Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Natal – RN
Natal-RN
2013
Catalogação da Publicação na Fonte / Bibliotecário Raimundo Muniz de Oliveira
CRB15-429
A Deus Pai por sua infinita bondade. Que seu exemplo de amor e humildade
me guiem sempre.
Ao Professor Dr. Carlos Alberto Martinez-Huitle por ter acreditado em mim.
Agradeço por sua orientação, incentivo, ensinamentos e amizade, que foram
fundamentais na edificação e realização deste sonho. Obrigada pelos sábios
ensinamentos e por ter sido um grande referencial para mim!
Aos meus amados pais, Armando e Sandra, pelos conselhos e orientações de
extrema importância na minha formação, pelo amor incondicional, pela admiração e
pelo apoio que me foram ofertados de coração, como também o carinho e
compreensão por todo esse tempo. A vocês ofereço mais esta conquista!
Ao meu amado filho Luís Felipe por tanta compreensão, que no íntimo do seu
universo infantil e imaturo soube lidar com minhas ausências e abdicações e me fez
sentir seu amor e carinho gratuitos durante todo esse processo de busca por novos
saberes. A você dedico o meu tempo futuro!
Ao meu amado marido e amigo Daniel pela paciência, compreensão e ajuda
destinadas a mim durante todo esse processo, sem você teria sido muito mais difícil.
Obrigada pelo apoio e pelo incentivo nas horas mais difíceis! A você entrego meu
amor e gratidão!
Às minhas queridas irmãs Camila e Aline pelas palavras de conforto e pela
admiração que me são conferidas. A vocês o meu amor, minha gratidão e minha
admiração recíproca. Vocês são belos exemplos para mim.
A Eliane do laboratório de Química Analítica e Meio Ambiente o meu muito
obrigada pela paciência e cordialidade em dividir comigo seus conhecimentos, e me
ajudar no desenvolvimento dos meus experimentos.
À Comissão de Apoio Pessoal do Ensino Superior CAPES pelo suporte
financeiro e PETROBRAS pelo suporte instrumental.
A todas as pessoas que, direta ou indiretamente, colaboraram para a
execução desse trabalho.
Muito Obrigada!
RESUMO
In this paper, the technique of differential pulse voltammetry (DPV) has been
studied for monitoring the concentration of oxalic acid (OA) during their
electrochemical oxidation (EO) in acidic medium using platinum anode supported on
titanium (Ti / Pt). The DPV was standardized and optimized using a glassy car bon
electrode modified with cysteine. The modification with cysteine was developed
electrochemically, forming a polymeric film on the surface of the glassy carbon
electrode. The formation of the polymer film was confirmed by analysis of scanning
electron microscope and atomic force microscope, confirming the modification of the
electrode. The electrochemical degradation was developed using different current
-2
densities 10, 20 30 and 40 mA cm electrode with Ti / Pt observing the degradation
of oxalic acid, and monitored using the method of KMnO 4 titration. However, the
analyzes with DPV showed the same behavior elimination of oxalic acid titration.
Compared with the titration method classical observed and DPV could be a good fit,
confidence limits of detection and confirming the applicability of the technique
electroanalytical for monitoring the degradation of oxalic acid.
– Número de Elétrons
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................... 17
2.2 ELETROANALÍTICA....................................................................................... 22
2.2.1 Voltametria.................................................................................................. 25
3 OBJETIVOS....................................................................................................... 29
3.1 GERAL............................................................................................................ 29
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................................................. 30
4.1 MATERIAL....................................................................................................... 30
4.1.1 Reagentes................................................................................................... 30
4.1.2 Soluções..................................................................................................... 30
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................... 40
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 57
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 58
13
1 INTRODUÇÃO
e possui baixa precisão por ser afetado por interferências de outras espécies em
solução.
Nas últimas décadas, as pesquisas referentes ao uso de técnicas
eletroanalíticas têm atraído considerável atenção como alternativa para a detecção,
quantificação e monitoramento da concentração de diferentes espécies orgânicas e
inorgânicas, uma vez que estes métodos eletroquímicos oferecem elevada
sensibilidade e seletividade.
No caso do AO, alguns estudos têm utilizado as técnicas eletroanalíticas para
determinar esta espécie orgânica (ZHENG et al., 2009; LIU et al, 2010). Baseados
nestes estudos foram utilizadas duas diferentes superfícies de eletrodos para a
determinação de AO em alimentos: Eletrodo de carbono vítreo (GC) modificado por
multicamadas de nanotubos de carbono (MWNTs) e um sensor com base de
nanopartículas de paládio com nanofibras de compostos de carbono (Pd/CNF). E
ambos os estudos têm relatado alta seletividade e sensibilidade para quantificar AO
empregando eletroanálise.
No entanto, a aplicabilidade das técnicas eletroanalíticas usando o eletrodo
de carbono vítreo para monitorar a oxidação do AO foi objeto de estudo por
Gonçalves et al., (2013), obtendo ótimos resultados quando comparados com uma
técnica instrumental geralmente usada na detecção do AO, HPLC. Todavia,
baseados na literatura anteriormente citada (ZHENG et al, 2009; LIU et al, 2010), os
eletrodos modificados têm mostrado melhores resultados nos seus limites de
detecção e consequentemente, na sensibilidade e seletividade.
As tecnologias eletroquímicas de oxidação oferecem soluções alternativas
para muitos problemas ambientais nos processos industriais, visto que, os elétrons
fornecem versatilidade, boa eficiência, relação custo-benefício e facilmente se
produzem reagentes limpos.
Por este motivo, o objetivo deste trabalho é propor a aplicabilidade da
eletroanálise para monitorar a concentração de AO durante sua oxidação
eletroquímica com o ânodo de Ti/Pt. A técnica eletroquímica empregada foi a
Voltametria de Pulso Diferenciado (DPV), utilizando eletrodo de carbono vítreo
modificado com cisteína para quantificar a concentração de AO através de cur vas de
calibração (DPVcc) como procedimento analítico.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
ocorre via mediadores que se mantêm aderidos à superfície do ânodo, onde eles
são continuamente gerados. Eletrodos de óxidos metálicos são comumente usados
para a oxidação indireta (SIMOND et al, 1997). Na oxidação indireta, o primeiro
passo consiste na oxidação de moléculas de água sobre a superfície do eletrodo,
conforme a Equação 1, formando radicais hidroxila (OH ) adsorvidos sobre a
superfície do eletrodo.
H2 O MO x
1/2 O 2
1
RO 4
H++e- 3
MO x(OH ) MO x+1
2
H++e-
CETESB (Brasil, Leis, decretos, etc), sejam de 0,5 ppm e 10,0 ppm,
respectivamente.
As indústrias têxteis requerem grandes quantidades de água, corantes e
produtos químicos ao longo de uma complexa cadeia produtiva, gerando uma
significativa quantidade de despejos aquosos altamente poluidores do meio
ambiente, contendo elevada carga orgânica, cor acentuada e compostos tóxicos. As
principais técnicas para descoloração de rejeitos envolvem processos de adsorção,
precipitação, fotoquímica, biodegradação e floculação. Contudo, estes podem se
mostrar ineficazes por apresentar pobre cinética de transferência de massa, levando
então o sistema a ter baixa eficiência e alto consumo energético. Visando contornar
este problema, os métodos eletroquímicos podem ser considerados uma alternativa
viável para a eliminação desses poluentes (MARTÍNEZ-HUITLE et al, 2009).
Diante dos aspectos ambientais e de saúde humana relacionados à presença
de poluentes orgânicos em corpos aquáticos e também devido a aspectos
econômicos, pois o não cumprimento da legislação ambiental poderá incorrer em
pesadas multas. Assim, a pesquisa atual visa estudar a utilização de eletrodos
planos para à eletroxidação de diferentes efluentes, e aperfeiçoar o processo
eletroquímico de oxidação de poluentes orgânicos de maneira a torná-lo viável a
uma efetiva aplicação industrial. O desafio consiste justamente em entender o
comportamento do processo frente às diferentes variáveis experimentais testadas,
tendo como finalidade sua otimização com o intuito de tornar o processo
eletroquímico competitivo através da redução de tempo de proc essamento e da
diminuição do consumo energético.
2.2 ELETROANALÍTICA
Difusão
Migração
Convecção
2.2.1. Voltametria
pico anódico ipa. Para reações reversíveis de eletrodo, as correntes de pico anódica
e catódica são aproximadamente iguais em valores absolutos, mas com sinais
opostos. Para uma reação reversível de eletrodo a 25 °C, a diferença de potencial
de pico, ΔEp, conforme mostra a Equação 7(SKOOG et al, 2006).
(7)
3 OBJETIVOS
3.1. GERAL
3.2 ESPECÍFICOS
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 MATERIAL
4.1.1 Reagentes
4.1.2 Soluções
Parâmetros Valores
Volume do Eletrólito de Suporte com cisteína 50 mL
Potencial Inicial - 1,2 V
Potencial Final + 2,6 V
Velocidade de Varredura 50 mVs-1
Numero de ciclos 9
31
Parâmetro Valores
Volume do Eletrólito de Suporte 20 mL
Potencial Inicial + 0,5 V
Potencial Final + 1,8 V
Velocidade de Varredura 50mV
Tempo de equilíbrio 10 s
Tempo de modulação 0,04 s
Potencial de incrementos 0,006 V
Modulação de amplitude 0,05 V
através de um ânodo, sendo também possível obter elétrons por efeito de emissão
de campo. O tungstênio é tipicamente usado por ser o metal com mais alto ponto de
fusão e mais baixa pressão de vapor, permitindo que seja aquecido para a emissão
de elétrons. O feixe de elétrons, o qual normalmente têm uma energia que vai desde
algumas centenas de eV até 100keV, é focalizado por uma ou duas lentes
condensadoras, em um feixe com um ponto focal muito fino, com tamanho variando
de 0,4 a 0,5 nm. Este feixe passa através de pares de bobinas de varredura e pares
de placas de deflexão na coluna do microscópio.
Tipicamente as lentes objetivas, as quais defletem o feixe horizontal e
verticalmente para que ele varra uma área retangular da superfície da amostra.
Quando o feixe primário interage com a amostra, os elétrons perdem energia
por dispersão e absorção em um volume em forma de gota, conhecido como volume
de interação, o qual se estende de menos de 100 nm até em torno de 5 µm para
dentro da superfície da amostra. O tamanho do volume de interação depende da
energia dos elétrons, do número atômico dos átomos da amostra e da densidade da
amostra. A interação entre o feixe de elétrons e a amostra resulta na emissão de
elétrons secundários, elétrons retroespalhados, elétrons Auger, raios-x
Bremstralung, raios-x característicos, radiação eletromagnética na região do
infravermelho, do visível e do ultravioleta, fônons além de causar aquecimento da
amostra.
O microscópio eletrônico de varredura (MEV) é um equipamento capaz de
produzir imagens de alta ampliação (até 300.000 x) e resolução. As imagens
fornecidas pelo MEV possuem um caráter virtual, pois o que é visualizado no
monitor do aparelho é a transcodificação da energia emitida pelos elétrons, ao
contrário da radiação de luz a qual estamos habitualmente acostumados. O princípio
de funcionamento do MEV consiste na emissão de feixes de elétrons por um
filamento capilar de tungstênio (eletrodo negativo), mediante a aplicação de uma
diferença de potencial que pode variar de 0,5 a 30 KV. Essa variação de voltagem
permite a variação da aceleração dos elétrons, e também provoca o aquecimento do
filamento. A parte positiva em relação ao filamento do microscópio (eletrodo positivo)
atrai fortemente os elétrons gerados, resultando numa aceleração em direção ao
eletrodo positivo. A correção do percurso dos feixes é realizada pelas lentes
condensadoras que alinham os feixes em direção à abertura da objetiva. A objetiva
34
ajusta o foco dos feixes de elétrons antes dos elétrons atingirem a amostra
analisada. O microscópio óptico é um instrumento mecânico / óptico. Usado para a
visualização de estruturas impossíveis de se ver à olho nu. Este instrumento é
composto por lentes multicolorida e ultravioleta e uma estrutura mecânica para
regulagem do mesmo.
Essa pequena ponta é acoplada a uma consola (ponteira) que está fixa a um
suporte. Entre a ponta e os átomos da superfície da amostra existem interações q ue
podem ser atrativas ou repulsivas. Em grandes distâncias, as interações são
predominantemente atrativas, devido às forças de Van der Waals. Se aproximarmos
ainda mais a ponta com a superfície, as interações são repulsivas devido à repulsão
entre os orbitais eletrônicos dos átomos da superfície da amostra e os da ponta do
microscópio de força atômica. A força anula-se quando a distância entre os átomos
36
6. Pode ser utilizado para acompanhar processos porque possui baixo tempo de
análise
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
oxidação da cisteína, pelo eletrodo GC. Assim, os grupos NH4+, formados pelo pH
do meio aquoso, são orientados para a solução.
Fonte: O autor.
A fim de demonstrar a eficiência do eletrodo de GC modificado em relação ao
carbono GC sem modificação, foram sobrepostos os dois voltamogramas da VPD
como apresentado na Figura 16. Este resultado indica novamente que o AO é mais
eletroativo a superfície do eletrodo de GC modificado, melhorando seu sinal.
Percebe-se, que o pico obtido utilizando o eletrodo de GC modificado é mais
definido e com correntes maiores, aumentando suas vantagens para a aplicação em
eletroanálises. Assim, o eletrodo de GC modificado com cisteína foi usado para os
seguintes experimentos eletroquímicos.
48
Fonte: O autor.
Figura 18 – Curva analítica da corrente em função da variação da concentração de
AO em ácido sulfúrico 0,5 mol L-1 usando o eletrodo de GC modificado com cisteína
50
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FOCKEDEY, E.; VAN LIERDE, A. Coupling of anodic and cathodic reactions for
phenol electro-oxidation using three-dimensional electrodes. Water Research, v.
36, p. 4169-4175, 2002.
GANDINI, D. et al. Oxidation of carboxylic acids at boron-doped diamond
electrodes for wastewater treatment. Journal of Applied Electrochemistry v. 30,
n. 32, p. 1345-1350, 2000.
GRIMM, J.; BESSARABOV, D.; MAIER, W.; STORCK, S.; SANDERSON, R.D. Sol-
gel film-preparation of novel electrodes for the electrocatalytic oxidation of organic
pollutants in water. Desalination, v. 115, p. 295-302, 1998.
KÖTZ, R.; STUCKI, S..; CARCER, B. Electrochemical waste water treatment using
high overvoltage anodes. Part I: Physical and electrochemical properties of SnO2
anodes. Journal of Applied Electrochemistry,v. 21, p. 14-20, 1991.
LEE, H-J.; SEO, Y-J.; LEE, J-W. Characterization of oxalic acid pretreatment on
lignocellulosic biomass using oxalic acid recovered by electrodialysis.
Bioresource Technology, v. 133, p. 87-91, 2013.
LIPP, L.; PLETCHER, P. The preparation and characterization of tin dioxide coated
titanium electrodes. Electrochimica Acta, v. 42, 7, p. 1091-1099, 1997.
LIU, Y. HUANG, J.; WANG, D.; HOU, H.; YOU, T. Analytical Methods 7 (2010) 855.
POLCARO, A.M.; MASCIA, M.; PALMAS, S.; VACCA, A. Kinetic study on the
removal of organic pollutants by an electrochemical oxidation process. Industrial
Engeneering and Chemical Research, v. 41, p. 2874-2881, 2002.
RAGNINI, C.A.R.; DI IGLIA, R.; BIZZO, W.; BERTAZZOLI, R. Recycled niobium felt
as an efficient three-dimensional eletrocde for electrolytic metal ion removal. Water
Research, v. 34, n. 13, p. 3269-3276, 2000.
SIMOND, O.; SCHALLER, V.; COMNINELLIS, C. Theoretical model for the anodic
oxidation of organics on metal oxide electrodes. Electrochimica Acta, v. 42, n. 13-
14, p. 2009-2012, 1997.
STUCKI, S.; KÖTZ, R.; CARCER, B.; SUTER, W. Electrochemical waste water
treatment using high overvoltage anodes. Part II: anode performance and
applications. Journal of Applied Electrochemistry, v. 21, p. 99-104, 1991.
TRAMONTINA, J.; AZAMBUJA, D.S.; PIATNICKI, M.S. Removal of Cd2+ ion from
diluted aqueous solutions by electrodeposition on reticulated vitreous carbon
electrodes. Journal of the Brazilian Chemical Society, v. 13, n. 4, p. 469-473,
2002.
XIONG, Y.; HE, C.; KARLSSON, H.T.; ZHU, X. Performance of three-phase three-
dimensional electrode reactor for the reduction of COD in simulated wastewater-
containing phenol. Chemosphere, v. 50, p. 131-136, 2003.
YANG, L.; LIU, L.; OLSEN, B.A.; NUSSBAUM, M.A. The determination of oxalic acid,
oxamic acid, and oxamide in a drug substance by ion-exclusion chromatography,
Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis, v. 22, p. 487-493, 2000.
ZHANG, L. Covalent modification of glassy carbon electrode with cysteine for the
determination of dopamine in the presence of ascorbic acid. Microchimica Acta, v.
161, n. 1-2, p. 191-200, 2008.
ZHENG, Y.; YANG, PU; ZHANG. Determination of oxalic acid in spinach with carbon
nanotubes-modified electrode. Food chemistry J. Food Chemistry, v. 114, p. 1523-
1528, 2009.