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INTRODUÇÃO

O cérebro humano é uma estrutura complexa por isso que até hoje, segundo Eysenck (1994, apud

Mota et al, 2005), “é difícil indicar com exatidão o início do estudo sistemático de como os seres

humanos aprendem a organizar o conhecimento.”

O presente trabalho tem como tema a Organização e Acesso do Léxico Mental em falantes bilingues.
É objectivo desse trabalho explicar, segundo modelos de processamento lexical, como os falantes
bilingues organizam e acessam as duas línguas que eles conhecem no seu léxico mental.

A expressão ‘léxico mental’, segundo Sousa e Gabriel (2012) citando (COLTHEART et al.,2001), ela
foi utilizada no âmbito dos estudos Psicolinguísticos pela primeira vez por Ann Triesman em 1961.

Léxico mental, segundo a definição de Chomsky, no Dicionário de Termos Linguísticos (1992), “é o


conjunto das entradas lexicais armazenadas na memória de longo prazo”. Isso significa que o léxico
mental é um armazém de informação fonológica, morfológica, sintáctica e semântica da palavra, que
se encontra no cérebro.

Como é que um falante bilingue Organiza e acessa a informação do seu léxico mental? Esse é o
problema que nos leva a elaboração deste ensaio, e buscamos a resposta a esta questão nas
divergências de abordagens entre os dois principais modelos de processamento lexical bilingue,
Modelo Hierárquico Revisado (RHM) e do Modelo de Ativação Interativa Bilingue (BIA). Esses dois
modelos discutem de forma divergente se as duas línguas que o falante bilingue conhece estão
organizadas de forma conjunta ou de forma separada no léxico mental ou se no reconhecimento de
uma palavra de uma determinada língua há independencia ou interdependência da outra língua que o
falante bilingue conhece.
Partindo do pressuposto defendido por Soussure (1986) de que a palavra caracteriza-se pelo seu
significado e significante, então as duas línguas encontram-se organizadas no léxico mental do falante
bilingue.

O modelo Hierárquico Revisado, segundo Marini e Febro (2007 apud Toassi e Mota, 2015), defende
que as duas línguas que o falante bilingue conhece estão armazenadas em léxicos diferentes. E
segundo os mesmos autores, o modelo de Ativação Interativa Bilingue as duas línguas que o falante
bilingue conhece compartilham o mesmo léxico.

É importante referenciar que neste trabalho o modelo Hierárquico Revisado será visto sob duas
perspectivas, sugeridas por Potter et al (1984): primeiro na perspectiva de Associação de Palavras,
segundo esta, uma palavra da segunda língua quando adquirida é directamente associada as palavras
da língua primeira. A segunda perspectiva, Mediação Conceptual, defende que as palavras da língua
segunda não são directamente ligadas as palavras da língua primeira, mas há uma associação de
conceitos não linguísticos comuns as duas línguas.

No que diz respeito ao modelo de Ativação Interativa Bilingue, segundo Kroll e Tokowicz (2002),
afirmam que este é um modelo conexionista e localista, porque segundo eles é o modelo que se
preocupa somente com a forma da palavra.

O Léxico mental durante anos foi alvo de diferentes estudos e teorias de linguistas, neurolinguistas e
psicolinguistas que, segundo Sousa e Gabriel (2012), uns o comparavam com um dicionário, outros o
comparavam com uma biblioteca ou memória de um computador, actualmente, com os avanços nos
estudos neurológicos, observa-se que ele é mais complexo que tudo isso. A motivação para a
elaboração deste ensaio é justamente a necessidade de simplificar os estudos sobre o léxico mental,
em particular bilingue. Visto que Moçambique é um país que a maioria da população conhece pelo
menos duas línguas, uma materna e o Português, esse trabalho justifica-se pela necessidade de
compreender como um falante, por exemplo, que tem como L1 Changana e L2 Português, organiza e
acessa a essas duas línguas no seu léxico mental.

Neste trabalho não será nossa prioridade olhar para as vantagens ou desvantagens de se ser um
falante monolingue ou bilingue, tal como nos sugere Bialystok et al (2008), porque o foco deste
trabalho é olhar para os dois principais modelos de processamento lexical bilingue, e não monolingue.

Para sustentar os argumentos de cada modelo aqui apresentado, usaremos como exemplos um falante
bilingue moçambicano, ou seja, um falante que represente uma realidade de bilinguismo
moçambicano, como forma de, com esses estudos, valorizar e difundir o bilinguismo moçambicano; e
por outro lado contribuir no âmbito do processamento lexical em falantes bilingues moçambicanos.
O ensaio está organizado do seguinte modo: na Secção 1, intitulada Modelo Hierárquico Revisado
(RHM), apresentamos as abordagens desse modelo tendo como foco as suas duas principais hipótese,
a primeira de Associação de Palavras e a segunda de Mediação conceptual;

Na Secção 2, intitulado Modelo de Ativação Interativa Bilingue (BIA), este modelo como sendo
oponente do primeiro, apresentamos a sua teoria sobre a Organização e Acesso lexical de um falante
bilingue.

Na Secção 3, apresentamos o nosso ponto de vista que corresponde a síntese do ensaio.

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