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Texto filosófico: Dicas para

entender livros de filosofia


Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
25/08/2006 11h33

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É possível aprender a ler textos filosóficos – textos dissertativo-argumentativos


(http://noticias.uol.com.br/licaodecasa/materias/medio/portugues/ult1706u53.jhtm)
por excelência, entendendo as particularidades desse tipo de texto.

É importante destacar que um texto filosófico não é, a priori, uma narração, mas uma
dissertação e uma dissertação argumentativa, não expositiva. Nesse sentido, ele
não visa a transmitir informações como, por exemplo, um texto jornalístico. O texto
filosófico, de um modo geral, propõe uma tese e a defende através de argumentos.
Ele não é um texto literário e a elegância de estilo, além de não ser obrigatória, pode
constituir uma inimiga do rigor e da precisão.

Considerando tudo isso, o objetivo da leitura de um texto filosófico não é tomar


conhecimento de algo, não é informar-se, não é deleitar-se esteticamente com as
palavras. O objetivo da leitura, no caso da filosofia, é o entendimento do texto.
Nesse sentido, a primeira pergunta que devemos nos colocar aqui é: o que significa
entender um texto?

Em primeiro lugar, por entendimento podemos estar nos referindo à compreensão


literal do texto, que consiste na capacidade de repetir aquilo que ele diz. Num
segundo momento, podemos aludir à capacidade de parafraseá-lo, isto é, de repeti-
lo ou reproduzi-lo, usando nossas próprias palavras. Mas a definição mais completa
vai além dessas duas etapas.

Traduzir e superar dificuldades

Entender um texto é ser capaz de "traduzi-lo", isto é, torná-lo mais claro, mais
explícito do que ele é originalmente, de modo que nos tornemos aptos a explicá-lo, a
torná-lo compreensível a outros leitores. O entendido, portanto, é atingir o sentido do
texto ou aquilo que ele objetivamente diz.

No entanto, nem sempre entendemos um texto, o que pode ou não estar relacionado
ao seu nível de dificuldade. De qualquer modo, o não entendimento pode ser
superado. Quando não se entende um texto – ou uma passagem dele – há sempre
um motivo para isso.

No caso de ter havido falta de atenção, a releitura é a maneira certa de resolver o


problema. Caso contrário, é preciso nos questionarmos e saber o que ou por que
não entendemos.

Muitas vezes, não entendemos um texto filosófico porque não possuímos os pré-
requisitos necessários para entendê-lo. Muitas vezes, um filósofo escreve um livro
comentando ou contextualizando a obra de outro filósofo e, se você desconhecer a
referência à obra anterior, dificilmente vai captar com precisão o sentido daquela
que está lendo. Assim, é preciso preencher os pré-requisitos, antes de ir adiante.
Deixe suas crenças de lado

Por outro lado, o não entendimento pode ser proveniente de nossas próprias
crenças que se transformam num empecilho à compreensão das ideias alheias. Se
isso ocorre – em geral certos estados emocionais permitem identificar quando isso
ocorre –, devemos procurar separar claramente as nossas crenças das ideias do
autor e não discutir com elas. Não podemos deixar, neste momento, que nossa
opinião interfira e distorça o entendimento.

Depois de questionarmos o que é entender um texto, é conveniente nos


perguntarmos se o entendemos corretamente. Uma compreensão correta não
contradiz o sentido literal do texto e leva em conta as regras da gramática (em
especial, a sintaxe). Além disso, procura a unidade que o texto deve ter, sem deixar
qualquer parte solta ou nenhuma passagem de lado.

Também é preciso perceber as conexões que existem entre as diversas partes do


texto e, quando está nesse rumo, geralmente o leitor consegue antecipar o
desenvolvimento da argumentação, prevendo o que virá a seguir. Em princípio,
deve-se considerar como erro de compreensão todas as contradições encontradas
no texto. Pelo menos se não surgirem provas explícitas do contrário, isto é, de que o
texto tem mesmo contradições.

Acertar o foco

Em especial numa época em que se usam com frequência metáforas do tipo "a
minha leitura de...", "a sua leitura de...", "a leitura que Fulano fez de...", é importante
deixar claro que a leitura objetiva de um texto é sempre uma mesma leitura.
Ninguém descobre no texto o que nele não existe. A originalidade de uma leitura
específica consiste em centrar o foco num aspecto particular que talvez tenha
passado despercebido a outros leitores ou ainda que se pode desvelar com maior
nitidez.

O entendimento é a finalidade da leitura. O meio de que dispomos para alcançá-lo é


a análise. Para analisar um texto devemos desconstruí-lo no nível linguístico,
procurando reduzi-lo a uma sucessão ordenada de frases simples, na ordem direta:
sujeito-verbo-predicado.

Entre outros procedimentos, é importante procurar o significado dos termos que


desconhecemos; identificar os pronomes presentes nas frases e saber explicitar os
nomes que eles substituem; identificar os termos técnicos, substituindo-os por suas
definições.

Aliás, aqui é bom lembrar que algumas palavras de uso corriqueiro podem ter um
sentido bem mais específico ou mais elaborado em filosofia. Você certamente sabe
o que significa a palavra "substância", mas será capaz de dizer o sentido que ela
tem em um texto de Aristóteles? Para isso, você pode recorrer a dicionários
específicos de filosofia.

Desconstrução semântica

Depois da desconstrução linguística, chegou a hora de passar à desconstrução


semântica, ou seja, em termos de conteúdo do texto analisado. Em geral, o texto
filosófico-dissertativo compõe-se de tese ou hipótese, argumentos, consequências,
objeções e contra-argumentos, respostas às objeções, exemplos, definições e
aplicação a um caso ou casos particulares.

Pois bem, é preciso saber identificar cada um desses componentes e, a partir daí,
estabelecer uma hierarquia, ou seja, uma ordem entre o que é mais importante e o
que é menos importante, o que é essencial e o que é acessório, o que é primordial e
o que é secundário.

Desse modo, você vai purificar o texto, libertá-lo de tudo que é contingente e estará
diante de suas ideias básicas. Com isso, o texto se tornará muito mais breve,
certamente perderá sua fluência original, mas ganhará em troca uma ordem mais
clara. A partir desse ponto, você já estará apto a concordar com o que é dito ou
discordar disso, sabendo as razões da discordância.

Sim, porque a partir desse ponto você já ultrapassou o entendimento – ou a


explicitação de sentido – e estará seguindo rumo à interpretação do texto, que vem a
ser o completar esse sentido, tecendo suas próprias reflexões sobre ele,
estabelecendo um diálogo com o texto lido.

Veja também

Conhece-te a ti mesmo (http://educacao.uol.com.br/filosofia/conhece-te-a-ti-


mesmo.jhtm)

Ser e não ser (http://educacao.uol.com.br/filosofia/ser-e-nao-ser.jhtm)


Ideias de Platão (http://educacao.uol.com.br/filosofia/teoria-do-conhecimento-
platao.jhtm)
Aristóteles e o papel da razão (http://educacao.uol.com.br/filosofia/teoria-do-
conhecimento-aristoteles.jhtm)
Ceticismo (http://educacao.uol.com.br/filosofia/teoria-conhecimento-ceticismo.jhtm)
Fundamento da realidade (http://educacao.uol.com.br/filosofia/teoria-conhecimento-
principio.jhtm)
Dialética (http://educacao.uol.com.br/filosofia/teoria-do-conhecimento-dialetica.jhtm)
Os universais ( http://educacao.uol.com.br/filosofia/teoria-do-conhecimento-os-
universais.jhtm)
Origens da filosofia e os primeiros filósofos gregos
(http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u37.jhtm.jhtm)
Deus (http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u47.jhtm)
Preconceito (http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u16.jhtm)
Política (http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult1704u36.jhtm)
Estética (http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u50.jhtm)
Aborto (http://educacao.uol.com.br/filosofia/bioetica-aborto.jhtm)

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