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CENTRO PAULA SOUZA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE AMERICANA


CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSAMENTO DE DADOS

RENAN KANASIRO BASILIO

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

AMERICANA/SP
Dezembro de 2009
RENAN KANASIRO BASILIO

RA.: 051309

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Trabalho de graduação apresentado à


Faculdade de Tecnologia de Americana
como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Tecnólogo em
Processamento de Dados.

Orientadora: Professora Maria Elizete Luz Saes

AMERICANA/SP
Dezembro de 2009
Dedico este trabalho a todos os amigos, que de forma ou de
outra se fazem presente no que sou hoje.
À família, pelo amor retribuído.
À todos aqueles que discordaram, que desafiaram, que não me
deram força, mas que me fizeram criá-las.
AGRADECIMENTOS

Agradeço à minha mãe, Elena por acreditar que o maior valor na vida do
homem é o conhecimento.
Aos meus irmãos Ronaldo, Rogerio e Regiane por terem me dado o suporte
e a oportunidade mesmo que não tenha sido oferecido a eles.
Ao Willian, nascido do mesmo acaso que eu.
Glauber, Bruno, Eduardo e Rodolfo pela infância.
Amigos de escola, tantos...
À família Honório pela paixão à musica.
Aos meus professores, por serem além da sua obrigação.
Em especial, à professora Elizete, por simplesmente não desistir.
Ao CIEP “Prof.ª Maria Nilde Mascellani”, minha casa, à Direção, aos
professores, aos companheiros de Secretaria, aos inspetores, aos serventes, às
cozinheiras e auxiliares, estagiários, Eder e Dorival por fazerem a Educação. E irem
além.
Lucas, Eliel, Fernando, Marcelo, Vinícius, Rafael, Joyce, Daiane, Karin, por
ter com quem andar.
E ao Juninho, por quem jurei viver a vida sem medo da morte.
“Trate as pessoas como se elas fossem o que
deveriam ser, e você as ajudará a se tornarem o que
são capazes de ser”
Goethe
RESUMO

Este estudo foi realizado com o intuito de se entender como as Tecnologias de


Informação e Comunicação podem ajudar no processo de ensino-aprendizagem das
pessoas com Necessidades Educacionais Especiais. É preciso entender o contexto
histórico do tratamento da deficiência, de como estão amparados pela legislação e
quais as medidas governamentais que estão sendo tomadas para prover a
cidadania. É evidente que a tecnologia vem assumindo um papel cada vez maior na
vida de todos pela sua funcionalidade e pela maneira como se adapta às
necessidades do usuário. A educação pode e deve tirar grande vantagem dessa
ferramenta, pois ela não se importa com as diferenças entre as pessoas. Então,
chega-se a conclusão de que a ferramenta pode ser tudo o que se espera dela. O
foco agora é o trabalho mais árduo, mais lento e mais importante: os professores, os
desenvolvedores, as famílias e a sociedade, para que possam promover uma
educação de qualidade para todos, apesar das diferenças.

Palavras-chave: Educação Especial. Informática Educativa. Inclusão.


ABSTRACT

This survey was made with intention to extend itself as Information Technology and
Communication does, and help in the teaching and learning process of people with
Special Educational Needs. It’s important to understand the history context of the
deficiency treatment, how they are supported by the law and which governmental
methods are being taken to provide citizenship. It’s evident that the technology has
assumed a bigger role in everyone’s life by the functionality and the way how it
adapts to the user needs. The education can and must take advantage of this tool,
because it doesn’t care about people difference. Then, we conclude that the tool can
be all that is expected. The point now is the harder work, slower and most important:
teachers, developers, families and society, to promote some quality education for all,
despite all the differences.

Keywords: Special Education. Educational Computing. Inclusion.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9
1 EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA .......................................... 11
1.1 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL ........................................................... 11
1.2 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA ................................................................................. 13
1.3 DOCUMENTOS E LEGISLAÇÃO ....................................................................... 14
2 TECNOLOGIA A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO ....................................................... 18
2.1 HISTÓRICO DA INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL ............................... 18
2.2 SITUAÇÃO ATUAL DA INFORMATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ........................... 19
2.3 INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL ...................................................... 19
3 FORMAÇÃO CONTINUADA ................................................................................. 22
3.1 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES ................................................................... 22
3.2 FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE INFORMÁTICA EDUCACIONAL............ 23
4 SOFTWARES EDUCATIVOS ................................................................................ 25
4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS COMPUTACIONAIS ............................. 25
4.2 ELABORAÇÃO DE SOFTWARE ........................................................................ 29
5 AÇÕES E MELHORIAS ......................................................................................... 31
5.1 ACESSIBILIDADE ............................................................................................... 31
5.2 PROGRAMAS ..................................................................................................... 36
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 39
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 40
9

INTRODUÇÃO

A evolução da humanidade nos encaminha a uma boa solução para as


dificuldades encontradas historicamente. Em um passado nebuloso, as pessoas com
NEE, sequer tinham direito à vida em sociedade. Com o passar do tempo, foram
abandonando o estado de “doentes”, para pessoas com condições de contribuir com
a sociedade tão ativamente quanto àqueles denominados normais.
Hoje, o mercado não dispõe de profissionais com capacitação para unir o
lado humano da pedagogia com a ciência exata da tecnologia. O mercado é
promissor e, ao mesmo tempo, desafiador pelas dificuldades apresentadas. A ideia
primária do programador de simplificar os processos e a imensidão das ideias do
educador precisam se encontrar em um meio termo.
Atualmente, vivemos em uma época em que o ritmo de nossas vidas está
sincronizado com a velocidade da inovação tecnológica. As rápidas mudanças em
nossa sociedade refletem na forma como tratamos e como recebemos as
informações. A tecnologia encurtou as distâncias. Num momento em que as notícias
atravessam o mundo em segundos, novos conceitos vêm e vão, antes mesmo de
nos acostumarmos com eles.
Porém, a tecnologia também aumentou as distâncias. Ficaram de lado as
relações humanas. Deixamos de entender as necessidades do próximo. Os seres
humanos são extremamente diferentes uns dos outros e as abordagens devem ser
diferentes para cada um.
Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), encontram nas
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), uma grande oportunidade de
vencerem as suas dificuldades de aprendizado, e encontrarem relativa
independência.
Surge, então, a inclusão, como forma de prover a igualdade social. Ações
educacionais são necessárias para sua efetividade, a qual possa ser vista, não
apenas representadas por tabelas e números, mas por cidadãos plenos, apesar de
suas dificuldades.
Por esse motivo, é preciso trazer à tona as dificuldades, tanto a dos
educandos quanto a dos educadores. É preciso se definir e incentivar a formação do
10

profissional de tecnologia em apoio à educação especial, pois o desenvolvimento


ainda é muito aquém da necessidade.
A pesquisa através de artigos e livros a respeito revela que muito já foi
estudado, mas que ainda há muito mais campo que pode ser explorado. O assunto é
relativamente novo nos meios de comunicação, portanto, ainda não há um total
esclarecimento da população a respeito das pessoas com NEE.
As pequenas iniciativas mostram que é possível utilizar a tecnologia para a
melhora na qualidade de vida das pessoas com NEE. Resta difundir esse
conhecimento adquirido com tais experiências para que haja igualdade de condições
a todos em qualquer lugar.
11

1 EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

É imprescindível entender e diferenciar os vários momentos históricos que a


humanidade enfrentou no atendimento às pessoas com NEE, desde seus primórdios
segregacionistas à real inclusão, que é o objetivo humano para os dias de hoje.

1.1 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Entende-se por educação especial o atendimento de pessoas com algum


tipo de limitação cognitiva, motora ou sensorial em instituições especializadas, tais
como escolas para surdos, cegos ou pessoas com deficiência mental.
Podemos dividir a educação especial em três fases históricas. A
institucionalização, normalização/integralização e por último a inclusão.

1.1.1 A segregação

Na idade antiga, as crianças nascidas com algum tipo de deficiência morriam


precocemente ou eram sacrificadas. Era comum, em várias culturas, a valorização
das proezas do corpo e da mente. A sociedade se dividia em duas grandes classes:
os ricos, que detinham o poder e o governo e os escravos, que executavam as
tarefas. Sendo assim, ou se tinha capacidade de raciocínio ou a força física, o que
propiciava a exclusão de qualquer indivíduo com alguma incapacidade.
Esse processo não se alterou muito na Idade Média. Com a aproximação da
Igreja ao poder, o deficiente passou a ter o direito à vida, mas ficou estigmatizado,
visto constantemente como “possuído por demônios”. Em uma sociedade ainda
dividida entre os que detinham o poder e os cidadãos pobres, o único papel que
cabia ao deficiente era em prol da diversão da Monarquia, no papel de palhaços ou
de bobos da corte.
Após a Revolução Industrial, surgiu a venda do trabalho. O ser humano
passou a ser visto como uma “máquina” e qualquer diferença era encarada como
uma disfunção dessa máquina. A segregação continuou, alicerçada no conceito da
incapacidade produtiva dos deficientes.
12

1.1.2 A institucionalização

A partir da década de 1950, surgiu o conceito de institucionalização. Nesse


modelo, os indivíduos com NEE eram tratados como “doentes”, necessitando de
cuidados de outros indivíduos. Sassaki (1997) diz que “segundo esse modelo, a
pessoa deficiente é que precisa ser curada, tratada, reabilitada, habilitada, etc. a fim
de ser adequada à sociedade como ela é, sem maiores modificações”. Baseado
nesse conceito, as pessoas com Necessidades Especiais (NE) eram retiradas do
convívio familiar e recolhidas em instituições segregadas, pois, apesar de se
posicionarem como responsáveis pelo atendimento, o deficiente nunca mais voltaria
a ser integrado à sociedade.
Esse modelo foi muito criticado, principalmente pelo que viria a ser tratado
na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, a qual prevê, às pessoas, o
direito a uma vida digna, à educação básica, à liberdade, ao desenvolvimento
pessoal e a plena participação na comunidade, o que vai totalmente contra o
tratamento até então usado. É claro que este foi apenas parte do discurso para o fim
deste regime, pois de outro lado, via-se uma parcela da população que nada
produzia.

1.1.3 A normalização

No final da década de 1950, iniciou-se um processo, conhecido como


normalização, através do qual o indivíduo passaria a dispor o máximo de condições
de vida das de uma pessoa comum.
Segundo Mrech (1998),

Normalização diz respeito a uma colocação seletiva do indivíduo portador


de necessidade especial na classe comum. Neste caso, o professor de
classe comum não recebe um suporte do professor da área de educação
especial. Os estudantes do processo de normalização precisam demonstrar
que são capazes de permanecer na classe comum.

As várias interpretações desse modelo causaram um grave desvirtuamento


do conceito de normalização, pois os deficientes foram encorajados a passar por
normais, administrando informações a seu respeito, no sentido de não tornar
13

conhecida a sua condição de excepcionalidade, apenas no intuito de serem


integrados, tal como Mendes (2001) afirma, quando diz que o termo “Integração”
passou a significar, na prática, a mera colocação de pessoas com deficiência
juntamente com pessoas não-deficientes na mesma escola.

1.2 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Conforme previsto na Constituição Federal de 1989 prevê, em seu artigo de


número 206, deve-se prover o ensino público oferecendo igualdade de condições
para o acesso e permanência na escola. Além disso, defende também que haja o
atendimento de portadores de deficiência, preferencialmente, na rede regular de
ensino. Portanto, a nova Constituição Federal já trabalha com a ideia de uma
educação inclusiva.
Porém, atualmente, poucas são as sociedades que estão preparadas para
exercer a inclusão social. É importante reconhecer que as barreiras vêm sendo
derrubadas. O processo de inclusão é lento, mas é crescente. Segundo o Censo
Escolar do Ministério da Educação (MEC), de 1998 a 2006, houve um aumento de
640% de matrículas de alunos (Grafico 1) com NEE em classes comuns.

Gráfico 1 – Evolução das Matrículas na Educação Especial – 1998 a 2006


Fonte: MEC/INEP - Censo escolar

Ainda segundo o Censo Demográfico de 2000, o Brasil tem mais de 24


milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, ou seja, cerca de 14,5% da
14

população. Observam-se outras melhoras significativas, como por exemplo, a


redução de matrículas em salas especiais, além de melhoras estruturais, tanto na
parte física, quanto na parte pedagógica.
O ponto mais importante na ideia da inclusão é transferir o foco de atenção
do aluno com NEE para o ambiente, ou seja, entender que não é o aluno que tem
dificuldades, mas que o ambiente não está adaptado às pessoas. Porém, uma
mudança na concepção de deficiência não se promove de uma hora para outra,
apenas por novas legislações.
Faz-se necessário entender e aceitar a diversidade humana, que há
diferenças e que essas diferenças o fazem também merecedor de uma oportunidade
de vida digna e o mais plena possível.
Por considerá-los “deficientes”, “sem inteligência” para aprender, são
submetidos a um processo de ensino baseado em métodos repetitivos, cujo objetivo
é torná-los um pouco mais independentes na realização de suas habilidades
básicas.
Do ponto de vista educativo e, considerando-se as características do aluno
com deficiência mental que apresenta um ritmo lento de aprendizagem, é
fundamental que as propostas pedagógicas sejam adequadas às suas condições,
fazendo uso de atividades concretas, diversificadas e funcionais, para despertar seu
interesse e motivação em aprender.
É importante também selecionar atividades de curta duração, considerando
o caráter dispersivo que eles demonstram, variando o tempo gradualmente, de
acordo com suas possibilidades, sempre maximizando seus pontos fortes e
minimizando seus pontos de dificuldades.

1.3 DOCUMENTOS E LEGISLAÇÃO

Após o grande período segregacionista pelo qual as pessoas com NEE


passaram na história da civilização humana, o conceito de que todas as pessoas
são iguais, e mais ainda, que todas as pessoas têm diferenças, passou a ser
difundido entre governantes do mundo todo. As ações, antes isoladas, passaram a
ser ações globais, e refletiram nas ações governamentais brasileiras, como visto a
seguir.
15

1.3.1 DOCUMENTOS INTERNACIONAIS

A Declaração de Salamanca “Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área


das Necessidades Educativas Especiais”, resolução da Organização das Nações
Unidas (ONU) assinada em Assembléia Geral na Espanha, em 1994, discute as
diretrizes políticas para a inclusão de alunos com Necessidades Educacionais
Especiais (NEE) na rede de ensino regular, afirmando que esse é o meio mais eficaz
de combater atitudes discriminatórias, criando uma sociedade inclusiva.
Esse documento vem a reforçar um forte movimento de inclusão, amparado
em outros dois documentos de grande relevância: A Declaração Universal dos
Direitos da Criança, elaborada pela ONU, em 1959, que garante o direito à
educação e cuidados para a criança física ou mentalmente deficiente, pois afirma
que todas têm direito à igualdade, independente de raça, religião, nacionalidade ou
qualquer outra condição, seja inerente à própria criança ou à sua família; A
Declaração Mundial sobre Educação Para Todos assinada em Jomtien (Tailândia),
no ano de 1990, já cita a grande quantidade de informação a que temos acesso e
pontua a necessidade da educação para todos, frente a uma nova era de
comunicação global.
A Declaração de Salamanca exige que os países membros:

 criem políticas públicas de aprimoramento de seus sistemas educacionais no


sentido de tornarem-se aptos a receberem todas as crianças, independente
de suas diferenças ou dificuldades individuais;
 garantam a matrícula de todas as crianças em escolas regulares;
 promovam o intercâmbio entre os países das experiências na educação
inclusiva;
 facilitem a participação dos pais, comunidade e organizações no processo
educacional;
 esforcem-se para que haja uma precoce identificação das necessidades;
 garantam o treinamento dos professores na sua formação e no exercício de
sua profissão.
A declaração ainda atribui às agências internacionais de financiamento para
a educação, que incluam em seus projetos ações em prol da educação inclusiva.
16

1.3.2 Legislação brasileira

No Brasil, o processo de inclusão e de igualdade começou a tomar forma na


Constituição Federal de 1988, à qual determina, em seu artigo 206, que o ensino
será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

Em 1990, foi promulgado o Estatuto da Criança e do Adolescente, lei nº


8.069 de 13 de julho de 1990 que estabelece entre outras determinações que:
Art. 5º - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
Art. 11.
Parágrafo 1º. A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão
atendimento especializado.

1.3.1.1 Lei de Diretrizes e Bases (LDB)

A LDB define e regulariza a educação no Brasil, baseada nos princípios


apresentados na Constituição Federal, à qual teve a sua primeira versão datada de
1961, e que vigorou até 1971, quando foi substituída.
A mais recente, assinada em 1996, tem seu quinto capítulo voltado
totalmente à educação especial. Define a educação especial como modalidade de
educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino aos
educandos portadores de necessidades especiais.
Determina que haja serviços de apoio especializado na escola regular para
atender às peculiaridades da clientela de educação especial. O aluno somente será
atendido em classe especial ou instituição especializada caso não seja possível a
sua inclusão no ensino regular. O sistema de ensino deve assegurar que o currículo
seja adequado às necessidades do educando, havendo uma conclusão específica
quando não for possível atingir o nível exigido pelo ensino fundamental em virtude
17

de suas deficiências, ou que o processo seja acelerado para a conclusão em menor


tempo possível para os superdotados.
A LDB exige que haja professores especializados, assim como professores
do ensino regular capacitados para a integração do aluno nas salas comuns, além
de acesso igualitário a todos os programas sociais suplementares disponíveis para o
respectivo nível do ensino regular. O ensino deve visar a efetiva integração na vida
em sociedade, seja para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho
competitivo, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas
áreas artística, intelectual ou psicomotora.
Fica bem claro que o governo sempre adotará como alternativa preferencial,
a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria
rede pública regular de ensino e, nos casos em que forem necessárias intervenções
especializadas, regulamentará as instituições, para fins de apoio técnico e financeiro
pelo Poder Público.
18

2 TECNOLOGIA A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO

Vista pelos educadores como grandes ferramentas e indispensáveis na era


da comunicação, as novas tecnologias vem ganhando espaço nas escolas. A
internet, jogos e programas educativos, são algumas das possibilidades existentes e
que podem ser aproveitadas no ambiente escolar como instrumentos facilitadores do
aprendizado.

2.1 HISTÓRICO DA INFORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL

A utilização de computadores na educação brasileira se iniciou ainda na


década de 1970, em experiências realizadas na Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Hoje segue legislação própria,
com investimento das iniciativas pública e privada.
O governo federal, através do Programa Nacional de Informática na
Educação (ProInfo), busca introduzir as Tecnologias de Informação e Comunicação
(TIC) na rede pública de ensino. Criado em 1997, pelo Ministério de Educação, o
ProInfo, viabilizou a utilização da Informática, implantando laboratórios e iniciando
um processo de formação e atualização de professores. Para isso, Núcleos de
Tecnologia Educacional (NTE) foram criados com a missão de estudar e preparar a
rede educacional para as novas tecnologias. Destacam-se o Núcleo de Informática
Aplicada à Educação (NIED), da Universidade de Campinas, e o Núcleo de
Informática na Educação Especial (NIEE) da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul.
Porém, a disseminação do conhecimento adquiridos não se refletiu na
infraestrutura das escolas. Por que a informática não está massivamente presente
em todas as escolas do país?
Segundo Valente (1997), a resposta mais óbvia seria: "faltou vontade política
dos dirigentes", projetos mais consistentes e corajosos e, consequentemente,
verbas. Mas a resposta não é tão simples assim. Outros problemas atrapalharam a
introdução das novas tecnologias na educação. O processo de formação dos
docentes também não estava preparado, portanto, os professores também não
19

estariam em condições de utilizar o computador dentro da sala de aula. Aliado a


isso, ainda pesavam a falta de estrutura dentro das unidades escolares, sendo este
também, fruto da falta de investimento.

2.2 SITUAÇÃO ATUAL DA INFORMATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

Em 2007, o ProInfo estipulou um gasto total de 650 milhões de reais na


aquisição de equipamentos e na produção de conteúdos digitais para atender a
todas as 130 mil instituições de ensino do país, até o ano de 2010.
Importante destacar que o projeto de informatização das escolas públicas
nacionais não privilegia a “automatização” dos processos de transmissão da
informação, e não tem como objetivo primário a redução do chamado analfabetismo
computacional, como o que ocorre em outros países. A informática é utilizada como
ferramenta no processo educacional.
Porém, é inegável que a introdução do computador na educação tem
provocado uma verdadeira revolução na concepção de ensino e de aprendizagem.
Valente (1993) associa o atual momento como o da criação dos automóveis:
Inicialmente, o carro foi desenvolvido a partir das carroças, substituindo o
cavalo pelo motor a combustão. Hoje, o carro constitui uma indústria própria
e as carroças ainda estão por aí. Com a introdução do computador na
educação a história não tem sido diferente. Inicialmente, ele tenta imitar a
atividade que acontece na sala de aula e a medida que este uso se
dissemina outras modalidades de uso do computador vão se
desenvolvendo.

Portanto, estamos apenas iniciando um longo processo de inúmeras


possibilidades, com um caminho enorme a ser trilhado.

2.3 INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Segundo Bastos (2003), o computador, como subsídio didático, é um animal


dócil e paciente. Diferentemente dos seres humanos, não se queixa, não grita e não
castiga em caso de erro. O computador se apresenta como uma máquina que repete
docilmente o trabalho, responde perguntas, cala-se ao simples apertar de teclas e
não provoca constrangimentos afetivos durante as situações de aprendizagem
propostas.
20

Pode-se afirmar então, que o uso pedagógico do computador é um fator que


efetivamente contribui com avanços consideráveis no processo de ensino-
aprendizagem. Como Valente (1991) destaca, o computador pode ser um grande
aliado no processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades
educacionais especiais porque dispõe de recursos como animação, som, imagem e
efeitos especiais, que superam as possibilidades didáticas e metodológicas
tradicionais, tornando o material didático e os conteúdos mais interessantes e
atrativos aos alunos. Porém, a área da educação especial ainda não consegue
explorar totalmente o computador como recurso didático.
O trabalho da criança depende de um acompanhamento didático por parte
de professores, pois as ações no processo se fazem através da associação dos
recursos humanos, computacionais e materiais. De outra forma, a ferramenta toma a
condição de um simples software educativo inteiramente frio e automatizado.
Deve se, portanto, levar em consideração os dois lados da socialização do
aluno. Numa primeira situação, valorizar a interação com os pares e, em um
segundo plano, atribuir atenção às necessidades e capacidades individuais do aluno
no processo de ensino-aprendizagem.
Há, entretanto, uma grande demanda por softwares educativos que
estimulem a socialização ao mesmo tempo em que reforcem os conteúdos e apóiem
processos de construção de conhecimentos em diferentes áreas de formação;
programas mais flexíveis e mais próximos da realidade da sala de aula.
O ambiente ideal se faz a partir da associação de diferentes recursos
(materiais, computacionais e humanos) em torno de um processo dinâmico de
ensino e de aprendizagem. Esses recursos, se estrategicamente associados, podem
em muito potencializar o ato de aprender, seja por livre descoberta, através de
atividades lúdico-pedagógicas ou em situações de trabalho cooperativo.
Segundo Santos e Souza (2003), a principal característica de um ambiente
de aprendizagem dessa natureza está no espaço criado para a construção de
conhecimentos através de um contexto diversificado (multimídia), tanto em termos
de canais de comunicação quanto em termos de recursos e estratégias
pedagógicas, visando diminuir o esforço cognitivo do indivíduo para atualizar suas
representações ou para construir novos conhecimentos.
A ludicidade é o agente instigador da atenção, motivador do indivíduo em
situações de transferência de aprendizagem, um dos principais desafios de toda e
21

qualquer ação educativa. As situações lúdicas desafiam a criança e provocam o


funcionamento do pensamento levando-a a bons níveis de desempenho, apesar de
suas dificuldades. Brincando, tal criança aprende com toda a riqueza do aprender
fazendo, espontaneamente, sem estresse ou medo de errar, mas com pleno
interesse pela aquisição do conhecimento, engajando-se livremente nas atividades,
pelo simples prazer de participar.
Por outro lado, como enfatiza Brito (2000), a flexibilidade de um ambiente
educativo multimediatizado pode oferecer ao professor maiores condições de
respeitar as diferenças individuais de seus alunos, oferecendo aos mesmos,
situações de aprendizagem cuja complexidade pode ser alterada em função de
demandas específicas, tornando assim, mais dinâmica e efetiva a sua ação
pedagógica.
O professor, como elemento integrante do ambiente educativo
multimediatizado, tem uma participação crucial, atuando na mediação e na
exploração adequada dos recursos tecnológicos e dos materiais concretos,
facilitando a cooperação e a interatividade entre os pares ou entre estes e o
conhecimento proposto pelo software. Tal fundamento é de grande importância para
que a criança possa participar efetivamente das atividades propostas e construir
regras de conduta que levem-na pensar com autonomia, já que o portador de uma
deficiência mental, por exemplo, embora seja capaz de atingir o pensamento lógico,
não faz esta evolução espontaneamente.
Por essa razão, a intervenção adequada do professor é de fundamental
importância para levar o aluno a observar as condições que mudaram na situação
presente e compará-la com as condições anteriores, para ajudá-lo a estabelecer
relações de causa e efeito entre os fatos e finalmente, para estimulá-lo a fazer
escolhas de estratégias alternativas para solucionar problemas.
22

3 FORMAÇÃO CONTINUADA

Fica implícito que, para uma educação de qualidade, deve-se investir com
seriedade na formação inicial e continuada dos profissionais da educação e, de
forma mais específica, na formação do magistério para todos os níveis e
modalidades educacionais.

3.1 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

Segundo a LDB, os professores devem possuir como formação mínima, a


modalidade normal do ensino médio para atuar na educação infantil e nas séries
iniciais do ensino fundamental. Para o ensino médio e na educação superior, exige-
se graduação superior. Entretanto, a formação desejável para todos os níveis e
modalidades é aquela oferecida em cursos superiores.
Ainda assim, a preparação para a educação especial é muito superficial no
nível inicial de formação, não preparando o educando para o desafio de uma classe
com proposta de inclusão ou sobre o atendimento aos alunos com NEE em classes
especiais. Portanto, esses atendimentos dificilmente poderão ser realizados por
pessoas que tenham apenas o atual curso de formação regular.
Propõe-se, não de hoje, uma reestruturação dos currículos dos cursos de
formação de professores, incluindo uma formação básica que englobe conteúdos
acerca das necessidades educativas especiais de alunos, garantindo ao professor
competência para a atuação em uma sala de aula regular.
Do ponto de vista teórico, é importante conhecer os aspectos gerais,
principalmente, dos diferentes tipos e graus de deficiência, das condutas típicas e de
super dotação, incluindo abordagens corretas para o desenvolvimento de cada uma
delas, levando-se em consideração cada etapa do processo de ensino-
aprendizagem.
Quanto ao aspecto do “saber fazer”, a prática efetiva junto a portadores de
necessidades educativas especiais desde a formação inicial é a chave para o
entendimento, pois estreita as relações entre teoria e prática. Dessa forma, os
educandos estarão minimamente preparados para trabalharem e desenvolverem a
habilidade de ensinar a todos os seus alunos.
23

3.2 FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE INFORMÁTICA EDUCACIONAL

O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no processo


educacional e no trabalho de reabilitação cognitiva proporciona ao aluno deixar de
ser apenas recebedor de informações para tornar-se, também, o responsável pela
construção de seu próprio conhecimento. O uso do computador permite que o
educando busque, selecione e relacione as informações.
No caso de um aluno com necessidades especiais, as TIC assumem
também o papel de prótese do conhecimento, ou seja, de um instrumento que facilita
a interação do aluno com o ambiente. Permite ao educando identificar as suas
limitações e potencialidades e, com a abordagem correta, ele poderá fazer uso
dessas potencialidades para vencer as dificuldades do seu desenvolvimento.
Porém, esses profissionais precisam de uma preparação para poder inserir
as TIC em seu cotidiano profissional. Mas não se trata apenas de dominar uma nova
técnica nem de desenvolver análises teóricas que possam fundamentar esse
trabalho. Como define Castellain (2002):

Trata-se de um processo de formação continuada inserido na prática do


profissional que vai em busca de teorias para refletir sobre essa prática,
melhor compreendê-la e transformá-la com vistas a favorecer o
desenvolvimento do sujeito aprendente, ao mesmo tempo que o profissional
também se desenvolve e se modifica.

Uma grande dificuldade encontrada nesse processo de integração entre o


pedagógico e a tecnologia é que, para haver integração em qualquer área, é
necessário que haja domínio dos assuntos que estão sendo integrados. E a
tecnologia, para muitos educadores cuja formação é de ciências humanas, por
muitas vezes é um assunto distante. Por outro lado, os aspectos educacionais,
psicológicos e sociais para o profissional de tecnologia também podem ser muito
problemáticos.
Para Valente (1993), tanto a assimilação de conceitos de informática ou
conceitos psico-pedagógicos quanto a mudança de postura, demandam tempo.
A formação de um professor que utilize as TIC no processo de ensino-
aprendizagem, não se faz apenas adicionando ao seu conhecimento as técnicas ou
conhecimentos de informática. O professor tem de relacionar o conhecimento
24

técnico da tecnologia à sua disciplina. Entretanto, o domínio do computador não


ocorre imediatamente, como exemplifica Valente (1988):

Dependendo do conhecimento desse profissional, a capacidade de dominar


o computador pode passar por um processo de formação de conceitos que
se assemelha muito à formação do conceito de permanência de objeto que
uma criança desenvolve durante os seus primeiros anos de vida.

O educador deve aprender a assimilar as funções do computador, relacionar


com as suas necessidades e de seus alunos e, acima de tudo, sentir-se confortável
com a tecnologia para que essa não se torne um empecilho.
Para o profissional da informática repete-se a história. O fato de “gostar de
criança” não o torna um educador de uma hora para outra. As bases teórica e
prática para esse profissional precisam estar bem alicerçadas. Deve-se conhecer
profundamente, o processo de aprendizagem, como ele acontece e saber como
intervir de maneira efetiva na relação aluno-computador. A ênfase do trabalho deve
ser a criação do ambiente de aprendizagem.
E para ambos, é importante a aquisição de conhecimento sobre como usar a
tecnologia do computador como ferramenta educacional, saber usar a informática
com seus alunos, detectar as dificuldades frente à máquina, saber intervir e auxiliar
o aluno a superar suas dificuldades.
25

4 SOFTWARES EDUCATIVOS

Softwares educativos são todos aqueles que auxiliam o processo de ensino-


aprendizagem, seja fornecendo ou trabalhando informações, em um ambiente
computacional interativo.

4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS COMPUTACIONAIS

Primeiramente, precisamos classificar os softwares ou programas de


computador. Classificaremos os softwares educativos em softwares que ensinam e
softwares que permitem serem ensinados pelo aluno. Na primeira categoria,
subdividimos em programas tutoriais, programas de exercício e prática e de jogos e
simuladores. Softwares que são “ensinados”, ou tutorados, são os que aceitam
instruções, como as linguagens de programação e as ferramentas, ou softwares
através dos quais o aluno manipule a informação.

4.1.1 Softwares tutoriais

A vantagem dos softwares tutoriais é o fato de o computador poder


apresentar o material com outras características que não são permitidas no papel,
como a animação, o som e a manutenção do controle do desempenho do aprendiz,
facilitando assim, o processo de administração das lições e possíveis intervenções.
Eles são muito difundidos, pois não geram grandes mudanças no ambiente
escolar. Eles são uma versão computadorizada do que já acontece na sala de aula
(Figura 1). O treinamento necessário para sua utilização é mínimo.
26

Figura 1 - Jogos
Fonte: Disponível em: <http://www.discoverykidsbrasil.com>. Acesso em: 01 nov. 2009

Por outro lado, o desenvolvimento de um bom tutorial é extremamente caro


e difícil. Percebe-se muita ênfase nos aspectos lúdicos e visuais em detrimento do
aspecto pedagógico ou do desafio apresentado pelo programa.
Neste tipo de programação, vislumbra-se a inserção das tecnologias de
inteligência artificial para atribuir mais interatividade entre o aluno e a máquina, o
que promove reações que desenvolvam o raciocínio mais propício em determinada
situação, livrando a criança da simples automatização. No entanto, o custo de
desenvolvimento são altos e os requisitos de hardware necessários para a execução
do mesmo, também.

4.1.2 Softwares de Exercício e Prática

Os programas de exercício e prática são recomendados para casos em que


se exija a memorização de conceitos, como as operações matemáticas, por
exemplo. Esses programas trabalham com interação rápida e frequente, ou seja,
exigem respostas e retornam a informação imediatamente. Fazem uso das
características gráficas e sonoras do computador e, geralmente, são apresentados
na forma de jogos, como os de pergunta e resposta (Figura 2), complete e
categorização.
27

Figura 2 - Quiz de Artes


Fonte: Disponível em: <http://www.historiadaarte.com.br>. Acesso em: 03 nov. 2009.

4.1.3 Jogos e simuladores

Talvez seja a forma mais difundida nas séries iniciais; os jogos exercitam a
educação através do lúdico, com atividades que acompanham o conteúdo de sala.
Com o devido acompanhamento, o aluno pode criar associações visuais e sonoras
mais concretas, auxiliando na fixação do aprendizado.
As simulações (Figura 3) criam ambientes por onde se pode caminhar
livremente dentro de um tema. Isso proporciona uma gama maior de possibilidades
de experimentação. Por exemplo, uma dada decisão pode acarretar em um novo
problema a ser resolvido.

Figura 3 - Jogo de Fazenda


Fonte: Disponível em: <http://www.ultradownloads.com>. Acesso em 03 nov. 2009.
28

É difícil reconhecer nos jogos disponíveis na internet, por exemplo, sua


capacidade de colaborar com os conteúdos dentro das salas de aula. Em todo caso,
cabe ao professor intermediar o uso correto desses softwares para se atingir o
resultado esperado, e não apenas com a função de diversão.

4.1.4 Programas tutorados

Nos chamados programas tutorados, a instrução é dada através de


comandos ou linguagens de programação, como por exemplo, o LOGO (Figura 4).

Figura 4 - Exercícios avançados em LOGO


Fonte: Disponível em: <http://www.meusdownloads.com.br>. Acesso em: 03 nov. 2009.

Criado em 1967 por Wally Feurzeig e Seymour Papert, a Linguagem LOGO


é voltada principalmente aos jovens. Por ser uma linguagem interpretada e simples,
estimula o raciocínio lógico do aluno, pois a instrução é prontamente executada,
mostrando o acerto ou erro imediatamente, obrigando o usuário a resolver e corrigir
o problema.

4.1.5 Ferramentas

Na última classificação estão as ferramentas, que são os programas para a


manipulação das informações. Várias dessas aplicações são natas dos sistemas
operacionais, como os softwares de pintura e calculadora, mas há outras, um pouco
29

mais avançadas, mas presentes em todos os computadores como os editores de


textos e planilhas.

4.2 ELABORAÇÃO DE SOFTWARE

Recomenda-se que a criação de programas computacionais para a


educação especial não envolvam objetivos muito complexos, ou que demandem
muito tempo, dado à volatilidade da atenção dos alunos. No entanto, é preciso
delimitar com precisão a situação problemática que se deseja alcançar.
É necessário, por parte do responsável pela elaboração do software, o total
entendimento dos objetivos visados pelo material didático e a forma como isso se
desenvolve, com vistas a todas as etapas do entendimento, das características da
população-alvo, das distâncias a serem rompidas, enfim, da estrutura geral da
aplicação.
Esse processo, como em todo desenvolvimento de software, não deve ser
distante do público-alvo. As sondagens são a melhor forma de coleta de dados, pois
indicarão o caminho e as dificuldades a serem enfrentadas. Para o sucesso da
empreitada, Santos e Souza (2003) destacam que “é importante que não se
economize recursos para que os interlocutores do software sejam devidamente
conhecidos, para que o material didático que lhe será destinado seja revestido de
pertinência, sentido e validade”.
A partir da definição dos objetivos de aprendizagem, o elaborador do
software poderá estruturar o conteúdo a ser trabalhado, organizar a quantidade e a
qualidade de informações disponibilizadas e selecionar as estratégias e
metodologias de ensino e de aprendizagem. Afinal, a construção do conhecimento é
resultado da integração dos conhecimentos anteriores do sujeito, das características
do canal e da estrutura do conteúdo pedagógico.
O próximo passo é definir a hierarquia do conteúdo a ser trabalhado. Deve-
se evidenciar o ponto principal a ser atingido, deixando em segundo plano as
informações que possam ser trabalhadas com mais determinação em período futuro.
Isso é importante para que a assimilação do conceito principal não seja ofuscada por
assuntos menos necessários.
30

O que se nota é que, para conceber o material didático assim definido, se


faz necessário um novo educador, situado em paradigmas educativos igualmente
inovadores, que deverá refletir em uma visão humana do professor, aliado a uma
visão técnica-lógica do programador.
31

5 AÇÕES E MELHORIAS

Hoje, o uso do computador está presente no cotidiano do ser humano. Isso


inclui a educação, setor em que a tecnologia vem sendo utilizada abertamente, por
ser uma poderosa e versátil ferramenta.
Cabe então à Educação Especial introduzir o aluno com NEE neste
universo. Segundo Bastos (2006), a inserção de um trabalho pedagógico apoiado no
computador pode despertar na criança, seja ela portadora de necessidades
especiais ou não, o interesse e a motivação pela descoberta do conhecimento, a
partir do mecanismo do aprender-fazendo.
Para isso, precisamos entender qual a necessidade deverá ser atendida,
para definir que intervenção ser tomada e qual tecnologia adotada.

5.1 ACESSIBILIDADE

Ser provido de acessibilidade é ter condições de uso, com autonomia e


segurança dos espaços e equipamentos. Assim como nas cidades, na informática
existem adaptações que possibilitam a utilização da tecnologia. Tecnologias
Assistivas é o termo para identificar todo recurso ou serviço tecnológico que auxilie
uma pessoa com qualquer tipo de limitação física ou mental.
Recursos são todos os materiais que possibilitam melhoras na capacidade
funcional da pessoa. Podem variar de soluções simples, como a bengala até a
complexos sistemas de informação.
Serviços são aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência
visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva, como a
fisioterapia, por exemplo.
As tecnologias assistivas estão divididas segundo a sua funcionalidade. A
presente classificação faz parte das diretrizes gerais da American with Disabillities
Act (Lei Americana de Pessoas Portadoras de Deficiência), porém não é definitiva e
pode variar segundo alguns autores.
32

5.1.1 Auxílios para a vida diária e vida prática

São materiais e produtos que promovem autonomia em tarefas rotineiras,


como se alimentar (Figura 5), cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar
necessidades pessoais.

Figura 5 - Colher adaptada


Fonte: www.vanzetti.com.br

5.1.2 CAA - Comunicação Aumentativa e Alternativa

São os equipamentos para as pessoas sem fala ou escrita funcional ou, em


defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou
escrever. Pranchas de comunicação (Figura 6), construídas com simbologia gráfica,
letras ou palavras escritas, são utilizados pelo deficiente para expressar questões,
desejos, sentimentos, entendimentos. Podemos citar ainda os vocalizadores
(pranchas com produção de voz) ou o computador com softwares específicos que
garantem grande eficiência à função comunicativa.
33

Figura 6 - Prancha de Comunicação


Fonte: Disponível em: <http://www.clik.com.br/mj_01.html>. Acesso em 01 nov. 2009.

5.1.3 Recursos de acessibilidade ao computador

São as soluções adaptativas específicas para tornar o computador acessível


para pessoas com dificuldades sensoriais e motoras.
São exemplos de equipamentos de entrada os teclados modificados,
mouses especiais e softwares de reconhecimento de voz. Entre os equipamentos de
saída podemos citar a síntese de voz, os monitores especiais, e as impressoras e
linhas braile (Figura 7).

Figura 7 - Linha Braille


Fonte: Disponível em: <http://warau.nied.unicamp.br/?id=t803>. Acesso em 01 nov. 2009.
34

5.1.4 Sistemas de controle de ambiente

São os controles remotos para ligar, desligar e ajustar aparelhos eletro-


eletrônicos como a luz, o som, televisores, abertura e fechamento de portas e
janelas.

5.1.5 Projetos arquitetônicos para acessibilidade

São adaptações urbanísticas para garantir acesso e mobilidade dentro de


edificações e nas cidades, como as rampas (Figura 8), elevadores, adaptações em
banheiros, que retirem ou reduzam as barreiras físicas.

Figura 8 - Acessibilidade
Fonte: Disponível em: < http://www.guaratuba.pr.gov.br/>. Acesso em 01 nov. 2009

5.1.6 Órteses e próteses

Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do corpo.


Órteses são colocadas junto a um segmento corpo, garantindo-lhe um
melhor posicionamento, estabilização e/ou função.
35

5.1.7 Adequação Postural

Um projeto de adequação postural diz respeito à seleção de recursos que


garantam posturas alinhadas, estáveis e com boa distribuição do peso corporal,
importante, principalmente, aos cadeirantes, por ficarem muito na mesma posição.

5.1.8 Auxílios de mobilidade

A mobilidade pode ser auxiliada por bengalas, muletas, andadores,


carrinhos, cadeiras de rodas manuais ou elétricas, ou qualquer outro veículo,
equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da mobilidade pessoal.

5.1.9 Auxílios para cegos ou para pessoas com visão subnormal

São os equipamentos que visam a independência das pessoas com


deficiência visual na realização de tarefas como consultar o relógio, cozinhar,
identificar cores e peças do vestuário. Inclui também lentes, lupas (Figura 9),
softwares leitores de tela, leitores de texto, ampliadores de tela, impressoras braile e
linha braile.

Figura 9 - Lupa eletrônica


Fonte: Disponível em: <www.solostocks.com.br>. Acesso em: 01 nov. 2009.
36

5.1.10 Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo

São os auxílios que incluem vários equipamentos como aparelhos para


surdez, sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.

5.1.11 Adaptações em veículos

São os acessórios e adaptações que possibilitam uma pessoa com


deficiência física dirigir um automóvel, facilitadores de embarque e desembarque
como elevadores para cadeiras de rodas.

5.2 PROGRAMAS

Existem diversos exemplos bem sucedidos de ações que, com o auxílio da


tecnologia, ajudam as pessoas com NE a superar as suas dificuldades, tanto no
contexto escolar, quanto no cotidiano.

5.2.1 A Educação Pública Municipal de Americana para a Inclusão

A rede Municipal de Americana, conta com dez Unidades Escolares, sendo


elas, três Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEF), um Centro de
Atendimento Integral à Criança (CAIC) e seis Centros Integrados de Educação
Pública (CIEP).
A rede municipal iniciou o processo de inclusão em meados da década de
1990, primeiramente a partir da Educação Infantil, através dos educadores das
unidades, e em alguns casos, em instituições especializadas, simultaneamente.
A partir de 2006, a SEDUC celebrou contratos com a Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais (APAE) e com o Centro de Prevenção à Cegueira (CPC),
com o intuito de atender às crianças e receber apoio técnico e formação dos
profissionais da rede municipal.
O Currículo – Proposta de Reforma e Reestruturação do Ensino
Fundamental da Secretaria de Educação de Americana (SEDUC) do ano de 2004
prevê e normatiza a Inclusão de alunos com NEE na rede regular de ensino.
37

O processo de inclusão é fundamentado com o objetivo de oferecer à


pessoa com NEE condições adequadas para o desenvolvimento do seu potencial,
proporcionando a sua inclusão no meio social.
Para isso, foram oferecidas adaptações curriculares frente às dificuldades de
aprendizagem dos alunos, ou seja, um currículo dinâmico, alterável e passível de
ampliação para atendimento integral a todos os educandos.
As Unidades Escolares contam com a Sala de Apoio e Intervenção
Pedagógica (SAIP), onde um professor especializado em educação especial
encontra um ambiente apropriado para o desenvolvimento do atendimento
individualizado em paralelo com o da sala de aula. Neste contexto, o contato do
aluno com o computador e suas aplicações específicas, acelera o processo de
assimilação do conteúdo.
Os laboratórios de informática contam com computadores, entre quinze e
vinte máquinas, todas com acesso à Internet, monitoradas pelos estagiários de
informática, que dão o suporte técnico e prezam pela manutenção e organização
das salas. Nesse caso, a integração com a classe possibilita trabalhar a socialização
e o trabalho cooperativo.

5.2.2 Alunos da Universidade Federal de João Pessoa (UFPB) na APAE

Desde 2002, com a doação de um laboratório de informática, através do


Programa Informática na Educação Especial (PROINESP) o projeto de informática
aplicada à educação especial foi implantado na APAE de João Pessoa, com a ajuda
de professores e alunos voluntários da UFPB.
O PROINESP está ligado à Secretaria de Educação Especial (SEESP) do
Ministério de Educação e consiste na implantação de laboratórios de informática em
instituições de educação especial e formação de professores para a aplicação
desses recursos.
O projeto espera que os alunos da APAE a se apropriem do conhecimento
com maior facilidade, contribuindo para a qualidade de vida, independência e
inclusão. Proporcionar ao aluno com necessidades especiais o acesso às novas
tecnologias, habilitando-o ao uso do computador para que tenha acesso às
38

informações do mundo, o que possibilita a sua inclusão em todos os setores da


sociedade, ou seja, reafirmando sua cidadania.
Os responsáveis pelo projeto esperam ainda que desperte no aluno
universitário, o interesse e o respeito pelas pessoas com NEE.
Atualmente, o laboratório conta com diversas tecnologias assistivas como o
teclado especial que funciona de acordo com a atividade desenvolvida, o teclado de
colméia que evita que se pressione a tecla errada, como também um acionador que
faz a função do clique do mouse, permitindo adequações necessárias para o melhor
aproveitamento das capacidades dos usuários.
Ao utilizar o computador, o educando tem a possibilidade de realizar
atividades lúdicas como jogos com bastantes sons e imagens de acordo com as
suas necessidades, visando a estimulação auditiva, a comunicação, a interatividade
e a interdisciplinaridade, constituindo assim, um instrumento cognitivo para os
alunos e um meio privilegiado de mediação no processo de ensino para professor.

5.2.3 Dedos dos pés

O site Dedos dos Pés, do pernambucano Vicente Ronaldo Correia Junior, foi
criado em 1997 e é um relato vivo de como a tecnologia pode ajudar no
desenvolvimento de uma pessoa com necessidade especial. Devido à paralisia
cerebral, resultado de um acidente no parto, Vicente enfrentava diversos problemas
comunicacionais e motores. A paralisia dos membros superiores não é empecilho
para as mais diversas tarefas.
Aprendeu a digitar com os pés e desde então, com a internet ele conversa
com os amigos e acessa serviços bancários. "Na Internet sou valorizado pela
inteligência, pelo humor, pelo bom papo", afirma. "Nela, ninguém nunca me achou
com cara de deficiente mental, que é o preconceito que mais sofro". Como ele
mesmo relata, teve acesso apenas até a sexta série do Ensino Fundamental, mas
ainda assim é capaz de discursar sobre variados temas, como ciência, economia,
além da superação das dificuldades do dia-a-dia.
39

CONCLUSÃO

A Educação especial sempre causa um impacto muito grande, aos


professores, em sua primeira experiência. O ser humano se assusta com o novo,
com o diferente. A partir do momento em que se chega mais próximo, consegue-se
entender que os problemas são causados pela concepção errônea dos defeitos. Os
desafios existem, mas não são muito mais complicados do que aqueles enfrentados
pelas pessoas denominadas normais. A beleza da natureza humana sempre existe,
apesar das limitações.
Esse é o fator apaixonante da educação como um todo. Apesar dos
percalços, o aluno ultrapassa as barreiras e desenvolve o seu conhecimento de
forma natural, deixando as dificuldades para trás como se elas nunca tivessem
acontecido.
Ainda se tem um caminho enorme a ser trilhado nesse sentido. As políticas
públicas estão se desenvolvendo, talvez não no ritmo que se queira, mas ainda
assim, estão evoluindo, chegando a uma visão mais humana da educação.
Mas ela não depende apenas das iniciativas dos governos. É preciso uma
mobilização popular para o entendimento das pessoas com NEE, quebra de
paradigmas e preconceitos para que a sociedade perceba que, além dos direitos, ela
tem responsabilidades com a igualdade.
Aos educadores, a solução para a educação é mais educação, e exigir a
formação continuada para o desenvolvimento profissional e pessoal. E mais, a auto
formação, ou seja, a busca por conta própria aos novos métodos de educar e de
aprender, pois como já dito, o ser humano é um ser em constante evolução.
A tecnologia não pode ser encarada como a solução de todos os problemas
da educação. É mais uma ferramenta que auxilia no processo de ensino-
aprendizagem. Jamais virá um dia a substituir o professor dentro da sala de aula,
pois ainda que façam maravilhas, depende de alguém que dê as instruções.
Este trabalho não chega a uma verdade absoluta, pois há muito que se
discutir e descobrir sobre esse tema. As soluções apresentadas, por mais válidas e
embasadas que estejam, não preenchem satisfatoriamente as necessidades
apresentadas.
40

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