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Publicada em 13/02/2008
Redação Super Gospel
O ministro de louvor Ronaldo Bezerra nos enviou um ótimo artigo para ministros de louvor, dança e
também técnicos de som.
O tema da matéria é: "30 erros que o ministro de louvor NÃO pode cometer", e você confere na
íntegra abaixo:
A) Aspecto espiritual
- Um ministro que não ora e não medita, deixa de ser um homem de Deus para ser um profissional
do púlpito.
- Se desejamos ter um ministério mais ungido precisamos entender que o endereço da unção está
no altar.
B) Aspecto musical
- Tenha uma lista definida dos cânticos; quando forem novos, providencie cifras.
- Estude música. Muitas vezes a congregação “suporta” em amor a falta de técnica e afinação
mínima dos que tocam e cantam.
- Devemos ter habilidade para improvisar, porém, isso não deve ser a regra.
- Quando o ministro não faz a “lição de casa” acaba ficando fácil perceber, não há seqüência
coerente nos cânticos, há erros nos acordes e na seqüência da música cantada, não há expressão,
há insegurança, etc.
- Os que ministram de improviso, demonstram não levar a sério o lugar que ocupam na obra de
Deus (Jr 48:10). O Espírito Santo não tem compromisso com ociosos, preguiçosos e displicentes.
- Já avaliamos o preço que muitos pagam para estar no culto para participarem da adoração a
Deus? Façamos o melhor para o Senhor!
3- Atrasar nos compromissos sem dar satisfação
- O músico maduro tem conhecimento das suas responsabilidades e procura cumpri-las à risca.
Portanto, seja responsável e chegue aos horários marcados! Se houver problemas ou dificuldades,
comunique-se com sua liderança.
- Quando não damos satisfação sobre nosso atraso estamos agindo com irresponsabilidade, e em
outras palavras, estamos dizendo “isso não é importante pra mim!”.
- Quem não aceita críticas, acaba caindo na mediocridade e se torna um ministro sempre nivelado
por baixo. As críticas servem para não deixar que caiamos no conformismo e paremos de crescer.
- Devemos receber as críticas com um espírito humilde e disposto a aprender. Quem não é
ensinável e não gosta ser contrariado, não pode atuar em nenhum ministério na igreja.
- Seja amável e educado. A introdução pode determinar o sucesso de toda a ministração. Esse
primeiro contato é “chave” para uma ministração abençoada e abençoadora.
- Uma boa introdução cativa a atenção das pessoas, desarma as mentes e prepara o caminho para
compreensão e recepção da ministração.
- Não seja muito prolixo e cansativo na introdução. Deve ser o suficiente para abrir a porta das
mentes a fim de que as pessoas recebam aquilo que Deus tem reservado para cada uma delas.
- Uma mente cansada não produz com qualidade e o estresse pode levar a pessoa a falar o certo,
mas no lugar errado. Púlpito não é lugar para desabafos, é lugar para profecia!
7- Gritaria
- Não confunda “gritaria” com unção, autoridade e poder. Muitos por não terem o equilíbrio e
sensibilidade, tornam-se ministros irritantes, exagerados e em alguns casos, quase insuportáveis.
- Quem fala deve respeitar a sensibilidade e boa vontade dos que ouvem (I Co 14:40).
- Não é gritando que se alcança o coração das pessoas, mas sim, com unção, habilidade na
comunicação e criatividade.
- Há ministros que cantam e falam tão alto e agressivamente, que deixam a impressão de que estão
irados com o público. Quem sabe usar de forma inteligente sua voz e os equipamentos de som
disponíveis, com certeza alcançará grandes resultados.
- Por vezes, alguns cometem erros durante a ministração, logo os outros músicos percebem e
começam a rir, ou surgem olhares de reprovação, expondo diante de todos, aquele que errou.
- Devemos ser discretos, e quando errarmos, encararmos com naturalidade, sem expor nossos
companheiros, porque apesar de estar na frente da congregação, estamos diante do Senhor,
ministrando à Ele, e Ele sabe como e quem somos.
- Muitos estão magoados e chateados por terem sido expostos na frente dos outros. Tenhamos uma
atitude de amor e respeito uns para com os outros.
- Se algum ministro de outra congregação for convidado para ministrar em sua igreja, não suba no
púlpito para ministrar sem ter sido chamado e convidado. Isto é falta de educação. Não seja mal
educado!
- Cuidado com manipulações! Não devemos tratar o público como “macacos de auditório”. Não peça
para o público repetir frases feitas o tempo todo, gestos o tempo todo, além de se tornar algo
cansativo, o ministro pode cair no ridículo diante do público.
- Evite deixar “brancos” entre um cântico e outro; para isso é indispensável desenvolver um bom
entrosamento com os músicos, combinar sinais, etc.
- Algumas histórias ou piadas, nunca deveriam ser contadas no púlpito da igreja. Não vulgarize o
púlpito. Muitos querendo ser descontraídos acabam se tornando desagradáveis, fazendo colocações
em momentos inapropriados, e por vezes dizem coisas com duplo sentido.
- Púlpito é lugar de profecia e não palco para piadas. Fomos chamados para ser profetas e não
humoristas.
12- Ministrar o tempo todo com os olhos fechados ou olhar só para uma direção
- É importante olhar para as pessoas. Os olhos têm um poder impressionante de captar e transmitir
mensagens não verbais.
- É importante transmitir amor, alegria e paz através do nosso olhar. Através de um olhar podemos
abençoar as pessoas. Os que fecham os olhos ao ministrar, nunca vão saber avaliar seus ouvintes,
lendo suas expressões faciais.
- Para alcançar a atenção de todos, é necessário olhar em todas as direções. Olhar só para uma
direção pode transparecer que as pessoas não são importantes, ou que não precisam participar
daquele momento de ministração.
- Estamos diante de Deus, mas também estamos diante do público. Estamos ministrando a Deus,
mas também sendo instrumentos para abençoar a congregação.
- A disciplina e a maturidade musical é algo que todo músico deve buscar. Precisamos entender que
pausa também é música.
- Acompanhar um cântico antes de tudo, é uma prática de humildade e sensibilidade. Nas igrejas,
geralmente, os instrumentistas e cantores querem mostrar sua técnica na hora errada. O correto é
usar poucas notas, não saturar a harmonia, inserir frases nos espaços melódicos apenas, e o
baterista conduzir. Economize informações musicais!
- Instrumental: Procure tocar o que o arranjo está pedindo, sem se exceder. Todo músico deve
aprender a se “mixar” no grupo, aprender a ouvir os outros instrumentos, afinal, é um conjunto
musical.
- Vocal: Procure cantar a melodia, fazendo abertura de vozes e improvisando apenas em momentos
específicos, criando assim, expectativa. Muitas vezes a congregação não consegue aprender a
melodia da música por causa do excesso de improvisos dos dirigentes e cantores.
- Avalie o que está tocando e entenda que o trabalho é em equipe, e não apresentação de seu cd
solo.
- Procure gravar as ministrações, para que seja feita uma avaliação e as correções necessárias.
- A entonação da voz também é importante. Não combina, por exemplo, falar sobre alegria com uma
entonação e um semblante triste e melancólico. Você pode contagiar o público através da sua
expressão e entonação de voz.
- Ser sensível ao tipo de público que estamos ministrando e utilizar uma linguagem adequada. A
dinâmica de um culto congregacional é diferente, por exemplo, de uma reunião de jovens, ou
crianças, evangelismo, etc. Não trate um público maduro, por exemplo, utilizando uma linguagem de
criança e vice-versa.
- Cuidado com erros de português, vícios de palavras e gírias. Não precisa ser formal, seja natural,
sempre observando o público que você está ministrando.
- Sua vestimenta deve ser coerente ao tipo de ambiente e reunião que você estará ministrando.
- Cuidado com vestimenta inadequada, tipo roupa justa, cores chamativas, etc.
- Esteja atento a sua aparência – cabelos penteados, dentes escovados, maquiagem leve, usar
desodorante, perfume, etc. Lembre-se que o púlpito é uma vitrine. Quem está ministrando passa a
ser alvo de observação em todos os sentidos.
- Não conhece o cântico, não cante! Não sabe tocar o cântico, não toque!
- Para ganhar confiança do auditório, é preciso demonstrar convicção e certeza sobre o que está
ministrando. Conhecer bem e ter domínio do cântico ministrado, é imprescindível para que o ministro
atinja seu objetivo.
- A escolha do tom de uma música depende do canto; este deve ser dentro da tessitura vocal e
confortável para ela. Mesmo que o tom escolhido não seja o mais confortável para o instrumentista
ele deve executá-lo. Na música onde há o canto, a ênfase é para a mensagem, portanto, não deve
ser interferida por outros elementos.
- Muitas músicas que ministramos na igreja não fluem como poderiam, por causa da escolha errada
da tonalidade. Por vezes, o tom é muito alto e as pessoas não conseguem cantar.
- O tom pode influenciar na sonoridade da música vocal com acompanhamento, bem como causar
danos nas cordas vocais.
- Elabore um repertório adequado ao tipo de reunião. Por exemplo: reunião de jovens, evangelismo,
santa ceia, etc; o repertório de um culto dominical é diferente de um lançamento de um cd por
exemplo.
- Dependendo do tempo dado a ministração, não será necessário uma lista extensa de músicas.
Esteja atento à maneira como o louvor está transcorrendo e explore um determinado cântico quando
perceber que está fluindo profeticamente.
- Para que haja participação do público, procure ensinar durante a ministração, um ou dois cânticos.
Procure repetí-los para que todos guardem bem a letra e melodia.
- Quando se ensina muitas músicas num período de louvor, o público não consegue assimilar as
canções, causando uma dispersão.
- A Bíblia nos estimula a cantarmos um cântico novo (Sl 96:1). Porque cantar um cântico novo? Para
cantar com o coração e não apenas com a mente. Cantar o mesmo cântico em todos os cultos pode
se tornar cansativo e enfadonho, e as pessoas acabam cantando apenas com a mente.
- Cometemos um grande erro quando nunca reciclamos o nosso repertório. Reciclar, significa,
“atualizar-se para obter melhores rendimentos”. Os ministros devem sempre estar atualizados,
escutando boas músicas, consultando a internet, etc.
- Devemos tomar cuidado para não cantarmos cânticos que nos identificamos sem ouvirmos o
Espírito Santo (I Co 14:8). Muitos só querem cantar cânticos que se identificam apenas
atrapalhando assim, o fluir da reunião. Estejamos atentos e sensíveis a voz do Espírito Santo.
- Muitos estão ensinando canções para a igreja que estão na “moda”, mas que não possuem um
conteúdo bíblico correto. Devemos avaliar biblicamente o que estamos ensinando e cantando dentro
de nossas igrejas.
- Cantemos a Palavra de Deus! A Bíblia é o “hinário” de Deus. Quem canta a Palavra de Deus,
amanhã não vai precisar pedir desculpas pelo que ensinou.
- Cada um de nós tem características diferentes. Deus nos fez assim! Deus quer nos usar do jeito
que somos, com os dons, talentos e as características que Ele nos deu.
- Muitos caem no ridículo quando imitam trejeitos, frases, modo de cantar de outros ministros, etc.
- Cuidado com palavras da “moda”, tipo: “shekiná”, “nuvem de glória”, “trazer a arca”, “chuva”,
“noiva”, “abraça-me”; ou então, expressões com duplo sentido, “quero deitar no seu colo”, “quero te
beijar”, “quero ter um romance contigo”, “quando Deus penetrou em mim, eu fiquei feliz”, “Quero
cavalgar contigo”, etc.
- Não quero ser radical e dizer que há problemas em utilizar estas expressões. Porém devemos
refletir o que temos cantado em nossas igrejas. Muitos cantam e compõem canções enfatizando
essas expressões, muitas vezes sem saber o significado e sem nenhum propósito, fazem isso
apenas por ser uma expressão do “momento”, ou para dar uma idéia de “intimidade” com Deus,
tornando-se infelizes nas colocações das palavras, até mesmo com um duplo sentido. Cuidado,
intimidade sem reverência vira desrespeito!
- É verdade que Deus nos convida para sermos seus amigos, mas cabe a nós dar a glória devida ao
Seu nome! Ele é nosso amigo, mas é nosso Deus! Não devemos tratar Deus como nosso
“coleguinha de escola”. Cuidado para que, em nome da “intimidade”, você não perca o respeito e
temor a Deus. (Exemplo: A visão de Isaías no cap. 6 – “Ai de mim...”)
26- Deixar o auditório em pé por muito tempo
- Não canse o povo! Ficar em pé 30 minutos é uma coisa, e outra coisa é ficar em pé 50 minutos.
Esteja sensível ao ambiente.
- Um público jovem consegue permanecer em pé por mais tempo, mas um público mais velho acaba
se cansando mais rápido. Não há nenhum problema em adorarmos a Deus sentado.
- Temos uma grande responsabilidade do culto que está em nossas mãos, por isso não podemos
nos dar ao luxo de termos atitudes egoístas, infantis e irresponsáveis (I Co 3:1-2). Lembre-se:
somos ministros de Deus!
- Cuidado com o volume dos instrumentos para não saturar o ambiente e provocar incômodo aos
ouvintes.
- Lembre-se que o volume das vozes deve ser maior em relação aos instrumentos para que as
pessoas entendam o que está sendo falado ou cantado.
- Sua participação no culto é fundamental. Fique atento! Não fique “viajando”. Concentração total!
- Seja amável e educado quando as pessoas vierem te falar ou orientar algo relacionado ao som.
- Não atrapalhe a ministração. Quando surgir algum problema, seja discreto para poder solucioná-
lo.
- Depois de mixado os volumes, não há mais necessidade de ficar mexendo na mesa de som.
Portanto, não mexa, pois isso atrapalha o bom andamento da ministração.
- Muitos são bem intencionados, mas não possuem o preparo suficiente para dançar.
- Expressão: é importante a expressão facial e corporal, e deve ser condizente com a música que
está sendo ministrada.
- Roupas: é importante ser prudente e discreto para que não venha causar polêmica e escândalo
dentro da igreja. Tomar cuidado para não tornar a dança algo sensual.
- Técnica e estilo: Todos devem conhecer os vários estilos (balé, street dance, etc), lembrando que
cada estilo deve ser coerente ao tipo de música. O sincronismo entre o grupo é um fator muito
importante.
30- Atuar no ministério por obrigação e sem alegria
- Quando realizamos a obra de Deus por obrigação não há alegria, mas se torna peso. Você gosta
quando alguém vai fazer algo para você por obrigação? Será que Deus gosta quando vamos serví-
lo por obrigação? Com certeza, isso não agrada a Deus.
- Se a obra do Senhor tem sido um fardo para nós ou estamos realizando o serviço por obrigação,
então é melhor deixarmos o ministério.
- O nosso serviço deve ser com alegria – “Servi ao Senhor com alegria...” (Sl 100:2).
- Valorize o ministério! Valorize esse instrumento poderoso para a edificação da igreja e veículo de
evangelização. Você foi escolhido por Deus, portanto, leve a sério o ministério!
O artigo acima foi escrito pelo Ronaldo Bezerra, quem quiser entrar em contato com ele, atente para
os contatos abaixo.
“Filhos meus, não sejais negligentes, pois o Senhor vos escolheu para estardes diante dele para o
servirdes, para serdes seus ministros e queimardes incenso” – II Cr 29:11
Ronaldo Bezerra - Contato ( Shows e Eventos ) - (011) 6190-1839 (das 10hs as 17:30hs)
Publicada em 02/06/2009
Redação Super Gospel
"Quem te não temerá, ó Senhor, e não glorificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas
as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos" -
Apocalipse 15:4.
Temos aqui um tema que requer de nós especial atenção. Para alguns, trata-se de um terreno
desconhecido. E mesmo para aqueles que têm algum conhecimento, sempre será um desafio novo.
Cada culto é uma experiência nova, de onde extraímos lições que vão nos moldando e formando em
nós o perfil de verdadeiros adoradores, que em função desse aprendizado, vão sendo confirmados
como ministros diante da congregação.
A ministração do louvor exige total responsabilidade, entrega e dedicação, daí o fato de que se trata
de um ministério, e ministério com peso pastoral. A administração desse serviço se faz garantir
através de princípios divinos que devemos encarnar, praticar e deles depender sempre. Esses
princípios nos livram da mediocridade e contribuem para que busquemos a excelência nesse
ministério, em louvor ao nosso Deus! (Fl 1:10-11).
Sensibilidade fala de percepção, de revelação, de ter luz. É uma ferramenta essencial, pois facilita
em muito a nossa tarefa. É indispensável no momento do culto, na relação que temos com o
Espírito, com os músicos e com as pessoas em geral.
É dependência geral, total e irrestrita. Paulo diz que onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade
(II Co 3:17). O dirigente deve ganhar a visão de que o culto é do Espírito Santo e Ele sabe o que é
melhor para cada pessoa (Rm 8:26-27). Ele indica o cântico, a frase, a oração a ser feita, enfim,
tudo.
O dirigente sempre precisa estar inspirado. A inspiração nasce do nosso tempo diário com Deus (Sl
34:1). A fonte principal é a Palavra. Quanto mais Palavra eu tiver, mais inspirado serei (Cl 3:16).
A Palavra diz que o coração alegre aformoseia o rosto (Pv 15:13). O fruto do Espírito produz amor,
paz, alegria etc. O dirigente deve meditar naquilo que canta. Esse exercício constante resulta numa
expressão de vida abundante.
O dirigente deve ter a visão de que Jesus está em meio à congregação cantando louvores. Deus
habita no meio dos louvores do seu povo (Sl 22:3).
Conclusão
Deus abençoe!
Ronaldo Bezerra
Publicada em 06/04/2011
Redação Super Gospel
O ministério não é nosso. Não somos detentores do ministério, não é algo que possuímos. Nós
fomos colocados no ministério do Senhor, por Ele mesmo, porque fomos achados fiéis, e porque
nos foi concedida misericórdia de Sua parte (II Co 4:1). Deus jamais permitirá que infiéis e injustos
permaneçam no seu ministério: "Tu não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração
não é reto diante de Deus" (At 8:21). Todavia usará de misericórdia com aqueles que sinceramente
desejam servi-lo, com o pouco que tem.
Qualquer capacidade para o ministério não é proveniente de nossa formação intelectual, seja ela
qual for. Consideremos que existia alguém com formação intelectual, este era Paulo. Era mestre na
escrituras judaicas, instruído aos pés de Gamaliel, conhecedor da lei de Deus como ninguém, e de
muitas disciplinas acadêmicas, haja visto a linguagem e o teor profundo de suas epístolas. Todavia,
o mesmo Paulo declara: "Não que sejamos capazes, por nós mesmos, de pensar alguma coisa,
como se partisse de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos fez também
capazes de ser ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas
o Espírito vivifica" (II Co 3:5-6).
Assim, pois, de quem é este ministério? Consideremos o que diz II Coríntios 3:7-11: "E, se o
ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de
Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era
transitória. Como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da
condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o
que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que
era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece".
Fica claro que o ministério é do Espírito Santo. Não somos nós que decidimos o que fazer, quando e
de que forma, mas necessitamos da direção do Espírito a fim de realizarmos o trabalho que Ele tem
para nós, pois o ministério é dele. Ele fala através de nós. É o tesouro em vaso de barro (II Co 4:7).
É verdade que somos limitados e finitos, mas aprouve a Deus colocar em nós Seu Espírito,
manifestar-se a nós e através de nós.
O próprio Jesus não iniciou seu ministério sem antes o Espírito Santo descer sobre ele. Antes disso,
ele não pregou, não curou ou exerceu qualquer serviço. Isto nos leva a refletir sobre nossa posição
atual. Se iniciarmos um ministério, um serviço a Deus, sem convicção do nosso chamado, ou se, no
desenvolvimento da nossa vida espiritual, começamos a participar em algum ministério, mas não
buscamos em Deus uma Palavra que confirme este chamado, e nos firme nele, certamente
corremos o risco de naufragar. Podemos observar que não são poucos os cristãos que começam
algo e não concluem, ou não chegam a lugar algum, encontrando sempre uma justificativa para sua
desistência.
Consideremos que o desejo de Deus é nos fazer participantes do ministério do Seu Espírito Santo,
pois para isto mesmo ele "... subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens"
(Ef 4:8). "A manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil" (I Co 12:7). Assim sendo,
há um lugar para todo cristão que sinceramente deseja servir ao Senhor, com um coração reto.