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AMA–DF
ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DOS AUTISTAS DO DISTRITO FEDERAL

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NOTA À IMPRENSA
“O PRESENTE DO GDF NO MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO”

A Associação dos Amigos dos Autistas do Distrito Federal – AMA-DF, entidade sem fins econômicos
que atua desde 28 de setembro de 2000, realizando o atendimento individualizado de jovens e adultos
portadores do transtorno do espectro autista (TEA), vem a público, na pessoa de seus dirigentes, encaminhar à
presente Nota à Imprensa a fim de prestar esclarecimentos acerca da ação de reintegração de posse ajuizada
pelo Governo do Distrito Federal junto a 7ª Vara de Fazenda Pública do DF (0713033-97.2017.8.07.0018), donde
restou expedida decisão liminar que pede a desocupação das dependências que a AMA/DF ocupa no
prazo de 60 dias, contados desde o dia 22 de fevereiro de 2018, alcançando seu termo final em 22 de abril de
2018.
Em diversas oportunidades, vários veículos de imprensa do Distrito Federal têm divulgado a medida
ilegal tomada pelo Governo do Distrito Federal, que se nega a continuar o convênio que há quase duas décadas
tem permitido o atendimento de jovens e adultos com autismo severo.
O Governo do Distrito Federal por intermédio da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal,
têm apresentado justificativas que não condizem com a verdade e que descumprem o conteúdo da lei federal nº
12.764/2012 e da lei distrital nº 4.568/2011, que dispõem sobre a obrigatoriedade de o Poder Executivo
proporcionar tratamento especializado, educação e assistência específicas a todos os autistas,
independentemente de idade.
Afim de fundamentar a sua negativa de dar continuidade no convênio, o GDF alegou: a) suposto
pagamento de mensalidade por parte dos atendidos em espaço cedido pela SESDF; b) descumprimento do
disposto no §2º do art. 1º da Lei nº 1.617 de 1997, que obriga as entidades declaradas como de utilidade pública
a “comprovar que destinam 20% (vinte por cento), no mínimo, de seus serviços, gratuitamente, a beneficiários
indicados pelo órgão ou conselho em que estejam registradas ou credenciadas, e; c) Inexistência de imóveis
públicos para implantar Residência Terapêutica no Distrito Federal para pacientes adultos com transtornos
mentais graves e persistentes, egressos de internação psiquiátrica, que não possuem vínculos sociais e
familiares e sem local para moradia”.
Em verdade esclarecemos que:
1) Nossa entidade nunca cobrou qualquer mensalidade de seus associados atendidos, mas tão
somente realiza o rateio de despesas, como é comum a qualquer organização sem fins econômicos
que não recebe apoio financeiro de ente público. A razão disso foi a sistemática retirada de recursos
humanos fornecidos por meio de outros convênios, restando apenas o convênio que prevê a cessão
do espaço para a AMA;
2) No que diz respeito ao atendimento, ressaltamos que sempre mantivemos a cota parte
exigida pela Lei nº 1.617/1997, posto que dois de nossos atendidos não contribuem com
absolutamente nenhum valor, sendo que, atualmente, essa relação supera os 20% exigidos pela
legislação em comento. São eles: Tatiane Araújo Braga atendida desde 12/1987 (à época a AMA
denominava ASTECA) e Klever de Souza Cunha atendida desde 03/2004
3) No tocante ao último ponto que trata da necessidade de implantação das Residências
Terapêuticas para pacientes adultos com transtornos mentais graves e persistentes, egressos de
internação psiquiátrica, que não possuem vínculos sociais e familiares e sem local para moradia,
observa-se outro grave erro do GDF, posto que, além de desassistir nossos autistas, ainda deseja
implantar uma SRT em local que não atende aos requisitos do programa.
4) A implantação das SRT´s constitui eixo central da chamada desinstitucionalização e
reinserção social dos egressos dos hospitais psiquiátricos (manicômios), necessidade inegável e
urgente no Distrito Federal, e que já foi objeto da Ação Civil Pública 2010.01.1.067203-4, que
determina a instalação de 25 Serviços Residenciais Terapêuticos - SRT´s e 19 novos CAP´s, com
vistas ao atendimento de pessoas com transtornos mentais severos e persistentes. O local onde a
SESDF deseja implantar a Residência Terapêutica, qual seja a sede ocupada atualmente pela
Avenida Sucupira s/n – Instituto de Saúde Mental – Fone: (61) 3399-4555 – Riacho Fundo I – CEP 71825-300 – Brasília-DF
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AMA/DF não atende aos requisitos do Programa Volta pra Casa , e que estão descritos na
Portaria/GM nº 106 de fevereiro de 2000, em especial ao item 6.1, do art. 6º, que determina que a
estrutura física composta pela residência esteja “situada fora dos limites de unidades
hospitalares gerais ou especializadas”, devendo ser um espaço de moradia “inserido na
comunidade” e que “garanta o convívio social, a reabilitação psicossocial e o resgate de
cidadania do sujeito, promovendo os laços afetivos, a reinserção no espaço da cidade e a
reconstrução das referências familiares”, tudo conforme disposto no Anexo I - DIRETRIZES DE
FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS .
(http://www.ccs.saude.gov.br/vpc/index.html )

Por fim, cabe ressaltar que a alegação já levantada outras vezes pela SESDF em resposta aos
questionamentos da imprensa de que o sistema público de saúde provê as necessidades dos autistas severos
acolhidos pela AMA/DF é uma notória INVERDADE, posto que, ao contrário do alegado pela Diretoria de Saúde
Mental do Distrito Federal, não existe, no âmbito do sistema público de saúde, atendimento
especializado em período integral para autistas jovens e adultos , seja nos CAP´S, seja em outras
unidades de saúde do Distrito Federal.
Nesse ponto alertamos que basta um contato telefônico para os CAP´s para consultar quais os
serviços disponíveis para jovens e adultos com autismo severo para verificar que nenhuma unidade pode
atender a tal demanda.
Desde a sua fundação, a AMA realiza a oferta de atendimento individualizado pautado nas
necessidades específicas e singularidades de cada indivíduo, proporcionando treinamento diário para a melhora
da autonomia e convívio social, induzindo ações criativas e minimizando comportamentos auto agressivos e
hetero agressivos, por meio de atividades físicas (caminhada, jogos e natação), terapia individual, oficinas de
artesanato, oficina de cozinha experimental, jardinagem e horta, Atividades de Vida Diária – AVD e Atividades de
Vida Prática – AVP, além do atendimento psicológico para os atendidos e suas famílias.
Além disso, a AMA/DF sempre operou num espaço de completo vazio governamental, qual seja o
atendimento integral, que permite que os pais e familiares dos autistas trabalhem e gerem a renda necessária
para a sua manutenção.
Assim, a decisão do Governo do Distrito Federal, não só, não atende a legislação federal retro
mencionada e relacionada ao Programa de Volta para Casa, como comete outro grave erro, o de deixar de
apoiar uma instituição que há quase duas décadas trabalha em parceria com o GDF para atender
autistas que não tem condições de serem atendidos pelo serviço público ordinário .
Esse é o presente que a comunidade autista irá receber justamente no mês de
Conscientização do Autismo, o fim do atendimento da única entidade que atende jovens e adultos em
tempo integral no Distrito Federal.

Associação dos Amigos dos Autistas do Distrito Federal – AMA/DF


Gilberto Pereira
Presidente

Contato: Gisele Montenegro 985125155

Avenida Sucupira s/n – Instituto de Saúde Mental – Fone: (61) 3399-4555 – Riacho Fundo I – CEP 71825-300 – Brasília-DF

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