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16/04/2018 pje.tjro.jus.

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ESTADO DE RONDÔNIA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
1ª Câmara Especial / Gabinete Des. Oudivanil de Marins

Processo: 0800607-64.2018.8.22.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO (202)

Relator: OUDIVANIL DE MARINS

Data distribuição: 05/04/2018 10:19:08

Polo Ativo: REINALDO ROBERTO DOS SANTOS e outros

Advogado do(a) AGRAVANTE: SERGIO HOLANDA DA COSTA MORAIS -


RO0005966A

Polo Passivo: MPRO - ESTADO DE RONDÔNIA e outros

Advogado do(a) AGRAVADO:

DECISÃO

VISTOS.

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Trata-se de agravo de instrumento com pedido de tutela


antecipada interposto por Reinaldo Roberto dos Santos contra decisão proferida
pelo Juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Porto Velho que
deferiu a indisponibilidade de seus bens em decorrência da ação civil pública n.
7053838-48.2017.8.22.0001, e bloqueou suas contas bancárias.

Relata o agravante ter o Ministério Público ingressado com


ação civil pública em seu desfavor e em decorrência de suposta conduta
ímproba relacionada aos contratos para construção da ponte sobre o Rio
Machado em Ji-Paraná, firmado entre a Construtora Ouro Verde e o DER/RO,
onde supostamente houve dano ao erário no montante de R$ 18.500.000,00.

Inicialmente requer seja deferida a assistência judiciária visto


não ter condições de arcar com as custas recursais e o fato da indisponibilidade
de bens que resultou no bloqueio das contas correntes no valor de R$ 4.984,76
no Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal que utiliza para efetuar o
pagamento da prestação habitacional, bem como o montante de R$ 46.163,77,
de sua conta poupança.

Alega que a decisão agravada causa prejuízos por ter


sequestrado valores das contas poupança e corrente, e nesta última recebe sua
remuneração e provem o sustento familiar.

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Diante disso, pleiteia o deferimento da tutela antecipada ante


a demonstração da presença dos requisitos para a medida, visto ser Procurador
Autárquico do DER e estar na iminência de não poder prover o sustento de sua
família

Por fim, requer seja deferida a antecipação da tutela para


desbloquear suas contas bancárias com devolução do numerário depositado em
seu favor, bem como a desconstituição da constrição de seus bens, e no mérito,
a reforma da decisão agravada com a confirmação da medida antecipatória (fls.
4-22).

É o relatório.

DECIDO.

Recurso próprio e tempestivo, por isso conheço dele.

Da assistência judiciária:

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O agravante requer a concessão da assistência


judiciária considerando não ter condições de arcar com as custas
recursais por ter o juízo de origem bloqueado suas contas bancárias.

O direito à assistência judiciária está previsto na Lei


n.1.060/50:

Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária,

mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está

em condições de pagar as custas do processo e os honorários de

advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.

No caso, deve ser ponderado o fato do agravante ser


servidor público e exercer o cargo de Procurador Autárquico do
DER/RO, porém, está provisoriamente impedido de arcar com o preparo
recursal por ter o juízo de origem boqueado via BACENJUD suas
contas bancárias. Posto isto, defiro o recolhimento do preparo recursal e
demais despesas ao final do presente recurso.

O entendimento jurisprudencial segue nessa esteira:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. DIREITO

PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO MONITÓRIA. PAGAMENTO

DAS CUSTAS AO FINAL DO PROCESSO. POSSIBILIDADE. -

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Possibilidade de postergação do pagamento das custas ao final do

processo. Garantia constitucional do acesso à Justiça. - Entretanto, as

despesas processuais devem ser antecipadas quando e se

necessárias. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de

Instrumento Nº 70060831112, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal

de Justiça do RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Julgado em

25/07/2014)

Da tutela recursal:

O agravante pretende a concessão da tutela antecipada para


desbloquear a penhora realizada via BACENJUD em suas contas bancárias, por
estar prejudicado o seu sustento familiar e não ter praticado qualquer ato de
improbidade administrativa.

Essa fase processual restringe-se à verificação da existência


dos pressupostos para a concessão da medida antecipatória, exigindo-se a
probabilidade do direito invocado e a possibilidade de dano ou o risco ao
resultado útil do processo, nos moldes do artigo 300 do Novo Código de
Processo Civil.

A respeito da possibilidade de concessão da antecipação dos


efeitos da tutela, Theotônio Negrão, na obra "Curso de Direito Processual Civil",
38ª ed., São Paulo: Saraiva, 2006, p. 384 e 385, anota:

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"A tutela antecipada deve ser correspondente à tutela definitiva, que será

prestada se a ação for julgada procedente. Assim;" Medida antecipatória,

consequentemente, é a que contém providência apta a assumir contornos

de definitividade pela simples superveniência da sentença que julgar

procedente o pedido "(STF- Pleno: RTJ 180/453; a citação é da decisão do

relator, confirmada em plenário).

Percebe-se que a decisão de primeiro grau indisponibilizou


os bens do agravante via BACENJUD e RENAJUD, e ao bloquear os saldos das
contas corrente e poupança do Banco do Brasil, indisponibilizou em parte, valor
decorrente de remuneração salarial, configurando o dano irreparável visto seu
caráter alimentar. O crédito referente ao salário resta demonstrado pela juntada
do contracheque que gira em torno de R$ 7.500,00 (fl. 38).

Nesse contexto, existem elementos capazes de provar a


urgência para o deferimento da tutela antecipada, em parte, pois o bloqueio de
verba salarial compromete o sustento familiar do agravante e conforme a
decisão proferida pelo juízo de origem, a liminar deferida se deu para ressarcir o
dano ao erário até o montante do valor da causa de R$ 18.500.000,00, não
especificando o valor supostamente devido pelo agravante.

Posto isso, restam presentes os requisitos para a concessão


parcial da tutela, considerando o dano irreparável ao bloquear valor da conta
corrente do Banco do Brasil na qual recebe sua remuneração. Entretanto, tal

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medida não se aplica à conta poupança por não causar prejuízo imediato ao
sustento familiar.

Quanto a informação de bloqueio na conta da Caixa


Econômica Federal utilizada para efetuar o pagamento de prestação
habitacional, não há prova sobre seu bloqueio.

Por fim, defiro em parte, a antecipação da tutela e


determino o desbloqueio do valor referente ao salário demonstrado pelo
contracheque de folha 38, permanecendo sobre eventuais outros valores e
mantendo a indisponibilidade sobre os demais bens.

Dê-se ciência ao juízo de origem para cumprimento desta


decisão e prestar informações.

Após à Procuradoria Geral de Justiça para parecer.

Proceda-se o 1º Dejuesp com a anotação acerca do


recolhimento do preparo recursal ao final do julgamento do mérito deste
agravo de instrumento.

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Publique-se.

Porto Velho, 13 de abril de 2018

OUDIVANIL DE MARINS

RELATOR

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