e o agente do poder
constituinte que é aquele grupo encarregado de redigir a constituição também chamado de poder
constituinte formal, esse agente após a elaboração do seu trabalho ele é extinto.

Dia 02/03/09

PODER CONSTITUINTE DERIVADO

 PC Derivado Reformador: objetivo alteral e reformar a CF


 PC Derivado Decorrente: objetivo complementar a CF

Serão sempre poderes de segundo grau ou poderes constituídos ou instituídos pelo originário, sendo
este o poder inicial.
São também, por definição, poderes limitados e condicionados pelo originário. Estuda-los é estudar os
limites.

PODER CONSITUINTE DERIVADO REFORMADOR:

A reforma tem duas grandes espécies previstas na constituição:


1- Revisão: faz referencia a uma reforma global/geral do texto de uma só vez. Está prevista no art. 43
da ADCT.
Art. 3° do ADCT, determina os limites da revisão:
a) Limites formais: são 2 sessão unicameral e dentro deste procedimento o quorum deve ser de
maioria absoluta. Esta revisão já foi realizada no Brasil, entre 1/03/94 a 7/06/94, ocorrendo 6 emendas
de revisão.
OBS: É possível uma nova revisão constitucional atualmente na nossa CF? Atualmente com base no
texto constitucional, não é possível, pois o texto é claro “A” revisão será realizada e não “AS” revisões
após 5 anos.
Não tendo condição de nova revisão temos então PECs (propostas de emenda constitucional) que
teria a incumbencia de deflagrar uma nova revisão geral. Essas PECs propõe a possibilidade do povo
aprovar a revisão via plebiscito ou via referendo, com isso estaria garantida a legitimidade da revisão.
Porém a corrente majoritária dos constitucionalistas brasileiros entende que qualquer processo que
deflagre uma nova revisão constitucional no Brasil (seja com a participação do povo via plebiscito ou
referendo) é ilegítimo, É GOLPE, seria uma afronta ao poder constituinte originário. Esses
doutrinadores alegam que não podemos ficar reféns de maiorias ocasionais.

b)Limites temporais: após 5 anos (mas não há um limite).

2- Emendas: é uma reforma pontual, ou seja, por pontos, não será reformada em toda sua extensão,
ex. reforma administrativa, reforma previdenciária. Art. 60 da CF.
No art. 60 vamos encontrar limites:
a) formais: art. 60 , I, II , III §§ 2°, 3° e 5°, quem tem legitimidade para propor a PEC é o presidente
da república, 1/3 de deputados ou de senadores e mais da metade das assembléias legislativas (maioria
relativa= maioria simples).
OBS: José Afonso da Silva defende a teoria que teria legitimidade também o povo, pela iniciativa
popular para apresentar a PEC, ele deu uma interpretação sistemática da CF, diz ele que interpretando
sistematicamente a CF com base nos art. 1° par. único(todo poder emana do povo); art.14 (os direitos
politicos) e art. 61, §2°,( iniciativa popular de lei) teriamos sistematicamente que o povo também teria
legitimidade, (essa é uma corrente minoritária)
A corrente maioritária é da interpretação literal.
Ainda como limite formal temos o inciso II, a PEC irá tramitar em 2 turnos nas duas casas por 3/5 dos
votos. Se for aprovada será promulgada pela mesa da camara e pela mesa do senado. O presidente da
república não apresenta deste processo.
Parágrafo 3° fala de promulgação da mesa da camara e da mesa do senado: elas se diluem e não surge
e mesa do Congresso, isso é uma exceção.
O que vai diferenciar a promulgação das emendas e a promulgação das emendas de revisão?
Emendas são promulgadas pela mesa da câmara e pela mesa do senado, na revisão diferente das
emendas se deu pela MESA DO CONGRESSO NACIONAL.
Par. 5° existe divergencia se o limite é formal ou temporal, pois só pode ser apresentada a cada sessão
legislativa (tempo anual), porém a corrente majoritária diz ser formal pois nada mais é que a forma
pela qual uma PEC rejeitada ou poderá ser promulgada.

B) CIRCUNSTANCIAIS: circunstancia de desequilíbrio e anormalidade (ex. estado de sítio, estado


de defesa ou intervenção federal não poderá haver emenda a CF

C) MATERIAIS: a maioria da doutrina chama de cláusulas pétreas, art. 60, §4°, I, II, III e IV. Porém
esses limites materiais são conhecidos como limites materiais explícitos, porém além dos limites
materiais explícitos teremos também os limites implícitos e são:
Limites Implícitos:
1- impossibilidade de revogação (supressão) dos limites materiais explícitos, nem mesmo por vias
oblíquas, obviamente. (não está expresso na CF, mas está implícito na obra do PCO)
2- Impossibilidade de modificação dos titulares do poder constituinte derivado e de modificação dos
limites formais de reforma da constituição ( também está implícito na obra do PCO)
3- Impossibilidade de revogação/ supressão dos princípios fundamentais da Rep. Federativa do Brasil,
do art. 1 ao 4° da CF.

I -O SFT TEM ENTENDIDO QUE O LIMITE MATERIAL EXPLICITO DO ART 60,§4°, IV


NÃO DIZ RESPEITO APENAS AO DIREITOS MATERIAIS MAS ENVOLVEM TB OUTROS
DIREITOS FUNDAMENTAIS ALOCADOS NA CF, EX. ADI 939 QUE RECONHECEU
COMO CLÁUSULA PETREA O ART. 150, III, B DA CONSTITUIÇÃO (PRINCÍPIO DA
ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA) E A ADI 3685 DEFENDE COMO TAMBÉM LIMITE
MATERIAL, CLAUSULA PÉTREA, ART. 16, PRINCÍPIO ELEITORAL.
II -OBS: O QUE É A DUPLA REVISÃO?
É a possibilidade de uma emenda suprimir limites materiais explícitos ou modificar o processo de
reforma da CF para posteriormente uma nova emenda abolir direitos até então garantidos pelos
limites formais ou modificar por um processo até entao não permitido pelos limites formais. Para
Canotillo a dupla revisão é ilegítimo ao PCO.

III -SOBRE REVISÃO QUE FOI REALIZADA EM 94 –Essa revisão respeitou ou não limites
materiais?
1° Corrente – interpretação literal: não a revisão não teria que respeitar limites porque o PCO não
estipulou no art.3 da ADCT.
2° corrente- intepretação sistemática da revisão: a revisão constitucional não é a elaboração de uma
nova constituição ela se traduz em uma reforma global de uma constituição que já existe, constituição
essa que determina que algumas matéria não devem ser abolidas/suprimidas, portanto se uma emenda
não pode abolir limites materiais uma revisão também não poderia.(Corrente majoritária, a revisão
deveria respeitar os limites materiais)

IV- PODEMOS ALEGAR DIREITOS ADQUIRIDOS FRENTE AO PCO? não pois ele é ..............
Ex. art. 17 da ADCT.
E FRENTE AO P.C. DERIVADO REFORMADOR? Sim, com base na propria constituição pois o
PCO estabele no art 5, inciso 33, o respeito ao direito adquirido.

V- A ÚNICA FORMA DE ALTERAÇÃO OU MODIFICAÇÃO DA CF SE DÁ VIA P.C.


DERIVADO? NÃO porque a CF tb pode ser alterada/ modificada via mutação constitucional.
Qual a diferença do PCD (emendas) e da mutação constitucional? O Derivado muda via emendas e
essa alteração é formal da CF, portanto é um processo de alteração formal, ou acrescenta ou retira algo
da CF. Já na mutação constit se apresenta como um processo de modificação informal da CF, ou seja,
o texto da constituição continua o mesmo, porém ele é re-lido, re-interpretado a luz de novas
realidades sociais, é um poder constituinte difuso.
OBS: Defina mutação inconstitucional: a mutação constitucional se apresenta cmo um processo
informal de violação ou deturpação do texto constitucional, ou seja, o texto continua o mesmo mas é
deturpado através de práticas, ex. inércia do legislador em regulamentar direito previsto na CF.
Reclamação 4335/97

PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE

É o poder que visa a complementar a obra do PCO, ou seja, complementar a CF, com a elaboração
das respectivas constituições estaduais pelos Estados membros.

Base normativa está no art. 11 da ADCT e art. 25 CF deixam claro que o PCO estabelecu limites e
condições para o exercício do PDDecorrente.

OBS: o poder const. Decorrente devem ter seus princípios observados durante a elaboração da const.
Estadual e também na sua reforma.

OBS: PC Decorrente
 INSTITUIDOR
 REFORMADOS (ANÔMALO)
Independente de qual deles deve-se observar os princípios:
1- Sensíveis são aqueles que uma vez inobservados ensejam a intervenção federal no Estado membro,
estão alocados no art. 34, VII CF.,
2- Extensiveis normas centrais comuns à União, Estados e Munícipios, de observância portanto
obrigatória para os Estados membros e que percorrem toda a constituição.
3- Estabelecidos: são normas que dizem respeito à organização doEstado e são de observância
obrigatória pelos Estados membros. Se subdividem em normas de:
 competência: dizem respeito a repartição de competência entre os entes. Ex. 22, 23, 24 e 25 da CF.
 pré – ordenção: são aquelas que são definidas de forma prévia para a reprodução obrigatória nas
constituições estaduais. Elas visam a desenvolver um princípio: PRINCÍPIO DA SIMETRIA que
indica que tanto quanto possíve as normas da Const Da Republica devem ser reproduzidas por
paridade simétrica nas constituiçoes estaduais (este princípio não é um princípio absoluto, ele
desenvolve as normas de pré ordenação, por isso diz tanto quanto possível.)Ex. art. 27 , 28 e 125 da
CF.

OBS: DIFERENCIE AS NORMAS DE PRE- ORDENAÇÃO DAS NORMAS DE IMITAÇÃO


As de imitação são aquelas da CF que os Estados terão a faculdade de alocar ou não na Const.
Estadual ., ou seja, o Estado vai ter direito de escolha.
ADI 792 e 793 .

IMPORTANTE→OBS: OS MUNICÍPIOS SÃO DOTADOS DE PCD DECORRENTE NO


ATO DE PRODUÇÃO DE SUAS RESPECTIVAS LEIS ORGÂNICAS COM BASE NO ART. 29
DA CF?
1° Corrente: cunho municipalista, entende que os munic. São dotados de PCDecorrente, é uma
intepretaçao sistemática.
2° Não são dotados de PCDecorrente, é a corrente majoritária, a fundamentação é que as leis
organicas conforme o art. 29 da CF devem estar em consonancia com as constituições Estaduais e com
a constituição da república,e que portanto não poderíamos ter um poder constituinte decorrente de
um poder constituinte decorrente. Esse posicionamente encontra acolhida no TJ de SP e do STJ.
Porém mesmo para a corrente majoritária que entende que a lei organica não é constituição, existe
uma divergencia no que tange a lei orgânica do Distrito Federal.
Sobre a Lei Orgânica do DF temos 2 correntes:
1) LO é igual a qualquer lei orgânica.
2) Vai entender que a lei organica do DF deve ser considerada uma constituição, sendo assim o DF
teria PCDecorrente, os argumentos para essa corrente são:
a)art. 32,§1° da CF: ao DF são reservadas as competencias legislativas dos Estados, e dentro da
competencia dos estados existe a de criar a constituição
b)A Lei do DF deve estar em consonancia apenas a CF e aos princípios dela
Essa seg corrente tb tem base jurisprudencial: RECLAMAÇÃO 3436 do qual o min. Celso de Melho
deixa claro tem estatus constitucional.

AÇÕES CONSTITUCIONAIS

MANDADO DE INJUNÇÃO ART. 5, LXXI DA CF.

1- CONCEITO
Ação constitucional de natureza civil de procedimento especial que visa a viabilizar o exercício de
direitos previstos na CF e inviabilizados por falta de norma regulamentadora de norma constitucional.

2- FINALIDADES
a) Viabilizar direitos
b) Atacar a inércia dos poderes públicos (síndrome da inefetividade)

3- REQUISITOS
1- Falta de norma regulamentadora de norma constitucional.
A) OBS Jurisprudenciais: o STF vai afirmar que só cabe MI em relação à norma constitucional de
eficácia limitada.
B) Segundo o mesmo STF não cabe mandado de injunção para buscar uma melhor interpretação ou
uma interpretação mais justa de norma que regulamentou norma constitucional.
C) Não cabe MI para viabilizar direito previsto em norma infraconstitucional ainda não
regulamentada.
D) Se a norma constitucional de eficácia limitada estiver sendo objeto de mandado de injunção e for
regulamentada pelo legislador o MI restará prejudicado por perda de objeto.

2- Tem que estar demonstrado a inviabilização do exercício do direito pela falta de norma
regulamentadora de norma constitucional. A inviabilização do exerc´cio do direito para falta de norma
regulamentadora de norma constitucional (nexo de causalidade)
4- LEGITIMIDADE
Ativa
 Pessoa Física
 Pessoa Jurídica
 As coletividades/associações (MI coletivo permitido com base em jurisprudência do STF, este
trabalhou com analogia sobre o mandado de segurança coletivo)
 MP com base na lei complementar 75/93, com fundamento para defender direitos difusos ou
coletivos previstos na CF e inviabilizados por falta de regulamentação.

OBS: O MP do trabalho pode impetrar MI

Passiva
 Órgão ou entidade publica encarregada da produção normativa

OBS: pode uma Pessoa Privada ser legitimada passiva de MI? NÃO segundo jurisprudencia do STF,
pois a pessoa privada não produz norma, não poderão ser nem mesmo litisconsorte
Presidente da Republica é legitimado passivo? SIM, fundamento art. 61,§ 1° da CF, que diz que
existem matérias de iniciativa privativa do presidente da república.

5- COMPETÊNCIA
Esta definida constitucionalmente: art. 102, I, q – compet. do STF e 105, I, h comp. do STJ, existe tb
possibilidade via recursal com base no art. 121, §4, V, compet. do TSE, para conhecer em grau
recursal MI advindo dos TREs.

OBS: existe a possibilidade de MI Estadual.


PROCEDIMENTO DO MI
Está definido na Lei 8038/90 o procedimento enquanto não sobrevier Lei será o mesmo de mandado
de segurança (Lei 1533/51)

OBS: Segundo STF não cabe medida liminar em MI, ou seja, o procedimento é o mesmo do MS
porém existem exceções, tal como esta, previsto no art. 7°, II da 1533.
Não se adota o art. 18 da lei 1533, ou seja, não há o prazo decadencial previsto no MS.

EFEITOS DA DECISÃO

Poder constituinte derivado reformador: que tem como objetivo alterar a constituição. É um
gênero que vai trabalhar com duas grandes espécies previstas na constituição há uma reforma global no
texto uma reforma geral de todo o texto, emendas são as reformas de caráter pontual. A revisão está
prevista no art. 60 da CF/88. Pensar em revisão é pensar em poder constituinte derivado e poder
constituinte reformador. è feito através de uma seção unicameral.
A revisão foi muito discutida.
Obs.: é possível uma revisão constitucional da nossa constituição atual? Não é possível uma
revisão constitucional.
Obs. Hoje temos as famosas PECS que vem para deflagrar uma nova revisão constitucional no
Brasil, essas PECS são interessantes pq algumas delas traz a possibilidade aprovar via plebiscito ou via
referendo.
O referendo é posterior. A corrente majoritária dos constitucionalistas brasileiros entendem
que qualquer processo que deflagre uma nova revisão constitucional no Brasil, seja ate com a
participação do povo via plebiscito e referendo é ilegítimo é golpe. Seria uma afronta ao poder
constituinte originário.
Emendas as alterações de emendas estão no art. 60 que estão limites formais que vai estar no
art. 60 inciso I, II, III,,§2º, §3º,§5º.
Limites circuntaniais art. 60 § 1º
Limites materiais art. 60 §4º
C corrente majoritária é da interpretação literal.
Ainda como limite formal temos o inciso II, a Pec ira tramitar em 2 turnos nas duas casas por
3/5 dos votos.Se for aprovada será promulgada pela mesa da câmara e pela mesa do senado.O
presidente não apresenta deste processo.
O parágrafo 3º fala da promulgação da mesa da câmara e da mesa do senado: elas se diluem e
não surge e mesa do congresso, isso é uma exceção.
O que vai diferenciar a promulgação das emendas e a promulgação das emendas de revisão?
Emendas promulgadas pela mesa da câmara e pela mesa do senado, na revisão do diferente das
emendas se deu pela mesa do congresso nacional.
Parágrafo 5º existe divergência se o limite é formal ou temporal, pois só pode ser apresentada a
cada sessão legislativa (tempo atual0, porem a corrente majoritária diz ser formal, pois nada mais é que
a forma pela qual uma PEC poderá ser promulgada.
b) circunstanciais : circunstância de desequilíbrio e anormalidade ( ex estado de sitio, estado de
defesa ou intervenção federal não poderá haver emenda a CF.
c) materiais: a maioria chama de clausulas pétreas, art. 60,§4º, I,II,III e IV.Porem esses limites
matérias são conhecidos como limites matérias explícitos, porem alem dos limites materiais explícitos
teremos também os limites implícitos e são:
Implícitos: impossibilidade de revogação (supressão) dos limites materiais explícitos.

Poder constituinte decorrente complementar:

São chamados de poderes de segundo grau ou poderes constituídos ou instituídos pelo


originário.
São poderes limitados e condicionados pelo originário.

Dia 25/03/09

AÇÕES CONSTITUCIONAIS

MANDADO DE INJUNÇÃO

Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
É uma ação constitucional de natureza civil e procedimento especial que visa a viabilizar o exercício de
direitos previstos na CF e inviabilizados por falta de norma regulamentadora de norma constitucional.

finalidades
atacar a inércia dos poderes públicos
viabilizar direitos
(síndrome de inefetividade)

FINALIDADES

1. Viabilizar direitos.

2. Atacar a inércia dos poderes públicos, também chamada de SÍNDROME DE INEFETIVIDADE.


REQUISITOS

1. Falta de norma regulamentadora. O STF vai afirmar que só cabe mandado de injunção em relação
à norma constitucional de EFICÁCIA LIMITADA.

Segundo também o STF não cabe mandado de injunção para buscar uma melhor interpretação, uma
interpretação mais justa de norma que regulamentou norma constitucional.

1. Não cabe mandado de injunção para viabilizar direito previsto em norma infraconstitucional
ainda não regulamentada. Mandado de injunção só envolve norma constitucional.

2: se a norma constitucional de eficácia limitada estiver sendo objeto de mandado de injunção e for
regulamentada pelo legislador o mandado de injunção restará prejudicado por perda do objeto.

2. Inviabilização do exercício de direito pela falta de norma regulamentadora de norma constitucional:


é o famoso nexo de causalidade. Não adianta só faltar a norma, é preciso demonstrar que a falta da
norma está inviabilizando o direito previsto na CF.

LEGITIMIDADE

LEGITIMIDADE ATIVA
Pessoa física, pessoa jurídica, coletividades (associações, sindicatos mandado de injunção coletivo) e
MP (LC 75/93).

O MIC não está previsto na CF, mas o STF em 1992 reconheceu legitimidade a associações para o
mandado de injunção coletivo. Ele assim entendeu por analogia ao mandado de segurança coletivo
(art. 5º, LXX, CF).

O MP pode impetrar mandado de injunção com base na lei complementar 75/93 para defender
direitos difusos ou coletivos previstos na constituição e inviabilizados por falta de complementação.
Mandado de injunção para defesa da sociedade.

O MP do trabalho também pode impetrar mandado de injunção.

LEGITIMIDADE PASSIVA
Deve ser impetrado contra o órgão ou entidade pública encarregada da produção normativa.

-Órgãos privados: segundo o STF eles não poderão ser nem mesmo litisconsortes passivos.
-Presidente da República: sim, com fundamento no art. 61, §1º da CF. Esse artigo diz que existem
matérias de iniciativa privativa do presidente da república.

Art. 61. A inicia tiva das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro
ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso
Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores, ao Procurador -Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos
previstos nesta Constituição.
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e
autárquica ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços
públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de
cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares
para a inatividade;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de
cargos, estabilidade e aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como
normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação, estrutura ção e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração
pública.
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o
disposto no art. 84, VI
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos,
promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.

COMPETÊNCIA

Está definida constitucionalmente à luz dos arts. 102, I, q (STF), e 105, I,


h (STJ). Existe possibilidade de ajuizamento via recursal (TSE) pelo art. 121, §4º, V.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da


Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for
atribuição do Presidente da República, do C ongresso Nacional, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do
Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio
Supremo Tribunal Federal;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Jus tiça:
I - processar e julgar, originariamente:
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for
atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou
indireta, excetuados os casos de competência do Suprem o Tribunal Federal e dos
órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça
Federal;
121, § 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso
quando:
V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de
injunção.

Existe a possibilidade de mandado de injunção estadual (norma de imitação e não de reprodução


obrigatória).

PROCEDIMENTO

Definido na Lei 8038/90, art. 24. Essa lei diz que o procedimento do mandado de injunção será o
mesmo do mandado de segurança. Porém, não se aplica o art. 7º, II da lei de mandado de segurança
(1.533/51), ou seja, não se aplica a possibilidade de concessão de liminar.

Art. 24. Na ação rescisória, nos conflitos de competência, de jurisdição e de


atribuições, na revisão criminal e no mandado de segurança, será aplicada a
legislação processual em vigor.
Parágrafo único . No mandado de injunção e no habeas corpus, serão observadas, no
que couber, as normas do mandado de segurança, enquanto não edi tada legislação
específica.
Todavia, nem todo o procedimento do mandado de segurança é aplicável ao mandado de injunção.
Segundo o STF, não é possível a concessão de liminar em sede de mandado de injunção, não obstante
a previsão do art. 7º, II, da Lei 1.533/51. Igualmente de acordo com o STF, não se aplica ao mandado
de injunção o prazo decadencial de 120 dias previsto no art. 18 da Lei 1.533/51.

Não se adota também o art. 18 da lei do mandado de segurança, ou seja, não há o prazo decadencial
de 120 dias.
Não cabe liminar no MI. O procedimento é o mesmo do MS, com algumas exceções (liminar não
cabe no MI e não há prazo decadencial).

os Estados vão ter sua própria postura no que tange ao MI a ser por eles julgados, porque pode
haver MI estadual que tem como requisito: previsto na respectiva constituição estadual.

Legitimado ativo demonstra que a falta de norma constitucional de eficácia limitada inviabiliza
exercício de seu direito  Órgão do Poder Judiciário  legitimado passivo tem 10 dias para
informações  MP (custus legis)  conclusão para julgamento  decisão  concessiva ou não 
possibilidade de recurso (se for o caso).

Se for decisão do STF não haverá recurso.

Recursos cabíveis: •apelação; •ROC para STF (art. 102. II, a, CF: decisão de tribunal superior e
denegatória); • RE para STF (102, III); e •REsp para STJ (105,III).

Não existe ROC para o STJ em sede de MI. ROC para STJ envolve só HC e MS (102, V, CF).

EFEITOS DA DECISÃO CONCESSIVA DO MANDADO DE


INJUNÇÃO

Há direito previsto na constituição e está inviabilizado por inércia do legislador e o poder judiciário
concede:

Teses:

A. TESE CONCRETISTA
Concedida a injunção ela irá implementar , viabilizar o exercício do direito ,
liberdade, prerrogativa.

1. TESE CONCRETISTA GERAL: implementa o direito para todos, tem efeito


erga omnes.

Essa tese até 2007 nunca tinha sido aceita pelo STF porque feriria o
princípio da separação dos poderes (ar. 2º, CF). O Judiciário estaria legislando.

2. TESE CONCRETISTA INDIVIDUAL: efeitos somente inter partes.


a. Tese concretista individual direta: implementa de forma imediata.
b. Tese concretista individual intermediária: concedida a injunção estabelece um
prazo para o poder público sair da inércia (sair da mora).

Se o poder público continua inerte o Judiciário irá implementar o direito,


até que sobrevenha a norma.

Não há definição de quanto seria o prazo. O Min. que usou essa tese entendia que esse prazo deveria
ser de 120 dias, mas nunca foi usado. Foi usado um outro prazo

B. TESE NÃO CONCRETISTA


Concedida a injunção ela não implementa, não viabiliza o exercício do direito. não concretiza o
exercício do direito.

Essa tese apenas reconhece a mora do legislador, dá ciência ao mesmo e recomenda a ele que supra a
mora.

Reconhece a mora  dá ciência  recomenda que seja suprida.

Essa tese foi desenvolvida no MI 107 (1990), pelo Min. Moreira Alves e foi a tese majoritária no STF
até 2007 (embora com exceções).

HISTÓRICO ENVOLVENDO A RUPTURA COM A TESE


NÃO CONCRETISTA.

1) MI 283

2) MI 232

3) MI 670/ 708/712

1) MI 283: primeira exceção fraca onde não há adoção da tese concretista. A novidade nesse MI

Art. 8º, §3º, ADCT: § 3º - Aos cidadãos que foram impedidos de exercer, na vida
civil, atividade profissional específica, em decorrência das Portarias Reservadas do
Ministério da Aeronáutica nº S -50-GM5, de 19 de junho de 1964, e nº S -285-GM5
será concedida reparação de natureza econômica, na forma que dispuser lei de
iniciativa do Congresso Nacional e a entrar em vigor no prazo de doze meses a
contar da promulgação da Constituição.
STF decidiu que não teriam direito à indenização mas teriam direito a uma ação civil de reparação por
danos de natureza econômica em virtude dos prejuízos sofridos pela inércia do legislador. É um
descontentamento do Judiciário com a sua próprio tese que só reconhecia a mora do legislador (não
concretista).
2) MI 232: exceção forte. O STF adota a tese concretista. O caso envolveu o art. 195, §7º, CF:

§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes


de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei .
O legislador teria 6 meses para produzir a lei, após esse prazo continuando inerte as entidades teriam
direito à isenção até que o legislador fizesse a lei. Tese concretista individual intermediária.

3) MI 670/ 708/712

25 de Outubro de 2007  envolvendo art. 37, VII, CF: direito de greve do


servidor público. STF adotou tese concretista individual direta, dizendo que haveria
ruptura com a tese concretista.

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica;
O servidor público teria sim direito de greve e deveria ser implementado até que sobreviesse lei.

Motivos da decisão do STF:

Fator temporal: 19 anos depois da promulgação da CF ainda não havia norma regulamentando o
direito.

modificação na composição dos Ministros do STF.

de que forma isso foi implementado? Não há lei e o STF que decidiu? Quais parâmetros foram
estabelecidos pelo STF?

A corrente majoritária do STF decidiu que o parâmetro seria a lei de greve da iniciativa privada
naquilo que fosse equivalente ou no que guardasse similitude. Min. relator Eros Grau.

Lei 7783/89: greve na iniciativa privada.

STF adotou a princípio a tese concretista geral. Para prof não é correto porque estaria substituindo o
legislador. A corrente majoritária do STF adota essa tese concretista geral. INF 485 STF.

O Tribunal, por maioria, conheceu dos mandados de injunção e propôs a solução


para a omissão legislativa com a aplicação, no que couber, da Lei 7.783/89, que
dispõe sobre o exercício do direito de greve na iniciativa privada
Ressaltou-se que a Corte, afastando -se da orientação inicialmente perfilhada no
sentido de estar limitada à declaração da existência da mora legislativa para a edição
de norma regulamentadora específica, passou, sem assumir compromisso com o
exercício de uma típica função legislativa, a aceitar a possibilidade de uma regulação
provisória pelo próprio Judiciário. Registrou -se, ademais, o quadro de omissão que
se desenhou, não obstante as sucessivas decisões proferidas nos mandados de
injunção. Entendeu -se que, diante disso, talvez se devesse refletir sobre a adoção,
como alternativa provisória, para esse impasse, de uma moderada sentença de perfil
aditivo. Aduziu-se, no ponto, no que concerne à aceitação das sentenças aditivas ou
modificativas, que elas são e m geral aceitas quando integram ou completam um
regime previamente adotado pelo legislador ou, ainda, quando a solução adotada
pelo Tribunal incorpora "solução constitucionalmente obrigatória". Salientou -se que
a disciplina do direito de greve para os trab alhadores em geral, no que tange às
denominadas atividades essenciais, é especificamente delineada nos artigos 9 a 11 da
Lei 7.783/89 e que, no caso de aplicação dessa legislação à hipótese do direito de
greve dos servidores públicos, afigurar -se-ia inegável o conflito existente entre as
necessidades mínimas de legislação para o exercício do direito de greve dos
servidores públicos, de um lado, com o direito a serviços públicos adequados e
prestados de forma contínua, de outro. Assim, tendo em conta que ao legislador não
seria dado escolher se concede ou não o direito de greve, podendo tão -somente
dispor sobre a adequada configuração da sua disciplina, reconheceu -se a necessidade
de uma solução obrigatória da perspectiva constitucional.
Por fim, concluiu-se que, sob pena de injustificada e inadmissível negativa de
prestação jurisdicional nos âmbitos federal, estadual e municipal, seria mister que,
na decisão do writ, fossem fixados, também, os parâmetros institucionais e
constitucionais de definição de compet ência, provisória e ampliativa, para apreciação
de dissídios de greve instaurados entre o Poder Público e os servidores com vínculo
estatutário. Dessa forma, no plano procedimental, vislumbrou -se a possibilidade de
aplicação da Lei 7.701/88, que cuida da e specialização das turmas dos Tribunais do
Trabalho em processos coletivos. No MI 712/PA, prevaleceu o voto do Min. Eros
Grau, relator, nessa mesma linha. Ficaram vencidos, em parte, nos três mandados de
injunção, os Ministros Ricardo Lewandowski, Joaquim B arbosa e Marco Aurélio, que
limitavam a decisão à categoria representada pelos respectivos sindicatos e
estabeleciam condições específicas para o exercício das paralisações. Também ficou
vencido, parcialmente, no MI 670/ES, o Min. Maurício Corrêa, relator, que conhecia
do writ apenas para certificar a mora do Congresso Nacional

TESES DOUTRINARIAS

1. Teoria da subsidiária

Afirma que o MI não deve implementar o direito (equivale à tese


jurisprudencial não concretista).

2. Teoria da independência jurisprudencial

O pode judiciário deve implementar o direito com efeito erga omnes. Equivale à tese concretista geral.
3. Teoria da resolutividade

Defende a implementação do direito para o caso concreto. Equivale à tese concretista individual.

H A BE A S D A TA

Art. 5º, LXXII, CF - conceder-se-á "habeas-data":


a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se pre fira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo;

CONCEITO: É uma ação constitucional, de natureza civil procedimento especial que visa viabilizar
o acesso (conhecimento) à retificação ou à anotação (ou explicação) de informações da pessoa do
impetrante constantes em banco de dados públicos ou bancos de dados privados de caráter público.

na CF consta somente hipótese de conhecimento e retificação. Nada consta sobre a anotação
(explicação) de informações. Essa terceira hipótese surge na Lei 9.507/97 (Lei do Habeas Data), é
infraconstitucional. A terceira hipótese surge na Lei Ordinária para desenvolver o direito (não
prejudica), é um direito a mais estendendo o instituto do HD.

A anotação ou explicação é a possibilidade do indivíduo gravar uma explicação no dado que se


encontra em banco de dado judicial ou extrajudicial. O indivíduo conhece o dado e este está correto
ele apenas quer gravar no dado uma explicação do porquê o dado lá se encontra.

 o que é banco de dados privado de caráter público? Lei 9.507/97, art. 1º. É o banco de dados que
contém informações privadas ou particulares que podem ser transmitidas a terceiros ou que não sejam
de uso privativo do órgão ou entidade depositário das informações. Por exemplo: SPC e SERASA.

LEGITIMIDADE

Legitimidade Ativa

•Pessoa física (nacional ou estrangeira1);

•Pessoa jurídica;

1 P et i çã o s em pr e em p or t ug u ê s .
•Órgãos públicos despersonalizados (mesa da câmara; presidência da república; MP);

Ação de caráter personalíssimo: o legitimado ativo só pode impetrar HD para buscar dados dele
mesmo. A impetração envolve dados apenas da pessoa do impetrante. Não há possibilidade de
impetração de HD envolvendo dados de terceiros. Exceções que são jurisprudenciais:

1º) TFR: em 1989 prolata uma decisão sobre HD dizendo que herdeiros de um de cujus têm
legitimidade ativa para impetrar a ação para retificação de dados desse de cujus.

2º) STJ, 5ª turma (dez/2007) prolatou decisão que reconhecia legitimidade ativa à viúva de militar da
aeronáutica tivesse acesso a dados do de cujus.

Conclusão: a regra é que o HD é ação de caráter personalíssimo porém há exceções que envolvem
o direito sucessório ou sucessão causa mortis reconhecidas jurisprudencialmente.

legitimidade PASSIVA

•pessoa jurídica pública e seu respectivo banco de dado público.

•Pessoa jurídica privada e seu respectivo banco de dados de caráter público.

No caso de internet, contra quem se impetra HD? Contra o provedor.

COMPETÊNCIA HD

É definida constitucionalmente.

Art. 20, lei 9.507/97.

Art. 102, I, d  STF

105, I, b  STJ

108, I, c  TRF

109, VIII  JF

114, IV  JT

102, I, r  STF

Art. 20. O julgamento do habeas data compete:


I - originariamente:
a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da República, das Mesas
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do
Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de E stado ou do próprio
Tribunal;
c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio Tribunal ou de juiz
federal;
d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de
competência dos tribunais federais;
e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do Estado;
f) a juiz estadual, nos demais casos;
II - em grau de recurso:
a) ao Supremo Tribunal Federal, quando a decisão denegatória for proferida em
única instância pelos Tribunais Superiores;
b) ao Superior Tribunal d e Justiça, quando a decisão for proferida em única
instância pelos Tribunais Regionais Federais;
c) aos Tribunais Regionais Federais, quando a decisão for proferida por juiz federal;
d) aos Tribunais Estaduais e ao do Distrito Federal e Territórios, confor me
dispuserem a respectiva Constituição e a lei que organizar a Justiça do Distrito
Federal;
III - mediante recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, nos casos
previstos na Constituição.
Art. 21. São gratuitos o procedimento administrativo para a cesso a informações e
retificação de dados e para anotação de justificação, bem como a ação de habeas
data.

PROCEDIMENTO HD

I - Fase administrativa (pré-judicial)

Súmula 02 STJ Não cabe o habeas data (cf, art. 5., LXXII, letra “a”) se não houve
recusa de informações por parte da autoridade administrativa.
Se houver a recusa aí sim está preenchida a condição da ação.

STF seguiu o posicionamento do STJ também com base na idéia do interesse de agir.

Essa posição é criticada em face do inciso XXXV.


Esse posicionamento foi sofisticado pela Lei 9.507/97 porque leva em consideração a sumula do STJ e
o posicionamento do STF sofisticando a fase administrativa. Antes bastava o pedido administrativo
negado.

Art. 8° A petição inicial, que deverá preencher os requisit os dos arts. 282 a 285 do
Código de Processo Civil, será apresentada em duas vias, e os documentos que
instruírem a primeira serão reproduzidos por cópia na segunda.
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:
I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem
decisão;
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem
decisão; ou
III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso
de mais de quinze dias sem decisão.

A Lei diz que deve haver recusa no acesso à informação ou decurso de mais de 10 dias sem decisão;
recusa da retificação ou decurso de mais de 15 dias sem decisão; recusa na anotação ou decurso de

acesso;
recusa retificação;
anotação

dados públicos acesso + 10 dias

retificação + 15
nao resposta
dias

anotação + 15
dias

mais de 15 dias sem decisão.

II - FASE JUDICIAL
Legitimado ativo: impetrante  órgão do judiciário competente (depende da legitimação passiva) 
MP  conclusos  decisão  concede ou não.

Recursos possíveis:

•Apelação
•ROC para STF (102, II, a)

•RE p/STF (102, III)

•REsp p/STJ (105, III)

•Recurso a ser julgado pelo TSE em HD advindos dos TRE’s (art. 121, §4º, V, CF).

Não cabe ROC para o STJ. Cuidado porque o art. 20 da Lei 9507/97 induz a pensar que poderia
caber ROC para o STJ.

EFEITOS DA DECISÃO CONCESSIVA

Haverá execução imediata da decisão. O recurso do HD é só recebido no efeito devolutivo (não há


efeito suspensivo no recurso do HD).

Exceção: caso de suspensão dos efeitos da sentença de HD até julgamento final do recurso:
despacho fundamentado do Presidente do Tribunal no qual o recurso tramita suspendendo a
execução da sentença. Dessa decisão cabe recurso? Sendo despacho = decisão interlocutória  cabe
agravo interno, será julgado pelo próprio Tribunal onde o recurso tramita.

OBSERVAÇÕES FINAIS SOBRE HD

1) não há reexame necessário (recurso de ofício) no procedimento do HD.

No MS a decisão que concede a segurança há reexame necessário.

2) embora não haja previsão na lei de HD existe a possibilidade de concessão de liminar em HD,
porque é procedimento subsidiário do CPC (o juiz pode usar do poder geral de cautela).

3) existe a possibilidade de HD estadual, desde que haja previsão na respectiva constituição estadual.
As competências para processamento e julgamento serão definidas pela própria constituição estadual.

4) O MP (fiscal da lei) terá legitimidade para recorrer das decisões de HD.

5) HD tem caráter gratuito, tanto no procedimento administrativo quanto no procedimento judicial.


6) diferencie o HD do direito geral de informação do direito de certidão.

HD (art. 5º, LXXII, CF) Direito geral de Direito de certidão (art. 5º,
informação (art. 5º, XXXIV, CF).
XXXIII, CF)
•Acesso; Retificação; Informações de interesse Interesse pessoal.
Anotação. particular, coletivo ou PROTEGIDO
•de dados públicos geral. Manejado via MS. POR MS.
Caráter personalíssimo.
LXXII - XXXIII - todos XXXIV - são a
conceder-se-á "habeas- têm direito a receber dos todos assegurados,
data": órgãos públicos independentemente do
a) para assegurar informações de seu pagamento de taxas:
o conhecimento de interesse particular, ou de b) a obtenção de
informações relativas à interesse coletivo ou geral, certidões em repartições
pessoa do impetrante, que serão prestadas no públicas, para defesa de
constantes de registros ou prazo da lei, sob pena de direitos e esclarecimento
bancos de dados de responsabilidade, de situações de interesse
entidades governamentais ressalvadas aquelas cujo pessoal;
ou de caráter público; sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e
b) para a do Estado;
retificação de dados, ...

Negativa de acesso a: perícias, pareces da administração, depoimentos


testemunhais  cabe MS.

Direito de certidão será protegido por MS porque apesar de serem dados


da pessoa do impetrante não se quer conhecer (acesso), retificar (dado é exato) ou
anotar algo do dado. Quer some nte uma certidão, por isso não é caso de HD . Deve-
se analisar se encaixa nas hipóteses de HD .

MANDADO D E S E G U RA N Ç A

Art. 5º, LXIX, CF

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,


não amparado por "habeas -corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público;
Conceito: ação constitucional de natureza civil, procedimento especial
que visa a proteger direito liquido e certo lesionado ou ameaçado de lesão em
virtude de ilegalidade ou abuso de poder praticado por autoridade pública ou agente
de pessoa jurídica no uso de atribuições ou delegações públicas.

 Cabe mandado de segurança em processo penal? Sim, porém, ele não perde a natureza de
ação civil. Ex: súmula 701 do STF.

Súmula 701 do STF. No mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público


contra decisão proferida em processo penal, é obrigatória a citação do réu como litisconsorte
passivo.

Requisitos básicos:

1. Ação ou omissão de autoridade pública ou de agente de pessoa jurídica privada no uso de


atribuições públicas. Esse ato pode ser tanto vinculado como discricionário, porém, no que tange ao
ato não é possível a análise do mérito.

Vide súmula 510 do STF.

Súmula 510 do STF. Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência


delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.

É possível mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade
de economia mista e empresa pública.

Súmula 333 do STJ. Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação
promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.

2. Ilegalidade ou abuso de poder: o ato deve ser ilegal e abusivo.

3. Causar lesão ou ameaça de lesão a direito líquido e certo.

4. Subsidiariedade: o ato deve ser não amparado por habeas corpus ou habeas data, caso
contrário não cabe mandado de segurança.
Direito líquido e certo: é o direito comprovado de plano, com prova inequívoca, documental e
preconstituída. Nesse sentido será um direito apto e manifesto no ato de sua existência.

OBS: com base na noção de direito líquido e certo é importante salientar que o mandado de
segurança não trabalha com dilação probatória. Porém, existe uma exceção contida no parágrafo único
do art. 6º da lei 1533/51.

Art. 6º. Parágrafo único. No caso em que o documento necessário à prova do alegado se
ache em repartição ou estabelecimento público, ou em poder de autoridade que recusa
fornecê-lo por certidão, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse
documento em original ou em cópia autêntica e marcará para o cumprimento da ordem o
prazo de 10 (dez) dias. Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria
coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação. O escrivão extrairá cópias do
documento para juntá-las à segunda via da petição. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº
4.166, de 04.12.1962)

 O que se prova no direito líquido e certo, é o direito ou são os fatos? Esse conceito só pode
ser enquadrado a partir da lógica de que o que se deve provar no direito líquido e certo são os fatos e
não direito, até porque o direito já existe previsto normativamente. O que se deve provar de plano,
com prova inequívoca é a situação fática que está ocorrendo.

Existe uma súmula no Brasil que está superada. É a súmula 474 do STF. Porém, o STF não
cancelou.

No passado surgiu a seguinte tese entre os juízes: em situações de complexidade não há que se
falar em direito liquido e certo, portanto, não há que se falar em concessão de mandado de segurança.
Haveria uma sofisticação hermenêutica, então não caberia mandado de segurança. A súmula 625 do
STF resolve o problema.

Súmula 625 do STF. Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de
mandado de segurança.

CABIMENTO

Existem casos nos quais, independentemente do preenchimento ou não dos requisitos não
caberá mandado de segurança. São casos de dicção legal e de dicção jurisprudencial.

Art. 5º Não se dará mandado de segurança quando se tratar:


- Vide Súmula nº 202 do STJ
I - de ato de que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independente de
caução;
II - de despacho ou decisão judicial, quando haja recurso previsto nas leis processuais ou
possa ser modificado por via de correição;
III - de ato disciplinar, salvo quando praticado por autoridade incompetente ou com
inobservância de formalidade essencial.

1. Recurso administrativo com efeito suspensivo: à luz da CF de 1988 esse caso está
relativizado, ou seja, não podemos trabalhar com esse caso de forma absoluta, com base no art. 5º,
XXXV da CF.

A nossa CF não exige o exaurimento da via administrativa para ingresso no judiciário. O único
caso é a justiça desportiva. A justiça desportiva é administrativa, nesse caso realmente deve esgotar a
instância.

Porém, mesmo nessa justiça se em 60 dias não existir decisão já é possível ingresso no
judiciário (217, §§1º e 2º).

Mas por que ainda existe o art. 5º, I? Porque existe uma hipótese na qual prevalece a lógica do
recurso administrativo com efeito suspensivo.

É a hipótese de efeito suspensivo no recurso administrativo. A lesão está suspensa em virtude


do efeito suspensivo. Se a lesão está suspensa quanto mais a ameaça de lesão.

OBS: Porém, mesmo na hipótese da existência de recurso administrativo com efeito


suspensivo se existe omissão da autoridade na decisão do recurso administrativo caberá mandado de
segurança. Vide súmula 429 do STF.

Súmula 429 do STF. A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não
impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade.

2. Decisão ou despacho de que haja recurso eficaz: súmula 267 do STF. A própria súmula
estão relativizadas à luz do art. 5º, LXIX. Excepcionalmente

Decisões teratológicas, dotadas de manifesta ilegalidade e se o recurso judicial não tiver efeito
suspensivo e ficar demonstrado que em virtude da falta desse efeito está ocorrendo lesão a direito
líquido e certo.

3. Ato disciplinar: salvo quando praticado por autoridade incompetente ou as formalidades


essenciais.
Dia 25/03/09

Se estivermos diante de um ato de manifesta ilegalidade, segundo o STF cabe sim.


Hipóteses jurisprudenciais :
1) Não cabe MS contra lei em tese (sumula 266 do STF)
2) Leis de efeitos concretos,aquela lei que não necessita de ato administrativo com base nela
para causar prejuízo.Essa lei de efeito concreto é apenas lei em sentido formal, ela não é lei
em sentido material.Leis de planificação plana, leis de execuções fiscais, leis corrigidas,
decretos de nomeação e de exoneração.
3) Não cabe MS contra matéria interna copuris contra o poder legislativo, matérias corporis
são aquelas matérias de cunho privado de cunho particular das casas que compõe o poder
legislativo.Ex interpretação de regimento interno das casas.
Obs: porem o STF vai entender que se a matéria em poder conflito, sobre regras do
processo legislativo, contrariedade, caberá mandado de segurança.

Órgãos públicos despersonalizados.

A principio a legitimidade passiva vai ser da autoridade coatora, será a pessoa jurídica que
representar, ou seja, é aquela que pratica ou ordena a execução ou inexecução do ato a ser
impugnado.

Legitimidade passiva, meros executores do ato.

Legitimidade passiva será a autoridade delegante e autoridade delegada?Delegação de poder e


não de assinatura.

Erro da indicação da autoridade coatora:

Obs: quem é a autoridade coatora em procedimentos de escolha de magistrados pelo


presidente da republica?

Sumula 627 do STF

Obs:a competência não será do STF será do próprio tribunal.

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