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DIREITO ADMINISTRATIVO
A divulgação do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS pela CGU tem
mero caráter informativo, não sendo determinante para que os entes federativos impeçam a
participação, em licitações, das empresas ali constantes.
STJ. 1ª Seção. MS 21.750-DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 25/10/2017 (Info 615).
DIREITO AMBIENTAL
RESPONSABILIDADE CIVIL
Análise do acidente com o navio Vicuña
DIREITO CIVIL
LEI DE LOCAÇÕES
O prazo de 30 meses previsto no art. 46 da Lei de Inquilinato
não pode ser alcançado pela prorrogação de contratos
Importante!!!
Se a locação residencial foi celebrada por escrito e com prazo igual ou superior a 30 meses,
quando chegar ao fim o prazo estipulado, termina o contrato e o locador poderá pedir a
retomada do imóvel sem a necessidade de apresentar qualquer justificativa. Diz-se, assim, que
o locador pode fazer a chamada “denúncia vazia”. Isso está previsto no art. 46 da Lei nº
8.245/91.
Vale ressaltar, contudo, que não é cabível a denúncia vazia quando o prazo de 30 meses,
exigido pelo art. 46 da Lei nº 8.245/91, é atingido com as sucessivas prorrogações do contrato
de locação de imóvel residencial urbano.
Em outras palavras, o art. 46 da Lei nº 8.245/91 somente admite a denúncia vazia se um único
instrumento escrito de locação estipular o prazo igual ou superior a 30 meses, não sendo
possível contar as sucessivas prorrogações dos períodos locatícios (accessio temporis) para se
atingir esse prazo de 30 meses.
Ex: o contrato de locação foi celebrado por 12 meses; depois foi prorrogado mais duas vezes,
totalizando 36 meses; não se aplica o art. 46 porque o período mínimo de 30 meses foi
alcançado com prorrogações.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.364.668-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 07/11/2017 (Info 615).
ALIMENTOS
O valor recebido pelo alimentante (devedor) a título de participação nos
lucros e resultados deve ser incorporado à prestação alimentar devida?
DIREITO DO CONSUMIDOR
CONTRATOS BANCÁRIOS
Saque indevido em conta-corrente não configura, por si só, dano moral
Importante!!!
O saque indevido de numerário em conta-corrente, reconhecido e devolvido pela instituição
financeira dias após a prática do ilícito, não configura, por si só, dano moral in re ipsa.
O saque indevido em conta corrente não configura, por si só, dano moral, podendo, contudo,
observadas as particularidades do caso, ficar caracterizado o respectivo dano se demonstrada
a ocorrência de violação significativa a algum direito da personalidade do correntista.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.573.859-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 07/11/2017 (Info 615).
PLANO DE SAÚDE
Legitimidade ativa de usuário de plano de saúde coletivo
para questionar a rescisão unilateral promovida pela operadora
O beneficiário de plano de saúde coletivo por adesão possui legitimidade ativa para se insurgir
contra rescisão contratual unilateral realizada pela operadora.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.705.311-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 09/11/2017 (Info 615).
JUSTIÇA GRATUITA
Recurso contra a decisão que julga a impugnação à justiça gratuita
A impugnação à justiça gratuita é feita nos autos do próprio processo ou em autos apartados?
• Antes do CPC/2015: autos apartados.
• Depois do CPC/2015: nos autos do próprio processo.
Qual é o recurso cabível contra a decisão que acolhe ou rejeita a impugnação à gratuidade de
justiça?
• Antes do CPC/2015: apelação.
• Depois do CPC/2015: agravo de instrumento.
Se a parte ingressou com a impugnação antes do CPC/2015, mas esta somente foi julgada após
a vigência do novo Código, qual é o recurso que deverá ser interposto contra essa decisão que
rejeitou ou acolheu a impugnação?
Agravo de instrumento. Cabe agravo de instrumento contra o provimento jurisdicional que,
após a entrada em vigor do CPC/2015, acolhe ou rejeita incidente de impugnação à gratuidade
de justiça instaurado, em autos apartados, na vigência do regramento anterior.
Aplica-se aqui o princípio do tempus regit actum, no qual se fundamenta a teoria do isolamento
dos atos processuais.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.666.321-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 07/11/2017 (Info 615).
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
É incabível a rejeição do seguro garantia judicial pelo exequente,
salvo por insuficiência, defeito formal ou inidoneidade da salvaguarda oferecida
Admite-se emenda à inicial de ação civil pública, em face da existência de pedido genérico,
ainda que já tenha sido apresentada a contestação.
STJ. 4ª Turma. REsp 1.279.586-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 03/10/2017 (Info 615).
DIREITO PENAL
COMPETÊNCIA
Não compete à JF julgar crime ambiental ocorrido em programa Minha Casa Minha Vida
pelo simples fato de a CEF ter atuado como agente financiador da obra
Importante!!!
Compete à Justiça estadual o julgamento de crime ambiental decorrente de construção de
moradias de programa habitacional popular, nas hipóteses em que a Caixa Econômica Federal
atue, tão somente, na qualidade de agente financiador da obra.
O fato de a CEF atuar como financiadora da obra não tem o condão de atrair, por si só, a
competência da Justiça Federal. Isto porque para sua responsabilização não basta que a
entidade figure como financeira. É necessário que ela tenha atuado na elaboração do projeto
ou na fiscalização da segurança e da higidez da obra.
STJ. 3ª Seção. CC 139.197-RS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 25/10/2017 (Info 615).
NULIDADE
Indeferimento do pedido de incidente de falsidade formulado anos
após a prova ter sido juntada e depois da sentença condenatória
Não há nulidade na decisão que indefere pedido de incidente de falsidade referente à prova
juntada aos autos há mais de 10 anos e contra a qual a defesa se insurge somente após a
prolação da sentença penal condenatória, uma vez que a pretensão está preclusa.
STJ. 5ª Turma. RHC 79.834-RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 07/11/2017 (Info 615).