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REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL,


POLÍTICA E ECONÔMICA DO ESTADO DE GOIÁS.
PROF. VIRGÍNIA GUIMARÃES

Aula 01 – Economia

Olá, pessoal, tudo bem com vocês?


Espero que todos vocês estejam não apenas animados como
também dispostos a embarcar naquilo que eu costumo chamar de uma
grande viagem. Apesar do pouco tempo que teremos. Digo isso, pois
estudar essa disciplina de Realidades variadas sobre o estado de Goiás
significa percorrer caminhos diferentes daqueles que estamos
acostumados. Significa, principalmente, dedicar nossa atenção a aspectos
que nos rodeiam diariamente, mas que, poucas vezes, paramos para
analisar e tentar compreender o que move tudo aquilo. E este alerta não
serve apenas para os goianos, ela serve para todo mundo, independente
do lugar onde esteja, pois a realidade que nos cerca tem abrangências
que muitas vezes ignoramos e nem sequer pensamos sobre elas.
Que vivemos na chamada “Era da Informação” não é novidade
pra nenhum de vocês! A todo instante somos bombardeados por mil
informações sobre instabilidades políticas, crises econômicas, revoltas da
natureza, mudanças culturais e uma enorme variedade de dados que
poucas vezes assimilamos. Até porque, se tivéssemos que guardar tudo
na mente, boa parte de nós (onde eu me incluo sem o menor pudor)
precisaríamos de um HD externo de pelo menos uns 520 gigabytes, não é
mesmo? ;)
Pois bem, amigos, brincadeiras à parte. A grande verdade é que,
mesmo que estejamos cotidianamente em meio a um “tsunami” de
informações isso não quer dizer, absolutamente, que estejamos
adquirindo conhecimento.
Assim, posso dizer que esse é o grande objetivo dessa nossa
“viagem”: rever as principais informações (que muitos de vocês já estão
cansados de saber), mas buscando sempre o conhecimento necessário
para fazer uma boa prova!

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Não se assustem quando eu digo viagem, pois, definitivamente,


não estou dizendo que teremos aqui divagações filosóficas ou
antropológicas, não! Por mais ricas (e tentadoras) que elas sejam, eu
prometo usá-las apenas quando absolutamente necessário, ok?
De qualquer modo, estejam super à vontade para usar nosso
fórum para esclarecer qualquer aspecto que não tenha ficado muito claro,
combinado? Aquele espaço é todo de vocês!!!
Bem, amigos, reitero minha grande satisfação em vocês
confiarem em mim para iniciarmos juntos este passeio - que nos levará a
caminhos tão ricos quanto desconhecidos pela maioria, então apertem os
cintos e boa viagem! ;-)
___________________X__________________

A mineração no séc. XVIII


Gostaria que vocês soubessem, antes de qualquer coisa, que
este curso foi preparado com muito carinho. As pesquisas feitas, as
palavras usadas são exclusivamente pensando em ajudá-los a estudar de
uma forma mais tranquila e eficiente.
Toda vitória vem da dedicação e do comprometimento. Portanto,
vamos encarar juntos essa nova fase da vida de vocês, pois o meu
sucesso só se consolida com o sucesso de vocês. Há uma frase que me
falaram uma vez e que eu nunca esqueci e é mais ou menos assim: “não
devemos estudar para passar, devemos estudar até passar.” Então,
deixemos de conversa e vamos à nossa aula rumo a aprovação!
Pra início de conversa, vamos refletir como começou a
mineração no Brasil. Mas, não se preocupem, porque essa não será uma
aula exaustiva de História, eu prometo, ok?!!!
Pois bem, no final do séc. XVII, a descoberta de ouro e diamante
em Minas Gerais sacudiu a monotonia da colônia portuguesa.

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Rapidamente, o interior brasileiro se transformou num dos mais agitados


e perigosos lugares do mundo.
“Alguém já ouviu falar da Serra Pelada, dos garimpeiros, e do
amontoado de pessoas que correram para a região em busca de
enriquecimento?”
Pois é, foi mais ou menos isso o que aconteceu com o Brasil na
época da descoberta do ouro. Naquele momento a população no país
passou de 300 mil para 3 milhões de habitantes em menos de um século,
um crescimento surpreendente, não é mesmo? Essa foi a primeira grande
onda migratória para o interior brasileiro. Só para vocês terem uma ideia,
apenas de Portugal, entre meio milhão e 800 mil pessoas mudaram-se
para o Brasil de 1700 a 1800. Vinha gente de todo lado e todo tipo,
incluindo vagabundos e desordeiros.
A movimentação também foi grande por todo o Brasil, das vilas e
cidades vinham negros, mestiços e brancos, todos à procura do ouro.
A data e o local da descoberta do primeiro filão de ouro no Brasil
são desconhecidos, mas, o mais provável é que tenha ocorrido entre 1693
e 1695, por meio das atividades dos bandeirantes paulistas que andavam
à procura de índios para escravizar na região onde hoje estão as cidades
de São João Del Rei e Tiradentes. Já ouviram falar nessa linda cidade: São
João Del Rei? Pois é a minha cidade natal, é lá que mora toda minha
família e vários amigos queridos. Bem, voltando ao assunto, vocês devem
estar perguntando:
“afinal, o que isso tem a ver com a mineração em Goiás?”
Meus queridos, tem tudo a ver!
Quando vocês estavam na escola devem ter ouvido o professor
de História falar que nenhum fato histórico é isolado, ou seja, que tudo é
interligado e precisa estar inserido em um contexto. Se não for assim,
ficaríamos com informações soltas, difíceis de entender. Precisamos,
portanto, entender a História como um processo em contínua
transformação e que estende seus braços em todas a direções, certo?

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Vamos continuar, então, e entender porque falei de Minas


Gerais, se o nosso foco é a mineração em Goiás. No séc. XVIII houve um
aumento das bandeiras, que eram expedições que tinham como objetivos
capturar os índios e procurar metais preciosos, sendo assim a região do
interior do Brasil, mais conhecido como Sertão , passou a ser ocupada
pelos bandeirantes.
Na década de 1690, os bandeirantes conseguiram encontrar ouro
na região que posteriormente foi chamada de Minas Gerais, e em outra
localidade, no ano de 1719, no povoado de Cuiabá (capital do atual Mato
Grosso), sendo assim, os bandeirantes logo pensaram que no território
que se encontrava entre Minas Gerais e Cuiabá (região que seria o futuro
estado de Goiás) também haveria ouro. Foi com esse pensamento que, no
ano de 1682, o bandeirante Bartolomeu Bueno organizou uma bandeira
rumo ao sertão brasileiro; com seu filho de 12 anos de idade rompeu
mato adentro e chegou ao interior do Brasil. Após 40 anos da morte de
Bartolomeu Bueno, seu filho Bartolomeu Bueno da Silva refez a expedição
de seu pai e encontrou as primeiras jazidas no final do século XVII.
Faço aqui uma paradinha para uma lenda que provavelmente
vocês já ouviram. Se não ouviram, vão conhecê-la agora. Dizem que
Bartolomeu Bueno da Silva ficou admirado ao encontrar os índios com
peças de ouro servindo-lhes de adornos. Pediu aos índios que contassem a
ele o local de onde retiravam o ouro. Os índios se recusaram a dizer.
Então, o bandeirante despejou aguardente num prato e a queimou,
dizendo aos indígenas que o mesmo faria com a água de todos os rios e
nascentes da região, caso não lhe fossem mostradas as minas.
Apavorados, os índios o levaram imediatamente às jazidas, chamando-o
Anhangüera, que significa “espírito maligno” ou “diabo velho”, ou seja,
mais uma vez temos a prova de como os brancos humilharam e
escravizaram os índios, mas isso é outra história. O Anhanguera, como
ficou conhecido o bandeirante, conseguiu encontrar e explorar ouro nas
margens do Rio Vermelho em 1725. Primeiramente fundou o povoado da

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Barra e depois o Arraial de Sant’Anna. Devido a grande quantidade de


ouro que foi extraído das minas, o Arraial, por sua importância econômica
para a Coroa Portuguesa, foi elevado à categoria de Vila, e em meados de
1750 foi denominado de Vila Boa de Goiás.

Assim sendo, até o ano de 1749, Goiás não existia, o território


pertencia à capitania de São Paulo, foi somente a partir dessa data que
surgiu a capitania de Goiás. Os principais povoados e arraiais surgiram no
momento da mineração, no século XVII, e eram núcleos urbanos instáveis
e irregulares, isso porque os mineiros estavam interessados no
enriquecimento rápido, por isso não havia interesse em se instalar em um
lugar definitivo, o melhor lugar para se ficar era o lugar onde o ouro
estava.
Para ajudá-los a guardar melhor o tema de mineração em Goiás,
vou fazer um pequeno esquema, ok?
A mineração em Goiás teve o seu auge em 1750.
De 1751 a 1770 a extração e exploração do ouro foi diminuindo
drasticamente, sendo que do ano de 1770 adiante a mineração entrou em
decadência, o que provocou o abandono de muitos povoados goianos.

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Mas, me digam uma coisa: qual era a mão-de-obra empregada


na exploração das minas de ouro?
Assim como acontecia na capitania de Minas Gerais, também em
Goiás a força braçal usada nas minas era a dos escravos. Na verdade,
durante todo o período colonial e também depois, já no Império, os
trabalhos eram desenvolvidos pelos escravos, cabendo aos brancos
apenas serviços mais “dignos” e menos braçais. Não cabe aprofundar essa
discussão nessa aula, mas é importante lembrar que um longo período na
História do Brasil – e portanto, de todas as regiões deste país – é marcado
pela escravidão que só findou em fins do século XIX, bem próximo à
proclamação da República.
“Mas, professora, o que aconteceu com a economia depois do
período de mineração?” Após a Mineração, a economia goiana, no século
XVIII e XIX, passou a se dedicar mais às atividades ligadas à pecuária e
agricultura. No século XX, Goiás desenvolveu a agricultura como principal
atividade econômica, mas esse aspecto será abordado mais adiante,
combinado?
Tudo bem, pessoal, vimos um pouco de como foi a mineração
goiana até o séc. XVIII, mas e agora, como está o processo de mineração
neste estado? A mineração está em alta. Goiás é um estado que se
beneficia por possuir um ambiente geológico diversificado, o que propicia
a formação de jazidas de variadas espécies minerais. Por este motivo,
Goiás se destaca atualmente como o maior produtor de níquel e cobalto
do Brasil, estando em segundo lugar na produção de nióbio e fosfato,
quarto lugar na produção de ouro, e o único produtor brasileiro de
amianto.
Além disso, Goiás apresenta grande potencialidade mineral,
principalmente se considerarmos que há ambientes geológicos ainda não
totalmente conhecidos e estudados. Assim sendo, com uma produção
intensa de minerais, Goiás assume papel importante na economia do País.
Vejamos agora como esse assunto pode aparecer na prova!

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1) (UEG/AGRODEFESA/2009) A ocupação do território brasileiro


relacionou-se a diversos ciclos econômicos, durante os quais a
produção e a exploração econômica dinamizaram e impulsionaram
o desenvolvimento populacional. Nesse sentido, a ocupação da
região Centro-Oeste foi resultado:
a) da procura pelo ouro.
b) do plantio do café.
c) da exploração da borracha.
d) do cultivo da cana-de-açúcar.
COMENTÁRIOS:
Essa ficou fácil pra quem leu o início da aula, não é mesmo?
Goiás era uma região já conhecida dos bandeirantes, mas foi
somente com a descoberta das minas de ouro que o seu povoamento se
efetivou e assumiu grandes proporções.
Portanto, a letra correta é a letra A.

2) (UEG/Câmara de Valparaíso de Goiás/2008) Ao longo do século


XVIII e XIX, a mão de obra básica utilizada em Goiás era:
a) assalariada, proveniente da imigração nordestina.
b) indígena proveniente das missões jesuíticas espalhadas pelo Brasil.
c) europeia proveniente da ocupação portuguesa na região aurífera.
d) escrava, proveniente do tráfico negreiro.
COMENTÁRIOS:
Bem, amigos, esta é outra questão que fica bem simples de
responder depois dos estudos feitos até aqui. Como foi dito no texto a
escravidão no Brasil tem grande importância e teve início no séc. XVI,
com a produção de açúcar. Nesse sentido, também durante o período de
maior exploração do outro no país a escravidão permaneceu como forma
de exploração do trabalho e assim continuou até a Abolição da
Escravatura em 1888. Portanto, sem dúvida alguma, a resposta correta é
a letra D.

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A agropecuária dos séc. XIX e XX


Nós vimos que na época da mineração houve uma verdadeira
invasão em Goiás, vieram pessoas de todas as partes em busca do ouro.
Só que esse ouro de Goiás, o último a ser descoberto, acabou primeiro do
que o de Minas Gerais, o primeiro a se descoberto.
Dom Marcos de Noronha, o Conde de Arcos, primeiro governante
enviado à nova capitania, já manifestava sua preocupação com o fim da
mineração. Vocês acreditam que na época era proibida outra atividade
que desviasse mão de obra da extração mineral? Uma explicação simples
para isso é que se se desviasse a mão-de-obra escrava para outros tipos
de atividades os lucros com a exploração do ouro diminuiriam, e isso,
certamente, não era parte do interesses dos mineradores, não é mesmo?!
Em termos bem simplificados, podemos dizer que a coisa funcionava mais
ou menos assim: de um lado os mineradores pouco preocupados em
plantar e criar animais e de outro o governo mais interessado em receber
o quinto do ouro do que em desenvolver qualquer outra atividade.
Entretanto, apesar de proibida a atividade agropecuária sempre
existiu. E sabem por quê? Porque os mineiros não plantavam, não criavam
animais para o sustento, achavam que eram ricos o bastante para
comprar tudo que precisavam. Só que as mercadorias estavam chegando
à região por um preço absurdo tornando inviável a inexistência de
atividades agrícolas e a pecuária. Por este motivo, aquelas pessoas que
estavam na região de Goiás envolvidas na exploração mineral se viram
forçados a iniciar uma agricultura básica para o sustento familiar e de
seus escravos. No entanto, nesse primeiro momento, essa atividade não
pode ser ainda considerada como uma atividade econômica.
Mas há sempre um ramo que consegue se estabelecer, mesmo
com toda a proibição da parte do governo da época. E, sem brincadeira,
adivinhem qual ramo foi? Os engenhos de cachaça e rapadura que
conseguiram se manter como atividade paralela, até com um certo lucro.

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Parece que sempre existiu quem gostasse de um docinho e de uma


pinguinha, não é mesmo?
Bem, a partir da segunda metade do século XVIII, com o início
da decadência da mineração em Goiás, aqueles que tinham condições de
procurar novas regiões que continuassem fornecendo ouro assim o
fizeram. Mas, uma grande parte das pessoas que tinham ido fazer suas
vidas naquela região acabaram permanecendo no local e se tornaram o
que viria a ser a futura população goiana definitiva.
Não havendo mais o ouro para comprar tudo o que queriam, os
mineiros que ficaram na região tiveram que expandir uma atividade até
então considerada menos importante por eles: a agropecuária. Por força
do destino, os mineiros se transformaram em agricultores e pecuaristas.
Resumidamente podemos dizer então que a passagem da mineração para
a pecuária se deu por livre e espontânea pressão – ou plantavam e
criavam animais ou morreriam de fome. Bem, mais vamos continuar para
ver o que o futuro nos reserva, ou melhor, reserva para os goianos.
A partir das últimas décadas do séc. XVIII e praticamente
durante todo o século XIX, houve várias tentativas de se implantar novas
atividades econômicas em Goiás, como tecelagens, indústrias de ferro,
companhias de navegação, mas algumas propostas nem saíram do papel.
Sendo assim, novamente por falta de opção, restou à população goiana se
dedicar ao trabalho com a terra, considerada de boa qualidade para o
plantio e encontrada em grandes extensões, mesmo que inicialmente essa
atividade tenha ficado restrita ao sustento familiar.
Considero importante, citar neste ponto dos nossos estudos,
como se deu a posse de terra pelos colonos no território goiano.
Inicialmente, os colonos migraram para as terras mais férteis do território
goiano tomando-as dos indígenas, prática, aliás, comum em todo território
brasileiro e não apenas em Goiás. Em um segundo momento, os colonos
solicitavam o reconhecimento das autoridades régias sobre suas posses de
sesmarias.

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“Sesmarias? O que vem a isso?”


Poxa vida, vocês já esqueceram? Pois bem, vamos relembrar
rapidamente o que vem a ser “sesmarias”: as Cartas de Sesmarias eram
documentos concedidos pelos Capitães Generais e Governadores das
Capitanias, e que depois eram reconhecidos pelo rei e o seu Conselho
Ultramar, desde que fossem cumpridas todas as exigências de
regularização, tornando-se assim documentos jurídicos legítimos que
auferiam o direito de posse. A obtenção dos títulos (Cartas de Sesmarias)
assegurava o sustento para as numerosas famílias e à formação das
grandes fazendas para prática da pecuária extensiva, que era a atividade
mais viável para a região, por exigir, apenas, pastagens naturais, pouca
mão de obra, instalações rústicas e reduzido investimento de capital.
Assim, nessa época, houve um grande número de expedições de
requerimentos e concessões de sesmarias, negando a visão tradicional de
que, nessa fase inicial de ocupação e povoamento, a terra não teria valor.
Para os colonizadores tinha valor, sim, mesmo que não fosse igual ao de
hoje.
As atividades econômicas praticadas em Goiás, no século XIX,
eram pouco expressivas, não havia um controle rigoroso da Coroa
Portuguesa sobre a legitimação das posses. A maioria das sesmarias
requeridas no século XVIII não cumpria as normas processuais vigentes
exigidas pela Coroa. Havia estabelecimentos adquiridos através de
concessões provisórias dos Governos locais. Ou seja, o controle era bem
pouco e em alguns casos, nenhum. Por exemplo, nas regiões não
ocupadas com a lavoura de exportação, havia a possibilidade do
apossamento puro e simples, dispensando qualquer formalidade.
Posteriormente, a legalização dessas propriedades foi feita
“através de ‘brechas’ na legislação, uma vez que os cartórios locais
aceitavam, por exemplo, os contratos de compra e venda dessas terras,
que se tornavam, desta forma, legalizadas.”

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É bom salientar também que a transição da economia


mineradora para a agropecuária representou a inserção de Goiás ao
sistema capitalista em desenvolvimento. As atividades agrícolas foram
responsáveis pelas trocas intrarregionais e pela economia de subsistência.
A produção agrícola promoveu a substituição das antigas importações de
café, algodão, açúcar, arroz, aguardente e trigo. Como eu já havia falado,
logo após o período na mineração, a agricultura era de subsistência, os
produtos não obtidos na região tinham que vir de outras regiões, não é
assim que acontece até hoje? Pois é, naquela época não era diferente.
Bem, além do desenvolvimento da produção agrícola,
desenvolveu-se, também, o setor artesanal para a transformação desses
produtos, como a fiação, a tecelagem e os engenhos de cana-de-açúcar.
Essas atividades eram domésticas e secundárias e faziam uso de baixos
recursos técnicos.
A sociedade, então, se caracterizava por uma economia rural,
não existia mercado consumidor de produtos alimentícios. Somente a
grande fazenda tinha condições de comercializar os seus excedentes,
principalmente o gado. As grandes fazendas eram compostas de um
pequeno exército de sitiantes, vaqueiros, camaradas e jagunços
vinculados ao proprietário por uma relação de dependência. O proprietário
era a expressão de um coronel que centralizava e privatizava todos os
poderes locais. Veremos mais sobre os coronéis quando abordarmos sobre
política, em uma próxima aula, ok?
Até 1910, a agricultura goiana voltava-se às necessidades do
autoconsumo local. O gado bovino representava uma das principais fontes
de renda. O sul de Goiás contribuía com a exportação do fumo. À medida
que ocorria melhoria dos meios de transporte dava-se a diversificação e o
aumento da produção. O transporte de mercadorias em todo o sul de
Goiás fazia-se em carros de bois e tropas de muares. A distância de Goiás
em relação aos principais centros importadores onerava sua produção,
inviabilizando a comercialização dos excedentes agrários.

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A implantação de uma infraestrutura de transporte, as mudanças


político institucionais após 1930 e a construção de duas capitais (Goiânia e
Brasília) deram sustentação para a expansão da fronteira agrícola no
Estado, itens que também serão detalhados mais adiante.
Nesse ponto, cabe outra observação: quando falo que “o item
ainda será citado” o faço por uma questão didática. Se começar a explicar
agropecuária, como agora, e passar a falar de povoamento, política e
infraestrutura, vamos fazer uma “salada” que vai ser de difícil digestão.
Portanto, fiquem tranquilos que todos os itens serão vistos.
Um ponto muito importante a ser observado foi a construção de
rodovias em Goiás que permitiu a integração regional, possibilitando a
formação de um complexo urbano/rural, que passou a consumir os
excedentes agrários através do setor mercantil. O crescimento do
comércio regional criou suportes para que a renda agrária passasse a ser
absorvida pelo setor urbano. A partir da década de 1920, foram
implantadas medidas de natureza fiscal, dificultando as exportações de
grãos in natura e um surto de máquinas de beneficiamento favoreceu a
emergência de um pequeno setor industrial de produtos primários. Assim
começou a industrialização.
Dessa forma, o Estado de Goiás foi, gradativamente, incorporado
ao processo produtivo nacional, como fornecedor de gêneros alimentícios
e matérias-primas e, principalmente, como absorvedor de excedentes
populacionais de outras regiões do país.
Atualmente, a ênfase da economia goiana é a produção de
grãos, principalmente, soja e milho e, a produção de leite e carne. O
Estado de Goiás ocupa lugar de destaque nessas atividades no contexto
nacional. O Brasil dispõe de 15 milhões de hectares de Cerrado
agricultável, dos quais 5 milhões estão em Goiás.
Goiás também vem apresentando avanços importantes na
atividade pecuária, opondo-se à realidade das grandes fazendas de
criação extensiva de gado com baixa produtividade, que dominou o Estado

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até a década de 1980. A formação de pastagens plantadas e melhoradas


permitiu o crescimento da bovinocultura na região.
A pecuária goiana conquistou avanços importantes, posicionando
o Estado entre os maiores produtores brasileiros. O rebanho goiano
permanece estável desde 1990. A produção de leite no Estado, a criação
de suínos e aves também se encontram em plena expansão no Estado
desde 1998. O crescimento da suinocultura é atribuído à melhoria de
investimentos realizados, à ampliação das instalações e ao aumento da
produtividade. Todo esse aporte de crescimento decorre da instalação de
empresas voltadas ao setor em Goiás, como Perdigão (aves e suínos),
Nutrisa (aves), Laticínios (leite e derivados), entre outras.
Vamos às questões!!!

3) (FUNCAB/SEMARH/GO/2010) A composição da economia do


estado de Goiás na atualidade, baseia-se na produção agrícola, na
pecuária, no comércio e na indústria. No setor industrial destaca-
se a:
A) açucareira.
B) metalúrgica.
C) do cimento.
D) têxtil.
E) do papel.
COMENTÁRIOS:
Pois bem, vejamos o que podemos relembrar sobre a economia
de Goiás para respondermos a esta questão. Em Goiás, o setor industrial
está em expansão com grande variedade de indústrias como: indústrias
de transformação, alimentícias, têxteis, metalúrgicas, madeireira,
mobiliária, automobilísticas, de mineração e farmacêutica.
Especificamente no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA),
está situado o maior polo farmoquímico da América Latina. O estado é,
assim, um dos maiores produtores de medicamentos genéricos do Brasil e

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também é considerado hoje o 4º maior polo brasileiro do setor têxtil, com,


aproximadamente, cinco mil indústrias em todo o estado.
Entretanto, a liderança do crescimento fica por conta do setor
metalúrgico que apresenta um excelente desempenho.
Logo, a letra correta é a letra B.

4) (UEG/Câmara de Valparaíso de Goiás/2008) A produção


agroindustrial goiana exige um sistema de redes de transporte e
comunicação para integrar as diversas regiões produtoras aos
mercados consumidores. Dentre os eixos de transporte mais
importantes do estado de Goiás, é CORRETO citar:
a) A Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná, por onde é escoada parte
significativa da produção de grãos do sudoeste do estado.
b) A BR-153, que corta o estado no sentido Leste-Oeste, por onde é
escoada a produção de minérios.
c) A ferrovia Norte-Sul, responsável pelo transporte da produção agrícola
da região norte do estado até o porto de Paranaguá, no Paraná.
d) A BR-070, por onde é transportada a produção de grãos da região
sudoeste de Goiás.
COMENTÁRIOS:
Amigos, esta questão pode parecer um pouco antiga, mas, na
verdade, pode ser bastante útil para falarmos um pouquinho sobre o
sistema de transporte de Goiás que é responsável pela movimentação da
produção do estado. Foi exatamente por este motivo que a selecionei para
incluir nesta aula, ok?
Para facilitar a compreensão vou trabalhar item por item,
tentando explicitar as informações mais importantes. Vamos lá então!!!
a) Bem, a Hidrovia Paranaíba - Tietê - Paraná é uma via de navegação
situada entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, permitindo
o transporte de cargas e de passageiros. Realmente é uma via muito
importante para o escoamento da produção agrícola dos Estados do Mato

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Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Tocantins e Minas


Gerais. A hidrovia movimentou 2 milhões de toneladas de carga no ano de
2011.
Por todos esses apontamentos podemos concluir que a letra A é a
resposta correta.
b) Já encontramos a letra correta logo no iníco, mas vamos continuar com
nosso estudo.
Então, comecemos pela BR-153 que também é conhecida como Rodovia
Transbrasiliana, Rodovia Belém - Brasília e Rodovia Bernardo Sayão. Ela é
a quarta maior rodovia do Brasil e liga a cidade de Marabá(PA) ao
município de Aceguá(RS), totalizando 4.355 quilômetros de extensão. Ao
longo de todo o seu percurso, a BR-153 passa pelos estados do Pará,
Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul. Atenção: Esta rodovia faz a ligação norte-sul do Estado
atendendo à demanda de circulação dos produtos e serviços da região e
não “corta o Estado no sentido leste-oeste. Portanto, a letra B está
incorreta.
c) Agora, vamos ler um pouquinho sobre a Ferrovia Norte–Sul (FNS), que
foi inaugurada em 1996. Atualmente, encontra-se em processo de
expansão e faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2).
O projeto é executado pela Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias
S.A., empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes. Esta
ferrovia não liga o norte de Goiás ao Porto de Paranaguá, logo, a letra C
também está errada.
d) Bem, pessoal, vamos partir agora para a BR 070. Esta rodovia é um
exemplo do que chamamos de rodovia radial, ou seja, é uma rodovia que
parte de Brasília e segue para em direção às extremidades do país. Ela
parte no sentido oeste e sua extremidade é a cidade de Cárceres (MS),
portanto é letra D está incorreta.

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5) (IF/GO/UFG/2012) O milho é uma das culturas mais cultivadas


no Estado de Goiás. Essa cultura pertence à família das
(A) euforbiáceas
(B) fabáceas
(C) leguminosas
(D) poáceas
COMENTÁRIOS:
Oi amigos, vocês devem ter estranhado esta questão, afinal
ela faz parte de uma prova para técnico agrônomo. Mas, podem ficar
calmos, eu só estou aproveitando-a para falar mais um pouco sobre a
economia no estado de Goiás.
Bem, vamos primeiro responder a questão. O milho pertence à
família da poáceas, logo a letra correta é a letra D. Vejamos agora um
pouquinho sobre o cultivo do milho em Goiás.
De acordo com estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o estado de Goiás deve aumentar em 31% a produção
de milho na região. Segundo o órgão, serão plantados um milhão de
hectares a mais do que na safra anterior, onde a expectativa é colher
aproximadamente 124 mil toneladas do grão, ou seja, o milho é
realmente um dos produtos mais cultivados em Goiás.

A Estrada de Ferro em Goiás


Vimos no item anterior, que a economia do estado sofria com a
falta de um transporte rápido e eficiente para transportar sua produção
agrícola. Desde o final do século XIX, vários projetos foram encaminhados
para a construção de uma ferrovia no estado, ligando-o aos principais
centros econômicos do país, porém nenhum deles foi viabilizado. Como
exemplo, em 1873 houve um decreto do Governo Imperial para a
construção de uma ferrovia. Para que isso acontecesse, o então
presidente da província goiana, Antero Cícero de Assis, foi autorizado a
contratar a construção de uma estrada de ferro para ligar a cidade de

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Goiás, que era a capital na época, à margem do Rio Vermelho, partindo da


estrada de ferro Mogiana.
Entretanto, em razão principalmente da falta de recursos
financeiros, a primeira tentativa de um sistema viário férreo em Goiás no
final do século XIX, foi mal sucedida. Contudo, treze anos depois, já no
século XX, uma nova tentativa nesse sentido foi feita, através de uma
concessão à Companhia Estrada de Ferro Mogiana, para que a mesma
pudesse prolongar as suas linhas do Rio Paranaíba até o Rio Araguaia, já
em solo goiano.
Sabem como foi que a Estrada de Ferro recebeu o nome de
Estrada de Ferro Goiás? Foi através do decreto federal nº 5.949, pois até
então ela se denominava Estrada de Ferro Alto Tocantins.
E quando foi que os trilhos finalmente chegaram em Goiás? Os
trabalhos de construção da Estrada de Ferro Goiás, em solo goiano,
tiveram início em 27 de maio de 1911, dois anos após o começo da
implantação do trecho localizado na cidade de Araguari/MG, no marco
zero da ferrovia.
Entre 1914 e 1922 a ferrovia chegou a Pires do Rio, e em 1931 à
Leopoldo de Bulhões, distante de Anápolis 50 quilômetros.

Em função de problemas de caráter financeiro e administrativo,


em 1920, a Companhia Estrada de Ferro Goiás, por meio do decreto nº
13.936 de janeiro daquele ano, obteve concessão para explorar os
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serviços ferroviários no Triângulo Mineiro e em Goiás, passando sua


administração à União a qual levou adiante todas as suas obras de
construção. Assim, a linha Araguari-Roncador com 234 quilômetros de
extensão formou a nova Estrada de Ferro Goiás.
Até o ano de 1952, a “Goiás”, percorria com os seus trilhos,
aproximadamente, 480 quilômetros, chegando ao seu ponto mais distante
em Goiânia. No total, 30 estações serviam à estrada, onde se destacavam
as de: Araguari, Amanhece, Ararapira, Anhanguera, Goiandira (ponto de
ligação com a Rede Mineira), Ipameri, Roncador, Pires do Rio, Engenheiro
Balduíno, Vianópolis, Leopoldo de Bulhões, Anápolis e Goiânia.
Bem, vocês repararam que eu falei que até 1952 a “Goiás”
percorria o trilhos. Por que eu disso isso? O que aconteceu foi que esta
empresa ferroviária entrou em séria crise financeira e administrativa, o
que dificultou e impediu a aplicação dos programas de reaparelhamento
de suas linhas. Ao lado disso, a construção da nova capital federal
provocou a expansão das rodovias, e as ferrovias passaram a ter um
papel de menor importância na época. Assim, em 16 de março de 1957, a
Lei 3.115 criou a Rede Ferroviária Federal S/A e estabeleceu a
transformação de todas as empresas ferroviárias federais em uma
Sociedade por ações, tendo a Estrada de Ferro Goiás sido incorporada à
nova empresa.
Depois, a Ferrovia Centro Atlântica, mais conhecida como FCA,
uma empresa privada pertencente a VALE, criada em 1996, assumuiu a
malha privatizada da RFFSA.
Atualmente, o território goiano é servido por 685 quilômetros de
trilhos, pertencentes à Ferrovia Centro-Atlântica, subsidiária da
Companhia Vale do Rio Doce e sucessora da antiga Estrada de Ferro Goiás
e da Rede Ferroviária Federal. Essa empresa ferroviária percorre com seus
trilhos a região sudeste do Estado, passando por Catalão, Ipameri,
Leopoldo de Bulhões, chegando até Anápolis, Senador Canedo e indo até a
capital federal. A Centro-Atlântica promove o escoamento de boa parte da

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produção econômica goiana, embora tenha sua capacidade de transporte


limitada à sua pouca extensão.
Segundo a Ferrovia Centro-Atlântica , em seus mais de 7.000 km
de linha, abrange os Estados de Sergipe, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Rio
de Janeiro, Minas Gerais e o Distrito Federal. A Centro-Atlântica transporta
produtos industrializados e insumos, tais como: derivados de petróleo,
contêineres, fertilizantes, produtos agrícolas, minérios, produtos
siderúrgicos, cimento, produtos químicos, entre outros.
Por outro lado, não poderíamos deixar de falar agora sobre outra
importante ferrovia de Goiás: A Norte-Sul.
Vocês já devem ter ouvido falar nela, pois foi manchete de
jornais, em setembro desde ano. A Ferrovia Norte-Sul começou a ser
construída há 25 anos e há três está parada. Até agora pouco mais de
1.500 quilômetros foram totalmente construídos. Entre Palmas, no
Tocantins e Anápolis, em Goiás, 95% da obra estão praticamente prontos,
mas a ligação não está completa. Oito pátios projetados para manobras
ou descarregarem ainda não saíram do papel. Com as obras da Ferrovia
Norte-Sul paradas, o prejuízo com cargas que deixam de ser
transportadas, perdas e impostos não arrecadados pode chegar a US$ 12
bilhões por ano, segundo informações da própria empresa responsável
pelas obras, a VALEC, que já gastou US$ 8 bilhões na construção.
A Norte-Sul, segundo o Ministério dos Transportes, terá, quando
concluída, 2.760 km de extensão e irá atravessar uma boa parte do
cerrado brasileiro, interligando as regiões Norte e Nordeste à Sul e
Sudeste do Brasil, através das Estradas de Ferro Carajás, Centro-
Atlântica, Ferroban e Sul-Atlântica, promovendo a integração econômica
dessas importantes regiões.
Assim, a implantação total dessa ferrovia demandará
investimentos na ordem de US$ 1,6 bilhão, incluindo locomotivas, vagões,
estações, sistema de comunicação, dentre outras máquinas e
equipamentos para o seu pleno funcionamento. Somente em Goiás serão

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necessários US$ 450 milhões para a implantação dos trilhos. A VALEC é


uma sociedade anônima fechada, controlada pela União, supervisionada
pelo Ministério dos Transportes e que detém a concessão para a
construção e operação da Ferrovia Norte-Sul.

Construção da Ferrovia Norte-Sul


A Ferrovia Norte-Sul é um importante projeto de integração
nacional econômica, pois irá dinamizar toda uma rede de logística
brasileira, facilitando o escoamento da produção e permitindo agilidade na
exportação de produtos brasileiros para os demais países. Além, é claro,
de reduzir os custos de transporte das mercadorias. As principais
mercadorias a serem transportadas serão: grãos e farelos, óleo de soja,
adubos e fertilizante, álcool, derivados de petróleo, açúcar, algodão e
cimento. No entanto, existem várias críticas em relação à sua construção,
senda a principal delas a crítica que se faz ao projeto da Ferrovia Norte-
Sul alegando que ele não contempla o transporte de passageiros, mas
somente de cargas.
Com os trilhos dessa estrada, será possível trazer para Goiás os
mesmos benefícios socioeconômicos já gerados no Maranhão, como, por
exemplo, a criação de emprego, diretos e indiretos, a promoção do
desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das
populações locais, além de integrar as diversas regiões goianas ao seu
processo de desenvolvimento regional.
Outra ferrovia em processo de construção é a Oeste-Leste,
denominada Fico, com um ramal que sairá a partir da Norte-Sul, na
cidade goiana de Campinorte e irá até Vilhena, em Rondônia, passando

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também por Lucas de Rio Verde, no Mato Grosso. Ao todo, ela terá 1.638
quilômetros de extensão, com um investimento total previsto de R$ 6,4
bilhões. A FICO terá sua implantação em duas etapas. A 1ª Etapa vai de
Campinorte (GO) a Lucas do Rio Verde(MT). São 1.040 quilômetros, cujas
obras têm conclusão prevista para o final de 2014. Investimentos
previstos: R$ 4,1 bilhões. A 2ª Etapa vai de Lucas do Rio Verde (MT) a
Vilhena (RO). São 598 quilômetros, cujas obras ainda não tiveram início.
Investimento previsto: R$ 2,3 bilhões. Trecho total: 1.638 km.

Impactos da construção de Goiânia e de Brasília


A antiga capital do estado de Goiás era a Cidade de Goiás, criada
no século XVIII para dar conta de todas as novas necessidades
provenientes da descoberta e início da exploração do ouro na região.
Entretanto, como vimos anteriormente, o auge do período
aurífero goiano findou-se, abrindo espaço para novos tipos de atividades
econômicas e também novas demandas políticas, levando as elites do
estado a pensar na transferência da capital para um novo local.
Entretanto, essa mudança só veio a acontecer na década de 1930, após a
“revolução” que colocou em destaque a figura de Getúlio Vargas.
Muitos podem estar, nesse momento, questionando o porque de
eu ter colocado “revolução” entre aspas, né?! Então, pessoal, sei que essa
é uma discussão que demandaria dias e dias de conversas e leituras, pois
nem mesmo entre os historiadores há consenso quanto a utilização do
termo revolução para designar os eventos que marcaram a política
brasileira no início da década de 1930. Mas, o fato é que naquele
momento a jovem república brasileira passou por transformações
importantíssimas para o seu futuro político e também econômico. Essas
mudanças também interferiram na história goiana.
Getúlio Vargas, para garantir o sucesso do movimento e também
do novo governo, estabeleceu alianças com importantes figuras políticas
de Goiás. Nesse sentido, foi nomeado interventor do estado o médico

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Pedro Ludovico Teixeira que buscou, como forma de demonstrar a força


da renovação, colocar em ação os planos de mudança da capital. Já em
1932 foi organizada uma comissão responsável por escolher o local onde
se estabeleceria a nova capital.
Como não poderia deixar de ser, muitas controversas estiveram
presentes durante todo processo de definição da nova capital, mas em
1933 a região foi definidas e foram iniciados os trabalhos de construção
da nova capital, nas proximidades da cidade de Campinas, que
atualmente é um dos bairros mais antigos de Goiânia.
E aí eu pergunto: alguém sabe como surgiu o nome de Goiânia?
Seguindo os princípios democráticos a escolha foi feita por meio
de concurso. O vencedor foi o nome sugerido pelo professor Alfredo de
Castro e já em 1935 a cidade passou a ser chamada por este nome. Neste
mesmo ano, algumas secretarias começaram a ser transferidas para a
nova capital e em 1937 o decreto de número 1816 oficializava a
transferência da capital.
Mas, o evento oficial que sacramentou a transferência só
aconteceu em julho de 1942.
Outro importante evento que marcou o estado foi a construção
de Brasília na presidência de Juscelino Kubitscheck, em meados da década
de 1950.
Da mesma forma que a transferência da capital do estado de
Goiás não era coisa nova na época em que foi efetivada, também a
transferência da capital brasileira para o interior não era uma novidade de
JK. Embora durante todo século XX tenham sido feitas várias propostas
para a transferência da Capital Federal para o interior do Brasil, foi
somente em 1955, com Juscelino Kubitschek, que a ideia começou a
tomar contornos reais. Mas, a ideia de interiorização da Capital Federal é
antiga.
A construção de Brasília e a criação do Distrito Federal têm sua
efetivação a partir de 1956, quando Juscelino Kubistchek foi eleito

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presidente do Brasil e deu início ao seu desejo de construir uma cidade


para ser a nova sede do governo Federal, que inclusive era uma de suas
promessas de campanha. Viajando ao Planalto Central, ainda em 1955,
constituiu a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, a
NOVACAP (que funciona até os dias atuais), dando, assim o pontapé inicial
nos trabalhos de construção da Nova Cidade, a tão esperada Nova Capital
Federal.
O tempo de construção da Nova Capital foi recorde e levou
apenas três anos, sendo Brasília inaugurada no dia 21 de abril de 1960.
Além de Juscelino Kubitschek alguns outros personagens foram
importantes para a história da nova Capital Federal: Israel Pinheiro,
Ernesto Silva, Bernardo Sayão, Ires Meinberg, Lúcio Costa, Oscar
Niemeyer e, claro, os milhares de candangos anônimos que tornaram real
o sonho.

Candango eram os trabalhadores que atuaram na


construção de Brasília, vindos de toda parte do
território nacional, principalmente, do Norte e
Nordeste em busca de emprego. Moravam em
cidades-satélites e seu número crescia
vertiginosamente para atender às demandas da
construção da Nova Capital.

O objetivo maior de Juscelino era materializar sua visão de


modernidade na Nova Capital. Para isso, a colaboração de Oscar Niemeyer
foi imprescindível, pois, ela possibilitou traçar os contornos de uma cidade
totalmente diferente de qualquer outra no país, e até mesmo do mundo.
Para JK, Brasília deveria ser uma obra que representasse a
expressão e a cultura brasileiras. Deveria ter uma arquitetura moderna e
original, portanto, sem nenhuma influência estrangeira. E assim, com
todos os traços modernos, com sua arquitetura representando a

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modernidade e o progresso, a nova cidade deveria mostrar a unicidade do


“estilo de Brasília”.
Podemos dizer que a identidade cultural de Brasília é marcada
pela diversidade de costumes. E não poderia ser diferente, afinal os
pioneiros da cidade vieram de todas as regiões do país. A mistura cultural
que nasceu junto com a cidade tinha contornos dos povos de Norte a Sul,
de Leste a Oeste. Um cadinho de tradições diferentes, misturado com a
ideia de novo, de moderno, de progresso e desenvolvimento; foi isso que
deu origem à cultura que hoje é a identidade brasiliense.
No entanto, além de ser uma novidade arquitetônica e
representar a modernidade brasileira, JK também pretendia tornar aquela
Cidade Central em um eixo de integração econômica para o Brasil. Um
ponto de conexão das várias regiões e a possibilidade de distribuir as
decisões políticas por todo território nacional, integrando-o, unindo as
várias regiões brasileiras em um ponto central.
No entanto, essa ideia de centralização para coordenar as
questões políticas e econômicas do Brasil não foi uma novidade do
governo de JK. Ela vinha de muito tempo, repetida várias vezes nos
discursos presidenciais. Mas, Juscelino tirou a ideia do papel e tornou real
a transferência da Capital para o interior, isso serviu muito bem para
projetá-lo nacionalmente como um grande político.
Como já foi salientado, a construção de Brasília foi feita em
grande velocidade, tudo para garantir que sua inauguração fosse feita
ainda com Juscelino Kubistchek na Presidência. As obras correram em
ritmo acelerado, a construção do Catetinho e da pista de pouso provisória
tiveram tempo recorde. Do mesmo modo, a terraplenagem e a
configuração da cidade ganhava contornos cada vez mais reais. Além de
tudo isso, eram criadas estradas para interligar o Planalto Central às
grandes cidades brasileiras.
Mas, por trás de toda movimentação, da correria de
trabalhadores de um lado a outro, do trabalho incessante das máquinas,

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existia um projeto forte e consistente: o Plano Piloto. Este foi aprovado


em 1957, destacando a simplicidade das linhas retas em formato de cruz
e com projeção para 600 mil habitantes.
No dia 20 de abril de 1960 teve início as celebrações para a
inauguração de Brasília. As 23h30m houve uma solene missa campal de
ação de graças em frente ao Supremo, que foi celebrada pelo cardeal-
patriarca de Lisboa, Manuel Gonçalves Cerejeira.
Milhares de pessoas se dirigiram para o Planalto Central para
participar das festividades em comemoração à transferência da Capital
Federal. A Nova Capital do Brasil, para a satisfação dos objetivos de JK e
deslumbre de grande parte da população, tinha formato de avião, com
duas asas residenciais unidas por um eixo central.
É importante registrar, pessoal, que a construção de Brasília
causou transformações em todo o estado de Goiás, pois, embora seja um
território separado, os impactos políticos e econômicos não poderiam
deixar de afetar a região.

6) (FUNIVERSA / Auditor Fiscal – Controle Ambiental – Seplag-DF


/ 2011) A transferência da capital brasileira para o interior do país foi um
longo processo que acompanhou boa parte da História do Brasil. Mesmo
depois de escolhida a área onde seria construída a nova sede da
administração nacional, décadas se sucederam até que, na segunda
metade da década de 50 do século XX, no Governo JK, a decisão se
materializasse.
Entre os aspectos marcantes do quadro geográfico físico e humano
do Distrito Federal, assinale a alternativa correta.
(A) Enquanto lidera nacionalmente a proporção de telefones celulares por
habitante, o Distrito Federal padece em termos de saneamento básico,
com mais da metade da população sem acesso à rede de esgoto.

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(B) Provavelmente em face das condições climáticas da região em que se


localiza, com período chuvoso curto e seca prolongada, o Distrito Federal
garante o acesso à água a pouco mais de 40% da população.
(C) A ausência de uma rede hidrográfica na área onde se situa o Distrito
Federal foi a razão determinante para a criação de um lago artificial, o
Paranoá, quando da construção da nova capital.
(D) Com uma área de quase 6.000 km2, o Distrito Federal teve condições
de distribuir espacialmente sua população de tal modo que, na atualidade,
é irrelevante a diferença entre os contingentes populacionais urbanos e
rurais.
(E) Com clima tropical e vegetação de cerrado, encravado em Goiás, o
Distrito Federal cresceu muito mais do que o previsto quando da
construção de Brasília. Hoje, sua população ultrapassa a marca dos 2,2
milhões de habitantes.
COMENTÁRIOS
A letra A está errada. Embora o início da afirmativa esteja
correto, ou seja, o Distrito Federal lidera o ranking de celular/habitante no
Brasil, a segunda parte da afirmativa está errada. Segundo dados da
Agência Nacional de Telecomunicações, para cada 100 habitantes, existem
112 celulares habilitados, é um número bem expressivo, né?
Mas, quando a afirmativa diz que mais da metade da população
do DF carece de acesso ao saneamento básico está cometendo um erro.
Por exemplo, o índice de saneamento na coleta de esgoto, no Distrito
Federal, é de 93%; enquanto o de tratamento do esgoto coletado é de
100%. Isso mostra que não é só na questão de número de celulares por
habitantes que a região sai na frente, estes indicativos de saneamento
básico estão bem à frente de muitas cidades brasileiras.
A letra B está errada. Segundo a Caesb (Companhia de
Saneamento Ambiental do DF) o índice de atendimento à população com
sistema de abastecimento de água é de 99% e o de atendimento com

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coleta de esgotos sanitários é de 93%. Esses são índices bastante


elevados para a realidade brasileira.
A letra C está incorreta. Na verdade, o lago foi criado com o
objetivo de aumentar a umidade em suas proximidades, devido ao clima
seco da região.
A letra D também está errada. Veremos mais à frente nesta aula
que uma dos grandes problemas do Distrito Federal foi e tem sido os
grandes contingentes populacionais e sua má distribuição pelo Distrito
Federal.
Enfim, a letra E está correta. A afirmativa está corretíssima ,
mas nem se preocupem pois veremos mais sobre isso na sequência da
aula, ok?
Gabarito: E

Características da economia goiana


Na composição da economia goiana temos muito forte a indústria
de mineração, alimentícia, de confecções, mobiliária, metalurgia e
madeireira. Mas, ainda assim, a agropecuária é a atividade mais
explorada em todo o estado.

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A partir de 1996 houve um enorme crescimento no setor


industrial de Goiás. Calcula-se que de 1996 a 2010 o crescimento foi de
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167%. Neste período, o número de estabelecimentos industriais no Estado


saltou de 6,7 mil para 17,9 mil e o número de empregos gerados pelo
setor passou de 108,7 mil para 288,8 mil. Os principais municípios que
aumentaram sua industrialização foram: Rio Verde, Aparecida de Goiânia
e Catalão.
Por tudo isso, pessoal, o desempenho de Goiás ficou bem acima
do crescimento médio brasileiro, que foi de 75,5% na geração de
empregos e de 70% no número de indústrias neste mesmo período.
Em termos de infraestrutura de transportes, Goiás possui uma
malha viária bastante extensa. Conta, assim, com 3.400 km de rodovias
federais, 18.610 quilômetros de rodovias estaduais e 64.690 quilômetros
de rodovias municipais. No entanto, meus amigos, de toda essa extensão,
apenas 7.822 são de rodovias pavimentadas.
Por outro lado, o transporte ferroviário é, atualmente, pouco
utilizado em Goiás, o Estado possui um trecho de linha férrea que interliga
parte de Minas Gerais ao Sudeste de Goiás e um outro trecho que interliga
o Sudeste Goiano à capital Goiânia passando por Senador Canedo, cidade
na qual possui grande distribuidoras petrolíferas e abatedouros de grande
porte junto a margem dessa ferrovia. Há apenas uma hidrovia no Rio
Paranaíba e o principal porto dela é o de São Simão que faz parte
da Hidrovia Paraná-Tietê.
___X___ ___X___ ___X___

Bem, pessoal, espero que tenha ficado tudo claro aqui, mas caso
restem dúvidas procurem o fórum, tá? Aquele espaço é todo nosso!!! Sem
limites de páginas ou de perguntas, ok? ;-)
É sempre bom lembrarmos que nossa matéria trabalha com
temas muito interligados, então, em outras aulas, voltaremos a falar um
pouco sobre esses assuntos - que não se esgotam justamente por

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estarem diretamente relacionados ao mesmo tempo a fatores políticos,


econômicos e sociais.
Espero que tenham gostado e estejam animados para continuar
essa “viagem” cheia de descobertas !!!
Um grande abraço e até a próxima semana!!! Bons estudos!!! ;)

Virgínia Guimarães

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Lista de Questões

1) (UEG/AGRODEFESA/2009) A ocupação do território brasileiro


relacionou-se a diversos ciclos econômicos, durante os quais a
produção e a exploração econômica dinamizaram e impulsionaram
o desenvolvimento populacional. Nesse sentido, a ocupação da
região Centro-Oeste foi resultado:
a) da procura pelo ouro.
b) do plantio do café.
c) da exploração da borracha.
d) do cultivo da cana-de-açúcar.
2) (UEG/Câmara de Valparaíso de Goiás/2008) Ao longo do século
XVIII e XIX, a mão de obra básica utilizada em Goiás era:
a) assalariada, proveniente da imigração nordestina.
b) indígena proveniente das missões jesuíticas espalhadas pelo Brasil.
c) europeia proveniente da ocupação portuguesa na região aurífera.
d) escrava, proveniente do tráfico negreiro.
3) (FUNCAB/SEMARH/GO/2010) A composição da economia do
estado de Goiás na atualidade, baseia-se na produção agrícola, na
pecuária, no comércio e na indústria. No setor industrial destaca-
se a:
A) açucareira.
B) metalúrgica.
C) do cimento.
D) têxtil.
E) do papel.
4) (UEG/Câmara de Valparaíso de Goiás/2008) A produção
agroindustrial goiana exige um sistema de redes de transporte e
comunicação para integrar as diversas regiões produtoras aos
mercados consumidores. Dentre os eixos de transporte mais
importantes do estado de Goiás, é CORRETO citar:

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a) A Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná, por onde é escoada parte


significativa da produção de grãos do sudoeste do estado.
b) A BR-153, que corta o estado no sentido Leste-Oeste, por onde é
escoada a produção de minérios.
c) A ferrovia Norte-Sul, responsável pelo transporte da produção agrícola
da região norte do estado até o porto de Paranaguá, no Paraná.
d) A BR-070, por onde é transportada a produção de grãos da região
sudoeste de Goiás.
5) (IF/GO/UFG/2012) O milho é uma das culturas mais cultivadas
no Estado de Goiás. Essa cultura pertence à família das
(A) euforbiáceas
(B) fabáceas
(C) leguminosas
(D) poáceas
6) (FUNIVERSA / Auditor Fiscal – Controle Ambiental – Seplag-DF
/ 2011) A transferência da capital brasileira para o interior do país foi um
longo processo que acompanhou boa parte da História do Brasil. Mesmo
depois de escolhida a área onde seria construída a nova sede da
administração nacional, décadas se sucederam até que, na segunda
metade da década de 50 do século XX, no Governo JK, a decisão se
materializasse.
Entre os aspectos marcantes do quadro geográfico físico e humano
do Distrito Federal, assinale a alternativa correta.
(A) Enquanto lidera nacionalmente a proporção de telefones celulares por
habitante, o Distrito Federal padece em termos de saneamento básico,
com mais da metade da população sem acesso à rede de esgoto.
(B) Provavelmente em face das condições climáticas da região em que se
localiza, com período chuvoso curto e seca prolongada, o Distrito Federal
garante o acesso à água a pouco mais de 40% da população.

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(C) A ausência de uma rede hidrográfica na área onde se situa o Distrito


Federal foi a razão determinante para a criação de um lago artificial, o
Paranoá, quando da construção da nova capital.
(D) Com uma área de quase 6.000 km2, o Distrito Federal teve condições
de distribuir espacialmente sua população de tal modo que, na atualidade,
é irrelevante a diferença entre os contingentes populacionais urbanos e
rurais.
(E) Com clima tropical e vegetação de cerrado, encravado em Goiás, o
Distrito Federal cresceu muito mais do que o previsto quando da
construção de Brasília. Hoje, sua população ultrapassa a marca dos 2,2
milhões de habitantes.

Gabarito:
1 A
2 D
3 B
4 A
5 D
6 E

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