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Houve um tempo em que o controle social era todo baseado na vingança privada, na
regra do mais forte ante a ausência de um Estado fortalecido, a partir da autotutela
(autodefesa) ou da autocomposição entre as partes (desistência, submissão ou
transação), cuja essência se prestigia mesmo na atualidade.
Não obstante, a parcialidade das decisões foi cedendo espaço para a figura dos árbitros,
dos pretores e, por fim, do Estado-juiz, momento em que a justiça que até então era
eminentemente privada passa para a gleba da justiça pública. A discussão posta em
juízo já não mais se resolve somente entre as partes, pois há a triangularização da
relação jurídica, ou seja, há o Estado-juiz entre as partes, mas acima delas.
A despeito da evolução no resolver dos conflitos exsurgentes das relações sociais do dia
a dia, ainda atualmente o ordenamento jurídico pátrio (e também de outros países)
autoriza a autotutela, como via de exceção. O Código Civil, por exemplo, homenageia o
direito de retenção ao possuidor de boa-fé que tenha realizado benfeitorias necessárias
no imóvel (art. 1.219, CC), o desforço imediato (art. 1.210, CC) e o penhor legal (art.
1470, CC).
Nota-se, pois, que o Direito não proíbe de todo a autotutela, reservando-a para casos
excepcionais em que a tutela do Estado não pode ou não necessita estar presente.
Igualmente, a autotutela não pode servir de incentivo para a prática de toda sorte de
crimes, de modo que a sua aplicação deve ser dada de forma restrita, a fim de que não se
retire do Estado o monopólio estatal da jurisdição, sob pena de incorrer no crime
previsto no art. 345 do CP, de exercício arbitrário das próprias razões, sem prejuízo de
outras cominações legais.
Deste modo, o trabalhador não pode organizar greve que extrapole os seus direitos, fira
os direitos do empregador e os direitos do consumidor; o administrador público não
pode revogar ou anular atos em inobservância aos direitos adquiridos, à coisa julgada ou
ao ato jurídico perfeito; assim como o cidadão não pode agir em desproporcionalidade à
resposta contra o mal sofrido, pois estará sujeito a responder pelos crimes que praticar.
Nesta senda, a (falsa) ideia de justiça com as próprias mãos reflete os instintos mais
selvagens e primatas do homem que se pretende moderno. É o momento em que há total
abdicação ao “pacto” social, em que o justiceiro faz a sua própria lei, acusador e juiz a
um só tempo, algoz que vinga os males cometidos pelos transgressores da lei.
Não se pode olvidar, todavia, que, à medida que o Estado se ausenta da tutela dos
direitos dos cidadãos, agrava-se a incidência de condutas criminosas praticadas por
cidadãos como forma de fazer (pseudo) justiça. De modo que se faz necessário o
aumento da crença no Poder Judiciário para que a ideia repetida por Thomas Hobbes
não se concretize e o homem volte a ser o lobo do próprio homem, em supressão do
Estado Democrático de Direito.
Outro
1. Introdução
Pode-se afirmar que através dos tempos o homem tem aprendido a viver numa
verdadeira "societas criminis". É aí que surge o Direito Penal, com o intuito de
defender a coletividade e promover uma sociedade mais pacífica.
Por isso é que o Direito Penal tem evoluído junto com a humanidade, saindo
dos primórdios até penetrar a sociedade hodierna. Diz-se, inclusive, que "ele
surge como homem e o acompanha através dos tempos, isso porque o crime,
qual sombra sinistra, nunca dele se afastou" (Magalhães Noronha).
A vingança privada constituía-se numa reação natural e instintiva, por isso, foi
apenas uma realidade sociológica, não uma instituição jurídica.
"Art. 209 – Se alguém bate numa mulher livre e a faz abortar, deverá pagar
dez ciclos pelo feto".
"Art. 210 – Se essa mulher morre, então deverá matar o filho dele".
"Levítico 24, 17 – Todo aquele que feri mortalmente um homem será morto".
"Tábua VII, 11 – Se alguém fere a outrem, que sofra a pena de Talião, salvo se
houver acordo".
"Ut supra", a Lei de Talião foi adotado por vários documentos, revelando-se
um grande avanço na história do Direito Penal por limitar a abrangência da
ação punitiva.
Posteriormente, origina-se a composição, através do qual o ofensor comprava
sua liberdade, com dinheiro, gado, armas, etc. Adotada, também, pelo Código
de Hamurabi (Babilônia), pelo pentateuco (Hebreus) e pelo Código de Manu
(Índia), foi largamente aceita pelo Direito Germânico, sendo a origem remota
das indenizações cíveis e das multas penais.
Nesta era, a religião atinge influência decisiva na vida dos povos antigos.
A repressão ao delinqüente nessa fase tinha por fim aplacar a "ira" das
divindades ofendidas pela prática do crime, bem como castigar ao infrator.
Aplicavam-se penas cruéis, severas, desumanas. A "vis corpolis" era usa como
meio de intimidação.
A legislação típica dessa fase era o Código de Manu, mas esses princípios
foram adotados na Babilônia, no Egito (Cinco Livros), na China (Livro das
Cinco Penas), na Pérsia (Avesta) e pelo povo de Israel.
A pena, portanto, perde sua índole sacra para transformar-se em uma sanção
imposta em nome de uma autoridade pública, a qual representava os
interesses da comunidade em geral.
A pena de morte nesta época era uma sanção largamente difundida e aplicada
por motivos que hoje são considerados insignificantes. Usava-se mutilar o
condenado, confiscar seus bens e estender a pena além do pessoa do
apenado, geralmente atingia-se até os familiares do delinqüente.
Tendo seu apogeu no decorrer do Humanismo, esse período foi marcado pela
atuação de pensadores que contestavam os ideais absolutistas.
Nos séculos XVII e XVIII, o pensamento que predominava era de que “o homem
deveria conhecer a justiça". Esta época porém foi marcada pela expansão da
burguesia, classe social que comandava o desenvolvimento do capitalismo.
Mas nem tudo era belo e tranqüilo: havia um grave conflito de interesses
entre os burgueses (classe emergente) e a nobreza.
Segundo ele, não poderia o magistrado aplicar penas que não estivessem
previstas em lei. A lei seria uma obra exclusiva do legislador ordinário, que
"representa toda a sociedade ligada por um contrato social".
Quanto a crueldade das penas referia que era de todo inútil, odiosa e
contrária à justiça.
Sobre as prisões de seu tempo dizia que "eram a horrível mansão do desespero
e da fome", faltando dentro delas muita coisas, mas principalmente a piedade
e a humanidade.
Não foi à toa que alguns autores o entitulavam de “Apóstolo do Direito”, pois
o jovem marquês de Beccaria revolucionou o Direito Penal e sua obra
significou um largo passo na evolução do regime punitivo.
3. Escola Naturalista e o Direito Natural
Todavia a Escola do Direito Natural teve uma certa duração, porém a corrente
que se formou, ou seja, o jusnaturalismo prolongou-se até os dias atuais.
É bastante claro o elo que existiu e ainda existe entre Direito Natural e
Direito Penal, pois os princípios abordados pelo jusnaturalismo, especialmente
os correspondentes aos direitos naturais inativos, estão devidamente
enquadrados no rol dos bens jurídicos do assegurados pelo Direito Penal.
4. Escola Clássica
· O filosófico ou teórico; e
· O jurídico ou prático.
Definindo o crime como sendo "a infração da lei do Estado, promulgada para
proteger a segurança dos cidadãos, resultante de um ato externo do homem
positivo ou negativo, moralmente imputável e politicamente danoso"
(Carrara).
5. Período Científico
Ou, período criminológico, como também era denominado na época. Esta fase
caracterizou-se por um notável entusiasmo científico. Teve seu despertar no
século XIX, por volta do ano de 1.850 e propaga-se até os dias de hoje.
"A justiça deve conhecer o homem", esta expressão foi muito utilizada nas
obras deste período.
5.1.1 O Determinismo
Assim, tanto o delito, quanto o fato jurídico, deveria também obedecer esta
correlação determinista, já que por trás do crime haveria sempre razões
suficientes que o determinavam.
· criminoso o nato,
· louco,
· criminoso habitual,
· criminoso ocasional; e
Concluindo essa tríade de vigorosos pensadores que a pena não tem um fim
puramente retributivo, mas também uma finalidade de proteção social que se
realizava através dos meios de correção, intimidação ou eliminação.
· Assimetria craniana;
· Fronte fugida;
· Zigomas salientes;
· Cabelos abundantes;
· Barba escassa;
· É insensível fisicamente;
· Resistente ao traumatismo;
· Canhoto ou ambidestro;
· Moralmente impulsivo,
· Insensível;
· Vaidoso; e
· Preguiçoso.
Porém, sem a ruptura dos elos entre a Igreja e o Estado, o Código Criminal o
Império continha diversas figuras delituosas, representando ofensas à religião
estatal.
· Prisão;
· Banimento (sendo que, o que a Magna Carta punia era o banimento judicial
que consistia em pena perpétua, diversa, portanto, desse, que implicava
apenas em privação temporária);
Apesar de não ter sido bem sistematizado, dentre outros defeitos, o Código
Criminal da República, constituiu um grande avanço na legislação penal da
época, uma vez que, além de abolir a pena de morte, instalou o regime
penitenciário de caráter correcional.
Magalhães Noronha comenta que "é o Código uma obra harmônica: soube
valer-se das mais modernas idéias doutrinárias e aproveitar o que de
aconselhável indicavam as legislações dos últimos anos".
Com a nova Parte Geral, foi promulgada a nova Lei de Execução Penal - nº
7.210 em 11 de julho de 1984 -. Era uma lei especifica para regular a
execução das penas e as medidas de segurança, o que era uma súplica geral,
tanto que já se fala na criação de um novo ramo jurídico, o qual denominar-
se-ia Direito de Execução Penal.
· A prestação pecuniária; e
Considerações finais
Porém é necessário ressaltar que, por mais evoluído que seja o ser humano,
seu comportamento será sempre controlado pelo Estado, no exercício do "jus
puniendi". É que, na sociedade, o homem continuará expressando sua "spinta
criminosa", havendo a necessidade da pena, como "controspinta".
Bibliogarfia
JORGE, Willian Wanderley. Curso de Direto Penal. Editora Saraiva.
NORONHA, E. Magalhoões. Direito Penal – Volume 1 (Introdução e Parte
Geral). Editora Saraiva.
MIRABETE, Júlio Fabrini. Manual de Direito Penal. Volume 1.
COSTA JÚNIOR, Paulo José da. Curso de Direito Penal. Volume 1. Parte
Geral. Editora Saraiva.
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. Editora Forense.
Enciclopédia Barsa. Volume 6. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações
Ltda.
. Período da Vingança
Tendo início nos tempos primitivos e prolongou-se até o século XVIII. Os historiadores
consideram varias fases da pena: a vingança privada, a vingança divina, a vingança
pública. Entretanto, essas fases não se sucedem umas às outras com precisão
matemática. Assim, a divisão cronológica é meramente secundária, já que a separação
é feita por ideias.
1.1 Vingança Privada:"Olho por olho, dente por dente".
Foi um período marcado por lutas acirradas entre famílias e tribos, a vitima e os
parentes, tinham o direito de se vingar, atingindo não só o ofensor, como a sua família.
A vingança privado constituía uma reação natural e instintiva, por isso, foi apenas uma
realidade sociológica, não uma instituição jurídica.
Surge como primeira conquista no terreno repressivo, oTalião. Por ele, delimita-se o
castigo: a vingança não mais será arbitrária e desproporcionada. A Lei de Talião
consistia em aplicar no delinquente o mal que ele causou ao ofendido, na mesma
proporção. Ex.:Todo aquele que feri mortalmente um homem será morto.
Conquista igualmente importante foi à composição, preço em moeda, gado, vestes
etc., por que o ofensor comprava do ofendido ou de suafamília o direito de represália,
assegurando-se a impunidade.
1.2 Vingança Divina: "A repressão ao crime é satisfação dos deuses".
Já existe um poder social capaz de impor aos homens normas de conduta e castigo. O
princípio que domina a repressão é a satisfação da divindade, ofendida pelo crime.
É o direito penal religioso, teocrático e sacerdotal, um dos principais Códigos é o da
Índia, de Manu.Tinha por escopo a purificação da alma do criminoso, através do
castigo, para que pudesse alcançar a bem-aventurança. Ao lado da severidade do
castigo, já apontada, assinalava esse direito penal, dado seu caráter teocrático, o ser
interpretado e aplicado pelos sacerdotes.
1.3 Vingança Pública: "Crimes ao Estado, à sociedade".
O objetivo era garantir a segurança do príncipe ou soberano, atravésde pena severa e
cruel visando à intimidação. Com uma maior organização social surge no seio das
comunidades, a figura do chefe, a pena, portanto, perde sua índole sacra para
transformar-se em um sanção, a pena de morte era uma sanção largamente difundida.
Usava-se mutilar o condenado, confiscar seus bens e extrapolar a pena até os
familiares do infrator.
Na Grécia, a princípio, o crime e a penainspiravam-se ainda no sentimento religioso.
Todavia seus filósofos haveriam de influir na concepção do crime e da pena. A ideia de
culpabilidade, através do livre arbítrio de Aristóteles, deveria apresentar-se no campo
jurídico.
A preocupação era a ofensa do soberano e dos favorecidos. Predominava a
desigualdade de classes perante a punição, a desumanidade das penas, o sigilo do
processo, tudoisso aliado a leis imprecisas, lacunosas e imperfeitas, favorecendo o
absolutismo monárquico e postergando os direitos da criatura humana.
2 ESCOLAS PENAIS
2.1 ESCOLA CLÁSSICA
Também chamada de Idealista, Filosófico-jurídica, Crítico Forense, nasceu sob os ideais
iluministas. Para a Escola Clássica a pena é um mal imposto ao indivíduo merecedor de
um castigo por motivo de uma falta criminosa,cometida voluntária e conscientemente.
A finalidade da pena é o restabelecimento da ordem externa na sociedade.
A Escola Clássica dividiu-se em dois grandes períodos:
Filosófico/teórico: no qual a figura de maior destaque foi Beccaria. Ele desenvolveu sua
tese com base na idéias de Rousseau e de Montesquieu, construindo um sistema
baseado na legalidade, onde o Estado deveria punir osdelinquentes, mas tinha de se
submeter às limitações da lei. O pacto social define que o individuo se comprometa a
viver conforme as leis estipuladas pela sociedade e deverá ser punido pelo Estado
quando transgredi-las, para que a ordem social seja restabelecida.
Jurídico ou prático: em que o grande nome foi Franchesco Carrara,. Ele estudou o
crime em si mesmo, sem se preocupar com a figura do criminoso....
OUTRO
JUSTIÇA PRIVADA
OUTRO
1. INTRODUÇÃO
Os aspectos da justiça estatal. Os métodos alternativos de composição de conflitos e
seus aspectos. Justiça privada (Mediação, conciliação e arbitragem). O aspecto do
Direito Natural. Os aspectos norteadores do direito natural dentro da justiça privada. O
Direito natural como fonte rica para a solução dos conflitos através da justiça privada.
É de claro e notório conhecimento entre todo cidadão, seja estudante, jurista ou até
mesmo qualquer cidadão que tenha o mínimo de conhecimento jurídico, que o poder
judiciário possui inúmeros problemas funcionais além da sobrecarga jurisdicional, e
assim transforma a justiça estatal em um procedimento oneroso, demorado e muitas
vezes injusto, como por exemplo, quando uma das partes está com má-fé em uma
determinada relação jurídica elas usam desta sobrecarga judicial para protelar o
processo, “procure os seus direitos” quem nunca ouviu este jargão? Frase essa muitas
vezes dita por alguém que supostamente tenha infringindo o direito de outrem, mas
sabendo que o judiciário de alguma forma irá ser mais benéfico, pede que a outra parte
entre com a ação e veja os seus “Direitos”.
Em muitos casos o autor deixa de ter seu direito defendido em tempo abiu, mesmo o
processo tendo caráter de urgência, e muitas vezes com pedido de tutela antecipada o
caso não é visto a tempo, deixando com isso a sociedade sem saída. Os juízos e os
tribunais estão à disposição de qualquer pessoa, física ou jurídica, para receber toda e
qualquer reclamação, petição, requerimento, ação, pedido ou recurso (inclusive, calcado
no famoso "jus sperneandi"), ainda que desprovido de qualquer fundamento jurídico,
doutrinário ou jurisprudencial. Pobre de nosso Judiciário, que não pode se negar a
receber, em seus protocolos, qualquer papel. Além disso foi embutido que o monopólio
da jurisdição é do estado e que não há outro meio legal para sanar o conflito a não ser
pela justiça estatal, isso se constitui em um grande erro pelo qual será desmistificado
neste trabalho de conclusão de curso, mostrando os chamados MASCs (métodos
alternativos de solução de conflito) como formas incomparáveis de solução de conflito
de forma rápida e eficaz fazendo uso Direito natural nas soluções de conflitos.
O presente trabalho busca trazer a justiça privada com uma perspectiva jusnaturalista
para o apoio ao judiciário, pois como já foi dito, este carece de ajuda no tocante ao seu
papel de solucionador de conflito, e por outro lado também é uma ajuda ao próprio
cidadão que se vê muitas vezes sem ter uma opção melhor para recorrer, visando
solucionar as controvérsias de forma pacifica, para que assim possa fazer sentido o
preâmbulo da constituição federal “com a solução pacifica das controvérsias”. Por isso,
na atualidade, a justiça privada/MASCs é tema de grande relevância jurídica no Brasil,
pois comparado com outros países de primeiro mundo o Brasil se encontra ainda em
crescimento nesta área, pois ao exemplo dos EUA a justiça privada é utilizada em
grande escala.
Este trabalho tem como objetivo difundir a ideia da justiça privada/MASCs, com um
pensamento jusnaturalista, e explanar de forma sucinta os principais métodos utilizados
nos MASCs que são a Negociação, Mediação, Conciliação e Arbitragem, dando mais
ênfase aos institutos mais reconhecidos e aplicados que são a Mediação e Arbitragem,
não deixando de falar também, mesmo que de forma conceitual, da Conciliação e
Negociação.
O presente trabalho teve como fonte de pesquisa livros sobre o tema e artigos de grande
doutrinadores da área além de leis e projetos sobre o tema. Portanto, este trabalho
encontra-se com um vasto conhecimento, atualizado, sobre os métodos alternativos de
solução de conflito e a perspectiva da justiça privada na atualidade.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. ABORDAGEM CONSTITUCIONAL
Quando falamos em uma abordagem constitucional para um tema como este (métodos
alternativos de composição de conflito), não se pode deixar de falar sobre o acesso a
justiça em consonância a dignidade da pessoa humana, com uma observação ao estado
democrático de direito.
O acesso à justiça pode ser analisado sob dois enfoques: um mais restrito e formal,
referente à possibilidade de pleitear uma demanda junto ao Poder Judiciário, e outro,
amplo, que diz respeito ao senso de justiça que todos possuem, sendo este o Direito
natural, de forma resumida.
Entretanto, cabe observar que não “há justiça que paire acima dos conflitos, só há
justiça comprometida com os conflitos, ou no sentido de manutenção ou no sentido de
transformação”[4], sendo ela (justiça) um dos fermentadores das incessantes
transformações sociais.
As pessoas, ao deparar com algum conflito, esperam obter uma solução justa para o
problema enfrentado, situação que transcende o fato da proteção oferecida pelas normas
jurídicas (Direito positivo) e mesmo de ganhar ou perder a disputa. O que almejam é
que a solução encontrada gere um sentimento de satisfação para todos os envolvidos no
problema e que a harmonia seja restabelecida.
Como já bem ensinava o jurista RUY BARBOSA “a justiça atrasada não é justiça,
senão injustiça, qualificada e manifesta. Porque a dilação ilegal nas mãos do julgador
contraria o Direito escrito das partes, e assim as lesa no patrimônio, honra e liberdade".
Sob esse pensamento, os Professores MAURO CAPPELLETTI e BRYANT GARTH,
ao nos apresentarem o movimento pelo acesso à Justiça em sua ‘terceira onda
renovatória’, ressaltam a importância da substituição, quando possível, da Justiça
contenciosa estatal por outra, que denominam de Justiça co-existencial, baseada em
formas conciliatórias. O processualista LEONARDO GRECO aponta que o acesso à
justiça depende, em grande parte, da estruturação e do fortalecimento de várias
modalidades de tutela jurisdicional diferenciada, a qual abarca os meios alternativos de
conflitos, como a mediação, a conciliação e a arbitragem.[6]
Com ênfase no preâmbulo constitucional que diz que a justiça será comprometida com a
solução pacifica das controvérsias CINTRA, DINAMARCO e GRINOVER observam:
“Abrem-se os olhos agora, todavia, para essas modalidades de soluções não-
jurisdicionais dos conflitos, tratados como meios alternativos de pacificação social. Vai
ganhando corpo a consciência de que, se o que importa é pacificar, torna-se irrelevante
que a pacificação venha por obra do Estado ou por outros meios, desde que eficientes.
Por outro lado, cresce também a percepção de que o Estado tem falhado muito na sua
missão pacificadora, que ele tenta realizar mediante o exercício da jurisdição e através
das formas do processo civil, penal ou trabalhista”[7].
Como bem esclarecem tais autores, sendo o processo necessariamente formal, demanda
tempo e... O tempo é inimigo da efetividade da função pacificadora. A permanência de
situações indefinidas constitui, como já foi dito, fator de angústia e infelicidade pessoal.
E, mais adiante, acrescentam: O ideal seria a pronta solução dos conflitos, tão logo
apresentados pelo juiz. Mas como isso não é possível, eis aí a demora na solução dos
conflitos como causa de enfraquecimento do sistema.
A arbitragem, enquanto meio de solução de conflitos, que visa, por meio de seu agente
(árbitro), dizer o direito, não poderia deixar de observar os princípios norteadores da
legislação processual civil, muito menos os princípios constitucionais. Mas, mesmo que
não haja mais fundamento para a discussão sobre a constitucionalidade da arbitragem,
que está sedimentada tanto na doutrina quanto na jurisprudência, em virtude de ser
opcional, pois a obrigatoriedade é que a tornaria inconstitucional, vale ressaltar alguns
pontos que foi motivo de grande discussão em sentido da inconstitucionalidade da lei de
arbitragem.
Para Edouard Couture "O processo é um diálogo. Nunca haverá justiça, se havendo duas
partes, apenas se ouvir a voz de uma" .[13]Nos dizeres de Humberto Theodoro
Júnior[14] "O princípio do contraditório reclama, outrossim, que se dê oportunidade à
parte não só de falar sobre alegações do outro litigante, como também de fazer a prova
contrária". Ainda, Moacyr Amaral dos Santos[15] ensina:
Todavia, raramente ela completa seu ciclo autotutelar, impondo à contraparte TODA a
solução do conflito. O que ocorre é funcionar esse mecanismo como simples meio de
pressão, visando o alcance de mais favoráveis resultados na dinâmica negocial coletiva
em andamento ou a se iniciar.[17]
Ocorre a renúncia quando o titular de um direito dele se despoja, por ato unilateral seu,
em favor de alguém. Já a aceitação (resignação/submissão) ocorre quando uma das
partes reconhece o direito da outra, passando a conduzir-se em consonância com esse
reconhecimento. E, a transação, verifica-se quando as partes que se consideram titulares
do direito solucionam o conflito através de implementação de concessões recíprocas.
Veremos agora o conceito sucinto de cada método, para que possamos entender a idéia
do presente trabalho:
O terceiro interventor (conciliador) atua como elo que liga as artes. Sua finalidade, (...),
é levar as partes ao entendimento, através da identificação de problemas e possíveis
soluções. Ele não precisa ser neutro [diferentemente do mediador], ou seja, pode
interferir no mérito das questões. O conciliador não decide o conflito, ele pode apenas
sugerir decisões; a decisão cabe às partes.
[22]
A ARBITRAGEM diferente dos métodos supramencionados tem lei própria. Mas a Lei
nº. 9.307/96 não define o que é arbitragem, tarefa que cabe precipuamente à doutrina.
Mas não é só disso, a arbitragem também depende da indicação do árbitro (ou árbitros,
geralmente em número ímpar) pelos próprios litigantes (ou pelo juiz). Igualmente,
devem ser observadas as normas previamente estabelecidas na convenção arbitral.
Por fim, decisão do árbitro chamada sentença arbitral possui eficácia de título executivo
judicial (art. 475-N, IV, do CPC), podendo ser executada sem a necessidade de um
processo de conhecimento.[27]
A ideia de justiça parece ser uma ideia clara e simples dotada de uma poderosa força
motivadora. Em todas as partes parece haver uma compreensão instintiva das exigências
de justiça. As crianças de tenra idade já apelam para a justiça se uma delas recebe um
pedaço de maçã maior que os pedaços das outras. Tem-se afirmado que mesmo os
animais possuem o gérmen de um sentimento de justiça. O poder da justiça é grande.
Lutar por uma causa "justa" fortalece e excita uma pessoa. Essa aplicabilidade quase
“onipresente” do princípio de justiça é considerado como direito natural.
Sabe-se que para o ser humano é imprescindível a sua interação com os demais
semelhantes. Dessa forma, é necessário o estabelecimento de normas jurídicas que
regulem determinados vínculos entre sujeito ativo (titular do Direito Subjetivo) e
passivo (que tem o dever jurídico), dando característica à denominada Relação Jurídica.
O Direito Natural é um tipo de direito que não está imposto em determinada sociedade.
Nasce com o próprio indivíduo, ou seja, é comum a todas as sociedades e em todos os
tempos. Liga-se ao Direito Natural o sentimento de justiça, de perfeição, algo que nem
sempre o Direito Positivo apresenta, pois, o homem, como todo ser humano e criador
daquele, poderá apresentar falhas, e estas serão inobservadas no Direito Natural, ou seja,
este se fundamenta na natureza humana, é algo que já nasce com o homem.
Então é necessária a parceria entre Direito Natural e Direito Positivo, que ambos andem
lado a lado, não havendo desavenças. Isso se explica pela razão de o Direito Natural ser
a base para a criação das leis positivadas. Caso estas não correspondam aos anseios da
sociedade, não respeitem os direitos intrínsecos da pessoa humana, serão consideradas
leis injustas. Ou seja, o legislador, criador das leis, deverá respeito ao Direito Natural,
tirando dele o que for essencial para o mantimento da ordem social, não podendo
configurar desacordo com o povo.
O Direito Natural, como afirma Nader “não é escrito, não é criado pela sociedade, nem
é formulado pelo Estado”.[29] Atualmente a corrente jusnaturalista indica o Direito
Natural como conjunto de princípios basilares para criação de leis por parte do
legislador. O Direito Natural apresenta algumas características, segundo Eduardo Novoa
Monreal: 1) universalidade (comum a todos os povos); 2) perpetuidade (válido para
todas as épocas); 3) imutabilidade (da mesma forma que a natureza humana, o Direito
Natural não se modifica); 4) indispensabilidade (é um direito irrenunciável); 5)
indelebilidade (no sentido que não podem os direitos naturais ser esquecidos pelo
coração e consciência dos homens); 6) unidade (porque é igual para todos os homens);
7) obrigatoriedade (deve ser obedecido por todos os homens); 8) necessidade (nenhuma
sociedade pode viver sem o Direito Natural); 9) validez (seus princípios são válidos e
podem ser impostos aos homens em qualquer situação em que se encontrem).
As características que mais se destacam nos estudos atuais sobre Direito Natural são as
seguintes: universalidade, imutabilidade e eternidade. A primeira condiz sua existência
em todas as sociedades, a segunda pela razão de o ser humano ser sempre o mesmo, e a
terceira decorre da constante renovação dos povos.[30]
Como perceptível no decorrer do texto, existem duas visões a partir do Direito, a dos
jusnaturalistas e a dos positivistas, que embora diferentes, acabam convergindo.
Porém, o jurista poderá apresentar outra visão jurídica, em que se tratará como a ideal
para o bom funcionamento de qualquer sociedade. Ele observará a norma jurídica como
um reflexo do Direito Natural, como uma retirada do que for indispensável para o
mantimento do equilíbrio social. Ou seja, terá uma grande consideração aos princípios
norteadores que defendem a integridade humana, dando propriedade à denominada
visão dualista de Direito.
Para um jusnaturalista, lei injusta não é lei. Dessa forma, não sendo Direito, não
apresentará caráter obrigatório, não deverá ser obedecida pela sociedade. Porém,
analisando pelo ângulo positivista, caso uma lei seja injusta, até que seja declarada a sua
inconstitucionalidade (fenômeno em que a lei vai de encontro à Constituição) ou sua
revogação por outra lei, ela continuará válida e obrigatória.[31]
É lugar comum, entre os juristas e a opinião pública, afirmar que o Direito está em crise;
que o Direito não acompanha as transformações sociais com a velocidade necessária;
que o Direito atrapalha, frequentemente, o funcionamento da atividade econômica; que
o Poder Judiciário precisa ser reformado para ser mais rápido; que a legislação penal é
branda para reprimir os crimes e outras reclamações similares. A resposta genérica a
tudo isso tem sido, principalmente, de um lado normatizar mais e mais, como se novas
leis pudessem resolver, por si mesmas, os problemas sociais e individuais e, de outro
lado fazer reformas e mais reformas nas instituições judiciárias para modernizá-las,
informatizá-las e torná-las mais técnicas, mais rápidas, menos burocráticas.
Isso vem acontecendo, sobretudo a partir do século XIX, quando o "... Direito passou a
ser marcado pelo fenômeno da positivação, o qual se caracteriza pela importância
crescente da legislação escrita em relação à costumeira, pelo aparecimento das grandes
codificações, pela idéia de que as normas jurídicas têm validade quando postas por
decisão de autoridade competente, por elas podendo ser mudadas no âmbito da mesma
competência. Essa idéia representou uma transformação importante no Direito
Ocidental. Antes do século XIX, o Direito era, sobretudo, ditado por princípios que a
tradição consagrava. O que sempre fora direito era visto como pedra angular do que
devia continuar sendo o Direito.[32]
Dessa forma, o Direito Positivo moderno acaba sendo um direito formal e racional,
tendo como fonte primária a lei escrita e não mais o costume ou a tradição, ou outro
fundamento existencial. O direito é reduzido, assim, ao direito estatal. Se isso possibilita
certa dose de segurança jurídica, ao mesmo tempo ocasiona uma crise causada pelo
reducionismo artificial da complexidade social e pela sujeição obrigatória do povo ás
normas jurídicas, independentemente da justiça ou não dessas normas. O Estado passou
a ter o monopólio da produção das leis e da jurisdição, mas não pode ter o monopólio
do ideal da Justiça. Para o Estado as decisões judiciais podem ser recebidas pelas partes
como injustas, mas a sentença judicial é soberana, deve ser obedecida obrigatoriamente.
Tudo leva a acreditar que será fora dos parâmetros estritos do Direito Positivo,
sobretudo através dos MESCs, como por exemplo a Mediação, que poderá ser
viabilizado esse encontro possível e necessário do Direito com outros saberes, com a
Ética e com a Justiça para poder superar a crise atual. Assim, o Direito cada vez mais
dialogará com a filosofia, a psicanálise, a economia, a sociologia, a antropologia e afins,
na análise e solução dos conflitos, sob a direção dos princípios virtuosos da Justiça.
Os MESCs não é incompatível com o sistema jurídico positivo. Ele é, apenas, um outro
modo de abordar os problemas, deixando o poder de decisão para cada um. É um
caminho mais criativo e abrangente do que a Dogmática Jurídica. Para a Mediação, por
exemplo, não há solução única, há várias soluções que precisam ser elaboradas pelos
interessados e até podem ser transformadas, de tempos em tempos, em novas soluções,
que podem ser revistas e melhoradas.[34]
Não se pode olvidar que o Direito Positivo é um norte importante que busca manter, da
forma mais estável possível, as relações entre as pessoas de uma sociedade, tendo como
foco a ordem e segurança nas mesmas. No entanto, não há como deixar de reconhecer
que com o passar do tempo as normas positivas vão se tornando obsoletas,
ultrapassadas, devido ao dinamismo que envolve as relações, sendo este um processo
histórico natural. Assim, se faz imprescindível que haja uma atualização constante das
regras, onde haverá a incorporação dos fatos e dos valores recentes nascidos em
decorrência do próprio progresso da sociedade, mas sempre obedecendo aos objetivos
principais da convivência humana, quais seja, de justiça e paz, que como já vimos esta
embutido no direito natural.
O professor Arnaldo Vasconcelos (1998), traz à baila oito teses a favor do Direito
Natural. As teses a favor são:[35]
1ª Tese – “O Direito Natural não é Direito da natureza, considerada esta como domínio
das chamadas ciências naturais.” Não há que se dizer que o Direito Natural é Direito da
natureza, posto que esta última envolve os reinos animal, vegetal e mineral, não tendo,
portanto, Direito. Aquela por sua vez está ligada a natureza humana, sendo uma marca
de identificação diferenciadora.
Ressalte-se, entretanto, que a versão teleológica do Direito Natural é apenas uma das
várias existentes, posto tratar-se de um tema fértil, com uma doutrina bastante variada
sobre o tema, e não seria uma limitação do Direito Natural ao aspecto teleológico que
iria colocá-lo em desprestígio. Ademais, nada é ciência, mas tudo pode ser analisado por
esse prisma: A ciência não é algo substancial, mas sim processual e metodológico. Em
outras palavras: nada é ciência, porém tudo pode ser apreciado e formulado em termos
tanto científicos, como filosóficos ou metafísicos. Assim também o problema de Deus e
do Direito Natural. (VASCONCELOS, 1998, p. 36).[38]
Ressalte-se, entretanto, que o sistema do Direito Positivo não pode afastar o Direito
Natural, posto que eles se completam, a mantença e inter-relação dos dois é
imprescindível na constituição de uma ordem jurídica pluralista e democrática, e não
existe nenhum meio que consiga desprezar a Metafísica em sua fundamentação.
Arnaldo Vasconcelos, quando fala a respeito da intenção dos positivistas em desprezar o
Direito Natural, faz referência ao aqui exposto: Esqueceram, ou fizeram por esquecer,
alguns posicionamentos teóricos fundamentais, a seguir enumerados:
1 – Direito Natural e Direito Positivo são, é verdade, conceitos contrários, mas não
contraditórios. Há meios de compatibilizá-los;
Max Weber e Hans Kelsen, cada um com suas teorias próprias, buscaram proclamar um
objeto de pureza, não só de método, mas do próprio objeto que investigaram. “O
propósito de uma Sociologia pura, em Weber, corresponde em Kelsen, ao projeto de um
Direito puro.” (VASCONCELOS, 1998, p. 41).[42]
Querer negar a comunicabilidade entre fato e valor é um grande equívoco. Não se pode
ter o fato do Direito como sendo puro, posto que ele é em sua essência impuro.
O fato do Direito é, por definição, impuro, pois até chegar a ser jurídico, ele já passou
por três qualificações: humano, social e, por exemplo, econômico. O fato existe para
abrigar um valor, e o valor, para qualificar existencialmente um fato, fazendo daí nascer
um novo ser. Assim: o valor juridicidade, ao incidir sobre um fato econômico, torna-o
um novo fato, um fato jurídico. (VASCONCELOS, 1998, p. 42).[45]
5ª Tese – “As idéias de progresso e de Direito Natural não são incompatíveis.” Alguns
doutrinadores acreditam que o Direito Natural é muito limitado para acompanhar o
progresso social que se dá naturalmente com o passar do tempo, e que ele, portanto, não
encontraria abrigo na História do Direito.
O progresso social traz por vezes a necessidade de que sejam atualizadas as normas
reguladoras das relações, sendo estas do Direito Positivo. É evidente que não se admite
alterações infundadas e impertinente, pois provocaria um caos na ordem e segurança das
relações sociais. No entanto, indiscutível é a necessidade de adequação das normas aos
fatos e aos valores nascidos com o progresso social, sempre em busca da mantença da
justiça e da paz.
Ora, “o conceito de ‘Direito’, que aí aparece, é genérico, pelo que compreende, lógica e
necessariamente, as espécies Direito Natural e Direito Positivo. [...] Portanto, não se
pode dizer que são apenas princípios de Direito Natural, nem somente princípios de
Direito Positivo. [...]” (VASCONCELOS, 1998, p. 49).[49]
David Hume, posteriormente apoiado por Kant, criou uma objeção a essa
comunicabilidade entre o ser e o dever ser, - fulminando, pois, o Direito Natural como
princípio e modelo do Direito Positivo -, posto que entendiam que entre ser e dever-ser
havia uma distinção radical, e que jamais poderiam se comunicar, pelo que o ser não
poderia derivar do dever-ser. No entanto, essa objeção já esta de há muito ultrapassada.
Para os defensores dessa tese não há que se falar em Direito Positivo sem se falar em
Direito Natural, pois esse é uma espécie de modelo para a elaboração daquele, onde,
ainda que haja necessidade de adequação das normas positivas ante as mudanças
sociais, a justiça não restará prejudicada, pois as alterações terão como modelo os
princípios e diretrizes do Direito Natural. “A doutrina pura do direito, o direito natural,
ou melhor, o direito moral, encontra-se ao contrário, mas sempre ele mesmo, na base de
toda legislação jurídica, exatamente como a matemática pura está na base das
matemáticas aplicadas.” (VASCONCELOS, 1998, p. 57).[50]
“[...] o Direito Positivo é tanto mais justo, quanto mais suas normas se aproximam dos
princípios do Direito Natural.” (VASCONCELOS, 1998, p. 56).[51]
Diante de todas essas teses defensoras do Direito Natural, parece interessante que no
próximo tópico continue-se a ressaltar alguns pontos de defesas contidos nas mesmas
que servirão para fortificar o posicionamento de que o Direito Natural tem absoluta
relação com a Mediação, sendo, inclusive, uma ponte bastante eficaz para que as partes
conflitantes alcancem um entendimento satisfatório, já que, mesmo que não sejam
exímios conhecedores do Direito Positivo, possuem dentro de si, já que é nato de todo
ser humano, os princípios básicos de justiça e moral, princípios esses capazes de fazer
com que as partes, se os observarem, cheguem a uma solução justa, pacífica e eficaz
para os conflitos reais a que se encontram envolvidos.
Portanto, só pode-se falar em Direito Natural quando se fala do ser humano, pois
somente ele é marcado com esse sinal inequívoco de humanidade. Portanto, querer
desprezar a existência e valor do Direito Natural é mesmo um grande erro, pois estar-se-
ia desvalorizando uma característica peculiar e importante que diferencia o homem de
todos os outros animais e que o eleva a um ser espiritual.
Verifica-se, assim, que na justiça privada não se fala, apenas, na aplicação fria da norma
positiva, mas antes pelo contrário, fala-se em diálogo, em técnicas de comunicação, em
coração aberto, libertação de mágoas, rancores e de desejos de vingança, enfim, se faz
imprescindível, como por exemplo, que os mediados estejam abertos ao diálogo, ainda
que sequer saibam ler e escrever, ainda que não saibam o que dizem as leis, mas sim
façam com que o seu senso interior de justiça e paz sejam aflorados, ou seja, façam com
que os valores morais natos em cada cidadão, fruto da própria criação Divina, defendido
pelo Direito Natural, tome conta da sessão de mediação.
A mantença das características do Direito Natural se faz ainda mais necessária diante de
institutos como o da Conciliação e Mediação de Conflitos, posto que aquelas são
ferramentas eficazes para a participação nesta, já que a mediação ou conciliação são
formas de solução de conflito em que o acordo final nasce a partir de um entendimento
amigável, maduro, - independentemente de conhecimento das leis positivadas -, advindo
das próprias partes, tendo estes apenas tido um auxílio do mediador ou conciliador no
que tange a facilitação do diálogo. As partes, por força do diálogo, conseguem,
racionalmente, alcançar um acordo que ponha fim às suas divergências; e o melhor,
sendo capazes de manter a mesma relação existente antes do conflito depois de terem
alcançado a paz com o auxílio da mediação ou conciliação. Percebe-se, portanto, que o
Direito Natural deve ser visto como fonte rica para a solução dos conflitos.
Existem vários caminhos para se buscar a solução de um conflito, embora quase todos,
ou até mesmo arriscando afirmar, a maioria, apresenta soluções inadequadas e
ineficazes para as partes, posto que o conflito real sequer vem a ser observado quando a
decisão final é prolatada.
Deste modo, é na teoria do homem como ente de razão defendida por Kant que se
encontra o surgimento do dogma da liberdade de contratar e do princípio da autonomia
da vontade e, portanto, o surgimento do contrato em sua visão clássica, tradicional.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebe-se, portanto, como já foi dito, que o Direito Natural deve ser visto como fonte
rica para a solução dos conflitos, e é através dos meios alternativos de solução de
conflito que isto pode ser alcançado.
Por esse motivo, sabendo que a lei natural outra coisa não é senão a luz da inteligência
posta em nós por Deus. Esta luz ou esta lei, deu-a Deus à criação e ela esta presente no
coração de cada homem e estabelecida pela razão, a lei natural é universal em seus
preceitos, e sua autoridade se estende a todos os homens e tal atributo o eleva à
dignidade de ser espiritual. E ao passo que o homem se afasta desse aspecto espiritual
nele imposto, proporcionalmente, ficará mais distante do direito natural. Com isso para
que o homem possa usufruir, perfeitamente, desse atributo, devem-se buscar os aspectos
espirituais nele imposto e com isso aproximar-se de seu criador.
Portanto cabe aqui ressaltar, para os queridos leitores, a melhor forma de se aproximar
de seu criador é através da existência de um homem cujas idéias não apenas
influenciaram gerações, mas causaram a maior revolução da história. O seu nascimento
dividiu eras. Ele é o mais lido do mundo, embora não tenha escrito nenhuma palavra.
Ele é o mais estudado da atualidade, embora seja o mais cercado de mistérios e o menos
conhecido. Inúmeras pessoas em todo o planeta se dividiram em milhares de religiões
em torno do seu nome, ele rogava aos seus íntimos amigos que amassem uns aos outros
em detrimento de suas diferenças. Este homem tem um nome que é sobre todo o nome.
Este homem é Jesus de Nazaré.
Inicialmente, já cabe ressaltar que Jesus Cristo, filho unigênito de Deus, não veio ao
mundo para abolir as leis. A justiça privada também não é uma forma de solução de
conflito onde se pretenda desprezar a lei. Não, antes pelo contrário, pretende-se
aperfeiçoar a aplicação das leis, tornando-as eficazes por atender as necessidades das
partes envolvidas num conflito que necessitam viver em harmonia. Muitas vezes, a
aplicação da lei simplesmente imposta por terceiro, sem que se leve em consideração o
contexto emocional e espiritual dos envolvidos, pode provocar uma ruptura definitiva
no relacionamento das partes, não sendo esta uma boa situação para a paz individual e
social.
Para a busca da paz social e da boa relação entre as pessoas o livro mais lido e vendido
de todo o mundo, a Bíblia Sagrada, é justamente a coletânea de vários livros que, não
tem outro condão senão o de ensinar, pela luz do Espírito Santo, a humanidade a buscar
ser melhor, a perdoar e a viver, ainda nessa vida, a paz prometida por Jesus Cristo.
Portanto, o Direito Natural deve ser visto e almejado, por toda a sociedade, individuo,
governos, comunidades, igrejas, etc. Como fonte rica para a solução dos conflitos, para
que assim possa diminuir as demandas judiciais e aumentar a paz social.
OUTRO
Psicopatologia
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A psicopatologia está ligada a diversas vertentes, porém é foco de muitos estudos nas
disciplinas de psicologia, psiquiatria e corpo teórico psicanalítico. Na Psicologia faz
parte da Psicologia Clínica, Psicologia Geral e Psicologia ligada às neurociências entre
outros. Ou seja, pode ser caracterizada como o estudo descritivos dos fenômenos
psíquicos “anormais’, estudando gestos, comportamentos, expressões e relatos
autodescritivos do enfermo. A palavra Psicopatologia é composta por três palavras
gregas:
Por meio dessa necessidade de integração das ciências no estudo das patologias mentais,
muitas outras disciplinas se mostraram de fundamental importância tanto no estudo
quanto tratamento dessas. Um exemplo é a psicofarmacologia que reforça a visão da
origem biológica desses transtornos. Alguns estudiosos ainda acreditam que, em um
futuro não muito distante, os transtornos psíquicos serão tratados sem a ajuda da
psicopatologia em suas diferentes vertentes, ou seja, sem conhecimento dos aspectos
subjetivos do sujeito, seus conflitos interiores e experiências psíquicas, mas sim será
suficiente compreender o funcionamento das moléculas químicas do individuo.
Capítulo I
Noções Gerais
Penal
O processo penal é o conjunto de actos e actividades que têm por fim aplicar,
actos) e pela sua intenção ou finalidade: uma decisão judicial, aparecendo como
síntese das posições contrárias: acusação e defesa), traduza a convicção livre do Juiz
jurisdição.
participantes no processo.
processo e por decisão jurisdicional, isto é, por decisão do tribunal. A justiça penal é
penal (nulla poena sine judicio nulla poena sine processu). O monopólio estadual e da
direito penal.
Há normas de direito processual penal cuja natureza se discute: possuem
reciprocamente.
jurídico rigoroso, por conseguinte não havia regras de processo, tribunais nem justiça
individual.
Numa fase posterior, mas ainda primitiva, surgiu a justiça familiar, mais tarde
pelo grupo, no qual se sentiam todos iguais, com uma origem comum responsáveis
pela convivência social e pela conduta de todos, destacando-se entre eles o patriarca
ou chefe do clã que estabelecia o poder na base de uma autoridade ético assente no
prestígio ganho a custa do seu valor pessoal, da sua destreza na guerra ou na sua
bens comuns, a morte de um parente, etc. E as punições podiam ser a expulsão com
pelo chefe do clã, público, sumário e oral, solicitado contra o infractor à regras
costumeiras da comunidade, o qual passou a ser usado depois para faltas menos
graves.
com a falta de organização das novas potências sociais, afirmou-se como a forma
habitual de reacção às ofensas sofridas. A vingança era um direito para a vítima e a sua
família e era um dever imperativo para com os seus. A vingança era considerada justa,
natural aceite pela ética. A vingança pela morte de um familiar a qual se operava pela
vingança de sangue.
social, nas relações entre clãs, pois que o temor a vingança prevenia o cometimento de
entregavam ao clã ofendido para que se cumpra a vingança (tida como justiça).
económico e social que fez recuarem a vingança privada, dando origem a novas
Nesta nova fase, a vingança manteve-se, mas passou a ser controlada pelo
sido definidos lugares de asilo), reconhecida a certas pessoas, diferindo o seu regime
i. A composição pecuniária –
Era o preço acordado e pago ao vingador para renunciar a vingança. No princípio era
isso é tida como uma das mais importantes instituições deste período. Atingia em
certos casos, somas que o ofensor não podia pagar, facto que incitava a manifestação
O agressor era expulso da comunidade por decisão colectiva tomada pela família ou
pelo seu chefe com o consentimento da família, ou entregue ao grupo social a que
iii. O Talião –
Tida como uma das instituições mais importantes do período da vingança privada, ao
lado da composição pecuniária, pois surge para limitar a vingança à medida da ofensa,
individualizando assim a pena, facto que levou o poder a protegê-la, ainda que
Por esta instituição se permitia ao acusado que provasse a sua inocência por
intermédio dos amigos e familiares que juravam com ele a sua inocência e o valor da
sua palavra, sendo, entretanto variável o número de jurados: no direito franco a regra
v. O Combate Judiciário –
O ordálio foi um meio usado (e em alguns casos ainda é usado: em meios tradicionais),
por em todo o mundo que consistia na submissão do suspeito ou acusado a uma prova
conhecida como juízo de Deus quase sempre de resultados aleatórios que revelaria a
culpa ou a inocência daquele que a ele fosse submetido. Os ordálios variam de época
venenosas ou numa prova de fogo, ou ainda pela submersão do suspeito com as mãos
e pés atados, e a sua inocência era determinada pela sua sobrevivência da submersão,
A justiça só se tornará pública no momento em que o Estado tomar nas suas mãos a
direcção da repressão e a organizar de tal modo que ela tenha por fim a reparação do
dano social e quando a parte particular for relegada a um plano tão acessório que o
processo penal possa correr sem que a sua intervenção seja indispensável.[3]
repressão, tem por objectivo a reparação do dano social causado a sociedade pelo
crime que é por natureza e por definição um comportamento que ofende e/ou põe em
Estado; ninguém pode fazer justiça por suas próprias mãos. Este princípio tem o
seguinte conteúdo:
pelo Estado, o processo penal ganhou maior relevância, pela importância atingida
tribunal e acusava-o de viva voz. No princípio o acusador era o ofendido, com o passar
representante seu. Nos tempos modernos o Estado criou um órgão para este fim: o
recolhia as provas apresentadas por cada uma das partes: acusado e acusador estavam
o rumo do processo.
O juiz era passivo e sem iniciativa em relação a investigação. O processo era
contraditoriedade.
preventiva.
frequência começava com base numa denúncia secreta, precedia a acusação deduzida
Desaparecia o direito de defesa, o réu não tem qualquer direito e não pode
tarifada, dando-se maior relevância probatória a confissão, tida como rainha das
provas e obtida mediante torturas e a sentença não fazia caso julgado. A regra era a
concluir ter sido ele o primeiro a surgir na história das instituições judiciárias,
república até ao império, com as suas quaestiones que começaram a aplicar-se apenas
Augusto.
publicamente e produziam provas. A questão era decidida por uma assembleia ou júri
(quaestio perpetua), presidida pelo pretor (sem direito a voto), na base da convicção
de cada um dos membros, pois o voto era secreto. Era um sistema acusatório puro,
seus sem quaisquer limites: tendo os magistrados sido equipados com poderes de
instrução, com a tortura como prática usual e geral. O processo penal romano evoluiu
assim para um processo do tipo inquisitório, cuja vigência foi suspensa aquando da
absoluto o auge da idade média europeia ( séc. XVII e XVIII) e aos alvores do século XIX,
no início uma série de regras que constituíam uma relativa garantia para os acusados.
rainha das provas e era geralmente obtida sob tortura extrema. O julgamento era
apenas pela impossível prova da sua inocência. Este tipo de processo influenciou
defenderem os seus omnímodos poderes, como diz Prieto Morales. O processo do tipo
Este tipo de processo reinou ao serviço do poder central e absoluto dos reis,
estadual da prova, uso da tortura, uso e abuso das presunções e das provas legais, na
Europa até nos finais do séc. XVIII, com excepção da Inglaterra, onde o processo
criminalidade.
socialistas, verbi gratia: Cuba, como em cuba sendo apenas de realçar que nestes pela
décadas, há uma tendência cada vez maior, da adopção de sistemas mistos com
fase inicial aos agentes de instrução, quer aos juízes da causa, na fase de julgamento.
Uma fase de julgamento, presidida pelo Juiz, a que corresponde o processo principal,
do crime.
escrita.
de Dezembro).
A fase da instrução do processo pode ser dividida em duas sub-fases: fase da instrução
que se basta com a simples suspeita da existência da infracção. Sendo assim, este
a suspeita não se confirma, o processo fica a aguardar pela produção de melhor prova
ou arquivado.
existência real do crime e da pessoa do arguido e põe termo a fase da instrução (art.
365º CPP).
fase, chamada instrução contraditória, presidida pelo Juiz (…), sendo estruturalmente
prevista na lei.
A essa decisão pode se recorrer para uma instância judicial superior, gerando uma
OUTRO
Tal como em qualquer outro ramo de Direito Processual Penal é composto por um
conjunto de regras gerais que dão significado as normas que o constituem, e que
aplicam-se também ao Processo Penal Militar. Segundo o Professor Vasco A. Grandão
Ramos estão divididos e: Princípios relativos à iniciativa processual; Princípios
relativos à prossecução processual; Princípios relativos à prova.
1. Princípio da oficiosidade
OUTRO
UnIAFACULDADE DE DIREITO
NOÇÃO.
é um
eo
Direito Penal
é um
Neves Moxi
Acusação;
viva voz;
colectivo
),em
pé de igualdade;
A apreciação de
provas é livre;
A sentença faz
caso julgado
Há
e o processodesconhece a
prisão preventiva.
Neves Moxi
fase da Investigação
dirigida por um
Juiz
denúncia secreta;
Não há
escrito e secreto;
admite-se apenas a
prova legal,
A regra é a
prisão preventiva.
PROCESSO MISTO.
Inquisitório
Instrução preparatória
Acusatório
Neves Moxi
juízo de suspeita;
acusação
, caso contrário o
Neves Moxi
-A acusação corresponde a um
juízo de probabilidade
e não maisde
suspeita;
-
com a acusação o processo é introduzido em tribunal e assume anatureza de
processo judicial, desde que o juiz
pronunciando
o acusado.-
A fase da
Instrução
Com o despacho de
pronúncia
inicia-se a
fase do julgamento.
juízo de probabilidade
em
juízo de certeza.
Neves Moxi
da lei. (
Princípio da legalidade
oposto ao
da Oportunidade
).
•
Não é possível comporem-se.
Apretensão punitiva
inquisitória
ea
oficialidade
julgamento) é quaseexclusivamente
oral.
•
A estrutura é
acusatória
eo
impulso processual
incumbe àspartes.
Predominantemente
escrito.
Neves Moxi
Procura-se atingir a
verdadematerial
(objectiva), através da
ónus da prova
é incumbidaàs partes.
Basta a
verdade formal
eadmite-se as presunções.
Neves Moxi
Protecção e defesa dos valores mais importantes do Estado eda Ordem que
melhor corresponde aos interesses fundamentais.
TRÊS TEORIAS.
1.
ou seja,
•
Facto material e real que constitui a causa da relação jurídica punitiva, ou
o facto criminoso
ea
personalidade dodelinquente.
Neves Moxi
A Constituição
Legislação Posterior
Doutrina e Jurisprudência
Neves Moxi
analogia e interpretaçãoextensiva.
Artr. 10º CC
Art. 1º
§
único CPP.
Neves Moxi
aplicaçãoimediata
estrangeiros.
Neves Moxi
1 . P R I N C Í P I O S R E L A T I V O S À I N I C I A T I V A P R O C E S S U A L 1.1.
PRINCÍPIO DA OFICIOSIDADE OU OFICIALIDADE. Resulta da
CRIMES SEMI-PÚBLICOS:
Neves Moxi
Neves Moxi
Neves Moxi
Neves Moxi
Neves Moxi
Neves Moxi
posição de acusação
e osegundo a
. Dai mais uma vez sepode concluir que do ponto de vista instrumental, formal
o processopenal é um processo de PARTES, estruturado a partir das
posiçõesprocessuais opostas, assumidas pelos sujeitos processuais
comcapacidade para discutirem a causa e obrigarem o tribunal a tomar uma
decisão.
Neves Moxi
Neves Moxi
Tribunal Supremo;
Tribunais Provinciais;
(classificação doutrinária)
tribunais especiais
e os
tribunais extraordinários
propriamente ditos.
Comuns
especiais
Neves Moxi
COMPETÊNCIA. ESPÉCIES
Jurisdição penal:
Competência funcional.
mesma fase.
Neves Moxi
qualitativo
e no segundoé
quantitativo
que a lei o encarrega de julgar.A incompetência material, é tida por lei como
uma excepção dilatóriae por conseguinte leva a que o tribunal obsta ao
conhecimento domérito da causa e dá lugar à absolvição da Instância ou a
remessa doprocesso para o outro tribunal.
processuais que não teria praticado caso o processo tivesse corridoperante ele,
desde o início ou os que tenham de ser repetidos paratomar conhecimento da
causa. Art. 145º C.P.P.
Neves Moxi
“locus
delicti”
conexão subjectiva
Neves Moxi
conexão mista.
conexão subjectiva.
Artº 60º CPP. A competência para julgamentodos crimes conexos se mantém,
mesmo se for julgada
Neves Moxi
2 art.104ºCPP.
SUSPEIÇÕES
art 112ºCPP.
Neves Moxi
inabilidade
ou
incapacidadesubjectiva
OBS.:
nulos
. Art. 110º
3;
válidos
. Art. 115º
INCIDENTESPROCESSUAIS.
Neves Moxi
O MINISTÉRIO PÚBLICO1 . O R G A N I Z A Ç Ã O D O M º P º . P O S I Ç Ã O
DO MºPº NO PROCESSO
PENAL. FUNÇÕES.
Neves Moxi
parte processual
.Compete também ao Mº Pº
Neves Moxi
Neves Moxi
regra geral
, que consagra o
princípio da oficiosidade.
Art. 1º
Este princípio
não é absoluto
crimes semi-públicos
único do art. 3º do
de o fazer
Neves Moxi
O assistente particular é
parte subordinada
ou
acessória
e apresentar memoriais ou
Consultar o processo
, tomar conhecimento das declarações doarguido, de diligências de prova a
que pudesse assistir e dosincidentes ou excepões em que deva intervir. Art. 7º
CPP.-
b) Na instrução contraditória.
Requerê-la
. Art. 327º CPP, com a redacção que lhe foi dada pela Lein.º 20/88 de 31 de
Dezembro.-
Intervir directamente
Neves Moxi
, salvo se a sua presença for incompatível como êxito da diligência. Art. 330º e
1 CPP.-
, necessários ao esclarecimento
Requerer esclarecimento
dos peritos. Art. 333ºCPP.-
2º n.º 3 do Dec.-Lei nº
35.007.
c) No julgamento
.-
Assistir à audiência
Ser ouvido
Interrogar e contra-interrogar
. Art. 467ºCPP.
Neves Moxi
5 do dec.-Lei nº35.007.
que admite provisoriamente cabendo mais tarde ao juiz a quem oprocesso for
distribuído apreciar definitivamente o pedido. Art. 21º, 2e 4 da Lei nº 20/88
Neves Moxi
Ofendido
penal não tiver sido exercida pelo Mº Pº dentro dos seis meses, acontar da
participação, ou se estiver sem andamento duranteesse tempo, ou o processo
for arquivado ou o réu tiver sidoabsolvido.
Neves Moxi
Mesmo que na acção não tenha sido requerida a indemnização por percas e
danos que a infracção causou o juiz arbitrará oficiosamentena sentença. Art.
34ºCPP.A sentença condenatória (art. 450º CPP), deverá determinar
aindemnização por perdas e danos, sob pena de nulidade secundária.Art. 100º
CPP.A lei reserva uma possibilidade para as pessoas a quem forem devida
aindemnização para requerem-na, antes de ser proferida a sentença
final em 1ª instância.
3 do art. 34 CPP.
Caso o réu não pague a liquidação e a execução correrão no tribunalcível,
servindo de título executivo a sentença penal condenatória.
Neves Moxi
arguido
réu
arguido
para designar
e o termo
réu
após a pronúncia
arguido
réu
a partir do momento em que o juízo de suspeita que sobre elerecaía se
transforme em juízo de probabilidade, confirmado pelo juiz,ou seja,
a partir da pronúncia
Neves Moxi
O art. 251º CPP define o arguido como aquele sobre quem recaiaforte suspeita
de ter perpetrado uma infracção , cuja existênciaesteja suficientemente
comprovada.O arguido é sujeito processual e como tal a ele cabe não
sóobrigações, mas também direitos processuais.O arguido tem o direito de ser
ouvido, logo, o interrogatório
A/80;
Art. 425º e 534º CPP e 10º daLei nº 20/88Em todos eles se revela o estatuto
próprio do arguido como sujeitoprocessual, armado com o seu direito à defesa.
Neves Moxi
nulidade processual
das
não é obrigatória,
não presos
Art. 252º
Neves Moxi
1 CPP. Em princípio
Segs. CPP
Neves Moxi
dapronúncia
Neves Moxi
nulidade
deverá considera-se
sanada
de 5 dias
,a
5 CPP.assim é
nulo
de assistir, se facultativo.
É do mesmo modo
nula
2.
Neves Moxi
natureza processual
(330º)
gerais ou especiais
. Os especaissão os de
natureza processual
:1 . N ã o r e c u s a r a d e f e s a
Neves Moxi
Neves Moxi
processo penal
fim do processo.
actividade jurisdicional
, como
a actividade da acusação
defesa
actosprocessuais
enquanto
acçãohumana
jurídicos
processuais
Neves Moxi
Actos processuais são também actos jurídicos que têm por fimconstituir,
modificar e prosseguir ou extinguir uma relação jurídico-
processual.
Dos
actos jurídico-processuais
há que distinguir os
factos jurídicosprocessuais
prazo
por lei
, ou
pelo juiz.
O primeiro
improrrogável
, sem prejuízo dasexcepções previstas pela lei. Art. 144º e 147º CPCO prazo
conta-se a partir do início «dies a quo» ou do seu termo«dies ad quem».
Contando-se a partir do início não se considera o
dia em que começa, mas, conta-se o dia em que findar. Art. 279º
dilatórios ou peremptórios
. Art. 145ºCPC.
Dilatório
Peremptório
, quando o acto deve ser praticado enquanto decorreo prazo, isto é, entre o
primeiro dia do prazo e o último.O decurso do prazo peremptório faz
caducar
, ou seja, faz
extinguir
justoimpedimento
desde que se pague uma multa de montante igual a25% da taxa de justiça
devida ao final.
existência jurídica
irregulares
ou
, isto é, não
podem estar afectado de qualquer vício.
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