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COLÉGIO TÉCNICO

SÃO BENTO
“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”

FÍSICA APLICADA À
RADIOLOGIA

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Sumário

Histórico.........................................................................................................01

Descoberta dos Raios-X.................................................................................03

Tubo de Raios-X............................................................................................04

Esquema do Tubo de Raios-X.......................................................................08

A natureza da radiação Ionizante..................................................................09

Estrutura da matéria.......................................................................................10

Formação da radiação X................................................................................12

Radiação de Freamento (Bremsstrahlung).....................................................14

Radiação característica..................................................................................16

Efeito fotoelétrico.........................................................................................19

Efeito Compton.............................................................................................19

Formação da Imagem Radiológica...............................................................21

Distorção.......................................................................................................22

Efeito Anódico..............................................................................................24

Divergência do Feixe de R-X.......................................................................24

Referências Bibliográficas e Agradecimentos..............................................26

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Histórico

Wilhelm Conrad Röntgen (em Inglês: "William Conrad Roentgen") (27 de março de 1845 -
10 de fevereiro de 1923) foi um físico alemão, da Universidade de Würzburg, que, em 8 de
novembro de 1895, produziu e detectou a radiação eletromagnética, conhecida hoje como
raios-x ou raios Röntgen. Röntgen nome é normalmente dado como "Roentgen" (uma forma
alternativa em alemão) em Inglês, portanto, mais referências científicas e médicas que lhe são
encontrados sob esta ortografia.

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Fig. 2 – primeiros exames, obs.: gratuitos

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Fig.03 - Primeira radiografia de Roentgen

Fig. 04 - Laboratório de pesquisas de Roentgen

Descoberta de Raios-X

Em 1895, o físico Wilhelm Conrad Roentgen, estudando descargas elétricas em gases


rarefeitos e ampolas de Crookes, por acaso descobriu os raios X. Ele tinha uma ampola de
Crookes encerrada em uma caixa de papelão, e alimentada por uma bobina de Rumkhorff.
Com o conjunto em um quarto escuro, ele observou que, quando o tubo funcionava, se
produzia fluorescência num cartão pintado com platino-cianureto de bário. A fluorescência
era observada quer estivesse voltada para o tubo a face do cartão pintada com platino
cianureto de bário, quer a face oposta, e até com este cartão afastado a dois metros do tubo.

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A fluorescência não era causada pelos raios catódicos, pois estes não atravessam o
vidro do tubo. Roentgen observou a seguir que o agente causador da fluorescência se
originava na parede do tubo de Crookes, no ponto onde os raios catódicos encontravam essa
parede. Não sabendo do que se tratava, Roentgen chamou raios-X.

Tubos de raios X

Raios X são produzidos todas as vezes que elétrons encontram um obstáculo. Na


experiência de Roentgen, eles eram produzidos quando os elétrons encontravam a parede do
tubo. Há dois tipos de tubos de raios X em uso.

1º - Tubos a gás

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Possuem gás à pressão
ão de mais ou menos 0, 001 mm Hg. O tubo é esférico, e além do
cátodo C e do ânodo A, possui um terceiro eletrodo B, chamado alvo, colocado no centro da
esfera. O alvo B está ligado ao anodo A, de maneira que ficam ao mesmo potencial. Este alvo
combinado com
om o ânodo produz um campo elétrico que encurva a trajetória dos elétrons e faz
que a maioria dos elétrons encontre o alvo perpendicularmente. A diferença de potencial entre
o catodo e o anodo nestes tubos é de 30.000 a 50.000 volts.

Os elétrons saem do catodo, choca-se


choca se com o alvo, e nesse choque se
produz raios X.

A próxima figura é a fotografia de um desses tubos; o diâmetro da esfera é de um


palmo, aproximadamente.

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2º - Tubo Coolidge

Neste tubo é feito o melhor


melhor vácuo possível. O cátodo é aquecido por uma corrente
elétrica fornecida por um gerador P. Assim aquecido ele emite muito maior quantidade de
elétrons, (efeito Edison). Não possui o alvo B, pois o próprio ânodo atua como alvo e emite os
raios X. A diferença
ça de potencial entre o catodo e o anodo, fornecida pelo gerador G, nestes
tubos pode ser desde 100.000 até 1.000.000 de volts

Produção dos raios X

A produção dos raios X é explicada do seguinte modo: os elétrons emitidos pelo cátodo são
fortemente atraídos pelo ânodo, e chegam a este com grande energia cinética. Chocando-se
Chocando
com o anodo, eles perdem a energia cinética, e cedem energia aos elétrons que estão nos

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átomos do ânodo. Estes elétrons são então acelerados. E acelerados, emitem ondas
eletromagnéticas que são os raios X, que são ondas eletromagnéticas de comprimento de onda
muito pequeno.

Aplicações dos raios X

Todos conhecem as aplicações dos raios X na medicina, em radiografias e curas de


certas moléstias. Mas eles têm muitas aplicações na técnica e na pesquisa em Física. Eles
muito contribuíram para o conhecimento da estrutura da matéria. Por meio de raios X se
conseguiu provar a estrutura reticular dos cristais. Em Mineralogia, a aplicação dos raios X é
tão intensa que foi criada dentro dela, uma especialização chamada “Ótica Cristalográfica”,
que trata das propriedades dos cristais reveladas por raios X.

Componentes do equipamento de Raios-X

Os aparelhos de raios X são constituídos de três componentes fundamentais: o tubo de


Raios X, o gerador de alta voltagem e o painel de controle.

Fig. 05 tubo de R.X


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Esquema de um tubo de raios X

É um tubo de vidro denominado ampola no qual se faz vácuo e que contém no seu
interior o cátodo e o ânodo. Sua função também é de promover isolamento térmico elétrico
entre as partes. Possui uma janela com espessura menor do que o resto da ampola (janela de
Berílio) e pela qual passa o feixe útil com o mínimo de absorção possível. O tubo é colocado
dentro de uma calota protetora revestida de chumbo, chamado de cabeçote a fim dereduzir a
radiação espalhada.

O cabeçote contém a ampola e demais acessórios. É geralmente de alumínio ou cobre


cuja função é de blindar radiação de fuga. Possui uma janela radio transparente por onde
passa o feixe. O espaço é preenchido com óleo que atua como isolante elétrico térmico.

- (negativo) + (positivo)

Fig.
06 Aspecto interno da Ampola de Raios-X

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A Natureza da Radiação Ionizante

Com a descoberta dos Raios X pelo físico W. C. Roentgen em 1895, imediatamente inciaram-
se os estudos sobre as emissões de partículas, provenientes de corpos radioativos, observando
suas propriedades e interpretando os resultados. Nesta época, destacaram-se dois cientistas,
Pierre e Marie Curie, pela descoberta do polônio e o radium e ainda deve-se a eles a
denominação “Radioatividade” (propriedade de emissão de radiações por diversas
substâncias). No começo do século XX, 1903, Rutherford, após profundos estudos formulou
hipóteses sobre as emissões radioativas, pois convém frisar, que naquela época ainda não se
conhecia o átomo e os núcleos atômicos e coube a este cientista a formulação do primeiro
modelo atômico criado e que até hoje permanecem suas características. O nome “Radiação
Ionizante” se originou da propriedade de que certa forma de energia radiante possui de
atravessar materiais opacos à luz visível possuírem um comprimento de onda extremamente
curto, o que lhes dá a capacidade de atravessarem materiais que absorvem ou refletem a luz
visível. Por serem de natureza semelhante à luz, os Raios X possuem uma série de
propriedades em comum com a luz entre as quais podemos citar: possuem mesma velocidade
de propagação (300.000 km/s), deslocam-se em linha reta, não são afetadas por campos
elétricos ou magnéticos, possuem a propriedade de impressionar emulsões fotográficas.

Poderíamos citar outras propriedades comuns entre as radiações ionizantes e a luz


visível. Ocorre, no entanto, que vários fenômenos que observamos na luz, são muitos difíceis
de serem detectados. O fenômeno de refração, por exemplo, ocorre nas radiações, mas numa
escala tão pequena que são necessários instrumentos muito sensíveis para detectá-lo. Isso
explica porque a radiação penetrante não pode ser focalizada através de lentes, como acontece
com a luz.

Características

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As mais relevantes propriedades da radiação ionizante são:

 Deslocam-se em linha reta.


 Podem atravessar materiais opacos à luz, ao fazê-lo, são parcialmente absorvidos por
esses materiais.
 Podem impressionar películas fotográficas, formando imagens.
 Provocam o fenômeno da fluorescência.
 Provocam efeitos genéticos.
 Provocam ionizações nos gases.
 No vácuo, viajam na velocidade da Luz.
 É polienergetico.
 Obedecem à lei do inverso do quadrado da distância (1/r2).
 Não são alterados por campo elétrico ou magnético.
A radiografia é uma fotografia tirada com raios X, em vez de ser tirada com luz. Os
raios X podem exercer, sobre os tecidos, ações benéficas ou maléficas, conforme a dose com
que são absorvidos. Assim como curam, também podem produzir doenças, como por
exemplo, a doença de pele chamada radiodermite, muito perigosa porque pode se transformar
em câncer.

Está provado que existe uma dose de raios X máxima que cada pessoa pode receber.
Qualquer pessoa pode ser submetida a doses compreendidas nesse limite máximo.

Estrutura da Matéria

Em 1906, Ernest Rutherford realizou experiências com bombardeio de partículas alfa


em finas folhas de ouro (as partículas alfa são emitidas por certos radioisótopos, ocorrendo
naturalmente). Ele achava que a maioria das partículas passava direto através da fina folha do
metal em sua direção original. Contudo, algumas partículas foram desviadas.
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Isto levou ao desenvolvimento do modelo atômico que é aceito até hoje. O núcleo
contém carga positiva do átomo e ao redor do núcleo, giram um número de elétrons.

Os elétrons ocupam níveis ou camadas de energia e os espaçamentos desses níveis


causam o grande tamanho do átomo em comparação com o núcleo.

Os cientistas conheciam agora que o átomo consistia de um núcleo contendo um


número de prótons e uma nuvem eletrônica com igual número de elétrons. Contudo eles
achavam confuso, pelo fato do átomo de hélio (número atômico 2) pesar quatro vezes mais
que o átomo de hidrogênio. Irregularidades no peso persistiam através da tabela periódica.
Predisseram algumas teorias para o acontecido, mas a confusão terminou em 1932 quando
James Chadwick, físico inglês descobriu uma partícula chamada de nêutron.
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Essa partícula tinha uma massa igual ao do próton, mas não tinha carga. Para
descrever essa nova propriedade, cientistas alegaram o número de massa, número de
partículas (prótons e nêutrons no núcleo). Descrevendo o átomo, o número de massa seria
escrito com um número superior no símbolo químico.

Formação da radiação X

O tubo de raios X possui dois


elementos principais e que serão a
partir de agora objeto de estudo:
cátodo e ânodo.

O cátodo é o eletrodo negativo do


tubo. É constituído de duas partes
principais: o filamento e o corpo
focalizador. A função básica do cátodo é
emitir elétrons e focalizá-los em forma de
um feixe bem definido apontado para o
ânodo. Em geral, o cátodo consiste de um
pequeno fio em espiral (ou filamento)
dentro de uma cavidade (copo de
focagem) como mostrada na figura
anterior.

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O filamento é normalmente feito de Tungstênio (com pequeno acréscimo de Tório)
Toriado, pois esta liga tem alto ponto de fusão e não vaporiza facilmente (a vaporização do
filamento provoca o enegrecimento do interior
do tubo e a conseqüente mudança nas
características elétricas do mesmo). A queima
do filamento é, talvez, a mais provável causa
da falha de um tubo.

O corpo de focagem serve para focalizar os


elétrons que saem do cátodo e fazer com que
eles “colidam” no ânodo e não em outras
partes. A corrente do tubo é controlada pelo
grau de aquecimento do filamento (cátodo).
Quanto mais aquecido for o filamento, mais elétrons serão emitidos pelo mesmo, e maior
será a corrente que fluirá entre ânodo e cátodo. Assim, a corrente de filamento controla a
corrente entre ânodo e o cátodo.

O ânodo é o pólo positivo do tubo, serve de suporte para o alvo e atua como elemento
condutor de calor. O ânodo deve ser de um material (tungstênio) de boa condutividade
térmica, alto ponto de fusão (3.400°C) e alto número atômico, de forma a minimizar a
relação de perda de energia dos elétrons por radiação (raios X) e a perda de energia por
aquecimento. Existem dois tipos de ânodo: fixo e giratório.

Os tubos de ânodo fixo são usualmente utilizados em máquinas de baixa corrente, tais
como: raios-X odontológico, raios- X portátil, máquinas de radioterapia, etc.

Os tubos de ânodo giratório são usados em máquinas de alta corrente, normalmente


utilizadas em radiodiagnóstico. Ele permite altas correntes, pois a área de impacto dos
elétrons fica aumentada. Como exemplo, tomemos um alvo fixo, cuja área de impacto é de
1 mm x 4 mm, isto é, 4 mm2. Se este alvo girar com um raio de giro igual 30 mm, a área de

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impacto seria aproximadamente: 754 mm2; nestas condições, o tubo giratório teria cerca de
200 vezes mais área do que o tubo fixo.
f

O ânodo e o cátodo ficam acondicionados no interior de um invólucro fechado (tubo


ou ampola), que está acondicionado no interior do cabeçote do RX. A ampola é geralmente
constituída de vidro de alta resistência e mantida em vácuo, e tem função de promover
p
isolamento térmico e elétrico entre ânodo e cátodo.

Radiação de Freamento (Bremsstrahlung)

Essa radiação é produzida quando um elétron passa próximo ao núcleo de um átomo de


tungstênio, sendo atraído pelo núcleo deste e desviado de sua trajetória original. Com isto,
o elétron perde uma parte de sua energia cinética original, emitindo parte dela como fótons
de radiação, de alta e baixa energia, comprimento de onda diferente dependendo do nível
de profundidade atingido pelo elétron do metal alvo. Isto significa dizer que, enquanto
penetra no material, cada elétron sofre uma perda energética que irá gerar radiação (fótons)
com energia e comprimento de onda também menor. Se formos considerar
percentualmente a radiação produzida, veremos que 99% dela são emitida como calor e
somente 1% possui energia com características de radiação X.

Radiação Bremsstrahlung
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Existem situações (raras) em que alguns elétrons muito energéticos se chocam
diretamente com os núcleos, convertendo toda a sua energia cinética em um fóton de alta
energia e freqüência (a rigor, esta seria outra forma de geração de radiação, onde a energia
do fóton gerado é igual à energia do elétron incidente, o que se configura como um fóton
de máxima energia).

Durante o bombardeamento do alvo, todas as possibilidades em termos de geração de


fótons acontecem, na medida em que temos interações diferentes entre elétrons incidentes
com o material do alvo, gerando fótons de diferentes energias.

A radiação de Freamento, ou
Bremsstrahlung, se caracteriza por ter
uma distribuição de energia relativa aos
fótons gerados bastante amplos, como
mostra a figura a seguir.

Como se pode observar pelo gráfico


ao lado, a maioria dos fótons obtidos possui
baixa energia, sendo que somente uns poucos
têm a energia equivalente à diferença de
potencial (voltagem) aplicada ao tubo. Esse
gráfico mostra que, são gerados muitos fótons
de baixa energia, o que pode ser perigoso

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para o paciente irradiado, pois estes fótons de baixa energia interagem com os tecidos
vivos, sem contribuir para a formação da imagem radiográfica.

O espectro, distribuição das energias dos fótons gerados por uma radiação de
Freamento, é mostrado na figura a seguir, onde se pode observar que a radiação não é
monoenergética, mas sim polienergética, pois temos fótons de diferentes energias, em
quantidades diferentes.

Radiação característica

Pelo visto anteriormente, alguns fótons interagem diretamente com os núcleos, convertendo
toda sua energia em radiação,
sem modificar o átomo alvo,
ou seja, sem ionizá-lo.

Existem situações, no
entanto, em que elétron pode
interagir com um átomo
quebrando sua neutralidade
(ionizando-o), ao retirar dele
elétrons pertencentes à sua
camada mais interna (K). Ao
retirar o elétron da camada K, começa o processo de preenchimento dessa lacuna (busca de
equilíbrio), por elétrons de camada superiores. Dependendo de camada que vem o elétron
que ocupa a lacuna da camada K, teremos níveis de radiação diferenciados.

Como exemplo, vamos considerar que um elétron da camada L ocupe a lacuna da


camada K, emitindo uma radiação da ordem de 59 keV; se o elétron ocupante vem da

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camada M, a energia gerada é da ordem de 67 keV; se o elétron ocupante vem da camada
N, teremos uma radiação da ordem de 69 keV.

Quando se usa como alvo um material com o


tungstênio, o bombardeamento por elétrons de alta
energia gera uma radiação com características
específicas (radiação característica), pois esse
material possui um número atômico definido
(bastante alto), necessitando um nível alto de
energia para retirar os elétrons de sua camada K.

A energia da radiação gerada por um alvo de tungstênio é da ordem de 70 keV. A


condição necessária e imprescindível para que se produza a radiação característica do
tungstênio é que os fótons devem ter uma energia máxima superior a 70 keV, já que a
energia de ligação da camada K é da ordem de 70 keV.

Como se da o processo de geração da radiação característica do tungstênio?

Exemplo: Quando bombardeamos um alvo de tungstênio com elétrons submetidos a


uma tensão de 100 kV, serão gerados fótons com energia de poucos keV até 100 keV, mas
uma grande parte deles terá energia da ordem de 70 keV, característica do tungstênio.

Cada material emite um nível definido de radiação característica, dependendo de seu


número atômico, como são os casos do tungstênio (radiologia convencional) e molibdênio
(mamografia), que possuem radiações características da ordem de 70 keV e 20 keV,
respectivamente.

Essa figura é o resultado da superposição da radiação característica do tungstênio


com o espectro contínuo gerado com 100 kVp. Nela se pode observar que, além de fótons,
com energias baixas e altas, temos um grande número deles com energias correspondentes
somente ao tungstênio. Quando o alvo bombardeado é de molibdênio, a radiação
característica se situa na faixa de 20 keV.
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Interação dos raios-X com a matéria

Na faixa de energias que inclui os raios X e gama, há várias interações possíveis com
o átomo ou com elétrons atômicos ou ainda com o núcleo, mas há também a possibilidade de
não-interação, ou seja, a interação da radiação eletromagnética pode atravessar distâncias
consideráveis em um meio material sem modificá-lo e sem se modificar. As probabilidades de
interação (e de não-interação) dependem de características do meio e da radiação. A radiação
eletromagnética ionizante é tratada, em boa parte dos casos, como um conjunto de partículas –
os fótons. A cada energia de fóton hv corresponde um momento associado hv / c, e, dessa
forma, podem ocorrer ‘colisões’ em que o fóton transfere energia e momento para outras
partículas.

As principais interações que ocorrem na matéria com fótons de energias na faixa de


poucos keV até dezenas de MeV são:

• espalhamento coerente (ou efeito Rayleigh): corresponde à absorção e re-emissão da


radiação pelo átomo, em uma direção diferente da de incidência. Somente neste efeito a
radiação é tratada como onda; em todos os outros se considera a radiação eletromagnética
como constituída de fótons;

• efeito fotoelétrico: o fóton é absorvido pelo átomo e um elétron atômico é liberado para se
mover no material. A energia cinética adquirida por esse elétron é a diferença entre a energia
do fóton e a energia de ligação do elétron ao átomo;

• efeito Compton (ou espalhamento inelástico): trata-se do espalhamento de um fóton por um


elétron livre do material. Há transferência de parte da energia e do momento do fóton para o
elétron, e um fóton com a energia restante é espalhado em outra direção;

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Na obtenção da imagem por raios-X dois tipos de interação entre a radiação e a
matéria são importantes: o efeito fotoelétrico e o efeito Compton. Aqui, diferente da produção
de raios-X, é o fóton que vai interagir com o átomo do organismo que se quer estudar (ou
melhor, produzir uma imagem).

O efeito fotoelétrico

Ocorre quando um fóton de raios-X choca-se com um elétron de um átomo e desloca-o


de sua camada orbitária no átomo. Com a perda do elétron, o átomo fica ionizado. Nesta
situação toda a energia do fóton de raios-X é utilizada para deslocar o elétron. Este efeito é
muito acentuado nos materiais muito densos como, por exemplo, no chumbo e depende do
número atômico do elemento (é proporcional ao cubo desse número).

O efeito Compton

Neste caso o fóton aproxima-se do átomo, choca-se com um elétron orbitário pode ou
não arrancá-lo da camada orbitária, dependendo da energia envolvida, mas o que é

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fundamental: não cede toda a sua energia e neste caso o fóton dos raios-x é desviado de sua
trajetória. Nesta nova trajetória ele pode interagir com outros átomos e sofrer de novo desvio
de sua trajetória. No final, a trajetória deste fóton não é retilínea. Como a obtenção das
imagens de raios-X depende da diferença de densidade entre as diversas estruturas, e do
arranjo linear entre a fonte e o local de detecção (como a sombra de uma lâmpada), uma
trajetória não retilínea resulta em um prejuízo na interpretação das diferenças de densidade e
borramento do contorno (imagine que mais que uma lâmpada ilumine um objeto, de forma a
produzir mais que um limite da sua sombra).

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Formação da Imagem Radiológica

Detalhe na Imagem

O detalhe pode ser definido como a nitidez de estruturas na radiografia. Essa nitidez
dos detalhes da imagem é demonstrada pela clareza de linhas estruturais finas e pelas bordas
de tecidos ou estruturas visíveis na imagem radiográfica. A ausência de detalhes
detal é conhecida
como borramento ou ausência de nitidez.

A radiografia ideal apresentará boa nitidez da imagem. O maior impedimento para a


nitidez da imagem relacionado ao posicionamento é o movimento.

Outros fatores que influenciam no detalhe são tamanho do ponto focal, DFoFi
(Distância foco-filme)
filme) e DOF (Distância objeto-filme).
objeto filme). O uso de menor ponto focal resulta em
menor borramento geométrico, ou seja, em uma imagem mais nítida ou melhores detalhes.
Portanto, o pequeno ponto focal selecionado no painel de controle deve ser usado sempre que
possível.

O uso do pequeno ponto focal, a menor DOF possível e uma DFoFi maior, também
melhoram os detalhes registrados ou a definição na radiografia conforme descrito e ilustrado
acima.
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Sumário para controle de detalhes:

 Pequeno ponto focal – usar pequeno ponto focal, sempre que possível, para melhorar
os detalhes.
 Menor tempo de exposição – usar menor tempo de exposição possível para controle
voluntário e movimento involuntário.
 Velocidade filme/écran – Usar velocidade filme-écran mais rápida para controlar os
movimentos voluntários e involuntários.
 DFoFi – usar maior DFoFi para melhorar os detalhes.
 DOF – usar menor DOF para melhorar os detalhes.

Distorção

O quarto fator de qualidade da imagem é a distorção, que pode ser definida como a
representação errada do tamanho ou do formato do objeto projetado em meio de registro
radiográfico. A ampliação algumas vezes é relacionada como um fator separado, mas, como é
uma distorção do tamanho, pode ser incluída com a distorção do formato. Portanto, a

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distorção, seja de formato ou de tamanho, é uma representação errada do objeto verdadeiro e,
como tal, é indesejável.

O correto alinhamento da parte anatômica que esta sendo radiografada é fator


importante para a redução da distorção e conseqüentemente para a melhoria da imagem
obtida.

Entretanto, nenhuma radiografia é uma imagem exata da parte do corpo que esta sendo
se
radiografada. Isso é impossível porque há sempre alguma ampliação e/ou distorção devido a
DFoFi e à divergência do feixe de raios X. Portanto, a distorção deve ser minimizada e
controlada.

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Efeito Anódico

Descreve um fenômeno no qual a intensidade da


radiação emitida da extremidade do catodo do
campo de raios X é maior do que aquela na
extremidade do anodo. Isso é devido ao ângulo da
face do anodo, de forma que há maior atenuação
ou absorção dos raios-X na extremidade do anodo.

A diferença na intensidade do feixe de raios


X entre catodo e anodo pode variar de 30% a 50%.

Na realização de estudos radiológicos do


fêmur, perna, úmero, coluna lombar e torácica
deve-se levar em conta a influência do efeito anódico na realização das incidências
radiológicas pertinentes a estes estudos.

Divergência do feixe de raios X

Este é um conceito básico, porém importante, a ser compreendido em um estudo de


posicionamento radiográfico. A divergência do feixe de raios X ocorre porque os raios X
originam-se de uma fonte estreita no tubo e divergem ou espalham-se para cobrir todo o filme
ou receptor de imagem.

O tamanho do feixe de raios X é limitado por colimadores ajustáveis, que absorvem os raios
X periféricos dos lados, controlando, assim, o tamanho do campo de colimação. Quanto maior

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o campo de colimação e menor o DFoFi, maior o ângulo de divergência nas margens
externas. Isso aumenta o potencial de distorção nestas margens externas.

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Referências Bibliográficas

Curry TS, Dowtey JI, Murry RC. Christensen`s Physics of Diagnostic radiology. 4a edição. Filadélfia:
Lea &Febiger 1990.

Friedman M, Friedland GW. As Dez Maiores Descobertas da Medicina. São Paulo: Companhia das
Letras 2000: 170-194.

Paul LW, Juhl JH. Interpretação Radiológica 6a edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara 1996.

Agradecimentos

Agradecemos a toda equipe do Colégio Técnico São Bento e em especial ao Professor Marciel
Pereira Oliveira que participou da revisão desta apostila.

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