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1 http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo779.htm#Modulação: precatório e
EC 62/2009 – 12
c) a expressão “índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança”, constante do §
12 do art. 100 da CF, incluído pela EC 62/2009, para que aos precatórios de natureza tributária se
aplicassem os mesmos juros de mora incidentes sobre o crédito tributário; d) por arrastamento, a
mesma expressão contida no art. 1º-F da Lei 9.494/1997, na redação dada pela Lei
11.960/2009, porquanto reproduziria a literalidade do comando contido no § 12 do
art. 100 da CF; e) a expressão “independentemente de sua natureza”, sem
redução de texto, contida no § 12 do art. 100 da CF, incluído pela EC 62/2009,
para afastar a incidência dos juros moratórios calculados segundo índice da
caderneta de poupança quanto aos créditos devidos pela Fazenda Pública em
razão de relações jurídico-tributárias; f) por arrastamento, a expressão “índice
oficial de remuneração da caderneta de poupança”, contida no art. 1º-F da Lei
9.494/1997, com a redação dada pelo art. 5º da Lei 11.960/2009; e g) o § 15 do art.
100 da CF e todo o art. 97 do ADCT.
Portanto, em conclusão, temos que:
1) aplica-se a TR única e exclusivamente para corrigir precatórios expedidos e não
pagos entre a data da EC 62/2009 e 25/03/2015, isto se já não fixado o IPCA-E quando
de sua expedição, hipótese em que tal critério (IPCA-E) prevalece;
2) para valores ainda discutidos em fase de conhecimento ou execução ainda não
convertidos em precatório, incluindo aqueles oriundos de ações previdenciárias, face a
explicita inconstitucionalidade declarada ao art.1-F da Lei nº 9494/97, com a redação
dada pelo art. 5o da Lei 11.960/09, aplica-se o IPCA-E, salvo disposição contrária
expressa emanada em titulo judicial transitado em julgado;
3) Quanto aos juros de mora em débitos de natureza não tributária, prevalece o
índice de 0,5% ao mês, contados da citação, na forma dos arts. 1.062 do antigo CC e 219
do CPC, até o dia anterior à vigência do novo CC (11.01.2003); em 1% ao mês a partir da
vigência do novo CC, nos termos de seu art. 406 e do art. 161, § 1º, do CTN, face a
declaração de inconstitucionalidade da Lei 11.960, de 29.06.2009 que havia dado nova
redação ao art. 1º-F da Lei 9.494/97;
4) Com relação aos débitos de natureza tributária, prevalecem os índices oficiais,
inclusive a SELIC;
Bernardo Rücker é advogado, especialista em Direito Empresarial, Direito do Trabalho, Processo do
Trabalho e Direito Previdenciário.