Descobrindo

a Bíblia
Versão 1.5

Um guia de estudos dirigidos estruturado em

debates de temas diversos, com a apresentação
do que as Escrituras ensinam sobre cada tema.

Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)

Esta apostila deve ser utilizada somente pelo líder da célula. Os demais integrantes
não devem ter acesso aos “Encontros” (nome que damos a cada debate dirigido) antes
dos mesmos serem utilizados em reunião, para que não atrapalhe a dinâmica dos
debates. Após a reunião, o líder, se assim desejar, poderá deixar com cada um dos
participantes uma cópia do estudo já apresentado para posterior meditação e devocional.

Dos direitos autorais:

Esta apostila poderá ser livremente copiada, desde que seguidos os seguintes critérios:
1) Quando da cópia de estudos individuais, deverão ser mantidas em cada estudo as referencias
relativas ao nome da apostila, ao autor e ao e_mail para contato. Os estudos copiados não
poderão sofrer qualquer alteração, estando o autor aberto a sugestões e críticas que poderão
ser enviadas pelo e_mail “sfair@nev.com.br”.
2) Quando da cópia para formação de uma apostila, a cópia deverá ser integral, ou seja, todos
os estudos e páginas deverão estar presentes, inclusive esta, e não será permitido, em
nenhuma hipótese, a inserção de novas páginas ou estudos, ou qualquer alteração no conteúdo
de qualquer das páginas, estando o autor aberto a sugestões e críticas que poderão ser
enviadas pelo e_mail “sfair@nev.com.br”.
3) Constitui-se em exceção ao item “2” a capa da apostila. A mesma poderá ser livremente
modificada, desde que o título da apostila não sofra alteração e que o nome e e_mail do
autor sejam facilmente identificáveis. (ex.: a capa poderá ser personalizada pela Igreja:
“Apostila de Grupos Familiares da Igreja ...”)
4) Ú autorizada toda e qualquer forma de cÛpia, desde que seguidos os critérios anteriores,
inclusive para fins comerciais, sem que a venda do material gere qualquer crédito ou
débito entre a instituição, ou indivíduo, que comercialize este material e o autor.
5) Qualquer não conformidade ao exposto aqui constituir-se-a em total violação dos direitos
autorais desta apostila, ficando o infrator integralmente sujeito às penas previstas na lei.

“Descobrindo a Bíblia” foi inicialmente desenvolvida para o ministério de células e

discipulado da Igreja Batista da Praia Pernambuco, de Guarujá – SP.
Esta igreja coloca agora este material ao alcance de todo povo de Deus.
Índice:
Introdução
1º Encontro: Merece crédito o que a Bíblia Diz?
2º Encontro: Conhecendo o verdadeiro autor da Bíblia
3º Encontro: Deus e sua relação com o homem
4º Encontro: Deus: O autor da Criação
5º Encontro: A separação entre o homem e Deus
6º Encontro: Quem é Jesus?
7º Encontro: O propósito de Jesus vir ao mundo
8º Encontro: A natureza divina de Jesus
9º Encontro: A natureza humana de Jesus
10º Encontro: Jesus – Consumando sua missão
11º Encontro: A ressurreição de Jesus
12º Encontro: Jesus, Nosso Senhor e Salvador
13º Encontro: A nova vida em Cristo Jesus
14º Encontro: A natureza pecaminosa x Nova natureza
15º Encontro: Conhecendo a Deus e à Sua vontade
16º Encontro: Oração: Nosso canal direto com o Pai
17º Encontro: O que é oração e como deve ser feita
18º Encontro: Oração - Sua importância na obra de Deus
19º Encontro: Oração - Sua importância na vida cristã
20º Encontro: A Bíblia - Nosso manual de fé e prática
21º Encontro: A Igreja
22º Encontro: A Igreja - Sua função perante Deus
23º Encontro: A Igreja - Sua função perante seus membros
24º Encontro: A Igreja - Sua função perante o mundo
25º Encontro: O Espírito Santo de Deus
26º Encontro: O cristão e o mundo
27º Encontro: O mal, segundo as Escrituras
28º Encontro: O último inimigo: a morte
29º Encontro: As inúmeras tentações do cristão
30º Encontro: O cristão e as provações
31º Encontro: O cristão perante a perseguição
32º Encontro: O cristão e a disciplina divina
33º Encontro: O Tribunal de Cristo
34º Encontro: Vigiando pela comunhão cristã – Parte 1
35º Encontro: Vigiando pela comunhão cristã – Parte 2
36º Encontro: O casamento segundo as Escrituras
37º Encontro: Relacionamentos familiares
38º Encontro: Os últimos dias
39º Encontro: O Cristão e as Finanças
40º Encontro: O Cristão e as Finanças – Saindo do caos
41º Encontro: O Cristão e as Relações de trabalho
42º Encontro: O Cristão e os Negócios
43º Encontro: A Grande Tribulação
44º Encontro: A responsabilidade social do cristão no uso de suas finanças
45º Encontro: A responsabilidade espiritual do cristão no uso de suas finanças – Parte 1
46º Encontro: A responsabilidade espiritual do cristão no uso de suas finanças – Parte 2
47º Encontro: O Contentamento
48º Encontro: O Milênio e a Eternidade
49º Encontro: Conceder e pedir perdão
50º Encontro: O Batismo
51º Encontro: A Santa Ceia
52º Encontro: O Ministério Cristão
 Sugestão didática de módulos e conjunto
de “encontros” que os compõem:
Esta apostila foi inicialmente desenvolvida prevendo a apresentação dos encontros na seqüência em
que nela aparecem, do 1º ao 52º encontro. Entretanto, abaixo colocamos sugestões para células de
menor duração com objetivos específicos. Há também a possibilidade do dirigente da célula se utilizar
destas divisões para antecipar a apresentação de determinados temas, ou alterar a seqüência de
apresentação dos estudos.

Módulo Básico:
De 1º encontro ao 12º Encontro

Módulo “Vida Cristã”:

De 13º ao 33º

Módulo Relacionamentos:
“34º ao 37º” e 49º

Módulo “Finanças, Negócios e Vida Profissional”:

“39º ao 42º” e “44º ao 47º”

Módulo Crise Financeira:

39º, 40º e 47º

Módulo Escatologia:
33º, 38º, 43º e 48º

Módulo Batismo:
21º, 50º, 51º e 52º

Módulo Evangelístico “Célula de 5 dias”:

1º, 5º, 7º, 10º e 11º
Introdução
permite afirmar com plena convicção que isto ocor-
Células, grupos re com muito menor freqüência onde há um proje-
to organizado e acompanhado de grupos de célu-
pequenos ou las, até porque estas células acalmam as inquie-
tações criadas nos membros mais antigos que não
grupos familiares: encontram na estrutura convencional espaço para
o exercício de seus dons, o que lhes causa a sen-
sação de engessamento. Além disto, a evasão de
membros é incomparavelmente menor dentre
Ao contrário do que normalmente se comen-
aqueles que participam das células.
ta, reuniões em pequenos grupos para estudo bí-
Grupos pequenos são constantes em toda a
blico e confraternização não são uma novidade.
história da Igreja. Tem sido a estrutura que permi-
Não é um novo método de crescimento e não se
te a sobrevivência da Igreja em períodos e locais
trata de uma estratégia recentemente desenvolvi-
em que o culto público é proibido, inclusive impul-
da por este ou aquele grupo. Este conceito errado
sionando o seu crescimento. Tem sido fator de re-
tem levado diversas igrejas a abominarem a idéia
novação quando a Igreja entra em declínio espiri-
de desenvolverem um ministério de grupos nos
tual. Mas, não é apenas nestas épocas de perse-
lares, simplesmente por confundirem a forma com
guição ou decadência que os grupos pequenos
o conteúdo divulgado por determinados movimen-
são úteis. Reuniões nos lares faziam parte inte-
tos evangélicos. Esquecem estes que se seguís-
grante da Igreja Primitiva. Prova disto podemos
semos a mesma linha de raciocínio teríamos que
ver por todo o novo testamento (Atos 5:42; 1
abolir a Escola Bíblica Dominical, pois estes movi-
Coríntios 16:19; Colossenses 4:15, Filemom ver-
mentos também se utilizam dela para divulgar es-
so 2). É uma constante na história da Igreja brasi-
tas mesmas idéias. O mesmo se poderia falar da
leira, porém sem a notoriedade que se dá hoje. O
estrutura do culto. Não podemos confundir a es-
“Culto no Lar” e os “Núcleos de Evangelização”
trutura com o conteúdo. Mas a velocidade e a pro-
dos antigos batistas não eram outra coisa além de
fundidade com que os ensinamentos, errados ou
grupos pequenos. Mesmo quando uma determi-
não, destes grupos são assimilados e propaga-
nada igreja não se envolvia diretamente nestes
dos provam apenas a eficiência desta estrutura.
grupos, muitos de seus membros acabavam en-
Outro empecilho ao início de novos ministé-
volvidos em movimentos adenominacionais ou
rios é o relato de experiências frustradas de algu-
interdenominacionais. Destes, um dos mais notó-
mas igrejas. Entretanto, praticamente todos os
rios é a Aliança Bíblica Universitária (ABU), movi-
casos frustrados se resumem a dois problemas:
mento que atingiu proporção nacional desde a
falta de envolvimento da liderança ou falta de or-
década de 70 desenvolvendo grupos de estudos
ganização do projeto. Uma diferença clara entre
bíblicos em faculdades e, através de seu braço
projetos que prosperam e que fracassam é que a
secundarista, a ABS, em escolas de segundo grau.
autoridade pastoral e dos demais líderes esta pre-
Foi exatamente em um grupo de ABS, o da
sente de forma direta ou delegada em todo o pro-
Escola Técnica Professor Everardo Passos (ETEP)
cesso do projeto. Quando isto não ocorre, esta
de São José dos Campos que, em 1982, tive meu
lacuna abre espaço para que elementos nocivos
primeiro contato com o evangelho, e foi onde, após
à unidade do corpo se utilizem destes grupos para
um período de freqüência e confrontações de apro-
divagações, opiniões pessoais e exercício da so-
ximadamente 1 ano, vim finalmente a entregar
berba, que precede a queda. Porém, cabe ressal-
minha vida a Jesus. Até então eu havia passado
tar que a ação destes elementos não está relacio-
por uma rígida educação católica em que eu ha-
nada com a estrutura. Pelo contrário, estes ele-
via me acostumado à prática da religião sem qual-
mentos ocupam os espaços deixados pela ausên-
quer compreensão do que eu fazia. Estudei em
cia da autoridade pastoral, seja ela direta ou dele-
uma escola de freiras que me deu um bom conhe-
gada. Prova disto é que divisões e atos de rebel-
cimento geral das Escrituras, porém eu não tinha
dia ocorrem mesmo em igrejas que não possuem
qualquer contato direto com a Bíblia, e minha reli-
grupos pequenos. Ou será que apenas igrejas com
giosidade resumia-se a freqüentar a missa e prati-
células passam por divisões? A experiência me
car rezas intermináveis diariamente. Se quanto a
pratica religiosa eu era católico, quanto à compre-
ensão doutrinária eu poderia ser considerado mais
espírita do que católico. Lia literaturas espíritas que
eram constantes em casa, o que só parei de fazer
quando comecei a freqüentar a ABS.
A primeira vez que fui a este grupo foi quase
por um acidente, mas gostei e retornei a todas as
seguintes. Havia sido ensinado a afastar-me de
crentes, e isto era tão forte que a primeira vez que
entrei em uma igreja evangélica, para uma pro-
gramação informal, quase um ano após minha
primeira reunião de ABS, tive que lutar com a sen-
sação de que estar ali, em uma igreja evangélica,
era errado. Eu me sentia como se estivesse prati-
cando um pecado. Minha conversão também não
foi instantânea. Como disse, passei um ano sem
me decidir pelo evangelho. Eu ia as reuniões de
ABS as terças e quintas e no domingo ia a missa.
Após a missa, ao curso de crisma. Mas após pou-
co mais de um ano, compreendi o evangelho e
abandonei a religiosidade de atos que praticava
sem qualquer compreensão.
O exemplo acima por si já demonstra a im-
portância dos grupos pequenos para alcançar
aqueles que sequer estariam dispostos a entrar
em uma igreja evangélica, e já seria este motivo
suficiente para a implantação destes grupos. Mas
não é o único motivo com toda a certeza.
Hoje estes grupos recebem diversos nomes:
células, grupos de discipulado, grupos de apoio
bíblico, grupos familiares, núcleos de evangelização
ou ainda grupos de “koinonia”. A escolha de um des-
tes diferentes nomes normalmente indica a visão que
a igreja tem para este trabalho e o objetivo que de-
seja alcançar com este ministério: comunhão, cres-
cimento, evangelismo, apoio em dificuldades espe-
cíficas, formação de novos líderes.
Gosto de chamar estes grupos de “células”,
pois lembra a célula do corpo humano: assim como
a “célula de estudos” precisa estar inserida em uma
igreja, nenhuma célula biológica sobrevive fora do
corpo, e mais, qualquer célula do corpo possui
material genético capaz de reproduzir todas as
características do corpo; assim, se uma célula não
reproduz a visão e doutrina de sua igreja, não é
uma célula do corpo e sim um corpo estranho. En-
tretanto, se ela reproduz, então estamos conse-
guindo cumprir a nossa missão de discipulado
(Mateus 28:19-20).
Por fim, as células são um ambiente propí-
cio para que os diversos membros do corpo local
exerçam seus dons, pois permite um relaciona-
mento mais profundo e direto. Neste sentido, e
por ser a célula uma pequena porção do corpo, po-
demos ver em Efésios 4:11-16 o objetivo e os propó-
sitos que devem nortear cada uma das células:
E ele designou alguns para apóstolos, ou-
tros para profetas, outros para evangelistas, e ou-
tros para pastores e mestres, com o fim de prepa-
rar os santos para a obra do ministério, para que o
corpo de Cristo seja edificado, até que todos al-
cancemos a unidade da fé e do conhecimento do
Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atin-
gindo a medida da plenitude de Cristo. O propósi-
to é que não sejamos mais como crianças, leva-
dos de um lado para outro pelas ondas, nem joga-
dos para cá e para lá por todo vento de doutrina e
pela astúcia e esperteza de homens que induzem
ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cres-
çamos em tudo naquele que é cabeça, Cristo. Dele
todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de to-
das as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em
amor, na medida em que cada parte realiza a
sua função (NVI).
A estratégia desta apostila:
Uma grande dificuldade para a implantação
do ministério de células é a falta de líderes com
embasamento bíblico que possam manter todas
as células com uma qualidade similar de ensino.
Esta apostila foi desenvolvida com o objeti-
vo de contornar este problema. A proposta para
as reuniões é que estas sejam debates de temas
propostos através de perguntas respondidas livre-
mente. Ao final do debate de cada pergunta, a
apostila apresenta uma resposta bíblica que es-
clarece o assunto, indicando os textos bíblicos em
que esta resposta está baseada. Assim, o grupo
no decorrer dos meses irá aprender alguns dos
principais conceitos bíblicos e adquirir o conheci-
mento básico doutrinário das Escrituras, sendo de-
safiado a confrontá-los com suas vidas.
O líder da “Célula de Debates Dirigidos”:
A grande vantagem deste tipo de células é
que não é necessário que o grupo seja dirigido
por um líder de vasto conhecimento bíblico. O mais
importante é que seja alguém responsável, com-
prometido com o evangelho e que seja respeitado
por todos os participantes.
A principal função do líder destas células,
diferente de outros tipos de células, não é dar es-
tudos ou pregar. Aliás, se o líder não tiver isto bem
em mente, não conseguiremos atingir nossos ob-
jetivos. Sua principal função é ser um motivador
e um facilitador da participação de todos. Para
isto ser atingido, ele irá dirigir os debates e contro-
lar as participações, visando que todos tenham a
oportunidade de expressar suas opiniões “livre-
mente”, sem constrangimentos, e mantendo o gru-
po dentro do tema abordado. Coloquei a palavra
“livremente” entre aspas na frase anterior porque é
papel do dirigente impor limites a esta participação.
Em sua função de colocar limites, ele preci-
sa evitar que alguém passe a monopolizar o de-
bate, ou que o grupo comece a fugir do tema apre-
sentado pela pergunta. Precisa também controlar
o tempo para que todas as perguntas sejam abor-
dadas dentro de um tempo pré-estabelecido, de
forma a não tornar a reunião algo cansativo e as-
sim desanimar o retorno de seus integrantes nas
próximas reuniões. Isto é especialmente válido se
a reunião ocorre à noite, na véspera de um dia de
trabalho ou estudo. Assim, o líder é também um
regulador. Cada pergunta pode inicialmente ser
dirigida a uma ou duas pessoas, para assim in-
centivar a participação de todos, e depois ser aber-
ta a todo o grupo. O dirigente deverá, entretanto,
tomar cuidado para não se prender demais a um
determinado ponto. Para ajudá-lo, colocamos ao
lado de cada item um tempo aproximado para o
debate de cada pergunta. Por fim, é ele quem irá
encerrar o debate apresentando a posição bíblica
do tema, através da leitura da resposta da aposti-
la. Os textos bíblicos citados devem ser lidos pe-
los diversos membros da célula.
Em algumas perguntas cujos temas são po-
lêmicos, o dirigente irá encontrar comentários que
o auxiliarão, dando-lhe uma bagagem extra para
se preparar para o debate. Estes comentários ser-
vem para que o líder possa melhor se preparar
para estes pontos específicos. Não são para se-
rem lidos para o grupo, e se o grupo não entrar
nestes temas polêmicos, não é necessário, e al-
gumas vezes nem recomendável, que o dirigente
chame a atenção para eles. Mas são apresenta-
dos para que o líder tenha condição de tratá-los
adequadamente, caso surjam.
Conselhos para os líderes:
Cuidados durante o estudo
1) Todos devem participar. Como foi dito, o dirigente
é um facilitador de idéias, isto significa que ele deve
motivar os integrantes a não responderem apenas
com “sim” ou “não”. Caso alguém responda assim,
pergunte por que acha que “sim” ou que “não”.
2) Se algum participante se enrolar na resposta,
procure formular o que você entendeu do que esta
pessoa disse e peça para ela confirmar se real-
mente era isto que quis dizer. Por exemplo: “_
Deixe-me ver se entendi. Você quer dizer que acha
que Deus está preocupado conosco, mas que ele
somente irá intervir em um problema específico
de forma sobrenatural quando a solução deste pro-
blema estiver fora do nosso alcance? É isto mes-
mo que você quis dizer?”
3) O líder deverá intervir quando o grupo ou al-
guém debochar da idéia de outro, porém sem “cha-
mar a atenção” de ninguém. Para isto, basta usar
expressões que valorizem o que a pessoa disse,
por exemplo:
“_ O que o fulano está falando é muito importante
pois...”. _ Ou então, se for o caso: “_ Foi bom o
Fulano tocar neste assunto, pois eu mesmo anti-
gamente pensava assim, porém...”. _ Ou ainda:
“_ O que Fulano falou tem uma certa lógica, pois...,
porém, baseado na Bíblia ...”.
4) Sempre que a conversa começar a fugir do as-
sunto, chame a atenção para a pergunta. Lembre
ao grupo que há um tempo a ser respeitado, e que
em outra ocasião poderão falar sobre este outro as-
sunto. Se for o caso, apresente a próxima pergunta.
5) Os métodos utilizados para levar os integran-
tes a participarem não devem gerar constrangi-
mentos ou coação. Se alguém não quiser res-
ponder, não insista;
6) Perguntas pessoais devem ser dirigidas ape-
nas a pessoas que já tenham um certo
envolvimento com o grupo.
7) Não deixe que a reunião se transforme em pre-
gação. Não faça apelos persistentes. A apostila
indicará as ocasiões adequadas para fazer o ape-
lo. Deixe que, com a freqüência, com o
envolvimento com o grupo e com o aprendizado,
os participantes alcancem o conhecimento de Cris-
to e compreendam o plano da salvação.
8) Não confronte ninguém com sua religião. Não
ataque seus valores, mesmo quando visivelmen-
te antibíblicos. Preocupe-se em, através dos es-
tudos, apresentar Jesus e a Palavra de Deus. O
Espírito Santo é quem fará a obra
transformadora. Caso contrário, você terá muito
maior chance de perder o participante do que
convencê-lo de qualquer coisa que queira.
9) Você não tem a obrigação de saber tudo. Não
tente inventar respostas quando não possui segu-
rança quanto ao assunto. Se não souber, diga exa-
tamente isto ao grupo. Se for algo realmente im-
portante, comprometa-se a se informar sobre o
assunto e apresentar na próxima reunião ou, de-
pendendo do caso, em um horário extra-reunião.
10) Não queira ser um super crente. Não crie uma
imagem de crente infalível e sem defeitos. Quan-
do o tema ou o estudo der oportunidade, compar-
tilhe com o grupo suas dificuldades e fraquezas,
mostrando como você lida com elas. Isto criará no
grupo um clima de liberdade para que todos pos-
sam abrir seus corações, tirar as máscaras, e com-
partilhar suas próprias dificuldades sem temores.
Conselhos relativos a situações
corriqueiras ligadas as reuniões:
1) Antes de iniciar a reunião converse com os do-
nos da casa para que eles não façam nenhum lan-
che, ou algo parecido, para servir ao grupo. O que
no início parece algo insignificante, com o tempo
transforma-se em um peso. Seja insistente nes-
te ponto. Porém, se seus apelos forem infrutífe-
ros, sugira ao grupo que a cada semana alguém
fique responsável por trazer um pacote de bola-
cha ou algo parecido e outro por trazer um refrige-
rante. Faça escala também para a limpeza e lava-
gem da louça.
2) Especialmente em grupos de casais, crianças
soltas são um imenso problema capaz de acabar
com a atenção de todos. Uma opção é colocá-las
em outro cômodo para assistir um filme ou dese-
nho que traga ensinamentos bíblicos. A cada se-
mana um dos pais fica encarregado de alugar um
filme. Outra solução é levantar junto a outras célu-
las, que se reúnam em dias ou horários diferen-
tes, voluntários que possam dar estudos e ativida-
des a estas crianças. O ideal é ter dois ou mais
voluntários que se revezem, para não tornar isto
um peso. Faça de tudo para que os pais não en-
contrem motivos para não participar da reunião.
3) Esteja atento ao estado do local ao final da reu-
nião. Verifique a limpeza e a organização das ca-
deiras. Não deixe este trabalho na mão dos donos
da casa. Ao final da reunião peça a colaboração
de todos quanto à arrumação.
4) Coloque alguém do grupo (um co-líder, cônju-
ge, ou ainda outra pessoa) responsável por ano-
tar a data da reunião, qual o estudo do dia e quem
estava presente ao estudo. Sinalize nas anotações
aqueles que perderam boa parte do estudo. Estas
anotações serão importantes para avaliar e corri-
gir a situação individual dos integrantes da célula.
5) Evite ficar alternando o local da reunião. Ape-
sar desta mobilidade poder ser aceita por neces-
sidades circunstanciais, reuniões em locais fixos
facilitam a participação de pessoas que não pos-
suem um comprometimento sério com a célula.
Envolvimento do líder com os participantes:
O líder deve ter uma visão extra-reunião de
sua função. Deve se preocupar com o desenvolvi-
mento de cada um dos participantes, e para isto
precisa estar envolvido direta ou indiretamente,
com todos os integrantes da célula. O contato in-
direto pode ocorrer através de seu cônjuge ou de
um co-líder. Ou o líder pode ainda escolher irmãos
mais maduros do grupo para auxiliá-lo nesta tare-
fa. É necessário que as pessoas que se respon-
sabilizem pelos integrantes do grupo mantenham
contatos com estes em momentos informais, para
que aumentem ou se criem os laços de comunhão
necessários ao desenvolvimento cristão.
Tanto o líder como o co-líder, bem como to-
dos aqueles que estão envolvidos em auxiliá-lo,
deverão assumir o compromisso de diariamente
orar por cada um dos componentes da célula.
Pessoas de mesmo sexo terão maior facili-
dade de manter um relacionamento de confiança
mútua, e terão maior abertura para conversarem
sobre os mais diversos assuntos e dificuldades,
coisa que muitas vezes não é possível em se tra-
tando de pessoas do sexo oposto.
Caso o grupo seja de casais, é saudável que
o casal líder se relacione com os demais casais,
durante a semana. Entretanto, é indispensável que
o líder tenha contato com os demais esposos em
particular (um a um), e a esposa com as demais
mulheres, a sós (uma a uma).
Entretanto, nunca permita que o que for con-
versado em particular seja comentado com outros.
Se julgar que é importante para que o problema
seja tratado, peça a autorização da pessoa que
lhe confidenciou, dizendo exatamente com quem
pretende comentar, e só faça isto se esta concor-
dar. Caso contrário, mesmo que sinta não ser ca-
paz de tratar do problema, ao menos você poderá
orar a Deus pelo problema ou para que Deus mude
o coração desta pessoa para que ela permita que
você comente este problema com alguém capaz
de tratá-lo melhor. Jamais traia a confiança de
quem lhe confidenciou algo em particular. Cuida-
do para não acabar gerando fofocas.
O líder e o respeito aos participantes:
1) Se você quer ter o respeito do grupo, aprenda a
respeitar.
2) Faça com que todos se sintam importantes e
indispensáveis ao grupo. Demonstre e tenha inte-
resse pelo que as pessoas têm a dizer, mesmo
que isto confronte com sua fé e sua forma de pen-
sar. Lembre-se que o problema da pessoa não é
pensar ou crer de determinado jeito. Seu real pro-
blema é a necessidade do novo nascimento. As-
sim, não entre em discussões. Preocupe-se ape-
nas em apresentar os estudos e orar diariamente
pela vida desta pessoa, bem como pela vida de
todos os demais integrantes da célula. Como já
foi dito, o Espírito Santo é quem fará a obra da
conversão. A palavra conversão significa exata-
mente isto: mudança.
3) Crie um clima em que todos se sintam seguros
em expor suas particularidades. Faça com que
todos entendam que não devem comentar com
outros o que for conversado na reunião.
4) Não utilize apelidos. Descubra os verdadeiros
nomes e utilize estes. Só faça o contrário se a pes-
soa lhe pedir para agir assim. Muitos convivem com
um apelido, mas na realidade apenas se confor-
maram com o mesmo. Utilizar seu nome real certa-
mente ajudará a ganhar sua confiança e respeito.
5) Não conte piadas que depreciem qualquer tipo
de estereótipo: raça, sexo ou origem. Ou seja, não
conte piadas de portugueses, de loiras, de turcos,
de negros, de alemães, de poloneses, de cario-
cas, de paulistas, de gaúchos, de baianos, de
paraibanos, de japoneses, de baixinhos, de care-
cas, etc, etc, etc... Não faça isto mesmo que lhe
digam que “Ele(a) não liga”, e mesmo que a pes-
soa que pertence a determinado estereótipo se
antecipe contando uma piada sobre seu próprio
estereótipo. Quando isto ocorre, normalmente isto
é apenas um escape emocional.
6) Antes de visitar alguém do grupo, peça-lhe auto-
rização com antecedência. Combine antes, de pre-
ferência logo após o final da reunião da semana.
7) Inicie a reunião no horário e não deixe que se
estenda além do horário combinado. Atrasar sem-
pre o início da reunião é uma falta de considera-
ção com aqueles que se esforçam em chegar pon-
tualmente, além de avalizar os que chegam
sempre atrasados. Prolongar demais a reunião
desestimula o retorno principalmente dos “novos”
e, no caso de reuniões noturnas durante a sema-
na, é um desrespeito pelos que irão trabalhar ou
estudar na manhã seguinte.

Esta apostila foi inicialmente desenvolvida para o ministério de células e

discipulado da Igreja Batista da Praia Pernambuco, de Guarujá – SP.
Esta igreja coloca agora este material ao alcance de todo povo de Deus.
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
Objetivo: Levar o grupo a compreender
que a Bíblia é a Palavra de Deus e que possui
autoridade e eficácia sobre nossas vidas.
00:00-00:10- Promova uma rápida apresentação de
cada integrante em que cada um possa expressar,
em poucas palavras, o que espera destas reuniões.
00:10-00:13- Inicie com uma oração.
00:13-00:20- Introdução ao tema:
Há aproximadamente dois mil anos atrás, ter-
minava de ser escrito o livro mais surpreendente
de toda a humanidade: A Bíblia.
Surpreendente em diversos aspectos:
1- Levou mais de 1.500 anos para ser escrito.
2- Podemos identificar cerca de quarenta auto-
res, mas na realidade este livro ao ser escrito teve
a participação de uma centena de homens de di-
ferentes profissões, classes sociais e níveis cultu-
rais, o que inclui desde humildes pescadores até
reis e sábios conselheiros de impérios. Além dis-
to, estes homens viveram em épocas e em socie-
dades muito diferentes.
3- Apesar do número de autores e da diferença
cultural e social destes diversos autores, a Bíblia
é concisa. Isto quer dizer que ela não possui con-
tradição, pelo contrário, forma uma unidade cujas
idéias e ensinamentos podem ser sistematicamen-
te estruturados, ou seja, seguem uma lógica.
4- A Bíblia foi o primeiro livro da história a ser
impresso. E desde a invenção da imprensa até os
dias de hoje mantém, ano após ano, a posição de
livro mais vendido e mais lido em todo o mundo.
Entretanto, o que realmente torna este livro sur-
preendente é o fato de ser a Palavra de Deus. O
Deus que criou os céus, a Terra e o ser humano é
quem é o seu verdadeiro autor e guardião.
Foi Ele quem dirigiu seus Servos de forma a
que Sua mensagem chegasse até nossas mãos e
foi Ele ainda, através de sua onipotência, quem
guardou esta mensagem de alterações, acrésci-
mos ou mutilações.
00:20-00:45 - Debate:
Comentários:
Abra as perguntas para participação de todos.
Não se preocupe com respostas que lhe soem
absurdas.
Ao final, dê a resposta bíblica e leia os textos
em que esta resposta se baseia.
Cuidado com o tempo. Observe que ao lado de
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Merece crédito
o que a Bíblia
Diz?
cada pergunta há um tempo estimado. Evite
ultrapassá-lo.
1- Como Deus fez para que a Bíblia fosse
escrita e chegasse até nós? {5 minutos}
Resposta: Deus dirigiu várias pessoas a escre-
verem o que Ele queria e de forma sobrenatural
garantiu que eles não errassem nenhum detalhe
(2 Tim. 3:16 e 2 Pe 1:20-21).
2- Será que em todos estes séculos, ninguém
modificou a Bíblia? {5 minutos}
Resposta: Por mais incrível que isto possa pa-
recer, as mais recentes descobertas arqueológi-
cas de texto de datas muito próximas a dos origi-
nais, como por exemplo os manuscritos do Mar
Morto, mostram o que os cristãos já sabiam: A Bí-
blia que temos hoje é exatamente igual a quando
foi escrita. Isto não foi surpresa, pois o próprio Deus
é quem a guarda de modificações, acréscimos ou
mutilações (Mateus 24:35; 1 Pe
1:23-25; Apocalipse 22:18-19).
1º Encontro
3- A Bíblia foi escrita a quase
dois mil anos atrás. A época era
totalmente diferente da que nós
vivemos hoje. Será que Ela não
ficou antiquada? {5 minutos}
Resposta: A Bíblia trata e atua
no interior do homem e o íntimo
(os desejos, anseios e pensamen-
tos) do ser humano de hoje é o
mesmo das pessoas da época em
que a Bíblia foi escrita, o que pode
mudar são os objetos destes de-
sejos, anseios e pensamentos
(Hebreus 4:12).
Além disto, a Bíblia está funda-
mentada sobre um fundamento
imutável: A pessoa do Senhor Je-
sus (Hebreus 13:8).
1º Encontro
4- Como a Bíblia pode me aju- 5- Na sua opinião, o que há de mais precio-
dar no meu dia a dia, nos meus so que alguém pode encontrar nas páginas da
relacionamentos (familiares, Bíblia? {5 minutos}
profissionais ou com amigos) e Resposta: O principal objetivo da Bíblia é levar
nas minhas falhas? {5 minutos} o homem a conhecer a Jesus e assim obter a vida
Resposta: Através dela adquiri- eterna. (2 Timóteo 3:15 e João 20:30 e 31).
mos sabedoria provinda de Deus
para agirmos da melhor forma nas 00:45-00:50- Pergunte ao grupo sobre motivos
mais diferentes circunstâncias de oração e ore encerrando.
(Provérbios 1:1-4). Sua mensagem
é capaz de modificar nossa manei-
ra de ser e de agir. É capaz de tor-
nar-nos pessoas úteis a todos, in-
clusive a Deus (2 Timóteo 3:16-17).

ANOTAÇÕES

DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
Objetivo: Apresentar uma noção básica
à cerca da pessoa de Deus conforme nos é reve-
lado nas Escrituras.
00:00-00:03- Inicie com uma oração.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Todo ser humano um dia parou para pensar a cer-
ca de Deus e tirou suas conclusões.
Há quem diga que cada um tem a Deus do seu
jeito. Outros dizem que são o seu próprio Deus (e
realmente agem assim). Ainda outros possuem
vários deuses e por fim há aqueles que dizem:
“Não há Deus”.
A mensagem da chamada filosofia da Nova Era
diz que todos estão certos e que cada um tem um
pedaço da verdade.
No entanto, se realmente há um Deus Ele é de
um único jeito, independente do que pensamos
ou da forma que gostaríamos que Ele fosse.
A Bíblia, a mensagem ao homem do Deus criador
do homem, é categórica em dizer: “Diz o insensa-
to em seu coração: Não há Deus” (Salmo 53:1).
Certamente existe Deus, porém Ele não é como
nós, ou qualquer outra criatura deseja que ele seja.
Ele é o que é. E tudo o que somos capazes de
saber a respeito de sua pessoa está revelado na
Bíblia.
00:10-00:45- Debate:
Comentários:
Abra as perguntas para participação de todos.
Não se preocupe com respostas que lhe soem
absurdas.
Ao final, dê a resposta bíblica e leia os textos em
que esta resposta se baseia.
Cuidado com o tempo. Observe que ao lado de
cada pergunta há um tempo estimado. Evite
ultrapassá-lo.
1- Se alguém que nunca tivesse ouvido falar
de Jesus, da Bíblia, ou mesmo do Deus verda-
deiro lhe perguntasse: “Quem é Deus?”. O que
você responderia?{3 min}
Resposta: É o criador de tudo que existe e quem dá
a vida e o sustento a toda criatura (Atos 17:24-25).
2- Como podemos conhecer a Deus? {6 minu-
tos}
Resposta: a) Através de Sua criação (Romanos
1:20);
b) Através da Bíblia, onde estão
registradas as revelações dos profe-
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Conhecendo o
verdadeiro
autor da Bíblia
tas sobre a pessoa de Deus, suas
obras e seus atos (Hebreus 1:1);
c) Principalmente e mais claramente por
meio de Jesus (Hebreus 1:2-3a
e João 1:18).
Comentário: Hebreus 1:3a significa
que deve ser lido apenas a primeira fra-
se do versículo 3, para focalizar ape-
nas o assunto.
3- Na sua opinião, como é Deus? Como é Sua
personalidade? {6 minutos}
Respostas: A Palavra de Deus está repleta de atri-
butos que nos levam a conhecer a pessoa de Deus.
Por exemplo, a Palavra nos mostra que Ele é bon-
doso, misericordioso, amoroso, poderoso, justo e
Santo (Salmo 33:5; Salmo 103:8-10; João 3:16;
Efésios 3:20; Apocalipse 15:3-4).
4- E a forma física de Deus. É
possível alguém ver a Deus? {5
minutos}
2º Encontro
Resposta: Não, pois Deus é um
ser espiritual (I Timóteo 6:16).
Porém, na pessoa de Jesus Cris-
to nós vemos a Deus e assim co-
nhecemos tudo o que é possível
conhecer sobre Deus (João 14:8-
9, Colossenses 1:15).
5- Mas será que não existem
outros deuses, ou será que an-
tes de Deus existir não havia
outro deus? {6 minutos}
Resposta: Há um só Deus verda-
deiro e onipotente. O mesmo que
sempre existiu e que não teve iní-
cio de existência e nunca terá fim,
ou seja, existirá para todo o sem-
pre (Isaías 43:10; Isaías 45:5a;
Salmo 90:2).
2º Encontro
6- Podemos fazer imagens de
Deus para nos ajudar em nos-
sa adoração? {6 min.}
Resposta: Não. Deus é um ser
espiritual e nos proíbe de fazer
imagens Dele pois quando isto
ocorre, por sermos fracos e pe-
cadores, acabamos adorando a
imagem e não ao Deus criador
(João 4:24, Deuteronômio 5:8-9 e
4:15-19, Romanos 1:22-25).
Comentários:(se ninguém co-
mentar, não entre neste assunto)
No texto de Deuteronômio 5, no
verso 9, pode ocorrer de alguém
perguntar sobre esta expressão
de que Deus “castiga os filhos
pelos pecados de seus pais até a
terceira e quarta geração daque-
les que me desprezam”. O que o
texto demonstra é que este tipo
de pecado, idolatria, é um peca-
do cultural, o que significa que ele
é culturalmente aprendido pelos
filhos e propagado para as gera-
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
ções seguintes, trazendo sobre estas gerações o
castigo de Deus. Porém o castigo é pelos peca-
dos aprendidos dos pais e praticados pelos filhos.
Prova disto o texto de Deuteronômios 24:16. No
mesmo livro vemos o princípio de Deus de cobrar
o pecado apenas do pecador.
Na antiga aliança Deus trabalhava com povos
como um todo. Não é o que ocorre na Nova Alian-
ça, em que a religião não é mais algo de um povo
ou nação, mas o relacionamento de Deus se faz
com o indivíduo.
Sobre os nossos dias profetizou o profeta Jeremias
no Capítulo 31 do versículo 29 ao 33.
7- Se alguém pesquisar muito, buscar muito a
Deus e estudar profundamente a Bíblia, este
alguém conseguiria conhecer completamente
a Deus e sua maneira de agir? {3 minutos}
Resposta: Não. Deus é muito maior do que a soma
de todo o entendimento de todos os seres huma-
nos que existem, existiram e existirão (Romanos
11:33-34).
00:45-0:50- Pergunte ao grupo sobre motivos de
oração e ore encerrando.
Objetivo: Levar o grupo a entender que
Deus, apesar de sua grandeza, se importa com
cada um de nós individualmente e deseja agir em
nossas vidas.
00:00-00:03- Ore iniciando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Quando olhamos para o que acontece em nosso
dia a dia, por vezes temos a impressão de que
Deus não se importa com o que acontece conosco,
ou que Ele está ocupado com coisas mais impor-
tantes e não pode nos atender.
No entanto, a Palavra de Deus mostra que apesar
do homem agir com indiferença com relação a
Deus e à Sua vontade, Ele se importa com todos
os seres humanos e está continuamente manifes-
tando Seu amor, Seu cuidado, Sua misericórdia e
Seu profundo desejo de se relacionar com cada
um de nós individualmente e de forma íntima.
O egocentrismo do ser humano, a perversidade, a
indiferença para com o próximo e para com Deus,
as vidas cujos objetivos se resumem a consumir e
a buscar bens materiais, a luta diária por alcançar
posições e possessões custe o que custar, doa a
quem doer, são algumas das conseqüências da
opção humana de abandonar os caminhos de
Deus e seguir seus próprios caminhos, e ao mes-
mo tempo, são algumas das causas das princi-
pais mazelas da humanidade e do planeta.
Apesar disto, Deus não nos abandonou. Em mo-
mento nenhum Ele desistiu de nós. Ele está sem-
pre pronto a nos receber de braços abertos e a
iniciar conosco um intenso relacionamento. Um
relacionamento que é comparado nas Escrituras
ao de um pai amoroso com seu filho amado.
00:10-00:45- Debate:
1- Será que Deus realmente se preocupa com
o que ocorre em nosso planeta? Será que um
Deus tão grande e santo se importa com um
mundo que vive tão longe do que Ele havia
estabelecido? {7 minutos}
Resposta: Deus se importa, e muito, com o nosso
mundo. Apesar da corrupção, da degradação atu-
al e do pecado que faz separação entre o homem
e Deus limitando assim as suas bênçãos, as coi-
sas não são ainda piores devido à intervenção Dele
que é a fonte de todas as coisas boas que desfru-
tamos (Atos 14:17; Tiago 1:17).
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Deus e sua
relação com o
homem
2- Mas será que Deus, sendo um ser infinita-
mente superior a nós, liga para aquilo que eu
faço ou deixo de fazer? Com tanta coisa im-
portante que existe no universo, será que Ele
se interessa por minha vida particular? {8
minutos}
Resposta: Sim, Deus se importa com cada um de
nós. E todos nós individualmente prestaremos
contas algum dia a Deus por tudo que fazemos,
falamos e pensamos (Romanos 14:11-12). Deus
conhece melhor do que nós todas as áreas de
nossa vida (Hebreus 4:13). Deus se preocupa com
tudo o que acontece no mundo, até mesmo com
as coisas que julgamos serem insignificantes
(Mateus 10:29-30).
3- Deus conhece tudo em minha vida. Mas ele
tem interesse em me ajudar? {4 min}
Resposta: Sim. Deus escuta a oração de todos os
que pedem a sua ajuda com sin-
ceridade (Salmo 145:18-19)
3º Encontro
4- Na sua opinião, o que é ne-
cessário para se obter a ajuda
de Deus? {8 minutos}
Resposta: Em primeiro lugar pre-
cisamos pedir a Deus (Mateus 7:7-
11). Em segundo lugar, é neces-
sário que o que pedimos esteja de
acordo com a Sua vontade (1 João
5:14, Tiago 4:3). E por fim, mas
não menos importante, é indis-
pensável que nos apresentemos
diante de Deus de forma adequa-
da (Hebreus 11:6; Tiago 4:6-10).
3º Encontro
Comentários:
Repare que o texto de “1 João 5:14”
citado logo acima não é o mesmo
que “João 5:14”. O texto da pergun-
ta não está no evangelho de João,
mas sim em “1 João”, ou seja, na
primeira das cartas (ou epístolas) de
João. Estas cartas ficam localizadas
quase no final da Bíblia, um pouco
antes do livro de Apocalipse.
5- Você acha que existe alguma
classe de pessoas a quem Deus
ajuda de uma forma especial? {8
minutos}
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
Resposta: Deus derrama Suas bênçãos sobre to-
dos (Mateus 5:45). Entretanto, Deus coloca alguns
grupos de pessoas como alvos especiais de Suas
bênçãos: os desamparados, como por exemplo,
aquele que está em terra estranha, o órfão e a
viúva (Salmo 146:9); os humildes, que reconhe-
cem sua incapacidade de, por si mesmo, resolver
seus problemas (Salmo 40:17); e aqueles que
realmente possuem temor ao Senhor (Provér-
bios 14:26-27).
00:45-0:50- Dê liberdade ao grupo para cada um
expressar no que ou em que área de sua vida pre-
cisa da ajuda de Deus. Ore pelos motivos levanta-
dos.
Objetivo: Reconhecer a autoria e propri-
edade de Deus sobre todo o universo e seus habi-
tantes.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Uma pergunta sempre esteve presente na mente
humana durante todas as épocas, em todos os
povos e culturas. Todo ser humano em um certo
momento de sua vida fez ou fará esta pergunta:
Qual a nossa origem? Ou em outras palavras:
Como surgimos, de onde viemos, como todo o
universo veio a existir?
Por toda a sua existência o homem desenvolveu
as mais diversas respostas para esta pergunta.
Na história de todas as civilizações e de todos os
povos há sempre uma versão para esta origem, o
que demonstra a importância que este tema tem
para nós humanos.
Com os avanços da ciência, o homem passou a
buscar no conhecimento científico as respostas
para esta origem. Cientistas cristãos têm encon-
trado na ciência provas que comprovam e que for-
talecem sua fé. Entretanto, estes cientistas cris-
tãos não são a voz dominante. De posse dos mes-
mos dados, porém com outra interpretação, os
chamados sábios deste mundo têm afirmado e
ensinado nas escolas que tudo é conseqüência
da casualidade, do puro e simples acaso, de uma
série consecutiva de coincidências.
Mas, qual seria a verdadeira resposta para a ori-
gem de todas as coisas? Somente descobrindo a
verdade sobre nossa origem poderemos ter uma
idéia correta sobre nós mesmos, sobre os demais
seres humanos e sobre o mundo que nos rodeia.
00:10-00:50- Debate:
1- Na sua opinião qual a nossa origem, ou seja,
como o homem surgiu? {10 minutos}
Resposta: Deus criou nosso universo (Hebreus
11:3) e nos criou (Gênesis 2:7; 1:27).
O homem atual costuma dizer que o mundo ini-
ciou-se em um caos, e que o homem veio de um
ser primitivo. Segundo este mesmo homem atual,
ambos foram evoluindo e continuam sempre evo-
luindo.
Entretanto, a Palavra de Deus nos diz exatamen-
te o oposto: nosso mundo e o ser humano foram
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Deus: O autor
da Criação
criados perfeitos (Gênesis 1:31a), porém graças
ao afastamento do homem de Deus, tudo entrou
em um processo de contínua degradação e não
de evolução (Romanos 8:19-22).
Comentário: O texto de Gênesis 2:7 afirma que o
homem foi formado do pó da terra. Ao contrário de ser
um simbolismo, se analisarmos cientificamente os com-
ponentes químicos do ser humano, veremos que não
são diferentes dos encontrados no solo. Ex. Zinco,
Ferro, Carbono, Cobre, Magnésio, etc... Se Deus não
criasse o homem utilizando elementos existentes no
planeta, como nós poderíamos nos reproduzir? É isto
que o texto nos demonstra.
2- Muitos dizem que Deus nos colocou no mun-
do para sofrermos nossa “cota de sofrimento”
e assim evoluirmos tornando-nos pessoas
melhores. Qual a sua opinião sobre isto? {10
minutos}
Resposta: Se assim fosse, depois
de milhares de anos nós teríamos
no mundo pessoas melhores, e
4º Encontro
não é o que vemos nos noticiári-
os e nos jornais.
Esta idéia é muito comum entre
aqueles que crêem na doutrina
da reencarnação. Porém, a Bíblia
rejeita esta doutrina, dizendo que
o homem não vive e morre suces-
sivas vezes, mas que ele morre
uma única vez, e depois disto
presta contas a Deus, recebendo
um destino eterno (Hebreus 9:27;
Apocalipse 20:11-15).
Ao contrário de nos colocar no
mundo para sofrermos, Deus criou
o ser humano para ter comunhão
com Ele e ser feliz vivendo em um
lugar maravilhoso (Gênesis 2:8),
tendo uma posição de honra e re-
alização pessoal (Salmo 8:4-6 e
Gênesis 1:28).
Por fim, se nos aproximássemos
de Deus ou da perfeição através
 de cotas de sofrimento, para que
4º Encontro então Jesus morreu na cruz? Pelo
contrário, Jesus é quem nos liber-
ta de nossos fardos (Mateus 11:28-
30).
3- Mas as descobertas
cientificas não provam que tudo
surgiu por acaso? {10 min.}
Resposta: Quando alguém inicia
uma investigação com a certeza da
resposta, toda a análise de dados
torna-se tendenciosa (I Coríntios
3:19-20). Ao contrário do que se
ensina nas escolas, até hoje a cha-
mada “Teoria da evolução” não
pôde ser provada. Por isso é até
hoje uma teoria e não uma lei (algo
do qual se tem certeza e pode ser
provado). Existem centenas de
pesquisas sérias de cientistas cris-
tãos de excelente reputação nos
meios científicos que demonstram
as berrantes falhas e erros nos
quais esta teoria se baseia.
Comentário: Se o debate recair sobre
os fósseis dos chamados “homens das cavernas”, uma
teoria muito provável é que pertençam a raças que
viveram antes do dilúvio e que eram diferentes das
atuais. Todas as raças que existem hoje vieram de Noé
e sua família. E mesmo assim há raças que se aproxi-
mam muito em aparência física com alguns destes fós-
seis, como alguns aborígines. O mesmo ocorre com
pessoas que vivem em condições sub-humanas e com
grupos ou pessoas que possuem alguma deformação
genética. Além disto, Gênesis 6 mostra que cerca de
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
1.600 anos após a criação do homem, a espécie hu-
mana havia atingido o estágio de total degradação.
Sendo assim, é fácil imaginar que pessoas e grupos
de pessoas com estas deformidades genéticas ou em
condições sub-humanas, eram comuns naquela épo-
ca.
Outra questão é quanto à datação destes fósseis. Uma
das dúvidas levantadas é que para o processo atual
ser válido, é necessário que em todas as épocas o
nível de incidência de carbono 14 tenha sido o mes-
mo. Mas, se isto não ocorreu, os dados obtidos na
datação são incorretos.
4- Afinal de contas, qual a diferença entre tudo
ter sido criado por Deus ou ter surgido por aca-
so. Isso interfere de alguma forma em nossa
vida ou é mais uma daquelas discussões tolas
que não levam a nada? {6 minutos}
Resposta: Interfere e muito. Se fomos criados por
Deus, Ele tem o direito de dirigir nossas vidas pois
o mundo e todos nós que o habitamos pertence-
mos a Ele (Salmo 24:1). Assim, precisamos tam-
bém reconhecer que é Dele que provem o nosso
sustento e o de toda a criação. Ele nos dá a saúde
para trabalharmos, a chuva no tempo certo para
não haver escassez de alimentos e ainda deseja
cuidar de todas as áreas de nossa vida. (Atos
14:15-17; Salmo 104:14-23 e 27-30).
5- Como devemos nos relacionar com nosso
criador? {4 minutos}
Resposta: Devemos amá-lo e conhecer mais so-
bre a sua vontade para obedecê-la em amor
(Deuteronômios 6:5, João 14:15 e João 14:21).
00:50-00:55- Levante pedidos de oração e ore
encerrando.
Objetivo: Reconhecer que o homem só
pode ser feliz estando dentro da vontade de Deus.
Apresentar o plano salvador de Deus para o Ho-
mem.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Em Gênesis 1:31 diz que quando Deus terminou
a obra da criação viu que tudo era bom.
Porém, olhando para o mundo atual vemos que a
coisa mudou muito. O que teria acontecido!?! Será
que Deus abandonou o mundo a sua própria sorte
após tê-lo criado!?!
Muito ao contrário disto, a Bíblia nos mostra que
os seres humanos é que abandonaram a Deus
desprezando Sua direção sobre suas vidas e op-
tando por cada um escolher o que acha ser bom
ou mal para si mesmo, sem ouvir ou buscar a von-
tade de Deus.
Abandonando a direção de Deus, que é capaz de
harmonizar e sincronizar todos e todas as coisas
conforme Sua vontade, o homem optou por uma
visão egocêntrica em que busca prioritariamente
sua satisfação, sua própria felicidade, seus pró-
prios interesses, custem o que custar, doa a quem
doer.
Como conseqüência, chegamos onde estamos:
Um mundo longe de Deus.
00:10-00:45- Debate:
1- Após Deus criar os primeiros seres huma-
nos e dar-lhes total liberdade de desfrutar de
toda a criação, Deus colocou apenas uma res-
trição, a de provar de um fruto. Qual fruto era
este e o que era este fruto? {8 minutos}
Resposta: O mundo, com a finalidade de ridicula-
rizar a Bíblia e menosprezar suas verdades (atitu-
de esta que é conseqüência do afastamento de
Deus) deturpa os fatos nela relatados para dar uma
impressão de “conto da carochinha”.
Por exemplo, muitos no século passado atribuíam
à Bíblia uma falsa e inexistente profecia que diz:
“De mil passarás mas de dois mil não passarás”.
Da mesma forma, dentre outros exemplos que di-
ferenciam a “Bíblia como o povo pensa que ela é”
e o que realmente está escrito, temos a história
da criação e da queda desta criação, relatada nos
seus três primeiros capítulos.
O fruto que estava proibido ao homem não era
uma maçã. Aliás, maçãs de todas as variedades
(até algumas extintas hoje) estavam à disposição
dos primeiros humanos.
Também não era o sexo, como alguns insistem
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A separação
entre o homem e
Deus
em erroneamente difundir. Prova disto está em
Gênesis 1:28 onde Deus lhes ordena que tenham
muitos filhos, e isto certamente seria através do
sexo (não havia inseminação artificial ainda, e nem
era necessária).
O fruto relatado na Bíblia era o do “conhecimento
do bem e do mal” (Gênesis. 2:16-17).
2- Como aconteceu a desobediência ao que
Deus havia determinado e que conseqüências
isto trouxe ao homem? {6 minutos}
Resposta: A desobediência está relatada em
Gênesis 3:1-6. Este último versículo nos mostra
que eles optaram por viver a seu modo, em vez de
viverem segundo a vontade de Deus, escolhendo
o que achavam ser bom ou mal para si mesmos,
independente da vontade de Deus. Ao decidirem
pela não interferência plena de Deus em suas vi-
das, abriram o caminho ao sofrimento, à insatisfa-
ção, ao juízo e à morte (Gênesis
3:17-19).
O homem, segundo a Bíblia, foi
5º Encontro
criado sendo um ser “tríplice”. É
uma “alma vivente”, que habita em
um corpo, e isto praticamente to-
das as religiões reconhecem. Mas
a Bíblia diz mais. O homem foi cri-
ado, em seu aspecto espiritual
(entendido aqui como não materi-
al), com um segundo elemento,
que ela denomina de “espírito” que
em algumas passagens não é si-
nônimo de alma, mas é algo cria-
do por Deus para que fosse pos-
sível a comunhão do homem com
Deus.
Ao comerem do “fruto do conhe-
cimento do bem e do mal”, o ser
humano iniciou naquele momen-
to o processo da morte física e
imediatamente sofreu a morte de
seu espírito, perdendo a comuni-
cação com Deus e assim perden-
do o padrão divino que era comu-
 nicado pelo espírito do homem em
5º Encontro comunhão com Deus. A alma, sem o
referencial adequado, passou a uti-
lizar um padrão egoísta próprio, es-
colhendo e decidindo baseada no
que acha ser bom ou ser mal para
seus interesses mesquinhos, sendo
relativamente limitada apenas pela
sua “consciência”. Esta perda da di-
reção de Deus chama-se “morte es-
piritual”. Isto, longe de ser um “conto
da carochinha”, é totalmente compa-
tível com o que vemos no mundo de
hoje.
3- Mas, a desobediência não foi
apenas de Adão e Eva? Isto tem
alguma coisa a ver conosco real-
mente? {6 minutos}
Resposta: O homem havia sido cri-
ado a imagem e semelhança de
Deus (Gênesis 1:26a). Quando eles
pecaram, seus espíritos morreram e
assim não foram transmitidos aos
seus descendentes na forma em que
haviam sido criados. Foi algo como
uma deformação genética cujo fator RH é dominan-
te: Persiste geração após geração.
Uma outra forma de ver a questão é entender que
o espírito estando morto não é capaz de gerar outro
espírito, à semelhança do que acontece se o cor-
po está morto.
Isso está relatado em Gênesis 5:3 que mostra que
quando Adão gerou um filho, este era a imagem e
semelhança não de Deus, mas de Adão (pecador
e espiritualmente morto). Assim, somos todos pe-
cadores (Romanos 3:10 e Romanos 3:23).
4- Mas Deus sendo tão bom e amoroso não
poderia simplesmente ignorar o fato de que
somos pecadores? {10 minutos}
Resposta: Não, pois embora Deus seja amoroso
e misericordioso (disposto a perdoar), Ele é justo,
e sua justiça não Lhe permite ignorar o pecado.
Veja o seguinte exemplo:
Em um determinado país, havia um juiz que era
tido como um homem reto e muito justo.
Este juiz possuía uma filha a quem muito amava.
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
No dia da festa de formatura de sua filha, ela aca-
bou excedendo na bebida e mesmo assim deci-
diu, sem consultar ninguém, voltar dirigindo para
casa. Aconteceu no entanto que quando a filha
retornava para casa, foi parada por um policial que
a prendeu em flagrante delito.
No dia seguinte, encaminharam-na para o pai para
que ele a julgasse. Pelas leis daquele país, ela
estava sujeita a uma pena de 3 meses de reclu-
são ou multa equivalente a US$ 2.500,00, valor
que ela, como recém formada e desempregada,
seria incapaz de pagar. Porém, o juiz possuía o
poder de inocentá-la, simplesmente declarando-a
inocente.
Contudo, se ele a declarasse inocente ele não
estaria agindo de forma justa deixando assim de
ser Justo.
Por outro lado, seu amor pela filha era incapaz de
mantê-la presa por três meses.
Assim, para surpresa de muitos, ao invés de se
valer de sua autoridade para inocentá-la, ele a
declarou culpada.
No entanto, por amar a filha, deu-lhe o valor da
multa para que esta fosse paga.
5- Como Deus pretende pagar nossa pena? {5
minutos}
Resposta: Apesar de estarmos condenados a
morte, Deus já nos deu um presente (dom) atra-
vés de Jesus: o pagamento de nossa pena (Ro-
manos 6:23).
Para receber este presente, basta que você se
arrependa da vida que tem levado, que creia em
Jesus como seu salvador, reconhecendo que Je-
sus morreu para pagar a sua pena de morte, e
que Jesus não está morto, mas que após pagar o
preço dos nossos pecados, ele ressuscitou, tendo
assim o direito de ser seu Senhor (aquele que tem
o direito de dirigir a sua vida).
Fazendo isto você passará a ter um relacionamen-
to real e amoroso com Deus, sendo por Ele trata-
do como filho, e realmente tornando-se seu filho
(João 1:12).
00:45-0:50- Se alguém desejar aceitar a Jesus, ore
com ele(s). Ore também agradecendo a Deus pe-
las vidas do grupo que um dia aceitaram a Jesus.
Objetivo: Introduzir a pessoa de Jesus,
enfatizando sua preexistência eterna.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Se perguntarmos na rua quem conhece Jesus,
quase todos dirão que o conhecem. Com isto que-
rem dizer que já ouviram falar nele e que sabem
quem ele é.
Porém, a grande maioria das pessoas possui uma
idéia distorcida a cerca da pessoa de Jesus, prin-
cipalmente por conhecê-lo apenas de ouvir falar,
obtendo assim uma imagem parcial de quem ele
realmente é.
A importância de Jesus não se resume somente a
religião cristã. Ele é reverenciado em todas as gran-
des religiões do mundo. Jesus também provocou
mudanças e influências na maioria das principais
culturas da humanidade, nas leis, nas artes, nos
conceitos de moral e de coexistência humana.
Quanto a sua influência na história, basta dizer
que a história humana está dividida em antes de
Cristo (AC) e em depois de Cristo (DC), ou seja,
quando mencionamos o ano em que estamos ou
em que nascemos, por exemplo, estamos nos re-
ferindo a um número, a uma data que se
convenciona ser uma contagem a partir de seu
nascimento, evento que é convencionado como o
marco inicial de nosso calendário.
Contudo, conhecer corretamente sobre a pessoa
de Jesus é algo muito mais importante do que
compreender o mundo em que vivemos. Está re-
lacionado com a nossa eternidade e com a possibi-
lidade de termos um relacionamento real com Deus.
Por ser algo tão importante, Deus utilizou grande
parte da Bíblia para apresentá-lo com detalhes, apre-
sentar quem Jesus realmente é, qual a sua missão
e quais os seus ensinamentos e suas ordens deixa-
das para todos aqueles que desejam seguí-lo.
00:10-00:45- Debate:
Comentários:
Abra as perguntas para participação de todos.
Não se preocupe com respostas que lhe soem
absurdas.
Ao final, dê a resposta bíblica e leia os textos em
que esta resposta se baseia.
Cuidado com o tempo. Observe que ao lado de
cada pergunta há um tempo estimado. Evite
ultrapassá-lo.
1- Segundo o que falam as pessoas que você
conhece: Quem é Jesus? {12 minutos}
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Quem é Jesus?
Comentários:
Apenas ouça as opiniões. Observe que aqui não
se está perguntando o que cada um acha sobre
“Quem é Jesus”, mas o que elas costumam ouvir
por aí as pessoas dizerem. Quando o grupo termi-
nar de comentar, então passe para a resposta.
Resposta: Já nos tempos bíblicos as pessoas ti-
nham idéias distorcidas sobre Jesus. Veja nos tex-
tos bíblicos a seguir a opinião de algumas destas
pessoas:
Comentários:
Leia cada uma das passagens bíblicas sem dar a
resposta. Deixe o grupo tentar identificar pelo tex-
to o que os personagens envolvidos imaginavam
sobre a pessoa de Jesus. Ao final do debate de
cada texto, leia a resposta e passe para o item
seguinte.
a) Mateus 16:13 e 14 - Resposta:Um profeta.
b) Lucas 23:5,13 e 14 - Resposta:
Um líder, um agitador, um revolu-
cionário.
6º Encontro
c) Marcos 10:17 - Resposta: Um
bom mestre capaz de ensinar coi-
sas boas.
d) I Coríntios 1:23 – Resposta:
Coisa de Louco.
2- O início da vida de Jesus foi
quando Ele nasceu em Belém
da Judéia? {5 minutos}
Resposta: Apenas a vida humana
de Jesus iniciou em Belém da
Judéia a pouco mais de 2.000
anos atrás. Jesus sempre existiu
(Colossenses 1:15-17).
3- Na sua opinião: Quem é Je-
sus? {6 minutos}
Resposta: Jesus Cristo é o Filho
de Deus (Lucas 3:22). Ele é a ima-
gem do Deus invisível e é aquele
que tem o “direito de
primogenitura” (herança e autori-
 dade conjunta com o pai) sobre toda
6º Encontro a criação (Colossenses 1:15). Ele é
o criador de tudo o que existe e tudo
foi criado para Ele (Colossenses
1:16, João 1:1-3).
4- Se Jesus sempre existiu, mes-
mo antes de se tornar o homem
chamado Jesus que nasceu a
dois mil anos atrás, por que Ele
veio a este mundo? {4 minutos}
Resposta: Ele um dia tornou-se um
ser humano, abandonando sua gló-
ria por um certo tempo, para cum-
prir o propósito de restaurar a co-
munhão entre o homem e Deus
(João 1:12-14 e 1 João 1:1-3).
Comentários:
Repare que este último texto não é
o mesmo texto apresentado no fi-
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
nal da pergunta anterior. O texto da pergunta an-
terior é do evangelho de João. O texto desta per-
gunta está em “1 João”, ou seja, está na primeira
das cartas (ou epístolas) de João. Estas cartas fi-
cam localizadas quase no final da Bíblia, um pou-
co antes do livro de apocalipse.
5- Mas por que Deus quer ter comunhão
conosco? {8 minutos}
Resposta: Porque Ele nos ama intensamente,
amor este que é manifestado na pessoa de Jesus
(Romanos 8:38-39). Deus amou-nos tanto que não
poupou seu filho único para que pudéssemos ter
comunhão com Ele, não uma comunhão superfi-
cial, mas uma perfeita comunhão de Pai e filho
(João 3:16, Romanos 5:7-10, 1 João 4:9-10 e João
1:10-12).
00:45-00:50- Pergunte por pedidos de oração e
ore encerrando.
Objetivo: Introduzir a pessoa de Jesus,
enfatizando o significado de seu nascimento e de
sua missão ao vir à Terra.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:08- Introdução ao tema:
Após o pecado entrar na história humana, e com
ele a morte espiritual, o homem perdeu totalmen-
te sua capacidade de ter comunhão com Deus.
No lugar reservado a Deus, o homem inventou
religiões, deuses, sacrifícios e filosofias que por
mais sublimes jamais poderiam substituir sua co-
munhão com o criador, ou sequer ajudar a chegar
até Ele. Pelo contrário, à medida que o tempo pas-
sou, mais e mais o ser humano se afastou de Seus
caminhos.
Porém Deus, através de seu infinito amor, já no
Éden iniciou o plano que permitiria, a um alto pre-
ço, restabelecer a comunhão Dele com o homem.
Este plano atinge seu auge na vinda de Jesus a
este mundo.
00:08-00:45- Debate:
Comentários:
Abra as perguntas para participação de todos.
Não se preocupe com respostas que lhe soem
absurdas.
Ao final, dê a resposta bíblica e leia os textos em
que esta resposta se baseia.
Cuidado com o tempo. Observe que ao lado de
cada pergunta há um tempo estimado. Evite
ultrapassá-lo.
1- Em que consistiu a missão de Jesus ao vir a
este mundo? {6 minutos}
Resposta: Jesus abandonou sua glória por um
certo tempo e tornou-se um ser humano (Filipenses
2:5-8), com o objetivo de reconciliar o homem com
Deus e assim restaurar a comunhão entre Deus e
o homem (2 Coríntios 5:18,19 e 21; João 1:14; e 1
João 1:1-3).
2- Como Jesus veio ao mundo? {5 minutos}
Resposta: Jesus nasceu como um bebê humano
de uma virgem chamada Maria e gerado pelo Es-
pírito Santo de Deus (Mateus 1:18; Lucas 1:26,
27, 31, 34 e 35). Observe que Jesus por ter sido
gerado do Espírito Santo e não de um homem,
não recebeu a falha hereditária da morte espiritu-
al que nós estudamos no encontro anterior, tendo
assim comunhão com Deus.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O propósito de
Jesus vir ao
mundo
3- Jesus não possuía morte espiritual. Isto sig-
nifica que era impossível Ele pecar? {7 minu-
tos}
Resposta: Jesus, por não ser ”totalmente” (por
parte de pai e por parte de mãe) descendente de
Adão, não foi gerado com natureza pecaminosa.
Observe que isto não se deve ao fato Dele ser
Deus, pois ao se tornar humano Ele voluntaria-
mente abriu mão de seus atributos divinos e se
tornou totalmente humano, e assim possuía ple-
namente a natureza humana, natureza esta ca-
paz de pecar. Isto pode parecer estranho pelo fato
de que hoje natureza humana e natureza pecami-
nosa se confundem, mas não foi assim desde o
princípio. Adão foi criado com natureza humana,
porém até que viesse a pecar não possuía a natu-
reza pecaminosa. Jesus foi gerado na mesma si-
tuação em que Adão foi criado, plenamente hu-
mano, sem natureza pecaminosa, porém tendo
que resistir a tentação para não pecar e muitas
vezes tendo que lutar contra sua
própria vontade para fazer a von-
tade do Pai (I Coríntios 15:45-49;
7º Encontro
Mateus 4:1; Mateus 26:38-39). Por
outro lado, compreendemos que
por Jesus ser também Deus, é
algo inconcebível à Sua natureza
divina a concretização do pecado.
Além disto, através de Sua sobe-
rania, para garantir a
concretização de Seu plano eter-
no, Deus não permitiria que Jesus
chegasse a cair, pois de outra for-
ma, de que serviria um Messias
caído. Ao mesmo tempo em que
a natureza humana de Jesus lu-
tava contra o pecado, a sobera-
nia de Deus, assim como a natu-
reza divina de Cristo, constituíam-
se na garantia de sua vitória.
 4- Leia Mateus 1:21 e responda:
7º Encontro Por que o nome Jesus? {5 minu-
tos}
Resposta: A palavra Jesus, em
hebraico, significa “salvação”. Ele
recebeu este nome pois Sua mis-
são é salvar o homem do pecado
(morte humanos. Assim, Ele se ofe-
receu para pagar a nossa pena de
morte (Romanos 3:23-26).
5- Sendo bons e fazendo boas
obras nós podemos alcançar a
Deus e obter salvação eterna? {8
minutos}
Resposta: O homem jamais conse-
guiria fazer nada que o tornasse me-
recedor da salvação (Romanos
3:10-14). A salvação não vem de
obras, não vem de algo que eu pos-
sa fazer, mas vem pela fé de que
Jesus já fez a única coisa capaz de
pagar a pena de morte espiritual que
há sobre todo ser humano (Roma-
nos 5:18-20; Efésios 2:3-5 e 8-10).
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
Repare que o último versículo nos mostra que pra-
ticar boas obras é algo que faz parte da normali-
dade da natureza humana, ou seja, o ser humano
foi criado para praticar boas obras, assim como
foi criado para ver, ouvir, falar, etc... Praticá-las não
nos faz ter “créditos” com Deus.
6- O que devo fazer para receber esta salvação
de Deus e ter comunhão com Ele? {6 minutos}
Resposta: Arrepender-se da vida que tem levado,
tendo no coração o propósito de passar a praticar
a vontade de Deus (Atos 3:19-20; Atos 26:20),
crendo assim que Jesus morreu para pagar os
seus pecados, e que os tendo pago, ressuscitou e
está vivo possuindo o direito de dirigir, de ser dono
de sua vida (na Bíblia, este é o significado da pa-
lavra Senhor), e desta forma estar disposto a vi-
ver não mais como você quer, mas conforme a
vontade de Deus (Romanos 10:9-10).
00:45-00:50- Pergunte se alguém gostaria de apro-
veitar a oportunidade e orar confessando com sua
boca que Jesus é seu Senhor. Ore por aqueles
que assim desejarem. Ore encerrando.
Objetivo: Apresentar a pessoa de Jesus,
que apesar de ter se tornado totalmente humano
(100% humano), ao mesmo tempo era e é total-
mente divino (100% divino). Compreender que
Jesus é Deus, o Deus encarnado que habitou en-
tre nós.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:08- Introdução ao tema:
O homem Jesus tem o respeito e a admiração de
todos. Membros e mestres das principais religiões
do mundo se referem a Jesus de forma respeito-
sa e até mesmo reverenciosa.
Mesmo pessoas que não crêem em Deus (ateus)
respeitam Jesus como sendo uma pessoa boa que
nos trouxe uma excelente filosofia de vida, de éti-
ca e de moral.
Entretanto, a visão destas pessoas sobre Jesus e
seus ensinamentos é extremamente limitada pelo
simples motivo de não entenderem quem realmen-
te é Jesus.
A Palavra de Deus (a Bíblia) nos ensina muito so-
bre o homem Jesus, sobre seus ensinamentos e
sobre sua vida. Mas a Bíblia toma o cuidado de
mostrar que este Jesus não era um simples ho-
mem, pois além de ser homem ele também é Deus.
Jesus possui totalmente a natureza divina (100%
Deus), mas ao tornar-se um ser humano, passou
a possuir também a natureza humana (100% hu-
mano). A forma como estas duas naturezas coe-
xistem na pessoa de Jesus é um mistério.
Somente compreendendo a natureza divina de
Cristo poderemos entender o significado de seu
sacrifício e de sua missão.
00:08-00:45- Debate:
1- O Antigo Testamento já apresentava alguma
pista sobre a natureza divina de Jesus? Ou esta
é uma idéia que surgiu apenas no novo testa-
mento? {14 minutos}
Resposta: Além dos diversos episódios em que
vemos Deus aparecendo em forma de homem, o
que entendemos que acontecia na pessoa do Fi-
lho, diversas profecias que se cumpriram em Je-
sus são ali apresentadas dizendo que o próprio
Deus é quem seria o personagem em quem as
profecias iriam se cumprir. Observe os textos a
seguir:
Isaías 35:3-6 x Lucas 7:20-22 – Repare no verso
4 que diz que estes episódios que se cumpriram
em Jesus seriam executados por Deus
Isaías 40:3 x Mateus 3:1-3 – Esta profecia que se
cumpriu em João Batista, diz que ele preparava
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A natureza divina
de Jesus
caminho para Deus. E ele é quem preparou o ca-
minho para Jesus.
Isaías 40:10-11 x João 10:11 – Jesus se declara o
Bom Pastor conhecendo Isaías 40.
Isaías 45:22-23x Filipenses 2:10-11 – O mesmo
episódio é relacionado a Deus e a Jesus.
Zacarias 2:10-11 – Declara que o próprio Deus
habitaria no meio do povo de Israel.
Zacarias 11:12-13 x Mateus 26:14-15 e 27:3-7 – A
profecia cumpriu-se em Jesus.
Zacarias 12:10 x João 19:31-37 e Apocalipse 1:7 -
Observe que em Zacarias é Deus quem está fa-
lando “olharão para mim”.
2- A Bíblia declara com clareza que Jesus é
Deus?
Resposta: Sim, em diversas passagens isto é de-
clarado de forma clara. Veja algumas:
João 1:1-3,10 e 14; Romanos 9:5; Colossenses
2:9; Tito 2:13. {6 minutos}
Comentário:
A seita das “Testemunhas de
8º Encontro
Jeová” não crê na divindade de
Cristo, assim em sua tradução
oficial (Tradução do Novo Mundo
das Escrituras Sagradas) eles
inserem palavras explicativas nos
textos acima (assim como em
diversos outros), tomando o
cuidado de colocá-las entre
colchetes para indicar que não
fazem parte do texto original
grego, para que, desta forma, o
sentido do texto se adeqüe a sua
doutrina.
Como exemplo, vamos analisar
apenas um dos textos acima pela
tradução deles, o texto de João
1:1: “No princípio era a Palavra, e
a Palavra estava com o Deus, e a
Palavra era [um] deus” (Tradução
do Novo Mundo das Escrituras
Sagradas).
Se esta tradução do texto
 estivesse correta, as Escrituras
8º Encontro cairiam em contradição, pois
segundo Isaías 43:10 e Isaías 45:5a
só existe um Deus, o mesmo que
sempre existiu e que sempre existirá
como único Deus.
3- Mas e quanto a Jesus? A Bí-
blia mostra que ele sabia que era
Deus e que ele se declarava como
sendo Deus? {10 minutos}
Resposta: Jesus tinha consciência
de que era Deus, o que pode ser
visto, por exemplo, pelo fato de que
ele aceitava adoração (Veja João
9:38 e Mateus 28:17). Pedro, que
era apenas um homem, rejeitou-a
da parte de Cornélio (Atos 10:25-
26). Também rejeitou adoração o
anjo que falava com João em
Apocalipse 19:10. Observe que o
anjo adverte João de que apenas
Deus deve ser adorado. Assim, Je-
sus por aceitar adoração sabia que
não era apenas um homem ou mes-
mo um anjo de Deus. Ele só poderia ser o próprio
Deus. Além disto, ele permitiu ser chamado de
Deus (João 20:28-29).
Jesus se declara Deus de uma forma facilmente
compreensível pelos judeus que o ouviam, quando
faz a declaração de João 8:24. A expressão “Eu Sou”
utilizada por Jesus era utilizada apenas e exclusiva-
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
mente por Deus (Veja Êxodo 3:14).
Outro ponto facilmente compreendido pelos judeus
da época é que quando Jesus se declarava Filho
de Deus, isto não significava que ele se conside-
rava inferior a Deus, mas sim que ele era igual a
Deus (João 5:17-18).
4- E quanto aos atributos divinos de Jesus?
Jesus durante seu ministério terreno usou al-
guma vez os poderes de sua natureza divina,
ou será que todos os milagres de Jesus foram
feitos somente através da ação do Espírito San-
to? {7 minutos}
Resposta: Vários atos realizados por Jesus foram
movidos e executados pela ação do Espírito San-
to, a terceira pessoa da Trindade, mas outras ve-
zes ele agiu através de sua própria natureza divi-
na, pois ele apontava estas obras como prova de
sua divindade, o que não faria nenhum sentido se
estas fossem realizadas pelo Espírito. Por exem-
plo, os profetas Elias e Eliseu realizaram diversos
milagres parecidos com os de Jesus através do
Espírito Santo, mas não reivindicavam qualquer
divindade em decorrência destes milagres. No
entanto, Jesus apontava estas obras como pro-
vas de sua divindade, como vemos em João 10:37-
38 e João 14:10.
Alguns exemplos de exercício da natureza divina
por parte de Cristo: João 18:4, Lucas 8:22-25 e
João 2:23-25.
00:45-00:50- Pergunte sobre pedidos de oração e
ore encerrando.
Objetivo: Mostrar que Jesus tornou-se A natureza
realmente um ser humano e viveu como qualquer
outra pessoa de sua comunidade até o início de
seu ministério, porém sem pecar. Apresentar ain- humana de
da como foi o ministério terreno de Jesus.

00:00-00:03- Inicie orando.

00:03-00:10- Introdução ao tema:
Uma das maiores controvérsias sobre Jesus está
relacionado a sua natureza. Afinal, ele era Deus ou
era um homem?
Aqueles que o consideram um homem especial, mas
apenas humano, jamais conseguem entender a ple-
nitude da pessoa e da missão do Jesus de quem a
Bíblia é testemunha.
Outros reconhecem sua divindade, mas demonstram
um total desconhecimento do plano divino quando
citam um dito popular: “até Deus quando veio ao mun-
do foi maltratado”.
Muitos destes procuram menosprezar o sacrifício de
Jesus dizendo: “Ele suportou tudo por que era Deus”.
No entanto, apesar de realmente ser Deus, Jesus
quando veio ao mundo abriu mão de todos os seus
atributos divinos e se tornou totalmente um ser hu-
mano, sujeito aos mesmos sentimentos, dores e ale-
grias, passando pelas fases do crescimento e do
aprendizado.
Leia Filipenses 2:5-8.
00:10-00:45- Debate:
1- Se Jesus já existia muito antes de nascer
Jesus
uma festa de casamento em Caná da Galiléia e
foi informado que o vinho que estava sendo servi-
do aos convidados havia acabado; foi quando
transformou água em vinho para que a festa con-
tinuasse (João 2:11).
Até seu batismo, que marcou o início de seu mi-
nistério, Jesus viveu uma vida comum com sua
mãe e demais familiares, e trabalhando como car-
pinteiro. Não se destacava no meio religioso de
sua cidade, causando inclusive surpresa quando,
após o inicio de seu ministério, se apresentou na
sinagoga de sua cidade (Marcos 6:1-3).
3- Jesus estava sujeito as mesmas dificulda-
des e sentimentos dos demais seres humanos.
Leia os textos a seguir e descubra em cada um
deles qual sentimento, emoção, dificuldade ou
sensação humana é relacionada a Jesus. {12
minutos}
Comentário: Peça que cada um
do grupo leia um texto e respon-
da (outros podem ajudar).

9º Encontro
neste mundo, então Jesus nasceu sabendo
tudo? {6 minutos} a) João 11:15
Resposta: Não. Como lemos em Filipenses 2:5-8, Resposta: Alegria.
Jesus abriu mão de toda sua glória, e humilde-
mente se resignou passar por todas as etapas de b) João 19:28
vida e aprendizado do ser humano e pelos costu- Resposta: Sede.
mes do povo onde nasceu e da Lei de Deus (Lucas
2:51-52, Lucas 2:39-42, Lucas 2:21). O fato de não c) Lucas 4:1-2
utilizar (ao menos plenamente) os atributos relaci- Resposta: Tentação e Fome.
onados a sua natureza divina não significa que
Ele deixou de tê-los, mas esta autolimitação, este d) Lucas 19:41
voluntário não exercício destes atributos divinos, Resposta: Choro.
era necessária para a plena existência de sua na-
tureza humana durante seu período terreno. e) Lucas 22:15
Resposta: Intenso desejo.
2- Que milagres Jesus fez quando criança e
quando adolescente e jovem? {5 min.} f) Mateus 26:37
Resposta: Jesus não fez nenhum milagre ou qual- Resposta: Tristeza e Angústia.
quer sinal sobrenatural até iniciar seu ministério, o
que aconteceu com cerca de 30 anos de idade g) Mateus 27:46
(Lucas 3:21-23). Seu primeiro milagre aconteceu Resposta: Sentiu-se desampara-
poucos meses após seu batismo: Jesus estava em do.

DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5

 4- Jesus realizou seu ministério 6- Será que Deus tem feito coisas em nossas

9º Encontro por três anos. O que ele fazia du-

rante este período? {3 minutos}
Resposta: Jesus ensinava e anun-
ciava as boas novas do Reino de
vidas que nós não temos reconhecido? O que
poderiam ser estas coisas? Será que nossas
atitudes e nosso compromisso com Deus têm
refletido nossa gratidão a Ele? {5 minutos}
Deus, realizando milagres e prodí-
gios para que cressem Nele 00:45-00:50- Ore pedindo que Deus nos torne sen-
(Mateus 9:35). síveis aos Seus cuidados sobre a nossa vida e
nos dê um espírito de gratidão pelo que Ele tem
5- Todos creram em Jesus ao ver feito por nós. Agradeça em oração pelos motivos
seus sinais e ouvir seus levantados.
ensinamentos? {4 min.}
Resposta: Não. Muitos creram, po-
rém muitos outros permaneceram
incrédulos (João 2:23 e Mateus
11:20).

ANOTAÇÕES

DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
Objetivo: Apresentar a morte sacrificial de Jesus e
seu verdadeiro significado para nossas vidas.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Há cerca de 2.000 anos atrás acontecia uma exe-
cução. Um homem era condenado a pena de mor-
te, sendo executado através de crucificação, a for-
ma pela qual eram executados os piores crimino-
sos da época.
Esta execução, similar a tantas outras praticadas
naquele tempo, possuía características distintas
de qualquer outra, e produziu conseqüências per-
manentes sobre todo o universo e especialmente
sobre a vida e a eternidade de cada ser humano.
No início de 2004, milhões de pessoas foram aos
cinemas assistir “A paixão de Cristo”, um filme
considerado por muitos especialistas como uma
fiel reprodução dos eventos narrados na Bíblia
relativos a morte de Jesus. Mas por mais fortes
que foram as imagens produzidas no filme, elas
não transmitem a totalidade dos fatos: “Deus foi
manifestado em forma humana; esvaziou-se de si
mesmo e tornou-se um de nós; e encontrando-se
em forma humana, a si mesmo se humilhou e foi
obediente até o momento de sua morte, e a mais
humilhante das mortes, morte de cruz, condena-
ção esta reservada apenas aos piores e mais cru-
éis criminosos”.
Entretanto, poucos compreenderam seu significa-
do. A maioria das pessoas possui opiniões e idéi-
as que estão muito longe da verdade, deixando
assim de usufruir dos benefícios do maior ato de
amor já praticado.
Como exemplo da falta de uma correta interpreta-
ção dos eventos ocorridos, até hoje encontramos
pessoas que atribuem a culpa desta execução ao
Império Romano, ao povo judeu, aos religiosos da
época, dentre outros absurdos.
Porém, a verdade está muito longe do que estas
pessoas imaginam. É esta verdade surpreenden-
te, relatada na Palavra de Deus, que iremos estu-
dar hoje.
00:10-00:52- Debate:
1- Que crime Jesus cometeu para ser conde-
nado a morte? {3 minutos}
Resposta: Jesus não cometeu nenhum crime. Pelo
contrário, viveu uma vida integralmente correta
diante de Deus e dos homens (I Pedro 2:22 e 23).
2- Jesus foi pego de surpresa por sua prisão e
condenação a morte? {7 minutos}
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Jesus –
Consumando sua
missão
Resposta: Não. Jesus desde o início de seu mi-
nistério até o último instante preparou seus discí-
pulos para que eles não fossem pegos de surpre-
sa por sua crucificação, mas compreendessem o
propósito de Deus (Mateus 12:39-40, Mateus
16:21, Mateus 26:45-46, Marcos 9:30-32, Marcos
10:32-34).
3- Jesus possuía poder para livrar-se dos sol-
dados e se salvar mesmo quando estava na
cruz? {7 minutos}
Resposta: Sim. Já em outras ocasiões, Jesus ha-
via se livrado de ser morto (Lucas 4:28 a 30, João
10:39). No momento em que foi preso também
poderia ter se livrado, como Ele mesmo, naquele
momento, disse a Pedro (Mateus 26:51-53). Je-
sus não teve sua vida tirada “a força” por alguém,
mas espontaneamente a entregou, da forma como
anteriormente já havia anunciado que faria (João
10:17-18).
10º Encontro
4- Mas se Jesus poderia ter es-
capado da cruz, por que Ele não
fez isto? {6 minutos}
Resposta: Por que Ele nos ama e
sabia ser necessário seu sacrifí-
cio para que tivéssemos vida eter-
na (I Pedro 2:21-25, Efésios 2:1-5
e II Coríntios 5:14-15).
5- Como foi a morte de Jesus?
{6 minutos}
Resposta: De forma dolorida e
prolongada. Sofrendo todo tipo de
provocação e zombaria. Satanás
utilizou todos os recursos para le-
var Jesus a abandonar, abrir mão
do sacrifício. Mas Jesus, por amor
a nós, resistiu a todo o sofrimen-
to, toda tortura, todas as dores,
mesmo tendo o poder de em um
único segundo e a qualquer tem-
10º Encontro
po se livrar de tudo e de todos. Je-
sus suportou sem tomar uma única
atitude de resistência até que alivi-
ado pôde dizer: “Está consumado”
(Marcos 15:16-20, João 19:28-30).
6- Será que não haveria outra for-
ma de pagar nossa “pena de mor-
te espiritual” sem que Jesus so-
fresse tanto e tivesse que mor-
rer? {3 minutos}
Resposta: Não. Se houvesse uma
forma menos sofrida, com certeza
Deus teria escolhido esta outra
(Mateus 26:39 e 42).
7- Quem foi o culpado pela morte
de Jesus? {10 minutos}
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
Resposta: Você e eu que somos pecadores. Je-
sus morreu por você e por mim. Caso isto não ocor-
resse, jamais teríamos a oportunidade de obter-
mos a vida eterna e termos comunhão com Deus.
Ele não foi pego de surpresa por alguém. Não foi
forçado por pessoas, mas cumpriu o plano de Deus
para que o homem pudesse ter comunhão com
seu criador. E isto já havia sido anunciado a cen-
tenas e mesmo milhares de anos antes. Como
exemplo, leia Isaías 53, e veja o que o profeta
anunciou cerca de 700 anos antes do nascimento
de Jesus.
00:52-00:55- Ore agradecendo a Deus pelo sacri-
fício de Jesus.
Objetivo: Compreender o significado da
ressurreição de Cristo para nós cristãos.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
No encontro anterior vimos que Jesus morreu para
pagar a pena de morte que pairava sobre nossas
vidas.
Apesar da maioria das pessoas conhecerem os
fatos relativos à morte de Jesus, o mesmo não
ocorre com relação a sua ressurreição.
Para muitos, tudo acabou com sua morte na cruz,
restando-nos tão somente seus bons exemplos.
Prova disto é que muitas vezes ouvimos expres-
sões tais como: “Coitado, era tão bom que os ho-
mens o mataram!” ou então “Não pouparam nem
mesmo o filho de Deus!”, transmitindo uma idéia
de derrota e de missão interrompida.
No estudo anterior vimos que a cruz de Cristo não
significou sua derrota ou mesmo seu fim. A cruz
significou sua vitória sobre o pecado.
Neste estudo veremos que além disto, Jesus não
permaneceu morto, mas no terceiro dia Ele res-
suscitou, voltou a viver, vencendo assim a morte.
Isto significa que nós que nele cremos não sere-
mos derrotados pela morte, pois mesmo que nos-
sos corpos passem pela experiência da morte, te-
mos a vida eterna através de Jesus, aquele que
venceu a morte.
Jesus está vivo. O mesmo Jesus que viveu aqui
na terra há 2.000 anos atrás é capaz ainda hoje
de transformar as nossas vidas, e aperfeiçoá-las
dia a dia para toda boa obra.
O Jesus ressurreto é o cabeça da Igreja, ou seja,
é quem lidera e dirige o conjunto de pessoas em
toda a face da Terra que o seguem e são seus
instrumentos para a realização de sua obra. E esta
mesma Igreja é quem aguarda ansiosamente o
seu retorno, pois ele prometeu que um dia voltará
para buscá-la.
00:10-00:55- Debate:
1- Após Jesus morrer, o que fizeram com seu
corpo? {3 minutos}
Resposta: Um homem de posses chamado José
de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, prepa-
rou seu corpo de acordo com os finos costumes
da época e o sepultou em um sepulcro próximo.
(João 19:38-42).
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A ressurreição de
Jesus
2- Leia Mateus 28:2-6 e responda: No terceiro
dia de sua morte, o que aconteceu com Jesus?
{3 minutos}
Resposta: Ele ressuscitou, ou seja, tornou a viver.
3- Nos dias que seguiram sua ressurreição, o
que Jesus fez? {3 minutos}
Resposta: Por 40 dias instruiu seus discípulos a
respeito do Reino de Deus (Atos 1:3).
4- Mas será que o que os discípulos viram não
era simplesmente o espírito de Jesus? {3 mi-
nutos}
Resposta: Não, conforme está relatado em Lucas
24:36-43.
5- E após estes 40 dias o que aconteceu? {5
minutos}
Resposta: Jesus retornou ao céu (Atos 1:9) de
onde governa todas as coisas
(Efésios 1:20-21) e intercede por
11º Encontro
nós junto ao Pai (Hebreus 9:24).
6- Então após orientar seus dis-
cípulos ele partiu deixando-os
para agirem agora por conta
própria em Seu nome? {7 minu-
tos}
Resposta: De forma alguma. Em
primeiro lugar ele nos deixou o
Espírito Santo (Marcos 13:11 e
João 16:7, 12 e 13). Também ele
mesmo, através de seus atributos
divinos da onipresença (capacida-
de de estar em todos os locais ao
mesmo tempo) e da onisciência
(capacidade de conhecer tudo)
nos acompanha em nossa cami-
nhada cristã (Mateus 18:20 e
Mateus 28:20b) e intercede por
nós junto ao pai (Hebreus 7:25).
11º Encontro
7- Mas afinal de contas, quem é
que age e habita em nós, Cristo
ou o Espírito Santo. Se Jesus
após ressuscitar subiu aos céus
e então enviou o Espírito Santo
aqui para a Terra, por que dize-
mos que recebemos Jesus em
nossos corações. O correto não
seria dizer que recebemos o Es-
pírito Santo? {10 minutos}
Resposta: Este tipo de dúvida deri-
va de uma falta de compreensão da
Trindade. A unidade das três pes-
soas da trindade é tão completa que
o que um sente, sabe, vê, faz, etc...
é participado e executado integral-
mente pelos três, pois os três são
um por completo e em essência
(substância), apesar de serem três
pessoas. Isto é algo difícil de com-
preender com nossa mente limita-
da, mas é um fato constatável nas
Escrituras. Lembramos das passa-
gens do antigo testamento, apre-
sentadas em estudos anteriores,
que profetizavam sobre o Deus de
Israel vindo habitar no meio de seu povo, passa-
gens que claramente se cumpriram em Jesus. Esta
unidade se apresenta também com relação ao
Espírito Santo. Observe os termos utilizados para
descrevê-lo em Romanos 8:9-11. Confronte tam-
bém 1 Coríntios 3:16, Gálatas 4:6 e Efésios 3:17.
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
Assim, a unidade das três pessoas da Trindade é
de tal forma que quem tem ao filho tem ao Pai e
tem ao Espírito Santo, e as obras efetuadas por
qualquer um Deles são integralmente dos três.
Desta forma compreendemos que há um único
Deus, constituído por três pessoas inseparáveis
em um único ser, mas um único Deus.
8- Que conseqüência a ressurreição de Cristo
tem para nosso dia a dia? {3 minutos}
Resposta: Assim como pela morte de Jesus nós
morremos para o pecado, pela ressurreição de
Cristo nós passamos a ter uma nova vida que deve
ser integralmente vivida para Deus (Romanos 6:5-
11).
9- Jesus vai ficar para sempre corporalmente
no céu? {5 minutos}
Resposta: Não. Algum dia Ele voltará, primeiro de
forma invisível ao mundo para nos buscar, e de-
pois sobre a vista de todos, para implantar seu
reino aqui na Terra por mil anos (João 14:2-3, Atos
1:9-11 e Mateus 24:30).
10- Leia Romanos 10:9 e responda: É realmen-
te importante ter convicção da ressurreição de
Jesus? Por que? {3 minutos}
Resposta: Sim, porque está relacionado com vida
eterna.
00:55-01:00- Ore encerrando.
Objetivos: 1) Levar aqueles do grupo
que não conhecem a Jesus a tomar um passo de
fé. 2) Transmitir àqueles que já conhecem a Je-
sus uma visão correta da salvação em Cristo.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Vimos nos encontros anteriores que Jesus mor-
reu para nos salvar e ressuscitou para nos dar vida
eterna e tornar-se nosso Senhor.
Infelizmente, somos obrigados a reconhecer que
mesmo dentro de nossas igrejas há muitas pes-
soas que pensam serem salvas, mas que nunca
passaram pela experiência do novo nascimento.
Estas pessoas intelectualmente interessaram-se
pela religião evangélica, e talvez tenham encon-
trado um grupo de pessoas que os amam e su-
prem determinadas carências, mas nunca se ar-
rependeram e nunca aceitaram Jesus como seu
legítimo Senhor, imaginando entretanto que Ele é
seu salvador. Muitas destas pessoas mudaram de
religião, mas não mudaram de senhor. Continuam
se considerando o centro de suas vidas. Quando
recordam de sua vida antes de se tornarem “cren-
tes”, e especialmente quando testemunham de
seus antigos pecados, demonstram que nunca
houve arrependimento, mostrando muitas vezes
até um certo orgulho pelo pecado.
A palavra “Senhor” nos nossos dias não tem o
mesmo sentido da época de Jesus. Naquela épo-
ca, o Senhor de alguém era o dono desta pessoa,
que por sua vez era seu servo, uma palavra que
também perdeu a força hoje, mas que naquela
época era usada como sinônimo de “escravo”. Um
escravo não faz o que quer, mas apenas busca
fazer aquilo que o seu dono deseja que ele faça.
Isto significa que se eu aceito a Jesus como meu
Senhor e Salvador, além de reconhecer que ele
morreu pelos meus pecados, eu preciso reconhe-
cer que ele tem o direito legítimo de dirigir a minha
vida daquele momento em diante. Significa que
eu aceito deixar de ser Senhor de minha vida, dei-
xando de servir aos meus desejos egoístas e ao
pecado, e que estou disposto a seguir a Jesus
conforme a Sua vontade e não mais conforme a
minha.
Se eu compreendo e ponho em prática isto, en-
tendo que o que deve guiar minha vida a partir daí
não é o que eu quero ou o que eu “estou a fim” de
fazer, mas sim o que Jesus deseja que eu faça.
Não de forma legalista (por obrigação), mas por
gratidão a Jesus.
Aceitando a Jesus desta forma como a Bíblia nos
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Jesus, Nosso
Senhor e Salvador
ensina, iremos então receber a salvação que Deus
preparou para nós. É sobre esta salvação que ire-
mos estudar hoje.
00:10-00:55- Debate:
1- Jesus morreu para nos salvar. Mas o que sig-
nifica “ser salvo”? {7 minutos}
Resposta: Conforme vimos nos estudos anterio-
res, nós somos pecadores e por isto estamos con-
denados à morte espiritual. Ser salvo é ter sua
“pena de morte espiritual” paga por Jesus rece-
bendo assim a vida eterna, o perdão de todos os
pecados e tornando-se “filho de Deus” tendo a
partir daí comunhão com Deus (João 1:12, 1 João
1:7 e 1 João 5:11). Significa que nós que éramos
escravos do pecado fomos comprados por Deus,
e assim mudamos de Senhor (Romanos 6:17, 18
e 22; 1 Coríntios 6:19-20).
2- Mas será que todo mundo realmente precisa
ser salvo? E as pessoas que
são muito boazinhas, que dedi-
12º Encontro
cam suas vidas em prol do pró-
ximo? {7 minutos}
Resposta: Todos necessitam da
salvação por que todos os seres
humanos pecam (somos pecado-
res por natureza) e possuem so-
bre si esta pena de morte (Efésios
2:8-9, Romanos 3:23, Romanos
3:10-12 e 1 João 1:8-10).
3- E o que acontece com aque-
les que não crêem em Jesus?
{3 minutos}
Resposta: Permanecem com a
Pena de morte espiritual sobre
eles e se até o fim da vida não vi-
erem a crer em Jesus, permane-
cerão irremediavelmente e eterna-
mente debaixo da condenação
(João 3:18).
12º Encontro
4- O que é necessário fazer para
ser salvo? {5 minutos}
Resposta: Arrepender-se dos seus
pecados reconhecendo ter vivido
até então segundo seus pensamen-
tos e desejando com sinceridade
andar conforme a vontade de Deus
(isto é o verdadeiro arrependimen-
to e não apenas lamentação). Crer
e confessar diante dos homens que
Jesus é o único que pode salvá-lo
porque ele já pagou na cruz a pena
de morte que há sobre você e crer
de todo coração que Ele ressusci-
tou para lhe dar a vida eterna (Atos
3:19 e Romanos 10:9-10).
5- Mas e se o meu passado for
muito “sujo”, se eu for um peca-
dor muito acima das demais pes-
soas? Será que mesmo assim
poderei ser perdoado e salvo?
Por exemplo: Se Adolf Hitler no
final de sua vida se arrependes-
se e cresse em Jesus, o sacrifí-
cio de Jesus seria suficiente para
ele ser perdoado e salvo? {5 minutos}
Resposta: Não existe pecador cujos pecados se-
jam grandes demais para serem pagos pelo sacri-
fício de Jesus. Se todas as pessoas do mundo se
convertessem, este sacrifício seria capaz de puri-
ficar a todos sem exceção (1 João 2:2, Isaías 1:18
e Isaías 43:25).
6- Se eu for à frente na igreja e fizer uma ora-
ção declarando a todos que Jesus é meu Se-
nhor e Salvador, isto significa que sou salvo?
{8 minutos}
Resposta: Infelizmente não. Uma pessoa pode
intelectualmente entender o plano da salvação e
decidir assim orar aceitando a Jesus, mas se a
conversão não for de coração, se não houve arre-
pendimento real e uma completa entrega de sua
vida a Jesus, aceitando-o como aquele que irá
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
guiar sua vida daí por diante, não houve uma ver-
dadeira conversão, não houve a ação do Espírito
Santo transformando-o em uma nova criatura.
Houve, no máximo, uma mudança de religião, mas
não uma mudança de senhor. Esta pessoa conti-
nua sendo dirigida pelo seu próprio “Ego”, pelo que
deseja e sente prazer em fazer, e não pelo que
Deus deseja (Mateus 7:21-23). A mensagem do
evangelho é a mensagem de arrependimento de
pecados para o recebimento do perdão providen-
ciado por Deus através de Jesus (Lucas 24:46-
47; Atos 26:20; 2 Pedro 3:9).
7- Existe alguma outra forma de ser salvo sem
ser através de Jesus? {3 minutos}
Resposta: Não, pois ele é o único caminho para
chegarmos até Deus, conforme Atos 4:12 e João
14:6. Se houvesse, Deus não iria enviar Seu filho
amado para passar pelo sofrimento do Calvário.
Deus permitiu tal sofrimento por ser esta a única
possibilidade.
8- Como posso saber se alguém que foi à fren-
te na igreja ou que orou aceitando a Jesus é
realmente salvo? É possível ter a certeza da
salvação? {7 minutos}
Resposta: Não podemos e não devemos afirmar
a ninguém que ele é realmente salvo, sob o risco
de enganar esta pessoa e torná-la apenas um re-
ligioso não salvo. Veja o que o apóstolo João diz
sobre um grupo específico de pessoas que saí-
ram da igreja em 1 João 2:19. Com o tempo pode-
mos reconhecer isto através de seus frutos (Mateus
7:16-20), e mesmo assim existem coisas que po-
dem parecer frutos mas não são (Mateus 7:21-
23). Apenas a própria pessoa, através do teste-
munho do Espírito Santo, é que pode ter esta cer-
teza de que realmente é filho de Deus (Romanos
8:12-16). Se esta pessoa tem este testemunho do
Espírito, ela pode ter a certeza da vida eterna. Veja
1 João 5:13 e Romanos 8:38-39.
00:55-01:00- Ore encerrando.
Objetivo: Compreender o significado da
nova vida em Cristo e conhecer os meios e a
capacitação que recebemos de Deus para conse-
guirmos fazer a Sua vontade.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Quando passamos pela experiência da salvação,
algo místico, de dimensões incompreensíveis a nos-
sa mente limitada, ocorre em nós. Algo tão tremen-
do que é denominado na Bíblia de “novo nascimen-
to”.
A partir daquele momento, nossa vida nunca mais
será a mesma. Nossos valores, nossos objetivos,
nossos temores e sonhos, nossa compreensão so-
bre Deus e seu lugar em nossa vida. Em um único
instante, sob a ação milagrosa de Deus, somos trans-
formados, tornando-nos uma nova criatura.
Continuamos sendo a mesma pessoa, mas com um
interior completamente modificado pela ação sobre-
natural de Deus, capazes agora de nos relacionar
com Deus e de compreender espiritualmente a Sua
Palavra, a Bíblia.
Também recebemos uma nova cidadania, a do Rei-
no de Deus, estando assim em uma nova posição
em relação a Deus: de pecadores “cegos e surdos”
quanto às coisas espirituais, passamos a ser, diante
de Deus, declarados “santos”, santificados pelo san-
gue de Jesus que pagou nossos pecados.
A partir do momento em que somos colocados por Deus
na posição de “santos” (santificação posicional), Deus
inicia em nós o processo da santificação, para tornar-
nos cada vez mais úteis em Suas mãos para toda boa
obra (santificação progressiva). E neste momento tam-
bém recebemos a promessa da futura “santificação
plena”, algo que ocorrerá apenas após essa nossa vida
terrena, quando deixaremos de ter nossos corpos cor-
ruptíveis e receberemos de Deus novos corpos,
incorruptíveis, sem a natureza pecaminosa, e assim
estaremos definitivamente e totalmente livres do pe-
cado e de suas tristes conseqüências.
Hoje conheceremos melhor sobre este milagre que
chamamos de “conversão” e sobre os efeitos que a
salvação produz em nosso relacionamento com Deus
e em nosso ser.
00:10-00:45- Debate:
1- Com tantas pessoas que existem no mundo,
qual a importância que Deus dá em eu decidir
seguir a Jesus e recebê-lo como meu Senhor e
Salvador? {6 minutos}
Resposta: Deus se importa e muito, sendo motivo
de grande alegria nos céus quando alguém toma esta
importante decisão (Lucas 15:10). Afinal, para que
isto fosse possível, Deus não poupou nada, nem
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A nova vida em
Cristo Jesus
mesmo o seu filho amado (João 3:16). É algo tão
importante que Deus, a partir deste momento, nos
adota tornando-nos seus filhos, dando-nos uma po-
sição de honra sobre toda a criação (João 1:12, Ro-
manos 8:15 e Efésios 1:5).
2- Quando Deus nos recebe como seus filhos
legítimos, o que Ele imediatamente envia aos
nossos corações para que possamos ter comu-
nhão com Ele? {4 minutos}
Resposta: Ele envia o Espírito Santo, que passa a
habitar em nosso coração, e que apresenta diante
Dele todas as nossas necessidades (Gálatas 4:4-7,
Efésios 1:13-14 e Romanos 8:26-27).
Comentário: No texto de Gálatas, a palavra “reden-
ção” é sinônimo de “salvação”. Já o texto de Efésios
refere-se ao ato final da redenção, quando Deus irá
nos empossar como filhos (seremos recebidos como
herdeiros) e substituir nosso corpo mortal e corrup-
tível (Veja a pergunta “nº 6”).
3- E quanto às coisas que prati-
13º Encontro
quei contra a vontade de Deus
antes de ser salvo? Se foram
muito terríveis Deus irá cobrá-las
de mim de alguma forma? {4 mi-
nutos}
Resposta: Não, quando somos sal-
vos todos os nossos pecados são
totalmente perdoados por Deus.
Começamos uma nova vida, sen-
do, diante de Deus, considerados
“santos” (Colossenses 1:21-22,
Isaías 1:18 e 2 Coríntios 5:17 e 19).
4- E quanto aos meus medos in-
fundados e desequilíbrios emo-
cionais? Eles continuam após a
conversão? {7 minutos}
Resposta: Antes de qualquer coisa,
devemos lembrar que estes senti-
mentos podem ter origem em pro-
blemas físicos, como acontece, por
exemplo, no caso de desequilíbrio
hormonal. Mas este não é o caso
da maioria das pessoas. Normal-
 13º Encontro
mente a conversão nos liberta ou ini-
cia um processo que nos capacita a
sermos libertos.
Antes, quando ainda estávamos mor-
tos espiritualmente, ou seja, quando
nosso “espírito” estava morto, nossa
alma vivia sem nenhum referencial
quanto à vontade de Deus. O ser hu-
mano conforme o projeto original de
Deus, possuía além da alma um es-
pírito, o que o tornava capaz de ter
comunhão com o Espírito Santo, ten-
do assim um “referencial divino”. Com
o advento do pecado e a conseqüen-
te morte do espírito, este referencial
se perdeu, e assim nossa alma pas-
sou a substituir esta lacuna destina-
da à comunhão com Deus assumin-
do um referencial egocêntrico. A base
para as nossas escolhas passou a ser
o que nós achávamos ser bom ou mal
para nós mesmos, para o nosso pra-
zer (Romanos 8:5-6). Porém, quan-
do estes objetivos não eram alcan-
çados, ou quando percebíamos que
após alcançá-los continuávamos va-
zios e insatisfeitos, nossa alma so-
fria profundamente, tornando-nos emocionalmente
doentes. Contudo, o verdadeiro problema é que este
referencial egocêntrico é incapaz de substituir o divi-
no, e além desta incapacidade ele ainda nos leva a
agir em inimizade justamente com aquele para quem
fomos criados para manter comunhão (Efésios 2:3).
Quando aceitamos Jesus, é feita em nós uma nova
obra criadora, trazendo a vida nosso “espírito” que
em comunhão com o Espírito Santo, passa a dar a
“direção espiritual” para a nossa alma e a certeza de
nossa situação de filhos de Deus (Romanos 8:14-
16). Agora que o nosso espírito foi trazido a vida, e
tornamo-nos habitação do Espírito Santo, passamos
a ter dois referenciais, pois nossos corpos continu-
am com a sua “natureza pecaminosa”. À medida que
praticamos as obras da carne (referencial
egocêntrico), reduzimos a ação do Espírito Santo em
nós e sofremos as conseqüências em nossa alma.
Mas, quando optamos por seguir nossa nova natu-
reza espiritual, sacrificando a velha, podemos gozar
da paz, da alegria e dos demais frutos produzidos
pelo Espírito Santo (Gálatas 5:16-17 e 5:22-25).
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
5- E com relação aos pactos e compromissos
assumidos com espíritos, entidades ou qualquer
outro ser a quem adorávamos no lugar de Deus?
É possível que estas coisas me tragam algum
tipo de maldição ou coisa parecida? {7 minutos}
Resposta: Ao aceitarmos a Jesus, espiritualmente
(alma e espírito) somos uma nova criatura, não so-
frendo nenhuma conseqüência espiritual de qualquer
ato cometido anteriormente (2 Coríntios 5:17 e 19).
Nenhuma acusação poderá ser levantada diante de
Deus por ninguém baseado em atos praticados ou
palavras proferidas por nós (Romanos 8:31-34). Além
disto, passamos a contar com a proteção de Deus,
o que nos liberta da ação direta de qualquer espírito
maligno (Hebreus 2:14-15; 1 João 3:8 e 1 João 5:18).
6- Nós vimos que a conversão traz à vida o nos-
so espírito que estava morto. Vimos que recebe-
mos o Espírito Santo em nosso coração e que
através da comunhão com Deus, nossa alma é
capacitada a fazer a vontade de Deus e assim
pode usufruir dos frutos do Espírito Santo, cor-
rigindo as deformidades e doenças de nossa
alma. Mas quanto ao nosso corpo. Algo aconte-
ce com ele? {7 minutos}
Resposta: Deus pode operar em nossos corpos mi-
lagres e nos restaurar de doenças. Ele tem este po-
der e a Palavra de Deus está repleta de casos que
comprovam isto. Como também Ele, em Sua infinita
sabedoria e soberania, pode não fazer isto, como
vemos em outros casos citados na Palavra. Mas isto
não tem qualquer relação com a conversão. Pode
ocorrer em pessoas não convertidas como pode não
ocorrer em pessoas salvas. Entretanto, existem do-
enças físicas que são ligadas às deficiências ou do-
enças da alma. São chamadas de doenças
psicossomáticas. Com a restauração espiritual
exercida pelo Espírito Santo, é comum que doenças
deste tipo, devido a sua natureza peculiar, venham
a desaparecer. De qualquer forma, no ato da con-
versão recebemos a promessa de novos corpos físi-
cos, chamados de “corpos celestes”, e que serão
livres do pecado e de seus males (Romanos 8:23, 2
Coríntios 5:1-10 e 1 Coríntios 15:35-44). Estes cor-
pos serão semelhantes ao de Jesus após a ressur-
reição (Lucas 24:36-43).
00:45-00:50- Ore encerrando.
Objetivo: Compreender o conflito inter-
no e permanente que ocorre em todo cristão sin-
cero, entre sua velha natureza pecaminosa e sua
nova natureza espiritual, adquirida em Cristo Je-
sus.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Mesmo depois de aceitarmos a Jesus, dentro de nós
permanece viva a nossa “natureza pecaminosa”, ou
seja, a nossa vontade egoísta que busca produzir
continuamente em nós o que a Bíblia chama de “co-
biças do mundo”.
Esta expressão traduzida por cobiças, ou concupis-
cências, traz a idéia de uma vontade motivadora de
nossos atos e pensamentos, mais do que isto, traz a
idéia de algo que nos leva a atos que nos deixam
como que sem o controle sobre nós, desejos que
nos dominam exigindo serem saciados, algumas
vezes a qualquer preço.
Parte destas coisas relacionadas com estas cobi-
ças, por si só e na medida ou forma adequada, não
são pecaminosas. O pecado surge quando a satis-
fação destes prazeres assume o centro de nossa
vida. Quando a vontade de Deus é posta em segun-
do plano.
A Bíblia em 1 João 2:16, divide todas as cobiças
oferecidas pelo mundo em três grupos:
1) Cobiça da carne – Práticas que nos trazem pra-
zeres diretamente relacionados com nossos corpos
através de seus sentidos, ou da ação química em
nosso organismo e mente. Estão relacionados em
sua maioria com paladar (alimentos e bebidas
prazerosas); com sexo; com entorpecência (bebidas
ingeridas para se embriagar ou drogas), ou ainda
com lazer (que para uns pode ser o repouso como
para outros pode ser o “agito das baladas”). Mas há
outros. Por exemplo, o vício do fumo, onde vemos
pessoas chegarem a passar fome para saciá-lo, tam-
bém é uma “cobiça da carne”, e não se enquadra
diretamente nos sub-grupos anteriores.
2) Cobiça dos olhos – Desejo de algo que não te-
mos acesso imediato. Desejo que inicia pela obser-
vação. Primeiro sub-grupo: coisas que desejamos e
que apesar de sabermos que são contrárias à von-
tade de Deus, não buscamos dominar este desejo,
mas que no mínimo nos deliciamos na idéia de con-
cretizar o pecado. O aceitar o desejo e fomentá-lo,
por si já é pecado, independente da intensidade deste
desejo. Segundo sub-grupo: qualquer coisa lícita que
desejamos com tal intensidade que na ânsia de obtê-
la, quer sejam bens, objetos ou pessoas, estamos
dispostos a utilizar meios que colocam de lado a von-
tade de Deus.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A natureza
pecaminosa x
Nova natureza
3) Soberba da Vida – Quando buscamos ser reco-
nhecidos e tratados pelos outros como pequenos
deuses, como superiores de alguma forma aos de-
mais, sentindo-nos assim merecedores de especial
atenção e com direito de exigí-la. A soberba nos leva
a imaginar que podemos ter o controle sobre tudo e
sobre todos. Esta soberba pode vir pela ostentação
de bens, pela busca do reconhecimento estético de
nosso corpo, pela nossa autoridade humana, por
sermos influentes, por conhecimento intelectual ou
cultural, dons naturais ou espirituais, dentre muitos
outros. Pode incluir até mesmo: misérias, doenças
ou sofrimentos. Este atributo ou coisa que possuí-
mos na maioria das vezes não é um mal, o mal está
em se considerar superior aos outros, merecedor de
maior atenção, com direito de exigir tratamento dife-
renciado.
00:10-00:55- Debate:
1- Se alguém nunca “aceitou a Jesus”, mas se
este alguém após conhecer as leis de Deus, to-
mar o propósito de seguí-las a
sério e de coração, é possível que
14º Encontro
esta pessoa consiga viver sem
pecar, vivendo assim em paz com
Deus? {5 minutos}
Resposta: Não, pois antes de acei-
tar a Jesus, e mesmo depois de o
recebermos como nosso Senhor e
Salvador, possuímos em nós uma
natureza pecaminosa, que nos leva
a pecar (Romanos 3:20 e 23; Ro-
manos 7:18-23; 1 João 1:8 e10).
2- Se tanto os “salvos” como
aqueles que nunca professaram
Jesus como Senhor e Salvador
possuem uma natureza pecami-
nosa e pecam, então por outro
lado ambos também podem a seu
modo agradar a Deus e ter comu-
nhão com Ele? {5 minutos}
Resposta: Não, pois sem o arrepen-
dimento e o perdão de Deus atra-
vés de Jesus é impossível ao ho-
mem agradar a Deus (Romanos
8:5-8; 1 Coríntios 2:14; Efésios 2:3).
14º Encontro
3- Mas se nós continuamos possu-
indo pecados, qual é a diferença
entre o crente e o descrente. Por
que Deus trataria aos crentes de
forma diferente? {7 minutos}
Resposta: Porque ao aceitarmos a
Jesus temos todos os nossos peca-
dos, passados, presentes e futuros,
perdoados pelo sacrifício de Jesus, e
ficamos assim livres da condenação
do pecado (Romanos 4:7-8, Romanos
7:24 a 8:4 e 1 João 2:1-2). Esta idéia
parecia estranha aos Romanos, sen-
do este um dos motivos de Paulo es-
crever esta carta. Alguns debochavam
dizendo que se todos os nossos peca-
dos futuros já tiveram sua condenação
cancelada pelo sacrifício de Jesus, en-
tão devemos pecar mais para que a
graça de Deus seja ainda maior. A res-
posta de Paulo está em Romanos 6:1-
2. Os pecados que praticamos atrapa-
lham nossa comunhão com Deus, mas
se confessarmos os nossos pecados
a Ele, somos perdoados (1 João 1:9).
4 – Então isto significa que após
sermos salvos continuamos vivendo igual antes,
com os mesmos pecados, só que sem sermos
condenados? {7 minutos}
Resposta: De forma alguma. Quando nos compro-
metemos diante de Deus em ter a Jesus como nosso
Senhor, recebemos em nossos corações o Espírito
Santo que vivifica o nosso espírito e nos guia a fazer
a vontade de Deus (Romanos 8:9-10 e 14).
Muitas pessoas antes de aceitar a Jesus pensam: “eu
gostaria de seguir a Jesus, mas eu não iria conse-
guir”, o que, como já vimos, é uma verdade. No en-
tanto, Deus nos pede que apenas nos arrependamos
e assim desejemos de coração abandonar o pecado,
reconhecendo que nossos pecados já foram pagos
por Jesus. Somente após aceitarmos Jesus como
Senhor e Salvador é que Ele nos envia o Espírito
Santo, nos transformando totalmente em uma nova
pessoa (2 Coríntios 5:17), e só assim é que somos
capazes de fazer a vontade de Deus (Filipenses 2:13).
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
5 – Mas se após aceitar a Jesus, optarmos por
conscientemente e sem qualquer arrependimen-
to manter a prática de um determinado pecado?
{7 minutos}
Resposta: Se realmente somos filhos de Deus e
persistirmos conscientemente em um pecado, Deus
irá nos disciplinar para que abandonemos este pe-
cado (Hebreus 12:4-8). Observe que o último
versículo (8) alerta que se alguém vive em pecado
sem receber a disciplina de Deus, este alguém ape-
nas pensa ser filho de Deus (Veja também 1 João
2:9, 1 João 3:9-10, Tiago 1:26).
6 – Se possuo o Espírito Santo e me entrego intei-
ramente a Deus, será possível resistir à minha na-
tureza pecaminosa e fazer sempre a vontade de
Deus? {7 minutos}
Resposta: Como servos de Jesus, devemos sempre
lutar para fazer a vontade de Deus, sempre buscando
agir de forma igual a Cristo. Somos capazes de vencer
o pecado. Porém, nesta vida, isto não é possível ser
alcançado em sua plenitude. Mas isto não é motivo
para não buscarmos nos aperfeiçoar dia a dia, aban-
donando pecados e assumindo a vontade de Deus em
detrimento de nossa própria vontade natural (Filipenses
3:12-14; 1 Coríntios 9:27; Hebreus 12:1-4).
7- Por que devemos desejar obedecer à vontade
de Deus? {7 minutos}
Resposta: Por que ela sempre é boa, agradável e
perfeita (Romanos 12:2), ou seja, o que Deus nos
orienta é sempre o melhor para nossas vidas, mes-
mo que não percebamos isto naquele momento, sen-
do necessário que renovemos nossa mente, mude-
mos nossa maneira de pensar.
Não devemos nos orientar pelo que pensamos ou
sentimos em nosso coração, pois somos egoístas, e
o egoísmo não nos permite ver da mesma forma que
Deus vê (Jeremias 17:9).
Assim, em muitos momentos, devemos nos lembrar
da misericórdia de Deus abundantemente derrama-
da sobre nós e fazermos Sua vontade mesmo que
isto seja penoso por entrar em conflito direto com a
nossa vontade (Romanos 12:1 e 2 Coríntios 5:14-15).
Jesus é o exemplo supremo desta obediência à von-
tade de Deus (Mateus 26:38-39 e Filipenses 2:5-8).
00:55-01:00- Ore encerrando.
Objetivo: Apresentar os instrumentos cri-
ados por Deus para a prática da vida cristã e para o
crescimento espiritual rumo à maturidade cristã e ao
conhecimento de Cristo.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Ao iniciarmos a vida cristã, há uma mudança de ob-
jetivo em nossa vida. Nós que antes não tínhamos
uma real preocupação com a opinião de Deus quan-
to aos nossos atos e pensamentos, passamos ago-
ra a desejar obedecê-lo e queremos viver em cons-
tante comunhão com Ele.
Entretanto, para poder obedecer a Sua vontade é
necessário que a conheçamos. Da mesma forma,
para nos relacionar com Deus e praticarmos a vida
cristã, precisamos aprender sobre Deus e sobre o
que é e como deve ser vivida esta vida cristã.
Deus nos deu alguns instrumentos e meios para que
isto seja possível. Quando os colocamos em práti-
ca, e da forma correta, nossa nova natureza (espiri-
tual) é fortalecida, e assim conseguimos reduzir a
influência de nossa natureza pecaminosa, para que
possamos dominá-la.
Para seguir a Jesus, Deus é quem deve motivar nos-
sos pensamentos e ações, ou seja, deve estar no
centro de nossos corações. Mas, se nos deixarmos
dominar pela natureza pecaminosa permitindo que
nossas cobiças nos governem, elas é que assumi-
rão o lugar de Deus em nossos corações, tornando-
se nossos ídolos, nossos falsos deuses. Com isto,
cada vez mais nos afastaremos Dele e menos aptos
estaremos para que Ele nos utilize em Sua obra.
Se permitirmos, este processo irá prosseguir até nos-
sa reprovação para o exercício do ministério cristão
que Deus preparou para cada um de nós (Tito 1:16).
Nossa vida cristã passaria então a ser um simples
exercício de prática religiosa, no qual cada vez en-
contraríamos menos prazer. Se isto chegasse a
acontecer, iríamos nos tornar infrutíferos, não fazen-
do mais qualquer diferença positiva na vida daque-
les que nos rodeiam. Deixaríamos de influir com os
frutos do Espírito e passaríamos a tomar a forma do
mundo que nos rodeia, sendo então influídos pelo
modo de vida dos incrédulos, exercitando-nos nas
obras da carne e apagando a voz do Espírito Santo.
Por outro lado, se estivermos dispostos a sacrificar os
nossos desejos egoístas e utilizarmos os instrumentos
providos por Deus para o nosso fortalecimento espiri-
tual, mais úteis seremos nas mãos de Deus. Estare-
mos aptos para o trabalho em Sua obra e para propa-
gar de forma eficaz o Seu evangelho. Só assim alcan-
çaremos a verdadeira paz que excede todo o entendi-
mento. Só então encontraremos descanso para as
nossas almas, antes cansadas e sobrecarregadas.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Conhecendo a
Deus e à Sua
vontade
00:10-00:57- Debate:
1- Qual o principal instrumento que Deus criou
para termos comunhão com Ele, tanto no nosso
dia a dia como também em momentos especi-
ais? {14 minutos}
Resposta: A oração. Orar é conversar com Deus.
Não é ficar apenas repetindo palavras (Mateus 6:7),
mas é falar para Deus aquilo que está em nosso
coração: expressar nossa gratidão, nossas dificul-
dades, ansiedades, dúvidas, temores, tristezas e ale-
grias (Filipenses 4:6-7 e Tiago 5:13a). É o momento
de, arrependidos de nossas falhas, confessarmos a
Ele nossos pecados (1 João 1:9 e Tiago 4:8-10). De
pedir Sua ajuda para mudarmos nossas atitudes e
fazermos escolhas certas, com sabedoria (Tiago 1:5).
Também é o momento de perdoarmos aqueles que
pecaram contra nós e pedirmos que Deus nos auxi-
lie para que o perdão seja completo (Mateus 6:14-
15).
Mas não devemos orar apenas por nós (Efésios 6:18-
20, Colossenses 4:12 e 1 Timóteo
2:1-4).
15º Encontro
Em 1 Tessalonicenses 5:17 vemos
que praticar a oração é uma obri-
gação do cristão. Devemos sepa-
rar ao menos um momento do dia
para a oração. Pode ser em qual-
quer horário ou lugar, o importante
é iniciarmos com esta prática e con-
tinuarmos todos os dias (Daniel
6:10). Não se preocupe em esco-
lher as palavras, pois Deus obser-
va o nosso coração, o que
intencionamos dizer. Com o passar
dos dias você perceberá que ficará
cada vez mais fácil falar com Deus.
2- Como posso saber se realmen-
te o que me ensinam sobre a vida
cristã esta, de fato, de acordo
com a vontade de Deus? {5 mi-
nutos}
Resposta: Deus nos deu a Bíblia
(Escrituras Sagradas) para nos gui-
ar na vida cristã (Salmo 119:105).
Entretanto, precisamos buscar o
15º Encontro
verdadeiro significado do texto, ou
seja, o que Deus está dizendo ali de
fato, considerando todas as circuns-
tâncias e contextos envolvidos, bus-
cando o sentido original para o qual
o texto foi escrito (2 Pedro 1:20-21 e
3:15-16). Quando alguém nos ensi-
nar algo novo da vida cristã, não de-
vemos simplesmente aceitar esta
idéia, mas devemos pesquisar se o
que estão nos ensinando realmente
confere com o que a Bíblia diz (Atos
17:11).
3- Participar de estudos e ouvir
pregações é suficiente para me ali-
mentar da Palavra de Deus? {3 mi-
nutos}
Resposta: Não, precisamos diaria-
mente ler e meditar na Palavra (Josué
1:8). A mesma disciplina que deve-
mos nos impor quanto à oração é
válida aqui. Não crie para si objetivos
muito pesados. Escolha um dos livros
da Bíblia, comece com um dos evan-
gelhos (Mateus por exemplo). Faça
um plano de leitura se comprometen-
do a diariamente ler uma pequena porção. Procure
entender o que realmente o texto diz. Verifique se o
que é ensinado ou o que acontece ali confronta com
sua vida ou com sua forma de pensar. Analise se há
ensinamentos que podem ser aplicados no seu dia
a dia e planeje uma forma de por em prática o que
aprendeu (Tiago 1:22-25).
4- O estudo fala em leitura da Bíblia. Tiago fala
sobre “aquele que ouve a Palavra”. Então este
texto não se refere à leitura da Bíblia? {2 minu-
tos}
Resposta: Aqui temos que entender o contexto cul-
tural deste texto. Naquela época, a grande maioria
das pessoas era analfabeta. Assim, tanto nas sina-
gogas judaicas quanto nas igrejas cristãs, havia o
hábito da leitura pública das Escrituras (Atos 13:14-
15 e Colossenses 4:16).
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
5- Mas será que eu preciso que alguém me ajude
a aprender sobre Deus e Sua vontade, ou eu pos-
so fazer isto apenas sozinho? {5 minutos}
Resposta: Apesar de ser importante que tenhamos
momentos a sós com Deus para orar e para ler e
meditar na Palavra, Deus estabeleceu um modelo a
ser seguido. Assim, os que são mais maduros na fé
têm a obrigação de discipular, isto é, de ensinar e
orientar aqueles que estão iniciando a vida cristã
(Mateus 28:18-20, Tito 2:2-5 e Hebreus 13:17).
6- E freqüentar uma Igreja? É algo que quem se-
gue a Jesus deve fazer ou é uma opção? Será
que posso seguir a Jesus sem fazer parte de uma
Igreja? {18 minutos}
Resposta: Todo cristão verdadeiro deve freqüentar
uma igreja (Hebreus 10:25). Seguir a Jesus é viver
integrado a Igreja de Cristo, é ser membro do “Cor-
po de Cristo”, nome que a Bíblia atribui a Igreja que
é formada por todos aqueles que um dia aceitaram
a Jesus como Senhor e Salvador (1 Coríntios 12:27;
Colossenses 1:24). Igreja neste sentido é única (1
Coríntios 12:13 e Efésios 4:4). O líder da “Igreja In-
visível” de Cristo é o próprio Senhor Jesus
(Colossenses 1:18a).
A “igreja local”, por sua vez, é onde os membros
deste Corpo (Igreja Invisível) congregam. Neste gru-
po de cristãos chamado de “Igreja local” é que po-
demos viver a vida cristã e exercer os dons e minis-
térios que Deus distribuiu para a edificação de todos
(Efésios 4:11-16). Na Bíblia, os cristãos são também
chamados de santos, porque foram santificados por
Jesus (1 Coríntios 1:2). No sentido de “igreja local”,
onde os santos se reúnem, há um número ilimitado
de igrejas (Efésios 1:1; Filipenses 1:1; Colossenses
1:2), não apenas no sentido de cristãos de uma
mesma cidade, mas também se referindo a um gru-
po específico que se reúne em um determinado lu-
gar desta cidade (Romanos 16:3-5a, Colossenses
4:15 e Filemom 2).
Através da unidade e do exercício sincero do amor
por parte dos cristãos de uma igreja local é que o
mundo é capaz de perceber que Deus enviou Jesus
e que este grupo é formado por discípulos de Jesus
(João 17:20-23 e João 13:34-35).
00:57-01:00- Ore encerrando.
Objetivo: Incentivar a todos a separar um
momento do dia para a oração.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Um dos maiores privilégios que nós adquirimos quan-
do aceitamos a Jesus como Senhor e Salvador é
podermos falar com Deus a qualquer momento e
em qualquer lugar onde estejamos. Não precisamos
marcar hora ou ir a um lugar específico. Como filhos
de Deus temos acesso direto ao Pai.
Porém, apesar de Deus não nos impor nenhum ho-
rário ou lugar em especial, é importante definirmos
de forma clara qual ou quais os momentos do dia
em que iremos orar e nos cobrarmos quanto à práti-
ca deste importante exercício espiritual.
A escolha do lugar também é importante, não por
imposição de Deus ou por qualquer qualidade místi-
ca do lugar, mas para que encontremos nele as con-
dições adequadas de nos concentrarmos na ativida-
de de orar, sem sermos continuamente interrompi-
dos e sem encontrarmos distrações que nos tirem a
atenção.
Vemos que vários personagens bíblicos escolhiam
locais e momentos definidos para que diariamente
estivessem apresentando suas orações a Deus. O
próprio Senhor Jesus tinha o hábito de se afastar
das multidões para orar, e para isto escolhia montes
onde podia encontrar o sossego necessário para esta
atividade.
Por outro lado, nada nos impede de termos momen-
tos de oração no período em que vamos fazer nos-
sa caminhada diária, ou durante o percurso de casa
ao trabalho ou à escola. Há irmãs que dizem ter ex-
celentes momentos de oração quando estão fazen-
do atividades rotineiras da casa, como por exemplo,
enquanto lavam a louça do almoço.
No silêncio da madrugada ou no intervalo do almo-
ço, de joelhos ou deitado, em nosso quarto ou em
plena rua. O principal é criarmos o hábito e perma-
necermos fiéis nesta prática. Nos primeiros dias tal-
vez você sinta uma certa dificuldade, mas não se
preocupe, se esforce em cumprir este compromisso
e logo isto fará parte do seu dia a dia.
00:10-00:45- Debate:
1- Qual o principal incentivo que temos para per-
severar em oração? {5 minutos}
Resposta: O principal é sabermos que Deus nos ouve
(1 João 5:14-15 e 1 Pedro 3:12). Algumas vezes esta
resposta parece-nos demorar, mas devemos perse-
verar orando, pois Deus nos responderá com justiça
e no tempo certo (Lucas 18:1-8). Também através
da oração fortalecemos nosso espírito para poder-
mos vencer as fraquezas de nossa carne, ou seja,
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Oração: Nosso
canal direto
com o Pai
as tentações que vêm sobre nós devido a nossa
natureza pecaminosa (Mateus 26:41).
2- Quais as áreas de nossa vida que podemos
apresentar diante de Deus em nossas orações?
{6 minutos}
Resposta: Devemos apresentar a Deus todas as áre-
as de nossa vida, pedindo que Ele intervenha con-
forme a Sua vontade, especialmente naquelas áre-
as que nos causam ansiedades e aflições (Filipenses
4:6-7). Deus promete também que sempre que Lhe
pedirmos sabedoria em qualquer área ou decisão,
se crermos receberemos sabedoria (Tiago 1:5-6).
Devemos sempre orar antes de tomar decisões,
mesmo nas que consideramos fáceis (Provérbios
3:5-6 e 16:1-3).
3- Como vimos no texto lido em 1 João 5, Deus
nos dá somente aquilo que for de acordo com a
Sua vontade. Ele sabe do que necessitamos an-
tes de pedirmos (Mateus 6:8). Seguindo este ra-
ciocínio, é certo concluir que é
melhor eu não pedir nada? Afi-
16º Encontro
nal, Deus sabe melhor que eu do
que preciso! Ou será que se eu
não pedir eu irei deixar de rece-
ber bênçãos? {7 min.}
Resposta: Devemos pedir a Deus,
pois só assim receberemos e reco-
nheceremos que foi Ele quem nos
deu. Muitas vezes não somos aben-
çoados por Deus porque deixamos
de entregar determinada área nas
mãos dEle, ou porque somos ne-
gligentes em oração (Tiago 4:2,
Mateus 7:11 e 1 João 5:15). É claro
que nem tudo que pedimos rece-
bemos, porque algumas vezes não
pedimos coisas que estão de acor-
do com a vontade de Deus (Tiago
4:3; 1 João 5:14). Mas o mais im-
portante é sabermos que se pedir-
mos de acordo com a vontade de
Deus, Ele nos ouve e sempre res-
ponde da melhor forma e na hora
mais adequada.
16º Encontro
4- Ouvi dizer que têm coisas para
as quais é melhor não orar, por
exemplo, que se eu pedir a Deus
paciência, Ele me dará tribulação
para eu aprender a ser paciente.
Isto é verdade? {6 minutos}
Resposta: Com certeza não. Temos
a liberdade de conversar livremente
com o Pai, sabendo que Ele sempre
nos atenderá da forma que for me-
lhor para nós, o que muitas vezes sig-
nifica não receber exatamente o que
pedimos. Mas não devemos temer
pedir nada (Mateus 7:7-11). As tribu-
lações não partem de algo que pedi-
mos a Deus, mas de nossos peca-
dos e da necessidade que temos de
ser corrigidos (Hebreus 12:7-11) ou
dos males do mundo (João 16:33 e
15:18-21).
5- Por que nós finalizamos a ora-
ção dizendo “em nome de Jesus”?
{11 minutos}
Resposta: Este é um costume que
surgiu porque Jesus nos ensinou que
tudo que pedíssemos ao Pai em seu
nome iríamos receber (João 14:13-14). Mas preci-
samos entender bem o que significa orar em nome
de Jesus. Nós mantemos este costume para lem-
brar que todos os nossos atos, pensamentos, objeti-
vos e orações devem ser feitos em nome de Jesus,
pois somos representantes de Jesus na Terra (2
Coríntios 5:20). Mas em nenhuma das orações trans-
critas na Bíblia vemos alguém encerrando dizendo
“em nome de Jesus”. Por isto, dizer estas palavras
sem compreender seu significado, não tem qualquer
sentido ou efeito. Para entendermos um pouco me-
lhor o que significa orar “em nome de Jesus”, obser-
ve a seguinte parábola:
Um proprietário de uma casa de veraneio, um ho-
mem de muitas posses, incumbiu seu caseiro de uma
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
importante obra a ser realizada nesta casa e retornou
para sua cidade.
O pai deste homem era dono de uma grande loja de
materiais de construção e de um supermercado na
mesma cidade em que ficava a casa de veraneio.
Antes de viajar, o proprietário avisou que o caseiro
poderia realizar compras nestas lojas “em seu nome”,
para que a obra tivesse andamento e ainda liberou
que ele comprasse itens que fossem suprir as ne-
cessidades do caseiro e de sua família.
Nas primeiras compras, o caseiro solicitou alimen-
tos para a família e os primeiros materiais de cons-
trução, e ficou impressionado com a rapidez da en-
trega do pedido.
Na segunda lista de compras, além do necessário, o
caseiro, animado com o resultado anterior, acresceu
à lista 10 pacotes de cigarro, 01 Aparelho de som de
última geração e 5 engradados de Whisky importa-
do, observando ao final da lista que tudo estava sen-
do comprado no nome do proprietário.
A lista chegou ao conhecimento do pai do dono da
casa, que liberou a entrega apenas daquilo que con-
siderou ser útil para a obra e para o sustento do ca-
seiro e de sua família.
Na parábola acima, podemos entender um pouco
do significado de pedir “em nome de Jesus”, mas é
claro que há diferenças entre o nosso relacionamento
com Deus e a parábola. Primeiro porque somos fi-
lhos de Deus, e assim temos liberdade de pedirmos
tudo a Ele, desde que entendamos que Ele não tem
a obrigação de nos dar absolutamente nada. Por
outro lado, Jesus promete que se pedirmos algo re-
almente em Seu nome, para a edificação da Sua
Obra e de acordo com a vontade de Deus, certa-
mente iremos receber (1 João 5:14-15).
Comentário: Observe como 1 João 5:14-15 parece
com João 14:13-14, e como o esclarece.
00:45-00:50- Pergunte por motivos de oração e ore
encerrando.
Objetivo: Estimular os integrantes do gru-
po a uma vida de oração em conformidade com o O que é oração
padrão apresentado na Palavra de Deus.

00:00-00:03- Inicie orando.

00:03-00:08- Introdução ao tema:
A oração é um dos maiores instrumentos criados
por Deus para que consigamos obter vitória em nos-
sa vida espiritual. Ela além de permitir nossa comu-
nhão com o pai, por conseqüência fortalece nosso
espírito e nos ajuda a contrariarmos as vontades de
nosso ego, que sempre busca o prazer do pecado, e
optarmos por fazer a vontade de Deus (obtendo pra-
zer nisto).
Aqueles que se dedicam à prática da oração aca-
bam por testemunhar vitórias em situações adver-
sas, recebem bênçãos de Deus que seriam impos-
síveis por seus próprios esforços, são mais capaci-
tados a obra de Deus. Mas o principal é que são
pessoas que, através da comunhão com o pai, pas-
sam a ter uma “visão espiritual” do mundo que o
rodeia, não desanimando diante dos desafios, pois
não vivem pelo que os olhos vêem. Não se assus-
tam diante da situação que observam, pois conhe-
cem o poder de Deus e Sua Soberania, tendo a cer-
teza de que Ele agirá, como sempre age, de forma
que todas as coisas cooperem para o bem daqueles
que o amam.
Entretanto, para que isto aconteça, precisamos en-
tender realmente o que é orar e como deve ser nos-
sa “postura” perante Deus, durante a oração.
e como deve
ser feita
(exemplo: Salmo 9:1-3).
Também através da oração podemos adorá-lo, re-
conhecendo sua Soberania (total controle) sobre
nossa vida, seus atributos inigualáveis (onipotência,
onisciência, onipresença, misericórdia, santidade,
justiça, etc...) e nossa sujeição a Sua vontade (exem-
plo: Salmo 96:9-10).
Da mesma forma, através da oração confessamos
nossas falhas e nossos pecados, pedindo o perdão
de Deus (1 João 1:9).
E é ainda através da oração que devemos agrade-
cer a Deus por nossos pedidos atendidos e por tudo
que Ele tem feito em nossas vidas (Lucas 17:11-19).
2- Recitar todo dia a mesma oração tem algum
proveito? {4 minutos}
Resposta: O que você acharia se amasse muito uma
pessoa e todo dia que você se encontrasse com esta
pessoa ela repetisse as mesmas palavras e fosse
embora? Da mesma forma, uma oração que não seja
espontânea e que não reflita os verdadeiros senti-
mentos do coração não produz co-
munhão com Deus. Por isto, este

17º Encontro
Na semana anterior vimos que necessitamos adqui- tipo de oração é condenado por
rir o hábito da oração. Para isto é necessário disci- Jesus em Mateus 6:7-8. Repare que
plina, o que no início, até vir a se tornar um hábito, nos versículos seguintes a estes de
certamente exigirá sacrifícios. Mas a recompensa é Mateus, Jesus mostra aos seus dis-
infinitamente compensadora. cípulos que ao invés de recitarem
Hoje veremos o que poderíamos chamar de “visão algo eles deveriam conversar livre-
técnica” da oração, aprendendo sobre o que de fato mente com Deus, e para que eles
é uma oração a Deus, e como devemos nos apre- entendessem melhor, ele orou na-
sentar diante de Deus ao orarmos. quele momento como exemplo,
conversando com Deus. Esta ora-
00:08-00:57- Debate: ção espontânea feita por Jesus é
1- O que é a oração? Seria correto definir oração conhecida como “Oração do Pai
como o meio que temos para fazer nossos pedi- Nosso”. Ironicamente, milhões de
dos ao Pai? {8 minutos} pessoas a utilizam como “reza”, ou
Resposta: Orar é conversar com Deus. Não uma seja, como uma oração recitada.
conversa superficial, mas uma conversa entre pes-
soas que se amam. Uma pessoa que ama outra tem 3- Se eu não desejo fazer a von-
muito mais a conversar do que ficar somente pedin- tade de Deus em determinada
do coisas. Assim é também na oração. Apesar de área, adianta alguma coisa eu
termos total liberdade de fazer pedidos a Deus atra- orar apresentando esta área da
vés da oração, orar não se resume somente a isto. minha vida em oração? {3 minu-
Através da oração podemos louvar a Deus, ou seja, tos}
dizer a Deus o quanto o amamos e reconhecer os Resposta: Sim. Quando eu desejo
atos de bondade, amor, misericórdia, enfim, reco- algo diferente da vontade de Deus,
nhecer todos os atos benignos de Deus para conosco sabendo estar errado, este conflito
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
17º Encontro
é chamado de “tentação”. A Palavra
de Deus nos alerta a orarmos para
que o que desejamos não prevaleça
(Mateus 26:41). Além disto, através
da oração Deus poderá mudar nos-
so desejo (querer) de forma a reali-
zarmos a Sua vontade (Filipenses
2:13).
4- Deus nos dá somente o que pe-
dimos a Ele? {2 minutos}
Resposta: Não. Deus nos dá muito
mais do que pedimos ou imaginamos
(Efésios 3:20).
5- E quando não recebemos o que
pedimos? Por que isto acontece?
{14 minutos}
Resposta: Em primeiro lugar porque
os nossos planos não são os mes-
mos de Deus (Provérbios 16:1 e 9).
Sabemos, entretanto, que em Sua
Soberania Ele faz com que todas as
coisas conjuntamente cooperem para
o nosso bem (Romanos 8:28). Ob-
serve também que por causa desta
diferença de visão, muitas vezes pe-
dimos pelos motivos errados, e assim não recebe-
mos o que pedimos (Tiago 4:3-5). Outras vezes, a
motivação está correta, mas a Vontade de Deus é
outra, conforme a Sua infinita capacidade de deci-
são (1 João 5:14 e Isaías 55:9).
Quando estamos vivendo em pecado, o que pedi-
mos em oração não é atendido (Salmo 66:18). Tam-
bém se orarmos pedindo que Deus nos perdoe, mas
em nosso coração não perdoarmos nosso irmão, da
mesma forma não seremos atendidos (Marcos 11:25-
26).
Comentário: Romanos 8:28 fala que todas as coi-
sas colaboram para o nosso bem, entretanto este
nosso bem não é conforme a nossa ótica egocêntrica,
mas para o nosso bem, de acordo com a visão de
Deus que nos prepara para que sejamos aptos a
Sua obra e assim obtenhamos conquistas espiritu-
ais (Tiago 1:2-4, Colossenses 1:9-10 e 1 Coríntios
3:11-15).
Muitas vezes pedimos algo que é justo e certo em si
mesmo, mas que não é o mais conveniente para nós
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
naquele momento, conforme a visão de Deus (2
Coríntios 12:7-10).
6- E quando pedimos conforme a Vontade de
Deus, Ele sempre nos atende? {7 min.}
Resposta: Sim (1 João 5:14 e João 14:13-14). Mas
há uma observação: Deus o faz no tempo dele e
deseja que perseveremos orando até recebermos
uma resposta de que irá atender, ou seja, de que o
que pedimos de fato é conforme a Sua Vontade, ou
que não irá nos atender. De qualquer forma, Deus
irá nos fazer justiça, visando o nosso bem (Lucas
18:1-8).
7- Que atitude interior devemos ter ao orarmos?
{6 minutos}
Resposta: Devemos orar com fé, crendo em Deus e
em Seu amor por nós (Hebreus 11:6). Tendo confi-
ança de que Ele se compadece de nós (Hebreus
4:14-16). Por fim, precisamos ter uma atitude de
humildade e não de orgulho. Precisamos reconhe-
cer que não há valor nenhum em nós mesmos que
nos torne merecedores de qualquer coisa da parte
de Deus (Lucas 18:9-14).
8- Leia Mateus 6:5-6. Segundo este texto, não
devemos orar em público? {5 min.}
Resposta: O que Jesus está criticando aqui não é o
ato de orar em público, mas o coração de quem ora
em público com o objetivo de demonstrar uma apa-
rência de espiritualidade e assim ganhar a admira-
ção das pessoas que ouvem sua oração. Para Deus,
o mais importante é termos uma vida de real comu-
nhão com Ele através da oração em nossa
devocional diária. Nossa oração na igreja ou em gru-
po não deve ser o nosso único momento de oração.
Mas a forma em si, em público, não é condenada. O
próprio Senhor Jesus várias vezes orou em voz alta,
sendo ouvido pelos discípulos. O mesmo era feito
na Igreja Primitiva (João 17:1, Atos 1:14 e 24).
0:57-1:00- Ore encerrando.
Objetivo: Motivar o grupo quanto ao ministério de
intercessão no “Corpo de Cristo”. Oração: Sua
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema: importância na
Ao observarmos o ministério de Jesus e dos pri-
meiros cristãos, percebemos que a oração tinha
uma importância fundamental para eles, tanto com
obra de Deus
relação ao próprio ministério, como também quanto
falando sobre o poder da oração e orientando
ao ministério da Igreja como um todo. Eles não
quanto à importância de orarmos uns pelos ou-
apenas davam prioridade à oração como também
tros, especialmente quanto a orar pela restaura-
motivavam os demais cristãos a intercederem e a
ção daqueles irmãos que caem em pecado.
terem uma vida de oração.
Nos evangelhos vemos que Jesus antes de qual-
Estes poucos exemplos aqui apresentados já nos
quer decisão importante gastava horas em ora-
mostram o quanto à oração é importante para a
ção. Antes de enfrentar o calvário, Jesus vai ao
vida da Igreja e para o sucesso dos projetos da-
monte Getsêmani orar. Jesus nos ensina a orar
queles que se dispõem para a obra de Deus.
por nossos inimigos, o que inclui os inimigos do
evangelho, orar para que Deus levante obreiros
00:10-00:55- Debate:
para Sua Obra, orar pelos obreiros, orar e vigiar
para não cair em tentação, para que a Igreja viva
1- Qual a melhor estratégia e método para ob-
em paz, orar pedindo perdão e orar em adoração
ter sucesso em meu ministério individual e
e em gratidão ao Pai.
obter sucesso no ministério de toda a minha
A Igreja Primitiva também via na oração o instru-
igreja local? {7 minutos}
mento para obter a direção de Deus em suas es-
Resposta: A oração é a chave para o sucesso de
colhas e decisões, o que podemos observar logo
todo e qualquer ministério, seja o ministério de um
no capítulo 1 de Atos, quando se preparam para
missionário, de um pastor, de um evangelista, de
escolher um novo apóstolo para substituir Judas
um líder de célula, de um professor, de um diácono,
Iscariotes.
enfim, de qualquer pessoa que tra-
O Apóstolo Paulo, em suas cartas, por diversas
balha no corpo de Cristo. Estraté-
vezes pede a intercessão das igrejas em favor de
gias e métodos são importantes,

18º Encontro
seu ministério. Por outro lado, também manifesta
mas não são eles que determina-
o seu esforço em oração pelo amadurecimento
rão o sucesso ou fracasso da Igre-
espiritual dos irmãos destas mesmas igrejas. Ou-
ja. Dentre muitos exemplos vemos
tra ênfase de Paulo é quanto à importância de orar-
Neemias, copeiro do rei da
mos pela salvação das pessoas. Paulo orienta ain-
Babilônia, que ao saber da situa-
da a orarmos por todos aqueles que exercem au-
ção de Jerusalém, sentiu-se im-
toridade, quer sejam autoridades da Igreja ou se-
pelido a fazer algo. Este algo sur-
culares (governantes).
giu através da oração (Neemias
Já Tiago fala em sua carta sobre a importância de
1:1-4 e 2:1-9).
orar por aqueles que estão enfermos e ressalta a
Antes de cada decisão de Jesus,
importância e o poder da oração para a unidade
ele dedicava-se a oração (Lucas
do corpo, promovendo a restauração dos relacio-
6:12-13 e Mateus 26:36-39).
namentos entre irmãos. Também, logo no capítu-
lo 1, Tiago chama a atenção quanto à eficiência
2- Por que devemos orar pelos
da oração quando necessitamos de sabedoria,
evangelistas e missionários? {4
garantindo que se a pedirmos a Deus em oração,
minutos}
certamente Ele nos atenderá. O que nos mostra a
Resposta: Por que é através da
importância de orarmos antes de tomarmos deci-
oração que Deus abre as portas
sões, evitando assim decidir apenas com base no
para a pregação do evangelho e
nosso próprio entendimento.
dá ousadia para que estes pre-
Já o apóstolo João registra, no capítulo 17 de seu
guem o evangelho (Colossenses
evangelho, uma oração feita por Jesus em favor
4:2-4 e Efésios 6:18-19).
de seus discípulos. João encerra sua primeira carta
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
18º Encontro
3- Ao oramos por um obreiro,
nosso foco deve ser seu ministé-
rio? {4 minutos}
Resposta: Não apenas isto. Deve-
mos orar pela pessoa do obreiro,
seja para que ele não venha a cair
em tentação e dar mal testemunho
(Hebreus 13:18), seja pela sua saú-
de, segurança e bem estar (2
Coríntios 1:8-11).
4- A intercessão é o ministério de
quem não tem um ministério? {5
minutos}
Resposta: Não, a intercessão deve
ser algo a que todos devem se de-
dicar. Paulo tinha uma importante
missão, mas não deixava de inter-
ceder pelo ministério de outros
obreiros (2 Timóteo 1:3 e Filemom
4-6). Quando oramos pelo ministé-
rio de um obreiro, somos participan-
tes de seu ministério e assim nos
unimos a ele na obra de Deus (Ro-
manos 15:30).
5- Apenas pelos pastores, missionários,
evangelistas e demais obreiros é que eu devo
me dedicar a oração com o intuito de edificação
da Igreja? {3 minutos}
Resposta: Não, devemos orar por toda a Igreja,
orando por cada indivíduo para que assim toda a
Igreja seja edificada em Cristo (Colossenses 4:12-
13).
6- Existe algum outro grupo de cristãos que
deve receber especial atenção nossa em ora-
ção? {4 minutos}
Resposta: Sim, os cristãos perseguidos devido a
sua fé (Atos 12:5 e 2 Tessalonicenses 3:1-3).
7- O primeiro versículo do texto lido em 2
Tessalonicenses fala em orar para que a pala-
vra de Deus se propague. Então existe alguma
relação entre a nossa oração e a salvação dos
descrentes? {3 minutos}
Resposta: Sim, por isto devemos orar pela salva-
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
ção de todos: por conhecidos e familiares, por
nosso país e por nações estrangeiras, enfim, por
todos (1 Timóteo 2:1-4).
8- Qual a importância que a igreja primitiva dava
a oração? {6 minutos}
Resposta: Os apóstolos da Igreja de Jerusalém
se dedicavam a apenas duas únicas tarefas, uma
delas era a oração (Atos 6:2-4).
O apóstolo Paulo, o grande missionário da igreja
primitiva, dedicava-se periodicamente a oração
(Atos 16:13), mesmo quando se encontrava em
circunstâncias adversas (Atos 16:24-25). Antes de
cada escolha ou passo a ser dado, os cristãos pri-
mitivos oravam (Atos 1:24-25 e Atos 13:3).
9- Posso colaborar com a evangelização dos
descrentes orando pela conversão dos mes-
mos e orando pelos obreiros que estão pregan-
do o evangelho. De que outras formas posso
utilizar a oração para colaborar com a expan-
são do evangelho? {5 min}
Resposta: Algo muito importante é pedir a Deus
que levante mais obreiros para uma obra
missionária específica (Mateus 9:37-38). Mas exis-
te mais uma forma que é tão importante que foi
motivo de oração por parte do Senhor Jesus, ora-
ção esta que está registrada em João 17:20-23.
Assim, quando lutamos em oração e em atitudes
pela unidade da igreja local, estamos contribuin-
do imensamente para a pregação do evangelho.
10- Em vista da importância da unidade, o que
devemos fazer quando estamos envolvidos na
quebra da unidade devido a um problema com
um irmão? {4 min.}
Resposta: Logo de início devemos procurar o ir-
mão para nos acertarmos com ele (Mateus 5:23-
24). Devemos confessar a falta que praticamos
contra ele e pedir-lhe perdão. Após isto, a oração
tem uma importante função: restaurar o relacio-
namento, curando as feridas (Tiago 5:16).
0:55-1:00- Dê liberdade para pedidos de oração e
ore encerrando.
Objetivo: Compreender que a prática da
oração nos leva a viver em comunhão com Deus.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Orar é conversar com Deus. Não é ficar apenas re-
petindo palavras, mas é falar para Deus aquilo que
está em nosso coração. Através da oração pode-
mos expressar ao Pai nossa gratidão e expor nos-
sas dificuldades, ansiedades, dúvidas, temores e tris-
tezas.
Nosso período de oração diária é o momento ideal
para sondarmos nosso coração, ouvirmos nossa
consciência e a voz do Espírito Santo, e assim reco-
nhecermos onde, quando e contra quem erramos.
Arrependidos de nossas falhas, é neste período de
oração que podemos confessar a Ele nossos peca-
dos e assim recebermos do Seu perdão. Quando
você passar por isto e houver arrependimento sin-
cero em seu coração, assuma diante de Deus o com-
promisso de mudança e de correção do erro come-
tido, se isto for possível. Se na prática deste pecado
você ofendeu alguém, comprometa-se a pedir per-
dão a quem você ofendeu. Se há realmente este
propósito em seu coração, planeje diante de Deus
quando e onde irá conversar com a pessoa a quem
você ofendeu, e como pretende corrigir o erro co-
metido de forma prática. Peça a Deus ajuda para
que ocorra uma mudança de atitude para que as-
sim, em uma próxima vez, você tenha vitória contra
este pecado.
No período de oração também devemos buscar em
nosso coração se há alguma mágoa para com al-
guém que tenha nos ofendido. Se houver, temos que,
diante de Deus, perdoar esta pessoa de todo o cora-
ção, sem guardar rancor. Muitas vezes isto é muito
difícil, mas como cristãos somos obrigados a isto,
independente do desejo ou não da pessoa em ques-
tão de se reconciliar conosco. Nossos atos e atitu-
des para com esta pessoa devem ser compatíveis
com o perdão que confessamos diante de Deus.
Devemos buscar a paz com todas as forças que es-
tiverem ao nosso alcance. Porém, não estamos sós
em nossa dificuldade. É exatamente através da ora-
ção que buscamos e recebemos forças de Deus para
que o perdão real ocorra e para que as feridas dei-
xadas se cicatrizem completamente.
A oração também é o caminho para que façamos
escolhas certas, com sabedoria, de acordo com a
vontade de Deus. Mas isto só irá se realizar se não
estivermos orando para Deus apenas confirmar o
que já decidimos em nosso coração. Precisamos orar
para que Deus nos conduza a praticarmos a Sua
vontade. Isto normalmente envolve um período de
oração, a pesquisa na Palavra de Deus sobre princí-
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Oração: Sua
importância na
vida cristã
pios bíblicos envolvidos na questão a ser decidida e
a consulta a cristãos maduros que tenham condição
de aconselhar com base na Bíblia e de acordo com
ela. Não devemos nos deixar guiar pelo nosso cora-
ção pois ele, segundo a Palavra, é “enganoso e ex-
tremamente corrupto”. Orar e persistir orando en-
quanto pesquisamos a melhor opção é o caminho
para obtermos vitória em nossas escolhas e deci-
sões.
Por fim, é através da oração que adoramos a Deus,
declaramos nosso amor a Ele, reconhecemos sua
autoridade sobre nossa vida e temos comunhão com
o Pai.
00:10-00:55- Debate:
1- Que ponto em comum podemos observar
como hábito dos principais homens de Deus da
Bíblia? {6 minutos}
Resposta: A oração. Veja só alguns exemplos: o pro-
feta Elias, como relata Tiago 5:17-18; o profeta
Daniel, como registrado em Daniel 6:10; Davi, como
vemos no Salmo 72, versos 19 e
20; Moisés, conforme o título do
19º Encontro
Salmo 90; os Apóstolos da Igreja
de Jerusalém, de acordo com Atos
6:4; e ainda o apóstolo Paulo, como
pode ser visto em 1
Tessalonicenses 3:10.
2- O principal motivo que torna a
oração importante para nossa
vida cristã é porque ela é o meio
pelo qual eu posso buscar a aju-
da e o socorro de Deus? {12 mi-
nutos}
Resposta: Realmente através da
oração eu sou capaz de buscar aju-
da e o socorro de Deus, e isto é
muito importante. Podemos buscar
forças em Deus quando sofremos
(Tiago 5:13). Orar por aquelas coi-
sas que tiram nossa paz e nos cau-
sam ansiedade (Filipenses 4:6).
Através da oração pedimos forças
para vencer as nossas vontades
egocêntricas (Hebreus 13:20-21 e
Mateus 26:41). Pela oração pedi-
19º Encontro
mos a proteção de Deus contra a
ação dos homens perversos e das
artimanhas do Maligno (2 Coríntios
1:9-11 e 2 Tessalonicenses 3:2-3).
Entretanto, apesar disto ser muito
importante, não é o principal. Temos
que lembrar que o objetivo pelo qual
Deus nos criou e nos salvou, foi para
que tenhamos comunhão com ele.
Assim, a principal motivação que te-
mos para orar é que ao orarmos
estamos tendo comunhão com o Pai,
e assim estamos fazendo o que Ele
mais deseja. Nossa comunhão ple-
na só ocorrerá no futuro quando for-
mos plenamente resgatados do pe-
cado, recebendo corpos
incorruptíveis. Mas nesta vida, a ora-
ção é o principal canal de comunhão
com Deus (1 João 1:3 e 5:14-15).
3- O que é adoração? {5 minutos}
Resposta: Adoração, que também é
feita através da oração, é declarar a
Deus o que reconhecemos que Ele
é, especialmente com relação à au-
toridade e poder que exerce sobre
nós e nossa vida (Mateus 6:9-10). Quando damos
graças a Deus por algo, também estamos adoran-
do-o, pois reconhecemos que é Ele quem agiu em
nosso favor para que recebêssemos determinado
bem ou benefício (1 Timóteo 4:4-5, Lucas 1:46-50).
4- Por que a adoração e as ações de graça são
importantes? {7 minutos}
Resposta: Quando adoramos a Deus e damos gra-
ças a Ele estamos reconhecendo que Ele é quem
tem o controle e o domínio sobre a nossa vida, e é
dEle que recebemos tudo aquilo que obtemos, e não
de nossas próprias qualidades (Tiago 1:17, Roma-
nos 7:18 e 19). Isto nos dá uma correta perspectiva,
permitindo que nossas vitórias não venham a se tor-
nar tropeço, o que ocorreria se passássemos a nos
orgulhar como se estas tivessem vindo de nós e não
de Deus (2 Coríntios 12:6-10). Ao reconhecermos e
declararmos os atributos de Deus, lembramos a nós
mesmos quem Deus realmente é, dando-nos uma
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
correta postura de humildade diante dEle. Também
nos lembramos que o bem que fazemos é realizado
não por nossos próprios atributos, mas pelo poder
dEle atuando através de nós (Efésios 3:20-21). Esta
prática nos leva ainda mais à humildade e livra-nos
da soberba que precede a queda (Provérbios 16:18).
5- Como podemos, na prática, refletir em nossa
vida diária o espírito de adoração e de depen-
dência de Deus que declaramos em oração? {7
minutos}
Resposta: Em primeiro lugar, buscando a vontade
de Deus antes de cada decisão e de cada escolha
(Provérbios 16:20). Quando consagramos a Deus
cada decisão, fica mais fácil atribuir a Ele as vitórias
do dia a dia, o que evita que cresça em nós o orgu-
lho. Pelo contrário, isto facilita que tenhamos uma
vida de ações de graça (1 Tessalonicenses 5:18).
Deus nos incentiva a pedir sabedoria a Ele antes de
qualquer decisão, não nos guiando pelo que acha-
mos ser melhor (Provérbios 16:2-3 e 9; Tiago 1:5).
Esta era a prática da Igreja primitiva (Atos 1:24 e
14:23).
6- O que um verdadeiro espírito de humildade
produz em nós, especialmente quando nos apre-
sentamos a Deus em oração? {8 minutos}
Resposta: Espírito de humildade é o reconhecimen-
to de que somos pecadores, que de nós mesmos
não procede bem algum e que por isto mesmo não
merecemos coisa alguma, mas que o que recebe-
mos de Deus, inclusive o seu perdão, nos é dado
pelo Seu infinito amor e misericórdia (Lucas 18:9-
14). Assim, isto produz em nós gratidão, e a grati-
dão é que nos leva a adorar de coração a Deus, a
confessar a Ele nossos pecados e a estarmos dis-
postos a perdoar aqueles que nos ofenderam. A sal-
vação que recebemos de Deus é o principal motivo
de ação de graças, e esta gratidão implica em
estamos dispostos obedecer a Deus e a perdoar
aqueles que nos ofenderam (2 Coríntios 5:14; Efésios
2:4-5 e Mateus 18:32-35). Também o reconhecimen-
to de que somos pecadores deve nos levar a con-
fessar a Deus os nossos pecados (1João 1:8-10).
0:55-1:00- Dê liberdade para pedidos de oração e
ore encerrando.
Objetivo: Reconhecer na Bíblia nossa úni-
ca autoridade absoluta de fé e prática.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
_Tudo Bem! Já decidi seguir a Jesus, e sei que isto
significa conhecer mais a Deus e fazer a Sua vontade
mesmo quando desejo agir de forma contrária. Mas
como vou ter certeza do que é a vontade de Deus?
Como posso conhecer mais a cerca de Deus e das
coisas espirituais?
Mais importante do que analisarmos os métodos e pro-
cessos pelos quais podemos ser instruídos quanto a
nossa fé e à prática da vida cristã, devemos compre-
ender que para o verdadeiro cristão, a Bíblia é a única
autoridade absoluta de fé e prática. Através dela, Deus
se revela ao homem, e lá estão apresentados Seus
atributos imutáveis, Seu modo de agir e de pensar,
Seu padrão de santidade e Seu plano eterno para a
humanidade. A Bíblia é a Palavra de Deus.
Como conseqüência da “autoridade absoluta da Bíblia”,
entendemos que, apesar de Deus colocar na Igreja
pessoas que têm a responsabilidade de nos orientar
nos seus caminhos, apesar de termos em nós o Espí-
rito Santo que nos conduz na vida cristã, e apesar
ainda de Deus nos dar capacidade intelectual de aná-
lise e raciocínio, qualquer ensino, doutrina ou qualquer
idéia ou palavra que esteja em confronto com os ensi-
nos da Bíblia devem ser rejeitados por aquele que se-
gue a Jesus, pois certamente não procedem do Espí-
rito Santo de Deus.
O cristão crê que a Bíblia é inerrante, ou seja, incapaz
de errar quando analisada em seu sentido original.
Sentido original de um texto bíblico é o significado exato
do que aquele texto transmitia a seu destinatário origi-
nal, sendo considerados todos os contextos envolvi-
dos, dentre eles, o contexto imediato dos versículos
analisados, ou seja, o que os versículos anteriores e
posteriores a estes estão falando, o contexto desta
porção com relação ao livro bíblico em que está inseri-
do como um todo e também quanto à Bíblia como um
todo, o contexto histórico, social e cultural. A título de
exemplo, no livro de Jó há o registro do que Jó disse,
do que Satanás disse e do que os amigos de Jó disse-
ram. Se pegarmos isoladamente um texto que descre-
va as palavras dos amigos de Jó e tirarmos um
ensinamento sem analisar o livro como um todo, cai-
remos em erro, pois mais à frente Deus condena os
três amigos de Jó pelas palavras que disseram.
Para se obter este sentido original, também temos que
descobrir o sentido exato expresso pelo texto no idio-
ma original em que foi escrito e o significado das ex-
pressões originais na época em que foram escritas.
Mas isto não quer dizer que ler a Bíblia é algo comple-
xo e que entendê-la é um desafio. Pelo contrário. Es-
colhendo-se uma boa tradução da Bíblia podemos ter
o texto o mais próximo de seu sentido original, expres-
so em português de fácil leitura. Em particular, reco-
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A Bíblia: Nosso
manual de fé e
prática
mendo a NVI (Nova Versão Internacional) que é a prin-
cipal tradução que utilizo. A leitura diária e sistemática
da Bíblia certamente irá levá-lo a conhecer mais e mais
a cerca de Deus e de como obedecê-lo.
00:10-00:45- Debate:
1- Especialmente enquanto sou novo na fé cristã,
como posso esclarecer minhas dúvidas quanto à
forma de agir de acordo com a vontade de Deus?
{4 minutos}
Resposta: A Igreja local, em seus cultos, células e de-
mais atividades, e através de irmãos experientes com
autoridade reconhecida pela liderança da igreja, po-
derá auxiliá-lo no conhecimento da Palavra de Deus.
Mas estes ensinos e auxílios só terão real valor se
estiverem plenamente fundamentados no que a Bíblia
apresenta e não nas idéias de homens. Por compre-
enderem isto, os cristãos de Beréia foram elogiados
pelo autor de Atos (Atos 17:11).
2- E se Deus enviar um anjo para me ensinar coi-
sas novas a cerca do evangelho, ensinos que tra-
tem sobre detalhes novos nunca
antes falados, ensinos que tenham
20º Encontro
um enfoque diferente a cerca do
evangelho? Estes ensinos do anjo
teriam igual ou menor valor que o
da Bíblia? {5 minutos}
Resposta: Estes ensinos não teriam
qualquer valor, pois o evangelho já
foi completamente entregue a nós,
não sendo possível que Deus envie
um anjo para esta finalidade (Gálatas
1:8-9).
Pelo contrário, certamente este anjo
seria de origem demoníaca, fazen-
do-se passar por anjo de luz, como o
próprio Satanás o faz (2 Coríntios
11:13-15).
 20º Encontro
3- E se Deus revelar a um servo Seu
um mandamento que a Bíblia não
trata mas que, ao ser analisado (pro-
vado), mostra ser um mandamento
sábio pois obedecê-lo certamente
trará como fruto a humildade, o do-
mínio dos impulsos da carne e pro-
moverá a santidade? Compreenden-
do a importância e aprovando este
mandamento, podemos reconhecê-
lo como mandamento de Deus a que
estamos sujeitos como igreja local,
obedecendo-o e nos exortando mu-
tuamente? {12 min.}
Resposta: Não, pois a Bíblia é a única
autoridade absoluta quanto a nossa fé
e a nossa prática (Colossenses 2:16-
23). Isto não impede que as denomi-
nações ou mesmo as igrejas locais te-
nham definidas as suas posições dou-
trinárias sobre diversos assuntos que
nos defrontamos no nosso dia a dia
como igreja, pois estas posições são a
forma como aquele determinado gru-
po de cristãos interpretam aquele as-
sunto na Bíblia, e baseados na Pala-
vra de Deus, enumeram seus pontos
doutrinários para que os demais mem-
bros da Igreja possam obedecer a Deus de forma mais
clara, ou ao menos compreender a forma com que a
liderança da igreja fundamenta seus atos na Palavra
de Deus. Isto acontece especialmente em pontos con-
troversos em que a forma com que interpretamos a
Bíblia pode nos levar a conclusões diferentes, como
por exemplo, a permissão de novo casamento a aque-
les que se divorciaram, o papel da mulher nas diver-
sas funções da Igreja, a forma e a ocasião em que um
membro deve ser disciplinado pela igreja. Porém, es-
tes “posicionamentos doutrinários” não possuem au-
toridade em si. A autoridade deles existirá se a inter-
pretação bíblica estiver correta, e não existirá, se for
provado que se baseiam em uma interpretação errô-
nea das Escrituras, ou mesmo em interpretações
distorcidas (2 Pedro 3:15-16). Ou seja, elas em si não
têm autoridade alguma, apenas apresentam a inter-
pretação de um ponto das Escrituras de forma mais
clara e sistematizada. A autoridade está nas Escritu-
ras.
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
4- Mas será que a Bíblia não deixa lacunas sobre
assuntos importantes? Afinal, a sociedade atual é
bem diferente das antigas e o mundo mudou mui-
to? {6 minutos}
Resposta: A Bíblia trata e atua no interior do homem,
e o íntimo (os desejos, anseios e pensamentos) do ser
humano de hoje é o mesmo das pessoas da época em
que a Bíblia foi escrita. O que pode ter mudado são os
objetos destes desejos, anseios e pensamentos, mas
o intimo do homem ainda é exatamente igual. Sendo
assim, a Palavra de Deus é eficaz para todo ser huma-
no de qualquer época ou lugar (Hebreus 4:12).
Além disto, a Bíblia está fundamentada sobre um fun-
damento imutável: A pessoa do Senhor Jesus (Hebreus
13:8).
5- Como a Bíblia pode ser útil nas dificuldades re-
ais do meu dia a dia? {8 minutos}
Resposta: Através dela adquirimos sabedoria provin-
da de Deus para agirmos da melhor forma possível
nas mais diferentes circunstâncias (Provérbios 1:1-4).
Quando meditamos na Palavra de Deus, aprendemos
como obedecer a Deus e desejamos mais e mais fa-
zer isto, sendo abençoados por Deus (Josué 1:8).
Sua mensagem é capaz de modificar nossa maneira
de ser e de agir. É capaz de tornar-nos pessoas úteis
a todos, inclusive a Deus (2 Timóteo 3:16-17).
Pela leitura da Bíblia conhecemos a mensagem de
Deus que gera em nós a fé (Romanos 10:17). Mas a
Palavra de Deus só terá efeito em nós se a praticar-
mos (Tiago 1:22-25, Lucas 6:46-49).
0:45-0:50- Dê liberdade para pedidos de oração e ore
encerrando.
Objetivo: Compreender o verdadeiro
significado da palavra “Igreja”.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
A Igreja foi planejada e estabelecida por Deus. Foi
edificado sobre o firme fundamento da fé em Je-
sus. A ela foi confiada por Deus a mensagem da
reconciliação, ou seja, a Igreja foi encarregada de
transmitir a todos a mensagem de que Deus em
Cristo esta reconciliando consigo o mundo, não
levando em conta os pecados dos homens, como
se Deus através da Igreja estivesse apelando:
“Reconciliem-se com Deus”. Apenas isto já seria
o bastante para compreendermos sua importân-
cia. Mas sua função e razão de existir vão muito
além disto.
A palavra “igreja” vem do grego “ekklesia” cujo
sentido original, anterior ao surgimento da Igreja
Cristã, poderia ser traduzido por “assembléia”,
dando a idéia de um grupo de pessoas que foi
“convocado” a se reunir. Era rotineiramente utili-
zada para descrever, por exemplo, uma assem-
bléia de cidadãos que era convocada a debater e
decidir sobre questões de uma cidade.
Entretanto, na Bíblia, apesar desta palavra ser uti-
lizada 114 vezes, apenas em três delas, todas em
Atos 19, se refere a este significado original. Onde
é traduzida por “igreja” há dois sentidos em que é
utilizada: Igreja no sentido Universal, se referindo
ao conjunto de todas as pessoas que um dia acei-
taram a Jesus como Senhor e Salvador, receben-
do assim o Espírito Santo; e Igreja no sentido de
“igreja local”, fazendo referência a um determina-
do grupo de pessoas que se declaram seguidoras
de Jesus. A Igreja, em qualquer dos dois senti-
dos, foi criada por Deus.
O mais importante é percebermos que a palavra
grega “ekklesia” sempre e unicamente se refere a
pessoas. Nunca se refere a um local ou a um pré-
dio como estamos acostumados a utilizá-la na lín-
gua portuguesa. Também não se refere a uma or-
ganização com determinada linha doutrinária,
como costumamos utilizar quando nos referimos
à Igreja Batista, Igreja Presbiteriana, Igreja Católi-
ca, etc... Os grupos de pessoas que se reúnem
como igreja é que formam igrejas, cada grupo uma
igreja local, independente de pertencer ou não a
uma denominação ou convenção.
Estas pessoas é que possuem a missão de trans-
mitir esta mensagem da reconciliação. São estes
que devem buscar em tudo e de toda forma glori-
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A Igreja
ficar a Deus. Que recebem, educam e trabalham
em prol da edificação dos indivíduos que compõem
coletivamente a igreja local. Que iluminam o mun-
do e restringem a ação do mal e a degradação da
sociedade. Que se esforçam em promover o bem
de todos para que através de suas boas obras
testifiquem de Jesus.
00:10-00:50- Debate:
1- O cristão pode viver isolado, sem se ligar a
uma igreja? {8 minutos}
Resposta: Não, pois a igreja foi criada por Jesus
para que possamos viver plenamente a vida cris-
tã. Freqüentá-la é um mandamento bíblico
(Hebreus 10:25).Quando aprendemos o que a
Palavra de Deus nos ensina sobre a vida cristã,
percebemos que é impossível vivê-la de forma iso-
lada, pois ela nos coloca como membros de um
corpo, com uma função específica determinada
por Deus, e como membros temos a obrigação de
trabalharmos em prol deste cor-
po, buscando a edificação de to-
21º Encontro
dos (1 Coríntios 12:12-27).
2- Quantas igrejas verdadeiras
existem? {10 minutos}
Resposta: A Igreja em seu senti-
do Universal, que é formada por
todos aqueles que um dia aceita-
ram a Jesus como Senhor e Sal-
vador, é única (1 Coríntios 12:13
e Efésios 4:4).
Já no sentido de “igreja local”,
onde os salvos se reúnem, há um
número ilimitado de igrejas
(Efésios 1:1; Filipenses 1:1;
Colossenses 1:2), não apenas no
sentido de cristãos de uma mes-
ma cidade, mas também se refe-
rindo a grupos específicos que se
reúnem em um determinado lugar
desta cidade (Romanos 16:3-5a,
Colossenses 4:15 e Filemom 2).
21º Encontro
3- Qual o nome e a importância
que a Palavra de Deus confere ao
local em que esta Igreja se reúne
(o prédio da Igreja)? {14 minu-
tos}
Resposta: Como vimos na “introdu-
ção ao tema”, quando a Bíblia utili-
za a palavra Igreja, ela está se refe-
rindo a pessoas e não a um lugar.
Algumas pessoas, compreendendo
isto, preferem chamar ao prédio da
igreja de “Templo” ou “Casa de
Deus”. Entretanto, estas palavras,
quando relacionadas ao Deus ver-
dadeiro, se referem somente ao
Templo de Jerusalém, que foi pela
última vez destruído no ano 70 da
era cristã (Marcos 13:1-2), ou ao
corpo do cristão (2 Coríntios 6:16 e
1 Coríntios 3:16).
Na verdade, a Bíblia não confere
nenhuma denominação especial ao
local onde os cristãos se reúnem.
Aliás, a Bíblia nem sequer faz qual-
quer comentário que se relacione ao
local de culto dos cristãos, limitan-
do-se vez ou outra a dizer que determinado grupo
se reunia na casa de uma ou de outra pessoa
(Colossenses 4:15). Nos primórdios da igreja de
Éfeso, Paulo, durante mais de dois anos, se reu-
niu com os discípulos no prédio de uma escola
secular, provavelmente no período do dia em que
ela não estava em uso (Atos 19:8-10).
Comentário: Há manuscritos que dizem que Pau-
lo se reunia durante o intervalo do meio dia.
Assim, podemos perceber que biblicamente o lo-
cal não é relevante ao culto cristão. Quando um
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
grupo de cristãos consegue ter um local fixo onde
pode se reunir, realizar suas programações, mi-
nistrar ensino e encontrar sossego para suas ora-
ções, isto traz muitos benefícios a este grupo, a
começar pela visibilidade, pelo referencial de lo-
cal que o grupo adquire, especialmente perante
os descrentes, e isto é muito importante. Mas não
há qualquer base bíblica em se atribuir caracterís-
ticas especiais ao local em si. Não há qualquer
sombra de base bíblica que indique que o cristão
deva ter qualquer atitude diferente quando está
no local onde a igreja se reúne. Existem sim ob-
servações para o comportamento deste cristão
durante o culto a Deus, ou a ceia, mas sem qual-
quer menção relacionada ao local (1 Coríntios
11:20-22 e 14:26).
Isto acontece porque o culto cristão não está vin-
culado a um local específico (João 4:20-24). Não
há a necessidade, como havia na antiga aliança,
de um templo ou santuário, pois o Espírito Santo
habita no coração de cada um dos que genuina-
mente seguem a Jesus (1 Coríntios 3:16).
4- Um grupo de células é uma igreja local? {8
minutos}
Resposta: Não, um grupo de células existe para
que haja comunhão e para que a igreja possa obe-
decer de forma eficaz ao mandamento dado por
Jesus de discipular (Mateus 28:19 e 20). O nome
célula nos faz lembrar que este grupo faz parte de
um corpo local. Mas uma célula não tem capaci-
dade de viver fora do corpo. Somente na igreja
local somos capazes de receber o beneficio do
exercício da função conjunta dos membros, e é
nela também que exercemos nossa função indivi-
dual, para benefício de todos (Efésios 4:10-16).
0:50-0:55 - Ore encerrando.
Objetivo: Reconhecer que nossa prin-
cipal função como igreja é glorificar a Deus.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
A Igreja foi criada por Deus com a finalidade prin-
cipal de glorificá-Lo. Este dever é tão importante e
fundamental que se for cumprido, automaticamen-
te serão cumpridos todos os demais propósitos
para o qual Deus criou a Igreja.
Quando a Igreja se reúne com a finalidade de ado-
rar a Deus, ela está cumprindo seu papel de
glorificá-Lo. Adorar a Deus significa honrar, reve-
renciar, prestar tributo, dirigir a Deus nossos sen-
timentos e pensamentos mais profundos de reco-
nhecimento de quem Ele é, do que Ele faz por nós
e da posição que Ele nos permite, por Sua graça,
ter diante dEle.
Quando testemunhamos das obras de Deus em
nossa vida e rendemos graças a Ele, estamos glo-
rificando-o. Render graças é reconhecer em ora-
ção que o bem que recebemos procede dEle. É
reconhecer a ação de Deus em nosso favor e de-
clarar a Ele nosso reconhecimento. Já quando tes-
temunhamos, contamos às pessoas aquilo que
reconhecemos como ação de Deus em nosso fa-
vor, a fim de levarmos outras pessoas a também
glorificá-Lo.
A Igreja glorifica a Deus quando exerce o ministé-
rio, recebido da parte de Deus, que é chamado na
Bíblia de “ministério da reconciliação”. Ela o exer-
ce quando transmite aos incrédulos a mensagem
do evangelho, como se Deus estivesse fazendo
seu apelo por nosso intermédio, convidando-os a
reconciliarem-se com Ele, através de Cristo.
Deus é glorificado quando a igreja age com unida-
de. Jesus ao orar ao Pai pediu pela nossa unida-
de acrescentando que através desta unidade é que
o mundo reconheceria que Deus o havia enviado.
Assim, a unidade da igreja, conseguida através
do amor proveniente do Espírito Santo, é funda-
mental para a pregação do evangelho. Da mesma
forma, Jesus pouco antes de ser entregue, apre-
sentou para a Igreja um novo mandamento, o de
nos amarmos uns aos outros, acrescentando que
se isto ocorresse, os incrédulos iriam reconhecer
que verdadeiramente somos seus discípulos. Uma
forma de percebermos a importância da unidade,
e de amarmos uns aos outros, é verificar que a
maior parte dos textos das cartas do Novo Testa-
mento trata deste assunto. Somos exortados a
tolerarmos as diferenças de nossos irmãos, a per-
doarmos suas falhas e mesmo a suportarmos
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A Igreja: Sua
função perante
Deus
aqueles de convivência mais difícil.
A importância da igreja no entanto está além de
nossa compreensão. Durante o culto, quando os
cristãos se reúnem em nome de Jesus, há uma
ação sobrenatural da parte de Deus: Jesus diz que
estaria no meio deles e há uma atenção especial
da parte de Deus quando a igreja ora concordan-
do com determinado assunto.
00:10-00:55- Debate:
1- O que é necessário fazer para adorar a Deus?
{5 minutos}
Resposta: Deus só pode verdadeiramente ser ado-
rado por pessoas que possuam o Seu Espírito, ou
seja, que pertencem a Sua Igreja (composta por
todos que um dia aceitaram a Jesus), e isto não
depende de lugar (João 4:23-24 e 1 Coríntios 2:12-
15).
Adorar a Deus também não depende da situação
em que nos encontramos (Atos 16:22-25).
2- Qual a principal maneira de
22º Encontro
glorificarmos a Deus em nosso
dia a dia, em nossa casa, no tra-
balho ou escola? {4 minutos}
Resposta: Permitindo Deus produ-
zir em nós os frutos do Espírito
(João 15:4-8; Gálatas 5:22-25).
3- Além do louvor e da adora-
ção, qual a principal maneira de
glorificarmos a Deus em nossa
vida comunitária como igreja
local? {5 minutos}
Resposta: Amando aos demais
irmãos, servindo uns aos outros e
exercendo o ministério que Deus
nos deu no corpo de Cristo (1
Pedro 4:7-11).
Nossa unidade glorifica a Deus,
por isto devemos suportar aque-
les irmãos de convivência difícil
para que também através desta
atitude, e da unidade do Corpo,
Deus seja glorificado (Romanos
22º Encontro
15:5-7).
Para que haja unidade em amor,
não devemos considerar ninguém
inferior a nós, mas devemos agir
com humildade (Filipenses 2:3-8).
4- A Igreja glorifica a Deus quan-
do exerce o ministério da recon-
ciliação. Mas o que é este minis-
tério? {5 minutos}
Resposta: Deus nos Deu o ministé-
rio de levar ao mundo a mensagem
da reconciliação. Assim nós agimos
como se fossemos embaixadores
de Deus. Nós agimos como repre-
sentantes de um país, no caso o
Reino de Deus, que procura um país
inimigo levando uma proposta de
paz. Quando não nascemos ainda
de novo, somos inimigos de Deus
(Romanos 5:10) e para termos co-
munhão com Ele precisamos antes
ser reconciliados através de Jesus
(Colossenses 1:20-22). É como se
Deus através de nós estivesse ape-
lando aos incrédulos que se recon-
ciliem com Ele (2 Coríntios 5:18-21).
5- O que acontece de sobrenatural quando a
igreja se reúne em nome de Jesus? {3 minu-
tos}
Resposta: Jesus declara que quando estamos reu-
nidos em seu nome, Ele próprio está no nosso
meio. Além disto, quando pedimos algo em comum
acordo, como igreja, este pedido recebe uma aten-
ção especial da parte de Deus (Mateus 18:19-20).
Esta é a base para o ministério de intercessão da
igreja.
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
6- Quanto ao ministério de intercessão da igre-
ja: Pelo que a Igreja intercede? {7 minutos}
Resposta: Dentre os diversos motivos pelo qual a
igreja ora, destacamos: pela própria igreja (Efésios
6:18), pelo ministério e pela vida daqueles que
estão à frente da obra de Deus (Efésios 6:19-20),
por todos que exercem autoridade (1 Timóteo 2:1-
4), pela pregação do evangelho (2 Tessalonicenses
3:1), para que Deus proteja os missionários e de-
mais cristãos da ação dos homens perversos (2
Tessalonicenses 3:2-3) e pela salvação de pesso-
as, nações ou grupos de pessoas específicos (Ro-
manos 10:1).
7- Glorificamos a Deus quando o amamos e
agimos de acordo com este amor. Mas como é
agir de acordo com o amor de Deus? {6 min}
Resposta: O amor de Deus é manifestado em Cris-
to Jesus e em seu exemplo de obediência, que
devemos seguir servindo a Jesus de coração (2
Coríntios 5:14-15).
Amar a Deus significa obedecer a Deus de cora-
ção (João 14:21 e 1 João 5:1-3).
Também significa amar aos nossos irmãos (1 João
4:19-21).
8- Através do estudo de hoje, você percebeu
alguma área de sua vida que precisa ser mu-
dada para que Deus seja glorificado através de
você? {10 minutos}
Comentário:
Antes de apresentar esta pergunta, caso o núme-
ro de pessoas presentes permita, forme duplas ou
trios para que respondam entre si, compartilhem
suas dificuldades (relacionadas à pergunta) e orem
uns pelos outros.
0:55-1:00 - Ore encerrando.
Objetivo: Compreender a importância
de estar inserido em uma igreja local. A Igreja: Sua
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
função perante
Jesus quando apresentou para a Igreja a Grande
Comissão, não apenas os enviou a irem e faze- seus membros
rem discípulos, mas também ordenou que estes
discípulos fossem ensinados a guardar tudo o que membros é o que permite que estes resistam às
ele havia ensinado e ordenado durante seu minis- heresias que ocorrem a sua volta, e desta forma
tério terreno. atinjam a maturidade na fé, tornando-se aptos a
A Igreja tem a responsabilidade de educar seus exercerem também um ministério específico no
membros a agirem conforme Jesus nos ensinou. corpo de Cristo para a edificação de todos.
Mas estes ensinamentos não se limitam apenas a
conhecimentos teóricos. Educação cristã não é Assim, a igreja ao se reunir deve ter como propó-
apenas apresentar o conteúdo das Escrituras, mas sito promover o aperfeiçoamento dos santos,
motivar, guiar, orientar e exortar ao educando, ou viabilizar o exercício do ministério individual de
melhor, ao discípulo, quanto à prática daquilo que seus membros, ensiná-los a cooperar uns com os
lhe é ensinado. Uma coisa semelhante é ensinar outros na obra de Deus, exortá-los e animá-los na
alguém a dirigir um carro. Podemos mostrar gráfi- prática da vida cristã, motivá-los a uma vida
cos, mostrar fotos e desenhos que ensinem onde devocional e consolá-los em suas tribulações.
fica o acelerador, a embreagem, o câmbio. Fazer
o aluno decorar quando deve trocar de marcha e 00:10-00:55- Debate:
em que situações usar cada uma delas. Mas se 1- Qual o principal instrumento que Deus deu
não sentarmos ao lado do aluno no carro, se não à Igreja para que esta possa cumprir a tarefa
deixarmos ele pôr em prática, sobre a nossa su- de aperfeiçoar os santos, ensinando-os e exor-
pervisão, aquilo que ensinamos em teoria, se não tando-os? {4 minutos}
mostrarmos a ele o que deu errado quando ele Resposta: As Escrituras, ou seja, a Bíblia (2 Timó-
falhar, jamais alcançaremos o alvo de ensiná-lo teo 3:16-17). A Bíblia é para o cris-
realmente a dirigir. O mesmo ocorre na vida cris- tão verdadeiro a “única regra de

23º Encontro
tã. Vida cristã não é acúmulo de conhecimento, fé e prática”. Isto significa que o
mas é a aplicação prática deste conhecimento nas que a igreja deve ensinar, exortar
situações rotineiras do nosso dia a dia. E esta é e instruir deve estar de acordo
uma obrigação que temos como igreja. com os ensinamentos bíblicos, e
A Palavra de Deus em Efésios 4 nos ensina que mais, além de estar de acordo, a
Jesus designou na Igreja alguns de seus mem- igreja não deve ultrapassar os
bros para serem apóstolos, outros para profetas, seus limites (2 João 9).
outros para evangelistas, e outros para pastores e
mestres, com o fim de preparar os membros da 2- Qual o principal requisito
igreja (os santos) para a obra do ministério, para para que eu possa exercer o
que o corpo de Cristo seja edificado, até que to- ministério cristão? {6 min}
dos alcancemos a unidade da fé e do conheci- Resposta: Amar os “irmãos na fé”
mento do Filho de Deus, e cheguemos à maturi- (João 13:34; 1 Coríntios 13:1-7; 1
dade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. Pedro 4:8, 1 João 4:20-21).
O propósito é que não sejamos mais como crian-
ças, levados de um lado para outro pelas ondas, 3- Como posso colaborar para
nem jogados para cá e para lá por todo vento de que a igreja atinja o objetivo de
doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que edificar seus membros? {8 mi-
induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em nutos}
amor, cresçamos em tudo naquele que é o cabe- Resposta: Exercendo a função
ça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo que Deus me deu na igreja
auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si (Efésios 4:16). Toda função no
mesmo em amor, e isto ocorre quando cada parte corpo de Cristo é importante e
realiza a sua função. O ensino da sã doutrina aos colabora para a edificação do cor-
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
23º Encontro
po (1 Coríntios 12:14-20). Todos
temos função no corpo de Cristo.
Mesmo aqueles que ainda não fo-
ram colocados no exercício de um
ministério têm o importante minis-
tério de intercessão, que é o minis-
tério de orar pela Igreja de Cristo e
especificamente pela igreja local em
que congrega. Dentre os diversos
motivos de oração todos podem e
devem orar pela edificação da igre-
ja (Colossenses 4:12). Toda função
no corpo de Cristo deve ser exercida
de coração e com empenho (Roma-
nos 12:4-8).
4- Qual deve ser o objetivo da
igreja ao discipular os santos? {5
minutos}
Resposta: Levá-los a serem perfei-
tos imitadores de Cristo (Efésios
4:11-13). Jesus é o nosso exemplo
maior e agirmos de forma seme-
lhante a Ele deve ser o objetivo de
nossas vidas (Filipenses 3:13-14).
5- Quais algumas das características de um
cristão imaturo na fé? {6 minutos}
Resposta: Ele se deixa levar por todo vento de
doutrina (Efésios 4:14) e é alvo fácil daqueles que
desejam enredá-lo para dele tirar proveito
(Colossenses 2:6-8 e 18-23; 1 Timóteo 6:3-5 e 2
Pedro 2:1-3 e 18-19).
6- Como eu, como membro do corpo de Cristo,
posso colaborar para a minha edificação? {5
minutos}
Resposta: Seja humilde e reconheça que seus ir-
mãos em Cristo são importantes para o seu cres-
cimento espiritual (Hebreus 10:24). Obedeça àque-
les que foram colocados para guiá-lo na vida espi-
ritual (Hebreus 13:17). Seja assíduo na igreja
(Hebreus 10:25).
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
7- Mas e se ao invés de eu freqüentar sempre a
mesma igreja eu fosse cada dia em uma. Isto
não seria bom para meu crescimento espiritu-
al? {3 minutos}
Resposta: De forma alguma. A igreja local foi ins-
tituída por Deus para que fossemos edificados atra-
vés dos dons dos diversos membros que a com-
põem. Entretanto, não é possível estabelecer um
aprendizado cristão sem que exista um relaciona-
mento real entre o discipulador e o discípulo, e
entre os membros de uma determinada igreja lo-
cal. O verdadeiro líder cristão precisa conhecer
suas dificuldades para orientá-lo, repreendê-lo,
corrigi-lo e exortá-lo (2 Timóteo 4:2). Pulando de
igreja em igreja atrás daquilo que lhe agrada aos
ouvidos, você certamente acabará caindo nas
mãos de alguém que se utiliza de mitos e fábulas
para atrair aqueles de quem desejam tirar provei-
to (2 Timóteo 4:3-4). Cabe lembrar que existem
diversos motivos para não apenas receber
ensinamentos mas sim participar de uma igreja
local, como por exemplo a obrigação de termos
comunhão com outros cristãos e a observância
das ordenanças da “Ceia do Senhor” e do “Batis-
mo”.
8- Como deve ser o relacionamento dos cris-
tãos que compõem a igreja? {3 min.}
Resposta: Cada um deve por de lado os seus de-
sejos egoístas e buscar suprir as necessidades
uns dos outros. A igreja deve ter um mesmo modo
de pensar e um mesmo coração voltado a fazer a
obra de Deus (Filipenses 2:2-8). Todas as cartas
direcionadas a igrejas que fazem parte do Novo
Testamento tratam basicamente deste relaciona-
mento. Também em Atos 4:32-34 vemos o exem-
plo da igreja primitiva.
0:50-0:55 - Ore encerrando.
Objetivo: Compreender no foco e na di-
mensão correta a responsabilidade da igreja peran-
te o mundo.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
A principal função da Igreja perante o mundo é pro-
mover a reconciliação das pessoas com Deus. É res-
ponsabilidade da Igreja apresentar a todos a boa nova
da salvação. A Igreja não tem a responsabilidade de
“converter” as pessoas, pois isto é obra do Espírito
Santo. Mas tem sim a obrigação de dar a todos a
oportunidade de conhecer estas boas novas, permi-
tindo assim que estas vidas ouçam do evangelho e
sejam expostas a ação do Espírito Santo.
Porém, como é esta ação do Espírito Santo quem
realiza a obra da conversão, esta é uma tarefa espi-
ritual que deve ser executada debaixo de oração.
Assim, uma segunda responsabilidade da Igreja pe-
rante o mundo é a de interceder pela conversão dos
não salvos, orar pela pregação do evangelho em todo
o mundo e orar pedindo ao pai que envie trabalha-
dores para a sua obra.
Da mesma forma a Igreja tem também a responsa-
bilidade, perante o mundo e perante Deus, de enviar
aqueles trabalhadores para o lugar em que exerce-
rão a obra de Deus. Enviar, por exemplo missionári-
os, significa não apenas colaborar para que eles che-
guem até determinado lugar, mas significa prepará-
los, sustentá-los em suas necessidades, interceder
continuamente por eles e manter comunhão com
estes missionários. Agindo desta forma, a Igreja es-
tará colaborando para que o mundo conheça o evan-
gelho, a mensagem da salvação, e assim estará
cumprindo sua missão de levar o evangelho a toda a
criatura.
Outra importante função da Igreja é a de restringir a
ação do mal e de iluminar o mundo refletindo a luz
de Deus. Jesus disse que os cristãos são o “sal da
terra” e a “luz do mundo”. Na época de Jesus não
havia geladeira. O sal era assim utilizado para con-
servar os alimentos retardando seu apodrecimento.
Da mesma forma, a Igreja através de seu testemu-
nho e de suas ações, detém ou ao menos retarda o
processo de decadência da sociedade.
Por fim, é função da Igreja fazer o bem a todos, prin-
cipalmente aos da família da fé, promovendo o bem
estar social, cultural e econômico. A Igreja não deve
se omitir de prestar socorro a aqueles que Deus co-
locar em seu caminho, entretanto, esta é uma fun-
ção secundária que não deve substituir a missão prin-
cipal da igreja de propagar o evangelho, mas deve
servir de ferramenta para esta missão e de comple-
mento na tarefa do discipulado.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A Igreja: Sua
função perante o
mundo
00:10-00:55- Debate:
1- A igreja local deve se envolver com assistên-
cia social ou deve dar toda sua atenção à área
espiritual? Se a igreja agir apenas no espiritual,
pedindo a benção de Deus sobre a vida das pes-
soas, Deus não irá restaurar a material? {8 minu-
tos}
Resposta: No caminho de sua missão espiritual, a
igreja depara-se com situações que exigem uma
ação concreta de auxílio material. De nada adianta
abençoarmos com palavras e negarmos o bem que
Deus colocou ao nosso alcance (Tiago 2:15-16 e
4:17; Gálatas 6:10).
A igreja deve agir como o bom samaritano (Lucas
10:30-35):
1) Ele estava em viagem com um objetivo, e não
para procurar vítimas de assalto, mas por acaso en-
controu a vítima;
2) Ele não mediu esforços em socorrer esta vítima;
3) Por fim, ele não abandonou seu objetivo, prosse-
guindo viagem, mas não sem an-
tes providenciar que a vítima ficas-
24º Encontro
se sob os cuidados necessários.
A igreja deve agir como um homem
que ao seguir para o trabalho, por
acaso encontra uma tachinha com
a ponta para cima, e para evitar
acidentes, decide recolher esta ta-
chinha. Um erro seria não recolher
a tachinha. Outro erro surgiria se
este homem decidisse não ir para
o trabalho, mas passasse o dia pro-
curando tachinhas pelo chão. Re-
pare no verso 35 de Lucas 10.
2- Mas e quanto aos limites des-
te envolvimento? Teria algum
sentido bíblico uma igreja come-
çar a se envolver com treinamen-
to profissional secular ou isto
estaria fugindo do objetivo da
Igreja? {10 minutos}
Resposta: A igreja em sua função
de aperfeiçoar seus membros deve
também incentivar e promover o
24º Encontro
progresso cultural e social destes
membros, sempre conforme os prin-
cípios bíblicos. Nossas capacidades
profissionais também são úteis para
a obra de Deus, de forma direta ou
indireta (Êxodo 35:30-35, Atos 18:1-
5, Atos 20:33-35, Efésios 4:28, 1
Tessalonicenses 4:10-12 e 2
Tessalonicenses 3:7-13).
Este aperfeiçoamento dos membros
por si já beneficia toda a comunida-
de. Porém, se este treinamento for
aberto a todos, certamente trará be-
nefícios maiores. Inclusive auxiliará a
Igreja em sua tarefa evangelística, ao
aproximá-la da comunidade não
evangélica.
Entretanto, a igreja não tem obriga-
ção quanto à tarefa deste treinamen-
to profissional. Ela pode encaminhar
e motivar seus membros a procura-
rem e freqüentarem cursos já exis-
tentes. Contudo, se a igreja decidir
executar esta tarefa, tendo condição
de desempenhá-la, não estará erran-
do, pelo contrário, poderá, com sa-
bedoria, colher muitos frutos deste
esforço que colaborarão com suas ações prioritárias.
3- Qual a principal responsabilidade da igreja
para com os não cristãos? {5 min.}
Resposta: Transmitir a mensagem do evangelho pre-
gando e vivendo esta mensagem (Mateus 28:18-20
e 1 Pedro 3:15-17).
4- Como nós, membros da igreja, podemos agir
em prol da evangelização do mundo? {12 minu-
tos}
Resposta: A principal forma de agir é intercedendo
pela pregação do evangelho em todas as partes, mas
de forma específica (Romanos 10:1; 2
Tessalonicenses 3:1; 1 Timóteo 2:1-4).
Nesta mesma tarefa de intercessão, há também a
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
tarefa de orar para que Deus levante obreiros para
Sua obra (Mateus 9:37-38).
Porém além de orar para que Deus levante traba-
lhadores, devemos enviar obreiros para o campo
(Romanos 10:13-15), e isto envolve compromisso em
oração, em sustento financeiro (Filipenses 4:15-18)
e em envolvimento e relacionamento com este obrei-
ro. Mais que isto, devemos preparar aqueles que têm
o chamado de Deus para esta tarefa para que pos-
sam desempenhar bem esta tarefa.
Além disto, não devemos endurecer o nosso cora-
ção quando Deus nos designar uma função para
qualquer atividade em Sua obra, mesmo que seja a
de “ir e pregar” (Lucas 12:42-48).
Por fim, colaboramos com a obra de Deus sobre a
face da Terra desempenhando da melhor forma pos-
sível a função que Deus nos designou, seja ela qual
for (Romanos 12:4-8).
5- De que forma a existência e a ação
evangelística e discipuladora da igreja beneficia
a sociedade como um todo? {10 minutos}
Resposta: A igreja ao exercer sua missão de levar a
mensagem do evangelho e assim promover a re-
conciliação do homem com Deus, produz pessoas
que após corretamente discipuladas, irão ser úteis a
esta sociedade, mesmo que no passado tenham sido
um problema para esta mesma sociedade (Efésios
4:28, 1 Coríntios 6:9-11 e Romanos 13:1-10).
A Igreja de Cristo, na pessoa de seus membros e
não como organização, é a luz que ilumina este
mundo que vive em trevas, e é o sal que fertiliza e
auxilia a terra a produzir frutos, além de retardar a
deterioração desta sociedade (Mateus 5:13-16).
Assim, a Igreja através de seu testemunho, influên-
cia e mensagem, é o fator a restringir o avanço do
mal (Filipenses 2:14-15).
Finalmente, a igreja tem a importante tarefa de ser
um canal aberto para que esta sociedade corrupta e
perversa conheça a Deus e reconcilie-se com Ele (2
Coríntios 5:18-20).
0:55-1:00 - Ore encerrando.
Objetivo: Compreender a obra do Espí-
rito Santo na vida do cristão.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Não foi por acaso que optamos por falar sobre a ter-
ceira pessoa da trindade somente neste capítulo,
apesar de termos já apresentado o Pai, o Filho e a
própria trindade como um todo em capítulos iniciais.
Por estarmos hoje no “período da graça”, que é o
período que se estende desde o pentecostes até a
volta de Jesus para buscar a sua Igreja, falar da ação
do Espírito Santo em nosso mundo é falar da pró-
pria Igreja e falar da mensagem do evangelho.
É plenamente aceito que o livro de “Atos dos Após-
tolos” poderia ser denominado de “Atos do Espírito
Santo”, por descrever não apenas os atos pratica-
dos pelos cristãos no início da Igreja, mas também
as históricas ações do Espírito Santo em favor da
implantação desta Igreja inicialmente em Jerusalém,
depois em toda a Judéia e em Samaria, e então pelo
mundo afora.
O ato da Salvação em Cristo não é apenas o sim-
ples perdão de nossos pecados. Cristo está também
interessado em agir sobre as demais conseqüênci-
as malignas deste pecado sobre nossas vidas. A
salvação marca o início do processo da santificação,
que pode ser definida como a progressiva libertação
do egocentrismo e a progressiva capacitação em
relacionarmo-nos com nossos semelhantes, especi-
almente com os demais cristãos, de forma profun-
da, sem superficialidades e sem máscaras. Enquanto
o aspecto redentor da salvação está relacionado com
a morte e ressurreição de Cristo, é através do Es-
pírito Santo que somos capacitados a nos libertar
de nós mesmos e a desenvolvermos a imagem de
Cristo em nós, o que nos leva a uma vida de humil-
dade e de sujeição a Vontade de Deus. Momentos
especiais de nossa vida em que experimentamos
algo como o ápice desta experiência do Espírito e
tornamo-nos instrumentos “perfeitos” nas mãos de
Deus, são os momentos em que ficamos “cheios
do Espírito Santo”.
Entretanto, precisamos compreender que o Espírito
Santo não passou a existir, ou mesmo iniciou sua
ação no dia de Pentecostes. O Espírito Santo é Deus,
sendo eterno tanto no futuro quanto quando olha-
mos para o passado. Ele participou da criação e é
seu autor. Por todo o Antigo Testamento vemos sua
ação. Está também presente na geração do “homem
Jesus” e em toda a sua vida, sendo perceptivelmen-
te presente no batismo de Jesus e durante seu mi-
nistério. A ressurreição de Jesus aconteceu através
da ação do Espírito Santo.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O Espírito Santo
de Deus
Contudo, o pentecostes é um marco que inaugura
uma nova era, a era da graça. No pentecostes aquele
grupo de seguidores de Jesus recebeu o Espírito
Santo de uma forma nunca vista deste o pecado de
Adão. O Espírito Santo veio até eles e neles fez ha-
bitação, inaugurando assim a Igreja de Cristo, que é
formada por todos, em qualquer época e lugar, que
um dia creram em Jesus e o receberam como seu
legítimo Senhor e Salvador, vindo assim a também
se tornarem habitação do Espírito Santo de Deus,
tendo seus corpos como Templos do Espírito Santo.
00:10-00:55- Debate:
1- É possível alguém ser salvo por Jesus mas
não possuir o Espírito Santo? {5 min}
Resposta: Não, pois no momento em que aceitamos
a Jesus como Senhor e Salvador, se isto realmente
aconteceu, somos selados com o Espírito Santo (Ro-
manos 8:9; Efésios 1:13 e 4:30).
2- No Antigo Testamento havia pessoas que eram
habitadas pelo Espírito? {7 min}
Resposta: Não. Antes de Jesus
25º Encontro
morrer por nós o Espírito vinha e
entrava em alguém por um peque-
no período de tempo, mas não ha-
bitava nele (Ezequiel 2:2; 3:24;
11:5). Os profetas viam com admi-
ração a promessa do que vivemos
em nossos dias (Ezequiel 36:26-27;
Mateus 11:11).
3- Existem seitas que dizem que
o Espírito Santo não é uma pes-
soa, mas sim uma força, ou ain-
da o braço de Deus. Os textos a
seguir mostram características
ou atos relacionados ao Espírito
Santo que só são possíveis em
uma pessoa. Leia as passagens
e resuma com uma palavra esta
característica ou ato. {8 minutos}
Comentário: Distribua os
versículos para pessoas diferentes
do grupo e peça para
seqüencialmente cada um ler e res-
ponder relativo ao seu versículo
25º Encontro
para o grupo. Pergunte aos demais
se concordam com a resposta da pes-
soa que leu.
1) Atos 13:2 - Resposta: fala (o Espí-
rito falou palavras Suas à igreja lo-
cal)
2) Atos 20:28 - Resposta: Constituir
(o Espírito escolheu e ordenou líde-
res)
3) Romanos 15:30 - Resposta: amor.
4) 1 Coríntios 12:11 - Resposta: Von-
tade.
5) 1 Coríntios 2:10 e 11 - Resposta:
Conhecimento (inteligência).
6) Tiago 4:5 - Resposta: Ciúme
4- Que milagre o Espírito faz no
momento em que passa a habitar
em nós? {5 min}
Resposta: Traz a vida o nosso espíri-
to, que estava morto. O ser humano
foi criado por Deus para ter um cor-
po, uma alma e um espírito. Porém,
devido a nossa natureza pecamino-
sa, estávamos espiritualmente mor-
tos. Quando aceitamos a Jesus, con-
tinuamos a possuir a natureza peca-
minosa, devido a qual nossos corpos estão conde-
nados a morte. Entretanto, no momento em que o
Espírito Santo passa a habitar em nós, nosso espíri-
to é milagrosamente vivificado (Romanos 8:9-10), e
assim adquirimos uma natureza espiritual que per-
mite nossa comunhão com Deus através do Espírito
Santo. A partir deste momento somos capacitados a
compreender as coisas de Deus, o que antes era
algo impossível (1 Coríntios 2:14-15).
5- Qual a principal tarefa do Espírito Santo junto
aos descrentes? {4 minutos}
Resposta: Sua principal tarefa é levá-los a reconhe-
cer que são pecadores, que Deus, através de Jesus,
já providenciou uma forma deles serem justificados
de seus pecados, e que todos irão se apresentar di-
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
ante do Juiz de toda a Terra, mas o juízo já está
decretado: aquele que crer em Jesus não será con-
denado, porém aquele que não crer já está conde-
nado (João 16:7-11 e 3:18).
6- O que o Espírito Santo realiza em prol dos cris-
tãos? {10 minutos}
Comentário: Distribua os versículos para pessoas
diferentes do grupo e peça para seqüencialmente
cada um ler e responder o que a passagem ensina
sobre ações do Espírito Santo em nosso favor. Per-
gunte aos demais se concordam com a resposta da
pessoa que leu.
1) João 14:26 – Resposta: Nos ensina a Palavra
de Deus e nos faz lembrá-la na hora certa.
2) Atos 13:2 e 20:28 – Resposta: Ele escolhe ho-
mens e os separa para a obra.
3) Romanos 8:26 – Resposta: Ele intercede por nós.
4) Romanos 8:14 e Atos 16:6-7 – Resposta: Ele
nos guia conforme a Vontade de Deus.
5) Romanos 14:17 – Resposta: Ele produz alegria
em nós.
6) Romanos 15:13 – Resposta: Ele nos enche de
esperança nas promessas de Jesus.
7) I Coríntios 2:10,14 e 15 - Resposta: O Espírito
nos dá compreensão das coisas espirituais.
8) II Timóteo 1:13 e 14 – Resposta: Nos ajuda a
guardar a Palavra de Deus.
7- Quando deixamos de lado nossa vontade
egocêntrica (aquela que procura agradar a si
mesmo e levar vantagem em tudo) o que é pro-
duzido naturalmente em nossas vidas pelo Espí-
rito Santo? {3 minutos}
Resposta: O amor cristão (I Coríntios 13:4-8a).
8- Como é este “amor cristão”? {3 minutos}
Resposta: A melhor forma de se definir o “amor cris-
tão” é olhar para o exemplo de Jesus. Leia o texto
de 1 João 3:16-18.
0:55-1:00 - Ore encerrando.
Objetivo: Compreender o correto signifi-
cado da palavra “mundo” nas Escrituras.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Todo e qualquer pecado que o homem pratica é ge-
rado em seu interior, pelos desejos de sua natureza
pecaminosa, que é egocêntrica.
Entretanto, os objetos de desejo são exteriores, as-
sim nossa natureza pecaminosa é provocada e fo-
mentada por aquilo que nos rodeia, quer sejam pes-
soas, idéias ou objetos.
Estas influências e incentivos ao nosso desejo
egocêntrico e ao nosso orgulho que estão disponí-
veis no mundo que nos rodeia são muitas vezes de-
nominados na Bíblia pela palavra “mundo”, como por
exemplo em 1 João, no capítulo 2, onde somos
alertados a não amarmos o mundo e nem aquilo que
ele nos oferece.
Entretanto a palavra mundo possui na Bíblia quatro
significados muito diferentes:
1) Mundo significa todos os seres humanos que exis-
tem neste planeta.
2) Na maior parte das passagens do Velho Testa-
mento e em algumas do Novo, “mundo” significa o
planeta em que vivemos ou tem o significado do item
anterior.
3) Mundo também em outros versículos faz referên-
cia aos diversos grupos sociais em que o cristão está
inserido, sendo sinônimo de “sociedade” ou de “co-
munidade”.
4) A maior parte das vezes em que esta palavra apa-
rece no Novo Testamento tem como sentido o con-
junto de filosofias, estilos e modos de vida, ideologi-
as, modismos e outras influências que levam o ho-
mem a buscar apenas a satisfação própria, sem le-
var em conta a vontade de Deus.
Se não compreendermos bem estas diferenças e não
soubermos identificar qual o claro significado do tex-
to, corremos o risco de agir como diversos grupos
religiosos no decorrer da história e mesmo em nos-
sos dias, que generalizando o sentido da palavra
mundo como influência maligna ao cristão, acabam
por isolar-se por completo.
Foi o que aconteceu na idade média no movimento
monástico, em que milhares de cristãos sinceros fo-
ram induzidos a retirarem-se de suas comunidades
onde poderiam ser “sal da terra e luz do mundo” e se
fecharem em monastérios, na maioria das vezes in-
comunicáveis. Aconteceu também com os “Amishies”
e outros grupos, e de forma menos extremada, mas
igualmente sectária, acontece hoje em diversas igre-
jas evangélicas que apesar de não se isolarem fisi-
camente, vivem socialmente isoladas.
O mundo jaz no maligno, mas Jesus orou ao pai:
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O cristão e o
mundo
não peço que os tire do mundo, mas que os protejais
do maligno. Assim, a correta compreensão nos per-
mite uma posição que acima de equilibrada, é a po-
sição bíblica.
00:10-00:50- Debate:
1- Leia João 3:16. Qual o significado da palavra
mundo neste texto e qual deve ser a atitude do
cristão com relação ao “mundo” neste sentido?
{5 minutos}
Resposta: Mundo neste versículo significa o conjun-
to de todos os seres humanos que existem neste
planeta, como também ocorre no Salmo 9:8. Com
relação ao mundo neste sentido, o cristão deve, como
Deus fez conforme João 3:16, amar ao mundo. E
por amá-lo, o cristão deve ter o desejo de cumprir a
ordem dada por Jesus de levar o evangelho a todos
(Marcos 16:15).
2- Leia Jeremias 10:12. O que significa “mundo”
neste texto? {2 minutos}
Resposta: A palavra mundo aqui sig-
nifica o planeta em que vivemos.
26º Encontro
3- Leia João 18:20. Qual o signi-
ficado direto da palavra mundo
neste texto e qual deve ser a ati-
tude do cristão com relação ao
“mundo” neste sentido? {6 minu-
tos}
Resposta: A palavra mundo aqui
tem um duplo significado. Ao mes-
mo tempo em que traz a idéia de
que Jesus falou para todos ouvi-
rem, no sentido de que não escon-
deu nada de ninguém, nós perce-
bemos pelo contexto que o “mun-
do” referido é a comunidade em que
o homem Jesus estava inserido, a
comunidade judaica, onde, confor-
me o texto, falou nas sinagogas e
no Templo, onde todos os judeus se
reuniam.
Assim, enquanto a Igreja, ou seja,
o conjunto de todos os cristãos tem
a responsabilidade de ser luz do
mundo (Mateus 5:13-16), nós indi-
26º Encontro
vidualmente temos nossa responsa-
bilidade com nossa parcela do mun-
do, ou seja, nos grupos sociais em
que estamos inseridos: nossa famí-
lia, nossa escola ou ambiente de tra-
balho, nossa vizinhança, nossa cida-
de, e assim por diante (veja neste
sentido 1 coríntios 7:33-34). Assim,
onde quer que estejamos inseridos,
não devemos nos deixar influenciar
pela corrupção da sociedade, pelo
contrário, devemos influir nesta soci-
edade com a luz de Jesus (Filipenses
2:14-15).
4- Leia 1 João 2:15-17. O que sig-
nifica “mundo” neste texto? {7 mi-
nutos}
Resposta: Neste texto, assim como
na maioria das vezes em que a pala-
vra mundo aparece no Novo Testa-
mento, o mundo representa o conjun-
to de ofertas que temos a nossa dis-
posição para satisfação de nossa
natureza pecaminosa e egocêntrica.
Também engloba o conjunto de idéi-
as que, confrontando com a Palavra
de Deus, buscam fazer com que o homem se colo-
que no centro de suas atenções e não meça esfor-
ços em uma busca insaciável pela própria felicidade
através da perseguição de alvos que podem ser coi-
sas, pessoas ou reconhecimentos, alvos estes que
quando alcançados são substituídos por novos al-
vos. Enquanto nossa natureza pecaminosa nos leva
a buscar o prazer egocêntrico mesmo que frontal-
mente contrário a Vontade de Deus, o mundo é que
oferece as opções para a satisfação destes praze-
res e desejos. Mundo neste sentido vai além disto,
podendo ser corretamente interpretado como a for-
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
ma de agir e pensar de todos aqueles que não tem
temor a Deus, ou seja, a forma dos incrédulos vive-
rem. Isto não é uma outra interpretação, mas ape-
nas a constatação de que sem a natureza espiritual,
somos levados a nos amoldarmos plenamente aos
padrões do mundo, e há uma tendência em aconte-
cer o mesmo quando deixamos enfraquecer nossa
natureza espiritual (Romanos 12:2 e II Timóteo 4:10).
Quanto ao mundo neste sentido, devemos lutar para
não sermos seduzidos por suas propostas. Deve-
mos optar pela Vontade de Deus, mesmo quando
nossa natureza pecaminosa nos leva a desejar in-
tensamente desobedecê-lo e agir como todos agem
(Tiago 1:27 e Tiago 4:2-4).
5- Você concorda com a seguinte afirmação: nos-
sa sociedade considera alguns pecados como
aceitáveis e até mesmo os estimula e deles se
orgulha? {5 minutos}
Resposta: Sim existe uma infinidade de pecados que
são socialmente aceitáveis pelo homem natural (ou
seja, pelo não cristão) e pelos seus iguais. Porém
nenhum deles deve ser considerado normal por quem
quer seguir a Jesus, mas sim como algo a ser aban-
donado, debaixo de oração e com a capacitação pro-
veniente do Espírito Santo (1 Pedro 1:14-19)
6- Em grupos de três pessoas, leia desde Efésios
4:25 até Efésios 5:5, anotando em uma folha os
pecados citados pelo texto que normalmente são
considerados normais por nossa sociedade. {15
minutos}
00:50-00:55- Reúna todos novamente para que cada
grupo apresente a lista que coletou do texto lido.
0:55-1:00 - Ore encerrando.
Objetivo: Conhecer o que a Bíblia nos
ensina sobre o mal e sobre o maligno.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Todo e qualquer pecado que o homem pratica é ge-
rado em seu interior pelos desejos de sua natureza
pecaminosa, que é egocêntrica.
Nem tudo o que desejamos gera o pecado, mas
quando ultrapassamos determinados limites coloca-
dos por Deus e deixamos de lado o domínio próprio,
surge o pecado.
Quando dizemos que somos influenciados pelo mun-
do exterior, estamos falando de formas diferentes
de influências relacionadas ao fomento de nossa
natureza pecaminosa:
1) Através do desejo que sentimos pelas coisas dis-
poníveis no mundo ao nosso redor, tomamos deci-
sões de acordo com nossas prioridades. E quando
estes desejos entram em conflito com o que sabe-
mos ser a vontade de Deus, surge a tentação. A ten-
tação é aquele momento em que temos que decidir
pelo pecado ou pela vontade de Deus, conforme o
que, naquele instante, julgamos ser prioridade. Quan-
do a vontade de Deus é posta de lado, é gerado o
pecado;
2) Ao entrar em contato com as pessoas que nos
rodeiam, por contato direto ou pelos meios de co-
municação, recebemos influências no nosso modo
de pensar e de agir. E a maior parte desta influência
parte de pessoas que não tem temor a Deus, ou de
pessoas que conhecem a Deus, mas que se permi-
tem influenciar pelas idéias daqueles que nada têm
a ver com Deus.
3) Situações e circunstâncias em que somos colo-
cados que nos levam a fazer escolhas “fáceis” bus-
cando resolver o problema imediato, muitas vezes
de forma contrária à vontade de Deus.
Porém, temos que entender que estas formas de
influência não são aleatórias. Não ocorrem por aca-
so. A Palavra de Deus nos revela que existe uma
inteligência que controla nosso mundo hoje, levan-
do-o a funcionar de forma a afastar o homem de
Deus e com o objetivo de gradativamente deteriorar
os valores morais de nossa sociedade e relativizar a
ética.
Satanás recebe na Bíblia diversos nomes, dentre
eles: diabo (acusador), “inimigo de vossas almas”,
tentador, “deus deste século”, maligno, “príncipe des-
te mundo” e “príncipe das potestades do ar”. Não é
uma força ou uma energia, mas sim um ser criado
por Deus como perfeito, mas que veio a se rebelar
contra seu criador. É um ser milenar com conheci-
mento e inteligência muito superior a do homem, que
tem hoje como único objetivo de sua existência a
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O mal, segundo
as Escrituras
prática do mal e de tudo o que desagrade a Deus,
especialmente impedir a salvação do homem.
Contudo, a ação do diabo e de seus demônios tem
seus dias contados. Mas até que Jesus retorne a
este mundo para implantar o seu reino milenar, o
diabo e seus demônios não economizarão esforços
para garantir a condenação do maior número de
pessoas. Por isto, busca distrair a Igreja desviando-
a de sua missão prioritária: pregar o evangelho.
00:10-00:55- Debate:
1- Como Deus, sendo bondoso, pôde criar um
ser mau como Satanás? {5 minutos}
Resposta: Deus não criou o diabo em seu estado
atual. Ele o criou perfeito, sábio e formoso diante de
Deus. Um ser poderoso e capaz de tomar decisões
livres. Apesar da Bíblia falar pouco sobre a história
de Satanás, muitos teólogos olhando para o texto
de Ezequiel 28 acreditam que o texto não se refere
apenas ao rei de Tiro. Segundo estes, o rei de Tiro
tipificava Satanás. Assim, o texto refere-se não ape-
nas a este rei, mas ao próprio dia-
bo, o que explicaria certos adjetivos
27º Encontro
que só caberiam a um ser sobrena-
tural. Segundo estes, os versos 12
a 15 de Ezequiel 28 demonstram
que Satanás foi criado perfeito.
2- Se Deus criou o diabo perfei-
to, como ele se tornou mau? {5
minutos}
Resposta: Deus criou o diabo ca-
paz de tomar decisões livres, inclu-
sive capaz de decidir obedecer ou
não a Deus. Em um determinado
momento ele se encheu de orgulho,
e o orgulho o levou a se considerar
igual a Deus e assim merecedor de
adoração, levando-o a queda. Isto
é compatível com o que está narra-
do em Ezequiel 28:15-19, o que é
confirmado por 1 Timóteo 3:6.
27º Encontro
3- Seria possível que Satanás se ar-
rependesse dos seus pecados e se
voltasse para Deus? {5 minutos}
Resposta: Não. Jesus morreu para
perdão dos pecados dos homens e
não de anjos e demais seres caídos
(Romanos 5:18). O motivo pelo qual
Deus optou por permitir a salvação
dos homens e não permitir aos seres
celestiais caídos esta mesma possi-
bilidade não está ao nosso alcance.
A bíblia não trata deste assunto. Há
diversas teorias, algumas das quais
muito possíveis, mas por não serem
afirmadas claramente pela bíblia, ao
menos nesta vida serão sempre ape-
nas teorias que não poderão ser pro-
vadas (Deuteronômios 29:29).
4- Qual o principal objetivo das es-
tratégias de Satanás contra a igre-
ja? {5 minutos}
Resposta: Seu principal objetivo é
quebrar a comunhão dos cristãos,
plantando-lhes raízes de amargura,
pois quando somos unidos, a verda-
de de Cristo é revelada (João 17:20-
21). Para que não caiamos nas ciladas do inimigo,
em primeiro lugar, não devemos odiar os que nos
ofendem, mas devemos compreender que seus atos
de ofensa têm origem não neles mesmos, mas no
próprio diabo que os está utilizando para que a nos-
sa comunhão seja quebrada (Efésios 6:11-12). Po-
rém, caso venhamos a cair, vindo a ofender e a so-
frer ofensa, devemos praticar o perdão real e total,
pedindo e ofertando o perdão, para que o inimigo
não obtenha vantagem desta nossa momentânea
derrota (2 Coríntios 2:10-11).
5- E como o diabo age contra os descrentes para
afastá-los de Deus? {5 minutos}
Resposta: Satanás apresenta ao homem falsas reli-
giões, filosofias, ideais ou objetivos de vida que o
afastem de Deus. As falsas religiões muitas vezes
são confirmadas por sinais e prodígios (2
Tessalonicenses 2:9-11). Várias destas religiões pos-
suem o aspecto do “bem”, pois a Bíblia ensina que o
próprio Satanás muitas vezes se faz passar por um
mensageiro de Deus (2 Coríntios 11:14). Porém,
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
estas religiões falam do bem e até de Jesus, mas
nunca apresentam a mensagem de arrependimento
e a salvação somente pelo sacrifício de Jesus (2
Coríntios 4:4).
6- Satanás vive no inferno? {5 minutos}
Resposta: Não. Até que Jesus volte para implantar
seu reino milenar, ele está solto na Terra (Jó 1:7),
habitando as regiões celestiais (Efésios 6:11-12) e
tendo inclusive acesso a Deus (Jó 1:6).
7- Satanás vê aos cristãos como seus inimigos.
Isso significa que estamos em risco podendo ser
destruídos ou dominados por ele a qualquer tem-
po? {5 minutos}
Resposta: Não. Apesar dele estar a nossa volta bus-
cando brechas para que possa enredar-nos e assim
levar-nos a pecar contra Deus e contra nosso irmão
(1 Pedro 5:8), a Palavra de Deus nos mostra que
quando aceitamos a Jesus, ele deixa de ter qual-
quer autoridade sobre a nossa vida, e passamos a
ter a proteção de Deus sobre nós (1 João 5:18-19 e
João 10:27-29).
8- Satanás está debaixo dos pés da Igreja? Está
debaixo de nossos pés? {7 min.}
Resposta: Não. Apesar de termos a promessa de
que no futuro ele será definitivamente derrotado e
que nós seremos colocados, juntamente com Cris-
to, em seu lugar no governo deste mundo, isto ainda
não aconteceu (Romanos 16:20 e Apocalipse 5:9-
10). A Bíblia ensina que não devemos proferir ofen-
sas contra o diabo (Judas 8-10 e 2 Pedro 2:10-12).
9- Satanás já foi derrotado ou será derrotado no
futuro? {3 minutos}
Resposta: Ambos. Na cruz ele foi derrotado
(Colossenses 2:15), mas sua derrota será total e
definitiva no futuro, quando perderá todo poder e
autoridade que ainda tem (Apocalipse 20:10).
0:55-1:00 - Ore encerrando.
Objetivo: Levar a uma compreensão
correta da morte física do crente. Motivar o grupo
a uma vida dedicada a obra de Deus sob a certe-
za da iminência da volta de Jesus.
Comentário: Hoje não leia para o grupo o título e
o objetivo antes de ler a “introdução ao tema”.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Hoje iremos tratar de algo extremamente demo-
crático.
Algo que não distingue idade, raça, sexo, religião,
posição social, ideologia ou conhecimento intelec-
tual.
Algo que em todas as épocas desperta medo e
tristeza mesmo nos homens mais corajosos da
humanidade.
Seu poder já foi abalado pela cruz de Cristo, pois
para aqueles que seguem a Jesus, sua ação ficou
limitada a um curto espaço de tempo.
É algo que possui seus dias contados. Deus re-
servou um dia em que será extinta de nossas vi-
das, quando ...
“... então se cumprirá a palavra que está escrita: A
morte foi tragada pela vitória. Onde está oh morte
a tua vitória? Onde está oh morte o teu aguilhão?”
1 Coríntios 15:54b-55.
Aguilhão é uma vara em cuja ponta encontrasse
uma esfera (bolinha) coberta de agulhas pontiagu-
das. Era usada para forçar o boi do carro de boi a ir
para o destino que se deseja, ou seja, para guiá-lo.
Segundo 1 Coríntios 15:56 o aguilhão que leva o
homem para a morte é o pecado. O pecado será
aniquilado da vida do crente juntamente com a
morte, no mesmo dia e instante: quando Jesus vier
buscar a sua Igreja. Porém, a morte continuará a
agir neste planeta, com voracidade ainda maior.
Ainda conforme 1 Coríntios 15, após Jesus ven-
cer todas as potestades e principados terrenos e
espirituais, então ele vencerá em definitivo nosso
último inimigo: a morte.
00:10-00:50- Debate:
1- O que acontece quando alguém que aceitou
um dia a Jesus morre? {5 minutos}
Resposta: Quando alguém que um dia aceitou o
Plano de Deus para salvação através de Jesus
vem a falecer, imediatamente é levado à presen-
ça de Deus (Eclesiastes 12:7; Lucas 23:43; 2
Coríntios 5:1,6,8).
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O último inimigo:
a morte
2- O que é melhor para o cristão, morrer ou per-
manecer no mundo? {3 minutos}
Resposta: Certamente estar com Deus é melhor,
mas enquanto Ele não nos chama, devemos nos
esforçar em fazer Sua vontade e desfrutar do pra-
zer de fazer a obra de Deus na Terra (Filipenses
1:21-22).
3- Nosso espírito ficará para sempre desligado
do corpo? {2 minutos}
Resposta: Não. Um dia ressuscitaremos com no-
vos corpos (1 Tessalonicenses 4:13-14)
4- O fato de recebermos novos corpos signifi-
ca que voltaremos ao mundo através da reen-
carnação conforme a doutrina espírita, por
exemplo? {4 minutos}
Resposta: Não. Quando recebermos estes novos
corpos nunca mais teremos que passar por sofri-
mentos e pela morte (Hebreus 9:27). Além disto,
não nos tornaremos outras pes-
soas e nem ficaremos vagando
28º Encontro
como fantasmas, mas a seme-
lhança da ressurreição de Jesus,
seremos nós mesmos e teremos
corpos reais (Lucas 24:36-43).
5- O corpo em que ressuscita-
remos será igual ao nosso atu-
al? {4 minutos}
Resposta: Não. Os corpos em que
ressuscitaremos serão perfeitos,
incorruptíveis (ou seja, não adoe-
cem nem são propensos ao peca-
do) e muito melhores que os nos-
sos atuais (1 Coríntios 15:35-44).
6- Vimos que esta ressurreição
irá ocorrer quando Jesus vier
buscar os seus. O que aconte-
cerá neste dia com os cristãos
que estiverem vivos ainda? {5
minutos}
Resposta: Irão ser arrebatados, ou
seja, subitamente desaparecerão
28º Encontro
deste mundo e instantaneamente
terão seus corpos corruptíveis trans-
formados em corpos incorruptíveis
(1 Tessalonicenses 4:17 e 1
Coríntios 15:51-52).
7- Esta vinda de Jesus para nos
buscar é o mesmo que a chama-
da “volta de Jesus a Terra”? {7
minutos}
Resposta: Não. Neste evento nós é
que iremos ao encontro Dele nos
ares (I Tessalonicenses 4:17). Logo
após este evento inicia o período de
7 anos de grande tribulação e go-
verno mundial centralizado na pes-
soa do “Anti-Cristo” (Apocalipse
13:5-8). Apenas ao findar destes 7
anos é que Jesus voltará ao mundo
para estabelecer seu reino na Terra
por um período de mil anos (Mateus
24:29-30 e Apocalipse 20: 4).
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
8- O fato de saber que um dia nós teremos cor-
pos perfeitos que não ficam doentes nem são
propensos ao pecado traz alguma conseqüên-
cia para sua vida hoje? {4 minutos}
Resposta: O fato de que um dia ressuscitaremos
faz com que olhemos menos para nós mesmos
(nossas deficiências, complexos, carências) e mais
para a vontade de Deus, de forma a não se abalar
por circunstâncias, mas mantendo-se firme em
fazer a obra que Deus designou a cada um na
Terra para salvação de vidas e edificação de ou-
tros irmãos (I Coríntios 15:54-58).
9- Se você soubesse que Jesus viria amanhã,
o que você faria? {6 minutos}
Comentário: Dê tempo para que cada
um pense e responda ao grupo.
Resposta: Certa vez fizeram esta mesma pergun-
ta para Moody, um dos maiores evangelistas que
já existiu, e sua resposta foi: “Eu faria exatamente
o que já planejei fazer”. Será que nós poderíamos
responder o mesmo?!? Leia Mateus 24:42-44.
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Compreender o que é a ten-
tação e os meios espirituais de vencê-la.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Como aprendemos nos estudos anteriores, ape-
sar de ao nos convertermos termos recebido uma
nova natureza, a natureza espiritual, ainda perma-
necemos com nossa antiga natureza, a natureza
pecaminosa, muitas vezes chamada na Bíblia pelo
nome de “natureza carnal”.
Esta natureza pecaminosa, estimulada pelas di-
versas influências disponíveis no mundo e iludida
pelos enganos do inimigo, deseja continuamente
tornar-se a motivação de nossos atos e decisões,
fazendo-nos tomar atitudes egoístas, muitas ve-
zes em detrimento de nosso próximo e da vonta-
de de Deus.
Quando somos expostos a algo que desperta o
desejo de nossa natureza pecaminosa, somos co-
locados diante de um dilema: “fazer a vontade de
Deus ou fazer aquilo que queremos devido a nos-
sa natureza carnal, mesmo sabendo ser contrário
ao que Deus deseja?”. Tanto este dilema como a
atração que sentimos por aquilo que sabemos ser
contrário a vontade de Deus é chamado de “tenta-
ção”.
A tentação ocorre porque possuímos em nossos
corpos a natureza pecaminosa. Desta forma, quan-
do a Igreja for resgatada e receber corpos
incorruptíveis, estaremos livres permanentemen-
te da tentação.
Mas apesar da tentação ser algo normal e comum
a todos os cristãos, é nossa obrigação nos opor-
mos a ela, deixando de lado a nossa vontade pe-
caminosa em prol da vontade de Deus.
Devemos fortalecer nossa natureza espiritual pois
a natureza carnal guerreia contra a natureza espi-
ritual. A Palavra de Deus tem muito a nos dizer
sobre a tentação, mas o principal é que Deus nos
fornece meios para não cairmos quando passar-
mos pela tentação. Não somos mais escravos da
carne. Fomos libertos do domínio do pecado.
00:10-00:55- Debate:
1- Se nós não possuíssemos uma natureza pe-
caminosa, nós não seríamos tentados? {5 mi-
nutos}
Resposta: Devido a nossa natureza pecaminosa,
estamos constantemente sendo tentados, pois os
desejos desta natureza são contrários a vontade
de Deus. Entretanto, a tentação pode vir de fato-
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
As inúmeras
tentações do
cristão
res externos. Na Bíblia, Satanás é denominado de
“tentador” (1 Tessalonicenses 3:5). Dois homens
são apresentados na Bíblia como não possuido-
res de natureza pecaminosa, e ambos foram ten-
tados. O primeiro foi Adão, que ao ser tentado por
Satanás, veio a cair. O segundo foi Jesus, que ao
tornar-se homem, também foi exposto à tentação,
sendo tentado em todas as coisas, porém sem
pecar (Lucas 4:1-2).
2- Como vimos, Jesus foi tentado em todas as
coisas, porém sem pecar. O fato de Jesus ter
passado por tentação tem algum significado
prático para nós? {3 min.}
Resposta: Sim, pois Jesus por conhecer bem nos-
sas dificuldades, é o intercessor ideal para que
alcancemos misericórdia diante de Deus quando
caímos em pecado, ou quando em meio à tenta-
ção, recorremos a Deus em oração. Ele nos com-
preende por completo, não apenas por teoria, mas
por experiência, sendo capaz de
compadecer-se de nossas fraque-
29º Encontro
zas (Hebreus 4:15-16).
3- A tentação externa vem ape-
nas através da ação direta de
Satanás? {5 minutos}
Resposta: Infelizmente não. Mui-
tas vezes pessoas, até mesmo no
meio da igreja local, são utilizadas
por Satanás para levar vidas a se
afastarem de Deus (Mateus
13:36-41). Segundo Jesus, estas
pessoas receberão uma maior
condenação, (Mateus 18:6).
4- Porque Deus nos faz passar
por tentações? {5 minutos}
Resposta: Deus não nos faz pas-
sar por tentações. O único caso
em que a Palavra de Deus regis-
tra que Deus levou alguém até
Satanás para ser tentado se refe-
re a Jesus (Mateus 4:1), mas
como vimos anteriormente, Deus
29º Encontro
tinha como propósito que Jesus
conhecesse experimentalmente,
porém sem pecar, as dificuldades
do homem. A tentação tem origem
em nossa natureza pecaminosa e
não em Deus (Tiago 1:13-15).
5- O que Jesus recomenda que
façamos para vencermos a ten-
tação? {2 minutos}
Resposta: Ele nos orienta a vigiar-
mos e orarmos (Mateus 26:41).
6- O que significa vigiar? {5 mi-
nutos}
Resposta: A tentação raramente se
apresenta de forma clara. Normal-
mente aparenta ser algo inofensi-
vo, ou até mesmo benéfico, até que
ficamos presos em suas redes
(Efésios 6:11). Vigiar é estar prepa-
rado, como um soldado em meio a
guerra, sabendo que o inimigo a
qualquer momento tentará enganá-
lo e levá-lo ao pecado. Mais do que
isto, é estar preparado para se des-
viar da tentação, e quando não for possível evitá-
la, não cair nela (Efésios 6:13-18).
7- Como a nossa natureza pecaminosa pode
chegar a tomar o controle de nossa vida fazen-
do-nos frágeis à tentação? {5 minutos}
Resposta: Isto ocorre quando o objetivo de nos-
sas vidas, que deveria ser servir a Deus, é substi-
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
tuído por outro objetivo. Um exemplo claro disto,
registrado nas Escrituras, se refere a aqueles que
assumem o objetivo de tornarem-se ricos (1 Ti-
móteo 6:9-10).
8- Como posso ajudar a um irmão que vem a
cair em tentação e permanece no erro? {5 mi-
nutos}
Resposta: Em primeiro lugar, devemos orar por
todos os irmãos, para que fiquem firmes na vonta-
de de Deus (Colossenses 4:12). Não devemos
contender com tal pessoa, mas devemos apresen-
tar a verdade de forma mansa e paciente, na ex-
pectativa de que Deus o conduza ao arrependi-
mento (2 Timóteo 2:24-26 e Gálatas 6:1).
9- Qual o objetivo de Satanás em tentar aque-
les que servem a Deus? {5 minutos}
Resposta: Seu objetivo é levá-los a serem repro-
vados para a obra, impedindo-os de levar o evan-
gelho aos descrentes e de glorificar a Deus (1
Coríntios 9:27 e 2 Timóteo 2:21).
10- Que consolo encontramos na Bíblia quan-
do passamos por tentações? {5 min.}
Resposta: Em primeiro lugar, sabemos que Deus
é quem nos guarda de tropeçar (Judas 24). Sobre
sua guarda, temos a convicção de que jamais se-
remos tentados acima do que podemos suportar,
e que Deus, em meio à tentação, sempre provi-
denciará um meio para que possamos escapar
dela (1 Coríntios 10:12-13).
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Aprender a alegrar-se por passar por pro-
vações e como agir quando nelas.

00:00-00:03- Inicie orando.

O cristão e as
00:03-00:10- Introdução ao tema:
O cristão durante sua vida passa por diversas lutas.
Mas ao contrário do que muitos imaginam, algumas
provações
destas lutas não estão relacionadas com a tentação
e o pecado.
Quando a Palavra de Deus se refere à provação, 00:10-00:55- Debate:
está mencionando um tipo de dificuldade que não é
diretamente relacionada com o pecado ou com ten- 1- Em que a provação de um indivíduo pode au-
tação, mas que exige de nós deixarmos de lado nossa xiliar uma igreja local? {7 minutos}
natureza pecaminosa e a nossa maneira habitual de Resposta: A igreja local é composta por pessoas que
agir, para então agirmos conforme a vontade de se declaram seguidores de Jesus. Porém, isto inclui
Deus, pois só assim obteremos vitória espiritual na tanto os salvos como também pessoas que são ape-
área em que estivermos sendo provados. São difi- nas religiosos, sem nunca terem realmente aceitado
culdades permitidas por Deus para nos preparar para a Jesus como Senhor e Salvador pessoal. Durante
sermos vitoriosos em Sua obra, ou se fracassarmos, as provações, observando as atitudes, é que a lide-
para percebermos que áreas necessitamos mudar rança pode distinguir aqueles que estão prontos para
para nos adequarmos ao que Ele deseja. trabalhar na obra e aqueles que, se porventura são
Deus nos permite passar por situações que exigem salvos, certamente ainda não possuem uma fé ma-
de nós uma atitude diferente daquela que o mundo dura (Lucas 8:13, Tiago 1:12 e 1 Pedro 1:6-7).
normalmente pratica. Nossa fidelidade em obede-
cê-lo é que determinará se estamos prontos para 2- Em que a provação nos auxilia em nosso de-
lutas maiores que levarão a maiores vitórias para o senvolvimento espiritual? {7 min.}
Reino de Deus. Resposta: Através da provação reconhecemos nos-
Apesar de não estar diretamente relacionada com a sas fraquezas e dificuldades, e aprendemos a confi-
tentação, é durante a provação que mais somos ten- ar mais em Deus, a vivermos mais na Sua depen-
tados a agir de forma diferente à vontade de Deus. dência. Isto nos torna maduros e íntegros, desta for-
A tentação não tem origem em Deus, mas a prova ma contribuindo para alcançarmos
sim. Deus nos faz passar pela prova não com o ob- a maturidade espiritual (Tiago 1:2-

30º Encontro
jetivo de passarmos pela tentação, mas para obter- 4).
mos vitória em determinada área. É através destas Ao aprendermos a confiar mais em
provas que Deus é glorificado. Mas para a vitória Deus durante a provação, somos
precisamos vencer a tentação. preparados por Ele para o futuro
Paulo e Silas estavam em Filipos pregando o evan- ministério que Ele tem reservado
gelho quando inesperadamente foram acusados in- para nós. Passamos a dar menos
justamente e lançados na prisão. Qual o comporta- importância a nós mesmos e entre-
mento normal nesta circunstância? Não poderíamos gamos a Ele nossas lutas como for-
dizer que eles estariam pecando se ficassem tristes ma de adoração. E neste proces-
e abatidos e tomados pela depressão. Mas não foi o so, aprendemos a confiar toda nos-
que aconteceu com eles. Pelo contrário. Em Atos 16 sa vida nas mãos de Deus para ser-
vemos que eles passaram a noite orando e cantan- mos seus instrumentos, praticando
do louvores a Deus. Qual foi a conseqüência do com- aquilo que Ele deseja e não o que
portamento deles perante esta provação? Deus agiu nós desejamos (1 Pedro 4:12-19).
de forma milagrosa e desta forma o carcereiro e toda
a sua família foram salvos. 3- Existe algum exemplo prático
Hoje se fala muito em evangelho de vitória, mas a na Bíblia que mostra a provação
mensagem que divulgam está mais próxima de um preparando alguém para algo
pensamento positivo mundano do que da verdade maior que enfrentaria no futuro?
escriturística. A verdade é que a verdadeira vitória Cite um exemplo. {6 minutos}
não é aquela que nos acrescenta benefícios pesso- Resposta: Há diversos casos na Bí-
ais, mas aquela que produz frutos para a eternida- blia. Por exemplo, todos já ouviram
de, glorificando a Deus e expandindo o Reino de falar de Davi, o garoto que teve a
Deus. E não é possível falar deste tipo de vitória, coragem de enfrentar, armado ape-
sem falarmos de provação.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
30º Encontro
nas de uma funda e cinco pedras, um
guerreiro experiente e de estatura gi-
gante (2m e 90cm), façanha que nin-
guém em todo o exército de Israel
teve coragem. Por outro lado, pou-
cos sabem das dificuldades que an-
teriormente Davi havia enfrentado
quando pastoreava o rebanho de ove-
lhas de sua família. Hora tendo que
livrar uma ovelha de um leão, hora
de um urso. Estas experiências an-
teriores, durante a provação, devem
ter sido terríveis para o jovem Davi.
Porém, elas permitiram que ele com
ousadia se dispusesse a enfrentar o
gigante, o que resultou em glória para
Deus (I Samuel 17:32-37).
4- Deus nos prova em coisas me-
nores antes de nos utilizar em mai-
ores. Se você concorda com isto,
como você definiria um princípio
bíblico para isto? {3 minutos}
Resposta: Aquele que age correta-
mente em coisas pequenas tem a
capacidade de estar à frente de coi-
sas maiores (Lucas 16:10).
5- Como a igreja local pode utilizar este princí-
pio na escolha de obreiros? {4 min.}
Resposta: Observando como o possível candidato
age diante das pequenas provações pelas quais pas-
sa em seu cotidiano. Se ele é alguém que age de
acordo com o que professa. Também experimentan-
do os possíveis candidatos a qualquer função em
tarefas menores, antes de nomeá-los para as de
maior responsabilidade (1 Timóteo 3:8-10).
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
6- Qual deve ser nossa atitude ao passarmos por
provações, especialmente aquelas que geram tri-
bulações? {8 minutos}
Resposta: Em primeiro lugar devemos ser pacien-
tes, confiando que Deus no momento certo irá agir
(Romanos 12:12 e João 16:33).
Quando somos pacientes e perseverantes, ao final
da provação vemos o livramento, e ficamos muitas
vezes impressionados com a forma com que Deus
nos salvou da provação. Isto nos capacita a ter uma
maior esperança, de forma que quando passamos
pela próxima tribulação, mesmo que maior, somos
consolados na esperança, certos de que Deus tem
o controle de toda a situação (Romanos 5:3-10).
7- Como podemos ajudar aqueles irmãos que
passam por tribulação? {7 minutos}
Resposta: Em relação a aquilo que está ao nosso
alcance, devemos colaborar (Tiago 2:15-16).
Quanto ao que não depende diretamente de nossa
ação, devemos orar (2 Coríntios 1:10-11).
Também devemos consolar ao irmão, se for o caso,
de acordo com o que já experimentamos nesta de-
terminada área, compartilhando como fomos con-
solados por Deus (2 Coríntios 1:3-7).
8- No estudo anterior, vimos que Deus não per-
mite que sejamos tentados além do que pode-
mos suportar. Isto acontece também com a pro-
vação? {3 minutos}
Resposta: Não. Há casos em que somos provados
acima de nossas forças, sendo-nos necessário bus-
car forças em Deus para podermos atravessar a pro-
vação (2 Coríntios 1:8-9).
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Compreender que a perse-
guição é algo natural na vida do cristão.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Enquanto estamos neste mundo, somos a luz do
mundo. Mas o mundo está morto espiritualmente,
vivendo em trevas e amando as trevas.
Exatamente por isto, o cristão que quiser viver pi-
amente acabará encontrando pessoas que irão se
opor a sua maneira de viver, de pensar e de se
portar, pois a maneira do cristão agir expõe à luz
as obras que aqueles que estão no mundo prati-
cam em trevas.
Assim, além do cristão ter que enfrentar tentações
no seu dia a dia e ter que se portar de forma fiel e
digna em meio às provações, o simples fato dele
encontrar vitória ao passar por estes dois tipos de
dificuldades irá gerar a perseguição.
Este comportamento reto e digno aos olhos de
Deus provoca naturalmente o ódio daqueles que
estão nas trevas.
Outros poderão perseguir os cristãos pelo simples
fato deles serem seguidores de Jesus.
É o que acontece em muitos países que proíbem
o cristianismo.
Já outros podem perseguir os cristãos por sim-
ples ignorância espiritual, por acharem que assim
estarão agindo de acordo com o que Deus dese-
ja.
O fato é que a perseguição é algo natural na vida
da Igreja.
Na Igreja primitiva já havia pessoas que perdiam
suas vidas por amarem a Jesus. Hoje, em vários
países do mundo, há um grande número de pes-
soas presas simplesmente por serem cristãos.
Mas mesmo nos países livres, a perseguição está
presente em formas mais sutis, através do pre-
conceito e do desprezo que leva os autores da
perseguição a ridicularizarem as idéias defendi-
das por aqueles que se mantém fiéis aos
ensinamentos bíblicos, taxando-os de ignorantes
e de retrógrados.
Assim, precisamos estar preparados para defen-
dermos nossa fé, para suportarmos a persegui-
ção sem nos corrompermos e a, no meio de tudo
isto, testemunharmos de Jesus.
00:10-00:50- Debate:
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O cristão perante
a perseguição
1- Somos filhos do Rei. Assim, se pedirmos com
fé e não estivermos em pecado, poderemos
evitar que a dificuldade venha sobre nossa vida,
ou se vier, podemos fazer com que rapidamen-
te se retire, pela autoridade espiritual que te-
mos no nome de Jesus. Você concorda com
isto? {8 minutos}
Resposta: Jesus nos disse que no mundo teríamos
aflições, mas que deveríamos nos consolar pelo fato
de que ele venceu o mundo (João 16:33). Esta idéia
exposta acima já era defendida na época da igreja pri-
mitiva, mas não tem base bíblica alguma. O apóstolo
Paulo chega a ironizar ao falar com pessoas que criam
e propagavam esta idéia, como se por serem filhos de
Deus eles já estivessem reinando, obtendo de Deus,
pelo simples fato de serem cristãos, automaticamente
a prosperidade financeira e uma vida mansa, sem difi-
culdades, imunes a qualquer tribulação, doença ou
perseguição (1 Coríntios 4:6-13 e 1 Timóteo 6:3-10).
Repare em 1 Coríntios 4:12-13 que a verdadeira medi-
da da espiritualidade não é deixar de passar por difi-
culdades, mas está relacionada com
a forma como nos portamos ao pas-
samos pelas tribulações.
31º Encontro
2- Mas se agirmos com sabedo-
ria poderemos encontrar for-
mas de contornar as situações
de forma a evitarmos a perse-
guição. Isto é possível? {5 mi-
nutos}
Resposta: Sim, algumas vezes é pos-
sível. Mas, na maioria das vezes, so-
mos tentados a evitarmos a perse-
guição abrindo mão de nossa integri-
dade. Assim, acabamos nos corrom-
pendo no processo. Já na igreja pri-
mitiva havia pessoas que buscavam
dar um “jeitinho” para serem aceitos
pelos incrédulos e assim não serem
perseguidos (Gálatas 6:12). O ho-
mem mais sábio e justo que já viveu
neste planeta, nosso Senhor Jesus
Cristo, foi perseguido e nos deixou
claro que nós também seríamos per-
seguidos por aqueles que não temem
a Deus (João 15:18-21).
31º Encontro
3- Então seguir a Jesus, enquan-
to estamos neste mundo, é só di-
ficuldades e lutas? Vivemos ape-
nas no aguardo da vida vindou-
ra? {3 minutos}
Resposta: Não, a vida cristã nos pro-
porciona grandes alegrias nesta vida,
a maioria delas derivada dos relacio-
namentos cristãos e da comunhão com
Deus. Mas mesmo quando a Bíblia fala
destas alegrias que usufruímos nesta
vida, ela faz a ressalva de que mesmo
assim passaríamos por perseguições
(Marcos 10:28-30).
4- Mas eu conheço diversas pes-
soas que são cristãs há muitos
anos e nunca passaram por qual-
quer tipo de perseguição. Como
isto é possível? {5 minutos}
Resposta: Na vida cristã, cada caso é
um caso. Não devemos julgar nosso
irmão (Tiago 4:11-12). Nem sequer
conhecemos totalmente a vida de nos-
so irmão para afirmarmos categorica-
mente que ele nunca foi perseguido por
agir como cristão. Deus trata cada um
da forma que lhe convém. Existe uma possibilidade
que se deduz de um texto bíblico que deve ser encara-
do com cautela sem julgar ninguém, pois, como visto,
não nos cabe este papel. Está relacionado ao fato de
que a palavra diz que todos os que desejarem viver
piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos (2
Timóteo 3:10-12). Assim se deduz que se alguém não
desejar viver desta forma, preferindo se amoldar aos
padrões do mundo, não irá passar por perseguição, ou
ao menos não há a obrigatoriedade disto.
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
5- Como o cristão deve se portar ao passar por
perseguição? {7 minutos}
Resposta: Podemos observar o exemplo do apóstolo
Paulo em 1 Coríntios 4:11-13. Também devemos ob-
servar seu ensinamento registrado em Romanos 12:14
e 17-21. O apóstolo Pedro nos diz que quando perse-
guidos por obedecer a Jesus, devemos entregar nos-
sa vida na mão de Deus (1 Pedro 4:19). Por fim, deve-
mos acrescer o mandamento de Jesus sobre o assun-
to registrado em Mateus 5:44.
6- Como devemos nos sentir ao passarmos pela
perseguição? {5 minutos}
Resposta: Devemos nos alegrar pelo fato de sermos con-
siderados por Deus dignos de ser perseguidos por cau-
sa de Jesus (Mat. 5:10-12, Atos 5:40-42 e 1 Pe 4:12-14).
7- Toda perseguição é motivo de alegria e hon-
ra? {3 minutos}
Resposta: Não, somente quando somos perseguidos
por obedecer a Jesus (1 Pedro 4:15-16).
8- Existe algum caso em que a perseguição,
ao invés de atrapalhar, ajudou na pregação do
evangelho? {4 min}
Resposta: Sim, muitos. A história registra uma frase dita
a época da perseguição romana aos cristãos, quando
milhares foram entregues a morte por serem cristãos.
Alguém a época, observando que a perseguição ao in-
vés de aniquilar os cristãos estava promovendo o cristia-
nismo, disse a celebre frase: “O sangue dos mártires é a
semente do cristianismo”. Também, a igreja de Jerusa-
lém, que havia se acomodado em Jerusalém e deixado
de cumprir o mandamento de Jesus de ir pelo mundo e
pregar o evangelho, precisou passar pela perseguição
para começar a obedecer esta ordem (Atos 8:1-4).
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Capacitar a cada um a avaliar se a tribu-
lação pela qual passa é uma provação, persegui-
ção ou disciplina de Deus. Caso disciplina, identi-
ficar o pecado e arrepender-se.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Além de lutarmos contra a tentação, passarmos
por provações e enfrentarmos perseguições, há
ainda ao menos um motivo pelo qual passamos
por dificuldades: quando somos disciplinados por
Deus.
A disciplina de Deus é similar a disciplina de um
pai que quer corrigir um filho. Ela ocorre quando é
necessário que abandonemos um pecado ou um
modo de agir contrário ao padrão de Deus, espe-
cialmente após termos nos acostumado com o
pecado ou modo de agir, a ponto de cauterizar-
mos nossa consciência, não encarando mais o
pecado como pecado. Muitos cristãos vivem anos
sendo disciplinados por Deus sem abandonar seu
pecado. Suas vidas acabam refletindo a derrota
que vivem no campo espiritual. E muitas vezes
estas pessoas não vêem qualquer relação entre
uma coisa e outra, por terem se acostumado com
o pecado.
Precisamos estar atentos para que observemos
onde temos falhado. Isto é possível confrontando
o nosso modo de agir com o que a Bíblia nos ensi-
na. Ore a Deus pedindo que o Espírito Santo lhe
guie em sua leitura diária para que você possa
conhecer o padrão de Deus nas áreas em que você
tem falhado. O Espírito Santo confronta o nosso
pecado com o ensino das Escrituras e assim nos
leva ao arrependimento. Devemos então confes-
sar a Deus o nosso pecado e abandoná-lo para
assim sair da disciplina, passando a agir confor-
me a Sua vontade.
É interessante observar que alguns pecados são
praticados por descrentes por anos, sem que apa-
rentemente nada “dê errado”. Mas basta ao cris-
tão praticá-lo uma vez ou outra, que tudo vem abai-
xo. Isto certamente é conseqüência do zelo de
Deus, que nos disciplina para nos conduzir à
santificação e manter-nos em comunhão com Ele.
A disciplina é fruto do amor de Deus por nós. O
pecado compromete a nossa comunhão com Deus
e com os nossos irmãos em Cristo. Deus, por nos
amar e desejar intensamente ter comunhão
conosco, traz sobre nós a disciplina, para que as-
sim sejamos levados ao arrependimento e desta
forma sermos restaurados.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O cristão e a
disciplina divina
00:10-00:55- Debate:
1- Por que Deus nos disciplina quando persis-
timos no pecado? {5 minutos}
Resposta: Por que ele nos ama e deseja que se-
jamos santos (Provérbios 3:11-12 e Apocalipse
3:19).
2- O objetivo da disciplina de Deus é nos casti-
gar pelos nossos pecados? {8 min.}
Resposta: Não. O único castigo requerido de nós
por Deus é o que foi lançado sobre Jesus para o
perdão dos nossos pecados (Isaías 53:5). O obje-
tivo de Deus é nos levar ao arrependimento para
assim recebermos do Seu perdão. Durante todo o
período da disciplina, Jesus está próximo a nós,
aguardando que tomemos o passo que irá permi-
tir que a comunhão seja restabelecida (Apocalipse
3:19-20). O objetivo da disciplina é a nossa res-
tauração (Hebreus 12:11-13).
3- Que comparação a Bíblia faz
para compreendermos melhor a
32º Encontro
disciplina divina? {3 minutos}
Resposta: Deus compara a disci-
plina divina à disciplina exercida
por um pai amoroso (Hebreus
12:4-7).
4- Que consolo temos ao pas-
sarmos pela disciplina de
Deus? {3 minutos}
Resposta: A certeza de que somos
seus filhos e que Ele nos ama
(Hebreus 12:8).
32º Encontro
5- Como devemos agir durante a
disciplina de Deus? {7 minutos}
Resposta: Devemos nos sujeitar a
Deus aceitando de bom grado, e
sem rebeldia, sua disciplina, reco-
nhecendo diante Dele nosso erro e
abandonando o pecado (Hebreus
12:9-10 e Salmo 94:10-12).
Nossa postura deve ser de humil-
dade e de compromisso em aban-
donar definitivamente o nosso pe-
cado (Tiago 4:8-10).
6- Se um irmão em Cristo pecar,
que devo fazer. Devo apenas
aguardar que Deus o discipline?
{5 minutos}
Resposta: Não. A Palavra nos ori-
enta a exortá-lo a sós. Se ele se
arrepender, perdoe-lhe e não leve
o assunto a terceiros. Caso ele re-
jeite esta exortação, então devemos
levar duas ou três testemunhas para
novamente exortá-lo, e caso se ar-
rependa, não devemos dar mais
nenhum passo, estará tudo resolvi-
do. Entretanto, caso contrário, devemos levar o
assunto a Igreja (apresentando o ocorrido à lide-
rança que representa esta igreja), que então de-
verá exortá-lo com o fim de restaurá-lo. Contudo,
se ele ainda assim rejeitar a exortação, então nem
você nem a igreja têm qualquer responsabilidade
sobre ele. Ele deve ser tratado como um descren-
te: não com desprezo, nem o proibindo de partici-
par dos cultos, mas da mesma forma que trata-
mos os descrentes que nos visitam, não lhe dan-
do qualquer função no corpo local, nem manten-
do comunhão fraterna (Mateus 18:15-17). Se ele
for realmente salvo em Jesus, Deus permitirá que
venha sobre ele a disciplina com a finalidade de
restaurá-lo. É importante frisar que todo o proces-
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
so não tem o objetivo de condená-lo e sim de
restaurá-lo, por isto deve ser feito em mansidão e
com amor (Gálatas 6:1-2).
7- Na Bíblia há registro de que isto tenha acon-
tecido na igreja primitiva, chegando a ponto do
pecador ser entregue à disciplina divina? {5
min.}
Resposta: Sim, há dois casos. Um está relatado
em 1 Timóteo 1:19-20. O outro caso está registra-
do em 1 Coríntios 5:1-5. Repare que ambos os
textos mostram que Satanás é usado por Deus
como instrumento desta disciplina. Deus dá per-
missão a Satanás de fazer aquilo que ele, por nos
odiar, sempre quis fazer mas não podia por que
Deus o impedia.
8- Em algum destes casos houve restauração?
{5 minutos}
Resposta: Sim, no caso de Corinto lemos em 2
Coríntios que ele se arrependeu e voltou a comu-
nhão, sendo inclusive necessário que Paulo des-
se orientação para que aquela igreja o recebesse
corretamente, sem desprezo, para que ele assim
pudesse ser totalmente restaurado (2 Coríntios 2:4-
11). Quanto ao outro caso, registrado em 1 Timó-
teo, não há nenhum registro.
9- Qual a importância de aprendermos sobre a
disciplina divina se não temos a intenção de
nos entregarmos ao pecado? {4 minutos}
Resposta: Porque a simples consciência de que
ela existe nos leva a temer a Deus e assim agir
com mais sabedoria (Salmo 111:10). Além disto,
somos pecadores e propensos ao pecado, assim,
não devemos jamais subestimar nossa capacida-
de de pecar (1 Coríntios 10:12).
0:55-1:00- Ore encerrando.
Objetivo: Compreender a nossa respon-
sabilidade perante a obra de Deus.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
A Palavra de Deus nos ensina que o temor do
Senhor é o princípio da sabedoria. Nós, como fi-
lhos de Deus, não estamos sujeitos ao inferno, e
não obedecemos a Deus por este temor como
ocorre em algumas religiões.
A Palavra de Deus nos ensina ainda que a verda-
deira motivação para a obediência a Deus é o amor
de Jesus, demonstrado na cruz do Calvário. Em 2
Coríntios 5 está registrado que o amor de Cristo é
que nos constrange à obediência, pois se ele mor-
reu por nós, todos morremos juntamente com ele,
e esta vida que agora temos, nos é dada para que
a vivamos para ele, cumprindo a sua vontade.
Entretanto, nossa natureza pecaminosa, que ain-
da subsiste em nossos corpos corruptíveis, bata-
lha contra nossa natureza espiritual, que deseja
obedecer a Cristo. Quando pecamos, temos nos-
sa consciência e o Espírito Santo a nos conven-
cer do pecado. Quando persistimos no pecado a
ponto de cauterizar a consciência e apagar a ação
do Espírito, Deus por vezes utiliza a Bíblia e nos-
sos irmãos em Cristo para nos exortar e nos auxi-
liar, através da própria Bíblia, a reconhecermos
nosso erro para que ocorra em nós a restauração.
Por fim, quando nos mantemos cegos a isto tudo,
Deus permite que venha sobre nossa vida a disci-
plina, também visando nos restaurar.
Mas há um outro motivo pelo qual nós cristãos de-
vemos temer a Deus e desta forma agirmos com
sabedoria no curto período de tempo que temos
sobre este mundo: todos nós iremos comparecer
perante o Tribunal de Cristo.
O Tribunal de Cristo está muito mais relacionado
com a nossa obra sobre a Terra do que com peca-
dos, pois estes já foram perdoados na cruz de
Cristo. O Tribunal de Cristo será o momento em
que prestaremos contas diante de Cristo de tudo
aquilo que fizemos para o seu reino desde que
recebemos a Jesus em nossos corações. Como
utilizamos os dons e talentos que Ele nos deu.
Como aproveitamos nossa vida desde o momen-
to em que passamos a ser propriedade exclusiva
dele, e o que fizemos em prol de seu Reino.
Muitos naquele dia se alegrarão em prestar con-
tas a Cristo. Outros, entretanto, perceberão que
tudo aquilo que valorizaram tanto em vida, não têm
qualquer proveito no Reino dos Céus, e que pelas
suas atitudes e negligências, muitos deixaram de
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O Tribunal de
Cristo
conhecer a Jesus. Lá sentirão falta dos amigos de
fim de semana, dos colegas de trabalho, e para
maior tristeza de muitos, seus entes queridos. To-
dos negligenciados por vidas que colocaram o
Reino de Deus em segundo plano, e correram atrás
de objetivos antes tão vistosos, mas agora tão fú-
teis e vazios.
00:10-00:50- Debate:
1- Que evento irá ocorrer pouco antes do Tri-
bunal de Cristo? {7 minutos}
Resposta: O arrebatamento, quando Jesus virá
buscar a sua Igreja. Em um único momento, aque-
les que morreram com Cristo ressuscitarão em
corpos incorruptíveis, e todos os cristãos que esti-
verem vivos terão seus corpos transformados em
corpos também incorruptíveis, que não possuem
natureza pecaminosa, não adoecem e não mor-
rem. Então todos nós juntos iremos ao encontro
de Jesus nos ares e estaremos para sempre com
ele (1 Tessalonicenses 4:16-18 e
1 Coríntios 15:36-42).
33º Encontro
2- Quem são aqueles que terão
que passar pelo Tribunal de
Cristo? {3 minutos}
Resposta: Todos os cristãos ver-
dadeiros que um dia aceitaram a
Jesus como seu Senhor e Salva-
dor (2 Coríntios 5:10).
3- Que conseqüência traz para
o relacionamento nosso com
nossos irmãos em Cristo o fato
de sabermos que todos sere-
mos julgados por Deus? {5 mi-
nutos}
Resposta: A consciência de que
não devemos tomar o papel de
Deus julgando nosso irmão em
Cristo. Não podemos menospre-
zar a obra do irmão por julgar ser
ela algo inútil e infrutífero. Temos
que zelar para não sermos trope-
ço ao irmão, pois podemos estar
33º Encontro
atrapalhando algo levantado por
Deus apenas porque não compre-
endemos a visão dada por Deus.
Nosso irmão, assim como nós, irá
prestar contas a Deus de seus atos
(Romanos 14:10-13 e Tiago 4:11-
12).
4- Qual o fundamento sobre o
qual devemos edificar nossa obra
a Deus? {3 min.}
Resposta: O único fundamento
aceitável por Deus é a pessoa de
Jesus (1 Coríntios 3:11).
5- Como será a manifestação da
obra de cada um no Tribunal de
Cristo? {4 min.}
Resposta: Será algo instantâneo,
como quando passamos coisas
pelo fogo. Muitas destas obras, vis-
tosas e tão valorizadas por nós em
vida, diante da eternidade e da pre-
sença de Jesus, se mostrará vazio
e não deixará nada para a eterni-
dade. Será como aquele grande
volume de palha, ou de feno, ou ainda de madeira
que ao passar pelo fogo, é totalmente consumido,
não deixando nada. Teremos a consciência ins-
tantânea de como valorizamos coisas vazias na
obra de Deus e em nossas vidas, e deixamos de
lado as coisas verdadeiramente importantes. Por
outro lado, outros terão obras como ouro, prata ou
pedras preciosas, que não se destroem diante do
fogo (1 Coríntios 3:12-13).
6- O que acontecerá com aquele cuja obra pas-
sar pelo fogo e após isto ainda restar o ouro,
ou a prata ou pedras preciosas? {3 minutos}
Resposta: Este irá receber galardão. Será honra-
do na presença de Jesus (1 Coríntios 3:14).
7- E o que acontecerá com aquele cuja obra for
totalmente consumida, não restando nada? Ele
não entrará no Reino dos Céus? {3 minutos}
Resposta: Este será salvo, mas como que pelo
fogo, o que simboliza que no Tribunal de Cristo
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
ele passará por sofrimento e constrangimento, pro-
vavelmente por perceber como desperdiçou sua
vida e as oportunidades dadas por Deus (1
Coríntios 3:15).
8- Mas se alguém não fez a obra que deveria
porque não foi orientado, ou porque foi ensi-
nado de forma errada? {4 minutos}
Resposta: Por um motivo ou outro, no Tribunal de
Cristo o estrago já estará feito sem qualquer pos-
sibilidade de reparo, entretanto, haverá menor ri-
gor para aquele que não conhecia o que Deus
desejava do que para aquele que conhecia mas
negligenciou por qualquer motivo. Mas ambos so-
frerão (Lucas 12:47-48).
9- De quem é a responsabilidade de ensinar a
guardar aquilo que Deus deseja que realizemos
na Terra? {5 minutos}
Resposta: A responsabilidade é daqueles que são
colocados como discipuladores, como mestres,
sobre os que se convertem a Jesus, e de uma for-
ma genérica, é responsabilidade de toda a igreja
local (Mateus 28:19-20 e Hebreus 13:17).
10- Em vista disto, existem pessoas na Igreja
que serão julgados de forma mais severa? {3
minutos}
Resposta: Sim, aqueles que têm a responsabili-
dade de ensinar os demais (Tiago 3:1).
0:50-1:00- Há algum ministério ou tarefa para o
qual Deus tem lhe chamado e que você tem ne-
gligenciado? Você tem se dedicado ao Reino
de Deus em primeiro lugar de forma a que, se
Deus ainda não lhe designou um ministério ain-
da, ele possa lhe encontrar preparado?
Observação: Dê abertura ao grupo para respon-
der e depois ore pelo que foi compartilhado
Objetivo: Aprender os cuidados básicos
para o bom relacionamento cristão.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Jesus ao nos dar o novo mandamento, o de nos
amarmos uns aos outros, acrescentou que atra-
vés disto as pessoas reconheceriam que somos
seus discípulos: se nos amássemos. Também
quando Jesus ora ao Pai, em João 17, ele pede
pela unidade de seus discípulos, para que desta
forma o mundo fosse capaz de reconhecer que
Deus o havia enviado.
Assim, podemos perceber a importância da uni-
dade cristã, ou seja, da comunhão cristã. Ela está
relacionada com o crescimento do Reino de Deus.
A medida em que nos amamos, em que temos
comunhão como igreja, as pessoas reconhecem
que realmente foi Deus quem enviou Jesus a este
mundo e que nós somos os legítimos discípulos
dele, pessoas aptas a apresentar-lhes o evange-
lho de Jesus.
Exatamente por isto, a comunhão da igreja é a
mais atacada por Satanás. Não há lugar em que
mais acontecem mal entendidos e coincidências
reais que levam a situações constrangedoras do
que no seio da igreja, no relacionamento entre ir-
mãos em Cristo.
Satanás está 24 horas por dia buscando brechas
para criar ciladas que venham a causar proble-
mas entre irmãos em Cristo e assim envergonhar,
ou ao menos imobilizar, a igreja local, desviando-
a de seus verdadeiros objetivos.
Quando não lutamos contra o pecado e permiti-
mos a livre manifestação da obra da carne em
determinada área de nossa vida, estamos dando
munição ao inimigo para aproveitar-se desta nos-
sa deficiência e utilizá-la contra a igreja.
O Novo Testamento reserva a maior parte de seus
livros para prevenir e tratar aquilo que pode cau-
sar a divisão e a quebra de comunhão na Igreja.
Há diversos conselhos a serem individualmente
seguidos nesta prevenção. Há também conselhos
direcionados coletivamente à Igreja local. Atingir a
maturidade cristã não significa deixar de ter pro-
blemas de relacionamento, mas envolve saber li-
dar com eles de forma bíblica.
00:10-00:50- Debate:
1- Qual o maior perigo que corremos ao exer-
cermos uma função na igreja? {5 min.}
Resposta: O de cairmos no pecado do orgulho,
nos considerando superiores aos demais irmãos
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Vigiando pela
comunhão cristã
Parte 1
(Romanos 12:3). A soberba quebra a comunhão e
leva à queda (Provérbios 13:10 e 16:18). Por isto,
novos convertidos não devem exercer certas fun-
ções (1 Timóteo 3:6)
2- Como podemos evitar o orgulho e manter a
comunhão com os irmãos? {5 min.}
Resposta: Quando fizermos qualquer coisa no
corpo de Cristo, devemos fazer com o objetivo de
servir, de favorecer, de edificar aos nossos irmãos.
Nossa motivação deve ser o crescimento de nos-
sos irmãos e a satisfação dos interesses deles, e
não dos nossos (Filipenses 2:3-4).
Nossa atitude ao exercermos nossa função, seja
ela qual for, deve ser a mesma de Jesus (Filipenses
2:5-8).
3- No fundo eu me acho sábio, ao menos aci-
ma da média, com relação às coisas de Deus.
Eu estou errado em pensar assim? Como devo
agir? {10 minutos}
Resposta: Em primeiro lugar, te-
34º Encontro
mos que reconhecer que apenas
conhecer a Palavra de Deus não
nos torna sábios. Sábio é aquele
que pratica a Palavra de Deus
(Lucas 6:46-49). Há muitos cris-
tãos que não possuem grandes
conhecimentos bíblicos, mas que
demonstram em suas vidas o
amor de Cristo e a humildade e
disposição em servir que deveria
ser característica de todos nós. Se
ao contrário do desejo de servir,
abrigarmos em nosso coração in-
veja de outros cristãos que sabe-
mos exercerem sua função melhor
que nós e ambição egoísta, ou
seja, o desejo de adquirir a admi-
ração dos demais, esta sabedoria
que pensamos ter não vem de
Deus, e deve ser profundo motivo
de vergonha e de arrependimen-
to (Tiago 3:13-18).
Em vista de Efésios 4:11 e 12, per-
34º Encontro
cebemos que Deus é quem nos dá
a capacitação para ensinar, com a
finalidade de edificar aos demais
cristãos. E se é Ele quem estabele-
ce, ele poderia ter escolhido qual-
quer um para lhe dar do Seu conhe-
cimento, não havendo nenhum mo-
tivo pessoal para nos gloriarmos dis-
to (1 Coríntios 4:7).
Pelo contrário, nossa preocupação
não deve ser com a quantidade de
capacitação que recebemos de
Deus, mas devemos seriamente
analisar o que é que temos feito em
benefício do Reino de Deus com o
uso da capacitação que Deus nos
deu (Tiago 3:1). Isto vale também
para toda e qualquer capacitação
que recebemos de Deus.
4- Que advertências a Palavra de
Deus nos faz com relação aos
cuidados que devemos ter ao fa-
larmos, mesmo que informalmen-
te, com outras pessoas? {8 min.}
Resposta: Em primeiro lugar, a Bí-
blia nos ensina a zelarmos pelo nosso modo de
falar, não proferindo palavras torpes (Efésios 4:29).
Palavras torpes são tanto palavras indecentes
como palavras maldosas que arrasam as pesso-
as. Imagine uma situação: o jovem chega em casa
feliz porque vai passar por um teste para fazer parte
do grupo de louvor da igreja, mas quando conta o
fato, alguém profere logo as palavras que o desa-
nimam:”_ Louvor, você! Mas você não tem nenhu-
ma voz”. Estas também são palavras torpes, tão
malignas quanto qualquer “palavrão”.
Em segundo lugar, a Palavra de Deus nos orienta
a não falarmos o que pensamos, mas aprender-
mos a dominar a nossa língua, pois nossas pala-
vras podem causar grandes estragos (Tiago 1:26
e 3:2-12)
5- Que cuidados devemos ter ao discutir diver-
gências com outros irmãos? {7 min.}
Resposta: Devemos fugir de contendas e ensinar
com mansidão (2 Timóteo 2:23-26).
De forma alguma podemos deixar que os ânimos
se exaltem, colocando para fora o que há de pior
em nossa natureza egocêntrica (Efésios 4:31 e
Colossenses 3:8-10). Antes, devemos agir com
amor e mansidão sincera, dispostos a perdoar
qualquer ofensa que nosso irmão possa vir a co-
meter por discordar de nossa opinião (Efésios 4:32
e Colossenses 3:11-14).
6- Mas, se o relacionamento com meu irmão
for abalado, como devo agir? {5 min.}
Resposta: Se soubermos que nosso irmão tem
algo contra nós, temos a obrigação de ir falar com
ele (Mateus 5:23 e 24). Se ofendemos nosso ir-
mão devemos procurá-lo e devemos confessar a
ele o nosso pecado pedindo-lhe o perdão, e após
o perdão, devemos passar um período orando um
pelo outro para que as feridas sejam definitivamen-
te curadas (Tiago 5:16). Por fim, jamais devemos
deixar de perdoar a ninguém, pois sabemos que
Deus nos perdoou de ofensa muito maior (Mateus
6:14-15 e Mateus 18:32-35).
0:50-0:55- Ore encerrando.

DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
Objetivo: Aprender os cuidados básicos
para o bom relacionamento cristão. Vigiando pela
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
comunhão cristã
A unidade cristã é algo muito precioso. Custou o
sangue de Jesus. Deus enviou Jesus ao mundo Parte 2
para que o ser humano pudesse ter comunhão com
Ele. Mas ter comunhão com Deus exige de nós a dos, inclusive a nossa.
comunhão com nossos irmãos, pois como ensina Entretanto, a grande dificuldade dos relacionamen-
a Bíblia em 1 João 4:20 e 21: “Se alguém diz: Eu tos na igreja é a enorme diferença entre as pesso-
amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. as que a integram. Na realidade, o único laço que
Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não liga cada membro é a fé em Jesus, que através da
pode amar a Deus, a quem não viu. E dele temos ação do Espírito Santo nos faz um. Na igreja con-
este mandamento, que quem ama a Deus ame vivem lado a lado pessoas analfabetas e com ní-
também a seu irmão”. vel superior, ricos e pobres, enfim, pessoas que
Quando a Bíblia faz exortações buscando a uni- dificilmente encontraríamos juntos em qualquer
dade da igreja, ela sempre está se referindo a igreja outro local.
local. Isto por dois motivos simples: a Igreja de Contudo, temos em nós todo o potencial para a
Cristo sobre a face da Terra, que reúne todos os comunhão, pois servimos a um mesmo Senhor e
cristãos que um dia aceitaram a Jesus, é única possuímos o Espírito Santo, que é o vínculo da
por natureza. Assim, não é necessário lutar por comunhão, em nossos corações.
sua. A Bíblia só utiliza a palavra “Ekklesia” ao se
referir aos cristãos no sentido da Igreja de Cristo e 00:10-00:50- Debate:
no sentido da igreja local. Assim, vemos Paulo 1- Como devemos nos portar em nossos rela-
exortando à igreja de Filipos a pensar igual entre cionamentos com os irmãos? {6 min.}
eles, e vemos em 1 Coríntios 1:10 exortação simi- Resposta: Precisamos nos esforçar para ver as
lar: “Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor virtudes e talentos de nossos irmãos. Precisamos
Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e que ver neles pessoas preciosas para
não haja dissensões entre vós; antes sejais uni- Deus, que de uma forma ou de

35º Encontro
dos no mesmo pensamento e no mesmo parecer”. outra possuem características im-
Repare que em momento algum Paulo ou qual- portantes ao Corpo de Cristo. Ca-
quer apóstolo exorta uma igreja local a pensar e racterísticas estas que eu não pos-
ter a mesma opinião em tudo que as demais igre- suo, sendo assim superiores a
jas cristãs. Não existia esta imposição e não havia mim, ao menos em alguma deter-
qualquer hierarquia entre igrejas. minada área (Romanos 12:3-5 e
Não existe cristianismo verdadeiro sem que haja Filipenses 2:3-8).
envolvimento no corpo local. Envolvimento é mui-
to mais do que simplesmente ir ao culto domini- 2- Mas na igreja há algumas pes-
cal. Envolvimento significa ter relacionamento em soas que são difíceis! São ima-
amor cristão com os demais membros da igreja turas, ou problemáticas, ou ain-
local. É ter laços de amizade e trabalhar em prol da não tem qualquer tato, ofen-
do fortalecimento destes laços. É ter compromis- dendo aos demais sem pensar
so com a igreja local e sentir-se responsável pela no que falam. Como devo agir
vida espiritual de seus irmãos em Cristo, como está com pessoas deste tipo? {7 mi-
registrado em Hebreus 10:25: “Não deixemos de nutos}
reunir-nos como igreja, segundo o costume de al- Resposta: Pessoas como estas
guns, mas procuremos encorajar-nos uns aos ou- devem ser discipuladas, mas até
tros, ainda mais quando vocês vêem que se apro- atingirem a maturidade cristã pre-
xima o Dia” (NVI). Assim, envolver-se é exortar o cisamos suportá-las de forma
irmão ao compromisso com a igreja local, mas tam- amável. Isto não significa que de-
bém é o permitir ao irmão a liberdade de exortá- vemos apenas ser tolerantes com
lo, sabendo que assim se procede no corpo de elas, mas temos que demonstrar
Cristo por amor, para a edificação espiritual de to- amor por estas pessoas, perdoan-
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
35º Encontro
do suas falhas e reconhecendo que
o atual estado em que se encontram
é apenas um rascunho daquilo que
Deus pretende fazer e irá realizar,
se esta pessoa for conduzida à
maturidade cristã (Romanos 15:1-
2; Efésios 4:1-3 e Colossenses
3:12-14). Aqui cabe um testemunho
pessoal. Quando me converti, eu
era uma destas pessoas de difícil
convivência e poucos amigos. Mas
graças à atenção, à exortação em
amor e ao exemplo de alguns ir-
mãos, Deus transformou completa-
mente meu modo de agir e pensar.
Alguns anos depois fiquei sabendo
que um daqueles irmãos, exata-
mente o que mais me influiu e deu
atenção para mim, orava a época
de minha conversão diariamente
pela minha vida, mas também ora-
va para que Deus desse forças para
que ele me suportasse, coisa que
ele tinha imensa dificuldade. Deus
não só atendeu as suas orações
como também nos transformou em
grandes amigos.
3- Mas como agir quando os ânimos se aque-
cem? {7 minutos}
Resposta: Devemos fugir das controvérsias tolas
e inúteis, mas, quando necessário, expor nossas
idéias com mansidão, não buscando jamais o con-
vencimento “a força” de ninguém (2 Timóteo 2:23-
26). Não devemos fomentar as discussões, mas
buscar apaziguar os ânimos antes que virem dis-
sensões (Provérbios 29:8; Provérbios 15:18).
4- Mas e se eu acabar sendo alvo da ira de al-
guém? {6 minutos}
Resposta: Se alguém se dirigir a você de forma
dura, responda-lhe de forma branda (Provérbios
15:1). Procure em tudo agir com amor e bondade,
como convém ao cristão (Romanos 12:17-21).
Tenha iniciativa em atos de bondade, porém tome
o cuidado de praticar estes atos sem que todos
fiquem sabendo; que seja algo feito em particular,
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
entre você e a pessoa que está irada, de forma
que este ato não seja interpretado por ele como
um ato de exibicionismo espiritual perante os de-
mais (Provérbios 21:14).
5- E se no processo eu é quem vier a me irar?
{5 minutos}
Resposta: Caso nos iremos, devemos controlar-
nos de forma a dominar a nossa ira, não lhe dan-
do vazão (Provérbios 29:11). Também não deve-
mos fomentar esta ira. Não podemos deixar que
ela se mantenha em nosso coração (Efésios 4:26-
27). Devemos suportar e perdoar o nosso irmão,
como Deus nos perdoou (Colossenses 3:13).
6- Se dois irmãos estiverem contendendo so-
bre algo particular entre eles, devo me interar
do que está acontecendo para poder ajudá-los?
{4 minutos}
Resposta: Não, salvo se seu conselho for solicita-
do (Provérbios 26:17 e 1 Pedro 4:15).
7- E se esta contenda não se resolver por eles?
Que devem eles fazer? {5 minutos}
Resposta: Devem procurar a liderança da igreja
para ouvi-los e orientá-los em como agir de forma
a preservar a comunhão. A liderança poderá in-
clusive julgar, ou designar alguém que tenha ca-
pacidade para julgar o assunto em pauta, e che-
gar a uma decisão. Se houver maturidade de am-
bos, o veredicto deve ser respeitado. A Palavra de
Deus condena veementemente que abramos pro-
cesso judicial contra nosso irmão em Cristo (1
Coríntios 6:1-8). Nos Estados Unidos já é muito
comum as “Juntas de Conciliação Evangélicas”,
mantidas por diversas igrejas em conjunto. Não
possuem poder legal, mas possuem autoridade
ética e bíblica para buscar conciliá-los e tentar
assim evitar que algum irmão venha a cometer
pecado recorrendo à justiça secular contra outro
irmão.
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Conhecer o padrão de Deus
para o casamento. O casamento
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
segundo as
O casamento é o início ideal da família cristã, que
por sua vez é o principal instrumento criado por Escrituras
Deus para a felicidade do homem e da mulher e a
formação ideal dos filhos, edificando-os diante de estabelecida para nosso próprio bem e para o bem
Deus e dos homens, tornando-os pessoas inte- do Reino de Deus. Seguindo o Seu padrão e a
gras e úteis a Deus e ao semelhante. Sua vontade, descobrimos que apesar dos sacri-
A igreja, para o exercício completo de sua função fícios necessários, Sua vontade é boa, perfeita e
de edificação das vidas espiritualmente e emocio- agradável. É o melhor para nós.
nalmente, precisa reconhecer que hoje há um gran-
de número de famílias que não são compostas pela 00:10-00:50- Debate:
fórmula tradicional marido, mulher e filhos natu- 1- Quem criou o casamento e para que o criou?
rais deste casal. Há um grande número de mães {4 minutos}
que não possuem maridos, há casais que além Resposta: Deus o criou estabelecendo que um
dos filhos que geraram entre si, receberam ao homem e uma mulher vivam juntos em fidelidade
constituir família filhos de outros relacionamentos e amor (Mateus 19:4-6). Ele o criou para nossa
anteriores. Há ainda, pelo grande número atual felicidade (Gênesis. 2:18).
de gravidez em adolescentes, casais que agregam
netos aos filhos, criando-os como filhos. Situações 2- Observando a Bíblia, que evidências encon-
cada vez mais comuns que trazem consigo novos tramos nela da importância do casamento pe-
e grandes desafios, não apenas para estas famíli- rante Deus? {6 minutos}
as, como também para a igreja atual. Resposta: Além do fato já mencionado de que o
Para o cristão comprometido com Deus, o divór- próprio Deus o criou para a nossa felicidade, o
cio não é uma opção. Apesar de ser uma realida- casamento nas Escrituras ocupa um papel de
de, e apesar da responsabilidade da igreja em re- estremo destaque e importância.
ceber, edificar e restaurar as vidas provenientes É usado por Deus como o maior

36º Encontro
de divórcios auxiliando-as em um recomeço, lon- exemplo visível do relacionamen-
ge da igreja está a idéia de fazer apologia ao di- to místico entre Cristo e a Igreja
vórcio. A igreja vê e sempre deverá ver o divórcio (Efésios 5:31-32). É motivo de
como um fracasso, uma triste derrota, como uma honra (Hebreus 13:4). A forma
tragédia sobre a vida de todos os envolvidos. Suas como é conduzido é fator seletivo
marcas acompanharão a todos por toda a vida. para a escolha de um líder cristão
Mas louvado seja Deus por sua graça e seu amor (1 Timóteo 3:2 e 12). A Bíblia está
que é capaz de restaurar, de curar e de proporcio- repleta de conselhos, advertênci-
nar o seu perdão, permitindo um recomeço, espe- as, mandamentos e ensinamentos
cialmente quando o divórcio ocorreu antes da pes- relativos ao casamento e a sua
soa receber a Jesus como seu Senhor e Salva- manutenção.
dor, e assim há uma maior disposição em obede-
cer agora o que Deus deseja para a sua vida. 3- Em que está fundamentado o
Entretanto, ao mesmo tempo em que não pode- casamento segundo o padrão
mos tampar os olhos para a realidade, hoje mais de Deus? {6 min.}
do que nunca precisamos apresentar perante a Resposta: O casamento bíblico é
igreja o padrão de Deus para a família e para a fundamentado no compromisso
instituição do casamento. Precisamos que a Igre- mútuo, firmado diante do juiz de
ja, especialmente os jovens, compreenda que o toda a Terra, “...até que a morte
padrão de Deus é o melhor para nós e para aque- nos separe” (Romanos 7:2-3).
les que amamos. E que no caso específico do ca- Quando temos consciência disto
samento, seguir e lutar pelo padrão de Deus em a única opção que nos resta é a
nossas vidas não é uma opção para o cristão, mas reconciliação. O amor longe de ser
um mandamento de Deus, uma exigência
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
36º Encontro
fundamento passa a ser algo a ser
continuamente fomentado, a ser
perseguido, conquistado e cultiva-
do.
Se o temor a Deus e a Sua Palavra
guiar nossas vidas e desta forma
nos relacionarmos com nosso côn-
juge como convém a um casamen-
to nos moldes bíblicos, o amor sur-
girá como conseqüência, pois quan-
do amar ao cônjuge como Cristo
amou a igreja estiver distante de
nossa realidade aparente, resta-nos
a ordem de reconhecê-lo como “pró-
ximo” e amá-lo “como a mim mes-
mo”. Nos momentos de discórdia,
quando o ódio florescer e o cônju-
ge estiver mais para inimigo do que
para próximo, o Senhor não “deixa
por menos”: o mandamento proce-
dente da Palavra é “Amai os vos-
sos inimigos...” (Mateus 5:44).
Assim, quando a única opção é a
reconciliação (pois o casamento
está baseado no compromisso) o
caminho a seguir é o perdão e a
aceitação do outro com suas falhas e imperfeições
crendo no poder transformador de Cristo.
4- Mas se depois de casados os dois descobri-
rem que não casaram com a pessoa que ima-
ginavam, por que não simplesmente separar?
{3 minutos}
Resposta: Porque no casamento ocorre uma união
mística entre o homem e a mulher. Algo que está
além de nossa compreensão ocorre no mundo
espiritual pelas mãos do próprio Deus (Mateus
19:4-6). Além disto, nosso compromisso diante de
Deus é irrevogável (Romanos 7:2).
5- Como deve ser o relacionamento entre mari-
do e mulher segundo o padrão de Deus? {8
minutos}
Resposta: A mulher deve estar sujeita ao seu ma-
rido e o marido deve amá-la como Cristo amou a
igreja, a ponto de entregar sua vida por ela (Efésios
5:22-25).
O marido deve ainda tratar sua esposa com espe-
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
cial respeito (1 Pedro 3:7).
Deus também ordena que tanto o marido como a
mulher deve levar em conta as necessidades e
desejos mútuos, e dentre estas necessidades e
desejos, Deus destaca a vida sexual do casal em
1 Coríntios 7:3-4.
Por fim, a Palavra nos ensina que tanto o marido
quanto a mulher devem ser fiéis para com seu
cônjuge (Hebreus 13:4).
6- E as mulheres cristãs casadas com maridos
que não seguem a Jesus, como devem agir?
{3 minutos}
Resposta: Elas devem ser submissas aos seus
maridos e viver de forma a pôr em prática a men-
sagem do evangelho. Se assim procederem, con-
seguirão ganhar seus maridos para Jesus com
seus atos, sem a necessidade sequer de palavras
(1 Pedro 3:1-2).
7- O desejo de Deus é que todos se casem? {4
minutos}
Resposta: Todos possuem liberdade para se ca-
sar, porém a Palavra de Deus mostra que alguns,
para melhor desempenho da obra de Deus, op-
tam por não casar. Porém, isto não é colocado a
ninguém como restrição, ou seja, a qualquer mo-
mento esta pessoa tem a liberdade de casar-se.
Veja I Coríntios 7:32-35.
8- O que tem provocado o atual aumento dos
divórcios? Como posso evitar que isto atinja o
meu casamento? {6 minutos}
Resposta: A mídia, sobre a direção do inimigo, tem
semeado a idéia de que devemos por tudo e to-
dos de lado, e que em primeiro lugar devemos
buscar a nossa felicidade. Mesmo os cristãos, por
exemplo ao assistirem uma novela, se pegam tor-
cendo para que alguém largue seu cônjuge e vá
atrás do “grande amor da sua vida”. Não é neces-
sário ser um grande observador do mundo real
para ver como acabam aqueles que crêem neste
engano diabólico. O cristão precisa tomar cuidado
com aquilo que deixa envolvê-lo (Jeremias 17:9;
Marcos 7:21-23 e Provérbios 4:23).
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Conhecer e aplicar o padrão
de Deus em nossos relacionamentos familiares.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
A vida moderna nos proporciona cada vez menos
tempo para estarmos com os nossos familiares. As-
sim, precisamos saber dar o devido valor ao tempo
que temos em comum, não para preenchê-lo com
qualquer atividade, mas para buscar e criar momen-
tos em que possamos conversar, abrir nosso cora-
ção, compartilhar dificuldades e temores, enfim, nos
relacionar.
Os filhos precisam de uma forma especial destes
momentos, destes canais de comunicação. Se não
obtiverem na família, certamente irão buscá-los em
pessoas que dificilmente irão orientá-las conforme o
padrão de Deus. O mesmo acontece com o casal.
A orientação conforme o padrão de Deus não é ape-
nas colocar alguém com conhecimento da Bíblia e
com compromisso com Jesus para ensiná-las. Há
coisas que apenas são obtidas do relacionamento
entre pais e filhos: o equilíbrio emocional da criança,
o amor dos pais, a confiança de ser aceito e socorri-
do aconteça o que acontecer, o exemplo próximo da
vida espiritual. É importante compreendermos isto
porque hoje muitos pais têm transferido a responsa-
bilidade da formação espiritual da criança à profes-
sora de escola dominical, a “tia” da escola evangéli-
ca, ou adiam o diálogo sobre Jesus para quando a
criança tiver mais idade.
Relacionamentos
familiares
a andar nos caminhos de Deus (Provérbios 22:6 e
Efésios 6:4).
2- Os pais devem disciplinar seus filhos? {4 mi-
nutos}
Resposta: Sim, caso isto seja feito com amor e com
o desejo de produzir mudanças e não com o desejo
de simplesmente castigar devido a uma raiva mo-
mentânea (Provérbios 29:17 e 13:24).
3- Como posso saber se, em um caso específico,
devo ou não disciplinar meu filho, ou se apenas
tenho vontade de fazê-lo por uma raiva momen-
tânea? {5 minutos}
Resposta: Há apenas um caso em que devemos dis-
ciplinar nossos filhos: quando há desobediência. E a
criança precisa saber com clareza que irá ser disci-
plinada não porque produziu algum dano material,
mas que será disciplinada por ter desobedecido (Pro-
vérbios 22:15 e 29:15). Assim, uma criança que es-
barrou em um vaso e casualmente o derrubou, não
deve e não pode ser castigada. Nós
adultos às vezes quebramos coisas,

37º Encontro
A responsabilidade espiritual sobre os filhos perten- quanto mais uma criança com me-
ce aos pais. Não há privilégio maior para um pai ou nor coordenação motora. Agora, se
uma mãe que conduzir seus filhos a aceitar a Jesus ela foi proibida de brincar no local
como Senhor e Salvador e ensiná-los a guardar tudo onde está o vaso e desobedeceu,
o que ele nos ensinou e ordenou. Pessoas que fo- nem é necessário que o vaso se
ram corretamente conduzidas no caminho do Senhor quebre, pois a disciplina está liga-
em sua infância possuem muito maior probabilidade da à desobediência e não ao dano
de perseverar no evangelho quando chegam a ado- material.
lescência e a idade adulta. Não me refiro a aquelas
pessoas que apenas freqüentam igreja desde pe- 4- E se este mesmo vaso foi que-
quenas, que “cresceram na igreja”, mas àquelas que brado propositalmente em um
tiveram orientação, exemplo e empenho dos pais em momento de fúria, sem que hou-
sua formação espiritual. vesse nenhuma proibição direta,
Por sua vez, uma criança que é educada conforme como devo proceder? {5 minu-
o padrão de Deus tem maior facilidade de se relaci- tos}
onar com seus pais por toda sua vida. Aprende sua Resposta: O ato de ira é um ato de
responsabilidade e seu papel na família. Reconhece rebeldia e conseqüentemente de
as responsabilidades impostas por Deus e não se desobediência. Entretanto, este é
esquiva delas. um problema mais sério. Os pais,
além da disciplina, precisam
00:10-00:50- Debate: despender maior tempo em diálo-
1- Como os pais devem tratar seus filhos? {4 go para descobrir a causa desta fú-
minutos} ria. Outro princípio aplicável impor-
Resposta: Os pais devem tratar seus filhos com amor tante é que todo dano provocado
e conforme os princípios cristãos. Devem ensiná-los em ira seja cobrado de alguma for-
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
37º Encontro
ma, tenha um preço para o autor da
ira (Provérbios 19:19). É necessário
que a criança aprenda a dominar sua
ira e aprenda a não permitir que ela
tenha vazão (Provérbios 29:11).
Quanto a pagar o preço, os pais po-
dem estipular formas para isto: aba-
ter da mesada se houver, criar tare-
fas a serem feitas em pagamento do
gasto ou ainda desviar o dinheiro que
seria usado para uma compra já pla-
nejada de algo que a criança deseja.
5- Como os filhos devem se relaci-
onar com seus pais? {5 minutos}
Resposta: Os filhos devem tratar seus
pais com honra e obediência (Efésios
6:1-3 e Colossenses 3:20).
6- O que a Bíblia diz sobre pais
necessitados, em especial os ido-
sos? {3 minutos}
Resposta: A Bíblia é enfática em en-
sinar a total responsabilidade dos fi-
lhos para com seus pais necessita-
dos, a ponto de Jesus recriminar du-
ramente pessoas que diziam não po-
der suprir as necessidades dos pais e ainda se des-
culpavam nas obrigações para com Deus (Marcos
7:9-13).
7- E isto se resume apenas as necessidades fi-
nanceiras? {3 minutos}
Resposta: Não, a Palavra não trata apenas da área
financeira, mas aborda nossa responsabilidade para
com os cuidados necessários em geral. Isto envolve
tempo, afeto e relacionamento, tão necessários ao
ser humano quanto a comida (I Timóteo 5:8).
8- E quanto aos avós? Também tenho alguma
responsabilidade? {4 minutos}
Resposta: Sim, toda. A vida moderna muitas vezes
nos faz viver longe dos avós e assim vê-los como
estranhos, no entanto a Bíblia nos mostra que so-
mos responsáveis por eles diante de Deus, devendo
sustentá-los quando em necessidade, dar-lhes aten-
ção e amor (I Timóteo 5:3,4 e 8). É interessante como
vemos jovens verbalizarem o desejo de ir pregar o
evangelho em nações distantes, mas que não são
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
capazes sequer de despender alguns minutos em
atenção a seus parentes idosos.
9- Tenho dificuldade de relacionamento com meu
pai, ou mãe ou irmão. Como a Bíblia me orienta a
proceder? {5 minutos}
Resposta: Em primeiro lugar, precisamos reconhe-
cer que isto é algo sério e que precisamos de ajuda
para lutarmos contra isto. Procure um cristão madu-
ro, talvez seu pastor ou discipulador, para que ele
possa lhe aconselhar. Há uma infinidade de possibi-
lidades que provocam estas dificuldades e um con-
selheiro poderá ajudá-lo a identificar os princípios
bíblicos cabíveis. Entretanto, alguns conselhos va-
lem para todo e qualquer caso:
1) apresente continuamente este problema que
o aflige diante de Deus (Filipenses 4:5-7);
2) esteja disposto a suportar e perdoar, como
Deus nos perdoou (Colossenses 3:13);
3) verifique onde e como você pecou contra esta
pessoa, planeje o momento e o local em que irá
procurá-la. Vá até esta pessoa e peça perdão pelo
que você fez ou tem feito, e se prontifique a agir de
forma diferente daqui para frente. Após isto, passe a
orar para que Deus cure as feridas deste relaciona-
mento (Tiago 5:16). Não mencione os erros e ofen-
sas do outro. É você quem está pedindo perdão. Além
do mais, conforme lemos em Colossenses, você já
se decidiu por perdoar, independente de pedidos de
perdão.
10- Qual a decisão mais importante na vida de
uma família? {3 minutos}
Resposta: Servir a Deus (Josué 24:15).
0:50-0:55- Dê abertura para pedidos de oração rela-
cionados com a área familiar.
Objetivo: Levar aos integrantes a avalia-
rem se estão preparados para a vinda de Jesus.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00: 07- Introdução ao tema:
Em praticamente toda a religião e cultura há uma
idéia relacionada com o final dos tempos, com o
fim do mundo. A Bíblia chama a este período de
“O Dia do Senhor”. A teologia o denomina de “pe-
ríodo escatológico”.
Por toda a história da humanidade surgiram pes-
soas com interpretações particulares das profeci-
as, bíblicas ou não, que arrastaram centenas ou
milhares de pessoas levando-os a crer que os
eventos do fim estavam prestes a ocorrerem.
Porém, há uma grande diferença entre a verda-
deira mensagem da Bíblia e a dos falsos profetas:
a mensagem da Palavra de Deus nos apresenta
horrores e tribulações, mas traz em si uma men-
sagem de Paz e de Esperança. Traz consolo a
aqueles que crêem em Jesus, certificando que
Deus nos poupará dos flagelos que cairão sobre o
mundo. Traz esperança para os demais, pois vem
acompanhado de um convite ao arrependimento,
além de mostrar que o período da Grande Tribula-
ção será acompanhado pela maior ação
evangelística que o mundo já viu, atingindo a to-
dos os povos e nações. E o principal: este período
não será realmente o fim. O mundo ainda passará
por um período milenar de Paz e Harmonia sobre
o reinado do Senhor Jesus, período em que, pela
primeira vez na história da humanidade, haverá
justiça para todos.
Como foi dito, a mensagem das profecias bíblicas
é um convite ao arrependimento. Um convite a
cada ser humano para que se reconcilie com Deus
e assim escape da ira vindoura.
Conhecer os “eventos escatológicos” nos dá uma
melhor dimensão do mundo e da vida. Percebe-
mos que nossa vida e as coisas que construímos
no mundo são muito passageiras. Nossa vida é
apenas o começo da eternidade que já recebe-
mos ao aceitar a Jesus como nosso Senhor e Sal-
vador. O período em que vivemos é um período
ínfimo diante da eternidade e dos planos de Deus
para nós. Por isto, devemos buscar em primeiro
lugar o Reino de Deus e aproveitar a vida para
servirmos da melhor forma possível ao nosso Deus
e Senhor.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Os últimos dias
00:07-00:57- Debate:
1- Que evento inicia o período do fim, os últi-
mos dias? {4 minutos}
Resposta: O arrebatamento, quando Jesus virá
buscar a sua Igreja. Em um único momento, aque-
les que morreram com Cristo ressuscitarão em
corpos incorruptíveis, e todos os cristãos que esti-
verem vivos terão seus corpos transformados em
corpos também incorruptíveis, que não possuem
natureza pecaminosa, não adoecem e não mor-
rem. Então todos nós juntos iremos ao encontro
de Jesus nos ares e estaremos para sempre com
ele (1 Tessalonicenses 4:16-18 e 1 Coríntios 15:36-
42).
2- Após o arrebatamento, que evento irá inici-
ar? {5 minutos}
Resposta: Para aqueles que foram arrebatados,
irá iniciar o “Tribunal de Cristo” (2 Coríntios 5:10)
seguido pelas “Bodas do Cordeiro” (Apocalipse
19:9).
Porém, enquanto isto estiver
38º Encontro
acontecendo no céu, aqui na Ter-
ra estará se desenrolando o capí-
tulo mais terrível da história da hu-
manidade: A Grande Tribulação
(Daniel 12:1).
3- Qual a maior esperança do
cristão quanto ao futuro? {3
minutos}
Resposta: A volta de Jesus (Tito
2:13).
4- No arrebatamento Jesus vol-
tara para buscar todos os cris-
tãos. Isto é o mesmo que a cha-
mada “volta de Jesus à Terra”?
{5 minutos}
Resposta: Não. O cristão aguar-
da a volta de Jesus para buscá-
lo, quer seja através da morte,
quando sua alma irá para a sua
presença até o dia da ressurrei-
ção, quer seja pelo arrebatamen-
38º Encontro
to da Igreja. Porém neste evento, o
arrebatamento, nós é quem iremos
ao encontro dele nos ares, (I
Tessalonicenses 4:17), mas ele não
voltará até a Terra, nem será visto.
Logo após este evento inicia o perí-
odo de 7 anos de grande tribulação
e governo mundial centralizado na
pessoa do “Anti-Cristo” (Apocalipse
13:5-8). Apenas após estes 7 anos
é que Jesus voltará para estabele-
cer seu reino na Terra por um perí-
odo de mil anos (Apocalipse 20:4).
5- Lendo Mateus 24:14 é certo
concluir ser necessário que o
evangelho seja pregado a todos
os povos antes de ocorrer o arre-
batamento? {4 minutos}
Resposta: Não, pois o período da
Grande Tribulação será um perío-
do de intensa pregação do evange-
lho, podendo assim esta profecia se
cumprir após o arrebatamento, pois
o arrebatamento não é “o fim”
(Apocalipse 14:6-7).
6- Quando Jesus voltar para implantar seu rei-
no, quem o verá? {4 minutos}
Resposta: Todos os moradores da Terra (Mateus
24:30-31 e Apocalipse 1:7).
7- É possível saber o dia exato em que Jesus
voltará para nos levar? {6 minutos}
Resposta: Não. Durante séculos muitos (alguns
loucos, outros desconhecedores da Palavra de
Deus) tentaram prever o dia e até mesmo o horá-
rio da volta de Jesus. Porém, o mesmo Jesus ad-
vertiu que isto é impossível e que nem mesmo Ele
no período em que estava aqui na Terra tinha este
conhecimento (Mateus 24:24-27 e Marcos 13:32-
37). O arrebatamento ocorrerá como a vinda de
um ladrão, quando menos se espera e de surpre-
sa (I Tessalonicenses 5:1-3).
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
8- Deus nos deu alguma “dica” de como reco-
nhecer que está chegando a hora em que Je-
sus voltará? {4 minutos}
Resposta: Sim, elas estão relatadas na Bíblia. Por
exemplo, Jesus relata uma lista delas em Mateus
24. Cuidado, algumas destas “dicas” (sinais) irão
ocorrer somente no período da Grande Tribulação,
após o arrebatamento da igreja (Mateus 24:4-14).
9- Se eu não sei quando Jesus vem para bus-
car a sua Igreja, podendo inclusive vir hoje ain-
da, o que eu devo fazer para estar preparado?
{5 minutos}
Resposta: Devo vigiar para viver uma vida de obe-
diência a sua vontade (Mateus 24:42-44). Além
disto, devo me certificar de que realmente um dia
aceitei a Jesus como Senhor e Salvador e caso
conclua que não, devo fazê-lo o quanto antes para
não receber no “Dia do Senhor” da Sua ira, mas
sim poder usufruir da plena salvação de Cristo
Jesus e das bênçãos reservadas aos salvos (I
Tessalonicenses 5:8-9).
11- O que acontecerá com a igreja quando Je-
sus voltar a este mundo? {5 minutos}
Resposta: Viremos com ele e reinaremos juntos
por mil anos (Zacarias 14:4-9). Também aqueles
que aceitaram a Jesus durante a tribulação, rei-
narão com ele (Apocalípse 20:4). Como será isto
e o que faremos após o milênio não sabemos, mas
é certo que será magnífico (1 Coríntios 2:9).
12- Diante desta tremenda promessa, como
deve ser a sua vida enquanto aguarda Jesus
voltar? {5 minutos}
Resposta: Minha vida deve ser dedicada a obra
de Deus em todas as áreas que a compõem, quer
seja onde estudo ou trabalho, quer seja na minha
vizinhança ou na família, quer seja na igreja ou no
campo missionário. Devo por de lado todo pecado
e demais coisas que atrapalham o desempenho
desta missão (Tito 2:11-14 e Hebreus 12:1-2).
0:57-1:00- Ore encerrando.
Objetivo: Apresentar os princípios bí-
blicos aplicáveis a nossa vida financeira.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
A área financeira do cristão reflete em toda a sua
vida: na área espiritual, em seu casamento, em
sua capacidade de decisão, em seu ânimo, em
todo o seu emocional.
A forma como o cristão trata as suas finanças re-
vela onde está o seu tesouro, e assim conseqüen-
temente, onde está o seu coração. Isto demons-
tra o que ele realmente ama e a que ou a quem
ele se dispõe a servir.
O cristão maduro compreende que todas as coi-
sas nos são dadas por Deus e a Ele tudo perten-
ce. Somos neste mundo seus representantes e
seus administradores.
Observemos um grupo de cristãos em situação
normal: que não estejam desempregados ou com
suas empresas ou negócios passando por gran-
des dificuldades. Alguém com uma renda estável.
Os elementos deste grupo de pessoas que estão
passando por dificuldades financeiras irão alegar
que seu problema é a falta de dinheiro. Mas per-
mita Deus que eles dobrem seus rendimentos e
logo veremos, com toda a certeza, eles novamen-
te em dificuldade financeira. Isto acontece porque
o problema não é a falta do dinheiro mas a inca-
pacidade, independente de sua faixa salarial, de
adequar o seu padrão de vida aos seus rendimen-
tos.
Já foi o tempo em que o fato de ser cristão trazia a
idéia de seriedade quanto aos compromissos fi-
nanceiros e a certeza de recebimento ao credor.
Esta mudança de comportamento ocorre pela fal-
ta de conhecimento das Escrituras. A Bíblia é en-
fática em condenar a falta de pagamento do que
devemos. Seu mandamento é claro: “A ninguém
fiqueis a dever coisa alguma ...”.
Graças a esta falta de compreensão, ou da falta
de orientação quanto à administração de suas fi-
nanças, muitos cristãos têm envergonhado a Cristo
e a Igreja, e têm se tornado escravos de seus pro-
blemas, a si mesmos se atormentando de dia e de
noite.
Sem orçamento doméstico é impossível adminis-
trar o que recebemos. É essencial colocar seus
gastos no papel, para que seja possível uma vi-
são clara de como você está usando o dinheiro.
Anote por um mês seus gastos e depois os avalie,
de forma a adequá-los ao seu rendimento. Mas
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O Cristão e as
Finanças
sobretudo deve haver uma forte decisão em não
entrar em dívidas. Dívidas são uma bola de neve
que ao final cai sobre nós. Imagine alguém que te-
nha o hábito de pagar apenas os juros, digamos a
7% ao mês, como é comum no Brasil. Se a dívida
for de R$ 1.000,00, em três anos terá sido pago R$
2.520,00, mantendo-se a dívida intacta. Ao final de
cinco anos, ainda haveria os R$ 1.000,00 de dívi-
da, porém já teria sido pago um total de R$ 4.200,00.
Agora, se durante três anos não se pagasse nada,
ao desejar quitar a dívida, seria necessário R$
11.500,00. Esta é a versão moderna da escravidão,
e muitos cristãos têm se deixado enredar por ela.
00:10-00:50- Debate:
1- Segundo a Bíblia, qual o principal motivo para
as discussões e brigas entre os cristãos, quer
seja na igreja, na família ou em qualquer outro
meio? {4 minutos}
Resposta: O principal motivo é a cobiça. O desejo
ardente por coisas nos leva a dei-
xar de lado o domínio próprio.
39º Encontro
Quando desejamos algo que ou-
tros possuem, surge a inveja. A
cobiça também nos leva ao orgu-
lho. Nos consideramos merecedo-
res de algo e isto se torna descul-
pa para nossos pecados. O inver-
so da cobiça é a humilde submis-
são a Deus (Tiago 4:1-10).
2- Que ambição tem se transfor-
mado em “objetivo de vida” da
grande maioria dos cristãos e
assim tem os levado a cair na
armadilha do inimigo, trazendo
sobre si inúmeros males espiri-
tuais e emocionais? {4 minutos}
Resposta: O desejo de adquirir ri-
quezas. O “tornar-se rico” coloca-
do como principal objetivo de vida,
antes do obedecer e servir a Deus
(1 Timóteo 6:9-10).
39º Encontro
3- A pobreza é uma maldição? {4
minutos}
Resposta: Não. Deus criou tanto o
rico como o pobre (Provérbios 22:2).
Deus não nos mede pelas nossas
posses, mas por nossa integridade
(Provérbios 22:1; 19:1 e 28:6).
4- O desejo de Deus é que todos
os cristãos sejam ricos? {5 minu-
tos}
Resposta: Não. Tanto a riqueza
como a pobreza são desafios para
o cristão (Provérbios 30:8 e 9;
Filipenses 4:11-13).
5- Que advertência a Palavra de
Deus nos faz quanto ao nosso
referencial de valores? Quem são
aqueles que o mundo valoriza e
como devemos agir? {5 min.}
Resposta: A Palavra de Deus nos
adverte que o bom nome é mais
importante do que os bens materi-
ais (Provérbios 22:1). O mundo va-
loriza as pessoas por suas posses,
entretanto, a igreja não deve agir desta forma
(Tiago 2:5-9).
6- Qual sua opinião sobre as compras a pra-
zo? Há algum princípio Bíblico aplicável para
sabermos como agir corretamente? {5 minu-
tos}
Resposta: A maior parte das compras a prazo é
fruto da pressa em obter o objeto, pressa esta que
põe de lado o planejamento e que, mesmo quan-
do a compra não é indispensável e urgente, é in-
capaz de poupar até ter condição de adquirir (Pro-
vérbios 21:5, Provérbios 28:22 e Lucas 14:28-30).
Penso que deveríamos reservar as prestações
somente para compras, feitas com planejamento
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
e meticulosamente, de bens de maior valor, como
eletrodomésticos, carro ou casa, por exemplo.
Quando criamos o hábito de parcelar tudo, temos
dificuldade de administrar os valores e datas dos
compromissos assumidos. Precisamos pesar bem
se podemos arcar com o compromisso e se o bem
a ser adquirido é realmente necessário. Há casos
em que a vantagem do parcelamento ou emprés-
timo se torna claro, especialmente se através da
aquisição da casa própria estivermos evitando
pagar aluguel, ou se dependermos do veículo para
o exercício de nossa atividade profissional. Mas
temos que tomar cuidado para que, na ânsia da
aquisição, não raciocinemos de forma simplista.
Precisamos ser meticulosos ao planejar.
7- Deus nos proíbe de sermos fiadores? {4 mi-
nutos}
Resposta: Apesar de não proibir, Deus nos
desencoraja fortemente (Provérbios 6:1-5 e 17:18).
8- Em que casos nós poderíamos ser fiadores
de alguém? {3 minutos}
Resposta: Quando estivermos dispostos e capa-
citados a pagar a dívida se necessário for, sem
que nossa relação com a pessoa a quem fiamos
venha a sofrer qualquer dano. É o caso, por exem-
plo, dos pais que se tornam fiadores dos filhos re-
cém formados em sua aquisição da casa própria
ou em seu aluguel (Provérbios 22:26-27).
9- Qual deve ser a visão do cristão quanto ao
desempenho de sua vida profissional? {6 min.}
Resposta: Devemos fazer tudo como que para o
Senhor (Efésios 6:5-8). É obrigação do cristão
esforçar-se por ter um trabalho honesto, para seu
sustento e para que possa socorrer os necessita-
dos (2 Tessalonicenses 3:11-12 e Efésios 4:28).
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Apresentar os princípios bí-
blicos aplicáveis a nossa vida financeira.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Para que possamos corrigir uma vida financeira caóti-
ca, precisamos em primeiro lugar identificar onde es-
tão os problemas que nos levaram a atual situação e
que nos têm mantido nela.
Sem orçamento doméstico é impossível administrar o
que recebemos. É essencial colocar seus gastos no
papel, para que seja possível uma visão clara de como
você está usando o dinheiro. Anote por um mês seus
gastos e depois os avalie, de forma a adequá-los ao
seu rendimento.
Sublinhe aqueles compromissos assumidos com gas-
tos “fixos”: dinheiro destinado à obra de Deus, as pres-
tações já adquiridas, aluguel, escola, seguros, faxinei-
ra, água, luz, telefone fixo, telefone celular, internet, tv
por assinatura, plano de saúde, outros.
Separe os valores estimados daqueles gastos corri-
queiros: ofertas para a obra, salão de beleza, medica-
mentos, cosméticos, locação de filmes, lazer, viagens,
dentista, vestuário, livros e cds, combustível, manuten-
ção de veículo, manutenções da casa, etc...
Determine um valor a ser gasto nas compras da casa
(alimentação, higiene, material de limpeza, etc...). Re-
serve uma quantia para os produtos que precisam ser
adquiridos aos poucos, como frutas e verduras, por
exemplo. Quando for para o supermercado, vá com
uma lista do que você precisa e não ceda à tentação
de levar outros itens que comprometam o orçamento.
Leve papel, caneta e uma calculadora ao mercado para
ter certeza de que não terá surpresa no caixa.
Se ao final do planejamento do seu orçamento você
chegar a conclusão de que o que você recebe não será
capaz de pagar tudo, você terá que tomar uma deci-
são séria agora: fazer cortes, mesmo que signifiquem
a alteração de seu padrão de vida. Reúna a família,
orem juntos e faça com que todos compreendam a
seriedade da situação, pois se não houver o
envolvimento de todos, não será possível sair da crise.
Não adianta fazer cortes que irão “talvez” permitir que
o orçamento se adeqüe. Faça isto com seriedade: cor-
te deixando uma folga para os imprevistos.
Quanto às dívidas, se depois de tudo, fazendo cortes
sérios e conscientes, você ainda perceber que não será
possível honrar os pagamentos compromissados, pro-
cure seus credores e negocie parcelas que possam se
adequar ao seu orçamento. Não fuja dos credores, isto
só piorará a situação. O diálogo é a melhor solução.
Se você possuir bens, reflita seriamente na possibili-
dade de se desfazer deles para se livrar das dívidas.
Será quase impossível que eles se valorizem mais do
que as suas dívidas irão crescer. Mas um aviso: cuida-
do para não adquirir dividas novas, a juros maiores,
para quitar dívidas já existentes. Isto é loucura.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O Cristão e as
Finanças:
Saindo do caos
Por fim, evite ao máximo o especial do seu cheque. É
melhor atrasar contas (se for o caso converse com o
credor) do que cair nos juros do especial. O cartão de
crédito é o principal “fura orçamento”. Poucas são as
pessoas capazes de manter o controle de seus gas-
tos. Evite-o, ele só deve ser utilizado se os gastos es-
tiverem previstos em um orçamento sério, de modo que
a fatura seja integralmente paga. Ao primeiro furo, can-
cele seu cartão. Não espere a coisa piorar.
00:10-00:50- Debate:
1- Qual a principal causa das crises financei-
ras dos cristãos? {5 minutos}
Resposta: Não apenas das crises financeiras, mas tam-
bém das crises conjugais e nos relacionamentos entre
irmãos. A cobiça nos leva a desejar coisas acima de
tudo e de todos. Quando não conseguimos, coloca-
mos a culpa nos outros (Tiago 4:1-5; Provérbios 28:22
e 25).
2- Que advertência a Palavra de Deus apresen-
ta contra a falta de iniciativa de
alguns irmãos que não se esfor-
40º Encontro
çam em correr atrás de um tra-
balho? {8 minutos}
Resposta: Certo é que em tempos de
crise financeira sobre não apenas o
nosso país, mas sobre todo o mun-
do, o desemprego acaba por atingir
a todo tipo de pessoa, mesmo aos
melhores profissionais, mesmo aos
mais esforçados e dedicados. Entre-
tanto, o cristão deve colocar seus
olhos em Deus e persistir na procura
de um emprego ou de uma oportuni-
dade de renda e jamais se entregar
ao desânimo (Provérbios 20:13). Te-
mos que ter a disposição de diligen-
temente procurarmos ocupação (2
Tessalonicenses 3:11-12). Quando
nos entregamos ao desânimo, dei-
xando a preguiça tomar conta de nós,
ao invés de descansarmos, iremos
nos sentir cada vez mais cansados e
sonolentos (Provérbios 6:6-11 e Pro-
vérbios 19:15). Por fim, quando a pre-
guiça toma conta, achamos motivos
para não termos iniciativas (Provér-
40º Encontro
bios 26:13-15). O preguiçoso passa a
se considerar mais esperto que os ou-
tros que estão perdendo tempo corren-
do atrás de onde ele “sabe que não
adianta”, ou onde “só entra com pisto-
lão” (Provérbios 26:16).
3- E quanto a aqueles que já têm
alguma ocupação? Estes também
precisam lutar contra a preguiça?
Por que? {7 minutos}
Resposta: A Palavra de Deus nos ensi-
na a sermos diligentes, a sermos es-
forçados, em todo o nosso trabalho,
quer sejamos empregados ou quer tra-
balhemos para si mesmos (Efésios 6:5-
7; Provérbios 12:11; 24:30-34; 27:23-
27).
4- Que advertência a Bíblia faz
contra aqueles que vivem falan-
do de planos “para ganhar muito
dinheiro” mas que nunca colo-
cam a mão na massa? {5 minu-
tos}
Resposta: A Bíblia em todos os as-
suntos apresenta sempre um equi-
líbrio. Assim tanto ela condena
aqueles que colocam o desejo de enriquecer como
centro motriz de suas vidas (1 Timóteo 6:9-10),
como condena o preguiçoso por não ter qualquer
iniciativa para melhorar sua situação. Porém há
um outro tipo de preguiça menos perceptível, que
mescla a preguiça com o desejo de tornar-se rico,
sem porém atingir um equilíbrio, mas sim criando
uma deformidade ainda maior. São pessoas que
agem displicentemente em suas tarefas por so-
nharem com aquela jogada, aquele “negócio da
China”, aquela idéia que trará rapidamente a ri-
queza. Abandonam ou negligenciam seu ganha
pão e ao mesmo tempo não estão realmente dis-
postos a lutar pelos seus sonhos, que muito pro-
vavelmente permanecerão para sempre como so-
nhos vazios, pois este nunca partirá para a prática
diligente de nada (Provérbios 28:19). Muitos des-
tes, se chegam a iniciar sua idéia, nas primeiras
dificuldades, ao invés de trabalhar arduamente e
diligentemente, passam a fazer novos sonhos, pon-
do de lado todo o esforço anteriormente praticado
(Provérbios 13:4 e 11 e Provérbios 14:23).
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
5- E qual a advertência que a Palavra de Deus
nos apresenta quanto ao abuso dos “prazeres
da vida”? {5 minutos}
Resposta: Deus não condena que provemos e usu-
fruamos das coisas prazerosas que Ele nos per-
mite ter (Eclesiastes 3:12-13). Entretanto, estas
coisas não devem tomar o lugar de Deus, e nem
devem interferir, atrapalhar em nossa vida profis-
sional, mas como diz no verso 13 do texto lido,
são recompensas do nosso trabalho, e não subs-
titutos (Provérbios 21:17 e 23:20-21).
6- Qual a melhor forma para eu adquirir algo
que desejo ou preciso, sem que isto venha a
se transformar em um problema financeiro no
futuro? {5 minutos}
Resposta: Caso eu opte por adquirir a prestação,
devo seriamente avaliar se há sobra em meu or-
çamento para que eu arque com as parcelas, não
deixando que esta avaliação seja influída pela pres-
sa em adquirir (Provérbios 21:5 e Lucas 14:28-
30). Porém a melhor forma é planejar e poupar
até ter o valor necessário para fazer a aquisição
(Provérbios 30:25). Muitas vezes ouvimos pesso-
as se precipitarem em prestações alegando que
não sobra dinheiro para elas pouparem. Porém,
se não conseguem poupar, como conseguirão
pagar as prestações?
7- Na área financeira, qual deve ser a principal
preocupação do cristão? {5 minutos}
Resposta: A honestidade. Isto se traduz no desejo
de não ficar devendo nada a ninguém e de pre-
servar o seu bom nome, dando bom testemunho
diante de Deus e dos homens (Romanos 13:8;
Provérbios 22:1 e 28:6).
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Aprender a agir no trabalho,
como funcionário ou empregador, conforme o padrão
estabelecido por Deus em Sua Palavra.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Nós cristãos passamos grande parte do nosso tem-
po trabalhando. Mais tempo do que temos para o
lazer, para a família, para a igreja, e muitas vezes
até mais do que temos para dormir.
Fora parte daqueles que trabalham de forma real-
mente autônoma, todos nós lidamos com situações
diárias envolvendo o relacionamento entre empre-
gados e empregadores ou chefes. Alguns de nós
somos empregados, outros empregadores e muitas
vezes ambos, pois muitos que trabalham como em-
pregados costumam contratar, por exemplo, uma
faxineira para sua casa.
Obviamente, a Bíblia não poderia deixar de tratar
sobre este assunto tão importante para nossas vi-
das. Deus apresenta uma série de mandamentos e
recomendações que devem nortear o trabalho do
cristão, quer como empregado, quer como empre-
gador, quer como empresário.
Exatamente por gastarmos tanto tempo com o tra-
balho, esta é a área em que nosso verdadeiro cará-
ter mais se manifesta. Precisamos estar atentos a
nossa forma de agir em nossas atividades profissio-
nais para confrontá-las com o que Deus nos ensina
em sua Palavra, obtendo assim a correção de nosso
caráter para a glória de Deus.
Não há lugar onde melhor podemos testemunhar
com nossos atos de nossa fé em Cristo do que em
nossa atividade profissional. Se estivermos realmente
alicerçados em Cristo, temos a oportunidade de por
em prática a obediência a Deus, experimentando sua
boa, perfeita e agradável vontade, e assim sendo
testemunhas a todos da diferença que há entre aque-
le que serve de coração a Deus e aquele que se
mantém longe dos seus caminhos.
Além disto, para progredirmos profissionalmente,
precisamos estar livres da disciplina divina, e isto só
é possível se conhecermos e praticarmos a Sua von-
tade em nossa vida profissional.
00:10-00:50- Debate:
1- Qual o primeiro passo para obter sabedoria,
inclusive na área financeira? {4 min.}
Resposta: O primeiro passo é temer a Deus (Pro-
vérbios 9:10). Só assim podemos alcançar a paz que
as riquezas são incapazes de comprar (Provérbios
15:16-17).
2- Quais as principais características de um pro-
fissional segundo o padrão de Deus? {4 min.}
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O Cristão e as
Relações de
trabalho
Resposta: Ele se esforça por agir com justiça e hones-
tidade em tudo o que faz; é diligente e dedicado em
todo seu trabalho; e é prudente em suas decisões e
ações, buscando sabedoria em Deus antes de tomar
qualquer passo (Provérbios 10:1-6 e Tiago 1:5-7).
3- O que a Bíblia fala sobre a forma que devo agir
no meu emprego? {8 min.}
Resposta: Na época dos apóstolos, a principal rela-
ção de trabalho que havia era entre servos e senho-
res. Servo significa escravo. Apesar de hoje, por re-
gra, todo o trabalho ser remunerado, os princípios
do relacionamento entre aqueles que servem e aque-
les que tem autoridade sobre estes, continuam intei-
ramente válidos. A única diferença é que o trabalha-
dor pode a qualquer momento sair do emprego, en-
quanto que o servo só deixava seu senhor quando
era vendido ou quando era capaz de pagar sua re-
missão (1 Coríntios 7:21).
Assim, enquanto estivermos servindo em um deter-
minado emprego, devemos seguir diligentemente to-
dos os princípios que a Palavra apre-
senta aos servos. Sendo obedientes
41º Encontro
ao que nos é mandado fazer, servin-
do de boa vontade, como se estivés-
semos fazendo nosso trabalho para
Deus. E realmente o fazemos para
Deus, pois nosso trabalho se trans-
forma na remuneração que recebe-
mos, e quando entregamos a Deus
parte deste dinheiro, estamos santifi-
cando todo o tempo que gastamos
trabalhando, pois o dinheiro simboli-
za o tempo de trabalho. Desta forma,
nosso trabalho, feito inicialmente a
homens, acaba se revertendo em
sustento para a obra de Deus, tornan-
do-se também parte desta obra, ou
seja, quando trabalhamos estamos
também trabalhando para Deus
(Efésios 6:5-8; Colossenses 3:22-
23). Além disto, nosso modo de agir
testemunha a diferença daqueles que
obedecem a Deus, ou se agimos mal,
nosso modo de agir denigre o nome
de Deus e a Igreja de Cristo. Por isso,
devemos deixar de lado nossas von-
 41º Encontro
tades e obedecer para a honra de Deus
(1 Timóteo 6:1 e Tito 2:9-14).
4- Como devo agir se meu chefe
ou empregador me trata mal? {6
min.}
Resposta: Hoje não somos escravos
e podemos sair de um emprego para
outro. Mas, enquanto estivermos ser-
vindo em um determinado emprego,
devemos seguir diligentemente todos
os princípios que a Palavra apresen-
ta aos servos, sendo obedientes ao
que nos é mandado fazer, servindo
de boa vontade, como se estivésse-
mos fazendo nosso trabalho para
Deus. E isto para todo e qualquer tipo
de chefe ou empregador (1 Pedro
2:18-24). Sendo fiel durante a prova-
ção, isto será aceito por Deus como
oferta agradável (1 Pedro 4:12-16 e
Romanos 12:14 e 17-21).
5- Há algum cuidado que devo ter
se o meu empregador for cristão?
{3 minutos}
Resposta: Sim. É comum acontecer
que, especialmente quando são irmãos que freqüen-
tam a mesma igreja, se confunda a liberdade e a ami-
zade que há na igreja, e se tome certas liberdades no
trabalho que não são convenientes, agindo-se com
menor respeito com relação ao irmão empregador, ou
chefe. Isto não deve acontecer, pelo contrário, o cris-
tão contratado por outro deve se empenhar ainda mais
(1 Timóteo 6:2).
6- E se eu chegar à conclusão que este emprega-
dor que se diz cristão está me lesando em algum
dos meus direitos? Devo procurar a justiça? {8
minutos}
Resposta: Como cristãos, não podemos levar nosso
irmão perante a justiça. Deus condena veemente-
mente que entremos com processo judicial contra
nosso irmão em Cristo (1 Coríntios 6:1-8). Assim,
antes de aceitar o emprego, busque se informar de
todas as condições e regras do trabalho, e pese se
deve, à luz de 1 Coríntios 6, aceitar este emprego. O
trabalhador cristão, ou mesmo o empregador, ao se
sentir seriamente lesado, pode levar sua causa até a
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
liderança da igreja, pois a mesma igreja que apresenta
esta doutrina bíblica, deve ser responsável em cumprir
com o que o texto diz quanto a sua responsabilidade
em julgar. Chamando as duas partes e ouvindo-os,
assim como verificando as provas, devesse buscar um
acordo ou chegar a uma conclusão quanto ao que é
justo. O principal objetivo deve ser a conciliação frater-
na. Nos Estados Unidos já é muito comum as “Juntas
de Conciliação Evangélicas”, mantidas por diversas
igrejas em conjunto. Não possuem poder legal, mas
possuem autoridade ética e bíblica para buscar conciliá-
los e tentar assim evitar que algum irmão venha a co-
meter pecado recorrendo à justiça secular contra ou-
tro irmão. Se uma das partes não aceitar a decisão da
junta, sua igreja deve seguir Mateus 18:15-17.
Infelizmente, muitos cristãos trazem muitos males so-
bre suas vidas por amar mais ao dinheiro do que a Deus.
Esquecem-se que ao decidir pelo dinheiro, desobede-
cendo a Deus, estão elegendo ao dinheiro como seu
Senhor, e negando a Deus (1 Timóteo 6:7-14 e Roma-
nos 6:16).
7- Como o cristão deve tratar aqueles que traba-
lham para ele? {7 min.}
Resposta: Deve tratar aos seus empregados com
todo o respeito e sem ameaças (Efésios 6:8-9). Tam-
bém deve agir de forma justa, sem oprimir ou explo-
rar ninguém, dando a todos o que lhe é justo
(Colossenses 4:1 e Provérbios 14:31 e 28:20). Aquele
que explora os seus trabalhadores em seu salário é
colocado por Deus no mesmo grupo dos feiticeiros,
dos adúlteros e dos que oprimem órfãos e viúvas
(Malaquias 3:5).
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Aprender a agir nos negócios
conforme o padrão estabelecido por Deus.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Não há nada mais vergonhoso para a Igreja de Cristo
do que quando alguém resolve fazer negócio com ou-
tro, confiando nele por identificá-lo como crente em
Jesus, e sofre uma decepção por uma atitude deso-
nesta ou antiprofissional.
Nosso testemunho é analisado pelos de fora da Igreja,
muitas vezes mesmo quando não percebemos, e nos-
sas atitudes falam mais fortemente do que nossas pa-
lavras evangelizadoras.
Agir de forma desonesta ou antiética em nossa vida
profissional traz conseqüências graves para nossas
vidas e para os demais que nos rodeiam.
Quem nunca ouviu uma estória triste de decepção em
algum negócio finalizando com as palavras “_E é cren-
te, hêm!”.
O mesmo mundo que rejeita o padrão de Deus e zom-
ba daqueles que obedecem a Jesus, este mesmo mun-
do cobra de nós uma atitude de acordo com este pa-
drão. Mas graças a Deus que o contrário também não
é raro. Pessoas que são atraídas ao evangelho pela
observação da maneira santa de agir de alguns irmãos
em Cristo. Pessoas que estão mais preocupadas em
agradar a Deus do que em enriquecer. Pessoas dis-
postas a até mesmo terem prejuízo para que o nome
de Deus seja honrado.
O cristão compromissado com Deus sabe que sua vida
tem por objetivo servir a Deus e que o trabalho é ape-
nas um instrumento para que isto seja possível. Não
vivemos com o objetivo de obter coisas para nós, mas
vivemos para aquele que nos amou e que a si mesmo
se entregou por nós.
Devemos estar dispostos a seguir o exemplo de Je-
sus, conforme 2 Coríntios 8 verso 9: “pois conheceis a
graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico,
por amor de vós se fez pobre, para que pela sua po-
breza fôsseis enriquecidos”.
Sim, somos enriquecidos, não com coisas corruptíveis
como ouro ou prata, mas “Bendito seja o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua
grande misericórdia, nos regenerou para uma viva es-
perança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os
mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável
e inalterável reservada nos céus para vós...” (1 Pedro
1:3-4).
00:10-00:50- Debate:
1- Qual o primeiro passo para obter sabedoria,
inclusive na área financeira? {4 min.}
Resposta: O primeiro passo é temer a Deus (Provérbi-
os 9:10). Só assim podemos alcançar a paz que as
riquezas são incapazes de comprar (Provérbios 15:16-
17).
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O Cristão e os
Negócios
2- Quais as principais características de um
profissional segundo o padrão de Deus? {4
minutos}
Resposta: Ele se esforça por agir com justiça em tudo
o que faz, é diligente e dedicado em todo seu trabalho,
e é prudente em suas decisões e ações, buscando
sabedoria em Deus antes de tomar qualquer passo
(Provérbios 10:1-6 e Tiago 1:5-7).
3- Como devo agir quando alguém me repre-
ender por algo que fiz no meu serviço, ou em
um serviço que prestei? {7 minutos}
Resposta: É sempre desagradável ser repreendido,
mas através da repreensão é que podemos nos aper-
feiçoar e aprender. Se a pessoa reclamou de algo, é
sinal de que ao menos de alguma forma não consegui-
mos atingir as expectativas que anteriormente gera-
mos. Temos que analisar onde falhamos, pois se no
que executamos não houve falha, certamente antes
da tarefa que sofreu repreenda faltou diálogo para iden-
tificarmos exatamente o que esta pessoa, seja chefe,
patrão ou nosso cliente, estava esperando (Provérbios
12:1 e 13:18). Devemos ouvir aten-
tamente e evitar falar mais do que o
42º Encontro
necessário, respondendo apenas
após ouvir tudo o que a pessoa tem
a dizer (Provérbios 5:12-14 e 18:13-
15). Sempre com o cuidado de res-
ponder de forma branda, independen-
te da forma que a pessoa estiver fa-
lando contigo (Provérbios 15:1).
4- Para agir de forma honesta,
que cuidados devo tomar ao
comprar ou vender algo? {5 mi-
nutos}
Resposta: O importante é ser claro e
sincero. Não existem meias verda-
des. Meias verdades são mentiras
completas. Ao vender, não é errado
vender produtos de baixa qualidade,
o que é errado é vender fazendo-o
passar por um produto de melhor
qualidade do que o é. O mesmo vale
na hora de comprar algo. O cristão
não deve ficar inventando defeitos
para depreciar o preço (Provérbios
20:14). Toda a forma de engano nos
negócios é abominável a Deus (Pro-
42º Encontro
vérbios 20:23). Deus honra aqueles
que, ao invés de agir como todos fa-
zem, mantém-se fiéis a Ele sendo jus-
tos na prática de seus negócios (Pro-
vérbios 11:1 e 28:20 e Salmo 112:5).
5- É correto esconder um produ-
to para forçar o aumento do seu
preço? {3 minutos}
Resposta: Há uma grande diferença
entre segurar um produto esperando o
melhor momento de vendê-lo do que
quando temos a capacidade de gerar
uma escassez artificial do produto no
mercado para encarecê-lo. Este último
caso é o que é condenado por Deus
(Provérbios 11:26).
6- Que princípios bíblicos devo
seguir ao fazer a escolha de um
produto? Afinal, cada vendedor
apresenta vantagens para seu
produto e deprecia os outros. {4
min.}
Resposta: Em primeiro lugar, devemos
procurar ouvir e questionar diversos
fornecedores, e não acreditar logo no
primeiro que conversamos (Provérbi-
os 18:17). Em segundo lugar, não devemos dar crédito
a tudo o que nos dizem, mas devemos pesquisar se de
fato é verdade, ligando por exemplo para alguns (mais
de um) clientes que utilizam aquele produto (Provérbi-
os 14:15).
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
7- É verdade que a Bíblia condena emprestar a
juros? {4 minutos}
Resposta: Não, o que a Bíblia condena é emprestar a
juros excessivos (Provérbios 28:8). Jesus não conde-
na o empréstimo a juros, citando-o inclusive em uma
parábola como parte de um procedimento recomendá-
vel (Mateus 25:26-27).
8- O que a Bíblia tem a me dizer sobre se devo
ou não estabelecer uma sociedade? {4 minu-
tos}
Resposta: A Bíblia apresenta vantagens decorrentes
de uma boa sociedade (Eclesiastes 4:9-12). Entretan-
to precisamos ter a certeza de que assim como nós,
nossos pretendentes a sócios terão o mesmo propósi-
to em seguir os princípios bíblicos que nós. Exatamen-
te por isto, a sociedade só é permitida por Deus se a
compusermos com outros irmãos em Cristo (2 Coríntios
6:14-16).
9- Que outro cuidado devo tomar em meus ne-
gócios para não agir de forma desonesta, de-
sagradando assim a Deus? {5 minutos}
Resposta: Em primeiro lugar, devo ser diligente, pro-
curando administrar cuidadosamente as receitas e as
despesas, os custos e o cálculo dos preços, não dan-
do passos precipitados (Provérbios 21:5). Isto também
permitirá que eu cumpra com outro mandamento im-
portante, que deve ser um sério propósito em nosso
coração: o de não ficar devendo nada a ninguém (Ro-
manos 13:7-8). Enfim, devemos cumprir com tudo o
que dissermos (Tiago 5:12).
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Reconhecer a soberania de
Deus, mesmo no caos da Grande Tribulação.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:07- Introdução ao tema:
Vivemos atualmente em um período único da his-
tória da humanidade: Todo ser humano que reco-
nhece a Jesus como seu Senhor e Salvador rece-
be, através do Espírito Santo, uma natureza espi-
ritual ao mesmo tempo em que este ser humano
continua com sua natureza pecaminosa agindo em
seu corpo. É o chamado “Período da Graça”, perí-
odo em que Deus convida a humanidade pecado-
ra a se arrepender e a reconciliar-se com Ele, para
que assim, através de Jesus, possa ter comunhão
espiritual com Ele, e isto apesar de nossa nature-
za pecaminosa permanecer em nós.
Isto jamais aconteceu antes da cruz de Cristo e
após o findar do “Período da Graça” não voltará a
acontecer novamente. Mas uma coisa é certa, o
tempo determinado para este período, o da Graça
de Deus ao homem, irá se completar.
Quando isto acontecer, o “Período da Graça” dará
lugar a um curto mas intenso período denomina-
do de “Período da Grande Tribulação”. Durante
este período, todos os males semeados pelo ho-
mem e detidos pela misericórdia de Deus terão
suas ações liberadas. Será um período de angús-
tias como nunca jamais houve e nunca jamais vol-
tará a acontecer neste planeta.
Mas mesmo durante este período a misericórdia e
o amor de Deus estará atuando e resgatando vi-
das para viverem eternamente com Ele. Ao mes-
mo tempo em que será o período de maior tribula-
ção que o mundo jamais viu, será também um
período de intensa pregação do evangelho, perío-
do em que todos os povos serão alcançados pela
mensagem do evangelho.
A mensagem de Deus ao apresentar o chamado
“Dia da Ira”, não é uma mensagem de terror, mas
uma mensagem de esperança, uma prova de que
Deus, mesmo em meio ao caos, tem o controle de
tudo, e nada acontece sem o seu conhecimento e
sem a sua ação.
00:07-00:57- Debate:
1- Que evento marca o início da Grande Tribu-
lação? {5 minutos}
Resposta: O arrebatamento, quando Jesus virá
buscar a sua Igreja. Em um único momento, aque-
les que morreram com Cristo ressuscitarão em
corpos incorruptíveis, e todos os cristãos que esti-
verem vivos terão seus corpos transformados em
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A Grande
Tribulação
corpos também incorruptíveis. Corpos que não
possuem natureza pecaminosa, não adoecem e
não morrem. Então todos nós juntos iremos ao
encontro de Jesus nos ares (1 Tessalonicenses
4:16-18 e 1 Coríntios 15:36-42).
2- Quem é o personagem que mais nos vem a
mente quando pensamos no período da Gran-
de Tribulação? {3 minutos}
Resposta: O anti-Cristo. Ele fará sinais e prodígi-
os que enganarão as massas, levando-as a ado-
rarem-no. Porém, seus dias estão contados e seu
fim já está decretado, o que acontecerá no dia em
que Jesus voltar a este mundo para implantar o
seu Reino (2 Tessalonicenses 2:3-11).
3- O Anti-Cristo agirá sozinho durante a Gran-
de Tribulação? {3 minutos}
Resposta: Não. Abaixo dele, além de inúmeros
súditos, haverá, diretamente ligados a ele um gru-
po de líderes que comporão uma
espécie de parlamento com pode-
43º Encontro
res sobre a maior parte da Terra
(Daniel 11:36-39). Mas estes se-
rão apenas marionetes nas mãos
dele. Na realidade, ele governará
junto com os dois outros elemen-
tos da chamada “Trindade Satâ-
nica”.
4- Mas, o que é esta “Trindade
Satânica”? {3 minutos}
Resposta: Satanás sempre tentou
tomar o lugar de Deus e imitá-lo.
Neste período em que ele tem
permissão de agir livremente, ele
irá também agir imitando a Deus.
Imitando a Trindade, haverá Sa-
tanás tomando o lugar de Deus, o
anticristo, no lugar de Cristo, e le-
vando as pessoas a adorarem aos
dois, como o Espírito Santo faz
levando os homens a adorarem ao
Pai e ao Filho, haverá o “falso pro-
feta”. Estes três são designados
43º Encontro
na Bíblia como Dragão, Besta e
Outra Besta, respectivamente Sa-
tanás, anticristo e o falso profeta
(Apocalipse 13:3-15).
5- Quanto tempo irá durar a Gran-
de Tribulação? {4 minutos}
Resposta: Ela durará 1 semana de
anos, ou seja, 7 anos (Daniel 9:27,
12:1). Três anos e meio de falsa paz
e muita prosperidade financeira, e
três anos e meio de pragas, cala-
midades, e intensa perseguição aos
judeus e demais pessoas que se
recusarem a adorar ao anticristo
(Daniel 12:11).
6- Qual a principal manifestação
de Deus durante a Grande Tribu-
lação? {3 minutos}
Resposta: Em Jerusalém haverá
duas testemunhas que falarão con-
tra o anticristo e apontarão a Jesus
como o verdadeiro Messias. Exata-
mente por falarem contra o
anticristo, até então considerado
aliado de Israel e o grande benfeitor do planeta,
estes dois serão odiados e temidos. As duas tes-
temunhas farão sinais e prodígios durante a pri-
meira metade da Grande Tribulação (Apocalipse
11:3-6).
7- Quem são estas duas testemunhas? {5 mi-
nutos}
Resposta: Como o próprio texto lido diz, são duas
pessoas que já estavam guardadas por Deus ao
tempo da escrita de Apocalipse. Analisando as
Escrituras, só podem ser Enoque e Elias (Gênesis
5:24 e 2 Reis 2:11). Deus fez com que eles se
deslocassem de suas épocas para serem suas
testemunhas no final dos tempos. São assim dois
viajantes do tempo. Foram levados com corpos
mas não receberam corpos incorruptíveis pois a
Palavra registra que Jesus foi o primeiro a receber
este tipo de corpo. Alguns substituem um dos dois
por Moisés, mas isto estaria em confronto com o
ensino de Hebreus 9:27, pois Moisés já morreu.
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
8- O que acontecerá no meio da Grande Tribu-
lação? {4 minutos}
Resposta: O anticristo, sob o pretexto de livrar Is-
rael destes dois incômodos, deslocará seus exér-
citos para Jerusalém e matará as duas testemu-
nhas, causando alívio e alegria em todo o planeta
(Apocalipse 11:7-10). Mas, após três dias, o ines-
perado acontece (Apocalipse 11:11-13).
9- O que acontecerá contra Israel na metade
da Grande Tribulação? {5 minutos}
Resposta: O anticristo, que colocou seus exérci-
tos em Jerusalém com o pretexto de ajudá-los
contra as duas testemunhas, poucos dias depois
da morte das testemunhas irá romper com a ali-
ança que havia feito com eles. Ele tomará o poder
sobre Israel e profanará o Templo de Jerusalém,
que naquela época estará reconstruído (Daniel
9:27 e 11:30-32). Mais do que isto, colocará no
Templo um robô a sua imagem e obrigará a todos
a adorarem este robô, causando abominação ao
povo judeu (Apocalipse 13:15)
10- Que resultado isto trará sobre o povo de
Israel? {3 minutos}
Resposta: Eles perceberão que o anticristo não
poderia ser o Messias prometido, como muitos
pensavam e vendo o que aconteceu com as duas
testemunhas, crerão em Jesus (Daniel 12:1).
11- Como será a segunda metade da Grande
Tribulação? {6 minutos}
Resposta: Será um período de intensos sofrimen-
tos e calamidades (Apocalipse 6:6-8; 16:3, 8-11,
18 e 21). Mas será um período de intensa prega-
ção do evangelho, especialmente através da pre-
gação dos judeus convertidos a Jesus (Apocalipse
14:6-7; 7:4,9 e 14-17).
12- Que eventos finalizarão a Grande Tribula-
ção? {6 minutos}
Resposta: A reunião de todos os povos para a
batalha do Vale do Armagedon, em Israel
(Apocalipse 16:13-16). Esta batalha será encerra-
da com a volta de Jesus (Zacarias 14:1-9 e 16).
0:57-1:00 - Ore encerrando.
Objetivo: Conhecer o que a Bíblia colo-
ca como responsabilidade financeira do cristão.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
O ser humano é um ser sociável. Vivemos em meio a
uma sociedade, sendo cada família uma célula desta
sociedade.
Não somos responsáveis apenas por nós mesmos.
Apesar de nossa sociedade estar cada vez mais se
tornando individualista, apenas a visão dos elementos
desta sociedade é que tem se alterado, pois não há
como não sermos influídos pelos demais componen-
tes desta comunidade.
Nós influímos em nossa família, em nosso local de
estudo ou trabalho, em nossa igreja ou em nosso gru-
po de amigos. Recebemos e provocamos influências.
Nossos hábitos de consumo influem no volume e na
forma de produção da indústria e nas escolhas do co-
mércio na aquisição de seu estoque.
Porém, nossas omissões são as que mais produzem
efeitos danosos a esta sociedade. Fechar os olhos às
necessidades daqueles que estão a nossa volta, dei-
xar de cumprir com nossa responsabilidade para com
nossos familiares, ignorar as dificuldades passadas por
nossos irmãos. Mais do que isto, fingir que as pesso-
as que nos rodeiam todos os dias implorando por uma
esmola simplesmente não existem.
Quanto a estes últimos, nosso subconsciente cria de-
fesas para proteger a ação de nossa consciência. Acha-
mos explicações, motivos, apontamos as causas da
existência destes, de forma a garantir para nós mes-
mos que aqueles são outro tipo de pessoas: pessoas
que não têm nada a ver conosco e que por isto mes-
mo não temos nada a ver com isto. Por vezes, acha-
mos motivos para culpá-los e abominá-los. Odiados
em silêncio. E a sociedade colhe a resposta a este
ódio calado, a esta indiferença que por gerações se-
meou.
Porém, o cristão, embora perplexo, encontra na Bíblia
os princípios necessários para sua ação.
00:10-00:55- Debate:
1- Que propósitos o cristão deve ter com rela-
ção a sua vida financeira? {5 minutos}
Resposta: O de não ficar devendo nada a ninguém
(Romanos 13:8). O de não colocar a busca pelo di-
nheiro acima do desejo de agradar a Deus (1 Timóteo
6:9-10). E o de buscar em primeiro lugar os interesses
do Reino de Deus (Mateus 6:33).
2- Quais as principais pessoas a quem deve-
mos nosso cuidado financeiro? {3 min.}
Resposta: Nossos familiares (1 Timóteo 5:8).
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A responsabilidade
social do cristão no
uso de suas
finanças
3- Eu não moro mais com meus pais. Já cons-
tituí família. A Bíblia me coloca alguma respon-
sabilidade financeira com relação aos meus
pais? {4 minutos}
Resposta: Sim. E Jesus ainda condenou alguns que
ensinavam em contrário (Mateus 15:3-8).
4- Meus pais e tios não cuidam de minha avó
que passa dificuldades. Que devo fazer para
mudar a atitude deles e assim ajudar minha
avó? {3 minutos}
Resposta: Nesta situação, o mais importante a saber
é que, como neto, você também é responsável por seus
avós. Independente de convencê-los ou não, você tam-
bém é responsável por socorrer seus avós, e Deus irá
cobrar esta responsabilidade de você (1 Timóteo 5:4).
5- Existem mais pessoas que devemos nos pre-
ocupar financeiramente? {6 min.}
Resposta: Sim, devemos nos preocupar em auxiliar
os irmãos em Cristo que estiverem passando necessi-
dade (Tiago 2:14-18, 1 João 3:17-18
e Gálatas 6:9-10).
44º Encontro
6- Dentre estes irmãos em Cris-
to que passam necessidades,
existem alguns a quem deve-
mos dar especial atenção? {3
minutos}
Resposta: Sim, devemos nos preo-
cupar de forma especial com aque-
les que não possuem quem os am-
pare, especialmente os órfãos e as
viúvas (Tiago 1:27).
7- Quanto à responsabilidade de
auxiliar os irmãos necessitados,
qual deve ser o correto proce-
dimento. Devo ajudar aqueles
que me procurarem ou devo
procurar aqueles que têm ne-
cessidade? {8 minutos}
Resposta: Nenhum nem outro. Deus
estabeleceu a responsabilidade de
analisar cada caso a um grupo de ir-
mãos escolhidos para esta tarefa e
que são capacitados pelo Espírito
Santo para esta tarefa (Atos 6:1-6).
 44º Encontro
Estas pessoas não são superiores nem 9- Em todo o canto há mendigos. A maioria usa
inferiores aos presbíteros (Obs.: Na Bí- as esmolas para comprar bebida ou drogas.
blia, bispo, presbítero e pastor são si- Crianças são escravos de adultos que os for-
nônimos e não posições hierárquicas). çam a mendigar. Em vista disto, como devo agir
Os diáconos exercem um ministério pa-
quando sou abordado por um pedinte? {5 mi-
ralelo: enquanto os presbíteros cuidam
nutos}
da área espiritual eles cuidam das ne-
Resposta: Esta é uma questão difícil. Fica ainda mais
cessidades materiais da igreja. Cabe
difícil quando nos confrontamos com os ensinamentos
lembrar que “igreja” não é a organiza-
bíblicos que nos mandam não agirmos com indiferen-
ção e sim o povo que se reúne local-
ça para com os mendigos (Provérbios 28:27 e 14:31).
mente em nome de Jesus. A igreja lo-
Temos que agir com sabedoria. Pessoas idosas men-
cal deve ter uma visão bíblica de sua
digando geralmente não tem mesmo outra opção, e
responsabilidade social, especialmen-
não vejo muito problema em dar-lhes esmolas. Adul-
te quanto aos irmãos em Cristo. Se isto
tos e jovens: na pior das hipóteses, se optarmos por
ocorrer, todos se sentirão motivados
dar esmola, devemos estar cientes de que não somos
em cooperar, tendo confiança em con-
cobrados pela forma que o mendigo irá gastar a es-
tribuir para viabilizar o serviço destes
mola; este problema é dele com Deus. Já para crian-
diáconos nesta e em todas as demais
ças, acredito que em caso algum deve ser dado di-
tarefas do corpo de Cristo (missões,
nheiro. Sugiro que quem corriqueiramente é aborda-
obreiros, gastos em geral). É isto que
do quando está de carro, costume carregar algum ali-
Paulo fala aos Coríntios. Observe
mento, doce ou bolacha. Há, em algumas raras cida-
como a questão das necessidades do
des, entidades que funcionam e têm condições de
povo e dos que servem a Deus está
auxiliar estas pessoas. Nestes casos, podemos orien-
clara nos textos (2 Coríntios 9:6-15 e 2
tar os pedintes para estas entidades. Cabe aqui ainda
Coríntios 8:7-15).
observar que existem entidades evangélicas que tra-
8- Você falou aqui sobre suprir as balham com necessitados. Talvez esteja na hora do
necessidades daqueles que ser- povo evangélico passar a colaborar de forma mais efe-
tiva com estas entidades que não se preocupam ape-
vem a Deus. Mas será que Jesus ou os apósto-
nas com o pão material, mas com a pregação do evan-
los concordavam com esta prática? {8 minu-
gelho.
tos}
Resposta: Sim. O ministério de Jesus era suprido pela 0:55-1:00 - Ore encerrando.
oferta de algumas mulheres que o serviam com seus
bens (Lucas 8:1-3). Dentre os apóstolos, os únicos que
por alguns anos de seus ministérios trabalharam para
se sustentar foram Paulo e Barnabé. Observe que Pau-
lo em momento nenhum foi contra o sustento de obrei-
ros pelas igrejas, pelo contrário (1 Coríntios 9:4-14).
Tanto que Paulo por diversas ocasiões teve seu sus-
tento e o de seu ministério (gastos com viagens
missionárias, etc) supridos por algumas igrejas locais
(2 Coríntios 11:7-9).

DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
Objetivo: Conhecer o que a Bíblia coloca
como responsabilidade financeira do cristão.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
A maior parte de nosso tempo ativo é gasto em
função de ganharmos dinheiro. Aquele que traba-
lha pode quantizar financeiramente, ao final do
período, o fruto de seu esforço profissional, quer
seja como assalariado, como autônomo ou como
empreendedor.
Assim, o valor que recebemos no mês simboliza o
tempo que estivemos trabalhando. Representa
nossos esforços profissionais exercidos sob a ob-
servação de Deus, esforços estes que devemos,
conforme vimos nos estudos anteriores, realizar
como se estivéssemos realmente trabalhando para
Deus.
Quando contribuímos com a obra de Deus,
estamos simbolicamente entregando a Deus par-
te do tempo que despendemos em nosso traba-
lho secular. É uma forma de reconhecermos que
tudo nos vem de Deus e que nosso trabalho não é
exercido apenas para nós mesmos, mas que quan-
do estamos trabalhando, de fato estamos fazen-
do-o para a Sua glória.
É curioso assistir programações de estímulo a mis-
sões. Principalmente quando ao final delas há um
apelo missionário. Se a programação atingiu seu
objetivo, certamente um grande número de pes-
soas estará motivado a ir à frente dispondo-se a
entregar suas vidas à obra missionária. Estas pes-
soas declaram ali estarem dispostos a dedicar suas
vidas integralmente à pregação do evangelho. São
pessoas que naquele momento se dizem prontos
a abrir mão de tudo para irem para qualquer lugar
que Deus lhes enviar, deixando para trás seus
objetivos pessoais, suas listas de bens a serem
adquiridos, seus alvos profissionais, seus proje-
tos de aquisição, ampliação ou reforma da casa.
Mas infelizmente, grande parte destas mesmas
pessoas não está disposta a separar sequer uma
pequena parte de seu tempo profissional, que é
representado pelo seu ganho financeiro, para que
a obra de Deus receba o sustento e os investi-
mentos necessários à sua manutenção e expan-
são.
Por toda a Bíblia vemos a obra de Deus sendo
executada através de pessoas que se entregaram
nas mãos de Deus para serem seus instrumentos
diretos, mas também através de tantos outros, em
sua grande maioria anônimos, que enviaram e
mantiveram com suas finanças a obra de Deus.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A responsabilidade
espiritual do cristão no
uso de suas finanças
Parte 1
Foi assim no Antigo Testamento com os levitas,
sustentados pelos dízimos das demais tribos de
Israel, foi assim com Jesus, que recebia seu sus-
tento de algumas mulheres que possuíam bens,
conforme registrado em Lucas 8:1-3, e foi também
assim com os apóstolos, missionários,
evangelistas, presbíteros e tantos outros que apa-
recem no Novo Testamento trabalhando pelo for-
talecimento e expansão do Reino de Deus.
00:10-01:00- Debate:
1- Que propósitos o cristão deve ter com rela-
ção a sua vida financeira? {5 minutos}
Resposta: O de não ficar devendo nada a ninguém
(Romanos 13:8). O de não colocar a busca pelo
dinheiro acima do desejo de agradar a Deus (1
Timóteo 6:9-10). E o de buscar em primeiro lugar
os interesses do Reino de Deus (Mateus 6:33).
2- Todos os cristãos são chamados para traba-
lhar exclusivamente na obra? {5
min}
45º Encontro
Resposta: Não. Todos são chama-
dos para exercer função na igre-
ja. Alguns são chamados para a
obra em tempo integral, sendo
enviados pela igreja local (Roma-
nos 10:13-15).
3- A Bíblia ensina que a igreja
deve sustentar pessoas separa-
das para trabalhar tempo inte-
gral na obra de Deus, ou isto é
um costume que surgiu depois?
Ouvi dizer que os apóstolos
possuíam outras profissões
para se manter. {5 minutos}
Resposta: Dentre os apóstolos, os
únicos que, após tornarem-se
apóstolos, por alguns anos de
seus ministérios trabalharam para
se sustentar foram Paulo e
Barnabé. Paulo iniciou seu minis-
tério utilizando integralmente sua
fortuna pessoal em suas primei-
45º Encontro
ras viagens. Depois passou a cons-
truir tendas para se manter, até que
algumas igrejas se incumbiram de
cooperar financeiramente com seu
ministério. Mas Paulo sempre reco-
nheceu como bíblico o sustento dos
obreiros pela igreja (1 Coríntios 9:3-
14).
4- Por que Paulo não pediu sus-
tento à igreja de Corinto? {6 mi-
nutos}
Resposta: De alguma forma não
mencionada, provavelmente por re-
velação do Espírito Santo, Paulo
percebeu que aquela igreja estaria
propensa a rejeitar seus ensinos, ou
valorizá-los menos que os de outros
falsos apóstolos, se ele desse qual-
quer chance para dizerem que ele
tinha a intenção de tirar proveito de-
les (2 Coríntios 12:11-18). Assim, no
período em que Paulo trabalhava jun-
to a eles, teve seu sustento suprido
por outras igrejas (2 Coríntios 11:7-
9).
5- Mas Paulo era um missionário que
evangelizava terras distantes. Será que o mes-
mo é válido para obreiros locais, que vivem
anos no mesmo local? {6 minutos}
Resposta: Sim, o texto de 1 Coríntios 9 não fala
apenas daqueles que saem para outras terras, mas
fala de todo aquele que se atarefa tempo integral
na pregação do evangelho (1 Coríntios 9:13-14). O
texto de 1 Timóteo 5:17-18 fala que o bom presbítero
(o mesmo que pastor) é digno de seu sustento. O
verso 18 deixa bem claro que o assunto aqui se re-
fere a sustento financeiro.
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
6- O dinheiro coletado pela igreja serve apenas
para sustento de obreiros? {5 min.}
Resposta: Não. Ele é utilizado para tudo aquilo que
envolve a obra de Deus e também para aqueles
dentro do corpo de Cristo que necessitam ser as-
sistidos em suas necessidades (Romanos 15:23-
27).
7- Todos que passam necessidade na igreja
devem ser assistidos? {6 minutos}
Resposta: Todo aquele que passa por necessida-
de sem possuir familiar que o socorra deve ser
assistido (Tiago 2:15-16). Entretanto, a igreja lo-
cal deve ter muito cuidado ao avaliar se a pessoa
realmente não possui quem a ampare (1 Timóteo
5:3,4 e 16).
8- Qual a principal característica que a igreja
local deve possuir ao lidar com o dinheiro que
é coletado? {6 minutos}
Resposta: A principal característica indispensável
é a transparência no trato com o dinheiro da obra
de Deus (2 Coríntios 8:19-21). O ideal é que a igreja
possua diáconos que possam se preocupar com
as questões materiais, deixando os presbíteros
(pastores) livres para se preocuparem com as ta-
refas espirituais do corpo de Cristo (Atos 6:2-4).
9- De que forma devemos ver o ato de contri-
buir para a obra de Deus? {6 minutos}
Resposta: Como uma forma de servir a Deus (Ro-
manos 12:7-8) e como uma forma de adoração
(Filipenses 4:15-19).
1:00-1:05 - Ore encerrando.
Objetivo: Conhecer o que a Bíblia colo-
ca como responsabilidade financeira do cristão.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Todo cristão possui o ministério da reconciliação,
a obrigação de apresentar a todos os seres hu-
manos a mensagem da salvação. Mais do que isto,
é também nossa obrigação, como Igreja de Cris-
to, discipular a todos aqueles que acatarem esta
mensagem.
Para que isto ocorra, é necessário que pessoas
sejam enviadas a todas as localidades do mundo,
que igrejas locais sejam instituídas, que obreiros
se dediquem integralmente ou em tempo parcial,
para o discipulado e estruturação destas igrejas.
Há gastos com a implantação e manutenção do
local de culto. Além do sustento destes obreiros,
há os gastos relativos ao exercício de suas fun-
ções: deslocamento, material, dentre muitos ou-
tros.
Quando uma igreja local, por exemplo, envia um
missionário a um outro país, ela é participante do
ministério deste missionário, sendo a pregação do
evangelho naquele país fruto de todos que com-
põem a igreja que o envia. Tudo o que a igreja
local realiza é obra de todos aqueles que a com-
põem, e não de um indivíduo específico. A ação
conjunta é que torna viável, através do exercício
da função e da contribuição financeira de cada um,
o ministério daquele grupo de pessoas que se re-
úne como igreja.
O Reino de Deus necessita de pessoas dispostas
a entregarem suas vidas integralmente para a obra
de Deus. Pessoas, dispostas a partirem para ou-
tras localidades. Pessoas dispostas a trabalharem
integralmente em favor da edificação de todos que
compõem a igreja local, ou de determinada obra
evangelística. Mas o Reino de Deus precisa tam-
bém, de igual forma e importância, de pessoas
dispostas a contribuir fielmente e sistematicamente
para que todos estes projetos importantes se tor-
nem realidade. Pessoas que busquem em primei-
ro lugar o Reino de Deus e a Sua Justiça, certos
de que as demais coisas lhes serão acrescenta-
das pelo cuidado de Deus.
00:10-00:55- Debate:
1- De onde vêm tudo o que possuímos? Quem
nos dá a saúde, a oportunidade, a capacidade
e a sabedoria para exercermos nosso trabalho
profissional e adquirirmos nosso dinheiro e
nossos bens? {3 minutos}
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A responsabilidade
espiritual do cristão no
uso de suas finanças
Parte 2
Resposta: Até mesmo a nossa vida e o nascer no
país e na família em que nascemos independem
de nós, mas é instituído por Deus. Ele é quem ins-
titui e permite a riqueza ou a pobreza (Provérbios
22:2).
2- A quem pertencemos nós que aceitamos a
Jesus? {5 minutos}
Resposta: Nós fomos comprados pelo sangue de
Jesus, e somos assim escravos seus, pertencen-
do inteiramente a ele (1 Coríntios 6:19-20). Assim,
nossa vida pertence a Deus, assim como nossos
bens, que nos são dados para nossa administra-
ção. Iremos prestar contas a Deus do que fizer-
mos com a nossa vida e com nossos bens (Lucas
19:15 e Hebreus 4:13).
3- O que isto influi em nosso ato de contribuir
com a obra de Deus? {7 minutos}
Resposta: Influi em nossa atitude. Contribuir não
é “moeda de barganha” com Deus,
pois tudo vem Dele e tudo foi cria-
46º Encontro
do para Ele. Contribuir é assim
uma forma de louvor, de adoração
e de reconhecimento da sobera-
nia e propriedade de Deus sobre
nossa vida (Colossenses 1:16 e I
Crônicas 29:11-18).
4- Então qual a atitude correta?
Como devo agir para que minha
contribuição seja um ato de
adoração a Deus? {5 minutos}
Resposta: Devemos contribuir
com alegria, conscientes da hon-
ra que temos de sermos partici-
pantes da obra de Deus. Quanto
mais investirmos materialmente,
mais iremos, como Igreja, colher
a realização da tarefa da propa-
gação do evangelho (2 Coríntios
9:6-9).
46º Encontro 5- E quanto ao dízimo? A lei fala-
va do dízimo, como da guarda do
sábado, da proibição de determi-
nadas comidas e da circuncisão.
Nós cristãos não estamos debai-
xo do jugo da lei. Isto significa
que não devemos dar o dízimo?
{8 minutos}
Resposta: Em primeiro lugar, o
dízimo não foi instituído pela lei.
Nem foi algo que só era praticado
pelos israelitas. Prova disto é que a
Bíblia cita o pagamento de dízimo a
um sacerdote de Deus que nem
sequer era do povo de Israel, mais
de seiscentos anos antes de Moisés
apresentar aos israelitas a Lei, e
aproximadamente 20 anos antes de
Deus estabelecer uma aliança com
Abraão, ocasião em que foi instituí-
da a circuncisão (Gênesis 14:17-
20). A Bíblia também registra, an-
tes da instituição da Lei, que o neto
de Abraão deu o dízimo a Deus
(Gênesis 28:20-22). Assim, o dízimo
não é algo instituído pela Lei. Muito antes da insti-
tuição da Lei de Deus ao povo de Israel, ele já era
utilizado como uma forma legítima de adoração e
consagração a Deus.
O que a lei instituiu foi a obrigatoriedade do dízimo.
No Antigo Testamento, a obrigação de dar o dízimo
era algo muito severo, que trazia graves maldições
sobre aqueles que não o levassem a sério, e bên-
çãos para aqueles que obedecessem (Malaquias
3:8-12). Já para o cristão, ser dizimista deve ser
uma decisão espontânea e voluntária, fruto da gra-
tidão pela graça e pelo amor de Deus por nós (2
Coríntios 9:7-8).
O Novo Testamento nos apresenta necessidades
sistemáticas que são de responsabilidade do cris-
tão, como o sustento de obreiros (1 Coríntios 9:11
e 14) e missionários (Filipenses 4:15-19). Além do
fato de que a “Igreja Local” possui outros gastos,
como os relacionados ao local de culto e as des-
pesas necessárias às diversas atividades de cada
ministério desta igreja. Isto só é possível se hou-
ver pessoas compromissadas financeiramente e
de forma sistemática com a obra de Deus. O prin-
cípio do dízimo estabelece um referencial justo.
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
6- Por que o dízimo é uma forma justa de divi-
dir os gastos da obra de Deus?{6 min}
Resposta: Porque o dízimo mantém o principio da
proporcionalidade: independente de quanto eu
ganhe, proporcionalmente, o “esforço” de todo
dizimista é igual diante de Deus (1 Coríntios 16:1-
2). Veja esta idéia de proporção ao que possui em
Lucas 21:1-4. Assim, Deus analisa a intenção do
coração e a situação de cada um (2 Coríntios 8:12-
15). Apesar disto, ofertas como a da viúva pobre,
são sacrifícios recebidos por Deus como ato de
adoração (Filipenses 4:18).
7- É certo dizer que quanto mais dermos para
a obra de Deus mais iremos receber bênçãos
materiais Dele em troca? {8 minutos}
Resposta: Esta é uma grande mentira que é utili-
zada por muitos que “mercadejam a fé” (2 Coríntios
2:17). Como vimos, tudo que possuímos pertence
a Deus, não sendo “moeda de troca”. Estes falsos
mestres ensinam que a fé se exercita fazendo
doações a eles, que se apresentam como repre-
sentantes de Deus, e que a fé assim exercida re-
sulta em lucros materiais (1 Timóteo 6:3-10). En-
tretanto, a fé verdadeira apesar de não nos garan-
tir lucros materiais é uma imensa fonte de lucros,
pois se a exercemos com contentamento bíblico,
ficamos livres das armadilhas provocadas pelo
amor ao dinheiro. Porém, cabe observar que Deus
interfere para possibilitar que aqueles que têm o
desejo sincero de contribuir tenham condições para
tal e que assim fazendo, não venham a passar
necessidade (2 Coríntios 8:8-11 e Filipenses 4:19).
8- Qual a recomendação que a Bíblia dá a aque-
les que possuem bens neste mundo? {3 minu-
tos}
Resposta: Que não coloquem sua confiança em
suas riquezas, mas que estejam prontos a contri-
buir (1 Timóteo 6:17-19).
0:55-1:00- Ore encerrando.
Objetivo: Aprender como obter o conten-
tamento, conforme o ensino bíblico.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
“Seis dias depois, tomou Jesus consigo Pedro,
Tiago e João, irmão deste, e os conduziu à parte a
um alto monte; e foi transfigurado diante deles; o
seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas ves-
tes tornaram-se brancas como a luz.
E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falan-
do com ele. Pedro, tomando a palavra, disse a
Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui! Se quise-
res, farei aqui três cabanas, uma para ti, outra para
Moisés, e outra para Elias.
Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem lu-
minosa os cobriu; e dela saiu uma voz que dizia:
Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo;
a ele ouvi” (Mateus 17:1-5).
“Bom é estarmos aqui!”. A expressão de Pedro
reflete um sentimento que as pessoas raramente
sentem: “Não vamos a nenhum lugar, aqui está
ótimo, estou satisfeito”. Pedro não sentia naquele
momento falta de nada. Não havia um outro lugar
que ele desejasse estar mais do que onde ele já
estava.
O ser humano, após a queda e graças a sua natu-
reza egocêntrica, é naturalmente insaciável. Há
sempre algo que precisa fazer ou obter para que
possa ser feliz. Há sempre uma aquisição, ou um
título, ou uma viagem, ou uma experiência, ou
mesmo uma benção especial que preciso correr
atrás para que possa alcançar a felicidade.
As agências de publicidade trabalham dia e noite
com uma única finalidade: tornar as pessoas in-
satisfeitas. Fazê-las crer que só serão felizes após
adquirirem o produto de seus clientes.
Pessoas cegas pela obsessão de “aproveitar a
vida”, de “ser feliz”, não querem deixar nenhuma
oportunidade de lado, nenhuma chance passar.
Entram em uma verdadeira corrida sem fim, e a
qualquer preço, a espera de que a felicidade será
encontrada no próximo monte a subir, no próximo
passeio ao shopping, na próxima conquista, na
próxima aquisição, na próxima vez.
Os conselheiros do mundo martelam dia e noite:
“você precisa pensar mais em si mesmo”, “preci-
sa se valorizar”, “você tem direito a ser feliz, basta
que tenha coragem”. E em nome deste “direito” e
em prol desta felicidade, as pessoas colocam Deus
e o próximo, mesmo aqueles a quem amam, em
segundo plano, e cometem as maiores barbarida-
des, para que ao final percebam... que foi tudo
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O Contentamento
em vão.
Por sua vez, Jesus se dirige a todos e diz: “Quem
acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua
vida por minha causa a encontrará” (Mateus 10:39).
00:10-00:50- Debate:
1- O que a Bíblia tem a nos dizer sobre o con-
tentamento, com relação aos nossos ganhos
profissionais? {4 minutos}
Resposta: A Bíblia nos ensina a nos contentarmos
com o que recebemos, de forma a não nos envol-
vermos com coisas condenáveis em busca de mais
dinheiro (Lucas 3:14). Devemos também nos con-
tentar com o que já possuímos, deixando assim
de cair em armadilhas que nos levam a
endividamentos e a perda de nossa paz (Hebreus
13:5-6). Isto não significa sermos acomodados sem
o desejo de progredir, mas que este “progresso”
não é o mais importante, e não justifica abrir mão
de nossos princípios e de nossa obediência a
Deus, para conquistá-lo.
47º Encontro
2- O que a Bíblia nos mostra ser
o suficiente para estarmos sa-
tisfeitos com nossos rendimen-
tos? {3 minutos}
Resposta: A Bíblia nos ensina que
se tivermos o que comer e o que
vestir, já devemos estar satisfei-
tos (1 Timóteo 6:8). Basta lembrar
que grande parte da humanidade
hoje não tem isto.
3- Com relação ao contentamen-
to, qual a principal diferença
entre a sã doutrina bíblica e a
maioria dos falsos ensinos? {8
minutos}
Resposta: A diferença é que os
falsos ensinos fomentam a falta de
contentamento, levando seus dis-
cípulos a crerem que a fé é fonte
de lucros, ou seja, fomentam o
desejo de se tornarem ricos de
forma a crerem que devem obe-
47º Encontro
decer a seus mestres, julgando es-
tarem assim obedecendo a Deus,
com a finalidade de obterem bên-
çãos materiais (1 Timóteo 6:3-10).
4- Pessoas que atingem um está-
gio maior de santificação e ma-
turidade cristã alcançam um mai-
or grau de contentamento. Como
seria este “estado de espírito”,
este grau? {6 minutos}
Resposta: Como vimos, a Bíblia nos
ensina que se tivermos o que co-
mer e o que vestir, já devemos es-
tar satisfeitos. Entretanto, alguns
atingem um tal grau de dependên-
cia de Deus que mesmo sem isto,
conseguem obter o contentamento
(Habacuque 3:17-18 e Filipenses
4:12-13).
5- O que podemos aprender so-
bre contentamento no texto lido
de Filipenses 4?{8 minutos}
Resposta: O apóstolo Paulo quan-
do afirma que aprendeu a viver con-
tente em qualquer situação, está dizendo que tan-
to a fartura quanto à fome, não são impedimentos
para o contentamento. Isto significa que o conten-
tamento não depende daquilo que possuímos, ou
somos, ou ainda das experiências que vivemos.
O contentamento é um estado de alma, em que a
ansiedade e as preocupações não nos dominam
e não são o centro de nossas atenções (Lucas
12:22-30).
6- Segundo Jesus no texto lido de Lucas, quem
são aqueles que correm atrás destas coisas
descritas no texto, e porque não devemos fa-
zer o mesmo? {3 minutos}
Resposta: Jesus diz que estas preocupações e
indagações pertencem a aqueles que não conhe-
cem a Deus, porque aqueles que conhecem a
natureza do amor divino sabem que o Pai celeste
conhece todas as nossas necessidades antes
mesmo que informemos a ele. Nós por outro lado,
Comentário: Este estudo foi baseado no artigo “O Limite do Contentamento”, escrito pelo Reverendo
Ricardo Barbosa de Souza (Pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasília-DF) e publicado na
revista Vinde número 22, em setembro de 1.997.
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus
e a Sua justiça, pois se assim procedermos, as
demais coisas serão providenciadas por Deus
(Mateus 6:33).
7- Baseados em Mateus 6:33 e no texto lido de
Lucas 12:22-30, qual deve ser a pauta de nos-
sas orações? {3 minutos}
Resposta: A pauta de oração daquele que experi-
mentou a serenidade do contentamento passa a
ser o Reino de Deus e a justiça, e não as outras
coisas.
Se formos sinceros, iremos constatar que as pau-
tas de nossas orações são determinadas pela nos-
sa ansiedade e inquietação, e não pela certeza
serena e real do cuidado paterno de Deus sobre a
vida daqueles com quem ele celebrou uma alian-
ça eterna. E isto não está de acordo com a vonta-
de de Deus (Mateus 6:34).
8- Leia Lucas 12:32. Que mistério relacionado
ao contentamento está contido neste
versículo? {5 minutos}
Resposta: A capacidade de resistir as inquietações
do amanhã, aos temores e à sede de possuir está
relacionada com compreender o fato de que Deus
agradou-se em nos dar o seu Reino.
Possuir o Reino de Deus se traduz em nós numa
manifestação do próprio Deus na alma humana
que, por si só, é suficiente para promover o con-
tentamento. Assim, o contentamento cristão resi-
de no fato de que Deus já nos deu o Seu Reino. É
a consciência da dimensão da graça de Deus, que
encobre todos os nossos pecados e além disto
nos dá a expectativa da eternidade em comunhão
eterna com Deus. “A graça de Deus é o que nos
basta” (2 Coríntios 12:7-10).
Para o apóstolo Paulo, o contentamento transcen-
dia suas experiências pessoais e o colocava em
um universo eterno. Seus olhos estavam constan-
temente voltados para a eternidade.
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Conhecer o que a Bíblia apre-
senta sobre o Milênio e a eternidade.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Durante toda a sua existência, a humanidade tem
sonhado com Utopias: formas de governo ideais
em que a justiça e a igualdade reinem sobre todos
e para todos. Democracia ou ditadura, república
ou monarquia, presidencialismo ou parlamentaris-
mo, anarquia, comunismo, socialismo. Milhões de
pessoas deram suas vidas por crerem que uma
destas opções seria a solução para o homem al-
cançar o seu sonho de governo ideal. Todas se
mostraram falíveis e elitistas.
A Bíblia nos mostra que o ser humano é egoísta e
corrupto. O homem de uma forma ou de outra e
em diferentes graus, coloca seus interesses mes-
quinhos acima dos interesses da coletividade. As-
sim, qualquer governo, de qualquer ideologia, está
sujeito a falhas, porque é exercido por seres hu-
manos que são falíveis, egoístas e corruptos por
natureza.
Entretanto, em seu interior, todo ser humano so-
nha com um mundo perfeito, em que reine a paz e
a justiça. Um mundo governado por pessoas inte-
ressadas no bem estar de todos, e não apenas de
si e dos seus.
Durante a Grande Tribulação, especialmente na
primeira metade deste período, ou seja, por três
anos e meio, a maioria da humanidade irá imagi-
nar que este dia chegou, e todos estarão falando
em paz e prosperidade. Mas com o passar dos
tempos, todos perceberão que aquilo que julga-
vam ser o “paraíso na Terra” se tratará na verdade
de um grande engano, um grande golpe de
marketing a esconder o que estará se passando
nos bastidores.
Ao final da Grande Tribulação a humanidade terá
finalmente percebido que o mundo nas mãos do
ser humano jamais alcançará a justiça e a paz. É
então que Deus mostra ao homem o que é o mun-
do dirigido por Ele. Jesus volta a Terra e implanta
um período de mil anos, chamado milênio, e go-
verna utilizando os salvos, que então estarão com
novos corpos, sem natureza pecaminosa, portan-
to incorruptíveis.
Durante este período, Deus cumprirá todas as suas
promessas relacionadas ao povo de Israel e to-
das as profecias pendentes irão se cumprir.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O Milênio e a
Eternidade
00:10-01:00- Debate:
1- Que eventos finalizarão a Grande Tribulação?
{5 minutos}
Resposta: A reunião de todos os povos para a
batalha do Vale do Armagedon, em Israel
(Apocalipse 16:13-16). Esta batalha será encerra-
da com a volta de Jesus (Zacarias 14:1-9 e 16).
2- Com a volta de Jesus, o que acontecerá com
o Falso Profeta, o Anticristo e seus seguido-
res? {5 minutos}
Resposta: O Falso Profeta e o Anticristo serão lan-
çados vivos no “lago de fogo ardente” recebendo
a punição eterna. Seus seguidores serão todos
mortos (Apocalipse 19:19-21).
3- E quanto à outra pessoa da trindade satâni-
ca, o diabo, o que acontecerá com ele nesta
ocasião, quando Jesus voltar para implantar
seu reinado terreno? {4 minutos}
Resposta: Será preso por um pe-
ríodo de mil anos (Apocalipse
48º Encontro
20:1-3).
4- O texto que lemos em
Zacarias 14 mostra que os san-
tos, ou seja, os cristãos que fo-
ram arrebatados no início da
Grande Tribulação, irão retornar
com Cristo para reinar com Ele.
E quanto a aqueles que se con-
verteram após o arrebatamento,
chegando mesmo a serem mar-
tirizados por amor a Jesus? {5
minutos}
Resposta: A Bíblia relata que após
a implantação do Milênio, que é o
período que se inicia com a Volta
de Jesus, haverá duas ressurrei-
ções, uma no início e outra no fi-
nal do Milênio. Nesta primeira res-
surreição todos os que morreram
com Jesus durante a Grande Tri-
bulação voltarão a viver, agora em
corpos glorificados, reunindo-se
48º Encontro
assim aos santos que foram arre-
batados e retornaram com Jesus,
reinando assim, como estes, junto
com Jesus durante todo o Milênio
(Apocalipse 20:4-6). Repare que os
cristãos que morreram antes da
Grande Tribulação foram anterior-
mente ressuscitados e participaram
do arrebatamento junto com os cris-
tãos que estavam vivos na ocasião
da vinda de Jesus para buscar a
Igreja (1 Tessalonicenses 4:16-17).
Entretanto, nesta primeira ressurrei-
ção do período do Milênio, só parti-
cipam dela aqueles cristãos que
morreram durante a Grande Tribu-
lação, como está claro no texto.
5- Mas o que acontecerá durante
o período do Milênio? {12 minu-
tos}
Resposta: Jesus irá reinar sobre
todo o planeta, sobre todos aque-
les que estiverem vivos e que não
tiverem seguido ao anticristo. Será
implantado um Reino de justiça e
paz como jamais foi visto em toda a história da
humanidade. Um rei santo, com servos
incorruptíveis, pois não possuirão natureza peca-
minosa por terem anteriormente recebido novos
corpos incorruptíveis (1 coríntios 15:42-50). Du-
rante este período sem igual, Deus irá cumprir to-
das as promessas pendentes feitas ao povo de
Israel (Veja, por exemplo, Isaías 11:1-10).
6- O que marcará o fim do Milênio e por que
Satanás ficará preso exatamente por mil anos?
{5 minutos}
Resposta: O final do Milênio será marcado por uma
grande revolta contra Deus e seu ungido Jesus.
Aqueles que passaram pela Grande Tribulação
viram o que o ser humano sem Deus é capaz de
fazer consigo e com o planeta. Compreenderam a
grande maravilha que é ter Jesus reinando sobre
eles, e assim reconheceram com facilidade a Je-
sus como seu Senhor e Salvador. Entretanto, para
aqueles que nascerem durante o milênio, o reina-
do de Jesus será algo tão comum como o sol que
nasce a cada dia ou a chuva que rega a terra. Estes
não conheceram o mal como os demais huma-
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
nos. Assim, Deus considera que é necessário que
sejam provados para que se distingam aqueles que
o reconhecem como Senhor e os que estão pron-
tos a rejeitá-lo. Exatamente para isto Deus não
lança Satanás imediatamente no Lago de Fogo,
como fará com o Anticristo e o Falso Profeta, mas
o guardará preso durante o Milênio para esta últi-
ma tarefa (Apocalipse 20:7-10).
7- Terminado o milênio e finda a revolta, o que
irá acontecer? {5 minutos}
Resposta: Irá acontecer a ressurreição de todas
as pessoas que viveram em todos os tempos e
lugares, exceto aqueles que foram arrebatados ou
que já foram anteriormente ressuscitados (na oca-
sião do arrebatamento da Igreja ou na primeira
ressurreição ocorrida no reinado terreno de Cris-
to). Todos serão julgados segundo as suas obras.
Os que aceitaram a Jesus como seu único e sufi-
ciente senhor e salvador durante o milênio e que
assim tiveram seus nomes escritos no livro da vida,
não serão condenados (Apocalipse 20:11-15).
8- Então a grande esperança do cristão é a de
poder participar do período do milênio, reinan-
do sobre o planeta juntamente com Cristo? {6
minutos}
Resposta: Não. Nossa esperança é algo muito
maior, que a Bíblia nem sequer consegue descre-
ver por ser muito acima da nossa capacidade de
compreensão. Ela apenas diz que os céus e a Terra
atual serão desfeitos e que nós habitaremos “no-
vos céus e nova Terra” (2 Pedro 3:7 e 13; e
Apocalipse 21:1-5).
9- Conscientes desta magnífica promessa,
como devemos viver hoje, enquanto aguarda-
mos que tudo isto se cumpra? {3 minutos}
Resposta: Devemos viver pacientes, em paz e de
forma santa, cumprindo a tarefa de levar a men-
sagem da salvação e vivendo de forma inculpável
(2 Pedro 3:11, 14 e 15).
1:00-1:05- Ore encerrando.
Objetivo: Compreender que o perdão
é uma obrigação do cristão e um instrumento para
restaurar os relacionamentos em geral, e a comu-
nhão e unidade do corpo de Cristo.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou:
“Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu ir-
mão quando ele pecar contra mim? Até sete ve-
zes?”.
Jesus respondeu: “Eu lhe digo: Não até sete, mas
setenta vezes sete”.
“Por isso, o Reino dos céus é como um rei que
desejava acertar contas com seus servos. Quan-
do começou o acerto, foi trazido à sua presença
um que lhe devia uma enorme quantidade de pra-
ta”. [Era uma dívida impagável: 10.000 talentos,
que equivalia a 350 toneladas de prata].
“Como não tinha condições de pagar, o senhor
ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o
que ele possuía fossem vendidos para pagar a
dívida”.
“O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou:
‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. O
senhor daquele servo teve compaixão dele, can-
celou a dívida e o deixou ir”.
“Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de
seus conservos, que lhe devia cem denários. Agar-
rou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague-me
o que me deve!’. [Esta dívida de cem denários não
era um valor pequeno: equivalia ao ganho de cem
dias de trabalho de um trabalhador braçal. Por
outro lado, era insignificante ao ser comparado com
o valor perdoado pelo senhor ao servo]”.
“Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-
lhe: ‘Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei’.
Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo
na prisão, até que pagasse a dívida”.
“Quando os outros servos, companheiros dele, vi-
ram o que havia acontecido, ficaram muito tristes
e foram contar ao seu senhor tudo o que havia
acontecido. Então o senhor chamou o servo e dis-
se: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque
você me implorou. Você não poderia ter tido mise-
ricórdia do seu conservo como eu tive de você?’
Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até
que pagasse tudo o que devia”.
“Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada
um de vocês não perdoar de coração a seu irmão”
(Mateus 18:21-35 – NVI).
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
Conceder e
pedir perdão
00:10-00:50- Debate:
1- Baseado na parábola acima, qual é a base
para o perdão cristão? O que devemos ter em
mente ao decidirmos por perdoar? {6 minutos}
Resposta: Que Deus nos perdoou de uma ofensa
muito maior do que aquela que qualquer pessoa
possa fazer contra nós. Nenhum sacrifício que te-
nhamos que enfrentar se compara a aquele que
Deus passou para poder nos dar perdão (Roma-
nos 5:6-11 e 2 Coríntios 5:17-21).
2- Eu não fiz nada contra meu irmão, mas eu
percebo que nosso relacionamento não é mais
o mesmo. De repente ele começou a me evitar.
Isso é problema dele com Deus apenas, ou eu
devo interferir de alguma forma? {8 minutos}
Resposta: Todos nós cristãos somos responsáveis
por manter a unidade, a comunhão do corpo de
Cristo (Efésios 4:1-3). Por isto, a Bíblia nos mos-
tra que, se há algo de errado na comunhão, antes
de fazer qualquer coisa para Deus,
devo me acertar com meu irmão
49º Encontro
(Mateus 5:23-24). Não é possível
amarmos a Deus e sermos indife-
rentes para com nosso irmão (1
João 4:20-21).
3- O que temos que ter em men-
te quando oramos por alguém
que nos persegue, que procura
nos prejudicar, que se conside-
ra nosso inimigo? {6 minutos}
Resposta: Que esta pessoa age
assim não por motivação própria,
mas por manipulação maligna
(Efésios 6:11-12). Temos que ter
em mente que no momento que
esta pessoa crer em Jesus, ela irá
ser totalmente transformada (2
Coríntios 5:17). A Palavra de Deus
nos ensina a orar para que Deus
nos livre das mãos dos homens
perversos e maus, e relaciona a
ação deles com a ação do malig-
no, que é quem os dirige (2
49º Encontro
Tessalonicenses 3:2-3). A Bíblia re-
lata que a forma mais profunda de
manipulação maligna é a possessão
demoníaca, e mesmo neste caso a
oração tem um papel importante
para livrar a pessoa deste espírito
maligno (Marcos 9:29).
4- E quanto a aqueles que se di-
zem irmãos, mas que se opõem
de forma agressiva a forma como
eu vivo a vida cristã? {6 minu-
tos}
Resposta: Devemos nos esforçar
para que as diferenças de opiniões
não se transformem em brigas (2 Ti-
móteo 2:23-26). Também devemos
aprender a respeitar a forma que
nosso irmão entende algumas ques-
tões relacionadas à fé cristã (Roma-
nos 14:1-6 e 22).
5- Leia Efésios 4:1-3. Por que de-
vemos lutar para manter a unida-
de? {4 minutos}
Resposta: Porque quando nos ama-
mos realmente uns aos outros, somos reconheci-
dos como verdadeiros discípulos de Jesus (João
13:35). Esta é a verdadeira marca dos cristãos.
Este é o sinal mais poderoso para os descrentes,
capaz de revelar Jesus a aqueles que não o conhe-
cem: a nossa unidade (João 17:20-23).
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
6- Como podemos utilizar a oração em nossa
luta pela unidade? {10 minutos}
Resposta: A quebra da unidade ocorre quando dei-
xamos nossa vontade egoísta nos dominar, geran-
do assim o pecado contra Deus e contra nossos
irmãos (Tiago 4:1-4). Quando oramos fortalecemos
nosso espírito (natureza espiritual) em detrimento
de nossa natureza egocêntrica, também chamada
de carne (Gálatas 5:17). Ao orarmos por outros, ti-
ramos o nosso foco de nós mesmos e nos preocu-
pamos coma as necessidades dos demais
(Filipenses 2:4).
A oração também é o momento onde devemos nos
sondar e verificar se temos algo contra alguém, e
se isto estiver acontecendo, temos a obrigação de
perdoar (Marcos 11:25-26).
É importante ainda que oremos pelos nossos ir-
mãos em Cristo para que permaneçam firmes na
vontade de Deus e assim, na unidade da fé
(Colossenses 4:12).
A Bíblia ainda nos ensina de forma prática como
manter esta unidade: quando sabemos que nosso
relacionamento com algum irmão está abalado, de-
vemos procurá-lo, confessar nossos pecados come-
tidos contra aquele determinado irmão e depois pas-
sar a orar por este irmão para que as feridas das
ofensas que cometemos ou sofremos sejam total-
mente curadas (Mateus 5:23-24 e Tiago 5:16).
A prática nos mostra que orar diariamente por al-
guém nos leva a amar mais esta pessoa e a nos
preocupar mais com as necessidades dela.
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Levar aqueles que já nasce-
ram de novo a obedecer à ordem do Senhor Je-
sus.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Aceitar a Jesus significa muito mais do que mudar de
religião. Em primeiro lugar significa reconhecer que
estávamos espiritualmente mortos em nossos delitos
e pecados, condenados a vivermos eternamente se-
parados de Deus. Éramos escravos de nossa nature-
za pecaminosa.
Mas também significa reconhecer que Jesus morreu
para pagar a pena de morte que havia sobre nós. O
salário do pecado é a morte, estávamos assim conde-
nados à morte espiritual, mas o presente gratuito de
Deus é a vida eterna por meio de Cristo Jesus. Assim,
Jesus, que não foi gerado com natureza pecaminosa
e que jamais cometeu pecado algum, ofereceu-se para
morrer em nosso lugar, pagando assim a nossa pena
de morte. Por fim, significa reconhecer que ele res-
suscitou e está vivo para exercer os seus direitos como
nosso Senhor, dirigindo nossas vidas. Éramos escra-
vos do pecado, hoje somos escravos de Cristo e vive-
mos para ele.
A palavra “Senhor” na época possuía um sentido mui-
to mais forte que o de hoje. Era o tratamento que o
escravo destinava ao seu dono. Chamar Jesus de Se-
nhor é declará-lo nosso dono. Um escravo não se pre-
ocupa com suas vontades, mas ocupasse em servir
seu dono e em obedecê-lo, mesmo quando sua vonta-
de é contrária à vontade de seu senhor.
Jesus, em seu ministério terreno, dentre seus
ensinamentos, deixou duas ordenanças ritualísticas
que deveriam ser obedecidas por todos aqueles que
se dizem servos de Jesus, ou seja, que declaram ser
Jesus o seu Senhor: a santa ceia e o batismo.
O batismo é uma representação simbólica de um fato
que já ocorreu conosco no momento em que aceita-
mos a Jesus. Quando recebemos a Jesus como nos-
so Senhor e Salvador, algo místico acontece: recebe-
mos em nós o Espírito Santo que traz à vida o nosso
espírito, e passamos assim a fazer parte da Igreja de
Cristo, composta por todos os salvos em Cristo.
Assim como na conversão somos inseridos na Igreja
de Cristo, através do batismo somos inseridos como
membros da igreja local, pois o batismo é uma prova
pública da obediência a Jesus. Se alguém se recusa
ao batismo, não tem Jesus como seu Senhor. Mas, o
batismo só tem sentido se estiver representando o
“novo nascimento” que já tenha ocorrido.
Exatamente por isto, não é possível se falar no batis-
mo de crianças, pois não há como se falar em arre-
pendimento e novo nascimento de alguém que não é
capaz de compreender isto ainda. Há ainda o exemplo
de Jesus que se batizou com cerca de 30 anos de
idade.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O Batismo
00:10-00:50- Debate:
1- Como posso saber se já estou pronto para o
batismo? Deus nos faz sentir algo que indica
que está na hora? {8 minutos}
Resposta: Não. Ser batizado é um mandamento para
todos aqueles que reconhecem Jesus como seu Se-
nhor (Mateus 28:19-20). Não há necessidade de con-
firmação, pois está evidente na Bíblia. O próprio Se-
nhor Jesus nos deu o exemplo (Mateus 3:13-15). A
nós, cabe apenas obedecer. Se formos de fato filhos
de Deus, somos servos de Cristo. Se amarmos a Je-
sus de verdade, obedeceremos a ele, e não teremos
vergonha de reconhecê-lo publicamente pelo batismo
(Mateus 10:32-33). Caso contrário, estaremos enga-
nando a nós mesmos (João 14:21 e Mateus 7:21-23).
2- Após aceitar a Jesus, quanto tempo devo
esperar para ser batizado? {7 minutos}
Resposta: Não é necessário esperar tempo algum. Na
igreja primitiva, aqueles que aceitavam a Jesus, ao
invés de serem convidados a ir à frente ou a fazer uma
oração, eram convidados a imedia-
tamente se batizarem (Atos 2:37,38
50º Encontro
e 41; Atos 8:35-38; Atos 16:32-33).
Por outro lado, especialmente no Bra-
sil, como há uma religiosidade que
leva as pessoas a participarem de
atos religiosos como se estes atos
possuíssem algum poder em si, é
uma atitude sábia a igreja esclare-
cer os candidatos ao batismo pelo pe-
ríodo que achar conveniente, de for-
ma que eles compreendam o real sig-
nificado do batismo. Desta forma a
Igreja corre menos risco de batizar
pessoas que nem sequer são salvas,
o que poderia piorar ainda mais a si-
tuação destas pessoas, por passa-
rem a pensar que não necessitam
aceitar a Jesus.
3- E qual o principal significado
do batismo? {5 minutos}
Resposta: O batismo traz em si um
simbolismo que pode ser dividido em
duas partes:
a) Ao ser submerso pelas
águas, meu antigo “eu” é sepultado.
Eu morri com Cristo em sua morte,
 50º Encontro
pois se ele morreu por mim, eu morri
com ele. Assim, declaro publicamente
que renego todos os atos, pensamen-
tos e filosofias contrárias ao padrão de
Deus que pratiquei até hoje. Arrepen-
do-me de tê-los praticado e não pre-
tendo jamais voltar a praticá-los.
b) Ao emergir das águas, reconheço
publicamente que de agora em diante
viverei em novidade de vida. Sou uma
nova criatura, agora disposto a viver
em obediência a Deus.
Textos relacionados: Romanos 6:3-11
e 2 Coríntios 5:17.
4- Leia 1 Pedro 3:21. Isto signifi-
ca que o batismo nos salva? {5
minutos}
Resposta: Não. Para compreender o
que Pedro diz, temos que compreen-
der o contexto da época. Naquela épo-
ca, como foi demonstrado, aceitar a
Jesus era ser batizado. A pessoa era
convidada a demonstrar que reconhe-
cia Jesus como seu Senhor e Salva-
dor, obedecendo a ordem dada por Ele
de passar pelas águas do batismo, re-
presentando assim publicamente seu
arrependimento e sua obediência a Cristo, seu novo
Senhor. Assim, o batismo era o “aceitar a Jesus”. Hoje,
até por motivos práticos, oramos com a pessoa para
que declare Jesus seu Senhor e Salvador, e posterior-
mente batizamos aqueles que reconhecemos serem
discípulos da igreja local, inserindo-os assim nesta igre-
ja local.
5- Mas então como Marcos 16:16 diz que quem
crer e for batizado é que será salvo? Isto não
demonstra que somos salvos pelo batismo? {5
minutos}
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
Resposta: Não. A mesma resposta anterior cabe aqui,
mas com mais alguns detalhes. O próprio texto faz dis-
tinção entre o que crer e for batizado e o que será
condenado. O que crê, se realmente creu de coração,
certamente irá obedecer e passar pelo batismo. Não é
possível alguém se dizer salvo por Jesus e se recusar
a obedecê-lo, recusando assim ser batizado. Entre-
tanto, o crer é que traz a salvação, pois a segunda
parte do verso diz que “aquele que não crer” será con-
denado. Não diz aquele que não for batizado. Há ca-
sos em que a pessoa aceita a Jesus mas não tem a
oportunidade de passar pelo batismo (Lucas 23:39-43).
6- Mas se uma pessoa aceitou a Jesus de cora-
ção porém freqüenta uma igreja que nega a prá-
tica do batismo. É possível que esta pessoa seja
salva mesmo sem ser batizada? {5 minutos}
Resposta: A salvação não é recebida pelo batismo,
assim, esta pessoa não ficará impune pela desobedi-
ência, mas será salva (Lucas 12:47-58). No caso de
desobediência consciente, isto levará a um prejuízo
em sua vida espiritual, sendo incapaz de atingir matu-
ridade (Hebreus 12:1).
7- Mas será que após ser salvo não há contas a
serem acertadas com Deus? Disseram-me que
tenho que quebrar maldições que restaram. Isto
é assim? {5 min}
Resposta: Não. Como já lemos em 2 Coríntios 5:17,
quando aceitamos a Jesus tornamo-nos uma nova cri-
atura, as coisas antigas já passaram e tudo se fez novo.
O simbolismo do batismo nos ensina exatamente isto:
que somos perdoados por Deus de todos os delitos
(Colossenses 2:12-14). O fato de sermos perdoados
por Deus não nos desonera no entanto de, se estiver
ao nosso alcance, corrigirmos erros anteriormente co-
metidos (Atos 26:20 e Lucas 19:8-9).
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Conhecer o significado desta
ordenança, para assim praticá-la dignamente.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
A Ceia do Senhor foi instituída pelo próprio Senhor
Jesus na noite em que iria ser entregue. Jesus reu-
nido em particular com seus discípulos apresenta-
lhes através de símbolos (o pão e o vinho) aquilo
que estava preste a ocorrer, para que depois eles
compreendessem melhor o seu significado: O pão
da vida seria partido no Calvário para que todo aquele
que nele cresse, viesse a ter comunhão com ele e
com o Pai; E seu sangue, que seria em breve entre-
gue como pagamento pelos pecados daqueles que
o reconhecessem como Senhor e Salvador.
A Santa Ceia é antes de tudo uma comemoração. É
trazer a memória o ato de amor praticado por Jesus
em nosso favor. Celebramos os benefícios que a
morte de Cristo já trouxe para nós. Ao contrário dos
discípulos daquela noite em que a Santa Ceia foi
instituída, hoje celebramos algo que já ocorreu, tra-
zemos a memória algo que nunca mais se repetiu
ou terá que se repetir, pois os efeitos do sacrifício de
Jesus são eternos. Celebrar a Santa Ceia é come-
morar a vitória de Jesus, que apesar de todos os
esforços do inimigo para fazê-lo desistir, permane-
ceu obediente executando até o fim à vontade do
Pai, com o propósito único de ter comunhão eterna
conosco. Por isto, celebrar a “Ceia do Senhor” é ce-
lebrar nossa comunhão com Deus e nossa comu-
nhão com os demais irmãos em Cristo.
Tito 2:14 mostra que o sacrifício de Jesus teve um
propósito: Ele se entregou por nós a fim de nos re-
mir de toda a maldade e purificar para si mesmo um
povo particularmente seu, dedicado à pratica de boas
obras. Em vista do alto preço pago por Jesus para
nos tornar um povo separado para si, que é hoje
chamado de Igreja, temos que valorizar e lutar pela
unidade do “Corpo de Cristo”, outro nome pelo qual
Deus se refere à Igreja. Ao participarmos da ceia
precisamos discernir este “Corpo de Cristo”, tendo
em mente o preço pago por Jesus para sermos uma
unidade. Perante tal sacrifício pela comunhão, nos-
sas diferenças, mágoas e dificuldades de relaciona-
mento com nossos irmãos se tornam ridículas e ina-
ceitáveis. Vemos em 2 Coríntios 5:14-15 que Jesus
morreu por todos, assim, todos nós morremos na
cruz de Cristo, e a vida que hoje nós vivemos não a
vivemos para nós mesmos, para nosso prazer e para
atingir nossos objetivos egoístas, mas a vivemos por
aquele e para aquele que por nós morreu e ressus-
citou. A compreensão disto nos leva a uma atitude
de unidade com nossos irmãos, pois conforme
Filipenses 2:3-8 nos ensina, não devemos fazer nada
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
A Santa Ceia
por ambição egoísta ou por vaidade, mas humilde-
mente devemos considerar os demais irmãos supe-
riores a nós mesmos. Cada um deve cuidar não so-
mente dos próprios interesses, mas também do in-
teresse dos demais irmãos. Assim, nossa atitude
deve ser a mesma de Cristo Jesus, que embora sen-
do Deus, não considerou que o ser igual a Deus era
algo a que devia apegar-se, mas esvaziou-se de si
mesmo vindo a ser servo, tornando-se semelhante
aos homens. E, sendo encontrado em forma huma-
na, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a
morte, e morte de cruz!
00:10-00:50- Debate:
1- É correto dizer que durante a Ceia do Senhor
o pão se transforma no corpo de Cristo e o vinho
no seu Sangue? {3 minutos}
Resposta: Não. O pão e o vinho simbolizam o corpo
e o sangue de Cristo, ou seja, nos trazem a memó-
ria o corpo de Cristo que foi entregue por nós e o
sangue de Jesus derramado na cruz em nosso favor
(1 Coríntios 11:24-25).
51º Encontro
2- Que pacto nós recordamos
através da Santa Ceia? {5 minu-
tos}
Resposta: A Nova Aliança (1
Coríntios 11:25). Através desta ali-
ança, Deus não leva em conta os
pecados anteriormente praticados
por aqueles que agora desejam se
reconciliar com Ele. Assim, Deus
reconhece no sacrifício de Jesus, o
pagamento de nossos pecados (2
Coríntios 5:17-21).
3- Existe, no Antigo Testamento,
alguma referência profética a
Ceia do Senhor e a esta nova ali-
ança que é nela celebrada? {5
minutos}
Resposta: Existem várias, por
exemplo, 2.000 anos antes de Cris-
to, Melquisedeque, sacerdote do
Deus Altíssimo, vai ao encontro de
Abraão, levando-lhe pão e vinho
51º Encontro
(Gênesis 14:18-20).
Mas é através do profeta Jeremias
que encontramos a referência mais
clara e direta a esta Nova Aliança
(Jeremias 31:31-34).
5- E qual é o aspecto profético da
Ceia do Senhor? Que evento futu-
ro ela nos traz a memória? {5 mi-
nutos}
Resposta: Além de nos lembrar do
que Cristo fez por nós, a Ceia nos
recorda também da promessa de Je-
sus de que um dia ele irá retornar a
este mundo para nos buscar. Quan-
do ele retornar a este mundo, não ire-
mos mais praticar a ordenança da
Ceia do Senhor (1 Coríntios 11:26).
Teremos então uma ceia especial,
como Igreja Arrebatada, na presen-
ça do próprio Senhor Jesus
(Apocalipse 19:6-9). A cada ceia,
estamos mais próximos da volta do
Senhor.
6- Em 1 Coríntios 11:26 aprende-
mos que através da Santa Ceia
anunciamos a morte do Senhor até que ele ve-
nha. Mas por que celebrarmos a morte de Jesus
mais do que outros eventos de sua vida? Não
seria de igual importância celebrarmos, por exem-
plo, sua vida, seu batismo ou seus ensinos? {5
minutos}
Resposta: Apesar de toda a vida de Jesus em seu
período terreno ter sido algo divino e sem igual, sua
morte foi o ponto culminante de seu ministério. Sua
vitória sobre o pecado, o castigo que nos trouxe a
paz, o pagamento de nossa pena de morte contraí-
da devido ao pecado, nossa filiação na família de
Deus, nosso novo nascimento e o selo do Espírito
Santo. Estas expressões só têm sentido quando olha-
mos para a morte propiciatória de Jesus (Romanos
3:23-26 e 6:3-4).
7- Quem pode participar da Ceia do Senhor? {10
minutos}
Resposta: A condição principal para a Ceia é o novo
nascimento. Prova disto esta no fato de que Jesus
instituiu a ceia ordenando-a aos seus discípulos, que
a praticavam entre eles (Mateus 26:27 e Atos 20:7).
A Ceia do Senhor não deve ser exclusivamente mi-
nistrada aos membros da igreja local, pois esta é a
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
“mesa do Senhor” e não a mesa da igreja local (1
Coríntios 10:21). Biblicamente, a igreja local não pode
estabelecer quem deve ou não tomar a ceia, caben-
do a cada um se auto-examinar (1 Coríntios 11:27-
32). A exceção a isto se refere a casos de exclusão
da comunhão, devido a não arrependimento de pe-
cado após todos os passos de confrontação visando
a restauração do pecador (Mateus 18:15-17 e 1
Coríntios 5:11-13). Observe que o motivo desta pes-
soa não poder participar não está no fato de possuir
pecados, mas no fato de que esta pessoa foi decla-
rada “gentil e publicano”, expressão que o texto de
Mateus utiliza para descrever aqueles que não co-
nhecem a Jesus e assim não fazem parte do “Corpo
de Cristo”, a Igreja. Desta forma esta pessoa não
tem a capacidade de discernir o Corpo.
8- Em 1 Coríntios 11:27-32 somos orientados a
nos examinar antes da Ceia do Senhor. Isto sig-
nifica que eu devo me examinar e se concluir que
não possuo pecado então eu poderei participar
da ceia? {7 minutos}
Resposta: Se não possuir pecado fosse pré-requisi-
to para a participação na ceia, então todos nós esta-
ríamos excluídos (1 João 1:8-10). Quando o apósto-
lo se refere à palavra “digno” ele se refere não a in-
dignidade das pessoas, pois ninguém é digno da
misericórdia de Deus que nos é dada apenas e tão
somente por Sua graça. É interessante perceber que
as pessoas com maior profundidade espiritual são
aquelas que mais sentem sua indignidade (1 Timó-
teo 1:15). Paulo em 1 Coríntios 11 se refere à práti-
ca da ceia de forma digna, discernindo o “Corpo de
Cristo”. Devemos nos examinar, confessar diante de
Deus os nossos pecados, pois estes atrapalham
nossa comunhão com Deus e com nossos irmãos,
tomar o propósito de nos acertarmos com aqueles
contra quem praticamos o pecado (se for o caso), e
então, conscientes de nossa natureza pecaminosa
e da misericórdia de Deus, obrigatoriamente tomar-
mos a ceia (1 Coríntios 11:28). Praticar a ceia de
forma indigna seria o caso de participar dela sem
discernir o significado dos elementos ou a importân-
cia da unidade e comunhão com Deus e com os de-
mais membros do “Corpo de Cristo”, alvo principal
da morte de Jesus.
0:50-0:55- Ore encerrando.
Objetivo: Levar os participantes a uma
decisão pessoal de envolvimento com a obra de
Deus de forma consciente e planejada.
00:00-00:03- Inicie orando.
00:03-00:10- Introdução ao tema:
Vida eterna. Se você é um cristão salvo em Jesus, este
é o grande presente que, através da graça de Deus,
você recebeu no ato da sua conversão.
Mas será que você já parou para pensar ao menos um
pouquinho sobre o que isto significa? Significa que
daqui a mil anos você estará com Deus, vivo e feliz.
Mais do que isto, o mesmo estará ainda acontecendo
dentro de um milhão ou um bilhão de anos. E isto ain-
da não é nada comparado com a eternidade. Não so-
mos capazes sequer de imaginar o que é a eternidade!
Ninguém sabe até que idade irá viver. Mas podemos
afirmar com relativa segurança que muito provavelmen-
te nossa vida neste corpo não chegará aos cem anos.
Faço agora um convite a você. Procure lembrar-se de
seus atuais projetos de vida, de seus sonhos, daquilo
pelo qual você gasta a maior parte do seu tempo e dos
seus esforços no seu dia a dia. Que importância terão
para você daqui a cem anos? Que valor terão? De to-
dos os esforços em prol de tantas coisas que você tan-
to valoriza hoje, quais deles terão produzido algo de
valor que perdure para a eternidade? Quais geram efei-
tos eternos?
A eternidade nos é garantida. É um presente de Deus
aos salvos. Mas o que dizer de tantos amigos, conhe-
cidos e até parentes queridos que ainda não conhe-
cem a Jesus. Após nossa morte, ou a deles, não pode-
remos fazer mais nada para mudar seus destinos eter-
nos. A pregação do evangelho à nossa geração é um
privilégio único e temporário. Só é possível durante o
curto período de nossa vida terrena.
Quando estivermos na presença do Senhor, percebe-
remos a futilidade de tantas coisas que hoje valoriza-
mos. E perceberemos o quanto de tempo e de esfor-
ços foram desperdiçados. Lá, na presença do Senhor,
perante o Tribunal de Cristo, sentiremos falta de mui-
tos amigos queridos, dos colegas de trabalho, dos com-
panheiros do futebol semanal, vizinhos, parentes, co-
nhecidos. Vidas que negligenciamos, enquanto corría-
mos atrás do vento, enquanto corríamos atrás de obje-
tivos que pareciam tão importantes, tão urgentes, mas
que na eternidade se mostram então completamente
vazios. Obras que ao serem provadas pelo fogo, são
consumidas por completo.
A Igreja na Terra, com o fim de glorificar a Deus, tem a
missão de pregar o evangelho e discipular os salvos.
Todos nós temos uma função, um ministério no Corpo
de Cristo. Exercendo com zelo esta função colabora-
remos para o cumprimento desta missão da Igreja e
assim produziremos frutos para a vida eterna. Frutos
que permanecerão por toda a eternidade.
DESCOBRINDO A BÍBLIA VERSÃO 1.5
O Ministério
Cristão
00:10-00:55- Debate:
1- Qual a função mais importante que alguém
pode exercer na igreja? {6 minutos}
Resposta: Deus deu a cada um de nós uma fun-
ção no corpo de Cristo. Assim como no corpo hu-
mano, todos os membros são igualmente impor-
tantes e indispensáveis (1 Coríntios 12:18-27).
No corpo de Cristo não há diante de Deus pesso-
as de maior ou menor importância, mas aqueles que
são considerados humanamente de maior impor-
tância devem ser aqueles que sirvam aos demais
(Mateus 20:25-28).
2- Quem pode trabalhar na igreja local? {3 mi-
nutos}
Resposta: Todo aquele que pertence ao Corpo de
Cristo, ou seja, que aceitou a Jesus como seu único
Salvador e legítimo Senhor de sua vida, receben-
do em si a presença permanente do Espírito San-
to de Deus que é dado a todos os
salvos (1 Coríntios 12:13). A es-
52º Encontro
tes o Espírito livremente distribui
as funções necessárias à Igreja (1
Coríntios 12:11).
3- Como posso iniciar meu minis-
tério? {6 minutos}
Resposta: Em primeiro lugar, deve
haver em seu coração o desejo real
de servir a Deus com perseveran-
ça, mesmo diante das provações (1
Coríntios 15:58).
Pesquise e apresente diante de
Deus em oração todas as necessi-
dades da igreja, pedindo que Deus
levante obreiros para suprir estas
necessidades (Mateus 9:37-38).
Havendo o desejo de servir e um
coração preocupado em apresen-
tar diante de Deus as carências
da obra, Deus irá direcioná-lo na-
quilo que Ele deseja (1 Coríntios
12:4-7).
Outro ponto importante é comuni-
52º Encontro
car a liderança da igreja sua dispo-
sição em servir, pois cabe a igreja,
através de sua liderança, buscar e
incentivar o exercício dos dons dis-
tribuídos por Deus aos membros
individualmente (1 Coríntios 12:31).
4- Possuir determinado dom espi-
ritual implica em algum tipo de res-
ponsabilidade? Ou essa respon-
sabilidade só vem caso optemos
por utilizar este dom? {10 minu-
tos}
Resposta: Deus nos dá determina-
do dom para que este dom seja uti-
lizado com zelo, servindo aos de-
mais membros da igreja, servindo
assim a Ele (Romanos 12:4-11).
Deus nos entregou determinado
dom para que o administremos, mas
Ele é o verdadeiro dono do dom. O
uso do dom não deve ser motivo de
vanglória pessoal, pois apenas
estamos utilizando aquilo que Deus
nos confiou para Sua glória (1 Pedro
4:10-11).
Mais do que isto: temos a obrigação de utilizar o
dom que Deus nos deu, e seremos
responsabilizados diante de Deus caso não faça-
mos isto (Mateus 25:14-30).
5- Que objetivo devo perseguir ao exercer o
meu ministério? {5 minutos}
Resposta: A edificação de todos (Efésios 4:11-16).
ANOTAÇÕES
DESCOBRINDO A BÍBLIA
Autor: Sérgio Viñolo Sfair (sfair@nev.com.br)
6- Apenas executando ativamente tarefas na
obra de Deus, fazendo ou doando algo pelos
demais, é que eu posso colaborar para a
edificação do corpo? {5 minutos}
Resposta: Através do ministério da intercessão,
que não é algo a ser feito ou doado, mas que en-
volve compromisso e persistência, podemos cola-
borar com a edificação de toda a Igreja
(Colossenses 4:12). Quando oramos pelo minis-
tério de um obreiro, somos participantes de seu
ministério e assim nos unimos a ele na obra de
Deus e na edificação do corpo de Cristo que é a
Igreja (Romanos 15:30).
7- Qual deve ser nossa motivação ao ministé-
rio cristão? {5 minutos}
Resposta: A principal motivação deve ser o nosso
amor a Deus e aos nossos irmãos em Cristo. Este
amor é resultado do amor dEle por nós (1 João
4:10-11). O amor de Cristo nos constrange a uma
vida de serviços a Deus (2 Coríntios 5:14-15).
8- Qual o melhor exemplo que a bíblia nos mos-
tra quanto à forma como devemos exercer o
nosso ministério em favor de nossos irmãos?
{5 minutos}
Resposta: O maior exemplo nos é dado pelo pró-
prio Senhor Jesus que, sendo Deus, não exitou
em humilhar-se em favor dos interesses de seres
infinitamente inferiores, sendo obediente até a
morte, e a morte mais humilhante, morte de cruz
(Filipenses 2:3-8).
0:55-1:00- Ore encerrando.