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“O direito não foi instituído por convenção mas por natureza.

Não existe nenhum ser


particular tão semelhante a outro ser particular, como todos nós o somos. Portanto,
qualquer que seja a definição de homem, uma só é valida para todos: na verdade, a
razão, pela qual argumentamos, refutamos, discutimos, definimos e deduzimos
conclusões é, certamente, comum, pois, embora possa divergir na doutrina, é pelo
menos idêntica pela faculdade de adquirir conhecimentos. Ora, quem foi dotado de
razão por natureza, também possui a recta razão e a lei, que é a recta razão no acto de
mandar e de proibir, e quem possui a lei possuirá também o direito” Cicero, De Legibus

Contexto Histórico

A construção do direito, nos primórdios da história de Roma, era incumbência dos


pontífices maximi1. Estes sacerdotes tinham a responsabilidade de zelar pela tradição
romana, estabelecendo a ordem temporal presidindo as orações e cultos aos deuses,
pregando os mores maiorum2 . As leis eram assim ditadas por estes pontífices e o
julgamento acontecia à sombra das tradições dos antepassados.
Já durante o período da res publica, os Decênviros iniciaram uma codificação do direito
que ficou conhecida como as Leis das XII Tábuas (Leges Duodecim Tabularum)3,por
volta do ano 450 a.C., que foi uma iniciativa de fixação por escrito do direito em
vigência, o qual deveria estar exposto no Fórum, para público conhecimento.
Isto fazia enorme diferença: um cidadão poderia defender-se contra arbitrariedades de
poderosos inescrupulosos com uma arma muito mais poderosa que simplesmente a
tradição e o costume. Afinal de contas, os procedimentos e as penalidades bem
definidas davam maior segurança a um número maior de pessoas. Isto acarretou um
processo que podemos chamar de laicização do direito insurgente. Já não eram mais os
pontífices que detinham consigo o poder de legislar e julgar, mas sim alguns nobres que

1Pontífice máximo (em latim: pontifex maximus , lit. "máximo/supremo construtor de pontes"), na Roma Antiga,
designava o sacerdote supremo do colégio dos sacerdotes, a mais alta dignidade na religião romana. [1] Inicialmente
somente os patrícios podiam ocupá-lo, até um plebeu ser designado para o cargo em 254 a.C..
2 O Ius Romano é formado por “fontes”, que deram origem ao Ius Civile. São as fontes manifestandi, referentes ao modo de
formação das normas jurídicas,nomeadamente os Mores Maiorum, que constituem a base do Ius Romanum.Os Mores Maiorum são a primeira
fonte manifestandi, a primitiva interpretatio,sendo produzida pelo “populus”, que constitui a fonte exsistendi do Direito
Romano.Assume-se como a tradição de uma comprovada moralidade, um saber/costumetranslacticío que se impunha aos cidadãos como norma
O costume romano era semprealgo moral, honesto, digno de acatamento e de imitações, uma prática reiterada comconvicção de
obrigatoriedade.Dá-se, portanto, na sociedade Romana, a transformação da tradição, que nãoexige convicção de obrigatoriedade, em costume, a
partir do momento em que um actode autoridade é assumido por todos, ocorrendo a massificação do conhecimento que se torna laicizado

3 A Lei das Doze Tábuas (Lex Duodecim Tabularum ou simplesmente Duodecim Tabulae, em latim) constituía uma
antiga legislação que está na origem do direito romano. Formava o cerne da constituição da República Romana e
do mos maiorum (antigas leis não escritas e regras de conduta). Foi uma das primeiras leis que ditavam normas
eliminando as diferenças de classes, atribuindo a tais um grande valor, uma vez que as leis do período
monárquico não se adaptaram à nova forma de governo, ou seja, à República e por ter dado origem ao direito civil e
às ações da lei, apresentando assim, de forma evidente, seu caráter tipicamente romano (imediatista, prático e
objetivo).
foram paulatinamente – e no decorrer dos séculos seguintes – se especializando na
interpretação, na criação e na execução das leis.
Começam a destacar-se, então, os primeiros grandes pensadores do direito romano –
que serve de esteio para o direito ocidental moderno, direta ou indiretamente.
Um dos principais representantes deste grupo é, sem dúvida, Marco Túlio Cícero, que,
embora se tenha destacado muito mais pelos seus discursos jurídicos e pelo seu papel de
defensor público, contribuiu de maneira notória para a formulação do conceito e dos
elementos das leis em dois de seus tratados filosóficos: o De Republica e o De Legibus.
Influenciado por Platão, Cícero escreveu o De Republica, na qual defende o modo
republicano de Roma, no qual aos aristocratas mais educados e ricos detinham todo o
poder político.
Complementando esta obra, Cícero escreveu o De Legibus, na qual ele apresenta sua
noção a respeito de lei e justifica certas leis romanas de então. O De Legibus é
composto de cinco livros, mas apenas os três primeiros chegaram até nós.
Baseando-se em preceitos da filosofia grega estóica e da Academia, Cícero concebe o
direito como algo racional e natural:
“A lei é a razão suprema da Natureza, que ordena o que se deve fazer e proíbe o
contrário. Esta mesma razão, uma vez confirmada e desenvolvida pela mente humana,
se transforma em lei. Por isso, afirmam que a razão prática é uma lei cuja missão
consiste em exigir as boas ações e vetar as más.”

É a natureza que faz com que os homens sejam capazes de discernir entre o bem e o
mal, o honroso do desonroso.
Desta forma, na conceção ciceroniana de lei, o agir com justiça e honestamente é
simplesmente seguir a natureza, de acordo com a vontade das divindades. Dada esta
proporção universal/natural da lei, torna-se evidente o motivo pelo qual a lei romana
para Cícero era em si natural e comum a todos os seres humanos, e justifica a
transmissão desta lei a todos os povos através do Império territorial.
A lei natural une os homens entre si e, ao mesmo tempo, une homens e deuses.

Marco Túlio Cícero

Nasceu em Arpinum (Arpino), em 106 a.C.;


morreu em Formiae (Formia) em 43 a.C.
Foi um brilhante orador, um grande advogado e um político influente no seu tempo.
Era filho de Cícero, o Velho, com Élvia e pai de Cícero, o Jovem, cônsul em 30 a.C., e
de Túlia. Cícero nasceu numa rica família municipal de Roma de ordem equestre e foi
um dos maiores oradores e escritores em prosa da Roma Antiga
Era membro da Ordem Equestre e por isso não pertencia nem à plebe nem à burguesia.
Foi educado em Arpino e em Roma.
Estudou retórica e filosofia tendo aprofundado os conhecimentos filosóficos da
Academia ( platónicos ) e da Escola dos Estoicos.
Desenvolveu também os estudos jurídicos e a arte oratória.
Com a idade de 25 anos começa a a sua atividade política.
Em 76 a.c. é nomeado questor4; em 70 é edil5 e pretor em 666 ; desempenhou depois as
funções de cônsul7 em 63 e finalmente terminou a sua carreira como procônsul8 na
Cilícia.
Durante o seu consulado defendeu a República da conspiração chefiada por Lúcio
Sérgio Catilina e apesar de ter vencido este combate e de lhe terem chamado “ O Pai da
Pátria ( Pater Patriae ), Cícero arranjou muitos inimigos.
Em 58 a.c exilou-se na Grécia mas voltou a Roma no ano seguinte.
Durante a guerra civil entre Pompeu e Júlio César, Cícero toma o partido do primeiro. O
conflito terminou com a derrota de Pompeu e Júlio César perdoa a Cícero.
Com o assassinato de César e na esperança de se conseguir um regime moderado e de
liberdade, Cícero opõe-se a Marco António e apoia Octávio. Estes dois vêm no entanto
a entender-se e formam com Lépido o segundo triunvirato.
Cícero é abandonado por todos e assassinado em 7 de Dezembro de 43 a.c

“Ó Origem causa das causas, não te esqueças de mim!” – esta foi a frase que Cícero
pronunciou pouco antes de ser morto pela espada de um soldado. Isso revela sua
percepção estoica do mundo. Era a ideia de logos, a causa das causas, que Cícero traduzia
por Deus.

Os soldados voltaram a Roma dando a noticia de que a cidade se livrava naquele momento
daquele que, pelo poder da palavra, subvertia a ordem e o poder constituído.

4
Questor (do [latim] quaestor, procurador) era o primeiro passo na hierarquia [[política]/ da Roma Antiga (cursus
honorum). O cargo, que implicava funções administrativas, era geralmente ocupado por membros da classe
senatorial. O mandato como questor dava acesso direto ao colégio do senado romano. Por serem os cobradores de
impostos do império, eram mal-vistos pela população, pois eram "interventores"
5
1. Vereador, membro da Câmara Municipal.
2. Magistrado que tinha a seu cargo vários serviços urbanos na Roma antiga.
6
Pretor (em latim: Praetor) era um dos títulos concedidos pelo governo da Roma Antiga a homens que
atuavam em duas diferentes funções oficiais: comandante de um exército (já em campanha ou, muito
raramente, antes dela) ou um magistrado eleito para realizar diversas funções (que variaram em
diferentes períodos da história de Roma).

7
Cônsul (Roma Antiga) — magistratura máxima durante a República Romana e no início do Império Romano

8
procônsul (proconsul, em latim) era o governador de uma província romana.
Influência de Cícero

A influência do direito romano em toda a tradição do direito ocidental é inegável, sendo


que um dos mais notáveis filósofos romanos foi Marco Túlio Cícero.
Cícero, quando jovem, teve contato com a filosofia ao estudar em Atenas,
antes mesmo de se tornar advogado e homem público.
Foi bastante influenciado por dois representantes do estoicismo médio, Panécio e
Possidônio, que chegaram a assumir a escola estoica em Atenas.
Além disso, Cícero também aprendeu muito ao desfrutar da companhia de outro
estoico, Diódoto.
De todas as correntes com as quais tomou contato Cícero retirou algumas
ideias e compôs uma síntese de suma importância para a composição do vocábulo
latino e como fonte de estudo do pensamento clássico.
Ao estudar a Filosofia e a Teoria do Direito em Roma, observamos que o
Império produziu literatura jurídica no sentido de reflexão doutrinária e criou um
aparelhamento específico de teoria do Direito.
Nesse ponto, os romanos inovaram em relação aos gregos por criarem uma profissão
específica, qual seja, a dos jurisconsultos e juristas cujos olhares se voltavam para os
casos concretos, que eram objeto das consultas por eles prestadas.
Sendo que criaram uma relação paradoxal que estabelecem entre o direito natural e o
direito positivo.
E é neste contexto, de composição de uma filosofia e de uma teoria do direito romanas,
que Marco Túlio Cícero se destaca, sendo que este para além de beber destas influencias
sentiu a necessidade de buscar na filosofia ferramentas para enriquecer sua atividade de
jurista renomado.
A sua contribuição para a criação de uma tradição filosófica romana foi caracterizada
pelo ecletismo filosófico uma vez que, teve acesso às varias doutrinas que circulavam
pelo Império Romano naquela época.
Desde o cético Fílon, seu primeiro mestre, passando pelos estoicos Panécio
e Possidônio, dentre outros pensadores e escolas, influenciaram o pensamento do
grande orador, especialmente no que diz respeito à determinação da lei natural
sobre a conduta moral e ética do Homem.
Sobre esse tema Cícero, por meio de sua experiência como homem público,
entendia que sem o Direito não era possível organizar a vida social.
Todavia essa organização deveria ter por base o direito natural. Para Cícero o estudo do
direitonão poderia ser limitado ao estudo de questões meramente casuísticas, pois o
Direito seria um dos elementos mais importantes para a manutenção da República.
Nesse passo, Cícero entendia que para conhecer o direito era necessário
Aproximar-se da filosofia.
Para descobrir as suas fontes era necessário pôr em evidência os dons recebidos da
natureza, observar as boas qualidades do espírito humano e verificar a tarefa reservada
para o gênero humano.
A natureza do Direito residiria na própria natureza humana e não nos textos jurídicos
produzidos.
Desta forma, a partir do estudo do pensamento de Cícero percebemos a influência e
repercussão de sua filosofia na teorização do direito romano, principalmente no que diz
respeito à estruturação de um direito natural que repercute até hoje.
A obra de Cícero é uma das principais fontes do estoicismo e do conhecimento das
escolas helenísticas, cuja produção textual praticamente se perdeu.
Foi Cícero o responsável por criar boa parte do vocabulário filosófico latino traduzindo
os termos gregos e criando novas palavras e expressões.
A ele tambémcoube divulgar a filosofia grega dentre o mundo romano:

(...) a cultura romana apossa-se, por mérito de Cícero, da filosofia


grega; assimila-a, dá-lhe vida prática, difundindo-a e impondo-a ao
mundo. Cícero, reunindo todos os sistemas filosóficos helênicos, dá
a este apanhado a marca da ciência civil e moral de Roma, anima-o,
vivifica-o, dá-lhe o impulso da ação, transformando romanamente o
ideal máximo da cultura grega, a humanitas, em princípio operante
em todos os povos. Os tratados filosóficos de Cícero têm uma marca
estilística que refletia exatamente o conteúdo eclético: sua prosa é
elegante, reavivada na forma e no léxico, os argumentos são
expostos por meio de diálogos, nos quais agem os defensores das
várias teorias. Ainda nisso vemos, mais que o filósofo, o divulgador
da filosofia: um divulgador eficientíssimo (único em toda a literatura
latina), que fará sentir através dos séculos o aço da ação fecunda.
54 LEONI
Podemos dividir a obra de Cícero em dois grupos:
o primeiro que se virou para a retórica, a eloquência e a oratória (são os casos de De
Inventione, De Oratore, Brutus, Orador ad Brutum, dentre outros)
um segundobloco dedicado a investigações filosóficas.
Com relação ao mencionado segundo grupo Cícero escreveu quinze
tratados sobre filosofia-política, a saber:
Da República, Das Leis, Paradoxos, Estoicos, Consolação, Sobre os Termos Extremos
de Bem e Mal, Acadêmicos I e II, Sobre a Natureza dos Deuses, Catão ou Sobre a
Velhice, Sobre a Adivinhação, Sobre o Destino, Sobre a Amizade, Sobre a Glória, Dos
Deveres e Sobre as
Virtudes.

Conforme já indicado anteriormente A obra de Cícero é uma das principais fontes do


estoicismo uma vez que essa escola influenciou as posições de Cícero sobre o direito e
a justiça.

O Estoicismo e o Direito Natural

A física estoica tem por base a afirmação da existência de uma razão universal, uma
natureza intrínseca presente e atuante em todas as coisas que produz e governa a
realidade de acordo com um conjunto de leis que se encadeiam de maneira necessária e
harmoniosa.
Para os estoicos o homem tem, desde o início de sua existência, por natureza, meios de
distinguir o que é conforme e o que é contrário à natureza.
Assim viver de maneira ética seria viver de acordo com a natureza.
A virtude residiria na conformação à ordem natural das coisas, o que levaria o homem a
felicidade.
Cícero, em sua filosofia, traz do estoicismo a crença de um universo racionalmente
ordenado, na presença da razão em todos os homens, que atribui a cada ser a sua
essência e a tarefa para o qual foi direcionado durante sua existência, e ainda na
consubstancialidade dessa razão com a alma humana, ligando a ordem da natureza com
a ordem moral.
Para fundar o direito seria necessário, pois tomar essa lei inscrita no interior
de cada homem, identificada com a razão, e explicitá-la.
É a lei natural que funda o direito possibilitando e gerando a convivência social.
A formação do caráter ético tem início no aprimoramento das primeiras
tendências e inclinações que o homem recebe da natureza. Sendo o ser humano
parte da razão universal e sujeito à ordem cósmica, espontaneamente repelirá o que
for prejudicial e acolherá o que for útil.

Os estoicos comprovaram, por exemplo, que as crianças, mesmo sem o conhecimento


do que é prazer ou dor, procuravam o que lhes era útil e fugiam do que lhes era nocivo.
Esse comportamento expressaria o amor próprio do homem e sua tendência natural de
conservação.
Assim, desde o início de sua existência o homem tem, por natureza, meios de distinguir
o que é conforme e o que é contrário à natureza.
Viver segundo amoral seria viver de acordo com a natureza.
A virtude residiria na conformação à ordem natural das coisas, o que levaria o homem à
felicidade.
A ideia central do direito natural estoico é a crença na existência de uma lei
comum, aplicável a todos os seres, que está acima de qualquer lei particular
elaborada pelos homens. Essa lei é associada a existência de uma razão universal
que gera e rege o cosmos. O direito natural emanaria, portanto, da razão universal e não
de leis particulares de uma determinada cidade.
Os estoicos inovam ao entender que todos os homens pertencem a mesma cidade, uma
cosmópolis, e estão todos igualmente submetidos às suas leis naturais.
Assim, a estrutura humana do direito deveria refletir esse direito natural,
universal a todos,
A partir das inclinações naturais é que o conteúdo do direito natural se
Organizaria.
Estes princípios do direito natural estoico aparecem de forma
acentuada na filosofia do direito de Cícero.
Para ele, as leis naturais de inspiração divina, aplicáveis para todas as nações, são
permanentes e imutáveis, enquanto as leis dos homens são mutáveis e diferentes em
cada cidade, nesse sentido

Relativamente à noção do Direito Natural, há que se destacar as reflexões de Cícero


especialmente expressas em Da República e Das Leis.
Para ele o Direito Natural seria “a reta razão em concordância com a natureza” e, por
esse motivo, seria eterno, imutável e universal. Opondo-se à ideia de que seriam justos
todos os costumes e leis, proclamou que a noção do justo adviria igualmente da natureza
e que esse valor antecedia as leis positivas.
O sentimento de justiça seria comum a todos os homens, embora não fosse idêntico.
Nas palavras de Cícero:
“Na verdade, existe um só direito, aquele que une a sociedade
humana e que nasce de uma só Lei: e essa Lei é a reta razão,
quando ordena ou proíbe. Quem a ignorar é injusto, esteja ou não
escrita em algum lugar. Se a Justiça consistisse em obedecer às leis
escritas e agir conforme as instituições dos povos, como julga a
mesma escola, tudo seria medido pelo padrão da utilidade e qualquer
um, quando lhe fosse proveitoso, poderia ignorar ou violar as leis.
Resulta daí que não existe justiça se não assentada na Natureza, e
que a Justiça fundada na utilidade acaba com qualquer justiça. Se a
natureza não for a base do direito, acabam todas as virtudes.”

É assim a Natureza que permite distinguir entre o justo e o injusto, entre o honroso e o
desonroso, por nos ter dotado de igual inteligência e nos ter capacitado para relacionar o
honroso com a virtude e o desonroso com o vicio.
O Direito, na concepção de Cícero, é apresentado como o respeito que os homens
devem a tudo que é humano, a saber, como o conjunto dos direitos de todos sobre cada
um, ou das obrigações de cada um em relação a todos.para estabelecer um direito capaz
de governar uma comunidade humana, é necessário que remontemos à fonte de toda a
universalidade: a natureza.
A experiência de Cícero como homem público forma nele o entendimento de que sem o
direito não é possível organizar a vida social.
No entanto, essa organização deve ser pautada no verdadeiro direito, qual seja o direito
natural.
Cícero entendia que o estudo do direito não poderia se limitar ao estudo de questões
meramente casuísticas, pois o direito é um dos elementos mais importantes para se
manter a República.
Cícero acreditava que, para conhecer o direito, era necessário aproximar-se da
Filosofia, pois para descobrir suas fontes era preciso em primeiro lugar colocar em
evidencia os dons recebidos da natureza, analisar as qualidades boas que o espírito
humano possui, verificar a tarefa reservada para o gênero humano. A natureza do
direito, segundo ele, é explicada e entendida a partir da natureza do homem e não
dos textos jurídicos.

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