Sunteți pe pagina 1din 2

O solo constitui a base para 90 % de toda a produção de

alimentos, rações, fibras e combustíveis e fornece a matéria-


prima para atividades que vão da horticultura ao setor de
construção. O solo também é essencial para a saúde do
ecossistema: purifica e regula a água, é o motor dos ciclos de
nutrientes e um reservatório de genes e espécies, servindo de
suporte à biodiversidade. É um sumidouro de carbono global,
desempenhando um papel importante no possível abrandamento
das alterações climáticas e dos seus impactes. Para além disso,
conservando vestígios do nosso passado, constitui um elemento
importante do nosso património cultural.

No entanto, o solo está sujeito a exigências contínuas, muitas vezes


contraditórias, por parte da nossa sociedade. Deste modo, a capacidade do solo
para fornecer serviços ecossistémicos — no que respeita à produção de
alimentos, como uma reserva de biodiversidade e como regulador de gases,
água e nutrientes — está sob pressão. As taxas observadas de
impermeabilização, erosão, declínio da matéria orgânica e contaminação no
solo reduzem a resiliência do mesmo ou sua capacidade para absorver as
mudanças a que está sujeito.

Ao longo do tempo de duração de uma vida humana, o solo pode ser


considerado um recurso não-renovável. Precisamos, como sociedade, de o gerir
de forma sustentável a fim de desfrutar dos seus benefícios. Apesar do leque de
atividades que, em última instância, dependem do solo, não existe legislação
comunitária específica sobre o mesmo. Até à data, e ao contrário da água e do
ar, a proteção do solo é abordada indiretamente ou no âmbito de políticas
sectoriais: agricultura e silvicultura, energia, água, alterações climáticas,
proteção da natureza, resíduos e produtos químicos. A falta de uma política de
solos coerente a nível da UE tem igualmente reflexo na escassez de dados
harmonizados sobre o solo.

No entanto, nos últimos dez anos, temos assistido a progressos no domínio do


desenvolvimento de políticas e dos esforços em matéria de dados coordenados.
A Estratégia Temática da Proteção do Solo da Comissão Europeia, de 2006,
salienta a necessidade de proteger o funcionamento do solo como elemento
essencial do desenvolvimento sustentável. A nível mundial, as questões
relacionadas com o solo estão a ser abordadas no âmbito do conceito mais
amplo de degradação da terra (até agora limitado às zonas secas) pela
Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD). Mais
recentemente, a noção de preservação das funções do solo foi incorporada no
conceito de neutralidade da degradação do solo como parte dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS), aprovados pela Assembleia Geral das
Nações Unidas em 2015. Os ODS incluem também metas sobre a qualidade do
solo, a contaminação do solo, a gestão de produtos químicos e resíduos. A
implementação dos ODS pode constituir um veículo importante para as
medidas de proteção do solo na Europa. Os esforços para harmonizar e
uniformizar a informação sobre o solo para uso público estão a decorrer em
conformidade, tanto a nível mundial como a nível europeu.
A AEA produz avaliações baseadas em indicadores sobre uma série de tópicos
relativos ao uso da terra e ao solo no âmbito do conjunto temático de
indicadores de utilização da terra e do solo (conjunto de LSI). O conjunto de
LSI inclui indicadores sobre: ocupação dos solos, impermeabilidade, gestão de
locais contaminados, humidade dos solos, erosão do solo e carbono orgânico do
solo. Estão previstos indicadores sobre fragmentação e reciclagem de terras.
Os Serviços de observação da terra do Copernicus facilitam a atualização
regular de vários desses indicadores. A AEA publica igualmente avaliações ad
hoc sobre tópicos específicos relacionados com o solo, como a eficiência dos
recursos do solo em áreas urbanizadas ou as cargas de nutrientes e metal do
solo no meio ambiente.

S-ar putea să vă placă și