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SECRETARIA DE ESTADO

DE SAÚDE

CENSO CLÍNICO E PSICOSSOCIAL DOS


PACIENTES INTERNADOS NA CASA DE
SAÚDE DR. EIRAS – PARACAMBI (CSDE-P),
REALIZADO NOS MESES DE
NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2000, PELA
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO
DE JANEIRO

SÍNTESE DOS DADOS

JUNHO 2001
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MINISTRO DA SAÚDE (MS)


JOSÉ SERRA

SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE


JANEIRO (SES-RJ)
GILSON CANTARINO O’DWYER
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COORDENADOR DA ÁREA TÉCNICA DE SAÚDE MENTAL/SECRETARIA DE


ASSISTÊNCIA À SAÚDE/MINISTÉRIO DA SAÚDE
PEDRO GABRIEL GODINHO DELGADO

ASSESSORA DE SAÚDE MENTAL DA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE/RJ


MARIA PAULA CERQUEIRA GOMES

Ficha Catalográfica

Ministério da Saúde/Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro/Fundação Pró-


Uni-Rio/Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas de Saúde Mental - IPUB/UFRJ.
Censo Clínico e Psicossocial dos Pacientes Internados na Casa de Saúde Dr. Eiras –
Paracambi – Síntese dos Dados. Rio de Janeiro, junho de 2001. 91 páginas,
25 tabelas em anexo.
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Um agradecimento especial ao Luiz Eugênio Godinho


Delgado, por sua valiosa e cuidadosa contribuição na
montagem do instrumento do Censo, particularmente na
parte relacionada ao exame clínico dos pacientes. Em sua
memória, fazemos este registro.
Somos com ele parceiros na tentativa incessante de melhorar
a qualidade de vida dos sujeitos sob responsabilidade do
sistema público de saúde.
Fique em paz...
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SUMÁRIO

I - Apresentação...................................................................................................................... 6

II- O município de Paracambi e a Casa de Saúde Dr. Eiras – Paracambi na Assistência


Psiquiátrica do Rio de Janeiro............................................................................................... 8
III- O Censo Clínico e Psicossocial dos Pacientes Internados na Casa de Saúde Dr.
Eiras - Paracambi................................................................................................................... 15
Parte I – A realização do Censo Clínico e Psicossocial dos Pacientes
Internados na CSDE-P..................................................................................... 15
-A constituição e treinamento da equipe de trabalho........................... 16

-Formulação do instrumento de pesquisa e seu perspectivo manual


de preenchimento.................................................................................... 17
-Organização do trabalho de campo pela equipe coordenadora......... 18

-Codificação ............................................................................................. 20

-Análise do banco de dados..................................................................... 21

Parte II – Análise da população total............................................................... 22

IV - Considerações Finais...................................................................................................... 77
- Desdobramento da ação................................................................................. 83
V - Referências Bibliográficas............................................................................................... 89
VI - Anexos.............................................................................................................................. 91
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I) APRESENTAÇÃO

A necessidade da realização de um “Diagnóstico Clínico e Psicossocial” de todos os


pacientes internados na Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi – CSDE-P surgiu a partir das graves
distorções apontadas no Relatório Final da Auditoria do Ministério da Saúde (RFA/MS), realizada
em agosto de 2000.
Esta auditoria, entre outros fatores, registrou em relação à instituição irregularidades
relativas aos aspectos higiênico-sanitários (...má-higienização das instalações, alimentação de mau
aspecto e odor azedo...), técnico-assistenciais (...descaso na assistência realizada, grande
incidência de dermatopatologias, assistência odontológica precária...) e administrativos da Casa de
Saúde (RFA/MS/2000: 11).
Em função do conteúdo deste relatório, o Ministério da Saúde, em acordo com a Secretaria
de Estado da Saúde do Rio de Janeiro, através da Portaria 1218/2000 de 01/11/00, determinou a
desabilitação do Município de Paracambi de sua condição de gestor pleno do sistema de saúde,
habilitando-o como gestor da atenção básica e, ainda, determinou que a Secretaria de Estado de
Saúde do Rio de Janeiro tomasse as providências necessárias para a melhoria da qualidade do
atendimento prestado na Casa de Saúde, assegurando a continuidade do tratamento a todos os
usuários do Sistema Único de Saúde.
O “Plano Emergencial para a Reorientação da Assistência na CSDE-P” (Resolução
SES/ 1554, de 07/11/00), proposto pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, através da
Assessoria de Saúde Mental, constitui-se como uma resposta à determinação ministerial, coerente
com as diretrizes técnicas das organizações internacionais oficiais de saúde (OMS/OPS), e com a
atual Política Estadual de Saúde Mental. Esta política, em vigor desde abril de 1999
(SES/ASM,1999), tem como eixo principal de suas ações a reversão do modelo exclusivamente
centrado nas internações psiquiátricas, propondo em seu lugar a oferta de dispositivos de atenção
psicossocial extra-hospitalares, de base territorial, como referência principal para o tratamento e
acompanhamento dos pacientes portadores de transtornos mentais severos e persistentes.
O Censo Clínico e Psicossocial teve o objetivo de produzir as informações técnicas
necessárias para orientar as ações de transformação da assistência na CSDE-P e em seu entorno, a
região da Baixada Fluminense, formada por municípios populosos (cerca de 6.200.000 habitantes) e
desprovidos de rede pública eficaz de atendimento em saúde mental.
Desde seu início, o processo vem sendo conduzido pela SES-RJ, através de sua Assessoria
de Saúde Mental, em estreita colaboração com a equipe dirigente da CSDE-P, a Prefeitura
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Municipal de Paracambi, o Ministério Público Federal e Estadual e a Área Técnica de Saúde Mental
do Ministério da Saúde.
O Censo foi realizado através de convênio celebrado pelo Ministério da Saúde com a
Fundação Pró Uni-Rio, e a participação da UFRJ, através do Núcleo de Pesquisas em Políticas
Públicas de Saúde Mental (NUPPSAM/IPUB/UFRJ).
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II) O MUNICÍPIO DE P ARACAMBI E A CASA DE SAÚDE DR. EIRAS -


PARACAMBI NA ASSISTÊ NCIA PSIQUIÁTRICA DO RIO DE JANEIRO

O município de Paracambi, localizado na região metropolitana do Rio de Janeiro, possui


uma população de aproximadamente 42.000 habitantes e uma capacidade instalada total em saúde
mental de 2012 leitos. Destes, 1670 são contratados pelo SUS em dois hospitais psiquiátricos de
natureza privada/contratada: a Casa de Saúde Dr Eiras-Paracambi, com 1510 leitos, e o Hospital
Paracambi, com 150 leitos contratados e 202 existentes. Há também 10 leitos psiquiátricos no
Hospital Municipal de Lajes (SMS Paracambi) e, ainda, um ambulatório de saúde mental, estes dois
últimos de natureza pública.
A Casa de Saúde Dr. Eiras – Paracambi (CSDE-P) é, portanto, um hospital contratado pelo
Sistema Único de Saúde para prestar assistência hospitalar a portadores de transtornos mentais. Sua
estrutura física é composta por 11 pavilhões, organizados segundo a CSDE-P, em “Unidades
Terapêuticas”1. Enquanto unidade hospitalar de grande porte, assume importância, não apenas para
a Assessoria de Saúde Mental, mas também para todo o planejamento da Secretaria de Estado de
Saúde uma vez que: 1. consome importante parcela de recursos, considerando todas as internações
pagas pelo setor público no Estado do Rio de Janeiro, em todas as especialidades; 2. atende
pacientes oriundos de diferentes municípios do Estado.

A Autorização de Internação Hospitalar (AIH) do SUS

As internações hospitalares pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são monitoradas,
pelos gestores por um sistema de informação denominado “Sistema de Informações Hospitalares”
(SIH/SUS) que é consolidado pelo DATASUS. A base deste sistema é a Autorização de Internação
Hospitalar (AIH) que, na Especialidade de Psiquiatria, era, à época do Censo, subdividida em dois
tipos: AIH1 e AIH52. A AIH1, com duração de, no máximo, quarenta e cinco dias, é emitida
quando da primeira entrada do paciente no hospital. A AIH5, chamada de continuação, é a AIH
emitida após os quarenta e cinco dias iniciais, referindo-se a um paciente que já se encontrava
hospitalizado. Um dos campos a ser preenchido na emissão da AIH refere-se ao motivo de

1
Unidade Terapêutica Magno Araújo (Pavilhões São Miguel e São Joaquim); Unidade Terapêutica Manuel Velloso (Pavilhões Santana, Santa Rosa e
Maria Helena); Unidade Terapêutica Diocyl Menezes (Pavilhões São Carlos e Otino); Unidade Terapêutica Márcio Carrijo (Pavilhões São Pedro –
atualmente desativado – e São Paulo) e Unidade Terapêutica José Caruzo Magdalena (Pavilhões N. S. Aparecida e Unidade Clínica). Cabe ressaltar
que para fins da análise apresentada neste relatório, a “Unidade Certa”, situada no Pavilhão São Joaquim, em função da especificidade da sua
clientela, foi considerada como um pavilhão independente.
2
Para fins deste relatório são mantidas as diferenças entre as AIHs psiquiátricas, em 1 e 5, já que retratam com maior fidedignidade a série histórica
das autorizações de internação da campo de saúde mental. Desta forma, não consideraremos nesta análise as recentes alterações propostas na Portaria
Ministerial nº 111 de 03/04/2001.
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cobrança desta AIH, que pode ser: alta (melhorado, inalterado, a pedido, internado para
diagnóstico, administrativa, por indisciplina, para complementação de tratamento em regime
ambulatorial); transferência (para outro hospital ou especialidade); permanência (por
características próprias da doença, por intercorrência, por motivo social, por doença crônica ou por
impossibilidade de vivência sócio-familiar) ou óbito. As tabelas que se seguem são provenientes
deste sistema de informação.
A Tabela I discrimina o tipo de AIH emitida pelos municípios do Estado do Rio de Janeiro,
no ano de 1999, na especialidade de Psiquiatria. Note-se que o município de Paracambi é
responsável por 15,8% das AIHs emitidas no Estado, nesta especialidade, encontrando-se abaixo
apenas do município do Rio de Janeiro. A AIH5, utilizada para pacientes de longa permanência
hospitalar, é a predominante no município de Paracambi, representando 66% do total das AIHs
emitidas.

Tabela I: Distribuição das AIHs emitidas no Estado do Rio de Janeiro, na especialidade de


Psiquiatria, por municípios e tipo de AIH, em 1999.
Municípios AIH1 % AIH5 % Total %

RIO DE JANEIRO 18.911 42 26.248 58 45.159 30,9


PARACAMBI 7.834 34 15.218 66 23.052 15,8
SAO GONCALO 3.415 33 6.822 67 10.237 7,0
RIO BONITO 2.879 29 7.133 71 10.012 6,8
NITEROI 3.099 38 5.050 62 8.149 5,6
PETROPOLIS 1.822 30 4.258 70 6.080 4,2
BOM JESUS DO ITABAPOANA 2.416 48 2.594 52 5.010 3,4
SAO JOAO DE MERITI 1.626 36 2.850 64 4.476 3,1
CARMO 1.001 24 3.089 76 4.090 2,8
DUQUE DE CAXIAS 1.515 39 2.418 61 3.933 2,7
CAMPOS 2.019 54 1.732 46 3.751 2,6
QUATIS 1.969 54 1.700 46 3.669 2,5
NOVA FRIBURGO 1.462 40 2.187 60 3.649 2,5
TRES RIOS 962 35 1.751 65 2.713 1,9
NOVA IGUACU 1.270 52 1.163 48 2.433 1,7
ITABORAI 729 35 1.359 65 2.088 1,4
VASSOURAS 788 39 1.237 61 2.025 1,4
ENGENHEIRO PAULO FRONTIN 762 39 1.191 61 1.953 1,3
MAGE 912 49 953 51 1.865 1,3
VOLTA REDONDA 875 48 955 52 1.830 1,3
SAO JOSE VALE RIO PRETO 13 100 0 0 13 0,0
ANGRA DOS REIS 1 100 0 0 1 0,0
ITAGUAI 1 100 0 0 1 0,0
QUISSAMA 1 100 0 0 1 0,0
Total 56.282 38 89.908 62 146.190 100,0
Fonte: SIH/SUS/DATASUS
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A Tabela II informa que a CSDE-P é o hospital que mais emitiu AIH no Estado, para a
especialidade de Psiquiatria, no ano de 1999. Mantém-se aqui a proporção de AIH5 (66%)
observada para o município de Paracambi como um todo, na tabela anterior. Ocorreram 45 óbitos
na CSDE-P no período (1999).

Tabela II: Distribuição das AIHs emitidas pelos hospitais e número de óbitos.
Especialidade de Psiquiatria. Estado do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1999

Número
de
Hospital AIH1 % AIH5 % Total Óbitos
CASA DE SAUDE DR.EIRAS AS / FILIAL PARACAMBI 6.745 34 13.056 66 19.801 45
HOSPITAL COLONIA RIO BONITO LTDA 2.879 29 7.133 71 10.012 27
SMS RIO INST.MUNIC.DE ASSIST.JULIANO MOREIRA 3.215 42 4.458 58 7.673 10
CLINICA NOSSA SENHORA DAS VITORIAS SOCIEDADE CIVIL LTDA 2.229 32 4.647 68 6.876 8
INSTITUTO DOUTOR FRANCISCO SPINOLA 2.170 34 4.190 66 6.360 7
CLINICA DA GAVEA S.A. 2.358 40 3.509 60 5.867 11
CLINICA DE REPOUSO ITABAPOANA LTDA 2.416 48 2.594 52 5.010 16
CASA DE SAUDE VILAR DOS TELES LTDA 1.626 36 2.850 64 4.476 5
SES RJ HOSPITAL ESTADUAL TEIXEIRA BRANDAO 1.001 24 3.089 76 4.090 5
SANATORIO DUQUE DE CAXIAS LTDA 1.515 39 2.418 61 3.933 2
CLINICA VALE DO PARAIBA LTDA 1.969 54 1.700 46 3.669 10
CLINICA DE REPOUSO SANTA LUCIA LTDA 1.462 40 2.187 60 3.649 2
CLINICA SANTA CATARINA LTDA 1.186 35 2.175 65 3.361 6
CLINICA DE REPOUSO VALENCIA LTDA 1.330 40 1.996 60 3.326 6
HOSPITAL PARACAMBI LTDA 939 30 2.162 70 3.101 10
CLINICA DE REPOUSO TRES RIOS LTDA 962 35 1.751 65 2.713 1
ISEJRJ DESIPE HOSP CUST E TTO PSIQUIATRICO HEITOR CARRILHO 647 25 1.964 75 2.611 2
CLINICA DAS AMENDOEIRAS LTDA 858 33 1.722 67 2.580 6
CASA DE SAUDE DR EIRAS S.A. 839 33 1.727 67 2.566 8
CASA DE SAUDE SANTA CECILIA LTDA 1.270 52 1.163 48 2.433 6
ISEJRJ DESIPE HOSP CUST TTO PSIQUIATRICO HENRIQUE ROXO 543 24 1.708 76 2.251 1
CLINICA SOLAR PEDRAS BRANCAS LTDA 697 33 1.399 67 2.096 3
CLINICA DE REPOUSO EGO LTDA 729 35 1.359 65 2.088 1
HOSPITAL PSIQUIATRICO DE JURUJUBA SMS NITEROI 1.463 71 600 29 2.063 1
CASA DE SAUDE S JOSE DE VASSOURAS LTDA 788 39 1.237 61 2.025 2
CASA DE SAUDE SANTA MONICA LTDA DEP MASC 612 30 1.412 70 2.024 1
SANATORIO RIO DE JANEIRO LTDA 669 33 1.331 67 2.000 3
OUTROS 13165 47,8 14.371 52,2 27.536 24
Total 56.282 38 89.908 62 146.190 229
Fonte:SIH/SUS/DATASUS

A Tabela III mostra que a CSDE-P é também a que recebe maiores recursos no Estado do
Rio de Janeiro, para esta especialidade. A CSDE-P recebe 17,10% dos recursos hospitalares,
seguida de longe pelo Hospital Colônia Rio Bonito (6,79%).
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Tabela III: Distribuição dos hospitais, por valores pagos pelo SUS, na Especialidade de Psiquiatria.
Estado do Rio de Janeiro. Janeiro a dezembro de 1999

Hospitais Valores %
CASA DE SAUDE DR.EIRAS SA / FILIAL PARACAMBI 7.259.263,33 17,10
HOSPITAL COLONIA RIO BONITO LTDA 2.883.338,56 6,79
CLINICA NOSSA SENHORA DAS VITORIAS SOCIEDADE CIVIL LTDA 2.077.282,35 4,89
INSTITUTO DOUTOR FRANCISCO SPINOLA 1.834.178,96 4,32
CLINICA DE REPOUSO ITABAPOANA LTDA 1.580.674,69 3,72
CLINICA DA GAVEA AS 1.512.053,42 3,56
SMS RIO INST.MUNIC.DE ASSIST.JULIANO MOREIRA 1.379.176,20 3,25
CASA DE SAUDE VILAR DOS TELES LTDA 1.336.717,25 3,15
SES RJ HOSPITAL ESTADUAL TEIXEIRA BRANDAO 1.246.397,59 2,94
CLINICA VALE DO PARAIBA LTDA 1.091.144,93 2,57
SANATORIO DUQUE DE CAXIAS LTDA 1.071.207,05 2,52
CLINICA DE REPOUSO VALENCIA LTDA 1.068.193,29 2,52
CLINICA DAS AMENDOEIRAS LTDA 1.004.955,77 2,37
CASA DE SAUDE DR EIRAS AS 979.993,29 2,31
CLINICA SANTA CATARINA LTDA 975.969,30 2,30
CLINICA DE REPOUSO SANTA LUCIA LTDA 973.859,25 2,29
HOSPITAL PARACAMBI LTDA 909.028,21 2,14
ISEJRJ DESIPE HOSP CUST E TTO PSIQUIATRICO HEITOR CARRILHO 776.121,56 1,83
CLINICA DE REPOUSO TRES RIOS LTDA 770.076,69 1,81
CLINICA DE REPOUSO EGO LTDA 679.061,59 1,60
ISEJRJ DESIPE HOSP CUST TTO PSIQUIATRICO HENRIQUE ROXO 670.970,72 1,58
CASA DE SAUDE SANTA CECILIA LTDA 634.459,94 1,49
CASA DE SAUDE SANTA MONICA LTDA 576.203,28 1,36
CASA DE SAUDE NITEROI LTDA 570.796,35 1,34
CASA DE SAUDE ALFREDO NEVES LTDA 569.925,81 1,34
SANATORIO PSIQUIATRICO DE MENDES LTDA 565.503,46 1,33
CASA DE SAUDE S JOSE DE VASSOURAS LTDA 564.559,04 1,33
CASA DE SAUDE SANTA MONICA LTDA DEP MASC 557.205,12 1,31
CLINICA SOLAR PEDRAS BRANCAS LTDA 555.980,75 1,31
INSTITUTO DE PSIQUIATRIA DA UFRJ 553.610,93 1,30
LIGA ESPIRITA DE CAMPOS MANT DO HOSP ABRIGO DR JOAO VIANA 548.693,23 1,29
INSTITUTO DE DOENCAS NERVOSAS E MENTAIS LTDA 546.537,69 1,29
SANATORIO RIO DE JANEIRO LTDA 529.552,50 1,25
SANATORIO SANTA JULIANA 495.799,62 1,17
SAME SOCIEDADE DE ASSISTENCIA MEDICA ESPECIALIZADA LTDA 467.297,19 1,10
CASA DE SAUDE VOLTA REDONDA LTDA 451.959,49 1,06
OUTROS 2.179.606,87 5,13

Total 42.447.355,27 100,00


Fonte:SIH/SUS/DATASUS

É importante ressaltar que quando são comparados os gastos relativos ao procedimento


“Internação em Hospital Psiquiátrico” com os demais procedimentos de internação hospitalar do
Estado do Rio de Janeiro, o montante de recursos direcionados para a especialidade “psiquiatria” é
significativo. Tomando como exemplo o período de janeiro a junho de 2000 (seis meses), constata-
se que a Casa de Saúde Dr. Eiras – Paracambi consumiu um montante de R$ 6.686.167,00,
correspondente a 3,0% do valor total dos recursos gastos em internações hospitalares do Estado do
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Rio de Janeiro, e emitiu 8.110 AIHs, ou seja, 1,58% do total de AIHs do Estado no período
(MS/DATASUS).
A Tabela IV mostra que a permanência foi o motivo de cobrança registrado em 18.484
AIHs da CSDE-P, o que corresponde a 93,5% do total emitido durante o ano de 1999. A média
estadual para este motivo de cobrança, para os hospitais na especialidade de Psiquiatria, foi de
68,66%. A alta foi motivo de cobrança em 1240 AIHs na CSDE-P (6,26%) durante o ano de 1999
(média estadual, 29,9%) e o óbito em 0,23% das AIHs totais emitidas pela CSDE-P (média
estadual, 0,16%).

Tabela IV: Distribuição dos hospitais, por motivo de cobrança da AIH, na Especialidade de
Psiquiatria. Estado do Rio de Janeiro. Janeiro a dezembro de 1999.

Hospital Alta % Perman % Transf. % Óbito % Total


CASA DE SAUDE DR.EIRAS SA / FILIAL PARACAMBI 1240 6,26 18484 93,35 32 0,16 45 0,23 19.801
HOSPITAL COLONIA RIO BONITO LTDA 2792 27,89 7154 71,45 39 0,39 27 0,27 10.012
SMS RIO INST.MUNIC.DE ASSIST.JULIANO MOREIRA 1145 14,92 6414 83,59 104 1,36 10 0,13 7.673
CLINICA NOSSA SENHORA DAS VITORIAS SOCIEDADE CIVIL LTDA 2092 30,42 4737 68,89 39 0,57 8 0,12 6.876
INSTITUTO DOUTOR FRANCISCO SPINOLA 2108 33,14 4237 66,62 8 0,13 7 0,11 6.360
CLINICA DA GAVEA AS 2335 39,80 3501 59,67 20 0,34 11 0,19 5.867
CLINICA DE REPOUSO ITABAPOANA LTDA 2499 49,88 2434 48,58 61 1,22 16 0,32 5.010
CASA DE SAUDE VILAR DOS TELES LTDA 1612 36,01 2849 63,65 10 0,22 5 0,11 4.476
SES RJ HOSPITAL ESTADUAL TEIXEIRA BRANDAO 877 21,44 3197 78,17 11 0,27 5 0,12 4.090
SANATORIO DUQUE DE CAXIAS LTDA 1486 37,78 2440 62,04 5 0,13 2 0,05 3.933
CLINICA VALE DO PARAIBA LTDA 1954 53,26 1696 46,23 9 0,25 10 0,27 3.669
CLINICA DE REPOUSO SANTA LUCIA LTDA 1407 38,56 2220 60,84 20 0,55 2 0,05 3.649
CLINICA SANTA CATARINA LTDA 1146 34,10 2178 64,80 31 0,92 6 0,18 3.361
CLINICA DE REPOUSO VALENCIA LTDA 1204 36,20 2108 63,38 8 0,24 6 0,18 3.326
HOSPITAL PARACAMBI LTDA 905 29,18 2150 69,33 36 1,16 10 0,32 3.101
CLINICA DE REPOUSO TRES RIOS LTDA 859 31,66 1794 66,13 59 2,17 1 0,04 2.713
ISEJRJ DESIPE HOSP CUST E TTO PSIQUIATRICO HEITOR CARRILHO 614 23,52 1991 76,25 4 0,15 2 0,08 2.611
CLINICA DAS AMENDOEIRAS LTDA 4 0,16 2566 99,46 4 0,16 6 0,23 2.580
CASA DE SAUDE DR EIRAS AS 48 1,87 2493 97,16 17 0,66 8 0,31 2.566
CASA DE SAUDE SANTA CECILIA LTDA 1208 49,65 1204 49,49 15 0,62 6 0,25 2.433
ISEJRJ DESIPE HOSP CUST TTO PSIQUIATRICO HENRIQUE ROXO 561 24,92 1682 74,72 7 0,31 1 0,04 2.251
CLINICA SOLAR PEDRAS BRANCAS LTDA 680 32,44 1395 66,56 18 0,86 3 0,14 2.096
CLINICA DE REPOUSO EGO LTDA 748 35,82 1328 63,60 11 0,53 1 0,05 2.088
HOSPITAL PSIQUIATRICO DE JURUJUBA SMS NITEROI 1203 58,31 753 36,50 106 5,14 1 0,05 2.063
CASA DE SAUDE S JOSE DE VASSOURAS LTDA 652 32,20 1369 67,60 2 0,10 2 0,10 2.025
CASA DE SAUDE SANTA MONICA LTDA DEP MASC 592 29,25 1413 69,81 18 0,89 1 0,05 2.024
SANATORIO RIO DE JANEIRO LTDA 635 31,75 1357 67,85 5 0,25 3 0,15 2.000
OUTROS 11103 40,32 15229 55,31 1180 4,29 24 0,09 27.536
Total 43709 29,90 100373 68,66 1879 1,29 229 0,16 146.190
Fonte:SIH/SUS/DATASUS

O Gráfico I, apresentado a seguir, indica a continuidade deste perfil da CSDE-P, revelado


durante o ano de 1999. Ou seja, destacando-se o mês de dezembro de 2000, verifica-se que em 97%
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dos casos, o motivo de cobrança das AIHs encontra-se na categoria “permanência”, sendo que
apenas 3% desta cobrança é referida às situações de “alta hospitalar”.

Gráfico I: Distribuição de AIH por motivo de cobrança dos pacientes internados na CSDE-P.
Dezembro de 2000

3%(45)
0%(3)

97%(1405)

Permanência Alta Transferência


Fonte: SIH/SUS/DATASUS

Um outro aspecto de relevância a ser apresentado relaciona-se às localidades de origem dos


pacientes internados na CSDE-P. Dos nove (9) municípios que mais emitem AIHs para a CSDE-P,
oito (8) estão localizados na Região Metropolitana do Estado, conforme demonstrado na Tabela V.

Tabela V: Distribuição da emissão de AIHS para a CSDE-P, por município.


Estado do Rio de Janeiro. Janeiro a dezembro de 1999
MUNICÍPIO N AIHs EMITIDAS %

RIO DE JANEIRO 5606 27,2


NOVA IGUACU 4090 19,8
DUQUE DE CAXIAS 2020 9,8
BARRA DO PIRAI 1620 7,8
PARACAMBI 1142 5,5
BELFORD ROXO 1100 5,3
S.J.MERITI 1091 5,3
NILOPOLIS 1056 5,1
QUEIMADOS 657 3,2
OUTROS 2615 12,7

Total 20639 100,0

Fonte:SIH/SUS/DATASUS
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Este indicador foi de fundamental importância para traçar uma das principais ações que a
Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro vem desenvolvendo na Região Metropolitana –
cujo detalhamento será descrito ao final deste Relatório – e que se refere basicamente à
promoção/consolidação da rede de atenção psicossocial nos municípios listados anteriormente.
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III) O CENSO CLÍNICO E PSICOSSOCIAL DOS PACIENTES INTERNADOS


NA CASA DE SAÚDE DR. EIRAS - PARACAMBI

O Censo Clínico e Psicossocial dos Pacientes Internados na Casa de Saúde Dr. Eiras –
Paracambi foi realizado com o intuito de prover um diagnóstico clínico, psicossocial e sócio-
econômico, com vistas a estabelecer um perfil da clientela internada e subsidiar a construção de
projetos terapêuticos individualizados. Ele foi realizado sob a coordenação da Assessoria de.Saúde
Mental da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, em parceria com a Coordenação de
Saúde Mental do Ministério da Saúde.
Este relatório busca não somente socializar as ações da Assessoria de Saúde Mental do
Estado do Rio de Janeiro que vêm sendo realizadas na Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi mas,
principalmente, divulgar os aspectos teórico-metodológicos utilizados neste Censo, bem como
apresentar seus resultados.
Para tanto, sua apresentação será dividida em duas partes principais, a saber:

1. Parte I, referente à descrição da realização do Censo;


2. Parte II, referente à análise da população total, internada na CSDE-P, no período de
novembro/dezembro de 2000;

PARTE I: A REALIZAÇÃO DO CENSO CLÍNICO E PSICOSSOCIAL DOS PACIENTES


INTERNADOS NA CSDE-P

O período de 07 a 19 de novembro de 2000 teve como atividade principal a constituição e


treinamento de uma equipe de trabalho para viabilizar a realização do Censo. Além disto, neste
período procedeu-se à formulação do instrumento de pesquisa e de seu respectivo manual de
preenchimento, bem como a organização propriamente dita do trabalho de campo pela equipe
coordenadora. A coleta de dados se deu no período de 20 de novembro a 29 de dezembro de 2000.
Nesta primeira parte, será descrita cada fase referente à organização e à análise dos dados.
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A Constituição e Treinamento da Equipe de Trabalho

No período de 9 a 14 de novembro de 2000 foram abertas inscrições para a seleção de


pesquisadores, todos profissionais de nível superior que atuam na área de saúde mental. A inscrição
foi realizada na Assessoria de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro
onde foram recolhidos: os currículos dos pretendentes e a disponibilidade de tempo para dedicação
ao treinamento e ao trabalho de campo. A seleção foi realizada no dia 15/11/2000 e teve como
critérios: prioridade para médicos psiquiatras, com comprovada experiência profissional na área da
assistência pública, seguido de seleção de outros profissionais do campo da saúde mental com
experiência clínica e trabalho comprovado na rede pública de assistência. Outro critério de ordem
mais geral foi a titulação de cada profissional.
Foram selecionados oitenta e quatro profissionais de forma a compor sete equipes de
trabalho que continham cada uma delas:

1. 2 coordenadores de campo, sendo necessariamente um médico especialista (psiquiatra) e


2. 10 pesquisadores de campo, sendo necessariamente cinco médicos psiquiatras.

Além das equipes de pesquisa, o Censo contou com um coordenador geral, um sub-
coordenador geral e uma equipe especialista para confecção e análise do banco de dados.

O treinamento foi realizado em duas etapas:

1. Primeira etapa: apresentação e discussão do instrumento e do manual de preenchimento


para os 14 coordenadores de campo. Algumas sugestões oriundas desta reunião foram
incorporadas ao instrumento de pesquisa definitivo.
2. Segunda etapa: apresentação do instrumento e treinamento dos pesquisadores de campo
utilizando um prontuário médico como fonte de pesquisa. Estas duas etapas foram realizadas
no Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, nos dias 17 e
18/11/2000.
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Formulação do instrumento de pesquisa e seu respectivo manual de


preenchimento

O Instrumento de pesquisa bem como o manual de preenchimento (em anexo) utilizados no


Censo Clínico e Psicossocial dos Pacientes Internados na Casa de Saúde Dr. Eiras – Paracambi
tomou como base o instrumento e manual utilizados para a execução do Censo da População de
Internos nos Hospitais Psiquiátricos da Cidade do Rio de Janeiro, realizado em 1995, pela
Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS, 1997) 3. Ao instrumento foram acrescidos
três novos campos, referentes à Avaliação Clínica, Avaliação Psiquiátrica com Súmula
Psicopatológica e Avaliação da Autonomia.
O Instrumento encontra-se dividido em várias partes, complementares entre si, compondo as
seguintes categorias de análise:

1. Dados identificadores. Estas variáveis nome, data de nascimento, sexo, naturalidade,


município de origem, filiação e endereço buscavam identificar o paciente e suas
características demográficas.
2. Dados demográficos e sócio-econômicos. Nesta parte, além das variáveis mais comuns
(escolaridade, situação conjugal, renda e ocupação) buscou-se caracterizar se o paciente
apresentava algum tipo de vínculo extra-hospitalar, se recebia visitas, se saia de licença do
hospital e qual sua situação jurídica.
3. Dados Clínicos. Esta parte foi composta, dentre outras variáveis, pela história clínica do
paciente, desde sua primeira internação até a internação atual, número de internações,
história de tratamento extra-hospitalar, diagnóstico principal, tempo de internação e
tratamento medicamentoso instituído na internação atual.
4. Avaliação Psiquiátrica. Nesta parte foi realizado um relato sumário da história do paciente e
da entrevista realizada pelos pesquisadores, súmula psicopatológica bem como uma
impressão diagnóstica sindrômica do profissional médico da equipe do Censo.
5. Exame Clínico Sumário. Nesta etapa buscou-se apreender as condições gerais do paciente,
a existência de patologias concomitantes ao transtorno mental e alguns hábitos de vida
(fumo e uso de álcool).

3
O instrumento e manual do “Censo da População de Internos nos Hospitais Psiquiátricos da Cidade do Rio de
Janeiro” foi constituído com a participação de especialistas da área de saúde mental do Ministério da Saúde, SMS-RJ,
UFRJ e FIOCRUZ.
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6. Abordagem multidisciplinar e participação do paciente e familiares em atividades na


CSDE-P. Aqui pretendeu-se caracterizar a situação atual do paciente na CSDE-P em termos
de sua inserção em atividades laborativas ou terapêuticas.
7. Indicativos das condições mínimas de autonomia. Neste conjunto de variáveis pretendeu-se
obter informações sobre aparência, ocupação do tempo, grau de autonomia na alimentação,
deambulação e nos cuidados com a própria higiene.
8. Indicações sugeridas pela equipe do Censo. Esta última parte do instrumento visava traçar
uma orientação preliminar dos principais dispositivos terapêuticos necessários para as ações
de inserção psicossocial da clientela internada.

Organização do Trabalho de Campo pela Equipe Coordenadora

Para a realização do Censo Clínico e Psicossocial dos pacientes internados na Casa de Saúde Dr
Eiras – Filial Paracambi foram formadas sete equipes de pesquisa de campo constituídas cada uma
por dois coordenadores de campo (um médico psiquiatra e um profissional não-médico) e dez
pesquisadores de campo (cinco médicos psiquiatras e cinco profissionais não-médicos). Cada uma
das equipes se responsabilizou pela pesquisa em um dia da semana, durante quarenta dias
ininterruptos. Foi disponibilizado o transporte até a CSDE-P a partir da Secretaria de Estado de
Saúde e a equipe trabalhava de posse dos seguintes documentos, além dos instrumentos e manual de
preenchimento:
1. Lista dos pacientes internados, por ordem alfabética, fornecida pela CSDE-P;
2. Tabela do Código de Ocupações;
3. Classificação Internacional de Doenças 9 (CID-9);
4. Classificação Internacional de Doenças 10 (CID-10);
5. Carimbo para identificar os prontuários analisados.

Os dados de cada paciente foram coletados por uma dupla de profissionais, sendo um deles
médico especialista. Ao final da coleta, de posse de todas as informações, a equipe, em conjunto,
sugeriu uma orientação para cada caso individual. O exame clínico foi realizado apenas quando
houve autorização do paciente.
As informações contidas nesse Relatório foram obtidas, preferencialmente, junto aos
prontuários médicos da CSDE-P, embora as entrevistas com o paciente e/ou com terceiros
(profissionais das equipes de assistência da CSDE-P, auxiliares dos pavilhões e/ou familiares)
também tenham sido realizadas para complementar as informações. A falta da informação para cada
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variável, assinalada ao longo desse documento, diz respeito, portanto, à impossibilidade de obtê-la
em todas essas fontes. A perda de informação relacionada ao exame clínico do paciente foi devida à
recusa ou à impossibilidade de realização do exame pela condição clínica do paciente.
O instrumento preenchido foi revisado pelos coordenadores de campo que definiram quais os
instrumentos aptos para a digitação e quais os que deveriam ser revistos pelo pesquisador de campo.
O coordenador de campo enviou os instrumentos prontos para a coordenação do Censo, que os
conferiu e os enviou para a codificação e posterior digitação. Os instrumentos passaram por um
codificador, para a codificação de alguns dados como município, ocupação, local de tratamento
extra-hospitalar, diagnósticos e medicamentos. Nos casos onde se identificou alguma incongruência
importante e/ou ausência de informação imprescindível, os instrumentos retornaram para o
coordenador de campo que se responsabilizou por revisá-los. Assim, o fluxograma foi o seguinte:

Retorno ao
pesquisador
de campo

1. Preenchimento 2. Conferência pelo 3. Conferência pela


pelo pesquisador de coordenador de coordenação do Censo
campo campo

6. Análise
5. Digitação 4. Codificação

Os pesquisadores de campo preencheram também um caderno de campo, onde registraram


suas impressões sobre o trabalho realizado, dificuldades, dúvidas e especificidades dos pacientes
que julgassem importantes. Os coordenadores de campo reuniram-se, ordinariamente, uma vez por
semana, com a coordenação do Censo para discutir as dúvidas e os principais problemas
encontrados no campo ou na codificação.
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Codificação

O questionário foi composto por perguntas pré-codificadas (fechadas) e por perguntas não pré-
codificadas (abertas). Nesta fase da análise, algumas perguntas abertas já foram codificadas para a
entrada no banco de dados. Foram elas:

a) Municípios
Receberam a codificação utilizada pela Secretaria Estadual de Saúde e pelo DATASUS.

b) Diagnósticos
Os diagnósticos foram coletados de acordo com o registro do prontuário médico da CSDE-P,
respeitando a codificação dada pelo médico responsável. Os diagnósticos principais foram
codificados respeitando-se a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde, décima revisão - CID/10 (OMS, 2000).

c) Medicamentos
Os medicamentos foram codificados, segundo a recomendação da Organização Mundial de
Medicamentos para o uso em estudos de utilização de medicamentos, pelo Anatomical Therapeutic
Chemical (ATC) Classification System. Esta classificação permite a comparação entre estudos
realizados em diferentes locais bem como entre estudos realizados no mesmo local mas em
diferentes épocas.
Neste sistema, os fármacos são classificados em cinco níveis, de acordo com seu uso terapêutico
principal e existe apenas um código para cada substância. Assim, o fármaco diazepam recebe o
código N05BA01, de acordo com a seguinte estrutura classificatória:

N – Sistema Nervoso
(1o nível, grupo anatômico principal)
05 - Psicolépticos
(2O nível, grupo terapêutico principal)
B- Ansiolíticos
(3o nível, subgrupo terapêutico)
A – Derivados benzodiazepínicos
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(4o nível, subgrupo químico/terapêutico)


01 Diazepam
(5o nível, subgrupo para a substância química)

Análise do Banco de Dados

O banco de dados foi criado e analisado através do programa Epi-info, versão 6.04b
(CDC/USA and WHO/Genebra, 1997). Num primeiro momento foi realizada a análise de
consistência do banco, visando a detecção e correção de possíveis erros aleatórios ou sistemáticos,
tanto no preenchimento quanto na digitação dos dados. Foram selecionadas para a análise contida
neste relatório as variáveis que, após a análise de consistência interna dos instrumentos, revelaram
ser capazes de caracterizar a população do estudo. Estas variáveis serão aqui apresentadas sob
forma de freqüências e tabelas.
Este Relatório apresenta, portanto, o resultado da análise das principais variáveis
demográficas, sócio-econômicas, clínicas e terapêuticas da clientela internada na CSDE-P nos
meses de novembro e dezembro de 2000.

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