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MedCurso + MED
*Gestação começa na nidação, que ocorre na fase de blástula/blastocisto
Clínico
o Presunção – queixas sistêmicas, mamárias:
Nâusea matinal, polaciúria, mastalgia, atraso menstrual (se for mais
que duas semanas, é probabilidade), melasma, Tubérculo de
Montgomery, Rede de Heller (rede venosa), Sinal de Hunter (aréola
secundária)
o Probabilidade – útero (3), vagina (1), vulva (1):
Sinal de Hegar – amolecimento do istmo
Piskacek – assimetria uterina (onde há nidação, cresce mais)
Nobile-Budim (toque do útero com preenchimento do fundo de saco
lateral
Jacquemier – meato uretral e vulva roxos
Kenge – vagina violácea
o Certeza – ouvir ou sentir gestação
Puzos – rechaço fetal (presente após a 14ª semana)
Movimentação fetal – percebida pelo médico (18ª-20ª semana)
Ausculta – sempre palpar o pulso da mãe concomitantemente – sonar
12 semanas; Pinard: 20 semanas
Laboratorial
o HCG na urina ou sangue – pico entre 8 e 10 semanas
Subunidade alfa comum ao FSH, LH, TSH. Por isso, falso positivo
no teste de farmácia
Subunidade beta só no HCG
*Beta HCG no sangue é mais sensível; na urina, presente apenas após 14 dias após a
nidação. A não ser pela hemaglutinação reversa, que detecta com 1 a 3 dias.
Imagem (USGTV)
o Saco gestacional – 4 semanas;
o Vesícula vitelínica – 5 semanas;
o Embrião visível – 6 semanas
o Batimento Cardíaco Embrionário – 7 semanas;
o Saco gestacional => 25 mm sem embrião é igual a OVO CEGO
o A USG mais fiel é aquele feita entre 6 e 12 semanas
*B-HCG > 1.500 + Útero vazio = ectópica
Pré-Natal
Ministério da Saúde preconiza no mínimo 6
o 1 no primeiro trimestre, 2 no segundo e 3 no terceiro.
Vitaminas
o Sulfato Ferroso – manter Hb acima de 11 a partir da 20 semana até o final da
lactação
o Ácido Fólico
Pra prevenir DTN: 3 meses antes até o fim do primeiro trimestre.
Manter até o fim da gestação pra evitar megaloblástica
o Exercícios físicos e atividade sexual – mantê-las
o Data provável do parto: 9 meses + 7 dias
Vacinação
o Pode fazer: raiva, meningocócica; deve fazer: dTPa, Hep B e Influenza
o Não pode: tríplica viral, Sabin, Varicela, BCG e Febre Amarela (a não ser que
o risco de não fazer seja maior)
Aconselhamento Genético
Exames Não-Invasivos – rastreio; oferecer a todas pctes
o Biofísico (11-14 semanas)
TN
Osso Nasal
Ducto Venoso
o Teste Duplo (11-13 semanas)
HCG e PAPP-A
o Teste Triplo (> 15 semanas)
HCG, AFP e Estriol
o Teste Quádruplo (> 15 semanas)
Triplo + inibina
*Sd deDown – APAE (Abaixa PAAP-A, AFP e Estriol)
Exames Invasivos (para aquelas com rastreio positivo ou fatores de risco: > 35
anos, anomalia congênita na família, perda de repetição, consanguinidade)
o Bx de Vilo (entre 10 e 13 semanas) – 1% de mortalidade fetal
o Amnbiocentese (14-16 semanas) – 0,5% de mortalidade fetal
o Cordocentese (após 18 semans) – 1 a 3% de mortalidade fetal
Aula 2 – Parto
Termo: entre 37 semanas e 41 semanas + 6 dias
Prematuridade (<37 semanas)
Fatores de risco: prematuridade prévia (maior), fatores cervicais, anemia,
desnutrição, polidrâmnio, infecções, drogas
Predição:
o fibronectina fetal no colo/vagina se aumentado, sugestivo de TP; se
diminuído, não é TP (alto VPN)
o USG entre 18 e 24 semanas com colo < 25mm. Indicado apenas para alto
risco de prematuro
Conduta
o TPP entre 24 e 34 semanas: CTC (2x betametasona 12 mg IM de 24/24
horas ou 4x dexametasona 6mg IM de 12 em 12 horas)
o TPP entre 24 e 34 semanas, tocólise também (parir se Sofrimento Fetal
Agudo ou corioamnionite):
Beta agonista – CI: DM, EAP
Indometacina – CI: > 32 semanas (ducto arterioso)
Nifedipino – CI: hipotensão
Atosiban (antagonista da ocitocina)
*neuroproteção: sulfato de magnésio nos partos < 32 semanas. 4g EV + 1g/h até
nascimento
o TPP > 34 semanas: fazer parto
Indução de Parto
Ocitocina
o Ideal para BISHOP >= 9 (DeLee, dilatação, apagamento, consistência,
posição)
Misoprospotol se BISHOP desfavorável
o Se houver cicatriz uterina, não usar
Krause: sonda de foley através do orifício cervical
Estática do Parto
Atitude: relação das partes fetais entre si
Situação: longitudinal, transversal, oblíqua
Posição: relação do dorso fetal com o abdome da mãe
Apresentação: cefálica, pélvica ou córmica
FLEXÃO – toca-se a Lambda (sempre que tocar a Lambda, é FLEXÃO)
DEFLETIDA 1ª – toca-se o Bregma
DEFLETIDA 2ª – toca-se a Glabela
DEFLETIDA 3ª – toca-se o Mento
Sinclitismo: sem inclinação lateral da cabeça; ela desce reta (simétrica)
Assinclitismo:
o Posterior – sutura sagital próxima à pube
o Anterior – sutura sagital próxima ao sacro
Manobras de Leopold:
o 1º Tempo: situação – mão no fundo
o 2º Tempo: posição – mãos nos flancos
o 3ª Tempo: apresentação – “prender” a provavel cabeça do feto
o 4ª Tempo: insinuação (altura) – neste último tempo, o médico fica de costas
para a paciente
Trajeto (Pág 15)
Estreito Superior
o Conjugata anatômica (inútil)
o Conjugata obstétrica (da face medial da sínfise púbica ao promontório)
Por onde o feto tem de passar
o Conjugata diagonalis (promontório até a borda inferior da sínfise púbica)
Obstétrica é a diagonalis menos 1,5 cm
Estreito Médio
o Espinhas isquiáticas menor diâmetro
Tem de ter ao menos 10 cm
Usá-las para anestesiar o pudendo interno
Usa para avaliar insinuação (DeLee zero é na altura das espinhas)
Estreito Inferior
o Conjugata exitus – preocupar-se apenas se Hx de Fx de cóccix
Mecanismo
Tempos principais/tempos acessórios
o 1) insinuação/flexão
o 2) descida/rotação interna
o 3) desprendimento/deflexão
o 4) restituição/desprendimento de ombros
Como confirmar a insinuação?
o DeLee zero
o Dedo na penetra no quarto tempo de Leopold
Períodos do Parto
1. Dilatação
Inicia-se com o TP
i. 2/3cm com dilatação progressiva
ii. 2/3 contrações a cada 10 minutos, rítmicos e regulares
Termina com 10 cm de dilatação
Cd:
i. Dieta líquidos cláros
ii. Sem acesso EV a priori
iii. Deambulação livre; evitar decúbito dorsal
iv. Não fazer tricotomia e enteróclise
v. Amniotomia: evitar
vi. Tocar a cada 1 ou 2 horas
vii. Ausculta BCF:
Antes/durante/após a contração
a. Se baixo risco: 30/30 min – não fazer CTG nesses casos
2. Expulsivo
Após dilatação total até expulsão completa do feto
i. Anormal
> 1 hora em multípara
> 2 horas em primípara
Cd:
i. Ausculta de 15/15 minutos se baixo risco e 5/5 minutos se alto
ii. Episiotomia. Avaliar se feto grande, fórcipe ou vácuo-extrator.
Mediana: < dor no pós.op; > risco de lesão de reto
Medio-lateral: > dispaurenia; > lesão muscular
Como proteger o períneo?
i. Ritgen Modificada – levantar períneo
E se o ombro não sai?
i. McRoberts – flexão e abdução de coxas
ii. Pressão Supra-púbica
iii. Jacquemier – tirar o braço posterior antes
iv. Woods: girar a caça no sentido ântero-posterior
E se a cabeça não sai no parto pélvio?
i. Manobra de Bracht – hiperfletir dorso em direção da barriga da mãe
ii. Manobra de Liverpool – aquele do qual o professor tem medo – deixar
dependurado o RN
iii. Fórcipe de Piper
3. Secundamento
Saída da placenta
i. Schultze – normal
ii. Duncan – parte suja (sangue) antes
Manobras auxiliares
i. 10 UI de ocitocina IM após expulsão
ii. Traçaõ controlada do cordão
iii. Manobra de Fabre – avalia se ja deslocou. Uma mão traciona o
cordão enquanto a outra está no fundo avaliando o deslocamento
4. 4º período (Greenberg)
Primeira hora após o secundamento
Hemostasia
i. Miotamponagem
ii. Trombotamponagem
Partogramas Anormais
Fase Ativa Prolongada
o Dilatação < 1cm por hora discenesia uterina?
Parada secundária da dilatação
o Dilatação parada por 2 horas DCP?
Parada Secundária da Descida
o Já na fase expulsiva, altura parada por 1 hora
Período Pélvico Prolongado
o Descida lenta, mas não parou (só no expulsivo também)
Aula 3 – Sangramento
*Gestação de até 4 semanas pode ser invisível à USG
*Gestante com IG < 20s sangrando... até prova em contrário está ABORTANDO
Primeira Metade
Abortamento
Dça Trofoblástica
Ectopia
*primeiro exame em sgto de primeira metade ESPECULAR
*Lembrar que existem causas benignas de sgto, como pós coito, uma vez que o colo
gravídico é mais friável, e como o próprio sangramento da invasão trofoblástica (Arias
Stella?
Abortamento
Interrupção antes da 20, 22ª semana de gestação ou 500g
Precoce é aquele com 12 semanas ou menos, e o tardio, o após 12 semanas
Espontâneo ou Provocado:
o Criminoso
o Legal: estupro (basta a gestante declarar ter sido estuprada; ela assume a
afirmação) – estupro só permite aborto (ou seja, até 20ª/22ª semana); risco à
mãe (laudo de 2 médicos bastam; Hipertensão Pulmonar grave/Sd de
Eisenmenger é um exemplo); anencefalia (USG de dois médicos diferentes
com mais de 12 semanas). Todo resto autorização judicial
Esporádico – no máximo duas vezes. Causa mais comum é trissomia (do 16)
Habitual (3x ou mais)
o Incompetência Istmo Cervical
Aborto tardio; colo curto; dilatação indolor; feto vivo; mulher com hx
de prematuros prévios. Cerclar com 12 a 16 semanas (técnica de
McDonald). Normalmente, a paciente conta a história: primeira
gestação foi prematuro e não senti nada; o segundo mais prematuro
ainda; o terceiro, um aborto tardio...
o Síndrome do Anticorpo Antifosfolípede
Hx de TEV ou de colagenose; feto morto; colo normal; anticorpos nas
sorologias. Dx: 1 critério clínico (pode ser aborto de repetição) + 1
critério laboratorial (anticardiolipina e/ou anticoagulante lúpico e/ou
anto-beta-2-glicoproteína). VDRL caiu! Tratar com AAS + Heparina
o Insuf. De Corpo Lútero (meio que dx de exclusão)
Abortos precoces (lembrar que o corpo lúteo mantém a progesterona
até 10 a 12 semanas); colo normal. Tto com progesterona.
Quadro Clínico do Aborto
Colo Aberto Apresentação Conduta
Incompleto Útero menor com restos Esvaziar
Útero Compatível com embrião (vivo ou
Inevitável morto) + Dor (o útero tá tentando expulsar o Esvaziar
feto)
Esvaziar + Genta e
Infectado Febre, fedor, leucocitose
Clinda
Colo Fechado
Útero menor e vazio (até 15mm de
Completo Orientar
endométrio)
Ameaça Embrião Vivo; útero compatível Repouso + Analgesia
Retido Embrião morto e útero menor Esvaziar
Como esvaziar?
o < =12 semanas: curetagem ou Aspiração Manual Intra-Uterina (AMIU)
o > 12 semanas (já tem formação óssea):
Sem feto, curetagem
Com feto, misoprostol (800ug) e, se precisar, curetagem
Gravidez Ectópica
Atraso menstrual, dor abdominal e útero vazio à USG (mais de 4 semanas,
lembra?)
Sangramento decorre da reação de Arias-Stella (reação que ocorre em qualquer
gravidez e é o endométrio se preparando) – sangramento discreto
Lugar mais comum: trompa (ampola)
Lugar em que evolui mais: abdominal
Fatores de risco:
o DIP; ectopica prévia; endometriose; tabaco; DIU; negra; > 35a; Cx abdominal
Dx
o Clínico (atraso + dor) + B-HCG + USG com útero vazio
B-HCG > 1.500 + Útero vazio = ectópica
*em termos práticos, se não houver nada no útero com B-HCG > 1.000, estranhar!
Tto
o Expectante pcte assintomática, com beta-HCG caindo sozinho (Dr Mário,
lembra?!). Tá abortando!
o Medicamentos pcte estável e trompa íntegra. Indicativos de bom
prognóstico: BCF ausente; massa < 3,5 cm; B-HCG < 5.000. MTXm IM dose
única. B-HCG 4 e 7 dias depois. Deve cair no mínimo 15%. Repetir TX até no
máximo 3 vezes.
o Cirurgico conservador: ectópia íntegra e desejo de gestar – salpingostomia
laparoscópica (fecha por 2ª intenção)
o Cirurgico radical: ectópica rota ou prole constituída. Salpingectomia
laparoscópica na estabilidade e via laparotomia na instabilidade
hemodinâmica.
*Ectópica Rota = Salpingectomia
Segunda Metade
Descolamento Prematuro de Placenta
Placenta Prévia
Roturas
DPP
Fatores de Risco: HAS, trauma, > 35 anos, tabagismo, retração uterina súbita
(polidrâmnio, gemelares), cocaína.
Clínica: dor abdominal decorrente das cólicas, taquissitolia (> 5 contrações em 10
minutos), hipertonia uterina (deflagrando Sofrimento Fetal Agudo).
o Sangue escuro, com coágulo;
o Em 20% dos casos, sangramento oculto!
Dx
o É clínico!!
Conduta (dependo do feto)
o Vivo interromper gestação pela via mais rápida (CST normalmente; se
parto iminente, VAGINAL) + ou – amniotomia (diminui a pressão intra-
uterina, poupando feto; diminui sangramento, poupando mãe e diminui
inclusive CIVD)
o Morto via vaginal preferencialmente; se demorar, CST. Amniotomia
sempre!! Isso porque feto morto = DPP Grave (hematoma grande, fatores de
coagulação consumidos...)
Complicações
o 1) Atonia uterina (útero de couvaleire – apoplexia uteroplacentária):
1) massagem uterina + ocitocina (misoprostol pode ser alternativa)
2) sutura de B-Lynch
3) Ligadura de artérias hipogástrica e uterina (só pra prova)
4) histerectomia Subtotal (mantém colo; é mais rápida)
o 2) Sd de Sheehan: necrose hipofisária pós-parto com agalactia e
amenorréia.
o 3) CIVD: tromboplastina é empurrada para circulação materna pelo
sangramento retroplacentário
Coletar 8 ml de sangue em condições normais, temos um coágulo
em 10 minutos que semantém firme por no mínimio mais 15 minutos.
Placenta Prévia
Placenta próxima ou sobre orifício interno do colo – após 28 semanas!!
Classificação: marginal ou parcial ou total (esta, a indicação absoluta clássica de
CST)
Clínica. Sangramento:
o Progressivo
o Repetição
o Espontâeno
o Vermelho Vivo
o Indolor
o Ausência de Hipertonia
Fatores de Risco (placenta se mete entre o colo uterino e o feto):
o CST ou Curetagem prévia
o Idade superior > 35 anos
o Multiparidade
o Endometrite
o Tabagismo e Gemelaridade – ambos aumentam a massa placentária
o NÃO É FATOR DE RISCO HAS
Dx
o Clínico
o Nunca fazer toque vaginal na suspetia de placenta prévia. Especular!!
o A USG confirma e classifica a Placenta Prévia
Cd
o Se a termo, interromper
o Prematuro. Depende do sangramento:
Intenso interromper!
Discreto expectante (CTC para maturar pulmão)
o Via de Parto
Total CST
Parcial a maiori a é CST
Marginal depende do sgto durante o TP
Complicações
o 1) Apresentação anormal: pélvica, córmica.
o 2) Puerpério Anormal: hemorragia e sangramentos
o 3) Penetração Uterina Anormal (acretismo)
Acretismo Placentário
Classificação
o AcretA mais profundo no endométrio que o normal, até a camada
esponjosa. Dá pra dequitar!
o Increta chega ao miométrio. Histerê pós-parto
o Percreta chega à serosa. Histerê pós-parto.
Dx
o Pré-natal USG ou RNM
o Após-parto dificuldade de dequitar!
Roturas
1) Rotura de Seio Marginal (final da placenta, entre a face materna e a fetal)
o Sangramento durante TP;
o Indolor, espontânea, vermelho vivo, tônus normal, sem SFA; porém, com
USG normal (ou seja, clínica de placenta prévia, mas com inserção
normal). Dx: histopatológico. Cx: Parto TransPélvico
2) Rotura de Vasa Prévia (vaso entre apresentação e o colo)
o Único sgto de 2ª metade que é FETAL
o Ruptura de vasos umbilicais desprotegidos da geléia de Whartom entre a
apresentação e o colo.
FR: placenta bilobadas, suscenturiadas ou inserção vilamentosa de
cordão (este é o principal FR). Sangramento após amniorexe + SFA
(acontece sem avisar, num TP normal, sem dificuldades. Isso porque,
ao romper a bolsa amniótica, rompe-se o vaso desprotegido).
Cd:
CST de emergência;
Se Dx no PN CST eletiva (não deixar entrar em TP).
3) Rotura Uterina
o Fatores de risco
Multiparidade; Kristeller (aquele que é violência obstétrica); cicatriz
uterina (CST, miomectomia); parto obstruído; má-formação uterina
o Iminência de Rotura (sd de Bendl-Frommel) – dor intensa!!
Sinal de Bendl: anel separando corpo do segmento (mnemônico –
BANDA)
Sinal de Frommel: ligamento redondo distendido, anterior ao útero,
palpável (FRONTE)
Cd: CST!
o Rotura consumada
Alívio da dor
Palpação de partes fetais no abdômen
Sinal de Clark – enfisema subcutâneo
Sinal de Reasens – subida da apresentação fetal
Cd: rafia ou histerê!
Pré-Eclâmpsia
PA >= 140x90 + proteinúria patológica (> 300 mg/dia) ou PU com uma cruz de
proteína a partir da 20ª semana
Fisiopato: perto da 20ª semana, há uma queda aguda na PA pelo fim da segunda
onda de invasão trofoblástica (a primeira se dá entre a 6ª e 12ª semana e a
segunda, entre a 16 e 22ª). Na ausência da segunda onda, teremos aumento da
resistência e diminuição do fluxo e, pela isquemia placentária, lesão endotelial
com liberação de radicais livres e aumento de tromboxanas e diminuição de
prostaciclinas. A proteinúria decorre da glomerulo endoteliose capilar. No fígado,
ocorre necrose periportal, havendo comprometimento da síntese protéica, o que
diminui a pressão oncótica e, portanto, leva à edema.
Fatores de risco
o Pré-eclâmpsia anterior (pessoal ou familiar)
o Primípara ou exposição excessiva (gemelar, mola)
o Vasculopatia
Classificação
o Leve abaixo de 160x110 e sem sinais de gravidade:
PAS >= 160; PAD >= 110; proteinúria >= 5g/dia; EAP; oligúria, HELLP;
iminência de eclâmpsia (cefaléia, escotomas, epigastralgia,
hiperreflexia)
Conduta
o Anti-hipertensivo não fazer se PA < 160x110 mmHg
Objetivo PAS entre 140-155 e PAD entre 90 e 100
o Manutenção (usar até dose máxima antes de associar)
Metildopa VO
Hidralazina VO
Pindolol VO
o Crise
Hidralazina EV
Labetalol EV
Nifedipino VO
*Não usar diuréticos, iECA e propanolol (os beta-blocks tem CI relativa)
o Prevenção da Eclâmpsia (convulsão) em toda pré-eclâmpsia grave ou
episódio prévio de convulsão
Sulfato de Magnésio (ataque + manutenção até 24 horas após parto
ou última convulsão)
Pritchard (fazer se não houver bomba infusora)
o A – 4g EV + 10g IM
o M – 5g IM de 4/4 horas
Zuspan (em bomba infusora)
o A – 4g EV
o M – 1 a 2 g/h EV
Sibai (em bomba infusora)
o A – 6g EV
o M – 2-3g/h EV
Risco de intoxicação – avaliar:
Reflexo patelar + frequencia respiratória + diurese
o Se reflexo ausente, fazer gluconato de cálcio
o Se < 12 irpm, fazer gluconato de cálcio
o Se oligúria, diminuir a dose
o Interromper a gestação apenas após estabilização
PréEclâmpsia Leve expectante até termo se possível
Grave parto!! Se < 34 semanas, tentar fazer CTC; se > 34
semanas, parto!
Via avaliar condições maternas e fetais. Pode ser transpélvico
Diabetes Gestacional
Fisiopato: enxurrada de hormônios contra-insulínicos (estrogênio, progesterona,
cortisol, lactogênio placentário). “A gestação testa o pâncreas!”
Dx
o Primeira consulta < 92 TOTG com 75g entre 24 e 28 semanas
o Primeira consulta < 126 e > 92 DM gestacional
o Primeira consulta > 126 DM prévop (repetir para confirmar
Glic. Capilar > 200 com sintomas ou HbA1C > 6,5% tbm fazem o Dx
o TOTG entre 24 e 28 semanas
GJ > 92 ou 1ª hora > 180 ou 2ª hora > 153 fazem o diagóstico
*Para o MS:
GJ na primeira consulta < 85 e fatores de risco negativos, repetir GJ entre 24 e 28
semanas. Se HJ entre 85 e 126 ou algum fator de risco positivo, TOTG entre 24 e
28 semanas. Aqui, o corte muda: GJ 95; 1ª hora 180 e 2ª hora 155; mas precisa de
2 alterados para fazer o Dx.
Classificação
o A1 tto sem insulina
o A 2 tto com insulina
o B, C, D... – D em diante tem doença vascular (não se aconselha esperar até
a 40ª semana)
Tto
o DM Gestacional
Dieta fracionada + atividade física + controle glicêmico
Na refratariedade, insulina
o Dm Prévio
Insulina
No primeiro trimestre e pós parto, diminuir dose
No segundo e terceiro trimestres, aumentar a insulina (se isso
não ocorrer, pensar em insuficiência placentária – menos
hormônio lactogênico)
Parto
o Binômio bem indicação obstétrica
o Macrossomia, Sofrimento Fetal Agudo CST
Complicações
o Macrossomia, distócio de espáduas, polidrâmnio, MF fetais (apenas na DM
prévia – a mais específica éa Sd da Regressão Caudal
Demais Intercorrências
Infecções urinárias
o E. coli, tratar bacteriúria assintomática ( > 100.000) + urinicultura de controle
1 a 2 semanas após (amox; nitrofurantoína); cistite maneja-se igual.
o Se 2 cistites ou 1 pielonefrite, profilaxia até parto
o Pielonefrite internar + ATB parenteral
Gemelaridades
o Némero de ovo fertilizados (zigoto)
o Número de placentes (córion)
Monocoriônica apresenta maiores riscos
o Número de cavidades amnióticas (âmnio)
Monoamniôtica apresenta maiores riscos
o Fatores de Risco
*gêmeos univitelínicos não são fatores de risco para gemelaridade
Hx familiar com genes fraternos
Raça e idade (dizigóticos)
Técnicas de fertilização (mono e dizigóticos)
o Dx
Sexos diferentes Dizigóticos
Monocoriônica sinal do T (membrana fina separando)
Dicoriônica sinal do Y ou da Lamba (membrana mais septada)
*Monocoriônica pode fazer Sd da Transfusão Feto-fetal: decorre da anastomose
arteriovenosas; mais comum em diamnióticos. Feto doador pálido, olidrâmnico e com
RCIU; receptor, polidrâmnico e hidrópico. Melhor critério discordância do volume da
bolsa amniótica.
FÓRCIPES
Condições para
Tipos Indicações
APLICAR
Puerpério
*Imediato (1º ao 10º dia)
*Tardio (11º ao 45º dia)
Normal
o Mama 1º dia colostro; apojadura (descida) até o 3º dia
3 etapas: 1) mamogênese (desenvolvimento da mama); 2)
lactogênese (início da lactação); 3) lactopoieses (manutenção da
lactação) depende de estímulo (sucção)
o Ovário ovulação em 6 a 8 semanas (não não estiver amamentando)
o Útero na CU após parto; intrapélvico em 2 semanas
o Colo fechado em 1 semana
o Vagina crise vaginal atrofia tão intensa que impede o coito (como se
fosse um vaginismo fisiológico), para evitar a entrada de patógenos pelo colo
aberto
o Lóquios até 4º dia, avermelhado; > 10 dias, esbranquiçados.
Se vermelho após 1 semana, restos placentários?!
Odór fétido, febre, pus infecção!!
Patológico
Endometrite
o Temperatura axilar > 38ºC por mais de 48 horas, do segundo ao décimo dia
pós parto
o FR: CST é o maior; desnutrição; anemia; RPMO; multiplos toques
o Etiologia: polimicrobiana
o Profilaxia: Cefalo de primeira na CST (indução anestésica); integridade de
bolsa; TP sem muitos toques; assepsia
o Tto: clinda + genta EV até 72 horas assintomáticas
*Endometrite pós décimo dia, pensar em clamídia
*Febre persistente apesar de ATB USG para procurar abscesso. Drenar e manter
ATB
*Sem abscesso, tromboflebite pélvica séptica?! Heparina e manter ATB
Hemorragia
o 4 Ts Tônus (atonia), Trauma (laceração de canal), Tecido (restos
placentários) e Trombo (coagulopatia)
o Atonia Uterina
FR: gemelaridade, polidrâmnio, corioamnionite, TP prolongado ou
rápido demais
Cd (MMORREU): Massagem de FU Manobra de Hampton
Ocitocina (Misoprostol (800 a 1.000 ug)) Rafia de B-lynch Rafia
Vascular Embolização de art. uterina Última alternativa:
histerectomia
o Prevenção
10 UI IM de ocitocina após expulsão fetal