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16/01/2018 Da Esquerda à Direita: O que fazemos com o Rei?

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Jan 12 · 6 min read

Da Esquerda à Direita: O que fazemos com


o Rei?
Iluminismo, Classes Sociais e Revoluções burguesas

“A Tomada da Bastilha”, pintura de Jean-Pierre Louis Houël (1789) retrata o m da monarquia na França e a tomada do poder pela Burguesia em 14 de julho
de 1789 (Imagem: Pinterest/Domínio Público)

Por Arthur Castro, colunista do JORNAL DOIS

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ntes de mais nada, é preciso ver como funcionava o mundo no passado,


A principalmente na Europa. Os governos eram, na maioria das
vezes, monarquias absolutistas. Isso signi ca que o Rei tinha o
poder absoluto, mandava em tudo. O monarca fazia parte da Nobreza,
um grupo bastante poderoso que tinha privilégios por serem…da
Nobreza. Filho de nobre, nobre era. Não pagavam impostos ao governo,
ao contrário, viviam deles. Os membros da Igreja (também chamados
de Clero), em especial da Católica, também eram bem in uentes e
ajudavam a decidir o que podia ou não se pensar, falar ou fazer.

Vários pensadores, no entanto, começaram a criticar tudo isso e dizer


“ei, está errado!”. Esses homens questionavam as verdades religiosas,
a rmando que a ciência era importante para entender o mundo e que a
liberdade de crença era fundamental.

Alguns eram ateus, mas a maioria era cristã ou de outras religiões.


Também falavam que era errado a Nobreza e o Clero terem as
vantagens que tinham e que o Rei não deveria ter tanto poder. A
maioria desses críticos viveram entre nal do Século XVI (1500) até o
Século XVIII (1700). Esse período foi chamado de Iluminismo, ou
Século das Luzes.

Nessa época, haviam vários grupos que eram oprimidos pela dupla
Nobreza e Clero. Um deles era chamado de Burguesia, basicamente
formado por pessoas ricas, principalmente grandes comerciantes e
donos de indústrias. Outro grupo era o Proletariado, trabalhadores
assalariados dos negócios burgueses. Pense assim: o burguês é o
patrão, dono de uma empresa do nosso dia a dia, e o proletário é o
funcionário que recebe o salário mensal.

Também haviam os Pequeno burgueses, que a gente conhece como


pro ssionais liberais, ou seja, médicos, advogados, pequenos
comerciantes, classe média. Por m, os Camponeses eram as famílias
que trabalhavam em terras, normalmente controladas pela nobreza.

Cada um desses grupos nós chamamos de Classes Sociais.

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Estrutura da sociedade estamental durante o Antigo Regime na Europa (Imagem:


Reprodução/Pinterest)

Em um determinado momento, as ideias iluministas vão ganhar


bastante força na Europa — e depois no mundo. Um dos principais
pontos era a igualdade formal, isto é, todo mundo é igual perante a lei.
Na prática, signi cava o m das vantagens da Nobreza e do Clero.

A força dessas ideias vão causar três revoluções: a Revolução Gloriosa


(Inglaterra, 1688–1689), a Revolução Americana (1776) e a Revolução
Francesa (1789).

A Revolução Francesa

Na França, diante de uma situação de crise, o Rei convocou os setores


da sociedade para se reunirem e discutirem os problemas do país. A
Nobreza enviou representantes, o Clero enviou e o “resto” também
enviou. Os nobres e membros da Igreja se sentavam à direita do Rei e o
restante, à esquerda (opa!).

Quando tudo piorou, o povo derrubou as elites e prendeu o governante.


Nessa hora, ocorreu uma nova divisão. A Burguesia, organizada em
torno de um grupo chamado Girondinos, pulou para o lado direito. O
lado da esquerda era liderado pelos Jacobinos, da Pequena Burguesia.

A Direita defendia: Monarquia Parlamentar (ou seja, o Rei não teria


poderes e quem mandaria seriam políticos eleitos) através de uma
aliança com a Nobreza e o Clero; Voto Censitário (apenas ricos votam);

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Educação exclusiva (apenas ricos estudam); Escravidão nas Colônias


(em regiões, como o Haiti, a França dominava e mantinha negros como
escravos).

A Esquerda defendia: República (sem Rei) e a morte dos Nobres e


membros da Igreja; o Sufrágio Universal Masculino (todos os homens
votam); Educação Pública (todo mundo estuda obrigatoriamente); Fim
da Escravidão.

Por alguns anos vai ocorrer uma disputa entre a esquerda jacobina e a
direita girondina pelo poder. Nesse meio tempo, ambos os lados vão
assassinar opositores e reprimir protestos. Sindicatos vão ser
criminalizados e as mulheres que defendiam direitos iguais, mortas. A
Revolução vai terminar quando a Direita nancia o golpe militar do
General Napoleão Bonaparte.

As ideias revolucionárias da esquerda vão inspirar a Revolução do Haiti


(1791–1804), revolução de escravos que leva à independência e ao m
da escravidão no país, além de diversos outros movimentos radicais
pelo mundo todo.

Pintura da Revolução Haitiana, a revolta de escravos que tirou país da escravidão e do domínio
francês (Imagem: Reprodução/Piratasyemperadores)

Em resposta, o Império Russo, o Império Austro-Hungaro e o Reino da


Prússia (futura Alemanha) vão rmar a Santa Aliança: um pacto para
reprimir revoluções ao redor do mundo.

Ideologias socialistas

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A luta revolucionária iluminista tinha contradições internas. A luta por


igualdade formal entre os homens preservava diversos privilégios, mas
também questionava eles ao mesmo tempo. Se todos os homens são
iguais, por que as mulheres não? Se temos igualdade, por que continua
havendo uma elite e pessoas exploradas?

Os Jacobinos e os Girondinos eram, ambos, liberais. Os primeiros eram


mais populistas e os segundos mais elitistas, mas ainda eram
defensores da ideologia conhecida como Liberalismo: defesa da
propriedade privada (isso é, os ricos tem o direito de serem ricos) e
democracia representativa (políticos eleitos).

Com o início do Século XIX, as ideias liberais e iluministas ganharam


força. Democratas e republicanos são chamados de esquerda;
Monarquistas e conservadores, de direita. Ao mesmo tempo, o
Capitalismo vai se espalhando pelo mundo. O sistema no qual a
Burguesia manda e explora o trabalho do Proletariado. Em alguns
lugares, os burgueses derrubaram os nobres; em outros zeram
alianças.

Eis que, no campo da esquerda, começa a surgir o Socialismo. Eram


intelectuais que entendiam que precisavamos construir uma sociedade
VERDADEIRAMENTE igualitária, sem ricos ou pobres. Talvez, até sem
governantes e governados. A maioria dos socialistas eram idealistas:
acreditavam que através de exemplos e de defesa de uma
“fraternidade” iriam convencer as pessoas a construirem um novo
mundo. Muitos defendiam cooperativas como novo modelo econômico.
A defesa de igualdade entre homens e mulheres também crescia. Esses
primeiros socialistas seriam chamados, mais para frente, por Frederich
Engels, de Socialistas Utópicos.

Engels, um pensador alemão, vai se unir com outro, Karl Marx, e


defender a necessidade de um novo socialismo. Era preciso abandonar
a ingenuidade dos anteriores, e ver o mundo como ele realmente é.
Ambos, em 1848, vão lançar “O Manifesto Comunista”.

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O Manifesto do Partido Comunista, obra de Marx e Engels que transforma o campo da esquerda
(Imagem: Reprodução/Pinterest)

Os Comunistas, ou hoje chamados de Marxistas, defendem que o


Proletariado deve fazer uma Revolução para assumir o controle do
Estado. Após uma fase transitória socialista, a “Ditadura do
Proletariado”, o Capitalismo e o Estado vão desaparecer, alcançando
um modelo de sociedade chamado de Comunismo. Posteriormente, o
russo Lênin vai apresentar novas ideias, gerando o Marxismo-
Leninismo.

Um antigo marxista, mas que vai abandonar a ideologia, é Ferdinand


Lassale. Rompendo com a ideia de Revolução de Marx, ele vai defender
que o Estado deve ser conquistado paci camente, pelas eleições. Essa
nova proposta é conhecida por Socialdemocracia. Originalmente
também defendiam a chegada ao Comunismo, no futuro, mas hoje a
maioria dos Socialdemocratas preferem um país capitalista com

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serviços públicos e programas sociais. Em alguns locais, são chamados


de Trabalhistas.

Bom, voltemos ao Estado. Ele é, com palavras simples, aquilo que


envolve o Governo (políticos eleitos), o sistema jurídico (Juízes,
Promotores), Polícia e Forças Armadas. Para os Marxistas, o Estado
surge da divisão de classes, e quando elas acabarem, ele deixará de
existir. Sendo consequência, e não causa, ele poderia ser utilizado
como um instrumento, conquistado por um Partido operário, e usado
como arma para a libertação da classe trabalhadora.

Uma terceira linha socialista, contudo, vai ser contra o uso do Estado.
Os Socialistas Libertários, ou Anarquistas, entendem que a Burocracia
estatal (políticos, alto escalão militar, juízes, etc) também são uma
classe dominante, assim como a Burguesia, e por isso devem ser
derrubados. Ao invés do Estado, deveríamos construir uma Democracia
Direta através de assembleias populares.

Com o tempo, as ideias socialistas vão ocupando todo o campo da


esquerda. O m da Nobreza na maior parte do mundo vai colocar a
Burguesia como classe dominante e a ideologia liberal de nitivamente
na direita.

. . .

Este texto está dividido em três partes, onde tento, de forma simples,
explicar o signi cado de “esquerda” e “direita” na política. Muitas
pessoas não entendem muito bem, e realmente às vezes é bem
complicado até mesmo para quem está acostumado com essas
expressões.

Na primeira parte, abordei as origens dessa divisão. A segunda vai focar


a situação no Brasil e a terceira ao redor do mundo.

. . .

As colunas são um espaço de opinião. As posições e argumentos


expressas neste espaço não necessariamente re etem o ponto de
vista do JORNAL DOIS.

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