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Estado do Piauí

Assembleia Legislativa
17a Legislatura

24 anos - Revisada e Adequada à Constituição Federal/1988 - 25 anos

2ª Edição
Outubro de 2013
Estado do Piauí
Assembleia Legislativa
17a Legislatura
Deputado Themístocles Filho
Presidente
ATO DA MESA Nº 185/2013, de 27 de junho de 2013.
Comissão de Adequação à Constituição Federal:

Deputado Antônio Félix


Presidente
Deputado Mauro Tapety
Vice-Presidente
Deputado Ismar Marques
Relator
Deputada Margarete Coelho
Revisora
Valdílio de Souza Falcão Filho
Membro
Lafayette Pereira Andrade
Membro
José Lopes de Sousa Neto
Membro
Marcos Patrício Nogueira Lima
Membro
Edmar Rodrigues Junior
Membro
Antonio Terceiro Matos
Membro

Piauí- Constituição do Estado do


(leis,etc.)

Constituição do Estado do Piauí: Texto Revisada e Adequada:
constitucional promulgado em 5 de outubro de 1989, com alterações adotadas
pelas Emendas Constitucionais nº 1/91 a 41/2013, Revisada e Adequada à
Constituição da República Federativa do Brasil. Obra organizada por Mar-
cos Patrício Nogueira Lima - Teresina: Escola do Legislativo Prof. Wilson
Brandão, 2013.
Adequada até a Emenda Constitucional Federal 73/2013.
1. Piauí - Constituição (1989) I- Marcos Patrício Nogueira. II -
Themístocles Filho. III - Antônio Félix - IV - Mauro Tapety.
V - Ismar Marques. VI -Margarete Coelho.
Estado do Piauí
Assembleia Legislativa
17a Legislatura
Deputado Themístocles Filho
Presidente

CONSTITUIÇÃO
DO ESTADO DO PIAUÍ - 24 ANOS
Revisada e adequada à Constituição Federal / 1988 - 25 anos
Marcos Patrício Nogueira Lima
Organizador

Constituição do Estado do Piauí, promulgada em 5 de outubro de 1989


Assembleia Legislativa do Estado do Piauí
17a Legislatura

Presidente
Deputado Themístocles Filho

• atualizada e preparada até a Emenda Constitucional Estadual nº 41,


de 10 de setembro de 2013;
• íntegra das Emendas Constitucionais;
• textos originais dos artigos alterados;
• legislação federal, estadual e municipal;
• índice sistemático e alfabético-remissivo;

Teresina - 2013
Escola do Legislativo Prof. Wilson Brandão
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ
ANOTADA - 24 ANOS
17ª LEGISLATURA - 2° PERÍODO
MESA DIRETORA

DEP. THEMÍSTOCLES FILHO


Presidente
DEP. ISMAR MARQUES DEP. MARDEN MENEZES
1°Vice-Presidente 2° Vice-Presidente
DEP. FLÁVIO JÚNIOR DEPª. JULIANA MORAES SOUZA
3° Vice-Presidente 4° Vice-Presidente
DEP. FÁBIO NOVO DEP. HÉLIO ISAÍAS
1° Secretário 2° Secretário
DEP. JURACI LEITE DEP. EVALDO GOMES
3° Secretário 4° Secretário

DEPUTADOS

AMPARO PAES LANDIM - PSD JURACI LEITE - PSD


ANA PAULA - PMDB JOÃO MÁDISON - PMDB
ANTONIO FÉLIX-PSD LIZIÊ COELHO - PTB
BELÊ - PSB LUCIANO NUNES - PSDB
CÍCERO MAGALHÃES - PT MARDEN MENEZES - PSDB
EDSON FERREIRA - PSD MARGARETE COELHO - PP
EVALDO GOMES - PTC MAURO TAPETY - PMDB
FÁBIO NOVO - PT MERLONG SOLANO - PT
FERNANDO MONTEIRO - PTB NERINHO - PTB
FLÁVIO JÚNIOR - PDT REJANE DIAS - PT
GUSTAVO NEIVA - PSB ROBERT RIOS - PDT
HÉLIO ISAÍAS - PTB THEMÍSTOCLES FILHO - PMDB
HENRIQUE REBELO - PT UBIRACI CARVALHO - PROS
ISMAR MARQUES - PSB WARTON SANTOS - PMDB
JULIANA MORAES SOUZA - PMDB WILSON BRANDÃO - PSB

SUPLENTES CONVOCADOS

ANTONIO UCHÔA - PROS JOILSON - PTB


DEUSIMAR BRITO-TERERÊ - PSDB NIZE RÊGO - PSB
FLORA IZABEL - PT PASTOR GESSIVALDO - PRB
FRANCISCO RAMOS - PSB RONCALLI PAULO - PSDB
JOÃO DE DEUS - PT TADEU MAIA - PSB
APRESENTAÇÃO

Mais uma vez com redobrado júbilo experimento com muita alegria e satis-
fação de ver realizada mais uma etapa das metas a que me propus no inicio de minha
gestão no legislativo piauiense, quando expressei o desejo de a partir de então se
operasse no âmbito da Assembleia Legislativa do Piauí transformações que a tornasse
uma verdadeira oficina da democracia e um instrumento de ressonância dos anseios
populares, geradora de normas de condutas disciplinares dos atos de gestão pública,
digna, portanto, do respeito de todos, desde os parlamentares, servidores da Casa e
acima de tudo da população piauiense.
As condições para atingir essas metas foram desde então anunciadas e logo
implementadas numa demonstração inequívoca de que o desejo e os propósitos desta
Presidência eram de fato exequíveis. Assim, aconteceram a construção do Anexo ao
Palácio Petrônio Portella; a implantação da TV Assembleia, posteriormente da Rádio
FM Assembleia; reforma total das dependências do Prédio Sede da ALEPI; criação
do Complexo do Grande Dirceu, posteriormente transferido para o IFPI, que lá está
implantado um Campus avançado daquela Instituição de Ensino Superior; instalação
da Escola do Legislativo Prof Wilson Brandão, marco de grandes realizações no campo
do saber para servidores e toda Comunidade piauiense, que promove a aproximação
desta Assembleia Legislativa com o povo que, assim, pode interagir com o parlamen-
to piauiense fortalecendo o exercício da cidadania e o sentimento de credibilidade e
respeito ao trabalho da instituição.
Assim, é com grande e justificado orgulho que entrego novamente aos
piauienses a Carta Magna do Estado, fato também já efetivado em 2008, mas, agora,
inteiramente atualizada e consolidada, com todas as emendas aprovadas, inclusive a
de nº 41/2013, cuja importância é realçada pelo Dep. Antonio Félix, protagonista da
primeira adequação em 2008.
Trata-se de trabalho enriquecido com notas já inseridas na edição anterior pelo
Dr Nelson Nery Costa e desta feita acrescentadas pelo Dr Marcos Patrício Nogueira,
que como abnegado servidor da Casa, juntamente com uma equipe de funcionários da
Assembleia Legislativa levaram adiante um trabalho árduo, para dar uma nova feição
aos reclames da sociedade piauiense, adequando a nossa Carta Magna à Constituição
Federal, que este ano completa 25 anos de existência.
As mudanças ocorridas nesta edição da Constituição do Estado do Piauí re-
flete o clamor da sociedade para a correta fiscalização dos todos os entes públicos, no
tocante a irretocável aplicação dos recursos do cidadão, contribuindo desta forma, para
dar mais transparência no uso do dinheiro do contribuinte.

Deputado Themístocles Filho


Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí

V
Considerações sobre os
vinte e cinco anos da Constituição Federal do Brasil
e a Revisão da
Constituição do Estado do Piauí
*Marcos Patricio Nogueira Lima

Para toda uma geração que viveu a transição entre o regime militar e a con-
solidação para o Estado Democrático de Direito, fica a convicção que o recomeço da
vida democrática da nação brasileira ocorreu através da promulgação da Constituição
Federal de 1988, que completou 25 anos em 05 de outubro deste ano.
Muitas considerações já foram feitas sobre a reconhecida Constituição Cidadã,
que foi acusada de ser confusa, longa e exaustiva, até mesmo contraditória. No entan-
to, a Carta mostrou ser, na verdade, um marco que consagrou os direitos e garantias
fundamentais para o povo brasileiro.
A Carta de 1988, que foi a oitava constituição brasileira, nasceu como uma
panacéia para todos os males do povo brasileiro representou para muitos a esperada luz
democrática ao Estado brasileiro, que vivia a superação os traumas de um período som-
brio de ausência de liberdade e conseqüentemente da falta de convivência democrática.
Essa ausência de democracia não só retardou em anos o amadurecimento do
povo brasileiro, como atrasou em décadas o desenvolvimento e aperfeiçoamento das
instituições, o que estamos instados a fazer, “a toque de caixa”, a um custo social e
político inquestionável e que só a historia poderá avaliar na verdade.
A Constituição Federal de 1988 inaugurou de forma muito importante uma
nova ordem jurídico-politica no Brasil, alicerçada, sobretudo, na tutela e nas garantias
inafastáveis aos direitos fundamentais dos cidadãos e de avanços políticos inques-
tionáveis como a elevação do município brasileiro à condição de terceira unidade na
esfera estatal.
Desta forma, a Carta Cidadã desde 05 de outubro de 1988, ou seja, no seu
nascimento, presenciou grandes acontecimentos na gênese da política brasileira,
estimulando, cada vez mais, a participação do povo na vida pública e no controle
democrático dos governantes, o que implicou desde o processo de impeachment de
Presidente da República ocorrido no passado à marcha da população nas ruas com as
manifestações de 2013.
Dentro deste contexto, a Constituição do Piauí de 1989 trouxe para o nosso
Estado, não só os avanços políticos e de cidadania que foram adequados ao texto da
Carta Magna, mas uma mentalidade progressista e de novo ideário político e social que
iniciou outra era de avanços sem precedente na Historia do Piauí.
Assim, após todos estes anos de sua promulgação, vem garantindo a estabilida-
de das relações jurídico-políticas, e se mostrando um diploma normativo cada vez mais
VII
atual e próximo aos cidadãos piauienses, sendo luz neste despertar democrático que se
evidencia em nosso Estado e que nesses novos dias se lembra de pensar e reivindicar,
pois raiou novamente a consciência da liberdade de manifestação.
Embora a Constituição Federal de 1988 já tenha sido emendada 74 vezes,
cumpre destacar que o mais importante é o fato de não de terem sido transgredidas as
cláusulas pétreas, garantidoras de direitos e espinha dorsal de nossa Lei Maior, e mesmo
que tramitem no Congresso Nacional cerca de outras 1.700 propostas de emenda cons-
titucional, permanece firme a convicção do respeito do legislador e da força do grande
guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal na defesa dos seus princípios e
das conquistas do povo brasileiro.
Quanto a Constituição do Estado do Piauí, que neste momento passa por sua
quadragésima primeira emenda, muitas de suas reformas se deram para a adequação
ao texto federal, e algumas para o aperfeiçoamento das instituições do próprio Estado,
como na tentativa de evolução do controle interno e do controle externo, como no caso
da Emenda 41, etc. Essa profusão de emendas se deve, ao contexto inicial de um Estado
Democrático ainda em formação, o que leva a convencer os legisladores da idéia de
que um texto legal só é forte quando está inserido na Constituição.
Durante as discussões na Comissão de Reforma da Constituição do Estado do
Piauí, após cinco anos da última reforma do Texto Constitucional, muito se debateu
e discutiu sobre a necessidade de avançar no campo do aperfeiçoamento democrático
e das instituições, bem como da responsabilidade com a sociedade na reforma da Lei
Maior de um Estado; e ficou bastante marcado em todos os membros, contribuintes
com seus estudos e esclarecimentos para o processo de reforma, “que cada passo não
é ferrugem no aço” e que estamos assim todos desde o jovem que protesta na rua por
dias melhores, aos técnicos que transformam em texto a vontade dos parlamentares, e
principalmente o representante legislativo que transforma sua vontade outorgada pelo
povo em Norma Constitucional, fazendo história, e tentando contribuir para fazer do
Piauí um lugar melhor para se acreditar e viver.

*Marcos Patricio Nogueira Lima


Membro da Comissão da Reforma da Constituição
Professor da Universidade Federal do Piauí.
Procurador Legislativo

VIII
Prefácio

É com grande entusiasmo que, após 24 anos da promulgação da Constituição


Estadual do Piauí, apresento, como presidente da Comissão de Adequação à Consti-
tuição Federal, a nossa Carta Magna, atualizada e em consonância com o documento
pátrio brasileiro.
A decisão da Assembleia Legislativa do Piauí de reproduzir a Constituição do
Estado, com as devidas atualizações reflete o compromisso com o aperfeiçoamento
do Estado Democrático de Direito e uma prestação de serviço valiosa à população
piauiense, que poderá dissipar as suas dúvidas à luz desta compilação das leis que
regem o Estado do Piauí.
Nas páginas a seguir estão elencados os direitos e deveres de todos os piauien-
ses, agrupados em uma série de normas que orientam o convívio de nossa sociedade,
de forma a estabelecer uma relação justa entre os indivíduos.
A atualização da nossa legislação é fator imperativo para o exercício das ati-
vidades administrativas e para o cumprimento dos direitos individuais dos cidadãos
piauienses. É certo que a Constituição Federal figura como o ápice do ordenamento
jurídico brasileiro, e como representantes de um povo, é de grande importância que o
Legislativo estadual organize suas leis à luz do Princípio Federativo. No entanto, há que
se resguardar as peculiaridades culturais e sociais de nossa gente, herdeira da Batalha
do Jenipapo, e, dessa forma, assegurar os instrumentos democráticos que auxiliam na
busca de seu destino.
A elaboração deste material, bem como o seu relançamento, consiste num
importante marco da história do Piauí. A presente publicação atende às necessidades
dos mais variados setores da sociedade e servirá como um importante instrumento para
os profissionais e estudantes da área jurídica, além de uma relevante e ampla fonte
de consulta a todas as gerações e, por isso, sua popularização deve ser estimulada ao
máximo.
Como forma de justiça, faz-se necessário o reconhecimento público aos
agentes que se empenharam na construção deste material, integrantes da equipe da
Assembleia Legislativa que empregaram sua competência e compromisso na realização
dessa empreitada.
Atribui-se a Rui Barbosa a frase que diz: ‘’O princípio dos Princípios é o respei-
to da consciência, o amor da verdade.’’, baseado nesta máxima, em nome do parlamento
piauiense, entrego ao Piauí sua Constituição atualizada e adequada, na certeza de que o
seu fiel cumprimento seja fundamental para a ampliação dos horizontes do nosso povo.

Dep. Antônio Félix


Presidente da Comissão de Adequação à Constituição Federal

IX
HINO DO ESTADO DO PIAUÍ (*)

Salve terra que aos céus arrebatas Piauí, terra querida,


Nossas almas nos dons que possuis: Filha do sol do equador,
A esperança nos verdes das matas, Pertencem-te a nossa vida,
A saudade nas serras azuis. Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba,
Piauí, terra querida, Rio abaixo, rio arriba,
Filha do sol do equador, Espalhem pelo sertão
Pertencem-te a nossa vida, E levem pelas quebradas,
Nosso sonho, nosso amor! Pelas várzeas e chapadas,
As águas do Parnaíba, Teu canto de exaltação
Rio abaixo, rio arriba,
Espalhem pelo sertão Possas tu, no trabalho fecundo
E levem pelas quebradas, E com fé, fazer sempre melhor,
Pelas várzeas e chapadas, Para que, no concerto do mundo,
Teu canto de exaltação! O Brasil seja ainda maior.

Desbravando-te os campos distantes Piauí, terra querida,


Na missão do trabalho e da paz, Filha do sol do equador,
A aventura de dois bandeirantes Pertencem-te a nossa vida,
A semente da Pátria nos traz. Nosso sonho, nosso amor!
As águas do Parnaíba,
Piauí, terra querida, Rio abaixo, rio arriba,
Filha do sol do equador, Espalhem pelo sertão
Pertencem-te a nossa vida, E levem pelas quebradas,
Nosso sonho, nosso amor! Pelas várzeas e chapadas,
As águas do Parnaíba, Teu canto de exaltação
Rio abaixo, rio arriba,
Espalhem pelo sertão Possas Tu, conservando a pureza
E levem pelas quebradas, Do teu povo leal, progredir,
Pelas várzeas e chapadas, Envolvendo na mesma grandeza
Teu canto de exaltação O passado, o presente e o porvir.

Sob o céu de imortal claridade,


Nosso sangue vertemos por ti, * Letra de Antônio Francisco Da Costa e Silva.

Vendo a Pátria pedir liberdade, Música de Firmina Sobreira e Pe. Cirilo Chaves.

O primeiro que luta é o Piauí.


XI
ÍNDICE SISTEMÁTICO

Apresentação Deputado Themístocles Filho......................................................................... V

Considerações sobre os vinte e cinco anos da Constituição Federal do Brasil e a Revisão


da Constituição do Estado do Piauí....................................................................................... VII

Hino do Estado do Piauí....................................................................................................... XI

Prefácio................................................................................................................................. IX

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ DE 1989....................................................... XIX

PREÂMBULO...................................................................................................................... XXI

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (arts. 1º a 4º)......................................................... 23

TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (arts. 5º a 9º)..................................... 27

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E DOS MUNICÍPIOS (arts. 10 a 58)
CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO (arts. 10 a 18)
Seção I - Disposições Gerais (arts. 10 a 12)
Seção II - Da Competência do Estado (arts. 13 a 16)............................................................... 31
Seção III - Dos Bens do Estado (arts. 17 a 18)......................................................................... 37
CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL (arts.19 a 35)
Seção I - Disposições Gerais (arts.19 a 30).............................................................................. 40
Seção II - Da Remuneração do Prefeito, Do Vice-Prefeito e Do Vereador (art. 31)................. 53
Seção III - Do Orçamento e Da Fiscalização (arts. 32 a 35).................................................... 54
CAPÍTULO III - DA INTERVENÇÃO NO MUNICÍPIO (arts. 36 a 37)............................... 56
CAPÍTULO IV - DAS REGIÕES METROPOLITANAS, AGLOMERAÇÕES URBANAS
E MICRORREGIÕES (art. 38)................................................................................................ 58
CAPÍTULO V - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (arts. 39 a 58)
Seção I - Disposições Gerais (arts. 39 a 52)................................................................................ 59
Seção II - Dos Servidores Públicos (arts. 53 a 57)..................................................................... 65
Seção III - Dos Servidores Militares do Estado (art. 58).......................................................... 85

TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES (arts. 59 a 155)
CAPÍTULO I - DO PODER LEGISLATIVO (arts. 59 a 93)
Seção I - Disposições Preliminares (arts. 59 e 60)................................................................... 86
Seção II - Das Atribuições da Assembleia Legislativa (arts. 61 a 64)..................................... 90
Seção III - Dos Deputados Estaduais (arts. 65 a 68)............................................................... 96
Seção IV - Das Comissões (arts.69 a 72)................................................................................ 101
Seção V - Do Processo Legislativo (arts. 73 a 79)...................................................................103
Seção VI - Das Reuniões (arts. 80 a 81)..................................................................................109

XIII
Seção VII - Da Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa (arts. 82 e 83)....................... 111
Seção VIII - Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (arts. 84 a 93)................. 112
CAPÍTULO II - DO PODER EXECUTIVO (arts. 94 a 111)
Seção I - Do Governador e Vice-Governador do Estado (arts. 94 a 01)................................. 120
Seção II - Das Atribuições do Governador do Estado (art. 102).............................................122
Seção III - Da Responsabilidade do Governador do Estado (arts. 103 a 106)........................ 126
Seção IV - Dos Secretários de Estado(arts. 107 a 111)........................................................... 128
CAPÍTULO III - DO PODER JUDICIÁRIO (arts. 112 a 140)
Seção I - Disposições Gerais (arts. 112 a 121).........................................................................129
Seção II - Do Tribunal de Justiça (arts. 122 a 124)................................................................. 140
Seção III - Dos Juizes de Direito (arts. 125 a 127)..................................................................147
Seção IV - Dos Juizados Especiais (arts. 128 a 129).............................................................. 148
Seção V - Do Tribunal do Júri (art. 130)................................................................................. 149
Seção VI - Da Justiça Militar (arts. 131 a 133)....................................................................... 149
Seção VII - Dos Juizes da Paz (arts. 134 a 138)......................................................................150
Seção VIII - Das Serventas de Justiça (arts. 139 a 140).........................................................152
CAPÍTULO IV - DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA (arts. 141 e 155)
Seção I - Do Ministério Público (arts. 141 a 149)....................................................................153
Seção II - Da Advocacia Pública (arts. 150 a 152)..................................................................163
Seção III - Da Defensoria Pública (arts. 153 e 154)................................................................168
Seção IV - Da Advocacia (art. 155).........................................................................................170

TÍTULO V
DA SEGURANÇA PÚBLICA (arts. 156 a 163)
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (arts. 156 a 158)...........................................171
CAPÍTULO II - DA POLÍCIA CIVIL (arts. 159 a 160-A)..................................................... 172
CAPÍTULO III - DA POLÍCIA MILITAR E DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
(arts. 161 e 162).......................................................................................................................174

TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO (arts. 164 a 182)
CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO ESTADUAL (arts. 164 a 175)
Seção I - Dos Princípios Gerais (arts. 164 a 165-....................................................................177
Seção II - Das Limitações do Poder de Tributar (arts. 166 e 167)...........................................178
Seção III - Dos Impostos do Estado (arts. 168 a 170-A).........................................................182
Seção IV - Dos Impostos dos Municípios (art. 171)................................................................189
Seção V - Da Repartição das Receitas Tributárias(arts. 172 a 175).........................................192
CAPÍTULO II - DAS FINANÇAS PÚBLICAS (arts. 176 e 182)
Seção I - Normas Gerais (arts. 176 a 177)...............................................................................194
Seção II - Dos Orçamentos (arts. 178 a 182)............................................................................195

TÍTULO VII
DA ORDEM ECONÔMICA (arts. 183 a 200)
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS (arts. 183 a 189)............................................. 205
CAPÍTULO II - DA POLÍTICA URBANA (arts. 190 a 195).................................................208
CAPÍTULO III - DA POLÍTICA AGRÍCOLA FUNDIÁRIA (arts. 196 a 200).................. 210

XIV
TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL (arts. 201 a 252)
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÃO GERAL (art. 201)
CAPÍTULO II - DA SEGURIDADE SOCIAL (arts. 202 a 215)
Seção I - Disposição Geral (art. 202)
Seção II - Da Saúde (arts. 203 a 209)..................................................................................... 213
Seção III - Da Previdência e Assistência Social (arts. 210 a 215)............................................. 217
CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO (arts. 216 a 228-A)......................................................... 219
CAPÍTULO IV - DA CULTURA E DO DESPORTO (arts. 229 a 233)
Seção I - Da Cultura (arts. 229 e 230)..................................................................................... 226
Seção II - Do Desporto (arts. 231 a 233)................................................................................ 230
CAPÍTULO V - DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA (arts. 234 a 235)...................................... 231
CAPÍTULO VI - DA COMUNICAÇÃO SOCIAL (art. 236)................................................. 232
CAPÍTULO VII - DO MEIO AMBIENTE (arts. 237 a 246).................................................. 233
CAPÍTULO VIII - DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO
(arts. 247 a 252)....................................................................................................................... 237

TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS (arts. 253 a 262)............................... 243

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS................................... 249

EMENDAS CONSTITUCIONAIS ESTADUAIS

Emenda Constitucional nº 1, de 27 de junho de 1991, que altera e suprime dispositivos da


Constituição Estadual.............................................................................................................. 262

Emenda Constitucional nº 2, de 27 de junho de 1991, que altera a redação do § 6º, do art. 88,
da Constituição Estadual......................................................................................................... 263

Emenda Constitucional nº 3, de 26 de agosto de 1991, que suprime dispositivo da Constituição


Estadual.................................................................................................................................. 264

Emenda Constitucional nº 4, de 08 de outubro de 1993, que altera dispositivo da Constituição


Estadual................................................................................................................................... 264

Emenda Constitucional nº 5, de 19 de abril de 1996, que altera dispositivos da Constituição


Estadual...................................................................................................................................... 265

Emenda Constitucional nº 6, de 25 de abril de 1996, que altera dispositivos da Constituição


Estadual................................................................................................................................... 266

Emenda Constitucional nº 7, de 17 de dezembro de 1997, que cria dispositivo Constitucional


sobre mudança de topônimo de Município............................................................................. 266

Emenda Constitucional nº 8, de 15 de dezembro de 1997, que modifica o art. 147, da Constituição


Estadual................................................................................................................................... 267

XV
Emenda Constitucional nº 9, de 17 de dezembro de 1999, que altera dispositivos da Constituição
Estadual.................................................................................................................................. 267

Emenda Constitucional nº 10, de 17 de dezembro de 1999, que modifica dispositivos da


Constituição Estadual em face das alterações introduzidas na Constituição Federal pela

Emenda Constitucional nº 19, de 04. de julho de 1998........................................................... 268

Emenda Constitucional nº 11, de 03 de maio de 2000, que altera a redação de dispositivos


da Constituição Estadual......................................................................................................... 276

Emenda Constitucional nº 12, de 05 de setembro de 2000, que altera dispositivo da Constituição


Estadual.................................................................................................................................. 277

Emenda Constitucional nº 13, de 21 de dezembro de 2000, que modifica a redação, do art.


223, da Constituição do Estado do Piauí ................................................................................ 278

Emenda Constitucional nº 14, de 19 de junho de 2001, que suprime dispositivo,


acrescenta parágrafo e altera a redação do §8º, do art. 237, da Constituição do Estado
do Piauí.................................................................................................................................................... 278

Emenda Constitucional nº 15, de 29 de junho de 2001, que modifica o art. 152, da Constituição
Estadual................................................................................................................................... 279

Emenda Constitucional nº 16, de 29 de junho de 2001, que altera dispositivo da Constituição


Estadual................................................................................................................................... 280

Emenda Constitucional nº 17, de 17 de dezembro de 2001, que altera os arts. 63, VIII, e 177,
da Constituição Estadual, e suprime o § 1º, do art. 5º, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias.............................................................................................................................. 280

Emenda Constitucional nº 18, de 17 de abril de 2002, que modifica o § 5º, do art. 88, da
Constituição Estadual............................................................................................................. 281

Emenda Constitucional nº 19, de 16 de janeiro de 2004, que altera a composição do Tribunal


de Justiça Estadual.................................................................................................................. 282

Emenda Constitucional nº 20, de 04 de março de 2004, que altera dispositivo da Constituição


Estadual................................................................................................................................... 282

Emenda Constitucional nº 21, de 25 de abril de 2006, que modifica os arts. 80 e 81 da Constituição


Estadual................................................................................................................................... 283

Emenda Constitucional nº 22, de 20 de junho de 2006, que altera o § 2º, do art. 98, da Constituição
Estadual................................................................................................................................... 283

Emenda Constitucional nº 23, de 01 de novembro de 2006, que altera dispositivos da Constituição


Estadual................................................................................................................................... 284

XVI
Emenda Constitucional nº 24, de 04 de abril de 2007, que dá nova redação ao art. 102, da Constituição
Estadul................................................................................................................................... 285

Emenda Constitucional nº 25, de 14 de dezembro de 2007, que dá nova redação ao caput


do art. 235, da Constituição Estadual..................................................................................... 286

menda Constitucional nº 26, de 01 de julho de 2008, que dá nova redação aos dispositivos
da Constituição Estadual........................................................................................................ 286

Emenda Constitucional nº 27, de 17 de dezembro de 2008, que ajusta a Constituição Estadual


com as alterações ocorridas na Constituição da República Federativa do Brasil e dá outras
providências............................................................................................................................ 287

Emenda Constitucional nº 28 de 16 de dezembro de 2009, que altera o parágrafo único do


art. 28 da Constituição do Estado do Piauí e dá outras providências...................................... 309

Emenda Constitucional nº 29 de 23 novembro de 2010, que altera o art. 18, § 2º, da Constitui-
ção Estadual (proibição de alienação de bens públicos nos cento e oitenta dias antecedentes
à posse do Chefe do Executivo)............................................................................................. 309

Emenda Constitucional nº 30 de 27 setembro de 2011, que altera a denominação do Capítulo


VIII do Título VIII da Constituição do Estado do Piauí e modifica o seus arts. 248 e 250
para cuidar dos interesses da juventude. ................................................................................ 310

Emenda Constitucional nº 31 de 27 setembro de 2011, que altera a redação do inciso III e do


§ 1º, ambos do art. 18 da Constituição do Estado do Piauí......................................................... 311

Emenda Constitucional nº 32 de 27 outubro de 2011, que altera o limite de idade para a apo-
sentadoria compulsória do servidor público................................................................................ 312

Emenda Constitucional nº 33 de 15 dezembro de 2011, que altera a redação da alínea “a” do


inciso IV do art. 21 da Constituição do Estado do Piauí.............................................................. 313

Emenda Constitucional nº 34 de 20 de dezembro de 2011, que acrescenta os parágrafos 8º e


9º ao art. 166 da Constituição do Estado...................................................................................... 314

Emenda Constitucional nº 35 de 30 de outubro de 2012, que acrescentam-se os parágrafos


1º e 2º ao art. 40 da Constituição do Estado do Piauí.................................................................. 314

Emenda Constitucional nº 36 de 30 de outubro de 2012, que dá nova redção ao artigo 18 da


Constituição do Estado do Piauí, e dá outras providências......................................................... 315

Emenda Constitucional nº 37 de 11 de dezembro de 2012, que A1tera o inciso XXII do Art.


102 da Constituição Estadual e dá outras providências................................................................. 316

Emenda Constitucional nº 38 de 13 de dezembro de 2012, que altera o art. 90 da Constituição


do Estado do Piauí, dispondo sobre o mandato dos controladores
internos de cada Poder e instituição.............................................................................................. 317

XVII
Emenda Constitucional nº 39 de 16 de julho de 2013, que dá nova redação ao inciso III do
art. 3º da Constituição Estadual, ampliando o rol de discriminações expressamente vedadas,
e dá outras providências................................................................................................................ 317

Emenda Constitucional nº 40 de 16 de julho de 2013, que dá nova redação ao parágrafo 1° do


art. 40 da Constituição do Estado do Piauí....................................................................................... 318

Emenda Constitucional nº 41 de 16 de setembro de 2013, que ajusta a Constituição do Estado


do Piauí com as alterações ocorridas na Constituição da República Federativa do Brasil, e dá
outras providências....................................................................................................................... 319

Índice Alfabético-Remissivo da Constituição do Estado do Piauí.......................................... 325

XVIII
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ DE 1989

• A Constituição do Estado do Piauí foi publicada no DOE nº 186,


de 05.10.1989, pp. 1 a 31
• Atualizada até a Emenda Constitucional Estadual nº 41, de
10.09.2013, publicada, no DOE nº 179, de 19. 09. 2013, pp. 3 a 5.

XIX
PREÂMBULO

Nós, representantes do povo, em Assembleia Constituinte, sob a


proteção de Deus, continuadores das tradições de combatividade, firmeza,
heroísmo e abnegação dos nossos antepassados, decididos a organizar
uma sociedade aberta às formas superiores de convivência, fundada nos
valores da liberdade, da igualdade e do trabalho, apta a preservar a sua
identidade no contexto geral da nação brasileira, promulgamos a seguinte
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ.

• Preâmbulo da Constituição Federal.

XXI
Constituição do Estado do Piauí Arts. 1º a 3º

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ


TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º O Estado do Piauí integra, com autonomia político-admi-


nistrativa, a República Federativa do Brasil e rege-se por esta Constituição
e leis que adotar, observados os princípios da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 1º, caput, em parte.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou, diretamente, nos termos desta Consti-
tuição.
• Constituição Federal, art. 1º, caput e § 1º.
• Lei Complementar Federal nº 78, de 30.12.1993, sobre o número de
deputados federais por Estado ou Distrito Federal, e Lei Federal nº
9.709, de 18.11.1998, sobre plebiscito, referendo e iniciativa popular.
Art. 2º O território do Estado, constituído por Municípios, tem os
limites assegurados pela tradição, documentos históricos, leis e julgados, e
não podem ser alterados senão nos casos previstos na Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 18, §3º, em parte.
Art. 3º São objetivos fundamentais do Estado:
• Constituição Federal, art. 3º, caput, em parte”.
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
• Constituição Federal, art. 3º, I.
II - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigual-
dades sociais e regionais;
• Constituição Federal, art. 3º, III.
• Lei Complementar Federal nº 111, de 06.07.12001, sobre o Fundo
de Combate e Erradicação da Pobreza, Lei Federal nº 10.638, de

23
Constituição do Estado do Piauí
06.01.2003, sobre o Programa Permanente de Combate à Seca (PRO-
SECA), Lei Federal nº 10.835, de 08.01.2004, que institui a Renda
Básica de Cidadania, e Lei Federal nº 10.689, de 13.06.2003, sobre
o Programa Nacional de Acesso à Alimentação (PNAA).
• Lei Estadual nº 5.642, de 12.04.2007, sobre o Instituto de Desenvolvi-
mento do Piauí - IDEPI; Lei Estadual nº 5.622, de 28.12.2006, sobre
o Fundo de Combate à Pobreza - FECOP; Lei Estadual nº 5.320, de
18.08.2003, sobre a Comissão Especial de Incentivos ao Primeiro
Emprego; Lei Estadual nº 5.317, de 23.07.2003, sobre o Fundo de
Investimentos Econômicos e Sociais do Estado do Piauí - FIES.
III - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, etnia,
raça, sexo, cor, deficiência física, visual, auditiva, intelectual ou múlti-
plas, idade, estado civil, orientação sexual, convicção religiosa, política,
filosófica ou teológica, trabalho rural ou urbano, condição social, por ter
cumprido pena e quaisquer outras formas de discriminação.”
• Redação dada pela EC Estadual nº 39, de 16.07.2013.
• O texto anterior dispunha:
• III - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
• Constituição Federal, art. 3º, IV.
• Lei Complementar Estadual nº 51, de 23.08.2005, sobre a Delegacia
de Defesa e Proteção dos Direitos Humanos e Repressão às Condutas
Discriminatórias.
Art. 4º O Estado rege-se, nas relações jurídicas e nas suas atividades
político-administrativas, pelos seguintes princípios.
• Constituição Federal, art. 4º, em parte.
• Lei Federal nº 8.081, de 21.09.1990, que estabelece os crimes e as
penas aplicáveis aos atos discriminatórios ou de preconceito de raça,
cor, religião, etnia ou procedência nacional.
I - constitucionalidade das leis;
• Constituição Federal, art. 23, I, em parte.
II - independência e harmonia dos Poderes;
• Constituição Federal, art. 2º, em parte.
III - legalidade dos atos administrativos;
IV - igualdade de todos perante a lei;

24
Constituição do Estado do Piauí Art. 4º
• Constituição Federal, art. 5º, caput, em parte.
• Lei Federal nº 7.716, de 05.01.1989, e Lei Federal nº 9.459, de
13.05.1997, ambas sobre os crimes resultantes de preconceito de raça
ou de cor, e a Lei Federal nº 10.778, de 24.11.2003, sobre notificação
compulsória em caso de violência contra a mulher que for atendida
em serviços de saúde públicos e privados.
V - certeza e segurança jurídicas nas relações de direito em geral;
VI - prevalência dos direitos fundamentais, individuais, coletivos,
sociais, culturais e políticos.
• Constituição Federal, art. 4º, II, em parte.
• Lei Estadual nº 5.046, de 07.01.1999, que institui o “Dia Estadual da
Consciência Negra no Estado do Piauí”.

25
Constituição do Estado do Piauí Art. 5º

TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Art. 5º O Estado assegura, no seu território e nos limites de sua


competência, a inviolabilidade dos direitos e garantias fundamentais que a
Constituição Federal confere aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no país.
• Constituição Federal, art. 5º, caput, em parte.
• Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Resolução
nº 217, de 10.12.1948, da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU)
e Convenção Americana de Direitos Humanos - Pacto de São José da
Costa Rica, de 22.11.1969.
§ 1º Incorre na penalidade de destituição de mandato administra-
tivo, de cargo ou função de direção, em órgão da administração direta ou
indireta, o agente público que, dentro de noventa dias do requerimento do
interessado, deixar, injustificadamente, de sanar omissão inviabilizadora
do exercício de direito constitucional.
§ 2º São assegurados a todos, independentemente do pagamento
de taxas:
• Constituição Federal, art. 5º, XXXIV.
I - o direito de petição e representação aos Poderes Públicos em
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso do poder;
• Constituição Federal, art. 5º, XXXIV, a.
II - a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa
de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
• Constituição Federal, art. 5º, XXXIV, b.
• Lei Federal nº 4.898, de 09.12.1965, sobre abuso de autoridade, e Lei
Federal nº 9.051, de 18.05.1995, dispõe sobre expedição de certidões
para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações.

27
Constituição do Estado do Piauí
§ 3º Ninguém será prejudicado ou de qualquer forma discrimina-
do pelo fato de litigar com órgão estadual, no âmbito administrativo ou
judicial.
§ 4º Nos procedimentos administrativos, qualquer que seja o ob-
jeto, serão observados, entre outros requisitos de validade, a publicidade,
o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou decisão motivados, sob
pena de nulidade absoluta.
• Constituição Federal, art. 5º, LV, em parte.
§ 5º Todos têm direito de requerer e obter, no prazo legal, infor-
mações sobre atos, projetos e obras da administração direta ou indireta
do Estado e dos Municípios, sob pena de responsabilidade, ressalvados
os casos cujo sigilo seja comprovadamente indispensável à segurança da
sociedade e das entidades administrativas.
• Constituição Federal, art. 5º, XXXIII, em parte.
• Lei Federal nº 9.051, de 18.05.1995, sobre prazo de certidão.
§ 6º A força policial só intervém para garantir o direito de reu-
nião e de outras liberdades constitucionais, a defesa da ordem pública e
a segurança pessoal, bem como o patrimônio público e privado, sendo
responsável pelos danos que cometer.
• Constituição Federal, art. 5º, XVI, em parte.
• Lei Federal nº 4.898, de 09.12.1965, sobre abuso de autoridade.
§ 7º Assegura-se aos presos o respeito à integridade física e moral.
• Constituição Federal, art. 5º, LXIX.
• Lei Federal nº 7.210, de 11.07.1984, Lei de Execução Penal (LEP),
e Lei Federal nº 8.633, de 12.03.1993, sobre transporte de presos.
• Lei Estadual nº 4.671, de 03.01.1994, sobre direito à imagem do preso.
§ 8º Às presidiárias asseguram-se condições para que possam
permanecer com os filhos durante o período de amamentação.
• Constituição Federal, art. 5º, L.
• Art. 89 da Lei Federal nº 7.210, de 11.07.1984, Lei de Execução Penal
(LEP).
§ 9º A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados
a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de
sua tramitação.
• § 9º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

28
Constituição do Estado do Piauí Arts. 5º a 7º

• Constituição Federal, art. 5º, LXXVIII, acrescentado pela Emenda


Constitucional Federal nº 45, de 30.12.2004.
§ 10. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção
à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• O texto original dispunha:
• § 10 São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
• § 10 acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 6º, modificado pela EC Federal nº 26, de
14.02.2000.
Art. 6º Todos têm direito a tomar conhecimento, gratuitamente,
de informações que constarem a seu respeito nos registros, bancos ou
cadastros de entidades estaduais, municipais e particulares com atuação
junto à coletividade e ao público consumidor, bem como do fim a que se
destinam essas informações pessoais, podendo exigir, a qualquer tempo,
judicial ou administrativamente, além do exame destes dados, a retificação
e a atualização dos mesmos.
• Constituição Federal, art. 5º, XXXIII, em parte.
• Lei Federal nº 9.051, de 18.05.1995, sobre prazo de certidão.
Parágrafo único. Não podem ser objeto de registro individualiza-
do os dados referentes a convicções filosóficas, políticas ou religiosas, a
filiação partidária ou sindical, a punições administrativas ou a condena-
ções judiciais, de natureza penal ou civil, que não houverem transitado
em julgado.
Art. 7º O consumidor tem direito à proteção do Estado.
• Constituição Federal, art. 5º, LXXIV, e art. 170, V, em parte.
• Lei Federal nº 8.078, 11.09.1990, Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Parágrafo único. A proteção ao consumidor se fará (far-se-á),
dentre outras medidas criadas em lei, através de:
I - gratuidade de assistência jurídica independentemente da situação
social e econômica do reclamante;
• Constituição Federal, art. 5º, LXXIV, em parte.

29
Constituição do Estado do Piauí
• Lei Federal nº 1.060, de 05.02.1950, sobre assistência judiciária, e
Lei Complementar Federal nº 80, de 12.01.1994, sobre Defensoria
Pública da União, do Distrito Federal e sobre normas gerais para a
sua organização nos Estados.
• Lei Complementar Estadual nº 59, de 30.11.2005, Lei de Organização
da Defensoria Pública do Estado do Piauí.
II - criação de organismos para a defesa do consumidor no âmbito
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;
• Lei Complementar Estadual nº 36, de 09.01.2004, sobre Programa de
Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do
Piauí - PROCON/MP-PI e regulamenta o Sistema Estadual de Defesa
do Consumidor - SEDC.
III - legislação punitiva à propaganda enganosa, ao atraso na entrega
de mercadorias e ao abuso na fixação de preços;
IV - responsabilidade dos comerciantes pela garantia dos produtos
que comercializam.
Art. 8º É gratuita, para os reconhecidamente pobres, na forma da
lei, além dos atos previstos no art. 5º, LXXVI, da Constituição Federal, a
expedição de cédula de identidade.
Art. 9º Veda-se ao Estado:
• Constituição Federal, art. 19, caput, em parte.
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los ou
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus represen-
tantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
• Constituição Federal, art. 19, I.
II - recusar fé aos documentos públicos;
• Constituição Federal, art. 19, II.
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre estes;
• Constituição Federal, art. 19, III.
IV - renunciar à receita e conceder isenções e anistias fiscais, sem
interesse público devidamente justificado;
V - manter delegacias ou quaisquer órgãos com função de policia-
mento ideológico ou político.

30
Constituição do Estado do Piauí Arts. 7º a 13

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E DOS MUNICÍPIOS
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Seção I
Disposições Gerais

Art. 10. São poderes do Estado, independentes e harmônicos entre


si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
• Constituição Federal, art. 2º.
Art. 11. São símbolos do Estado a bandeira, o hino e o brasão.
• Constituição Federal, art. 13, § 1º e § 2º, em parte.
• Lei Federal nº 5.700, de 01.09.1971, sobre forma e apresentação dos
símbolos nacionais.
Art. 12. A cidade de Teresina é a Capital do Estado.
• Constituição Federal, art. 18, § 1º, em parte.
• Lei Orgânica do Município de Teresina, de 05.04.1990.

Seção II
Da Competência do Estado
Art. 13. O Estado exercerá as competências que não lhe sejam
vedadas pela Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 25, caput , e § 1º, em parte.
• Lei Estadual nº 1.251, de 18.11.1955, Lei Estadual nº 5.318, de
24.07.2003, sobre Departamento de Estradas e Rodagem do Piauí -
DER/PI.
Parágrafo único. Cabe ao Estado explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a
edição de medida provisória para a sua regulamentação.
• Parágrafo único acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 25, § 2º, com redação dada pela EC Federal
nº 05, de 15.08.1995.

31
Constituição do Estado do Piauí

Art. 14. Compete, ainda, ao Estado:


• Constituição Federal, art. 25, § 1º, em parte.
I - concorrentemente com a União, legislar sobre:
• Constituição Federal, art. 24, caput, em parte.
a) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urba-
nístico;
• Constituição Federal, art. 24, I.
• Lei Federal nº 5.172, de 25.10.1966, Código Tributário Nacional, Lei
Federal nº 4.320, de 17.03.1964, sobre norma orçamentária e finan-
ceira, Lei Federal nº 6.830, de 22.09.1980, sobre Execução Fiscal, e
Lei Federal nº 8.884, de 11.06.1984, sobre infração contra a ordem
econômica e o CADE.
• Lei Complementar Estadual nº 62, de 26.12.2005, sobre grupo de Tri-
butação, Arrecadação e Fiscalização - TAF e grupo de Administração
Financeira e Contábil - AFC.
b) orçamento;
• Constituição Federal, art. 24, II.
• Lei Federal nº 4.320, de 17.03.1964, sobre norma orçamentária e
financeira.
c) juntas comerciais;
• Constituição Federal, art. 24, III.
• Lei Federal nº 8.934, de 18.11.1994, sobre registro de empresas mer-
cantis, e Decreto Federal nº 1.800, de 30.01.1996, seu regulamento.
d) custas dos serviços forenses;
• Constituição Federal, art. 24, IV.
• Lei Federal nº 8.078, 11.09.1990, Código de Defesa do Consumidor
(CDC).
e) produção e consumo;
• Constituição Federal, art. 24, V.
• Lei Complementar Estadual nº 36, de 09.01.2004, sobre o Programa de
Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do
Piauí - PROCON/MP-PI e regulamenta o Sistema Estadual de Defesa
do Consumidor - SEDC.
f) florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa
do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição;
32
Constituição do Estado do Piauí Art. 14

• Constituição Federal, art. 24, VI.


• Lei Federal nº 4.771, de 15.09.1965, Código Florestal, Lei Federal
nº 6.938, de 31.08.1981, Código de Caça, Decreto-lei nº 221, de
28.02.1967, Código de Pesca, e Lei Federal nº 9.605, de 12.05.1998,
sobre meio ambiente.
g) proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e
paisagístico;
• Constituição Federal, art. 24, VII.
• Decreto-lei Federal nº 25, de 30.11.1937, sobre a proteção do patri-
mônio histórico e artístico nacional.
• Lei Complementar Estadual nº 31, de 17.07.2003, sobre Fundação
Cultural do Piauí - FUNDAC.
• Lei Estadual nº 5.355, de 11.12.2003, sobre Núcleo de Microfilmagem
e digitalização do Arquivo Público do Estado.
h) responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
• Constituição Federal, art. 24, VIII.
i) educação, cultura, ensino e desportos;
• Constituição Federal, art. 24, IX.
• Lei Federal nº 9.394, de 20.12.1996, sobre diretrizes e bases da edu-
cação nacional (LDB), e Lei Federal nº 8.672, de 06.07.1993, sobre
desporto.
• Lei Complementar Estadual nº 29, de 17.07.2003, sobre a Fundação
dos Esportes do Piauí - FUNDESPI.
• Lei Estadual nº 5.362, de 29.12.2002, sobre Conselho Estadual de Es-
portes do Piauí - CEEPI e Lei Estadual nº 5.315, de 23.07.2003, sobre
Fundo de Incentivo ao Esporte e Lazer do Estado do Piauí - FIEL.
j) criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas
causas;
• Constituição Federal, art. 24, X.
• Lei Federal nº 9.099, de 26.09.1995, sobre Juizados Especiais Cíveis
e Criminais.
• Lei Estadual nº 3.716, de 12.12.1979, Lei de Organização Judiciária
do Estado do Piauí.
l) procedimentos em matéria processual;
• Constituição Federal, art. 24, XI.

33
Constituição do Estado do Piauí

m) previdência social, proteção e defesa da saúde;


• Constituição Federal, art. 24, XII.
• Lei Complementar Estadual nº 39, de 14.07.2004, sobre Fundo de
Previdência Social do Regime Próprio de Previdência Social dos
Servidores Públicos, Policias Militares e Bombeiros Militares, ativos
e inativos, e dos pensionistas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado
do Piauí.
n) assistência jurídica e defensoria pública;
• Constituição Federal, art. 24, XIII.
• Lei Complementar Federal nº 80, de 12.01.1994, sobre Defensoria
Pública da União, do Distrito Federal e sobre normas gerais para a
sua organização nos Estados.
• Lei Federal nº 1.060, de 05.02.1950, sobre assistência judiciária.
• Lei Complementar Estadual nº 59, de 30.11.2005, Lei de Organização
da Defensoria Pública do Estado do Piauí.
• Lei Estadual nº 5.505, de 26.10.2005, sobre regime de subsídios dos
Defensores Público do Estado do Piauí.
o) proteção e integração social das pessoas portadoras de defi-
ciências;
• Constituição Federal, art. 24, XIV.
• Lei Federal nº 7.853, de 24.10.1989, sobre pessoa portadora de de-
ficiência e o CORDE.
• Lei Estadual nº 5.329, de 24.09.2003, sobre Conselho Estadual de
Defesa dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência (CONE-
DE/PI).
p) proteção à infância e à juventude;
• Constituição Federal, art. 24, XV.
• Lei Federal nº 8.069, de 13.07.1990, Estatuto da Criança e do Ado-
lescente (ECA).
• Lei Estadual nº 5.618, de 27.12.2006, sobre Conselho Estadual de
Direitos da Juventude.
q) organização, garantias, direitos e deveres da Polícia Civil;
• Constituição Federal, art. 24, XVI.
• Lei Complementar Estadual nº 37, de 09.03.2004, Estatuto da Policia
Civil do Estado do Piauí.

34
Constituição do Estado do Piauí Art. 14
II - em comum com a União e os Municípios:
• Constituição Federal, art. 23, caput.
a) zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições
democráticas e conservar o patrimônio público;
• Constituição Federal, art. 23, I.
• Lei Estadual nº 4.678, de 03.01.1994, sobre Patrimônio Imobiliário
Rural do Estado.
b) cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e garantia
das pessoas portadoras de deficiências;
• Constituição Federal, art. 23, II.
• Lei Federal nº 7.853, de 24.10.1989, sobre pessoa portadora de
deficiência e o CORDE, Lei Federal nº 8.080, de 19.09.1990, sobre
promoção, proteção e recuperação da saúde.
c) proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histó-
rico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens notáveis e os sítios
arqueológicos;
• Constituição Federal, art. 23, III.
• Decreto-lei Federal nº 25, de 30.11.1937, sobre proteção do patrimônio
histórico e artístico nacional.
d) impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de
arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
• Constituição Federal, art. 23, IV.
e) proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
• Constituição Federal, art. 23, V.
f) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer
de suas formas;
• Constituição Federal, art. 23, VI.
• Lei Federal nº 6.938, de 31.08.1981, sobre Política Nacional do
Meio Ambiente, Lei Federal nº 7.347, de 24.07.1985, sobre ação civil
pública, e Lei Federal nº 9.605, de 12.02.1998, sobre meio ambiente.
g) preservar as florestas, a fauna e a flora;
• Constituição Federal, art. 23, VII.
• Lei Federal nº 4.771, de 15.09.1965, Código Florestal, Lei Federal
nº 6.938, de 31.08.1981, Código de Caça, Decreto-lei nº 221, de
28.02.1967, Código de Pesca, e Lei Federal nº 9.605, de 12.05.1998,
sobre meio ambiente.

35
Constituição do Estado do Piauí

h) fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento


alimentar;
• Constituição Federal, art. 23, VIII.
i) promover programas de construção de moradias e melhoria das
condições habitacionais e de saneamento básico;
• Constituição Federal, art. 23, IX.
• Lei Estadual nº 5.570, de 24.05.2006, sobre Fundo Estadual de Habi-
tação de Interesse Social - FEHIS, e Conselho Gestor do FEHIS, e Lei
Estadual nº 5.644, de 12.04.2007, sobre Agência de Desenvolvimento
de Habitação do Piauí - ADH.
j) combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização,
promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
• Constituição Federal, art. 23, X.
• Lei Complementar Federal nº 111, de 06.07. 2001, sobre Fundo de
Combate e Erradicação da Pobreza.
• Lei Estadual nº 5.622, de 28.12.2006, sobre Fundo Estadual de Com-
bate à Pobreza - FECOP.
l) registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
• Constituição Federal, art. 23, XI.
• Lei Federal nº 9.433, de 08.01.1997, sobre Política Nacional de Re-
cursos Hídricos.
• Lei Estadual nº 5.727, de 14.01.2008, sobre Fundo de Apoio à Pesquisa
e Exploração Mineral do Piauí.
m) estabelecer e implementar política de educação para a segurança
do trânsito.
• Constituição Federal, art. 23, XII.
• Lei Federal nº 9.503, de 23.09.1997, Código de Trânsito Brasileiro.
• Lei Estadual nº 5.542, de 11.01.2006, sobre Escola Pública de For-
mação de Condutores de Veículos Automotores do Estado do Piauí.
§ 1º No domínio da legislação concorrente, o Estado exercerá a
competência legislativa suplementar.
• Constituição Federal, art. 24, § 2º, em parte.
§ 2º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Estado exercerá
a competência legislativa plena para atender-lhe as peculiaridades.
• Constituição Federal, art. 24, § 3º.

36
Constituição do Estado do Piauí Arts. 14 a 17

§ 3º -A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspen-


derá a eficácia da lei estadual, no que esta lhe for contrária.
• Constituição Federal, art. 24, § 4º.
Art. 15. O Estado poderá celebrar convênios com a União, com
outros Estados, com Municípios, com repartições ou órgãos da adminis-
tração indireta, inclusive fundacional, para execução de suas leis, serviços
ou decisões, por servidores federais, estaduais ou municipais.
Parágrafo único. Os convênios somente se completam com a sua
aprovação pela Assembleia Legislativa.
Art. 16. O Estado poderá legislar sobre questões específicas da
competência legislativa privativa da União, na forma da lei complementar
federal.
• Constituição Federal, art. 22, parágrafo único, em parte.

Seção III
Dos Bens do Estado

Art. 17. Incluem-se entre os bens do Estado:


• Constituição Federal, art. 26, caput.
I - os direitos e rendimentos da exploração de atividades econômi-
cas e da execução de serviços de sua competência;
II - as águas superficiais ou subterrâneas fluentes, emergentes e em
depósito, salvo, neste caso, as decorrentes de obras da União;
• Constituição Federal, art. 26, II.
III - as ilhas fluviais e os rios não pertencentes à União, localizados
em seu território;
• Constituição Federal, art. 26, III.
IV - as áreas, nas ilhas costeiras, que estiverem no seu domínio,
excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• IV - as áreas, nas ilhas costeiras, que estiverem no seu domínio.
• Constituição Federal, art. 26, II.
V - as terras devolutas, ressalvadas as que estiverem no domínio
da União, definidas em lei federal;
37
Constituição do Estado do Piauí

• Constituição Federal, art. 20, II, em parte.


• Lei Federal nº 6.383, de 07.12.2976, sobre processo discriminatório
de terras devolutas da União.
VI - o imóvel abandonado e arrecadado como vago, dez anos
depois, quando se tratar de imóvel rural, ou três anos depois, quando se
tratar de imóvel urbano;
VII - as sobras de terra apuradas em ação de divisão;
VIII - os bens do evento arrecadados na forma da lei;
IX - os objetos perdidos pelo criminoso condenado pela justiça
estadual;
X - os que assim forem declarados em lei.
Art. 18. A alienação de bens imóveis do Estado e de suas entidades
da administração indireta dependerá:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 18 - Os bens imóveis do Estado não podem ser objeto de doações
ou de utilização gratuita por terceiros, salvo nos casos de assentamento
de fins sociais ou se o beneficiário for pessoa jurídica de direito interno,
órgão de sua administração indireta ou fundação de direito público,
sempre mediante autorização legislativa.
I - sempre de avaliação;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
II - de autorização legislativa, quando o imóvel for do Estado, de
suas autarquias ou fundações públicas; e
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
III - de licitação na modalidade prevista em lei nacional, dispensada
essa quando a alienação se destinar a assentamento de fins sociais, regu-
larização fundiária ou a entidade da Administração Pública de qualquer
esfera federativa.
• Redação dada pela EC Estadual nº 31, de 27.09.2011.
• O texto original dispunha:
• III - de licitação na modalidade prevista em lei nacional, dispensada
essa quando a alienação se destinar a assentamento de fins sociais ou
o adquirente for pessoa constante deste artigo.
• Inciso III acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

38
Constituição do Estado do Piauí Arts. 17 a 19
§ 1º Os bens imóveis do Estado e de suas entidades da Administra-
ção indireta não podem ser objeto de doação ou de utilização gratuita por
terceiros, salvo nos casos de assentamento de fins sociais, regularização
fundiária ou se o beneficiário for órgão ou entidade da Administração
Pública, de qualquer esfera federativa, sempre mediante autorização le-
gislativa, na forma prevista no inciso II do caput.
• Redação dada pela EC Estadual nº 36, de 30.10.2012.
• O texto anterior dispunha:
• § 1º Os bens imóveis do Estado e de suas entidades da administração
indireta não podem ser objeto de doação ou de utilização gratuita
por terceiros, salvo nos casos de assentamento de fins sociais ou se
o beneficiário for órgão ou entidade da administração pública, de
qualquer esfera federativa, sempre mediante autorização legislativa,
na forma prevista no inciso II do caput.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 1º - A alienação, a título oneroso, de bens imóveis do Estado, de-
penderá sempre de prévia autorização legislativa e da efetivação de
procedimento licitatório, dispensado este quando o adquirente for
pessoa constante deste artigo.
§ 2° É proibida a alienação de bens imóveis pertencentes ao patri-
mônio estadual e de suas entidades da administração autárquica e fundacio-
nal no período de cento e oitenta dias que precede a posse do Governador.
• Redação dada pela EC Estadual nº 29, de 23.11.2010.
• O texto anterior dispunha:
• § 2º É proibida a alienação de bens imóveis pertencentes ao patrimônio
estadual e de suas entidades de administração indireta e fundacional
no período de cento e oitenta dias que preceda a posse do Governador.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 2º - É proibida a alienação de bens pertencentes ao patrimônio
estadual ou municipal e de suas entidades de administração indireta
e fundacional no período de cento e oitenta dias que preceda a posse
do Governador e Prefeitos Municipais.

39
Constituição do Estado do Piauí

CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
Seção I
Disposições Gerais

Art. 19. O Município goza de autonomia política, administrativa


e financeira, nos termos assegurados pela Constituição Federal, por esta
Constituição e pelas leis que adotar.
• Constituição Federal, art. 1º, caput, e art. 18, caput, em parte.
Parágrafo único. A competência para intervir nos municípios é
exclusivamente prevista no art. 36, observado o procedimento previsto no
art. 37, sendo vedado o bloqueio da movimentação das contas bancárias
dos órgãos, entidades, pessoas e fundos sujeitos a jurisdição, ressalvada a
competência exclusiva do Poder Judiciário.”
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
Art. 20. São Poderes dos Municípios, independentes e harmônicos
entre si o Legislativo e o Executivo.
Art. 21. Rege-se o Município por lei orgânica, votada em dois
turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços
dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos na Constituição Federal, nesta Constituição, e os
seguintes preceitos:
• Constituição Federal, art. 29, caput, em parte.
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para
mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado
em todo o país;
• Constituição Federal, art. 29, I.
• Lei Federal nº 4.737, de 15.07.1965, Código Eleitoral.
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro
domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam
suceder, aplicadas as regras do art. 77 da Constituição Federal, no caso de
Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, até noventa dias antes do
término do mandato daqueles a quem eles devem suceder, aplicadas

40
Constituição do Estado do Piauí Art. 19 e 21
as regras do art. 77 da Constituição Federal, no caso de Municípios
com mais de duzentos mil eleitores.
• Constituição Federal, art. 29, II, com redação dada pela EC Federal
nº 16, de 04.06.1997.
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do
ano subsequente ao da eleição;
• Constituição Federal, art. 29, III.
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado
o limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil)
habitantes;
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze
mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta
mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000
(cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000
(oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000
(cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habi-
tantes;
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000
(cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000
(trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)
habitantes;
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000
(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil)
habitantes;
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000
(seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil)
habitantes;
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000
(setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil)
habitantes;
41
Constituição do Estado do Piauí
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000
(novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta
mil) habitantes;
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de
1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um
milhão e duzentos mil) habitantes;
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de
1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um
milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um
milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um
milhão e quinhentos mil) habitantes;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um
milhão e oitocentos mil) habitantes;
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de
1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois
milhões e quatrocentos mil) habitantes;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de
2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000
(três milhões) de habitantes;
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de
3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões)
de habitantes;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de
4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco mi-
lhões) de habitantes;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de
5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões)
de habitantes;
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de
6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões)
de habitantes;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de
42
Constituição do Estado do Piauí Art. 21
7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões)
de habitantes; e
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de
8.000.000 (oito milhões) de habitantes.”
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• Texto anterior dispunha:
• IV - número de Vereadores proporcional à população do Município,
observados os seguintes limites:
• Constituição Federal, art. 29, IV.
• Resolução nº 21.702, de 02.04.2004, do Tribunal Superior Eleitoral,
sobre o número de Vereadores a eleger segundo a população de cada
Município, e Resolução nº 21.803, de 08.06.2004, do Tribunal Supe-
rior Eleitoral, sobre o critério de fixação do número de Vereadores
nos Municípios.
• a) no mínimo de nove e máximo de vinte e nove, nos Municípios de
até 900.000 (novecentos mil) habitantes;
• Redação dada pela EC Estadual nº 33, de 15.12.2011.
• O texto anterior dispunha:
• “a) mínimo de nove e máximo de vinte e um, nos Municípios de até
um milhão de habitantes;”
• Constituição Federal, art. 29, IV, a.
• b) mínimo de trinta e três e máximo de quarenta e um, nos Municípios
de mais de um milhão e menos de cinco milhões de habitantes;
• Constituição Federal, art. 29, IV, b.
• c) mínimo de quarenta e dois e máximo de cinquenta e cinco, nos
Municípios de mais de cinco milhões de habitantes;
• Constituição Federal, art. 29, IV, c.
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Mu-
nicipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o
que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da
Constituição Federal;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
V - remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Mu-
nicipais fixada pela Câmara Municipal em cada legislatura, para a
subsequente.
• Constituição Federal, art. 29, V, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.

43
Constituição do Estado do Piauí
VI - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e
votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município;
• Constituição Federal, art. 29, VIII, renumerado pela EC Federal nº
1, de 31.12.1992.
VII - proibição e incompatibilidade, no exercício da vereança,
similares, no que couber, ao disposto na Constituição Federal para os
membros do Congresso Nacional, e, nesta Constituição, para os membros
da Assembleia Legislativa;
• Constituição Federal, art. 29, IX, renumerado pela EC Federal nº 1,
de 31.12.1992.
VIII - julgamento do Prefeito, do Vice-Prefeito e do Vereador
perante o Tribunal de Justiça;
• Constituição Federal, art. 29, X, renumerado pela EC Federal nº 1,
de 31.12.1992.
• Decreto-lei nº 201, de 27.02.1967, sobre crimes de responsabilidades
de Prefeitos e Vereadores.
IX - organização das funções legislativas e fiscalização da Câmara
Municipal;
• Constituição Federal, art. 29, XI, renumerado pela EC Federal nº 1,
de 31.12.1992.
X - cooperação das associações representativas, no planejamento
municipal;
• Constituição Federal, art. 29, XII, renumerado pela EC Federal nº
1, de 31.12.1992.
XI - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico
do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo
menos, cinco por cento do eleitorado, nos termos da lei;
• Constituição Federal, art. 29, XIII, renumerado pela EC Federal nº
1, de 31.12.1992.
XII - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo
único, da Constituição Federal;
• Constituição Federal, art. 29, XIV, renumerado pela EC Federal nº
1, de 31.12.1992.
XIII - O subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas
Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente, observado
o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na
44
Constituição do Estado do Piauí Art. 21
respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Constitucional Estadual nº 10, de
17.12.1999, dispunha:
XIII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá
ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município.
• Constituição Federal, art. 29, VI, com redação dada pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo
dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados
Estaduais;
• Alínea a acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29, VI, a, com redação dada pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
b) em Municípios de dez mil e um a cinquenta mil habitantes,
o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do
subsídio dos Deputados Estaduais;
• Alínea b acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29, VI, b, com redação dada pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil habitantes, o
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do
subsídio dos Deputados Estaduais;
• Alínea c acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29, VI, c, com redação dada pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinquenta por cento do
subsídio dos Deputados Estaduais;
• Alínea d acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29, VI, d, com redação dada pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes,
o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do
subsídio dos Deputados Estaduais;
• Alínea e acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

45
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 29, inciso VI, e, com redação dada pela EC
Federal nº 25, de 14.02.2000.
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsí-
dio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do
subsídio dos Deputados Estaduais.
• Alínea f acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29, VI, f, com redação dada pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
Art. 21-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal,
incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos,
não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório
da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e
nos arts. 158 e 159, da Constituição Federal, efetivamente realizado no
exercício anterior:
• Caput do art. 21-A acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29-A, caput, acrescentado pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até
100.000 (cem mil) habitantes;
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre
100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes;
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre
300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes;
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Muni-
cípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000
(três milhões) de habitantes;
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre
3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios
com população acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes.
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• Texto anterior dispunha:
• I - oito por cento para Municípios com população de até cem mil
habitantes;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29-A, I, acrescentado pela EC Federal nº
25, de 14.02.2000.
46
Constituição do Estado do Piauí Arts. 21 a 21-A
• II - sete por cento para Municípios com população entre cem mil e um
e trezentos mil habitantes;
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29-A, II, acrescentado pela EC Federal nº
25, de 14.02.2000.
• III - seis por cento para Municípios com população entre trezentos mil
e um e quinhentos mil habitantes;
• Inciso III acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29-A, III, acrescentado pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
• IV - cinco por cento para Municípios com população acima de qui-
nhentos mil e um mil habitantes.
• Inciso IV acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29-A, IV, acrescentado pela EC Federal nº
25, de 14.02.2000.
§ 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento
de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio
de seus Vereadores.
• § 1º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29-A, § 1º, acrescentado pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
§ 2º Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal.
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29-A, § 2º, acrescentado pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29-A, § 2º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29-A, § 2º, II, acrescentado pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Or-
çamentária.
• Inciso III acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29-A, § 2º, III, acrescentado pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.

47
Constituição do Estado do Piauí
§ 3º Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara
Municipal o desrespeito ao § 1º deste artigo.
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 29-A, § 3º, acrescentado pela EC Federal
nº 25, de 14.02.2000.
Art. 22. Compete aos Municípios:
• Constituição Federal, art. 30, caput.
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
• Constituição Federal, art. 30, I.
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
• Constituição Federal, art. 30, II.
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como
aplicar sua rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas,
publicar balancetes e os relatórios e demonstrativos da LRF, nos prazos
fixados em lei;
• Redação dada pela EC Estadual nº 23, de 01 de novembro de 2006.
• O texto original dispunha:
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como
aplicar sua rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas
e publicar balancetes nos prazos fixados em lei.
• Constituição Federal, art. 30, III.
• Lei Complementar Federal nº 101, de 04.05.2000, Lei de Responsa-
bilidade Fiscal (LRF).
• Lei Municipal nº 1.761, de 26.12.1983, Código de Tributos do Muni-
cípio de Teresina.
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação
estadual;
• Constituição Federal, art. 30, IV.
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte
coletivo, que tem caráter essencial;
• Constituição Federal, art. 30, V.
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do
Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:

48
Constituição do Estado do Piauí Arts. 21-A a 25
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do
Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental.
• Constituição Federal, art. 30, VI, com redação dada pela EC Federal
nº 53, de 19.12.2006.
• Lei Federal nº 9.394, de 20.11.1996, Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
cação Nacional (LDB), e Lei Federal nº 9.424, de 24.12.1996, sobre
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e
de Valorização do Magistério (FUNDEB).
• Lei Estadual nº 4.926, de 30.05.1997, sobre Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magis-
tério (FUNDEB), do Estado do Piauí.
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do
Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
• Constituição Federal, art. 30, VII.
• Decreto Federal nº 3.964, de 10.10.2001, Fundo Nacional de Saúde.
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial,
mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação
do solo urbano;
• Constituição Federal, art. 30, VIII.
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local,
observadas a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual;
• Constituição Federal, art. 30, IX.
X - exercitar as competências previstas no art. 23 da Constituição
Federal, em comum com o Estado e a União.
Art. 23. No ato de posse, o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores
declararão os seus bens e de seus cônjuges e quais as entidades jurídicas
de que são diretores.
Art. 24. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse e prestarão
compromisso perante a Câmara Municipal.
Parágrafo único. Se, decorridos de dez dias da data fixada para a
posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver
assumido o cargo, este será declarado vago pelo Presidente da Câmara
Municipal.
• Constituição Federal, art. 78, caput, e parágrafo único, em parte.
Art. 25. Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento, e lhe
sucederá, no de vaga, o Vice-Prefeito.
• Constituição Federal, art. 79, caput, em parte.

49
Constituição do Estado do Piauí
Art. 26. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito,
ou vacância dos respectivos cargos, será chamado ao exercício da chefia
do Poder Executivo o Presidente da Câmara Municipal.
• Constituição Federal, art. 80, em parte.
§ 1º Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição,
noventa dias depois de aberta a última vaga.
• Constituição Federal, art. 81, caput, em parte.
§ 2º Ocorrendo a vacância no último ano do mandato, a eleição para
ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pela Câmara
Municipal na forma da lei.
• Constituição Federal, art. 81, § 1º, em parte.
§ 3º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão complementar o
período do mandato de seus antecessores.
• Constituição Federal, art. 81, § 2º, em parte.
Art. 27. No período de noventa dias antes da posse do Prefeito,
Vice-Prefeito e Vereadores eleitos, serão nulos os atos administrativos
que impliquem:
I - realização de operações que resultem no endividamento do
Município;
II - reajuste de salários e vencimentos do funcionalismo público
municipal;
III - admissão, a qualquer título, contratação, demissão, promoção
ou remanejamento de servidor público.
Art. 27-A. A alienação de bens imóveis dos Municípios e de suas
entidades da administração indireta dependerá
• Caput do art. 27-A acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
I - sempre de avaliação;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
II - de autorização legislativa, quando o imóvel for do Município,
de suas autarquias ou fundações públicas; e
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
III - de licitação na modalidade prevista em lei nacional, dispensada
essa quando a alienação se destinar a assentamento de fins sociais ou o
adquirente for pessoa constante deste artigo.
• Inciso III acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

50
Constituição do Estado do Piauí Arts. 26 a 28

§ 1º Os bens imóveis do Município ou de suas entidades da ad-


ministração indireta não podem ser objeto de doação ou de utilização
gratuita por terceiros, salvo nos casos de assentamento de fins sociais ou
se o beneficiário for órgão ou entidade da administração pública, de qual-
quer esfera federativa, sempre mediante autorização legislativa, na forma
prevista no inciso II do caput.
• § 1º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
§ 2° É proibida a alienação de bens imóveis pertencentes ao patri-
mônio municipal e de suas entidades da administração autárquica e funda-
cional no período de cento e oitenta dias que precede a posse do Prefeito.
• Redação dada pela EC Estadual nº 29, de 23.11.2010.
• O texto original dispunha:
• § 2º É proibida a alienação de bens imóveis pertencentes ao patrimônio
municipal e de suas entidades de administração indireta e fundacional
no período de cento e oitenta dias que preceda a posse do Prefeito.
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
Art. 28. Os Municípios publicarão, em seu órgão de imprensa,
dentro de dez dias, a partir da ultimação do ato respectivo:
I - as leis;
II - os decretos regulamentares;
III - os avisos de editais de concurso público e licitação;
IV - os extratos dos atos de nomeação, admissão, contratação,
promoção, exoneração, demissão e aposentadoria de seu pessoal, sob pena
de nulidade absoluta.
Parágrafo único. No município onde não houver órgão de imprensa
oficial, a publicação dos atos referidos neste artigo e no art. 22 será feita
no Diário Oficial dos Municípios, órgão de publicação dos atos municipais,
instituído e oficializado por legislação municipal especifica dos referidos
entes federativos.
• Redação dada pela EC Estadual nº 28, de 16.12.2009.
• O texto anterior dispunha:
• Parágrafo único. No Município onde não houver órgão de imprensa
oficial, a publicação dos atos referidos neste artigo e no art. 22, será
feita no Diário dos Municípios, órgão de publicação dos atos munici-
pais, instituído pela Associação Piauiense dos Municípios.
• Redação dada pela EC Estadual nº 23, de 01.11.2006.
• O texto original dispunha:

51
Constituição do Estado do Piauí
• “Parágrafo único - No Município onde não houver órgão de imprensa
oficial, a publicação dos atos referidos neste artigo será feita com a
afixação, em lugar para esse fim determinado, na Câmara Municipal e
na Prefeitura, registrado o fato em livro próprio de ambos os poderes”.
Art. 29. A lei assegurará aos Municípios ampla assistência técni-
co-financeira por parte do Estado.
Art. 30. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento
de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado
por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da
lei federal:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• Art. 30 - A criação de Municípios, far-se-á por lei estadual, obedecidos
os seguintes requisitos:
• Constituição Federal, art. 18, § 4º, com redação dada pela EC Federal
nº 15, de 12.09.1996.
I - ter a área territorial a ser desmembrada uma população mínima
de quatro mil habitantes;
II - contar a futura sede do Município com um mínimo de cem
unidades residenciais, mercado público, cemitério e templo religioso;
III - haver consulta prévia, através de plebiscito, às populações
interessadas, separadamente, por povoado, data ou zona da área a ser des-
membrada, assegurado a cada uma das unidades o direito de permanecer
no Município tronco.
§ 1º Não será criado Município quando sua constituição inviabi-
lizar o Município tronco.
§ 2º A lei de criação do Município deverá ser aprovada por dois
terços dos Deputados.
§ 3º O novo Município, durante o período de cinco anos, não poderá
gastar mais de cinquenta por cento das receitas orçamentárias com pessoal.
§ 4º Lei complementar disporá sobre os requisitos, condições e
processo para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de Mu-
nicípios.
52
Constituição do Estado do Piauí Arts. 28 a 31
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• § 4º Lei complementar disporá sobre os requisitos, condições e pro-
cesso para a incorporação e a fusão de Municípios.
• Constituição Federal, art. 18, § 4º.
• Lei Federal nº 10.521, de 18.07.2002, sobre instalação de Municípios
criados por lei estadual.
§ 5º O topônimo pode ser alterado em lei estadual, verificado o
seguinte:
• § 5º acrescentado pela EC Estadual nº 7, de 17.12.1997.
I) resolução da Câmara Municipal, aprovado por, no mínimo, dois
terços de seus membros;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 7, de 17.12.1997.
II) aprovação da população interessada, em plebiscito, com mani-
festação favorável da maioria absoluta de seus eleitores votantes.
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 7, de 17.12.1997.

Seção II
Da Remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito
e do Vereador

Art. 31. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretá-


rios Municipais serão fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal,
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III e 153,
§ 2º, I, da Constituição Federal e esta Constituição.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• Art. 31. A remuneração do Prefeito, a do Vice-Prefeito e a do Verea-
dor será fixada pela Câmara Municipal, em cada legislatura para a
subsequente, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 150, II, 153,
III e 153, § 2º, I, e esta Constituição.
• Constituição Federal, art. 29, V, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998, em parte.
§ 1º O período para a fixação do subsídio do Prefeito, do Vice
-Prefeito e do Vereador (encerrar-se-á) quinze dias antes das respectivas
eleições municipais.
Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

53
Constituição do Estado do Piauí
• texto original dispunha:
O
§ 1º - O período para a fixação da remuneração do Prefeito, do Vice
-Prefeito e do Vereador se encerrará quinze dias antes das respectivas
eleições municipais.
§ 2º O reajuste do subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos
Secretários Municipais e dos Vereadores dar-se-á concomitantemente ao
reajuste dos servidores públicos municipais e com índices nunca superiores
aos destes.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 2º - O reajuste da remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito, e do
Vereador dar-se-á concomitantemente ao reajuste dos servidores pú-
blicos municipais e com índices nunca superiores aos destes.
§ 3º REVOGADO.
• § 3º revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• § 3º – Prevalecerão para a legislatura subseqüente os critérios de re-
muneração do Prefeito, Vice–Prefeito e Vereador vigentes em dezembro
do último exercício, devidamente atualizados, desde que a Câmara
Municipal não exercite a sua competência.

Seção III
Do Orçamento e da Fiscalização

Art. 32. A fiscalização do Município é exercida pela Câmara Mu-


nicipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno
do Poder Executivo, na forma da lei.
• Constituição Federal, art. 31, caput, em parte.
§ 1º O controle externo é exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado que, de posse dos balancetes mensais e do balanço geral
do Município, emitirá parecer prévio sobre as contas do Prefeito Municipal,
noventa dias a contar do recebimento do balanço geral.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• § 1º - O controle externo é exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado que, de posse dos balancetes mensais e do balanço
geral do Município, emitirá parecer prévio sobre as contas do Prefeito
Municipal e da Câmara Municipal, dentro de noventa dias, a contar

54
Constituição do Estado do Piauí Arts. 31 a 35
do recebimento do balanço geral.
• Constituição Federal, art. 31, §§ 1º e 2º, em parte.
• Lei Estadual nº 4.721, de 27.07.1994, Lei Orgânica do Tribunal de
Contas do Estado do Piauí.
§ 2º Somente por deliberação de dois terços dos membros da Câ-
mara Municipal, não prevalecerá o parecer prévio do Tribunal de Contas.
• Constituição Federal, art. 31, § 2º, em parte.
Art. 33. O Prefeito e as entidades da administração indireta muni-
cipal, objetivando a efetivação do controle externo, enviarão ao Tribunal
de Contas do Estado e a Câmara Municipal:
I - o orçamento do exercício em vigor, até o dia 15 de janeiro;
II - os balancetes mensais, até sessenta dias do mês subsequente ao
vencido, acompanhados de cópias dos comprovantes de despesas;
• Redação dada pela EC Estadual nº 06, de 25.04.1996.
• O texto original dispunha:
• II - os balancetes mensais, até trinta dias do mês subsequente ao
vencido, acompanhados de cópias dos comprovantes de despesas.
III - o plano plurianual e o plano diretor, se houver, decorridos
sessenta dias de sua aprovação;
IV - o balanço geral do Município, até noventa dias após o encer-
ramento do exercício.
Art. 34. Os projetos de lei que estabeleçam o plano plurianual, os
orçamentos anuais e a lei de diretrizes orçamentárias, caso não sejam apre-
ciados no prazo de quarenta e cinco dias, são incluídos automaticamente
na Ordem do Dia, para discussão e votação, vedado à Câmara Municipal
o encerramento da sessão legislativa, enquanto não os apreciar.
Parágrafo único. No caso de o Prefeito não enviar ao Legislativo
Municipal, no prazo legal, os projetos de lei do orçamento, do plano plu-
rianual e das diretrizes orçamentárias, a Câmara adotará a lei orçamentária
em vigor como proposta, introduzindo-lhe as necessárias alterações e ela-
borando, a partir daí, novo orçamento e, quando cabível, o plano plurianual.
Art. 35. As contas do Município devem permanecer, anualmente,
durante sessenta dias a partir da remessa ao Tribunal de Contas, na sede
da Câmara Municipal, do Fórum ou em local indicado pela Lei Orgânica
do Município, à disposição de qualquer contribuinte, partido político,
associação ou sindicato, para exame e apreciação, podendo questionar-

55
Constituição do Estado do Piauí
se a sua legitimidade, nos termos da lei, perante a Câmara Municipal, o
Tribunal de Contas ou o Ministério Público.
• Constituição Federal, art. 31, § 3º, em parte.
• Lei Estadual nº 4.721, de 27.07.1994, Lei Orgânica do Tribunal de
Contas do Estado do Piauí.
§ 1º Os balancetes mensais, à proporção que forem elaborados,
ficarão trinta dias à disposição do público, para os fins previstos neste artigo.
§ 2º Do balanço geral do Município deve constar obrigatoriamente:
I - declaração de imposto de renda do Prefeito e do cônjuge, bem
assim de pessoa jurídica da qual seja diretor;
II - relação discriminada, com localização das obras realizadas no
exercício, da aquisição de equipamentos, veículos, máquinas, motores e
do material permanente, com respectivos valores.
§ 3º No caso de o Prefeito não apresentar, na forma da lei e nos
prazos do artigo anterior, a prestação de contas do exercício, a Câmara Mu-
nicipal procederá à tomada de contas, podendo, por decisão do Presidente
ou por deliberação da maioria de seus membros, solicitar ao Tribunal de
Contas a designação de auditoria para, em caráter especial, assisti-la em
todo o processo de tomada de contas, e a Câmara dará, em qualquer caso,
ciência dos resultados à citada Corte.

CAPÍTULO III
DA INTERVENÇÃO NO MUNICÍPIO

Art. 36. O estado não intervirá no Município, execto quando:


• Constituição Federal, art. 35, caput, em parte.
I- deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos
consecutivos, a dívida fundada;
• Constituição Federal, art. 35, I.
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
• Constituição Federal, art. 35, II.
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita munici-
pal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

56
Constituição do Estado do Piauí Arts. 35 a 37
• O texto original dispunha:
• III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na
manutenção e desenvolvimento do ensino.
• Constituição Federal, art. 35, III, com redação dada pela EC Federal
nº 29, de 13.09.2000.
IV - o Tribunal de Justiça der provimento à representação do
Procurador-Geral de Justiça, para assegurar a observância dos princípios
indicados nesta Constituição ou para prover a execução de lei, ordem ou
decisão judicial.
• Constituição Federal, art. 35, IV.
Art. 37. A intervenção no Município dar-se-á por decreto do Go-
vernador, observado o seguinte procedimento:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• Art. 37 - A intervenção do Município se dará por decreto do Gover-
nador, observado o seguinte procedimento.
• Constituição Federal, art. 36, caput, em parte.
I - nas hipóteses dos incisos I, II e III do artigo anterior, a denúncia
será apresentada à Câmara de Vereadores ou ao Tribunal de Contas por au-
toridade pública ou por qualquer cidadão, para comprovação da ilegalidade;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• I - nas hipóteses dos incisos I, II e III do artigo anterior, a denúncia
será apresentada ao Tribunal de Contas por autoridade pública ou
por qualquer cidadão, para comprovação da ilegalidade.
II - decretada a intervenção por ato motivado, no prazo de vinte
e quatro horas, o Governador submeterá a medida à Assembleia Legisla-
tiva que, se estiver em recesso, será convocada extraordinariamente para
apreciar a medida;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• II - comprovada a denúncia, o Tribunal de Contas comunicará o fato
ao Governador que, em até vinte e quatro horas, decretará a interven-
ção, justificando-a, em igual prazo, perante a Assembleia Legislativa
que, se estiver em recesso, será convocada extraordinariamente para
apreciar a medida.
• Constituição Federal, art. 36, §§ 1º e 2º, em parte.

57
Constituição do Estado do Piauí
III - na hipótese do inciso IV, do art. 36, recebida a solicitação do
Tribunal de Justiça, o Governador, se não puder determinar a execução de
lei, de ordem ou de decisão judicial, expedirá em até quarenta e oito horas,
o decreto de intervenção, comunicando o ato à Assembleia Legislativa no
prazo e condições do inciso anterior.
• Constituição Federal, art. 36, I.
§ 1º - O decreto de intervenção nomeará o interventor, especificará
o prazo de vigência, não superior a cento e vinte dias, e as condições de
execução dos objetivos da medida externa.
• Constituição Federal, art. 36, § 1º, em parte.
§ 2º O interventor prestará contas de sua administração à Câmara
Municipal e ao Tribunal de Contas nas mesmas condições estabelecidas
para o Prefeito.
§ 3º Cessados os motivos da intervenção ou findo o prazo legal,
a autoridade afastada reassumirá suas funções, salvo a hipótese de impe-
dimento legal.
• Constituição Federal, art. 36, § 4º.

CAPÍTULO IV
DAS REGIÕES METROPOLITANAS, AGLOMERAÇÕES
URBANAS E MICRORREGIÕES

Art. 38. O Estado poderá instituir, mediante lei complementar, re-


giões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas
de agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização,
o planejamento e a execução de serviços públicos de interesse comum,
adequando-as às diretrizes de desenvolvimento do Estado.
• Constituição Federal, art. 25, § 3º.
• Decreto Federal nº 4.367, de 09.09.2002, sobre a Região Integrada
de Desenvolvimento da Grande Teresina.
Parágrafo único. A lei complementar disporá sobre as questões
públicas de interesse comum e indicará ou criará os órgãos e as entidades
de apoio técnico nelas envolvidas.

58
Constituição do Estado do Piauí Arts. 37 a 40
CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
Disposições Gerais

Art. 39. A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes do Estado e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 39. A administração pública direta, indireta ou fundacional de
qualquer dos Poderes do Estado e dos Municípios sujeita-se aos
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.
• Constituição Federal, art. 37, caput, modificado pela EC Federal nº
19, de 04.06.1998.
• Lei Complementar Estadual nº 28, de 09.06.2003, Lei Orgânica da
Administração Pública do Estado do Piauí e Lei Complementar Esta-
dual nº 38, 24.03.2004, sobre Plano de Cargos, Carreira e Vencimento
dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autárquica e
Fundacional do Estado do Piauí.
• Lei Estadual nº 5.494, de sobre Programa de Parceria Público-Privada
do Estado do Piauí - PPP.
Art. 40. As licitações para obras, serviços, compras e alienação
de bens, promovidas pela administração direta, indireta ou fundacional do
Estado e dos Municípios, observarão, sob pena de nulidade, os princípios
de isonomia, publicidade e probidade administrativa e as normas gerais
e específicas, fixadas em lei que regem os contratos com a administração
pública.
• Constituição Federal, art. 37, XXI, em parte.
• Lei Federal nº 8.666, de 21.06.1993, sobre licitação e contrato público.
• Lei Estadual nº 5.440, de 07.01.2005, sobre contratação de mão-
de-obra de pessoas das comunidades onde serão realizadas as obras
licitadas pelo Estado do Piauí.
§ 1° Os Avisos de Licitação, os Relatórios de Gestão Fiscal, os
Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária, a Lei Orçamentária
Anual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Plano Plurianual e demais
documentos de publicação obrigatória previstos na Lei nº 8.666, de 21 de
59
Constituição do Estado do Piauí
junho de 1993, e na Lei nº 101, de 04 de maio de 2000, de responsabili-
dade da administração pública estadual e municipal, acompanhados de
seus respectivos anexos, serão publicados na imprensa escrita em Diário
Oficial do Estado ou do próprio Município, na forma prevista no art. 28,
com exemplares das edições diárias sequencialmente numeradas, por me-
dida de segurança, enviados ao Arquivo Público do Piauí, imediatamente
após a sua circulação, para fins de guarda e arquivamento Ad Perpetuam
in Memoriam.
• Redação dada pela EC Estadual nº 40, de 16.07.2013.
• § 1º Os avisos de licitação, os Relatórios de Gestão Fiscal, os Rela-
tórios Resumidos de Execução Orçamentária e demais documentos
de publicação obrigatória previstos na Lei 8.666, de 21 de junho de
1993, e na Lei 101, de 04 de maio de 2000, de responsabilidade da
Administração Pública estadual e municipal, serão publicados na
imprensa escrita em Diário Oficial do Estado ou do Município, com
exemplar da edição, por medida de segurança, enviado ao Arquivo
Público do Piauí, no prazo máximo de 10 (dez) dias a contar da data
de sua efetiva circulação, para fins de guarda e arquivamento Ad
Perpetuam Rei Memoriam.
• Redação acrescentada pela EC Estadual nº 35, de 30.10.2012.
§ 2º Mediante requisição de autoridade competente ou sempre
que formalmente solicitado por parte interessada, para fins de instrução
de processo administrativo ou judicial, comprovação de direitos ou apura-
ção de responsabilidades, o Arquivo Público fornecerá certidão de inteiro
teor da publicação dos documentos acima mencionados ou de quaisquer
outros sob sua guarda, podendo, para tanto, efetuar a cobrança de taxas de
expediente a serem regulamentadas em ato do Poder Executivo Estadual.
• Redação acrescentada pela EC Estadual nº 35, de 30.10.2012.
§ 3° É vedada, no âmbito da administração pública, sob pena de
nulidade absoluta, a contratação de obras e serviços sem a prévia aprova-
ção do projeto respectivo pela autoridade competente e a indicação das
disponibilidades orçamentárias e financeiras.
• Renumeradao pela EC Estadual nº 35, de 30.10.2012.
• O texto original dispunha:
• Parágrafo único. É vedada, no âmbito da administração pública, sob
pena de nulidade absoluta, a contratação de obras e serviços sem a
prévia aprovação do projeto respectivo pela autoridade competente e
a indicação das disponibilidades orçamentárias e financeiras.

60
Constituição do Estado do Piauí Arts. 40 a 43
• §1º do art. 40, suprimido do texto constitucional e transformado o §
2º, em parágrafo único, pela EC Estadual nº 03, de 26.08.1991.
Art. 41. Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir
as áreas de sua atuação.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto anterior, redigido pela EC Constitucional Estadual nº 01, de
27.06.1991, dispunha:
• Art. 41. Somente por lei específica poderão ser criadas empresas pú-
blicas, sociedades de economia mista, autarquia ou fundação pública.
• Constituição Federal, art. 37, XIX, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
Art. 42. A publicidade de atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos têm caráter educativo, informativo ou de
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
• Constituição Federal, art.37, § 1º.
Art. 43. Qualquer pessoa pode levar ao conhecimento da auto-
ridade competente a irregularidade ou ilegalidade de que tomar conhe-
cimento, imputável a qualquer agente público, competindo ao servidor
ou empregado fazê-lo perante seu superior hierárquico, que responderá,
penalmente, pela omissão.
§ 1º Os atos de improbidade administrativa importarão na suspen-
são dos direitos políticos, na perda da função pública, na indisponibilidade
dos bens e no ressarcimento ao erário, na forma da lei, sem prejuízo da
ação penal cabível.
• Constituição Federal, art. 37, § 4º.
• Lei Federal nº 8.429, de 02.06.1992, sobre improbidade administrativa.
§ 2º Mediante requisição de autoridade competente ou sempre
que formalmente solicitado por parte interessada, para fins de instrução
de processo administrativo ou judicial, comprovação de direitos ou apura-
ção de responsabilidades, o Arquivo Público fornecerá certidão de inteiro
teor da publicação dos documentos acima mencionados ou de quaisquer
outros sob sua guarda, podendo, para tanto, efetuar a cobrança de taxas de
expediente a serem regulamentadas em ato do Poder Executivo Estadual.
• Redação dada pela EC Estadual nº 35, de 30.10.2012.
• O texto anterior dispunha:
61
Constituição do Estado do Piauí
• “§ 2º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados
por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízo ao erário,
ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.”
• Constituição Federal, art. 37, § 5º.
§ 3° É vedada, no âmbito da administração pública, sob pena de
nulidade absoluta, a contratação de obras e serviços sem a prévia aprova-
ção do projeto respectivo pela autoridade competente e a indicação das
disponibilidades orçamentárias e financeiras.
• Acrescentada pela EC Estadual nº 35, de 30.10.2012.
Art. 44. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
• Constituição Federal, art. 37, § 6º.
Art. 45. Nos casos de calamidade pública, previamente declarada,
o Poder Público poderá requisitar, por tempo determinado, o uso e ocupação
de bens e serviços privados, respondendo pelos danos e custas decorrentes.
• Constituição Federal, art. 5º, XXV, em parte.
Art. 46. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12. 1999.
• O texto original dispunha:
• Art. 46 - As reclamações relativas à prestação de serviços públicos
sera disciplinadas em lei.
• Constituição Federal, art. 37, § 3º, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em
geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e
a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 37, § 3º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informa-
ções sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII,
da Constituição Federal;

62
Constituição do Estado do Piauí Arts. 43 a 49
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 37, § 3º, II, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou
abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.
• Inciso III acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 37, § 3º, III, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
• Lei Estadual nº 5.065, de 15.06.1999, sobre reclamações relatadas à
prestação de serviços públicos.
Art. 47. Os conselhos, associações e entidades de classe de âmbito
regional devem participarão da organização de concurso público envol-
vendo conhecimentos técnicos das respectivas categorias.
Art. 48. É assegurada a participação de funcionários e servidores
nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais
ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
Parágrafo único - Sem prejuízo do disposto neste artigo, os órgãos
diretivos superiores da administração indireta ou fundacional do Estado e
Municípios terão um terço de seus cargos preenchidos, obrigatoriamente,
por servidores de carreira do órgão considerado.
Art. 49. A administração fazendária e seus servidores fiscais terão,
dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os
demais setores administrativos, na forma da lei.
• Constituição Federal, art. 37, XVIII.
• Lei Complementar Estadual nº 62, de 26.12.2005, sobre Grupo de
Tributação, Arrecadação e Fiscalização - TAF, e Grupo de Adminis-
tração Financeira e Contábil - AFC.
• Lei Estadual nº 5.300, de 09.06.2003, sobre a Secretaria da Fazenda,
do Corpo de Julgadores, Lei Estadual nº 5.543, de 12.01.2006, sobre
pessoal do Grupo de Tributação, Arrecadação e Fiscalização - TAF,
e Grupo de Administração Financeira e Contábil - AFC.
§ 1º As administrações tributárias do Estado e dos Municípios,
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores
de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas
atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento
de cadastros e de informações fiscais, inclusive na União, na forma da lei
ou convênio.
63
Constituição do Estado do Piauí
• § 1º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 37, inciso XXII, acrescentado pela EC
Federal nº 19, de 04.06.1998, em parte.
§ 2º O cargo de Agente Fiscal de Tributos Estaduais, ou aquele
em que vier a ser transformado, é privativo de portador de curso superior,
organizado em carreira e com provimento inicial mediante concurso pú-
blico de provas.
• Parágrafo único transformado em § 2º, pela EC Estadual nº 27, de
17.12.2008.
• O texto anterior dispunha:
• § 2º O cargo de Agente Fiscal de Tributos Estaduais, ou aquele em
que vier a ser transformado, é privativo de portador de curso superior,
organizado em carreira e com provimento inicial mediante concurso
público de provas.
Art. 50. Toda movimentação funcional do servidor público será
motivada por escrito pela autoridade competente, sob pena de nulidade.
§ 1º É vedada a lotação de servidor público em órgão ou função
não compatível com sua formação técnica ou científica.
§ 2º REVOGADO
• § 2º revogado pela EC Estadual nº 24, de 04.04.2007.
Art. 51. O servidor público, estadual ou municipal, não poderá per-
ceber remuneração inferior ao salário mínimo estabelecido nacionalmente.
• Constituição Federal,art. 7º, IV e art. 39, § 3º, em parte..
Art. 52. Ao servidor público da administração direta, autárquica
e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as disposições
do art. 38, da Constituição Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• Art. 52 - Ao servidor público em exercício de mandato eletivo, aplicam-
se as disposições da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 38, caput, com redação dada pela EC Fe-
deral nº de 04.06.1998, em parte.

64
Constituição do Estado do Piauí Arts. 49 a 53
Seção II
Dos Servidores Públicos

• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.


• Denominação anterior:
• “Seção II
• DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS”
• Constituição Federal, Seção II, do Capítulo VIII, do Título III, com
redação dada pela EC Federal nº 18, de 05.02.1998.
Art. 53. O Estado e os Municípios instituirão conselho de política
de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores de-
signados pelos respectivos Poderes.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
Art. 53 - O Estado e os Municípios instituirão, no âmbito de sua com-
petência, regime jurídico único e plano de carreira para os servidores
da administração direta, das autarquias e das fundações públicas.
• Constituição Federal, art. 39, caput, com redação dada pela EC
Federal nº 19, de 04.06.1998.
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais compo-
nentes do sistema remuneratório observará:
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• § 1º - A instituição dos mecanismos legais far-se-á com os seguintes
objetivos:
• Constituição Federal, art. 39, § 1º.
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos
cargos componentes de cada carreira;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• I - institucionalização do sistema de mérito para ingresso no serviço
público e ascensão funcional.
• Constituição Federal, art. 39, § 1º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
II - os requisitos para a investidura;
65
Constituição do Estado do Piauí
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• II - valorização e dignificação social e funcional do servidor público,
por sua profissionalização e aperfeiçoamento.
• Constituição Federal, art. 39, § 1º, II, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
III - as peculiaridades dos cargos.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• III - remuneração adequada à complexidade e responsabilidade as
tarefas e ao nível de escolaridade exigido para seu desempenho.
• Constituição Federal, art. 39, § 1º, III, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 2º O Estado manterá escolas de governo para formação e aper-
feiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos
cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso,
a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• § 2º - A lei assegurará aos servidores públicos do Estado e dos
Municípios, da administração direta, isonomia de vencimentos para
cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou
entre servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, res-
salvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza
ou ao local de trabalho.
• Constituição Federal, art. 39, § 2º, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 3º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Se-
cretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratifi-
cação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e
XI, da Constituição Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• § 3º - Será assegurada a participação de representantes das entidades
de trabalhadores na elaboração desses mecanismos, em relação à

66
Constituição do Estado do Piauí Arts. 53 a 54
categoria que representam.
• Constituição Federal, art. 39, § 4º, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 4º Lei do Estado e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido,
em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• § 4º - Os planos de carreira e suas modificações serão aprovados pela
Assembleia Legislativa ou pela Câmara Municipal.
• Constituição Federal, art. 39, § 5º, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998, em parte.
§ 5º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão
anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empre-
gos públicos.
• § 5º acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 39, § 6º, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 6º Lei do Estado e dos Municípios disciplinará a aplicação de
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes
em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento
de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimen-
to, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público,
inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
• § 6º acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 39, § 7º, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998, em parte.
Art. 54. Sem prejuízo do disposto no art. 39, a administração de
pessoal do Estado e dos Municípios observará:
• ei Complementar nº 13, de 03.01.1994, Estatuto dos Servidores
L
Públicos Civis; Lei Complementar Estadual nº 28, de 09.06.2003,
sobre Lei Orgânica da Administração Pública do Estado do Piauí;
Lei Complementar Estadual nº 38, de 24.03.2004, sobre Plano de
Cargos, Carreira e Vencimento dos Servidores Públicos Civis da Ad-
ministração Direta, Autárquica e Fundacional do Estado do Piauí; Lei
Complementar Estadual nº 53, de 29.09.2005, sobre criação do Quadro

67
Constituição do Estado do Piauí
de Pessoal Efetivo da Secretaria de Assistência Social e Cidadania -
SASC; Lei Complementar Estadual nº 55, de 26.10.2005, sobre regime
de subsídio para os Delegados de Polícia de Carreira do Estado do
Piauí; Lei Complementar Estadual nº 56, de 01.11.2005, Lei Orgâ-
nica da Procuradoria Geral do Estado do Piauí; Lei Complementar
Estadual nº 57, de 07.11.2005, sobre plano de cargos e carreira da
Auditoria Governamental da Controladoria do Estado do Piauí; Lei
Complementar Estadual nº 59, de 30.11.2005, Lei de Organização da
Defensoria Pública do Estado do Piauí; Lei Complementar Estadual
nº 60, de 30.11.2005, sobre Quadro de Pessoal Efetivo da Coordena-
doria Estadual para Integração da Pessoa de Deficiência - CEID; Lei
Complementar Estadual nº 61, de 20.12.2005, sobre Plano de Cargos,
Carreiras e Remuneração do Magistério Superior da Universidade
Estadual do Piauí - UESPI; Lei Complementar Estadual nº 71, de
26.07.2006, sobre Estatuto dos Trabalhadores em Educação Básica
do Estado do Piauí; Lei Complementar Estadual nº 72, de 01.08.2006,
sobre redefinição do Quadro Pessoal Efetivo da Secretaria de Admi-
nistração - SEAD; Lei Complementar Estadual nº 73, de 01.08.2006,
sobre o sobre a criação do Quadro Pessoal Efetivo da Coordenadoria
de Comunicação do Estado do Piauí - CCOM; Lei Complementar
Estadual nº 79, de 15.12.2006, sobre criação do Quadro de Pessoal
Efetivo da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais, e car-
go de Agente Superior de Serviços; Lei Complementar Estadual nº
81, de 29.12.2006, sobre criação do Quadro de Pessoal Efetivo da
fundação Rádio e Televisão Educativa do Piauí; Lei Complementar
Estadual nº 82, de 31.01.2007, sobre Quadro de Pessoal Efetivo da
Fundação Centro de Pesquisa Econômicas e Sociais do Estado do
Piauí - CEPRO; Lei Complementar Estadual nº 86, de 01.08.2007,
sobre Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração do Magistério
Superior do Piauí; Lei Complementar Estadual nº 92, de 30.10.2007,
sobre criação da Escola Penitenciária do Estado do Piauí; Lei Com-
plementar Estadual nº 99, de 14.04.2008, sobre Quadro de Pessoal
Efetivo das Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico,
do Trabalho e Empreendedorismo, dos Transportes, das Cidades, do
Turismo, da Defesa Civil e do Instituto de Metrologia do Estado do
Piauí - IMEPI; Lei Complementar Estadual nº 100, de 29.04.2008,
sobre carreira de Médico; Lei Complementar Estadual nº 106, de
12.06.2008, sobre reajuste de vencimento, subsídio e gratificação;
Lei Complementar Estadual nº 107, de 12.06.2008, sobre regime de

68
Constituição do Estado do Piauí Art. 54
subsídio para os policias civis e agentes penitenciários do Estado
do Piauí; Lei Complementar Estadual nº 111, de 14.06.2008, sobre
estrutura organizacional da Polícia Militar do Piauí; Lei Comple-
mentar Estadual nº 114, de 04.08.2008, sobre cargo de Procurador
Autárquico em quadro de extinção; Lei Complementar Estadual nº
115, de 25.08.2008, sobre Plano de Carreiras e Remuneração dos
Servidores do Poder Judiciário do Estado do Piauí.
I - acessibilidade aos cargos, empregos e funções públicas aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como
aos estrangeiros, na forma da lei;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• I - acessibilidade aos cargos, empregos e funções públicas aos brasi-
leiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei.
• Constituição Federal, art. 37, I, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprova-
ção prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista
em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• II - investidura em cargo ou emprego público mediante aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressal-
vadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei como
de livre nomeação e exoneração.
• Constituição Federal, art. 37, II, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
III - validade do concurso público pelo prazo de até dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período;
• Constituição Federal, art. 37, III, em parte.
IV - convocação, com prioridade sobre novos concursados, para
assumir cargo ou emprego, na carreira, daquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos, durante o prazo improrrogável
previsto no edital de convocação;
• Constituição Federal, art. 37, IV, em parte.
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por ser-
69
Constituição do Estado do Piauí
vidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• V - preferência por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica
ou profissional para o exercício de cargos em comissão e funções de
confiança nos casos e condições previstos em lei.
• Constituição Federal, art. 37, V, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
VI - REVOGADO;
• Inciso VI revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• VI – vedação da exigência de limite máximo de idade para prestação
de concurso público;
VII - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
trata o § 3º do art. 53 somente poderão ser fixados ou alterados por lei es-
pecífica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão
geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• VII - vigência, sempre na mesma data, da revisão geral, da remunera-
ção dos servidores públicos, sem distinção de índices entre servidores
públicos civis e militares.
• Constituição Federal, art. 37, X, com redação da pela EC Federal nº
19, de 04.06.1998.
VIII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999,
dispunha:
• VIII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário não poderão ser superiores ou inferiores aos pagos pelo
Poder Executivo.
• Constituição Federal, art. 37, XII, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.

70
Constituição do Estado do Piauí Art. 54
IX - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
• Constituição Federal, art. 37, XIII, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
X - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções
e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes do Estado e dos Municípios, dos
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proven-
tos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente
ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza,
não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o
subsídio do Prefeito, e no Estado, o subsídio mensal do Governador no
âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais no âmbito
do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Mi-
nistério Público, aos Procuradores do Estado e aos Defensores Públicos;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999,
dispunha:
X - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração direta, autarquias e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes do Estado e dos Municípios,
dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os
proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumu-
lativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer
natureza, não poderão exercer o subsídio mensal, em espécie, dos
Ministérios do Supremo Tribunal Federal.
• Constituição Federal, art. 37, XI, com redação dada pela EC Federal
nº 41, de 12.03.2003, modificando a EC Federal nº 19, de 04.06.1998,
em parte.
XI - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empre-
gos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos arts. 37, XI e XIV,
39, § 4º, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da Constituição Federal;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:

71
Constituição do Estado do Piauí
• XI - irredutibilidade de vencimentos dos servidores públicos, civis e
militares, cuja remuneração observará além do disposto nesta Cons-
tituição, os preceitos estabelecidos nos arts. 150, II, 153, III, § 2º, I,
da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 37, XV, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
XII - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação
sindical, bem como o direito de greve que será exercido nos termos e nos
limites definidos em lei específica federal;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
XII - garantia ao servidor público civil do direito à livre associação
sindical e do direito de greve, nos termos e nos limites definidos em
lei complementar federal.
• Constituição Federal, art. 37, VI e VII, com o inciso VII, tendo redação
dada pela EC Federal nº 19, de 04.06.1998, em parte.
• Lei Federal nº 7.783, de 28.06.1989, sobre direito de greve.
XIII - destinação de percentual de cargos e empregos públicos
para pessoas portadoras de deficiência, e definição dos critérios de sua
admissão, na forma da lei;
• Constituição Federal, art. 37, inciso VIII.
• Lei Federal nº 7.853, de 24.10.1989, sobre pessoa portadora de de-
ficiência e o CORDE.
XIV - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, ex-
ceto quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer
caso o disposto no inciso X:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 37, XVI, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
a) a de dois cargos de professor;
• Constituição Federal, art. 37, inciso XVI, a.
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• Constituição Federal, art. 37, inciso XVI, b.
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saúde, com profissões regulamentadas;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:

72
Constituição do Estado do Piauí Art. 54
• c) a de dois cargos privativos de médico.
• Constituição Federal, art. 37, XVI, c, com redação dada pela EC
Federal nº 19, de 04.06.1998.
XV - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia
mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente,
pelo poder público;
Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• XV - aplicação, aos servidores públicos em geral, do disposto no art.
7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII
e XXX, da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 37, XVII, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
XVI - aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o dis-
posto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XIX, XX,
XXII e XXX, da Constituição Federal, podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999,
dispunha:
XVI - aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no
art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII
e XXX, da Constituição Federal, podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
• Constituição Federal, art. 39, § 3º, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
XVII - às servidoras efetivas e às militares é assegurada licença
à gestante, sem prejuízo de cargo, emprego ou função e do subsídio ou
remuneração, com a duração de cento e oitenta dias, conforme lei.
• Inciso XVII acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 7º, XVIII, em parte.
§ 1º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a
nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.
• Constituição Federal, art. 37, § 2º.
§ 2º Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público
não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acrés-
cimos ulteriores;
73
Constituição do Estado do Piauí
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão
computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
• Constituição Federal, art. 37, XIV, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 3º Os servidores públicos estaduais e municipais que possuírem
filhos portadores de deficiências físicas, sensoriais ou mentais, terão carga
horária reduzida à metade, desde que comprovem o fato perante a autori-
dade que lhe seja imediatamente superior.
• Lei Federal nº 7.853, de 24.10.1989, sobre as normas de proteção à
pessoa portadora de deficiência.
§ 4º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante
de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o
acesso a informações privilegiadas.
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 37, § 7º, acrescentado pela EC Federal nº
19, de 04.06.1998.
§ 5º O disposto no inciso X aplica-se às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos
da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para paga-
mento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
• § 5º acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 37, § 9º, acrescentado pela EC Federal nº
19, de 04.06.1998.
§ 6º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposenta-
doria decorrentes do art. 57 ou do art. 58 com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma
da Constituição Federal, os cargos eletivos e os cargos em comissão de-
clarados em lei de livre nomeação e exoneração.
• § 6º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 37, § 10, acrescentado pela EC Federal nº
19, de 04.06.1998.

74
Constituição do Estado do Piauí Arts. 54 a 55
§ 7º Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios
de que trata o inciso X do caput deste artigo, as parcelas de caráter inde-
nizatório previstas em lei.
• § 7º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 39, § 11, acrescentado pela EC Federal nº
19, de 04.06.1998.
Art. 55. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servi-
dores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
Art. 55 - São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores
públicos nomeados em virtude de concurso público.
• Constituição Federal, art. 41, caput, com redação dada pela EC
Federal nº 19, de 04.06.1998.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de
sentença judicial transitada em julgado ou mediante procedimento
administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
• Constituição Federal, art. 41, § 1º, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 41, § 1º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa;
• II acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 41, § 1º, II, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,
na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
• III acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.

75
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 41, § 1º, III acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável re-
conduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional
ao tempo de serviço.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável,
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao
cargo de origem, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibi-
lidade, sem direito a indenização.
• Constituição Federal, art. 41, § 2º, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor
estável ficará em disponibilidade até seu adequado aproveitamento em
outro cargo.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor
estável ficará em disponibilidade remunerada, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
• Constituição Federal, art. 41, § 3º, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigató-
ria a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade.
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 41, § 4º, acrescentado pela EC Federal nº
19, de 04.06.1998.
Art. 56. No período de noventa dias antes da posse do Governador
eleito, à administração estadual é vedada:
I - realização de operações que impliquem o endividamento do Estado;
II - reajuste de salários e vencimentos do funcionalismo público
estadual, exceto a título de correção da inflação do período;
III - admissão a qualquer título, contratação, demissão, promoção
76
Constituição do Estado do Piauí Arts. 55 a 57
ou remanejamento de servidor público.
Parágrafo único. Ressalvam-se os casos de operações financeiras
ou contratações, por tempo determinado, efetuadas para atender necessi-
dades de excepcional interesse público, tais como calamidades, epidemias
e catástrofes, na forma da lei.
Art. 57. Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de
previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do
respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o
disposto neste artigo.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 57 - O servidor público será aposentado:
• Constituição Federal, art. 40, caput, com redação dada pela EC
Federal nº 41, de 19.12.2003.
§1º O servidor do Estado e dos Municípios, incluídas suas autar-
quias e fundações, que tenha ingressado no serviço público até a data de
publicação da Emenda Constitucional nº 70 da Constituição Federal, tem
direito a proventos de aposentadoria calculados com base na remunera-
ção do cargo efetivo em que se der a aposentadoria, na forma da lei, não
sendo aplicáveis as disposições constantes dos § § 3º, 8º e 17 do art. 40
da Constituição Federal, e o seguinte:
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• O texto anterior dispunha:
• § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de servidores
públicos estaduais e municipais serão aposentados, calculados os seus
proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17, deste
artigo, e o seguinte:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ Lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso
III, “a” e “c”, no caso de exercício de atividades consideradas penosas,
insalubres ou perigosas.
• Constituição Federal, art. 40, § 1º, com redação dada pela EC Federal
nº 41, de 19.12.2003, modificando a redação dada pela EC Federal
nº 20, de 15.12.1998.
• Lei Complementar Estadual nº 39, de 14.07.2004, sobre Fundo de

77
Constituição do Estado do Piauí
Previdência Social do Regime Próprio de Previdência Social dos
Servidores Públicos, Policias Militares e Bombeiros Militares, ativos
e inativos, e dos pensionistas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado do
Piauí; Lei Complementar Estadual nº 40, de 14.07.2004, sobre Plano
de Custeio do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores
Públicos, ativos e inativos, e dos pensionistas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas
do Estado do Piauí; Lei Complementar Estadual nº 43, de 20.12.2004,
sobre contribuição previdenciária dos ativos e inativos e pensionistas
da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Estado do Piauí
de qualquer dos poderes, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar, e dos membros da magistratura, do Ministério Público e do
Tribunal de Contas.
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, molés-
tia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
I - por invalidez permanente, com proventos integrais, quando decor-
rente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos
demais casos.
• Constituição Federal, art. 40, § 1º, I, com redação dada pela EC
Federal nº 41, de 19.12.2003.
II - compulsoriamente, aos setenta e cinco anos de idade, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
• Redação dada pela EC Estadual nº 32, de 27.10.2011.
• O texto anterior dispunha:
• II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço.
• Constituição Federal, art. 40, § 1º, II, com redação dada pela EC
Federal nº 41, de 19.12.2003, modificando a redação dada pela EC
Federal nº 20, de 15.12.1998.

78
Constituição do Estado do Piauí Art. 57
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez
anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo
em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
III - voluntariamente:
• Constituição Federal, art. 40, § 1º, III, com redação dada pela EC
Federal nº 41, de 19.12.2003, modificando a redação dada pela EC
Federal nº 20, de 15.12.1998.
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem,
e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta anos, se
mulher, com proventos integrais.
• Constituição Federal, art. 40, § 1º, III, a, com redação dada pela EC
Federal nº 20, de 15.12.1998.
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de
idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
b) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco anos, se
mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
• Constituição Federal, art. 40, § 1º, III, b, com redação dada pela EC
Federal nº 20, de 15.12.1998.
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua
concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no
cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência
para a concessão da pensão.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos
temporários.
• Constituição Federal, art. 40, § 2º, com redação dada pela EC Federal
nº 20, de 15.12.1998.
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da
sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base
79
Constituição do Estado do Piauí
para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam
os arts. 40 e 201, da Constituição Federal, na forma da lei.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Constitucional Estadual nº 01, de
27.06.1991, dispunha:
§ 3º - O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal
será computado, integralmente, para os efeitos de aposentadoria e
disponibilidade.
• Constituição Federal, art. 40, § 3º, com redação dada pela EC Federal
nº 41, de 19.12.2003.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para
a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata
este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente
sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
definidos em lei complementar.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 4º - Para efeito de aposentadoria é assegurada a contagem recíproca
do tempo de contribuição na administração pública e na atividade
privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos sistemas de
previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios
estabelecidos em lei federal.
• Constituição Federal, art. 40, § 4º, com redação dada pela EC Federal
nº 47, de 05.07.2005, modificando a redação dada pela EC Federal
nº 20, de 15.12.1998.
• Lei Federal nº 9.796, de 0.05.1999, sobre compensação previdenciária
(COMPREV).
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão redu-
zidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, a, deste artigo,
para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício
das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental
e médio.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 5º - Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma pro-
porção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração
dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos

80
Constituição do Estado do Piauí Art. 57
servidores em atividade, mesmo quando decorrentes de transformação
ou reclassificação do cargo ou função em que se tiver dado a aposen-
tadoria, na forma da lei.
• Constituição Federal, art. 40, § 5º, com redação dada pela EC Federal
nº 20, de 15.12.1998.
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acu-
muláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de
uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 6º - O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos
vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido
em lei, observado o disposto no parágrafo anterior.
• Constituição Federal, art. 40, § 6º, com redação dada pela EC Federal
nº20, de 15.12.1998, modificando a redação dada pela EC Federal
nº 3, de 17.03.1993.
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por
morte, que será igual:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 7º - Os proventos da aposentadoria e pensões dos servidores públicos,
estaduais e municipais, serão pagos na mesma data do pagamento do
vencimento dos servidores em atividade.
• Constituição Federal, art. 40, § 7º, com redação dada pela EC Federal
nº 41, de 19.12.2003.
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até
o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de pre-
vidência social de que trata o art. 201, da Constituição Federal, acrescido
de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado
à data do óbito; ou
• Inciso I acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 7º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 41, de 19.12.2003.
II - ao valor da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se
deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o art. 201, da Constituição
Federal, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite,
caso em atividade na data do óbito.
81
Constituição do Estado do Piauí
• Inciso II acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 7º, incisos I e II, com redação dada
pela EC Federal nº 41, de 19.12.2003, modificando a redação dada
pela EC Federal nº 20, de 15.12.1998.
• Constituição Federal, art. 40, § 7º, II, acrescentado pela EC Federal
nº 41, de 19.12.2003.
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-
lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos
em lei.
• § 8º acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 8º, com redação dada pela EC Federal
nº 41, de 19.12.2003.
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será
contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente
para efeito de disponibilidade.
• § 9º acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 9º, acrescentado pela EC Federal nº
20, de 15.12.1998.
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de
tempo de contribuição fictício.
• § 10 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 10, acrescentado pela EC Federal nº
20, de 15.12.1998.
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 54, X, desta Constituição, à
soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras ativida-
des sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao
montante resultante da adição de proventos de inatividade com remunera-
ção de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
• § 11 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 11, acrescentado pela EC Federal nº
20, de 15.12.1998.
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos
servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber,
os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social.
• § 12 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

82
Constituição do Estado do Piauí Art. 57
• Constituição Federal, art. 40, § 12, com redação dada pela EC Federal
nº 20, de 15.12.1998.
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comis-
são declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro
cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de
previdência social.
• § 13 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 13, acrescentado pela EC Federal nº
20, de 15.12.1998.
§ 14. O Estado e os Municípios, desde que instituam regime de
previdência complementar para os seus respectivos servidores de cargo
efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensão a serem
concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabele-
cido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata
o art. 201, da Constituição Federal.
• § 14 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 14, acrescentado pela EC Federal nº
20, de 15.12.1998.
• Lei Complementar Federal nº 108, de 29.05.2001, sobre relação entre a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas autarquias,
fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas
e suas respectivas entidades fechadas de previdência complementar.
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o §
14, deste artigo, será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder
Executivo, observado o disposto no art. 202 e parágrafos, da Constituição
Federal, no que couber, por intermédio de entidade fechada de previdência
complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos par-
ticipantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição
definida.
• § 15 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 15, com redação dada pela EC Federal
nº 41, de 19.12.2003.
• Lei Complementar Federal nº 109, de 29.05.2001, sobre regime de
previdência complementar.
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto
nos §§ 14 e 15, deste artigo, poderá ser aplicado ao servidor que tiver in-
gressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição
do correspondente regime de previdência complementar.
83
Constituição do Estado do Piauí
• § 16 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 16, acrescentado pela EC Federal nº
20, de 15.12.1998.
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo
do benefício previsto no § 3º, deste artigo, serão devidamente atualizados,
na forma da lei.
• § 17 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 17, acrescentado pela EC Federal nº
41, de 19.12.2003.
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias
e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdên-
cia social de que trata o art. 201, da Constituição Federal, com percentual
igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.
• § 18 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 18, acrescentado pela EC Federal nº
41, de 19.12.2003.
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha complementado
as exigências para aposentadoria voluntária, estabelecida no § 1º, III, a,
deste artigo e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono
de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até
completar as exigências para aposentadoria compulsória contida no § 1º, II.
• § 19 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 19, acrescentado pela EC Federal nº
41, de 19.12.2003.
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de
previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de
mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal,
ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X, da Constituição Federal.
• § 20 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 20, acrescentado pela EC Federal nº
41, de 19.12.2003.
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas
sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o
dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201, da Constituição Federal, quando
o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.
• § 21 acrescentado EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 40, § 21, acrescentado pela EC Federal nº
47, de 05.07.2005.

84
Constituição do Estado do Piauí Arts. 57 a 58
Seção III
Dos Servidores Militares do Estado

• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.


• Denominação anterior:
Seção II
Dos Servidores Públicos Militares
• Constituição Federal, Seção III, do Capítulo VIII, do Título III, reno-
meado pela EC Federal nº 18, de 05.02.1998.
Art. 58. Os membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são
militares do Estado.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 58 - são servidores militares estaduais os integrantes da Policia
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.
• Constituição Federal, art. 42, caput, com redação dada pela EC
Federal nº 18, de 05.02.1998.
• Lei Complementar Estadual nº 66, de 16.01.2006, sobre a extinção do
Montepio Militar.
§ 1º As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas ine-
rentes são asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou
reformados, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado,
sendo-lhes privativos os títulos, postos e uniformes militares.
• Constituição Federal, art. 142, § 3º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 18, de 05.02.1998.
• Lei Complementar Estadual nº 68, de 22.06.2006, sobre promoção de
praças da Polícia Militar do Estado do Piauí.
§ 2º As patentes dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado são conferidas pelo Governador.
• Constituição Federal, art. 142, § 3º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 18, de 05.02.1998, em parte.
§ 3º O militar do Estado em atividade que aceitar cargo ou emprego
público civil permanente será transferido para a reserva, nos termos da lei.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 3º - O policial militar em atividade que aceitar cargo ou emprego
público civil permanente será transferido para a reserva.
• Constituição Federal, art. 142, § 3º, II, acrescentado pela EC Federal
85
Constituição do Estado do Piauí

nº 18, de 05.02.1998, em parte.


§ 4º O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou função tem-
porária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ficará agregado ao
respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação,
ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas
para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois
anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a inatividade.
• Constituição Federal, art. 142, § 3º, III, acrescentado pela EC Federal
nº 18, de 05.02.1998, em parte.
§ 5º Ao militar do Estado são vedadas a sindicalização e a greve.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 5º - Ao policial militar são vedadas a sindicalização e a greve.
• Constituição Federal, art. 142, § 3º, IV, acrescentado pela EC Federal
nº 18, de 05.02.1998, em parte.
§ 6º O militar do Estado, enquanto em efetivo serviço, não pode
estar filiado a partido político.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 6º - O policial militar, enquanto em efetivo serviço, não pode estar
filiado a partido político.
• Constituição Federal, art. 142, § 3º, V, acrescentado pela EC Federal
nº 18, de 05.02.1998.
§ 7º -O oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno
do oficialato ou com ele incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça,
em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra.
• Constituição Federal, art. 142, § 3º, VI, acrescentado pela EC Federal
nº 18, de 05.02.1998.
§ 8º O oficial condenado na justiça comum ou militar a pena priva-
tiva de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado,
será submetido ao julgamento previsto no parágrafo anterior.
• Constituição Federal, art. 142, § 3º, VII, acrescentado pela EC Federal
nº 18, de 05.02.1998.
§ 9º Aplica-se aos militares do Estado o disposto no art. 57, § 9º,
desta Constituição e no art. 7º, VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e no
art. 37, XI, XIII, XIV e XV, da Constituição Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

86
Constituição do Estado do Piauí Art. 58
• O texto original dispunha:
§ 9º - A lei estabelecerá as condições em que o praça perderá a gra-
duação.
• Constituição Federal, art. 142, § 3º, VIII, acrescentado pela EC Fe-
deral nº 18, de 05.02.1998.
§ 10. Lei estadual de iniciativa do Governador disporá sobre o
ingresso na Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, os limites de idade, a
estabilidade e outras condições de transferência do militar do Estado para
a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e
outras situações especiais dos militares do Estado, consideradas as pecu-
liaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de
compromissos internacionais.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 10 - Direitos, deveres, garantias e vantagens dos servidores mili-
tares, bem como normas sobre admissão, promoção, estabilidade,
limites de idade e condições de transferência para a inatividade serão
estabelecidos em estatuto próprio, mediante lei estadual de iniciativa
do Governador.
• Constituição Federal, art. 142, § 3º, X, acrescentado pela EC Federal
nº 18, de 05.02.1998.
§ 11. Aplicam-se aos militares do Estado, além do que vier a ser
fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142,
§§ 2º e 3º, da Constituição Federal, cabendo a lei estadual específica dis-
por sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, da Constituição Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 11 - Aplica-se ao servidor público militar o disposto no art. 57, §§
3º, 6º e 7º desta Constituição e no art. 7º, VIII, XII, XVII, XVIII e XIX
da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 42, § 1º, com redação dada pela EC Federal
nº 20, de 15.12.1998, em parte.
§ 12. Aos pensionistas dos militares do Estado, aplica-se o que for
fixado em lei específica.
• § 12 acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 42, § 2º, com redação dada pela EC Federal
nº 41, de 19.12.2003, em parte.

87
Constituição do Estado do Piauí Art. 59

TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Disposições Preliminares

Art. 59. O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legis-


lativa, constituída de Deputados eleitos na forma da lei.
• Constituição Federal, art. 44, caput, em parte.
§1º O número de Deputados à Assembleia Legislativa será o triplo
da representação federal na Câmara dos Deputados; alcançado o número
de trinta e seis, será este acrescido de tantos quanto forem os Deputados
Federais acima de doze.
• Constituição Federal, art. 27, caput, em parte.
§ 2º Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
• Constituição Federal, art. 27, § 1º e art. 44, parágrafo único, em parte.
§ 3º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de
iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta
e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados
Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal.
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 27, § 2º, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998, em parte.

89
Constituição do Estado do Piauí

Art. 60. As deliberações da Assembleia Legislativa e de suas Co-


missões serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta
dos respectivos membros, salvo disposição constitucional ou regimental
em contrário.
• Constituição Federal, art. 47, em parte.

Seção II
Das Atribuições da Assembleia Legislativa

Art. 61. Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção do Go-


vernador, e ressalvados os casos de sua competência exclusiva, legislar
especialmente sobre:
• Constituição Federal, art. 48, em parte.
• Lei Estadual nº 5.861,de 01.07.2009, sobre elaboração, redação e
alteração das leis do Estado do Piauí.
I - sistema tributário, arrecadação, distribuição e aplicação de
rendas;
• Constituição Federal, art. 48, I, em parte.
• Lei Federal nº 5.172, de 25.10.1966, Código Tributário Nacional
(CTN).
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento, opera-
ções de crédito e dívida pública;
• Constituição Federal, art. 48, II, em parte.
III - planos e programas regionais e setoriais de desenvolvimento;
• Constituição Federal, art. 48, IV, em parte.
IV - bens do domínio do Estado;
V - organização e divisão judiciária;
• Lei Estadual nº 3.716, de 12.12.1979, Lei de Organização Judiciária
do Estado do Piauí.
VI - organização do Ministério Público, Procuradoria-Geral do
Estado e Defensoria Pública;
• Alteração feita pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:

90
Constituição do Estado do Piauí Arts. 60 a 61
VI - organização do Ministério Público, Advocacia-Geral do Estado
e Defensoria Pública.
• Constituição Federal, art. 48, IX, em parte.
• Lei Complementar Federal nº 80, de 12.01.1994, sobre Defensoria
Pública da União, do Distrito Federal e sobre normas gerais para a
sua organização nos Estados.
• Lei Federal nº 8.625, 12.05.1993, Lei de Organização Nacional do
Ministério Público.
• Lei Complementar Estadual nº 56, de 01.11.2005, Lei Orgânica da
Procuradoria Geral do Estado do Piauí; Lei Complementar Estadual
nº 59, de 30.11.2005, Lei de Organização da Defensoria Pública do
Estado do Piauí.
VII - organização do Tribunal de Contas;
• Lei Estadual nº 4.721, de 27.07.1994, Lei Orgânica do Tribunal de
Contas do Estado do Piauí.
VIII - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e
funções públicas e fixação de remuneração e subsídio;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
VIII - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções
públicas e fixação de vencimentos e remuneração.
• Constituição Federal, art. 48, X, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 28, de 09.06.2003, sobre Lei Orgânica
da Administração Pública do Estado do Piauí.
IX - organização e fixação dos efetivos da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar;
• Constituição Federal, art. 48, III, em parte.
• Lei Estadual nº 5.458, de 30.06.2005, sobre Corpo de Bombeiros Mi-
litar; Lei Estadual nº 5.552, de 23.03.2006, sobre efetivo da Polícia
Militar do Piauí.
X - Polícia Civil;
• ei Complementar Estadual nº 37, de 09.03.2004, Estatuto da Policia
L
Civil do Estado do Piauí.
XI - aquisição onerosa e alienação de bens imóveis do Estado;
XII - criação, incorporação, fusão e desmembramento de Muni-
cípios;

91
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 18, § 4º, em parte.
XIII - normas gerais sobre alienação, cessão, permuta, arrenda-
mento ou aquisição de bens públicos.
XIV - criação e extinção de Secretarias e órgãos da administração
pública.
• Inciso XIV acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 48, XI, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 28, de 09.06.2003, sobre Lei Orgânica
da Administração Pública do Estado do Piauí;
Art. 62. Compete à Assembleia Legislativa, mediante proposta do
Tribunal de Justiça:
• Constituição Federal, art. 61, caput, em parte.
I - criação e extinção de cargos e fixação de subsídio dos membros
do Tribunal de Justiça e juízes, bem como a remuneração dos servidores
do Poder Judiciário;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999,
dispunha:
I - criação e extinção de cargos e fixação de subsídio dos membros do
Tribunal de Justiça e juízes, bem como a remuneração dos auxiliares
da Justiça.
• Lei Estadual nº 3.716, de 12.12.1979, Lei de Organização Judiciária
do Estado do Piauí.
II - alteração da organização e da divisão judiciária.
Art. 63. Compete, privativamente, à Assembleia Legislativa:
• Constituição Federal, art. 49, caput, em parte.
I - autorizar o Governador e o Vice-Governador a se ausentarem
do País e do Estado, quando a ausência, neste último caso, exceder de
quinze dias;
• Constituição Federal, art. 49, III, em parte.
II - sustar os atos normativos do Poder Executivo que excedam os
limites do Poder regulamentar, bem como a intervenção em Município ou
ato de nomeação do interventor;
• Constituição Federal, art. 49, V, em parte.

92
Constituição do Estado do Piauí Arts. 61 a 63
III - fixar, por lei de sua iniciativa, os subsídios do Governador, do
Vice-Governador e dos Secretários de Estado, observado o que dispõem os
arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da Constituição Federal;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
III - fixar, para cada exercício financeiro, a remuneração do Governa-
dor, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado.
• Constituição Federal, art. 49, VIII, parte.
IV - julgar, anualmente, as contas do Governador e apreciar os
relatórios sobre a execução dos planos de governo;
• Constituição Federal, art. 49, IX, parte.
V - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os
da administração indireta;
• Constituição Federal, art. 49, X.
VI - aprovar, após arguição pública, em votação secreta, por maioria
absoluta, a escolha dos membros do Tribunal de Contas do Estado que
forem indicadas pelo Governador;
• Constituição Federal, art. 49, XIII, art. 73, § 2º, inciso I, IX, e art.
75, em parte.
• Lei Estadual nº 5.056, de 11.05.1999, sobre escolha dos Conselheiros
do Tribunal de Contas.
VII - escolher quatro membros do Tribunal de Contas do Estado,
por votação secreta e após arguição pública.
• Redação dada pela EC Estadual nº 11, de 03.05.2000.
• O texto original dispunha:
VII - escolher cinco membros do Tribunal de Contas do Estado, por
votação secreta e após arguição pública.
• Constituição Federal, art. 49, XIII, art. 73, § 2º, II, e art. 75, em parte.
• Lei Estadual nº 5.056, de 11.05.1999, sobre escolha dos Conselheiros
do Tribunal de Contas do Estado do Piauí.
VIII - aprovar a escolha dos presidentes das entidades da adminis-
tração indireta que operem nos setores de saneamento básico;
• Redação dada pela EC Estadual nº 17, de 17 de dezembro de 2001.
• O texto anterior, redigido pela EC Constitucional Estadual nº 01, de
27.06.1991, dispunha:

93
Constituição do Estado do Piauí
VIII - aprovar a escolha dos presidentes do Banco do Estado do Piauí
e das entidades da administração indireta que operam nos setores de
saneamento básico e energético.
O texto original dispunha:
VIII - aprovar a escolha dos presidentes do Banco do Estado do Piauí,
das autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, que operem nos
setores essenciais.
IX - ordenar a sustação de contratos impugnados pelo Tribunal de
Contas do Estado;
X - julgar as contas anualmente prestadas pelo Tribunal de Contas
do Estado, realizando periodicamente inspeções e auditorias.
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de -10.09.2013
• O texto original dispunha:
• X - apreciar, em cada exercício, as contas do Tribunal de Contas do
Estado;
XI - destituir o Procurador-Geral de Justiça, na forma da lei com-
plementar respectiva;
XII - autorizar referendo e plebiscito;
• Constituição Federal, art. 49, XV, em parte.
XIII - processar e julgar o Governador nos crimes de responsa-
bilidade e os Secretários de Estado e o Procurador-Geral de Justiça, o
Procurador-Geral do Estado e o Procurador-Geral da Defensoria Pública
(Defensor Público Geral), nos crimes da mesma natureza, conexos com
aqueles;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
XIII - processar e julgar o Governador nos crimes de responsabilidade
e os Secretários de Estado e o Procurador-Geral de Justiça, o Advo-
gado-Geral do Estado e o Procurador-Geral da Defensoria Pública,
nos crimes da mesma natureza, conexos com aqueles.
• Constituição Federal, art. 52, I e II, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 59, de 30.11.2005, Lei de Organização
da Defensoria Pública do Estado do Piauí.
XIV - eleger sua Mesa Diretora;
• Constituição Federal, art. 27, § 3º, em parte.

94
Constituição do Estado do Piauí Arts. 63 a 64
XV - elaborar e votar o seu Regimento Interno;
• Constituição Federal, art. 27, § 3º, art. 51, III, e art. 52, XII, em parte.
XVI - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, cria-
ção, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus
serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
XVI - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,
transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus ser-
viços, e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
• Constituição Federal, art. 27, § 3º, art. 51, IV, e art. 52, XIII, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 46, de 19.05.2005, sobre Fundação
Rádio e Televisão Deputado Reis da Silveira.
• Lei Estadual nº 5.712, de 18.12.2007, sobre organização administra-
tiva da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, e Lei Estadual nº
5.726, de 10.01.2008, sobre Plano de Cargos, Carreiras e Salário do
Quadro de Pessoal da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí.
XVII - criar comissões de inquérito;
• Lei Federal nº 1.579, de 1952, sobre Comissão Parlamentar de In-
quérito, e Lei Federal nº10.001, de 04.09.2009, sobre o Ministério
Público e a CPI.
XVIII - REVOGADO;
• Inciso XVIII revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
XIX - organizar os serviços jurídicos da Assembleia Legislativa,
nos termos da lei;
XX - pedir intervenção federal, se necessário, para assegurar o
livre exercício de suas funções.
• Constituição Federal, art. 49, IV, em parte.
Art. 64. A Assembleia Legislativa e qualquer de suas Comissões
poderão convocar Secretários de Estado ou quem a eles se equipare para
que prestem, pessoalmente, informações sobre assuntos previamente
determinados, importando em crime de responsabilidade a ausência sem
justa causa.
• Constituição Federal, art. 50, caput, em parte.

95
Constituição do Estado do Piauí
§ 1º Os Secretários de Estado ou Diretores-Presidentes de órgãos
da administração direta ou indireta poderão comparecer à Assembleia
Legislativa, por sua própria iniciativa e mediante prévio entendimento
com a Mesa Diretora, para expor assunto a respeito do qual haja denúncia
pública de irregularidade, ou para esclarecer sobre questões de relevância.
• Constituição Federal, art. 50, § 1º, em parte.
§ 2º A Mesa da Assembleia Legislativa e qualquer das suas Co-
missões poderão encaminhar pedidos escritos e com especificação de
informações aos Secretários de Estado ou Diretores-Presidentes de órgãos
da administração indireta, importando em crime de responsabilidade a re-
cusa ou não atendimento do solicitado, no prazo estabelecido, bem como
a prestação de informações inverídicas.
• Constituição Federal, art. 50, § 1º, em parte, com redação da EC
Revisional nº 2, de 07.06.1994.

Seção III
Dos Deputados Estaduais

Art. 65. Os Deputados Estaduais são invioláveis, civil e penalmen-


te, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 65 - Os Deputados são invioláveis, no exercício do mandato, por
suas opiniões, palavras e votos.
• Constituição Federal, art. 53, caput, com redação dada pela EC
Federal nº 35, de 20.12.2001, em parte.
§ 1º Os Deputados Estaduais, desde a expedição do diploma, serão
submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 1º - Desde a expedição do diploma, os Deputados Estaduais não
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem
processados criminalmente sem prévia autorização da Assembleia
Legislativa .
• Constituição Federal, art. 53, § 1º, com redação dada pela EC Federal
nº 35, de 20.12.2001, em parte.

96
Constituição do Estado do Piauí Arts. 64 a 65
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros da Assembleia
Legislativa não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançá-
vel. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à
Assembleia Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seus membros,
resolva sobre a prisão.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
“§ 2º - Ocorrendo o flagrante, os autos respectivos serão remetidos,
dentro de vinte e quatro horas, à Assembleia Legislativa, a qual, pelo
voto secreto de maioria dos seus membros, decidirá sobre a prisão e
autorizará, ou não, a formação da culpa”.
• Constituição Federal, art. 53, § 2º, com redação dada pela EC Federal
nº 35, de 20.12.2001, em parte.
§ 3º Recebida a denúncia contra o Deputado Estadual, por crime
ocorrido após a diplomação, o Tribunal de Justiça dará ciência à Assem-
bleia Legislativa, que, por iniciativa de partido político nela representado
e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar
o andamento da ação.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 3º - Os Deputados serão submetidos a processo e julgamento nos
crimes comuns perante o Tribunal de Justiça do Estado.
• Constituição Federal, art. 53, § 3º, com redação dada pela EC Federal
nº 35, de 20.12.2001, em parte.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legisla-
tiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento
pela Mesa Diretora.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 4º - Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre infor-
mações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem
sobre as pessoas que lhes confiarem ou delas receberem informações.
• Constituição Federal, art. 53, § 4º, com redação dada pela EC Federal
nº 35, de 20.12.2001, em parte.
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar
o mandato.
• § 5º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

97
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 53, § 5º, com redação dada pela EC Federal
nº 35, de 20.12.2001, em parte.
§ 6º Os Deputados Estaduais não serão obrigados a testemunhar so-
bre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato,
nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou dele receberam informações.
• § 6º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 53, § 6º, com redação dada pela EC Federal
nº 35, de 20.12.2001, em parte.
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados Estaduais,
embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia
licença da Assembleia Legislativa.
• § 7º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 53, § 7º, com redação dada pela EC Federal
nº 35, de 20.12.2001, em parte.
§ 8º As imunidades de Deputados Estaduais subsistirão durante o
estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços
dos membros da Assembleia Legislativa, nos casos de atos praticados fora
do recinto desta, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
• § 8º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 53, § 8º, acrescentado pela EC Federal nº
35, de 20.12.2001, em parte.
Art. 66. Os deputados não podem:
• Constituição Federal, art. 54, caput, em parte.
I - desde a expedição do diploma:
• Constituição Federal, art. 54, I, em parte.
a) firmar contrato com pessoas jurídicas de direito público, autar-
quia, empresa pública, fundação pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato
obedecer a cláusulas uniformes;
• Constituição Federal, art. 54, I, a, em parte.
b) aceitar o exercício de cargo, emprego ou função, mesmo de
confiança, nas entidades mencionadas na alínea anterior;
• Constituição Federal, art. 54, inciso I, b, em parte.
II - desde a posse:
• Constituição Federal, art. 54, II, em parte.

98
Constituição do Estado do Piauí Arts. 65 a 67
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresas benefi-
ciárias de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nelas exercer
função remunerada;
• Constituição Federal, art. 54, II, a, em parte.
b) patrocinar causas de interesse de qualquer das entidades men-
cionadas no inciso I, alínea a;
• Constituição Federal, art. 54, II, b, em parte.
c) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
• Constituição Federal, art. 54, II, d.
Art. 67. Perderá o mandato o Deputado:
• Constituição Federal, art. 55, caput, em parte.
I - que infringir qualquer proibição do artigo anterior;
• Constituição Federal, art. 55, I.
II - cujo procedimento for incompatível com o decoro parlamentar
ou atentatório às instituições vigentes;
• Constituição Federal, art. 55, II.
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça
parte das sessões ordinárias, salvo por doença comprovada, licença ou
missão autorizada pela Assembleia Legislativa;
• Constituição Federal, art. 55, III, em parte.
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
• Constituição Federal, art. 55, IV.
V - que abusar das prerrogativas asseguradas ao parlamentar ou
obtiver, no desempenho do mandato, vantagens indevidas, além de outras
definidas no Regimento Interno;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em
julgado;
• Constituição Federal, art. 55, VI.
VII - nos casos em que a Justiça Eleitoral o decretar.
• Constituição Federal, art. 55, V.
§ 1º Nos casos dos incisos I, II e VI, decidirá a Assembleia a perda
do mandato, por dois terços de seus membros, em voto secreto, mediante
provocação da Mesa ou de partidos políticos com representação no Le-
gislativo Estadual, assegurada ampla defesa ao indiciado.
• Constituição Federal, art. 55, § 2º, em parte.

99
Constituição do Estado do Piauí
§ 2º Nos casos dos incisos III, IV, V e VII, a perda será decretada
pela Mesa, de ofício, ou mediante provocação de qualquer um dos depu-
tados ou partido político com representação na Assembleia Legislativa.
• Constituição Federal, art. 55, § 3º, em parte.
§ 3º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos
definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a
membro da Assembleia Legislativa ou a percepção de vantagens indevidas.
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 55, § 1º, em parte.
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou
possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos
suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 1º e 2º.
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 55, § 4º, em parte, acrescentado pela EC
de Revisão nº 06, de 07.06.1994.
• Lei Complementar Federal nº 64, de 18.05.1990, sobre os casos de
inelegibilidade, prazos de cassação.
Art. 68. Não perderá o mandato o Deputado:
• Constituição Federal, art. 56, caput, em parte.
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de
Território, Secretário de Estado, Secretário da Capital, chefe de missão
diplomática ou cultural temporária, ou interventor municipal;
• Constituição Federal, art. 56, I, em parte.
II - licenciado pela Assembleia Legislativa por motivo de doença,
ou para tratar de interesse particular, com afastamento até cento e vinte
dias, sem direito, neste caso, a remuneração.
• Constituição Federal, art. 56, II, em parte.
§ 1º A convocação de suplente somente se dará nos casos de vaga,
de investidura em função prevista neste artigo ou de licença superior a
cento e vinte dias.
• Constituição Federal, art. 56, § 1º, em parte.
§ 2º Ocorrendo vaga, e inexistindo suplente, será realizada eleição
para provê-la, se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.
• Constituição Federal, art. 56, § 2º, em parte.
§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado poderá optar pela remu-
neração decorrente do mandato.
• Constituição Federal, art. 56, § 3º, em parte.

100
Constituição do Estado do Piauí Arts. 67 a 70

Seção IV
Das Comissões

Art. 69. A Assembleia Legislativa terá comissões permanentes e


temporárias, constituídas na forma do Regimento Interno e com as atri-
buições, no mesmo, definidas.
• Constituição Federal, art. 58, caput, em parte.
§ 1º Dentre as comissões permanentes será criada a Comissão de
Fiscalização e Controle, composta por sete deputados, com as atribuições
previstas no Regimento Interno.
§ 2º Na constituição das comissões é assegurada, tanto quanto
possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parla-
mentares representados na Assembleia Legislativa.
• Constituição Federal, art. 58, § 1º, em parte.
Art. 70. Cabe às Comissões, relativamente à matéria de respectiva
competência:
• Constituição Federal, art. 58, § 2º, em parte.
I - realizar audiências públicas com entidades de classe ou repre-
sentações da sociedade civil;
• Constituição Federal, art. 58, § 2º, II, em parte.
II - realizar audiências públicas em regiões do Estado, visando à
coleta de elementos para aperfeiçoamento e execução da tarefa legislativa;
III - convocar Secretários de Estado ou dirigentes de entidades da
administração direta e indireta, inclusive de fundações públicas, para que
prestem informações sobre assuntos ligados a sua função;
• Constituição Federal, art. 58, § 2º, III, em parte.
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de
qualquer cidadão contra atos ou omissões das autoridades ou entidade
pública;
• Constituição Federal, art. 58, § 2º, IV, em parte.
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
• Constituição Federal, art. 58, § 2º, V, em parte.
VI - apreciar planos de desenvolvimento e programas de obras

101
Constituição do Estado do Piauí
do Estado, de regiões metropolitanas e de setores urbanos, sobre eles
emitindo parecer.
• Constituição Federal, art. 58, § 2º, VI, em parte.
VII - O deputado ou deputada, sempre que representando uma das
comissões permanentes ou a Assembléia Legislativa, neste último caso
mediante deliberação do plenário, tem livre acesso às repartições públicas
dos poderes do Estado e do Tribunal de Contas do Estado, podendo dili-
genciar pessoalmente junto aos órgãos da administração direta e indireta,
sujeitando-se os respectivos responsáveis às sanções civis, administrativas
e penais previstas em lei, na hipótese de recusa ou omissão.
• Redação acrescentada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
Art. 71. As comissões parlamentares de inquérito, com poderes de
investigação no nível das autoridades judiciais ou políticas, além de outras
previstas no Regimento Interno, serão criadas mediante requerimento de
um terço dos membros da Assembleia Legislativa, para a apuração de fato
determinado e em prazo certo e presidida pelo primeiro subscritor.
• Constituição Federal, art. 58, § 3º, em parte.
• Constituição Federal nº 1.579, de 18.03.1952, sobre Constituição
Parlamentar de Inquérito.
§ 1º As conclusões a que chegarem as Comissões serão submetidas
ao Plenário da Assembleia Legislativa que decidirá do seu julgamento
ou, se for o caso, de seu envio a autoridade competente para apuração da
responsabilidade penal ou administrativa.
§ 2º A falta não justificada de qualquer membro a três reuniões da
Comissão acarretará sua destituição automática, incumbindo às lideranças
partidárias a indicação, em até vinte e quatro horas, do seu substituto.
§ 3º Inocorrendo a indicação, a Comissão funcionará e deliberará
com qualquer número.
Art. 72. Durante o recesso, haverá uma comissão representativa
da Assembleia Legislativa, eleita na última sessão ordinária do período
legislativo, com atribuições definidas no Regimento Interno.
• Constituição Federal, art. 58, § 4º, em parte.

102
Constituição do Estado do Piauí Arts. 70 a 74

Seção V
Do Processo Legislativo

Art. 73. O processo legislativo compreende a elaboração de:


• Constituição Federal, art. 59, caput.
• Lei Complementar Federal nº 95, de 26.02.1998, sobre elaboração,
redação, alteração e consolidação das leis.
I - emendas à Constituição;
• Constituição Federal, art. 59, I.
II - leis complementares;
• Constituição Federal, art. 59, II
III - leis ordinárias;
• Constituição Federal, art. 59, III.
IV - medidas provisórias;
• Constituição Federal, art. 59, V.
V - decretos legislativos;
• Constituição Federal, art. 59, VI.
VI - resoluções.
• Constituição Federal, art. 59, VII.
Art. 74. Esta Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
• Constituição Federal, art. 60, caput, em parte.
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Assembleia Legis-
lativa;
• Constituição Federal, art. 60, I, em parte.
II - do Governador do Estado;
• Constituição Federal, art. 60, II, em parte.
III - de um terço das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-
se cada uma delas por maioria dos seus membros.
• Constituição Federal, art. 60, III, em parte.
§ 1º A proposta será discutida e votada em dois turnos, consideran-
do-se aprovada quando obtiver, em cada um deles, três quintos dos votos
dos membros da Assembleia Legislativa.
• Constituição Federal, art. 60, § 2º, em parte.

103
Constituição do Estado do Piauí
§ 2º A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da Assem-
bleia Legislativa, sendo publicada no Diário da Assembleia Legislativa e no
Diário Oficial do Estado, entrando em vigor na data da primeira publicação.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 2º - A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da As-
sembleia Legislativa.
• Constituição Federal, art. 60, § 3º, em parte.
Art. 75. A iniciativa das leis complementares e das leis ordinárias
cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Go-
vernador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Procurador-Geral de Justiça
e aos cidadãos, na forma prevista nesta Constituição.
• Constituição Federal, art. 61, caput, em parte.
§ 1º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à
Assembleia Legislativa de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por
cento do eleitorado estadual, distribuído, pelo menos, por dez Municípios,
com não menos de meio por cento dos eleitores de cada um deles.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 1º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à
Assembleia Legislativa de projeto de lei subscrito por, no mínimo,
dois por cento do eleitorado estadual, distribuído, pelo menos, por
dez municípios, com não menos de meio por cento dos eleitores de
cada um deles.
• Constituição Federal, art. 61, § 2º, em parte.
§ 2º São de iniciativa privativa do Governador as leis que:
• Constituição Federal, art. 61, § 1º, em parte.
I - deixem (fixem) ou alterem os efetivos da Política Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar;
• Constituição Federal, art. 61, § 1º, I, em parte.
• Lei Estadual nº 5.552, de 23.03.2006, sobre efetivo da Polícia Militar
do Piauí.
II - disponham sobre:
• Constituição Federal, art. 61, § 1º, II.
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administra-
104
Constituição do Estado do Piauí Arts. 74 a 75
ção direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
• Constituição Federal, art. 61, § 1º, II, a.
b) servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento
de cargos, estabilidade e aposentadoria;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
b) servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de
cargos, estabilidade e aposentadoria de servidores civis, reforma e
transferência de militares para a inatividade.
• Constituição Federal, art. 61, § 1º, II, c, com redação dada pela EC
Federal nº 18, de 05.02.1998.
c) militares do Estado, a sua reforma, os limites de idade, a estabi-
lidade e outras condições de transferência para a inatividade, observadas
as regras gerais de previdência editadas pela União, os direitos, os deveres,
a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares,
consideradas as peculiaridades de suas atividades;
• Alínea c acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 42, § 1º, e art. 61, § 1º, II, f, em parte.
d) criação e extinção de secretarias e órgãos da administração
pública;
• Alínea d acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 61, § 1º, II, e, com redação dada pela EC
Federal nº 32, de 11.09.2001, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 28, de 09.06.2003, Lei Orgânica da
Administração Pública do Estado do Piauí.
III - estabeleçam:
a) organização e atribuições da Procuradoria-Geral do Estado e da
Defensoria Pública-Geral;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999,
dispunha:
a) organização e atribuições do Ministério Público, da Procuradoria-
Geral do Estado e da Defensoria Pública.
• Constituição Federal, art. 61, § 1º, II, d, em parte.
b) criação, estruturação, extinção e atribuições das Secretarias de
Estado e demais órgãos do Poder Executivo.
105
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 61, § 1º, II, e, em parte.
§ 3º Não será admitido aumento da despesa prevista:
• Redação dada pela EC Estadual nº 01, de 27.06.1991.
Aditamento feito pela inclusão do § 3º, com os incisos I e II, com a
renumeração dos §§ 3º e 4º, do art. 75.
• Constituição Federal, art. 63, caput.
I - nos projetos de iniciativa privativa do Governador do Estado,
ressalvadas as disposições do art. 179, §§ 3º e 4º, desta Constituição;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
Aditamento feito pela inclusão dos incisos I e II, com a renumeração
dos §§ 3º e 4º, do art. 75, pela EC Estadual nº 01, de 27 de junho de
1991.
• Constituição Federal, art. 63, I, em parte.
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da
Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça e do Ministério Público.
• Redação dada pela EC Estadual nº 01, de 27 de junho de 1991.
Aditamento feito pela inclusão do § 3º, com os incisos I e II, com a
renumeração dos §§ 3º e 4º, do art. 75.
• Constituição Federal, art. 63, II, em parte.
§ 4º Em caso de calamidade pública, o Governador poderá adotar
medidas provisórias com força de lei, devendo submetê-las, imediatamente,
à Assembleia Legislativa, que, se estiver de (em) recesso, será convocada,
extraordinariamente, para se reunir no prazo de cinco dias.
§ 5º As medidas provisórias perderão a eficácia, desde a edição
caso não se transformem em lei, no prazo de trinta dias, a partir de sua
promulgação.
• Constituição Federal, art. 62, § 11, em parte.
Art. 76. O Governador do Estado poderá solicitar urgência na
apreciação de projetos de sua iniciativa.
• Constituição Federal, art. 64, § 1º, em parte.
Parágrafo único. Caso a Assembleia Legislativa não se manifeste
sobre a proposição no prazo de quarenta e cinco dias, esta será incluída na
Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos,
para que seja ultimada a votação.
• Constituição Federal, art. 64, § 2º, em parte.

106
Constituição do Estado do Piauí Arts. 75 a 77
Art. 77. As leis complementares serão aprovadas por maioria
absoluta.
• Constituição Federal, art. 69.
Parágrafo único. São leis complementares:
I - os códigos de Finanças Públicas e o Código Tributário;
• Lei Complementar Municipal nº 3.606, de 29.12.2006, Código Tribu-
tário do Município de Teresina.
II - a Lei de Organização e Divisão Judiciária do Estado;
• Lei Estadual nº 3.716, de 12.12.1979, Lei de Organização Judiciária
do Estado do Piauí.
III - REVOGADO
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• O texto original dispunha:
• III - o Estatuto dos Servidores Públicos Civis e dos Servidores Mili-
tares;
• Lei Complementar nº 13, de 03.01.1994, Estatuto dos Servidores
Públicos Civis;
IV - a Lei Orgânica do Ministério Público;
• Lei Complementar nº 94, de 20.11.2007, Lei Orgânica do Ministério
Público do Estado do Piauí.
V - a Lei Orgânica da Procuradoria-Geral do Estado;
• Lei Complementar Estadual nº 56, de 01.11.2005, Lei Orgânica da
Procuradoria Geral do Estado do Piauí.
VI - a Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado;
• Lei Complementar Federal nº 80, de 12.01.1994, sobre a Defensoria
Pública da União, do Distrito Federal e sobre normas gerais para a
sua organização nos Estados.
• Lei Complementar Estadual nº 59, de 30.11.2005, Lei de Organização
da Defensoria Pública do Estado do Piauí.
• Lei Estadual nº 5.505, de 26.10.2005, sobre o regime de subsídios dos
Defensores Público do Estado do Piauí.
VII - REVOGADO
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• O texto original dispunha:

107
Constituição do Estado do Piauí
• VII - a Lei Orgânica do Magistério Público do Estado;
• Lei Complementar Estadual nº 71, de 26.07.2006, sobre o Estatuto
dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado do Piauí.
VIII - REVOGADO
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• O texto original dispunha:
• VIII - a Lei Orgânica da Administração Pública;
• Lei Complementar Estadual nº 28, de 09.06.2003, Lei Orgânica da
Administração Pública do Estado do Piauí.
IX - REVOGADO
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• O texto original dispunha:
• IX - o Estatuto da Polícia Civil;
• Lei Complementar Estadual nº 37, de 09.03.2004, Estatuto da Policia
Civil do Estado do Piauí.
X - REVOGADO
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• O texto original dispunha:
• X - o Estatuto Administrativo do Fisco Estadual.
Art. 78. O projeto de lei, uma vez aprovado, será enviado ao
Governador do Estado, para sanção.
• Constituição Federal, art. 66, caput, em parte.
§ 1º O Governador, se considerar o projeto, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrário ao interesse público, deverá vetá-lo total ou
parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebi-
mento e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da
Assembleia Legislativa os motivos do veto.
• Constituição Federal, art. 66, § 1º, em parte.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de
parágrafo, de inciso ou de alínea.
• Constituição Federal, art. 66, § 2º, em parte.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Governador
importará em sanção.
• Constituição Federal, art. 66, § 3º, em parte.
§ 4º O veto será apreciado dentro de trinta dias, a contar de seu
108
Constituição do Estado do Piauí Arts. 77 a 80
recebimento, podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos
Deputados, em votação secreta.
• Constituição Federal, art. 66, § 4º, em parte.
§ 5º Se o veto não for mantido, será o Projeto enviado para pro-
mulgação ao Governador.
• Constituição Federal, art. 66, § 5º, em parte.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o
veto será colocado na Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestando-se
as demais proposições, até sua votação final.
• Constituição Federal, art. 66, § 6º, em parte.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas
pelo Governador, nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente da Assembleia
Legislativa a promulgará.
• Constituição Federal, art. 66, § 7º, em parte.
Art. 79. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente
poderá constituir objeto de nova proposição, na mesma sessão legislati-
va, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Assembleia
Legislativa.
• Constituição Federal, art. 67.

Seção VI
Das Reuniões

Art. 80. A Assembleia Legislativa do Estado do Piauí reunir-se-á,


anualmente, na Capital do Estado, de 02 de fevereiro a 17 de julho e de 1º
de agosto a 22 de dezembro.
• Redação dada pela EC Estadual nº 21, de 25.04.2006.
• O texto original dispunha:
Art. 80 - A Assembleia Legislativa do Estado do Piauí se reunirá,
anualmente, na Capital do Estado, de 15 de fevereiro a 30 de junho e
de 1º de agosto a 15 de dezembro.
• Constituição Federal, art. 57, caput, em parte.
§ 1º As reuniões marcadas para estas datas serão transferidas para
o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos
ou feriados.
• Constituição Federal, art. 57, § 1º.

109
Constituição do Estado do Piauí
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida enquanto não for
aprovada a lei de orçamento anual.
• Constituição Federal, art. 57, § 2º, em parte.
§ 3º O Regimento Interno disporá sobre o funcionamento da
Assembleia Legislativa nos sessenta dias anteriores às eleições gerais,
estaduais e municipais e nos trinta dias anteriores à eleição para a com-
posição da Mesa.
§ 4º A Assembleia Legislativa reunir-se-á em sessões preparatórias,
a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de
seus membros e eleição da Mesa Diretora, para mandato de 2 (dois) anos.
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 57, § 4º, com redação dada pela EC Federal
nº 50, de 14.02.2006, em parte.
Art. 81. Além dos casos previstos no Regimento Interno, a As-
sembleia Legislativa se reunirá ( reunira-se-á) especialmente, para:
• Constituição Federal, art. 57, § 3º, em parte.
I - inaugurar a sessão legislativa;
• Constituição Federal, art. 57, § 3º, I.
II - receber o compromisso de posse do Governador e do Vice-
Governador;
• Constituição Federal, art. 57, § 3º, III, em parte.
III - dar posse aos deputados eleitos e proceder à eleição da Mesa.

Parágrafo único. A convocação extraordinária da Assembleia Le-


gislativa será feita:
• Constituição Federal, art. 57, § 6º, em parte.
I - por seu Presidente em caso de intervenção em Município, para a
apreciação de ato do Governador que importe em crime de responsabilida-
de ou para conhecer da renúncia do Governador ou do Vice-Governador;
• Constituição Federal, art. 57, § 6º, I, em parte.
II - pelo Governador ou por requerimento da maioria dos Deputa-
dos, em caso de urgência ou interesse público relevante;
• Constituição Federal, art. 57, § 6º, II, em parte.

110
Constituição do Estado do Piauí Arts. 80 a 82
III - na sessão legislativa extraordinária, a Assembleia Legislativa
somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada, ressalvada
a hipótese do inciso IV deste parágrafo único, vedado o pagamento de
parcela indenizatória, em razão da convocação;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 21, de 25.04.2006,
dispunha:
III - na sessão legislativa extraordinária, a Assembleia Legislativa
somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada, veda-
do o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.
• Constituição Federal, art. 57, § 6º e 7º, com redação dada pela EC
Federal nº 50, de 14.02.2006.
IV - havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação
extraordinária da Assembleia Legislativa, serão elas automaticamente
incluídas na pauta da convocação.
• Inciso IV acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 57, § 8º, com redação dada pela EC Federal
nº 32, 11.09.2001.

SeçãoVII
Da Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa

Art. 82. À Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa compete


exercer a representação extrajudicial, a consultoria e o assessoramento
técnico-jurídico do Poder Legislativo.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 82 - À Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa compete
exercer a representação judicial e extrajudicial, a consultoria e o
assessoramento técnico-jurídico do Poder Legislativo.
§ 1º A representação judicial do Poder Legislativo e na defesa
de sua autonomia e da sua competência frente aos outros poderes é feita
pela Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa, a qual compete emitir
parecer, coletivo ou individual, sobre matéria de indagação jurídica, na
prestação de contas das instituições submetidas à apreciação e julgamen-
111
Constituição do Estado do Piauí
to realizado pelo Poder Legislativo, bem como compor ou coordenar as
equipes de inspeção e auditoria.
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• O texto anterior dispunha:
• § 1º A representação judicial do Poder Legislativo na defesa da sua
autonomia e da sua competência frente aos outros Poderes é feita pela
Procuradoria-Geral da Assembleia.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 1, de 27.06.1991,
dispunha:
§ 1º - A Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa tem por chefe
o Procurador Geral, nomeado em comissão pela Mesa Diretora.
• O texto original dispunha:
§ 1º - A Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa tem por chefe
o Procurador Geral, nomeado em comissão pela Mesa Diretora,
escolhido entre advogados que compõem o quadro de pessoal efetivo
do Poder Legislativo, com prerrogativa e remuneração do Advogado-
Geral do Estado.
§ 2º O Regimento Interno da Procuradoria, aprovado por resolução
da Mesa Diretora, estabelecerá sua organização, estrutura e funcionamento.
§ 3º A Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa tem por chefe
o Procurador-Geral, nomeado em comissão pela Mesa Diretora.
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
Art. 83. SUPRIMIDO.
• Suprimido do texto constitucional pela EC Estadual nº 1, de 27.06.1991.
• O texto original dispunha:
Art. 83 - Os Procuradores do Poder Legislativo gozam dos meszmos
vencimentos, vantagens, direitos e garantias dos Procuradores do
Estado.

Seção VIII
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária

Art. 84. À sociedade assiste o pleno direito de acompanhar, atra-


vés de associações representativas da comunidade, ou diretamente, pelo
próprio cidadão, os atos do governo, no exercício de qualquer dos poderes
do Estado, sujeitando-se estes, em relação aos atos praticados, de natureza
administrativa, ao controle público, exercido pelos órgãos competentes
112
Constituição do Estado do Piauí Arts. 82 a 86
e ainda à prestação de informações sobre atos administrativos, fatos e
omissões imputáveis aos seus agentes.
Art. 85. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, opera-
cional e patrimonial do Estado e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de
subvenções e renúncia de receita, será exercida pela Assembleia Legis-
lativa, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de
cada Poder.
• Constituição Federal, art. 70, caput, em parte.
§ 1º Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou
privada que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros,
bens e valores públicos ou pelos quais o Estado responda, ou que, em
nome deste, assuma obrigação de natureza pecuniária.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
1º - Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e
valores públicos ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome
deste, assuma obrigação de natureza pecuniária.
• Constituição Federal, art. 70, parágrafo único, em parte.
§ 2º As prestações de contas das entidades paraestatais e funda-
cionais, feitas tanto nos atos de posse quanto nos de exoneração ou de
demissão, devem ser acompanhadas de declaração de imposto de renda, do
ano base, da pessoa investida nesses órgãos, em cargo de direção superior
ou intermediária.
Art. 86. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, a ele competindo:
• Constituição Federal, art. 71, caput, em parte.
• Lei Estadual nº 4.721, de 27.02.1994, Lei Orgânica do Tribunal de
Contas do Estado do Piauí.
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do
Estado, mediante parecer prévio, elaborado em até sessenta dias a contar
de seu recebimento;
• Constituição Federal, art. 71, I, em parte.
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis
por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,
113
Constituição do Estado do Piauí
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público Estadual, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio
ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
• Constituição Federal, art. 71, II, em parte.
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de:
a) admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e
indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão;
b) concessão de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas
as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato con-
cessório;
• Constituição Federal, art. 71, III, em parte.
IV - realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa,
de comissões técnicas ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e nas
demais entidades referidas no inciso II;
• Constituição Federal, art. 71, IV, em parte.
V - fiscalizar a aplicação de qualquer recurso recebido ou repassado
pelo Estado, sob a forma de convênio, ajuste, acordo ou outros instrumen-
tos congêneres;
• Constituição Federal, art. 71, VI, em parte.
VI - prestar informações solicitadas pela Assembleia Legislativa, ou
por qualquer de suas comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, incluindo ainda resultados de
auditorias e inspeções realizadas;
• Constituição Federal, art. 71, VII, em parte.
VII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesas
ou irregularidades na prestação de contas as sanções previstas em lei, que
estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao valor do
dano causado;
• Constituição Federal, art. 71, VIII, em parte.
VIII - fixar prazo para o órgão ou entidade encontrada em irregu-
laridade e adotar as providências necessárias ao exato cumprimento da lei;
• Constituição Federal, art. 71, IX, em parte.
IX - sustar, no caso de falta de atendimento, a execução do ato
114
Constituição do Estado do Piauí Arts. 86 a 88
impugnado, comunicando de imediato a decisão à Assembleia Legislativa;
• Constituição Federal, art. 71, X, em parte.
X - dirigir ao poder competente representação sobre irregularidade
ou abusos apurados, no prazo de dez dias, sob pena de responsabilidade.
• Constituição Federal, art. 71, XI, em parte.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado direta-
mente pela Assembleia Legislativa, que solicitará, de imediato, ao Poder
Executivo, as providências cabíveis, sem prejuízo de representação ao
órgão competente para apurar a responsabilidade.
• Constituição Federal, art. 71, § 1º, em parte.
§ 2º As decisões do Tribunal de que resulte a apuração de débito
ou aplicação de multa terão eficácia de títulos executivos, após inscritos.
• Constituição Federal, art. 71, § 3º.
§ 3º O Tribunal encaminhará à Assembleia Legislativa, trimestral
e anualmente, relatório de suas atividades.
• Constituição Federal, art. 71, § 4º, em parte.
Art. 87. Diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda
que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, a Comissão de Fiscalização e Controle poderá solicitar à au-
toridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste
os esclarecimentos necessários.
• Constituição Federal, art. 72, caput, em parte.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos ou considerados estes in-
suficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo
sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
• Constituição Federal, art. 72, § 1º.
§ 2º Entendendo o Tribunal ser irregular a despesa, a Comissão,
se julgar que o gasto pode causar dano irreparável ou grave prejuízo à
economia pública, proporá à Assembleia Legislativa sua sustação.
• Constituição Federal, art. 72, § 2º, em parte.
Art. 88. O Tribunal de Contas, com sede na Capital do Estado,
órgão auxiliar da Assembleia Legislativa do Estado, compõe-se de sete
conselheiros, tendo quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o ter-
ritório estadual, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art.
123, II, desta Constituição.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
115
Constituição do Estado do Piauí
Art. 88. O Tribunal de Contas, com sede na Capital do Estado,
é órgão auxiliar da Assembleia Legislativa e compõe-se de sete
conselheiros, tendo quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo
o território estadual.
• Constituição Federal, art. 73, caput, e art. 75, caput e parágrafo
único, em parte.
• Lei Estadual nº 5.544, de 12.01.2006, sobre valor dos subsídios
dos Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Piauí e dos
Auditores Substitutos de Conselheiros; Lei Estadual nº 5.549, de
23.01.2006, sobre Programa de Assistência aos Servidores do
Tribunal de Contas do Estado do Piauí; Lei Estadual nº 5.673, de
01.08.2007, sobre Plano de Cargos e Salários do Quadro Efetivo
de Pessoal do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, e Lei Esta-
dual nº 5.768, de 30.06.2008, sobre vencimento e gratificação dos
cargos efetivos do Tribunal de Contas do Estado do Piauí.
§ 1º Os conselheiros do Tribunal de Contas serão nomeados
dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
• Constituição Federal, art. 73, § 1º, em parte.
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de
idade;
• Constituição Federal, art. 73, § 1º, I.
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
• Constituição Federal, art. 73, § 1º, II.
III - saber jurídico, contábil, econômico, financeiro ou de ad-
ministração pública;
• Constituição Federal, art. 73, § 1º, III em parte.
IV - mais de dez anos de exercício de função pública relevante
ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos men-
cionados no inciso anterior.
• Constituição Federal, art. 73, § 1º, IV, em parte.
§ 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão
escolhidos:
• Constituição Federal, art. 73, § 2º, em parte.
I - três pelo Governador do Estado, com a aprovação da As-
sembleia Legislativa:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 11, de 03.05.2000,
dispunha:
116
Constituição do Estado do Piauí Art. 88
I - três pelo Governador do Estado, com a aprovação da Assembleia
Legislativa, obedecidos os critérios e a ordem de precedência a seguir:
• Constituição Federal, art. 73, § 2º, I, em parte.
a) sendo dois alternadamente entre auditores e membros do Minis-
tério Público ao (junto ao) Tribunal de Contas, indicados em lista tríplice,
segundo os critérios de antiguidade e merecimento;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 11, de 03.05.2000,
dispunha:
a) um de livre escolha do Governado.
• Constituição Federal, art. 73, § 2º, I, em parte.
b) um de livre escolha do Governador;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 11, de 03.05.2000,
dispunha:
b) um dentre os Auditores do Tribunal de Contas, indicados em
lista tríplice;
• Constituição Federal, art. 73, § 2º, I, em parte.
c) um dentre os Procuradores do Tribunal de Contas, indicados em
lista tríplice (revogada tacitamente).
• Redação dada pela EC Estadual nº 11, de 03.05.2000.
• Constituição Federal, art. 73, § 2º, I, em parte.
II - quatro pela Assembleia Legislativa.
• Redação dada pela EC Estadual nº 11, de 03.05.2000.
• O texto original dispunha:
II - cinco pela Assembleia Legislativa.
• Constituição Federal, art. 73, § 2º, II, em parte.
§ 3º O Tribunal de Contas será presidido por um Conselheiro eleito
por seus pares, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
§ 4º Os conselheiros do Tribunal de Contas gozam das mesmas
prerrogativas, garantias, impedimentos, vencimentos, direitos e vantagens
dos desembargadores do Tribunal de Justiça, só podendo aposentar-se
com as vantagens do cargo quando, no exercício efetivo, contarem mais
de cinco anos.
• Constituição Federal, art. 73, § 3º, em parte.
§ 5º Os Conselheiros, em suas faltas e impedimentos, serão substi-
117
Constituição do Estado do Piauí
tuídos, pelos Auditores, os quais terão as mesmas prerrogativas, garantias,
impedimentos, subsídios, direitos e vantagens do titular e, no exercício
das demais atribuições da judicatura, as mesmas prerrogativas, garantias
e vantagens de juiz de entrância mais elevada, sendo seu subsídio, neste
caso, fixado com diferença não superior a dez por cento do subsídio fixado
para o cargo de Conselheiro.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 18, de 17.04.2002,
dispunha:
§ 5º - Os Conselheiros, em suas faltas ou impedimentos, serão subs-
tituídos pelos Auditores, observada a ordem de antiguidade no cargo
ou a maior idade, em caso de idêntica antiguidade, com as mesmas
garantias, impedimentos, vencimentos, direitos e vantagens do titular
e, quando do exercício das demais atribuições, com vencimentos cor-
respondentes a noventa por cento dos percebidos pelo Conselheiro.
• Constituição Federal, art. 73, § 4º, em parte.
§ 6º Os Auditores, em número de cinco e com atribuições definidas
em lei, serão nomeados pelo Governador do Estado dentre bacharéis em
ciências jurídicas e sociais, em ciências econômicas, em ciências contábeis
ou em administração pública, mediante prévia aprovação em concurso
público de provas e títulos, observada a ordem de classificação.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Constitucional Estadual nº 02, de
27.06.1991, dispunha:
§ 6º - Os auditores, em número de cinco, com atribuições definidas
na lei, serão nomeados pelo Governador do Estado, dentre bacharéis
em ciências jurídicas e sociais, em ciências econômicas, em ciências
contábeis e administração pública, mediante previa aprovação em
concurso público.
Art. 89. Nos crimes comuns e de responsabilidade, os conselheiros
do Tribunal de Contas serão processados e julgados nos termos do art. 105,
I “a”, da Constituição Federal.
Art. 90. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão,
de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
• Constituição Federal, art. 74, caput.
• Lei Complementar Estadual nº 57, de 07.11.2005, sobre plano de
cargos e carreira da Auditoria Governamental da Controladoria do

118
Constituição do Estado do Piauí Arts. 88 a 92
Estado do Piauí; Lei Estadual nº 5.506, de 01.11.2005, sobre remu-
neração do cargo de Auditor Governamental da Controladoria-Geral
do Estado, e Lei Estadual nº 5.703, de 10.12.2007, sobre subsídio dos
membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado
do Piauí.
§ 1º Os titulares dos órgãos de controle interno dos Poderes do
Estado e municípios serão nomeados dentre os integrantes do quadro efe-
tivo de cada Poder e instituição, nos âmbitos estadual e municipal, com
mandato de três anos.
• Redação acrescentada pela EC Estadual nº 38, de 13.12.2012.
§ 2° A destituição do cargo de Controlador antes do término do
mandato previsto no §1º somente se dará através de processo administrativo
em que se apure falta grave aos deveres constitucionais e desrespeito à Lei
Orgânica do Sistema de Controle Interno a ser regulamentado.
Redação acrescentada pela EC Estadual nº 38, de 13.12.2012.
I - avaliar o cumprimento das metas no plano plurianual, a execução
de programas de governo e os orçamentos do Estado;
• Constituição Federal, art. 74, I, em parte.
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia
e eficiência da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, nos órgãos e
entidades da administração estadual, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidade de direito privado;
• Constituição Federal, art. 74, II, em parte.
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,
bem como dos direitos e deveres do Estado;
• Constituição Federal, art. 74, III, em parte.
Art. 91. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindi-
cato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante a Assembleia Legislativa, qualquer de suas Comissões
ou perante o Tribunal de Contas.
• Constituição Federal, art. 74, § 2º, em parte.
Art. 92. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem co-
nhecimento de qualquer irregularidade e ilegalidade, delas darão ciência
ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidária.
• Constituição Federal, art. 74, § 1º, em parte.

119
Constituição do Estado do Piauí

Art. 93. O Tribunal de Contas encaminhará à Assembleia, no prazo


de até quarenta e cinco dias da abertura de cada sessão legislativa, a devida
prestação de contas.

CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Do Governador e do Vice-Governador do Estado

Art. 94. O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado,


auxiliado pelos Secretários de Estado.
• Constituição Federal, art. 76, em parte.
Art. 95. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado,
para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro,
em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se
houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e
a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado,
quanto ao mais, o disposto no art. 77, da Constituição Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
Art. 95 - A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado,
para mandato de quatro anos, será realizada noventa dias antes do
término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá no dia 1º
de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto
no art. 77, da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 28, caput, em parte.
Parágrafo único. O Governador perderá o mandato se assumir outro
cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a
posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38,
I, IV e V, da Constituição Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
Parágrafo único - O Governador perderá o mandato se assumir outro
cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressal-
vada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto

120
Constituição do Estado do Piauí Arts. 93 a 98
no art. 38, I, IV e V, da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 28, § 1º, em parte.
Art. 96 - A eleição do Governador importará, para igual mandato,
a do Vice-Governador com ele registrado.
• Constituição Federal, art. 77, § 1º, em parte.
§ 1º O Vice-Governador substituirá o Governador, em caso de
impedimento, e lhe sucederá no de vaga.
• Constituição Federal, art. 79, caput, em parte.
§ 2º O Vice-Governador, além de outras atribuições conferidas
por lei, auxiliará o Governador, sempre que por este for convocado para
missões especiais.
• Constituição Federal, art. 79, parágrafo único, em parte.
Art. 97. O Governador e o Vice-Governador tomarão posse em
sessão da Assembleia Legislativa, prestando o compromisso de manter,
defender e cumprir a Constituição Federal e a Constituição do Estado,
observar as leis, promover o bem geral do povo piauiense e sustentar a
autonomia e a integridade do estado.
• Constituição Federal, art. 78, caput, em parte.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a
posse, o Governador ou o Vice-Governador, salvo motivo de força maior,
não tiver assumido o cargo, este será declarado vago pelo Presidente da
Assembleia Legislativa.
• Constituição Federal, art. 78, parágrafo único, em parte.
Art. 98. Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Gover-
nador, ou vacância dos respectivos cargos, serão chamados sucessivamente,
ao exercício da chefia do Poder Executivo, o Presidente da Assembleia
Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.
• Constituição Federal, art. 80, caput, em parte.
§ 1º Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, será
realizada eleição, noventa dias depois de aberta a última vaga.
• Constituição Federal, art. 81, caput, em parte.
§ 2º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos de mandato go-
vernamental, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da
última vaga, pela Assembleia Legislativa, na forma da lei complementar.
• Redação dada pela EC Estadual nº 22, de 20.06.2006.
• O texto original dispunha:
• § 2º - Ocorrendo a vacância no último ano de mandato gover

121
Constituição do Estado do Piauí
namental, a eleição para ambos os cargos será feita, trinta dias
depois da última vaga, pela Assembleia Legislativa, na forma
da lei complementar.
• Constituição Federal, art. 81, § 1º, em parte.
§ 3º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período
do mandato de seus antecessores.
• Constituição Federal, art. 81, § 2º, em parte.
Art. 99. O Governador deve residir na Capital do Estado.
§ 1º O Governador não pode ausentar-se do Estado por mais de
quinze dias consecutivos, nem do País, por qualquer prazo, sem prévia
autorização da Assembleia Legislativa, sob pena de perda do mandato.
• Constituição Federal, art. 83, em parte.
§ 2º O Vice-Governador não poderá, sem prévia autorização da
Assembleia Legislativa, ausentar-se do País por mais de quinze dias con-
secutivos, sob pena de perda do mandato.
• Constituição Federal, art. 83, em parte.
§ 3º Tratando-se de viagem oficial ao exterior, o Governador e
o Vice-Governador, no prazo de quinze dias, a partir da data do retorno,
deverão enviar à Assembleia Legislativa relatório circunstanciado sobre
os resultados obtidos.
Art. 100. Aplicam-se ao Governador e ao Vice-Governador, no
que couber, as proibições e impedimentos estabelecidos para os deputados
estaduais.
Art. 101. A renúncia do Governador ou a do Vice-Governador se
efetivará com o conhecimento da respectiva comunicação pela Assembleia
Legislativa.

Seção II
Das Atribuições do Governador do Estado

Art. 102. Compete privativamente ao Governador do Estado:


• Constituição Federal, art. 84, caput, em parte.
I - exercer a chefia do Poder Executivo;

122
Constituição do Estado do Piauí Arts. 98 a 102

II - executar as políticas estaduais, na forma da lei, visando à rea-


lização dos objetivos do Estado;
III - representar o Estado nas relações políticas e nas jurídico-ad-
ministrativas, quando, por lei, esta competência não for atribuída a outros
órgãos;
IV - nomear e exonerar os Secretários de Estado;
• Constituição Federal, art. 84, I, em parte.
V - exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção
superior da administração estadual;
• Constituição Federal, art. 84, II, em parte.
VI - dispor sobre a organização, o funcionamento, a reforma e a
modernização da administração estadual, na forma da lei;
• Constituição Federal, art. 84, VI, a, em parte.
VII - propor a criação ou a extinção de entidades da administração
indireta;
VIII - nomear e exonerar os presidentes e os diretores de empresas
públicas e de fundações mantidas pelo Estado, observado o disposto nesta
Constituição;
IX - prover e declarar a vacância dos cargos públicos, na forma
da lei;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
IX - prover e extinguir os cargos públicos, na forma da lei.
• Constituição Federal, art. 84, XXV.
X - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos
nesta Constituição;
• Constituição Federal, art. 84, III.
XI - fundamentar, circunstanciadamente, os projetos de lei que
remeter à Assembleia Legislativa;
XII - convocar, extraordinariamente, a Assembleia Legislativa, em
caso de urgência ou interesse público relevante;
XIII - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
• Constituição Federal, art. 84, IV.
XIV - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
• Constituição Federal, art. 84, V.

123
Constituição do Estado do Piauí
XV - remeter os planos de governo e respectiva mensagem,
expondo a situação do Estado à Assembleia Legislativa, por ocasião da
abertura do período legislativo, com solicitação das providências, medidas
e reformas julgadas necessárias;
• Constituição Federal, art. 84, XI, em parte.
XVI - enviar à Assembleia Legislativa os projetos de lei relativos
aos planos (ao plano) plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais;
• Constituição Federal, art. 84, XXIII, em parte.
XVII - prestar, anualmente, à Assembleia Legislativa, dentro de
sessenta dias após a abertura do período legislativo, as contas referentes
ao exercício anterior e apresentar, no mesmo ato, os relatórios circunstan-
ciados sobre a execução dos planos de governo;
• Constituição Federal, art. 84, XXIV, em parte.
XVIII - celebrar convênios ou acordos com entidades de direito
público ou privado, sujeitos a “referendum” da Assembleia Legislativa;
• Redação dada pela EC Estadual nº 24, de 04.04.2007.
• Constituição Federal, art. 84, VIII.
XIX - contrair empréstimos externos ou internos e fazer operações
e acordos externos de qualquer natureza, após a autorização da Assembleia
Legislativa, observado o disposto na Constituição Federal;
XX - decretar e executar a intervenção no Município, nomeando
interventor;
• Constituição Federal, art. 84, X, em parte.
XXI - exercer o comando superior da Polícia Militar, do Corpo de
Bombeiros Militar, bem como da Polícia Civil, promover seus oficiais e
nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;
• Constituição Federal, art. 84, XIII, com redação dada pela EC Federal
nº 23, de 02.09.1999.
• Lei Complementar Estadual nº 37, de 09.03.2004, Estatuto da Policia
Civil do Estado do Piauí.
• Lei Estadual nº 5.458, de 30.06.2005, sobre Corpo de Bombeiros
Militar, e Lei Estadual nº 5.552, de 23.03.2006, sobre o efetivo da
Polícia Militar do Piauí.
XXII - nomear os magistrados e os conselheiros do Tribunal de
124
Constituição do Estado do Piauí Art. 102

Contas nos casos previstos nesta Constituição.


• Redação dada pela EC Estadual nº 37, de 11.12.2012.
• O texto anterior dispunha:
• XXII - nomear os magistrados nos casos previstos nesta Constituição
e, nos limites do Art. 88, § 2º, I, os conselheiros do Tribunal de Contas;
• Lei Estadual nº 5.056, de 11.05.1999, sobre escolha dos Conselheiros
do Tribunal de Contas.
XXIII - nomear e exonerar o Procurador-Geral do Estado e o Pro-
curador-Geral da Defensoria Pública (Defensor Público-Geral), observado
o disposto nesta Constituição e na lei;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
XXIII - nomear e exonerar o Advogado-Geral do Estado e o Pro-
curador-Geral da Defensoria Pública, observado o disposto nesta
Constituição e na lei.
• Constituição Federal, art. 84, XIV e XVI, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 56, de 01.11.2005, Lei Orgânica da
Procuradoria Geral do Estado do Piauí, e Lei Complementar Estadual
nº 59, de 30.11.2005, Lei de Organização da Defensoria Pública do
Estado do Piauí.
XXIV - conferir condecorações e distinções honoríficas;
• Constituição Federal, art. 84, XXI.
XXV - promover o repasse, até o dia vinte de cada mês, dos recur-
sos correspondentes a dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo,
Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
XXV - promover o repasse, até o dia vinte de cada mês, dos recursos
correspondentes a dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais destinados aos órgãos dos Poderes Legis-
lativo, Judiciário e do Ministério Público.
• Constituição Federal, art. 168, em parte.
XXVI - indicar os presidentes e diretores das sociedades de eco-
nomia mista;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
• Constituição Federal, art. 84, XXVII.
Parágrafo único. O Governador do Estado do Piauí poderá delegar as
125
Constituição do Estado do Piauí
atribuições mencionadas nos incisos IX e XVIII aos Secretários de Estado,
aos Coordenadores, ao Procurador-Geral de Justiça, ao Procurador-Geral
do Estado, ao Controlador-Geral do Estado e ao Defensor Público-Geral.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior redigido pela EC Estadual nº 24, de 04.04.2007,
dispunha:
Parágrafo único. O Governador poderá delegar as atribuições men-
cionadas no inciso VI, a de provimento prevista no inciso IX e as do
inciso XVIII aos Secretários de Estado, aos Coordenadores, ao Procu-
rador-Geral de Justiça, ao Procurador-Geral do Estado, ao Controla-
dor-Geral do Estado e ao Procurador Geral da Defensoria Pública.
• O texto original dispunha:
Parágrafo único. O Governador poderá delegar as atribuições men-
cionadas no incisos VI e a de provimento prevista no inciso IX aos
Secretários de Estado, aos Coordenadores, ao Advogado-Geral do
Estado, e o Procurador Geral da Defensoria Pública, que observarão
os limites do ato delegatório.
• Constituição Federal, art. 84, parágrafo único, em parte.

Seção III
Da Responsabilidade do Governador do Estado

Art. 103. São crimes de responsabilidade os atos do Governador


que atentarem contra a Constituição Federal ou a do Estado e, especial-
mente, contra:
• Constituição Federal, art. 85, caput, em parte.
I - a existência da União, do Estado ou dos Municípios,
• Constituição Federal, art. 85, I, em parte.
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e
do Ministério Público;
• Constituição Federal, art. 85, II, em parte.
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
• Constituição Federal, art. 85, III, em parte.
IV - a segurança interna do País ou do Estado;
• Constituição Federal, art. 85, IV, em parte.

126
Constituição do Estado do Piauí Arts. 102 a 105
V - a probidade na administração;
• Constituição Federal, art. 85, V, em parte.
VI - a lei orçamentária;
• Constituição Federal, art. 85, VI, em parte.
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais;
• Constituição Federal, art. 85, VII, em parte.
VIII - a honra e o decoro de suas funções.
Parágrafo único. A definição e as normas de processo e julgamento
desses crimes obedecerão ao que for estabelecido em lei federal.
• Constituição Federal, art. 85, parágrafo único, em parte.
• Lei Federal nº 1.079, de 10.04.1950, sobre crime de abuso de auto-
ridade.
Art. 104. O Governador, admitida a acusação pelo voto de dois
terços dos deputados estaduais, será processado e julgado, originalmente,
pelo Superior Tribunal de Justiça, nos crimes comuns, ou perante a As-
sembleia Legislativa, nos crimes de responsabilidade.
• Constituição Federal, art. 86, caput, e art. 105, I, a, em parte.
§ 1º O Governador ficará suspenso de suas funções:
• Constituição Federal, art. 86, § 1º, em parte.
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-
crime pelo Superior Tribunal de Justiça;
• Constituição Federal, art. 86, § 1º, I, em parte.
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo
pela Assembleia Legislativa.
• Constituição Federal, art. 86, § 1º, II, em parte.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento
não estiver concluído, cessará o afastamento, sem prejuízo de regular
prosseguimento do processo.
• Constituição Federal, art. 86, § 2º, em parte.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações
comuns, o Governador não estará sujeito a prisão.
• Constituição Federal, art. 86, § 3º, em parte.
Art. 105. O Governador, na vigência de seu mandato, não pode
ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
• Constituição Federal, art. 86, § 4º, em parte.

127
Constituição do Estado do Piauí
Art. 106. Aplica-se ao Vice-Governador, no que couber, o disposto
nesta seção.

Seção IV
Dos Secretários de Estado

Art. 107. Os Secretários de Estado serão escolhidos dentre bra-


sileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.
• Constituição Federal, art. 87, caput, em parte.
Art. 108. A lei disporá sobre a criação, estruturação, atribuições
e extinção de Secretarias de Estado.
• Constituição Federal, art. 88, caput, em parte.
Art. 109. Compete ao Secretário de Estado, além de outras atri-
buições estabelecidas nesta Constituição e na lei:
• Constituição Federal, art. 87, parágrafo único, em parte.
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e
das entidades da administração estadual na área de sua competência e
referendar os atos e decretos assinados pelo Governador do Estado;
• Constituição Federal, art. 87, I, em parte.
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regu-
lamentos;
• Constituição Federal, art. 87, II, em parte.
III - Apresentar ao Governador relatório anual dos serviços reali-
zados na Secretaria;
• Constituição Federal, art. 87, III, em parte.
IV - praticar atos pertinentes às atribuições que lhe forem outor-
gadas ou delegadas pelo Governador;
• Constituição Federal, art. 87, IV, em parte.
V - comparecer à Assembleia Legislativa ou a qualquer de suas
comissões, quando convocado, para prestar, pessoalmente, informações
sobre assunto previamente determinado, importando em crime de respon-
sabilidade e ausência sem justificação adequada;
VI - comparecer perante a Assembleia Legislativa e qualquer de
128
Constituição do Estado do Piauí Arts. 106 a 112
suas comissões, por sua iniciativa e mediante entendimento prévio com a
Mesa Diretora, para expor assunto de relevância de sua Secretaria;
VII - encaminhar à Assembleia Legislativa informações pedidas
por escrito e especificadamente pela Mesa Diretora, importando crime de
responsabilidade a recusa ou o não atendimento no prazo de trinta dias,
bem como o fornecimento de informações falsas;
VIII - propor ao Governador, anualmente, o orçamento da Secre-
taria;
IX - delegar suas próprias atribuições, por ato expresso, aos seus
subordinados, com anuência prévia do Governador.
Art. 110. Os Secretários de Estado, nos crimes comuns serão pro-
cessados e julgados pelo Tribunal de Justiça.
• Constituição Federal, art. 102, I, b, em parte.
Parágrafo único. Nos crimes de responsabilidade, conexos com
os do Governador, os Secretários de Estado serão processados e julgados
pela Assembleia Legislativa.
• Constituição Federal, art. 102, I, c, em parte.
Art. 111. Os Secretários de Estado estão sujeitos, no que couber,
aos mesmos impedimentos relativos aos deputados estaduais.

CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
Seção I
Disposições Gerais

Art. 112. São órgãos do Poder Judiciário:


• Constituição Federal, art. 92, caput.
• Lei Estadual nº 3.716, de 12.12.1979, Lei de Organização Judiciária
do Estado do Piauí.
I - o Tribunal de Justiça;
II - os Juízes de Direito;
III - o Tribunal do Júri;

129
Constituição do Estado do Piauí
IV - os Juizados Especiais;
V - o Juiz de Direito do Juízo Militar e os Conselhos de Justiça
Militar.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
V - a Auditoria e os Conselhos de Justiça Militar.
• Constituição Federal, art. 125, §§ 3º e 5º.
§ 1º REVOGADO.
• § 1º revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 1º - O Conselho da Magistratura, sem função juridicional, é orgão
de controle da atividade administrativa e do desempenho dos deveres
funcionais do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria
Pública.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 2º - Lei complementar definirá a organização, o funcionamento
e a competência do Conselho da Magistratura.
• Constituição Federal, art. 96, I, a,
• Lei Estadual nº 3.716, de 12.12.1979, Lei de Organização Judiciária
do Estado do Piauí.
§ 3º Integram a administração da justiça os juízes de paz.
§ 4º As serventias da justiça, do foro judicial e extrajudicial são
órgãos auxiliares do Poder Judiciário.
• Lei Estadual nº 5.425, de 20.12.2004, Fundo Especial de Reapare-
lhamento e Modernização do Poder Judiciário do Estado do Piauí
- FERMOJUPI e selo de fiscalização e autenticação.
Art. 113. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia adminis-
trativa e financeira.
• Constituição Federal, art. 99, caput.
§ 1º O Tribunal de Justiça elaborará a proposta orçamentária do
Poder Judiciário dentro dos limites estipulados, conjuntamente com os
demais poderes, na lei de diretrizes orçamentárias, fixando-se um percen-
tual sobre a receita global, que assegure a autonomia financeira da Justiça,
excluídas as operações de crédito e os débitos constantes de precatórios
judiciários de outras entidades de direito público.
• Constituição Federal, art. 99, § 1º, em parte.

130
Constituição do Estado do Piauí Arts. 112 a 114
§ 2º O encaminhamento da proposta orçamentária do Poder Ju-
diciário, depois de aprovada pelo Tribunal de Justiça, será feito pelo seu
Presidente à Assembleia Legislativa.
• Constituição Federal, art. 99, § 2º, em parte.
§ 3º - Quando o regular exercício das funções do Poder Judiciário
for impedido pela não satisfação oportuna das dotações que lhe correspon-
dam, caberá ao Tribunal de Justiça, pela maioria absoluta de seus membros,
solicitar ao Supremo Tribunal Federal intervenção da União no Estado,
sem prejuízo de processo por crime de responsabilidade.
§ 4º Se o Tribunal de Justiça não encaminhar a respectiva proposta
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentá-
rias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajus-
tados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 99, § 3º, acrescentado pela EC Federal nº
45, de 30.12.2004.
§ 5º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem
encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º,
o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consoli-
dação da proposta orçamentária anual.
• § 5º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 99, § 4º, acrescentado pela EC Federal nº
45, de 30.12.2004.
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá
haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapo-
lem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares
ou especiais.
• § 6º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 99, § 5º, acrescentado pela EC Federal nº
45, de 30.12.2004.
Art. 114. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os paga-
mentos devidos pela Fazenda Estadual ou Municipal, em virtude de sen-
tença, serão feitos exclusivamente na ordem cronológica de apresentação
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de
casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais
para esse fim.

131
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 100, caput, em parte.
§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito
público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de
sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários,
apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exer-
cício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito
público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos constantes
de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, data em que
terão atualizados seus valores, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte.
• Constituição Federal, art. 100, § 1º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 30, de 13.09.2000.
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles
decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas com-
plementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou
invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença
transitada em julgado.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 2º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consigna-
dos diretamente ao Poder Judiciário, recolhendo-se as importâncias
respectivas à repartição competente cabendo ao Presidente do Tribunal
de Justiça, que proferir a decisão exequenda, determinar o pagamento,
conforme as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do
credor, e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de
precedência, o sequestro da quantia necessária à satisfação do débito.
• Constituição Federal, art. 100, § 1º-A, acrescentado pela EC Federal
nº 30, de 13.09.2000.
§ 3º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consig-
nados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal
de Justiça determinar o pagamento segundo as possibilidades do depósito,
e autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de pre-
terimento de seu direito de precedência, o sequestro da quantia necessária
à satisfação do débito.
132
Constituição do Estado do Piauí Art. 114 a 115
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 100, § 2º, acrescentado pela EC Federal
nº 30, de 13.09.2000.
§ 4º O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de
precatórios, não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em lei
como de pequeno valor que a Fazenda Estadual ou Municipal deva fazer
em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 100, § 3º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 30, de 13.09.2000.
§ 5º São vedados a expedição de precatório complementar ou su-
plementar de valor pago, bem como fracionamento, repartição ou quebra
do valor da execução, a fim de que seu pagamento não se faça, em parte,
na forma estabelecida no § 4º deste artigo e, em parte, mediante expedição
de precatório.
• § 5º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 100, § 4º, acrescentado pela EC Federal
nº 37, de 12.06.2002.
§ 6º A lei poderá fixar valores distintos para o fim previsto no § 4º
deste artigo, segundo as diferentes capacidades das entidades de direito
público.
• § 6º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 100, § 5º, acrescentado pela EC Federal nº
30, de 13.09.2000, e renumerado pela EC Federal nº 37, de 12.06.2002,
em parte.
§ 7º O Presidente do Tribunal de Justiça que, por ato comissivo
ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatório
incorrerá em crime de responsabilidade.
• § 7º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 100, § 6º, acrescentado pela EC Federal nº
30, de 13.09.2000, e renumerado pela EC Federal nº 37, de 12.06.2002,
em parte.
Art. 115. Os Juízes gozam das seguintes garantias:
• Constituição Federal, art. 95, caput.
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois
anos de exercício, dependendo a perda de cargo, nesse período, de deli-
beração do Tribunal de Justiça, e, nos demais casos, de sentença judicial
transitada em julgado;
133
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 95, I.
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na
forma do art. 93, VIII, da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 95, II, em parte.
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37,
X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
III - irredutibilidade de vencimentos, observado quanto à remunera-
ção, o que dispõe os arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da
Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 95, III, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
• Constituição Federal, art. 95, parágrafo único.
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função,
salvo uma de magistério;
• Constituição Federal, art. 95, parágrafo único, I.
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação
em processo;
• Constituição Federal, art. 95, parágrafo único, II.
III - dedicar-se a atividade político-partidária.
• Constituição Federal, art. 95, parágrafo único, III.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições
de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções
previstas em lei federal;
• Inciso IV acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 95, parágrafo único, IV, acrescentado pela
EC Federal nº 45, de 30.12.2004.
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria
ou exoneração.
• Inciso IV acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 95, parágrafo único, V, acrescentado pela
EC Federal nº 45, de 30.12.2004.

134
Constituição do Estado do Piauí Arts. 115 a 116
Art. 116. Compete ao Tribunal de Justiça a iniciativa da Lei de
Organização e Divisão Judiciária do Estado, e de suas alterações, obser-
vados os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto,
mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da
Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigin-
do-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e
obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto,
através de concurso público de provas e títulos, com a participação
da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, em todas as fases,
obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.
• Constituição Federal, art. 93, I, acrescentado pela EC Federal nº 45,
de 30.12.2004.
II - a promoção de entrância para entrância, alternadamente, por
antiguidade e merecimento, atendidas estas normas:
• Constituição Federal, art. 93, II.
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes con-
secutivas ou cinco alternadas, em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício
na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte de lista de
antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o
lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos cri-
térios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e
pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
c) aferição do merecimento pelo critério da presteza e pela frequência
e aproveitamento em cursos reconhecidos de aperfeiçoamento.
• Constituição Federal, art. 93, II, c, com redação dada pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o
135
Constituição do Estado do Piauí
juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros,
conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se
a votação até fixar-se à indicação;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
d) na apuração da antiguidade, o Tribunal somente poderá recusar o
juiz mais antigo pelo voto de dois terços de seus membros, conforme
procedimento próprio, repetindo-se a votação até fixar-se à indicação.
• Constituição Federal, art. 93, II, d, com redação dada pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver os
autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao
cartório sem o devido despacho ou decisão;
• Alínea e acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 93, II, e, acrescentado pela EC Federal nº
45, de 30.12.2004.
III - o acesso ao Tribunal de Justiça far-se-á por antiguidade e
merecimento, alternadamente, apurados na última entrância;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
III - o acesso ao Tribunal de Justiça far-se-á pelos critérios de antigui-
dade e merecimento, alternadamente, apurados na última entrância.
• Constituição Federal, art. 93, III, com redação dada pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e
promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de
vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola
nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
IV - previsão de cursos oficiais de preparação e aperfeiçoamento de
magistrados, como requisito para ingresso e promoção na carreira.
• Constituição Federal, art. 93, IV, com redação dada pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
V - o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça e dos
demais magistrados serão fixados em lei e escalonados em nível estadual,
136
Constituição do Estado do Piauí Art. 116
conforme a estrutura judiciária estadual, não podendo a diferença entre
uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem
exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos
Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts.
37, XI e 39, § 4º, da Constituição Federal;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
V - os vencimentos dos magistrados serão fixados com diferença não
superior a dez por cento de uma para outra das categorias da carreira,
não podendo a título nenhum, exceder os dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal.
• Constituição Federal, art. 93, V, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependen-
tes observarão as regras gerais aplicáveis ao regime próprio de previdência
do servidor público estadual, sem prejuízo das prerrogativas constitucionais
e legais da magistratura;
• Redação dada pela EC Estadual nº 32, de 27.10.2011.
• O texto anterior dispunha:
• VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes
observarão o disposto no art. 40, da Constituição Federal;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
VI - a aposentadoria com proventos integrais, nos termos do art. 93,
VI, da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 93, VI, com redação dada pela EC Federal
nº 20, de 15.12.1998.
VII - o Juiz de Direito titular residirá na respectiva comarca, salvo
autorização do Tribunal de Justiça;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca.
• Constituição Federal, art. 93, VII, em parte, com redação dada pela
EC Federal nº 45, de 30.12.2004.
VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do ma-
gistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maio-
ria absoluta do Tribunal de Justiça ou do Conselho Nacional de Justiça,
assegurada ampla defesa;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

137
Constituição do Estado do Piauí
• O texto original dispunha:
VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magis-
trado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto de dois
terços do Tribunal de Justiça, assegurada ampla defesa.
• Constituição Federal, art. 93, VIII, com redação dada pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
IX - a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca
de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a, b, c
e e, do inciso II, deste artigo;
• Inciso IX acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 93, VIII-A, com redação dada pela EC
Federal nº 45, de 30.12.2004.
X - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias
coletivas nos juízos e Tribunal de Justiça, funcionando, nos dias em que
não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente;
• Inciso X acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 93, XII, acrescentado pela EC Federal nº
45, de 30.12.2004.
XI - o número de juízes na Justiça do Piauí será proporcional à
efetiva demanda judicial e à respectiva população;
• Inciso XI acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 93, XIII, acrescentado pela EC Federal nº
45, de 30.12.2004.
XII - os servidores receberão delegação para a prática de atos de
administração e atos de mero expediente sem caráter decisório;
• Inciso XII acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 93, XIV, acrescentado pela EC Federal nº
45, de 30.12.2004.
XIII - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus
de jurisdição.
• Inciso XIII acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 93, XV, acrescentado pela EC Federal nº
45, de 30.12.2004.
Art. 117. Um quinto dos lugares do Tribunal de Justiça será
138
Constituição do Estado do Piauí Art. 116 a 119
composto de membros do Magistério (Ministério) Público, com mais de
dez anos de carreira, de advogados de notório saber jurídico e reputação
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indica-
dos, ao Tribunal, em listas sêxtuplas pelos órgãos de representação das
respectivas classes.
• Constituição Federal, art. 94, caput.
• Lei Federal nº 8.906, de 04.07.1994, Estatuto da Advocacia e da OAB.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o Tribunal formará lista
tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes,
escolherá um dos seus integrantes para a nomeação.
• Constituição Federal, art. 94, parágrafo único, em parte.
Art. 118. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade,
podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes
e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação
do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse
público à informação.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 118. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade,
podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente
a estes.
• Constituição Federal, art. 93, IX, com redação dada pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
Art. 119. As decisões administrativas do Tribunal de Justiça serão
motivadas e em sessão pública, sob pena de nulidade, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 119. Todas as decisões administrativas do Tribunal de Justiça serão
motivadas, sob pena de nulidade, sendo as disciplinares tomadas pelo
voto da maioria de seus membros.
• Constituição Federal, art. 93, X, com redação dada pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004, em parte.
Parágrafo único. Os demais órgãos do Poder Judiciário deverão
igualmente motivar suas decisões administrativas, sob pela de nulidade
absoluta.

139
Constituição do Estado do Piauí
Art. 120. REVOGADO.
• Art. 120 revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• Art. 120 – O benefício da pensão por morte corresponderá, na forma
da lei, à totalidade dos vencimentos ou proventos de magistrado fa-
lecido, e será pago na mesma data dos vencimentos e vantagens dos
magistrados em atividade.
Art. 121. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de re-
muneração, a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras, bem
como a admissão de pessoal, a qualquer título, só poderão ser feitas se
houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, e prévia
dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesas de
pessoal e aos acréscimos dela (delas) decorrentes.

Seção II
Do Tribunal de Justiça

Art. 122. O Tribunal de Justiça, com jurisdição em todo o Estado e


sede na Capital, compor-se-á de Desembargadores, em número fixado por
lei complementar de sua iniciativa privativa, com competência estabelecida
nesta Constituição e na legislação pertinente.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 19, de 16.01.2004,
dispunha:
Art. 122. O Tribunal de Justiça, com jurisdição em todo o Estado e sede
na Capital, compõe-se de dezessete Desembargadores, e exerce a com-
petência estabelecida nesta Constituição e na legislação pertinente.
• Constituição Federal, art. 96, II, b e d, e art. 125, § 1º, em parte.
• O texto original dispunha:
Art. 122. O Tribunal de Justiça, com jurisdição em todo o Estado e
sede na Capital, compõe-se de treze Desembargadores, e exerce a com-
petência estabelecida nesta Constituição e na legislação pertinente.
• Lei Complementar Estadual nº 54 de 26.10.2005, que modificou dis-
positivos da Lei Estadual nº 3.716, de 12.12.1979 e da Lei Estadual
nº 4.838, de 01.06.1996; Lei Complementar Estadual nº 102, de
02.05.2008, que modifica Lei de Organização Judiciária do Estado do
Piauí; Lei Complementar Estadual nº 104, de 28.05.2008, que modifica
Lei de Organização Judiciária do Estado do Piauí, e Lei Comple-
140
Constituição do Estado do Piauí Arts. 120 a 123

mentar Estadual nº 115, de 25.08.2008, sobre Plano de Carreiras e


Remuneração dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Piauí.
• Lei Estadual nº 3.716, de 12.12.1979, Lei de Organização Judiciária
do Estado do Piauí; Lei Estadual nº 4.838, de 01.06.1996, sobre
Sistema Estadual dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais; Lei
Estadual nº 5.425, de 20.12.2004, sobre Fundo Especial de Reapa-
relhamento e Modernização do Poder Judiciário do Estado do Piauí
- FERMOJUPI e selo de fiscalização e autenticação; Lei Estadual nº
5.535, de 11.01.2006, sobre valor do subsídio da Magistratura Esta-
dual; Lei Estadual nº 5.545, de 17.01.2006, sobre Plano de Cargos,
Carreiras e Vencimentos do Poder Judiciário; Lei Estadual nº 5.615,
de 06.12.2006, sobre Quadro de Cargos e Atribuições de Pessoal do
Fundo Especial de Reaparelhamento e Modernização do Poder Ju-
diciário do Estado do Piauí - FERMOJUPI, e Lei Estadual nº 5.711,
de 18.12.2007, sobre Justiça Itinerante Estadual.
§ 1º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamen-
te, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do
jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
• § 1º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 125, § 6º, acrescentado pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
§ 2º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a
realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos
limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos
públicos e comunitários.
• 2º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 125, § 7º, acrescentado pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
Art. 123. Compete ao Tribunal de Justiça:
I - solicitar a intervenção no Estado para garantir o livre exercício
do Poder Judiciário, ou para promover a execução de ordem ou decisão
judicial, nos termos dos arts. 34, IV e VI e 36, I e II, da Constituição Federal;
II - exercer as atribuições privativas dos tribunais, definidas no art.
96, I, II, III e suas respectivas alíneas, da Constituição Federal;
III - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
141
Constituição do Estado do Piauí
estadual ou municipal e a ação declaratória de constitucionalidade de lei
ou ato normativo estadual, em face desta Constituição;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
estadual ou municipal, em face da Constituição Estadual.
• Constituição Federal, art. 102, I, a, em parte.
• Lei Federal nº 9.868, de 10.11.1999, sobre Ação Direta de Constitu-
cionalidade.
b) a representação do Procurador-Geral de Justiça, visando à in-
tervenção em Município;
c) nos crimes comuns, o Vice-Governador, os deputados estaduais
e o Procurador-Geral da Justiça;
d) nos crimes comuns e de responsabilidade:
• Decreto-lei Federal nº 2.848, de 07.12.1940, Código Penal, e Lei
Federal nº 1.079, de 10.04.1950, sobre crimes de responsabilidade.
1. Os Secretários de Estado, o Procurador-Geral do Estado e o
Defensor Público-Geral do Estado, salvo nos crimes de responsabilidade
conexos com os do Governador do Estado;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior redigido pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999,
dispunha:
• 1) os Secretários de Estado, o Procurador-Geral do Estado e o Pro-
curador Geral da Defensoria Pública, salvo nos crimes de responsa-
bilidade conexos com os do Governador do Estado.
• O texto original dispunha:
• 1) os Secretários de Estado, o Advogado-Geral do Estado e o Procura-
dor Geral da Defensoria Pública, salvo nos crimes de responsabilidade
conexos com os do Governador do Estado.
2. Os juízes de direito, os juízes substitutos e os membros do Mi-
nistério Público, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
3. O Comandante-Geral da Polícia Militar, o Comandante-Geral
do Corpo de Bombeiros Militar, o Delegado-Geral da Polícia Civil, e os
integrantes das carreiras de Procurador do Estado e de Defensor Público
do Estado;

142
Constituição do Estado do Piauí Art. 123
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior redigido pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999,
dispunha:
3) o juizes auditores da Justiça Militar, o Comandante-Geral da Po-
lícia Militar e os integrantes da carreira da Procuradoria-Geral e da
Defensoria Pública do Estado.
4. ) Os Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores;
• Constituição Federal, art. 29, X, em parte.
e) o habeas corpus quando o coator ou o paciente for órgão, auto-
ridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição
do Tribunal de Justiça, ou se trate de crime cuja ação penal seja de sua
competência originária, ou, ainda, nos casos de sua competência recursal,
se houver perigo de consumar-se a violência antes que o juiz competente
possa conhecer o (do) perigo;
• Decreto-lei Federal nº 3.689, de 03.10.1941, Código de Processo
Penal.
f) o habeas data e o mandado de segurança contra atos:
• Lei Federal nº 1.533, de 31.12.1951, sobre o Mandado de Segurança,
e Lei Federal nº 9.507, de 12.11.1997, sobre o acesso a informações
e disciplina o rito processual do Habeas Data.
1. Do Governador ou do Vice-Governador;
2. Dos Secretários de Estado, do Comandante-Geral da Polícia
Militar e do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar e o Dele-
gado-Geral da Polícia Civil;

Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

O texto original dispunha:
2) dos Secretários de Estado e do Comandante-Geral da Polícia
Militar.
3. Da Assembleia Legislativa, da sua Mesa Diretora, do seu Pre-
sidente ou de qualquer Deputado Estadual;
4. Do Tribunal de Contas do Estado, do seu Presidente ou de
qualquer Conselheiro;
5. Do Tribunal de Justiça, de seu Presidente ou de qualquer De-
sembargador;
6. Dos Juizes de direito;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

143
Constituição do Estado do Piauí
• O texto original dispunha:
6) dos juízes de direito e dos juízes auditores da Justiça Militar.
7. Do Ministério Público, de seu Procurador-Geral, dos promotores
ou procuradores de justiça;
8. Do Procurador-Geral do Estado e do Defensor Público-Geral do
Estado, ou dos integrantes de suas respectivas carreiras.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior redigido pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999,
dispunha:
8) do Procurador-Geral do Estado e do Procurador-Geral da De-
fensoria Pública, ou dos integrantes de suas respectivas carreiras”.
g) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regu-
lamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade estadual, da
administração direta ou indireta;
• Lei Federal nº 8.950, de 13.12.1994, sobre mandado de injunção.
h) a revisão criminal e as ações rescisórias de seus acórdãos e
sentenças dos juízes no âmbito de sua competência recursal;
• Decreto-lei Federal nº 3.689, de 03.10.1941, Código de Processo
Penal.
i) a execução de sentença, nas causas de sua competência originária,
facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais;
• Decreto-lei Federal nº 3.689, de 03.10.1941, Código de Processo
Penal e Decreto-lei Federal nº 5.869, de 11.01.1973, Código de
Processo Civil.
j) os conflitos de competência entre autoridades administrativas e
judiciárias do Estado;
l) os conflitos de competência dos juízes de direito entre si e com
o Conselho da Justiça Militar ou entre este as Câmaras do Tribunal.
• Decreto-lei Federal nº 1001, de 21.10.1969, Código Penal Militar
e Decreto-lei Federal nº 1.002, de 21.10.1969, Código de Processo
Penal Militar.
m) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia
da autoridade de suas decisões, quando usurpadas ou desobedecidas por
Juízes de Direito.
• Alínea m acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 102, I, l, em parte.

144
Constituição do Estado do Piauí Arts. 123 a 124
IV - julgar, em grau de recurso, as causas decididas em primeira
instância, no âmbito de sua competência;
V - exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela
Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado.
• ei Estadual nº 3.716, de 12.12.1979, Lei de Organização Judiciária
L
do Estado do Piauí.
Art. 124. São partes legítimas para promover ação direta de in-
constitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal ou ação
declaratória de constitucionalidade, em face desta Constituição:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 124. São partes legítimas para promover ação direta de inconsti-
tucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face
desta Constituição:
• Constituição Federal, art. 103, caput, e art. 125, § 2º, em parte.
• Lei Federal nº 9.868, de 10.11.1999, sobre ação direta de inconsti-
tucionalidade.
I - o Governador do Estado;
• Constituição Federal, art. 103, V, em parte.
II - a Mesa da Assembleia Legislativa;
• Constituição Federal, art. 103, IV, com redação pela EC Federal nº
45, de 30.12.2004.
III - o Procurador-Geral de Justiça;
• Constituição Federal, art. 103, VI, em parte.
IV - o Prefeito Municipal;
V - a Mesa da Câmara Municipal;
VI - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;
• Constituição Federal, art. 103, VII, em parte.
VII - os partidos políticos com representação na Assembleia Le-
gislativa ou em Câmara Municipal;
• Constituição Federal, art. 103, VIII, em parte.
VIII - as federações sindicais e as entidades de classe de âmbito
estadual.
• Constituição Federal, art. 103, IX, em parte.
§ 1º O Procurador-Geral de Justiça deverá ser previamente ouvi-
145
Constituição do Estado do Piauí
do nas ações diretas de inconstitucionalidade e em todos os processos de
competência do Tribunal de Justiça.
• Constituição Federal, art. 103, § 1º, em parte.
§ 2º Declarada incidentalmente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo estadual ou municipal, a decisão será comunicada, conforme o
caso, à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal para a suspensão
da sua execução, no todo ou em parte.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 2º - Declarada a inconstitucionalidade, a decisão será comunicada
à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal para a suspensão da
execução, no todo ou em parte, da lei ou do ato impugnado.
§ 3º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida
para tornar efetiva norma desta Constituição, a decisão será comunicada
ao poder competente para a adoção das providências necessárias à prática
do ato ou início do processo legislativo e, em se tratando de órgão adminis-
trativo, para fazê-lo em trinta dias, sob pena de crime de responsabilidade,
em qualquer dos casos.
• Constituição Federal, art. 103, § 2º, em parte.
§ 4º Quando o Tribunal de Justiça apreciar a inconstitucionalidade,
em tese, de norma legal ou ato normativo estadual, citará, previamente,
o Advogado-Geral do Estado, que defenderá o ato ou o texto impugnado
ou, em se tratando de norma legal ou ato normativo municipal, o Prefeito
Municipal, para a mesma finalidade.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
Quando o Tribunal de Justiça apreciar a inconstitucionalidade, em
tese, de norma legal ou ato normativo estadual, citará, previamente,
o Procurador-Geral do Estado, que defenderá o ato ou o texto impug-
nado ou, em se tratando de norma legal ou ato normativo municipal,
o Prefeito Municipal, para a mesma finalidade.
• Constituição Federal, art. 103, § 3º, em parte.
§ 5º Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros,
poderá o Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo estadual ou municipal, incidentalmente ou como objeto de
ação direta.
• Constituição Federal, art. 97, em parte.
146
Constituição do Estado do Piauí Arts. 124 a 127
§ 6º Aplicam-se, no que couber, ao processo de controle concen-
trado de constitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal
em face desta Constituição, as normas correspondentes sobre o processo e
julgamento de lei ou ato normativo perante o Supremo Tribunal Federal,
em especial quanto ao quórum, procedimento e concessão de liminares.
• § 6º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

Seção III
Dos Juizes de Direito

Art. 125. Os juízes de direito, com jurisdição nos limites de


suas respectivas comarcas, integram a carreira da magistratura estadual e
exercem a competência jurisdicional, na forma da Lei de Organização e
Divisão Judiciárias.
Art. 126. Além da competência definida em lei, cabe ao juiz de
direito processar e julgar:
I - as causas em que forem partes instituição de previdência social
e segurado, sempre que a comarca, foro ou domicílio dos segurados ou
beneficiários não sejam sede de vara de juízo federal, e outras causas que,
verificada essa condição, a lei poderá permitir;
• Constituição Federal, art. 109, § 3º, em parte.
II - o mandado de injunção, quando a norma regulamentadora for
atribuição de órgão, ou entidade municipal, da administração direta ou
indireta;
III - o mandado de segurança e o habeas data que não forem da
competência originária do Tribunal de Justiça;
IV - o habeas corpus, fora dos casos previstos no art. 123, III.
Art. 127. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça
proporá a criação de varas especializadas, com competência exclusiva
para questões agrárias.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 127. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça de-
signará juiz de entrância especial, com competência exclusiva para
questões agrárias.

147
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 126, caput , em parte.
• Lei Federal nº 4.504, de 30.11.1964, Código Agrário.
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação
jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio.
• Constituição Federal, art. 126, parágrafo único.

Seção IV
Dos Juizados Especiais

Art. 128. Nas comarcas, serão criados juizados especiais, como


órgãos da justiça comum, providos, na forma da lei, para a conciliação,
o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e
infrações penais de menor potencial ofensivo.
• Constituição Federal, art. 98, I, em parte.
• Lei Federal nº 9.099, de 26.09.1995, sobre os Juizados Especiais
Cíveis e Criminais.
• Lei Estadual nº 4.838, de 01.06.1996, sobre Sistema Estadual dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais.
Parágrafo único. A competência e a composição dos juizados
especiais, inclusive a dos órgãos de julgamento de seus recursos, serão
estabelecidas na Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado,
observado o disposto no art. 98, I, da Constituição Federal.
• Lei Estadual nº 3.716, de 12.12.1979, Lei de Organização Judiciária
do Estado do Piauí.
Art. 129. Para fins do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal,
um representante do Ministério Público e um, pelo menos, da Defensoria
Pública devem funcionar junto aos juizados especiais, para a prestação
de assistência, em juízo ou fora dele, na qual se incluem os serviços de
informação, orientação e petição, na forma da lei.

148
Constituição do Estado do Piauí Arts. 127 a 132
Seção V
Do Tribunal do Júri

Art. 130. Em cada comarca será constituído e funcionará um Tri-


bunal do Júri, pelo menos, com a competência e a organização que a lei
federal determinar, assegurados a plenitude da defesa, o sigilo das votações
e a soberania dos veredictos, com competência definida para o julgamento
dos crimes dolosos contra a vida.
• Decreto-lei Federal nº 3.689, de 03.10.1941, Código de Processo
Penal.
Seção VI
Da Justiça Militar

Art. 131. A Justiça Militar é constituída, em primeiro grau, na


forma da lei, por Juízes de Direito de entrância final e pelos Conselhos de
Justiça, presididos por Juiz de Direito, e, em segundo grau, pelo próprio
Tribunal de Justiça.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 131. A Justiça Militar, com jurisdição especial, é constituída, em
primeiro grau, pelo Conselho de Justiça, presidido por juiz auditor,
com a composição que estabelece a lei, e, em segundo grau, pelo
Tribunal de Justiça.
• Constituição Federal, art. 125, § 3º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 45, de 30.12.2004.
• Decreto-lei Federal nº 1001, de 21.10.1969, Código Penal Militar,
e Decreto-lei Federal nº 1.002, de 21.10.1969, Código de Processo
Penal Militar.
§ 1º O cargo de juiz auditor da Justiça Militar será provido, na
forma da lei, pelo Tribunal de Justiça.
§ 2º Os Juízes auditores gozam dos mesmos direitos, vantagens e
vencimentos dos Juízes de direito da última entrância.
Art. 132. Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os
policiais militares e bombeiros militares do Estado, nos crimes militares

149
Constituição do Estado do Piauí
definidos em lei, ressalvada a competência do júri quando a vítima for
civil, e as ações civis contra atos disciplinares militares, cabendo ao Tri-
bunal de Justiça decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e
da graduação das praças.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 132 - Ao Conselho de Justiça Militar, com jurisdição em todo o
território estadual, compete em primeiro grau, processar e julgar os
integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, nos
crimes assim definidos em lei.
• Constituição Federal, art. 125, § 4º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 45, de 30.12.2004, em parte.
§ 1º Compete ao Juiz de Direito do Juízo Militar processar e jul-
gar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações
judiciais contra atos disciplinares militares.
• § 1º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 125, § 5º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 45, de 30.12.2004, em parte.
§ 2º Cabem aos Conselhos de Justiça processar e julgar os demais
crimes militares.
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 125, §§ 3º a 5º, com redação dada pela EC
Federal nº 45, de 30.12.2004, em parte.
Parágrafo único. Compete privativamente ao Tribunal de Justiça
decidir sobre a perda do posto ou da patente dos oficiais e da graduação
dos praças.
• Constituição Federal, art. 98, II, em parte.
Art. 133. A Lei de Organização e Divisão Judiciárias (Judiciária)
disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça
Militar.
SeçãoVII
Dos Juizes de Paz

Art. 134. Nas comarcas e respectivos termos judiciários, haverá


uma Justiça de Paz, constituída de pelo menos um juiz de paz e dois
suplentes, eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de
quatro anos.
150
Constituição do Estado do Piauí Arts. 132 a 138
§ 1º O juiz de paz deverá residir na sede da comarca ou no termo
judiciário.
§ 2º A remuneração do juiz será paga pelos cofres públicos.
§ 3º Para a eleição de que trata este artigo, serão registrados, pre-
ferencialmente, bacharéis em direito e, na ausência de pessoas com esta
qualificação, cidadãos outros, desde que vinculados à comarca ou termo
judiciário.
Art. 135. Compete ao juiz de paz, além de outras atribuições
previstas em lei:
I - celebrar casamentos, após habilitação regular;
II - verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, as
irregularidades do processo de habilitação;
III - exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional.
§ 1º Os recursos contra atos do juiz de paz serão julgados pelo
juiz de direito competente.
§ 2º Para oficiar nas habilitações de casamento haverá um represen-
tante do Ministério Público e um escrivão de registro civil, na forma da lei.
Art. 136. Compete aos suplentes, pela ordem numérica, substituir
o titular nas suas faltas, ausências e impedimentos.
Parágrafo único. Nos casos de falta, ausência ou impedimento
do titular e seus suplentes, cabe ao juiz de direito competente exercer as
atribuições do juiz de paz.
Art. 137. A Lei de Organização e Divisão Judiciárias disporá sobre
a organização, o funcionamento e a competência da justiça de paz, vedado
aos seus juízes, terminantemente:
I - receber, a qualquer título ou pretexto, honorários, custas, per-
centagens ou participação em processo;
II - dedicar-se a atividade político-partidária;
III - exercer a advocacia na comarca onde desempenhe as funções
de juiz de paz.
Art. 138 . Aplica-se ao juiz de paz, no que couber, o regime jurídico
dos serventuários da Justiça.

151
Constituição do Estado do Piauí
Seção VIII
Das Serventias de Justiça

Art. 139. A Lei de Organização e Divisão Judiciária do Estado,


obedecida à Constituição Federal, disporá sobre a organização, o funcio-
namento e a competência das serventias do foro judicial.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 139. A Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado,
obedecida à Constituição Federal, disporá sobre a organização,
o funcionamento e a competência das serventias do foro judicial e
extrajudicial, bem como definirá a responsabilidade civil e criminal
dos serventuários da justiça e a fiscalização de seus atos pelo Poder
Judiciário.
• Constituição Federal, art. 125, § 1º, em parte.
• Lei Complementar Federal nº 35, de 14.03.1979, Lei Orgânica da
Magistratura Nacional (LOMAN).
• Lei Federal nº 8.935, de 18.11.1994, sobre serviços notariais e de
registro.
• Lei Estadual nº 3.716, de 12.12.1979, Lei de Organização Judiciária
do Estado do Piauí.
Parágrafo único. As custas judiciais serão fixadas por lei estadual,
segundo a natureza do processo e a espécie de recurso.
• Parágrafo único acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
Art. 140. Os serviços notariais e de registro são exercidos em
caráter privado por delegação do Poder Público.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 140. A fixação de custas forense e de emolumentos relativos aos
serviços notariais de registro ficará sujeita às normas gerais estabe-
lecidas em lei federal, quando houver, e na legislação estadual.
• Constituição Federal, art. 236, caput.
• Lei Federal nº 8.935, de 18.11.1994, sobre serviços notariais e de
registro.
§ 1º Respeitada à legislação federal, lei estadual regulará, no que
couber, as atividades, a responsabilidade dos notários, dos oficiais de
registro e de seus prepostos, e a fiscalização de seus atos pelo Tribunal
de Justiça.
152
Constituição do Estado do Piauí Arts. 139 a 141
• § 1º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 236, § 1º em parte.
§ 2º Atendidas as normas gerais estabelecidas na legislação federal,
os emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e
de registro, assim como a sua majoração, serão fixados por lei estadual.
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 236, § 2º, em parte.
§ 3º O ingresso na atividade notarial e de registro depende de con-
curso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia
fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por
mais de seis meses.
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 236, § 3º, em parte.

CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Seção I
Do Ministério Público

Art. 141. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à


função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
• Constituição Federal, art. 127, caput.
• Lei Federal nº 8.625, de 12.02.1993, Lei Orgânica do Ministério Pú-
blico, e Lei Complementar Federal nº 75, de 20.05.1993, organização,
atribuições e Estatuto do Ministério Público da União.
• Lei Complementar Estadual nº 48, de 13.07.2005, sobre a Ouvidoria do
Ministério Público do Estado do Piauí, e Lei Complementar Estadual
nº 94, de 20.11.2007, Lei Orgânica do Ministério Público do Estado
do Piauí.
• Lei Estadual nº 5.649, de 07.05.2007, e Lei Estadual nº 5.536, de
11.01.2006, ambas sobre subsídios mensais dos membros do Ministério
Público do Estado do Piauí; Lei Estadual nº 5.398, de 08.07.2004,
sobre Fundo de Modernização do Ministério Público do Estado do
Piauí - FMMP e Lei Estadual nº 5.401, de 14.07.2004, sobre Promo-
toria de Justiça especializada em matéria de Fundações e Entidades
de Interesse Social.

153
Constituição do Estado do Piauí
Parágrafo único. São princípios institucionais do Ministério Pú-
blico a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
• Constituição Federal, art. 127, § 1º.
Art. 142. O Ministério Público do Estado é exercido:
• Constituição Federal, art. 128, caput, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 94, de 20.11.2007, Lei Orgânica do
Ministério Público do Estado do Piauí.
I - pelo Procurador-Geral de Justiça;
• Constituição Federal, art. 128, II, em parte.
II - pelos Procuradores de Justiça;
III - pelos Promotores de Justiça.
§ 1º O Ministério Público tem por chefe o Procurador-Geral de
Justiça, nomeado pelo Governador do Estado, dentre os indicados em lista
tríplice, composta, na forma da lei, por integrantes da carreira, no efetivo
exercício das funções e no gozo de vitaliciedade, para mandato de dois
anos, permitida uma recondução.
• Constituição Federal, art. 128, caput, em parte.
§ 2º Recebida a lista tríplice, o Governador, nos dez dias subse-
quentes, nomeará um de seus integrantes e lhe dará ( dar-lhe-á) posse.
§ 3º Caso o chefe do Poder Executivo não nomeie e emposse o
Procurador-Geral de Justiça, no prazo do parágrafo anterior, será investido
no cargo o mais votado dentre os integrantes da lista, em ato presidido pelo
Presidente da Assembleia Legislativa.
§ 4º O Procurador-Geral de Justiça poderá ser destituído por
deliberação da maioria absoluta da Assembleia Legislativa, na forma da
respectiva lei complementar.
• Constituição Federal, art. 128, § 2º, em parte.
§ 5º A nomeação e as atribuições do Subprocurador de Justiça
serão definidas na lei complementar.
Art. 143. São funções institucionais do Ministério Público:
• Constituição Federal, art. 129, caput.
I - promover, privativamente, a ação penal pública na forma da lei;
• Constituição Federal, art. 129, I.
II - zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços
de relevância aos direitos assegurados na Constituição Federal e nesta
154
Constituição do Estado do Piauí Arts. 141 a 144
Constituição, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
• Constituição Federal, art. 129, II.
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção
do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos;
• Constituição Federal, art. 129, III.
IV - promover ação de inconstitucionalidade ou representação
para fins de intervenção da União e do Estado, nos casos previstos nesta
Constituição;
• Constituição Federal, art. 129, IV.
V - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua
competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na
forma da lei complementar;
• Constituição Federal, art. 129, VI.
VI - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da
lei complementar;
• Constituição Federal, art. 129, VII.
VII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de in-
quérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações
processuais;
• Constituição Federal, art. 129, VIII.
VIII - participar de organismos estatais de defesa do meio ambiente,
do consumidor, de política penal e penitenciária e outros afetos a sua área
de atuação, na forma da lei;
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que
compatíveis com sua finalidade.
• Constituição Federal, art. 129, IX, em parte.
Parágrafo único. A legitimação do Ministério Público para as
ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas
hipóteses, segundo o disposto na Constituição Federal e na lei.
• Constituição Federal, art. 129, § 1º, em parte.
Art. 144 . Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional
e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169 da Consti-
tuição Federal, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus
cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas

155
Constituição do Estado do Piauí
ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a
lei disporá sobre sua organização e funcionamento.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto anterior, redigido pela EC Constitucional Estadual nº 01, de
27.06.1991, dispunha:
Art. 144 - Ao Ministério Público é assegurada autonomia administra-
tiva e funcional, cabendo-lhe, na forma da lei.
• O texto original dispunha:
Ao Ministério Público é assegurada autonomia administrativa, finan-
ceira e funcional, cabendo-lhe, na forma da lei:
• Constituição Federal, art. 127, § 2º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 19, de 04.06.1998, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 48, de 13.07.2005, sobre Ouvidoria do
Ministério Público do Estado do Piauí, e Lei Complementar Estadual
nº 94, de 20.11.2007, Lei Orgânica do Ministério Público do Estado
do Piauí.
I) - REVOGADO;
• I nciso I revogado pela EC nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• I – dispor sobre a organização e o funcionamento dos órgãos da
instituição;
II) - REVOGADO;
• Inciso II revogado pela EC nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• II – propor à Assembléia Legislativa a criação e a extinção dos seus
cargo e serviços auxiliares, provendo–os por concurso público de
provas e de provas e títulos, bem como a fixação dos vencimentos de
seus membros e servidores.
III) - REVOGADO;
• Inciso III revogado pela EC nº 10, de 17.27.1999.
• O texto original dispunha:
• III – elaborar sua proposta orçamentária, dentro dos limites estabe-
lecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1º O Ministério Público do Estado elaborará sua proposta orça-
mentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
• § 1º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 127, § 3º.
§ 2º Se o Ministério Público do Estado não encaminhar a respectiva
156
Constituição do Estado do Piauí Arts. 144 a 145
proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º,
deste artigo.
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 127, § 4º, acrescentado pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
§ 3º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for enca-
minhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, deste
artigo, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 127, § 5º, acrescentado pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
§ 4º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá
haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapo-
lem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares
ou especiais.
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 127, § 6º, acrescentado pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
Parágrafo único. Compete ao Ministério Público elaborar sua
proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias.
• Parágrafo único acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 127, § 3º, em parte.
Art. 145. A lei complementar, cuja iniciativa é facultada ao Pro-
curador-Geral de Justiça, estabelecerá a organização, as atribuições e o
estatuto do Ministério Público, observando, relativamente a seus membros:
• Constituição Federal, art. 128, § 5º, em parte.
I - os direitos:
a) o subsídio fixado com diferença não excedente a dez por cento
de uma para outra das entrâncias ou categoria de carreira;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.

157
Constituição do Estado do Piauí
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 01, de 27.06.1991,
dispunha:
“a) os vencimentos fixados com diferença não excedente a dez por
cento de uma para outra das entrâncias ou categoria de carreira”.
b) REVOGADO;
• Alínea b revogada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior:
• b) proventos da aposentadoria atualizados na mesma proporção e
na mesma data dos reajustes do subsídio concedido aos membros do
Ministério Público em atividade, assegurando-se entre uns e outros
perfeita isonomia, de modo que, em nenhum caso, possa o subsídio
ser superior aos proventos, ou vice-versa;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.10.1999
• O texto original dispunha:
• b) proventos da aposentadoria atualizados na mesma proporção e na
mesma data dos reajustes dos vencimentos e vantagens concedidos,
a qualquer título, aos membros do Ministério Público em atividade,
assegurando–se entre uns e outros perfeita isonomia, de modo que,
em nenhum caso, possam os vencimentos ser superiores aos proventos,
ou vice–versa;
c) REVOGADO;
• Alínea c revogada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior:
• c) pensão integral por morte, reajustável sempre que for elevado o
subsídio e proventos dos membros ativos e inativos da instituição e
na mesma base destes;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.10.1999
• O texto original dispunha:
• c) pensão integral por morte, reajustável sempre que forem elevados os
vencimentos e proventos dos membros ativos e inativos da instituição
e na mesma base destes;
d) pagamento, na mesma data, de subsídio, provento e pensão;

Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.

O texto original dispunha:
d) pagamento, na mesma data, de vencimentos e vantagens,
proventos e pensões.
e) aplicação aos membros do Ministério Público dos direitos sociais
158
Constituição do Estado do Piauí Art. 145
previstos no art. 39, § 3º, da Constituição Federal;
• edação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
R
• O texto original dispunha:
e) aplicação aos membros do Ministério Público dos direitos sociais
previstos no art. 39, § 2º, da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 39, § 3º.
II - as garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder
o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado:
• Constituição Federal, art. 128, § 5º, I, a.
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante
decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público do Estado,
pelo voto da maioria absoluta dos seus membros assegurada ampla defesa;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante
decisão fundamentada de órgão colegiado do Ministério Público do
Estado, por voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla
defesa.
• Constituição Federal, art. 128, § 5º, I, b.
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e
ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I,
da Constituição Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
c) irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração,
o que dispõe os arts. 37, XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I, da Consti-
tuição Federal.
• Constituição Federal, art. 128, § 5º, I, c.
III - as vedações, entre outras:
• Constituição Federal, art. 128, § 5º, II, em parte.
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários,
percentuais ou custas processuais;
• Constituição Federal, art. 128, § 5º, II, a.
b) exercer a advocacia;
• Constituição Federal, art. 128, § 5º, II, b.

159
Constituição do Estado do Piauí
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
• Constituição Federal, art. 128, § 5º, II, c.
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função
pública, salvo uma de magistério;
• Constituição Federal, art. 128, § 5º, II, d.
e) exercer atividade político-partidária;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
e) exercer atividades político-partidária, salvo exceções previstas na lei.
• Constituição Federal, art. 128, § 5º, II, e, com redação pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004.
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições
de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções
previstas em lei;
• Alínea f acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 128, § 5º, II, f, acrescentado pela EC Federal
nº 45, de 30.12.2004
§ 1º O ingresso na carreira do Ministério Público do Estado far-se-á
mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação
da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exi-
gindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica
e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 1º O ingresso na carreira será feito mediante concurso público de
provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados
do Brasil em sua realização e observada, nas nomeações, a ordem de
classificação.
• Constituição Federal, art. 129, § 3º.
§ 2º As funções do Ministério Público Estadual só podem ser
exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da
respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 2º As funções do Ministério Público Estadual só podem ser exerci-
das por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da
respectiva lotação.

160
Constituição do Estado do Piauí Arts. 145 a 147
• Constituição Federal, art. 129, § 2º.
§ 3º Aplica-se ao Ministério Público do Estado, no que couber, o
disposto no art. 93, da Constituição Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 3º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto
no art. 93, II, IV, VI e VIII, da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 129, § 4º.
§ 4º No exercício de suas funções, o Ministério Público poderá
requisitar informações e documentos de entidades públicas e privadas para
instruir procedimento ou processo em que oficie.
§ 5º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no
art. 95, parágrafo único, V, da Constituição Federal.
• § 5º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
Constituição Federal, art. 128, § 6º.
§ 6º A distribuição de processos no Ministério Público será ime-
diata.
• § 6º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
Constituição Federal, art. 129, § 5º.
Art. 146. Os membros do Ministério Público serão processados e
julgados originariamente, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelo
Tribunal de Justiça do Estado.
Art. 147. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do
Estado do Piauí será integrado por cinco procuradores, nomeados dentre
bacharéis em direito, com os mesmos vencimentos, direitos e vedações dos
procuradores de justiça, mediante prévia aprovação em concurso público
de provas e títulos, realizado com a participação da Ordem dos Advogados
do Brasil e observada a ordem de classificação.
• Redação dada pela EC Estadual nº 20, de 04.03.2004.
• O texto anterior, redigido pela EC Constitucional Estadual nº 08, de
15.12.1997, dispunha:
Art. 147 - O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado
será integrado por três Procuradores, nomeados dentre bacharéis em
direito, com os mesmos vencimentos, direitos e vedações dos Procura-
dores de Justiça, mediante prévia aprovação em concurso público de
provas e títulos, realizado com a participação da Ordem dos advogados

161
Constituição do Estado do Piauí
do Brasil e observada a ordem de classificação.
• O texto original dispunha:
As funções do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do
Estado serão exercidas pelos integrantes de carreira da instituição,
na forma da lei.
• Constituição Federal, art. 130, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 94, de 20.11.2007, Lei Orgânica do
Ministério Público do Estado do Piauí.
• Lei Estadual nº 5.557, de 02.05.2006 sobre subsídio dos membros do
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado do Piauí.
Art. 148. A defesa do consumidor é exercida pelo Ministério
Público através do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do
Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/MP-PI.
• Redação dada pela EC Estadual nº 26, de 01 de julho de 2008.
• O texto original dispunha:
Art. 148 A defesa do consumidor é exercida pelo Ministério Público
através do Serviço de Defesa Comunitária - DECOM.
• Constituição Federal, art. 5º, XXXII.
• Lei Estadual nº 5.453, de 15.06.2005, sobre a Promotoria de Defesa
do Consumidor no quadro do Ministério Público do Estado do Piauí.
• Lei Complementar Estadual nº 36, de 09.01.2004, sobre Programa de
Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado
do Piauí - DECOM/PI.
§ 1º Compete, ainda, ao Programa de Proteção e Defesa do Con-
sumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/MP-PI,
promover as ações públicas para proteção do meio ambiente, de bens e
direitos de valor estético, artístico, histórico, turístico, paisagístico e de
outros interesses difusos ou coletivos.
• Redação dada pela EC Estadual nº 26, de 01.07.2008.
• O texto original dispunha:
§ 1º - Compete, ainda, ao DECOM promover as ações públicas para
proteção do meio ambiente, de bens e direitos de valor estético, ar-
tístico, histórico, turístico, paisagístico e de outros interesses difusos
ou coletivos.
§ 2º Lei Complementar regulamentará o funcionamento, atribui-
ções e competência do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do
Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/MP-PI.
• Redação dada pela EC Estadual nº 26, de 01.07.2008.

162
Constituição do Estado do Piauí Arts. 147 a 150
• O texto original dispunha:
§ 2º - Lei complementar regulamentará o funcionamento, atribuições
e competência do DECOM.
Art. 149. O Ministério Público exercerá suas atribuições na pro-
teção e defesa do meio ambiente e do patrimônio natural, paisagístico,
cultural, artístico, histórico e arqueológico, através de curadoria especia-
lizada, na Capital, e dos promotores de justiça, nas comarcas do interior.
• Constituição Federal, art. 125, § 3º, em parte.

Seção II
Da Advocacia Pública

• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.


• Denominação anterior:
Seção II
Da Advocacia-Geral do Estado
Art. 150. A Procuradoria Geral do Estado é instituição de natureza
permanente, vinculada diretamente ao Chefe do Poder Executivo, essencial
à administração Pública Estadual, cabendo aos Procuradores do Estado a
representação judicial e extrajudicial do Estado e as atividades de consul-
toria e assessoramento jurídicos do Estado.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
Art. 150. A Advocacia-Geral do Estado é instituição que, diretamente
ou através de órgão vinculado, representa o Estado, judicial e extraju-
dicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser
sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria
e assessoramento jurídicos do Poder Executivo.
• Constituição Federal, art. 131, caput.
• Lei Complementar Estadual nº 56, de 01.11.2005, Lei Orgânica da
Procuradoria Geral do Estado do Piauí, e Lei Complementar Esta-
dual nº 114, de 04.08.2008 sobre cargo de Procurador Autárquico em
quadro de extinção.
• Lei Estadual nº 5.493, de 09.092005, sobre regime de subsídio para os

163
Constituição do Estado do Piauí
Procuradores ativos, inativos do Estado do Piauí e seus pensionistas.
§ 1º A Procuradoria Geral do Estado tem por chefe o Procurador-
Geral do Estado, nomeado em comissão pelo Governador do Estado, com
prerrogativas de Secretário de Estado, dentre os membros estáveis da car-
reira, maiores de trinta anos, de notório saber jurídico e reputação ilibada.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Constitucional Estadual nº 10, de
17.12.1999, dispunha:
§ 1º. A Procuradoria- Geral do Estado será chefiada pelo Procurador-
Geral do Estado com prerrogativas de Secretário de Estado, nomeado
em comissão pelo Governador, dentre maiores de trinta anos, de notório
saber jurídico e reputação ilibada.
• O texto original dispunha:
A Advocacia-Geral do Estado será chefiada pelo Advogado Geral do
Estado com prerrogativas e remuneração de Secretário de Estado,
nomeado em comissão pelo Governador, dentre os integrantes da
carreira de Procurador.
• Constituição Federal, art. 131, § 1º, em parte.
§ 2º Os integrantes da carreira de Procurador do Estado serão
remunerados na forma do art. 39, § 4º da Constituição Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
§ 2º. A Advocacia-Geral do Estado, no que respeita ao sistema de
controle interno da legalidade dos atos da administração pública,
oficiará nos procedimentos administrativos e promoverá a defesa dos
interesses legítimos do Poder Executivo perante os órgãos de fisca-
lização financeira ou orçamentária, sem prejuízo das atribuições do
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas.
• Constituição Federal, art. 131, § 2º.
§ 3º O ingresso na Carreira de Procurador do Estado dependerá de
concurso público de provas e títulos, com a participação da Seccional da
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999,
dispunha:
§ 3º. O ingresso na Carreira de Procurador do Estado dependerá de

164
Constituição do Estado do Piauí Arts. 150 a 151
concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem
dos Advogados do Brasil em todas as suas fases.
• Constituição Federal, art. 132, caput, em parte.
§ 4º Aos Procuradores do Estado é assegurada a estabilidade após
03 (três) anos de efetivo exercício mediante relatório circunstanciado da
Corregedoria.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
4º. A Procuradoria-Geral do Estado é órgão central e a instância
administrativa máxima das atividades de representação judicial,
consultoria e assessoramento jurídicos do Poder Executivo.
• Constituição Federal, art. 132, parágrafo único, em parte.
§ 5º Compete ao Conselho Superior da Procuradoria Geral do
Estado deliberar, dentre outras matérias previstas em Lei Complementar,
sobre a concessão de estabilidade e promoções dos integrantes da carreira
de Procurador do Estado.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
5º. Na execução da dívida ativa de qualquer natureza, a representação
do Estado cabe à Procuradoria da Fazenda Estadual, observado o
disposto em lei.
Art. 151. Lei complementar, prevista no art. 77, parágrafo único,
inciso V, desta Constituição, estabelecerá a organização e funcionamento
da Procuradoria Geral do Estado, observado o seguinte:
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
Art. 151. A lei complementar, referida no artigo anterior, estabelecerá:
• Lei Complementar Estadual nº 56, de 01.11.2005, Lei Orgânica da
Procuradoria-Geral do Estado do Piauí.
I - regime jurídico específico, aplicável aos integrantes da carreira
de Procurador do Estado, disciplinando prerrogativas, direitos, deveres e
proibições;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
I - a organização e o funcionamento dos serviços jurídicos da admi-
nistração pública em forma de sistema, tendo como órgão central a
Procuradoria-Geral do Estado, a quem incumbe, ressalvado o disposto
165
Constituição do Estado do Piauí
no art. 150, § 5º, a representação judicial e a consultoria jurídica do
Estado, bem como a supervisão das atividades de assessoramento
jurídico dos órgãos e entidades administrativas.
II - autonomia administrativa e funcional e, nos limites de suas
competências, as respectivas atribuições, dentre as quais as seguintes:
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
II. a autonomia administrativa e funcional da Procuradoria-Geral do
Estado e, nos limites das funções próprias do órgão, as suas respectivas
atribuições, dentre as quais as seguintes:
a) fixar a interpretação da Constituição, das leis, dos acordos e
convênios e demais atos normativos, a ser uniformemente seguida pela
Administração Estadual;
b) assistir o Governador no controle interno da legalidade dos atos
da Administração Pública, mediante:
1. O exame de propostas, anteprojetos e projetos a ela submetidos;
2. O exame de minutas de edital de licitação, contratos, acordos,
convênios ou ajustes que devam ser assinados pelo Governador, pelos
Secretários de Estado ou outras autoridades indicadas em lei;
3. A proposta de declaração de nulidade de ato administrativo
praticado na administração direta;
4. A elaboração de atos, quando determinada pelo Governador do
Estado.
c) supervisionar as atividades de representação e assessoramento
jurídicos das entidades da administração indireta, dotados de serviços
jurídicos próprios;
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• c) coordenar as atividades de assessoramento jurídico dos órgãos
integrantes da Advocacia-Geral do Estado.
d) uniformizar a jurisprudência administrativa estadual, fixando-a
através de pareceres normativos, a ser seguidos no âmbito da Administra-
ção Pública Estadual.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• d) uniformizar a jurisprudência administrativa estadual e solucionar

166
Constituição do Estado do Piauí Art. 151 a 152
as divergências entre órgãos jurídicos componentes da Advocacia-
Geral do Estado.
III - a proibição da renúncia ao direito de ação ou ao direito de
recorrer, assim como a desistência de ação ou de recursos em processo
administrativo ou judicial, sob pena de crime de responsabilidade, na forma
da lei, salvo expressa autorização do Conselho Superior da Procuradoria
Geral do Estado.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
• III. o estatuto da carreira da Advocacia-Geral do Estado, que, res-
peitada a disciplina normativa própria de cada órgão, observará:
§ 1º O Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado será
composto pelo Procurador Geral do Estado, Procurador Geral Adjunto,
Corregedor, Chefes das Procuradorias Especializadas e da Consultoria
Jurídica.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Recolocação da alínea a do inciso III como § 1º. e revogação da
alínea b.
§ 2º O pessoal dos serviços auxiliares da Procuradoria-Geral do
Estado será organizado em quadro próprio, na forma da lei e recrutado por
concurso público de provas ou de provas e títulos.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Alteração do parágrafo único em § 2º.
Art. 152. As atribuições da Procuradoria Geral do Estado serão
exercidas, privativamente, pelos seus membros, admitida a outorga de
poderes para fins específicos, no caso de impedimento dos Procuradores
do Estado, bem como para atuação junto aos Tribunais Superiores.
• Redação dada pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
Art. 152. As atribuições da Advocacia-Geral do Estado serão exercidas,
privativamente, pelos seus membros, proibida a renúncia ao direito da
ação ou ao direito de recorrer, assim como a desistência de ação ou de
recursos, em processo administrativo ou judicial, sob pena de crime
de responsabilidade, na forma da lei, admitida, entretanto, a outorga
de poderes para fins específicos.
§ 1º Os processos administrativos disciplinares a serem instaurados
no âmbito da Administração Direta serão presididos por um Procurador do
167
Constituição do Estado do Piauí
Estado, salvo quanto aos militares do Estado e aos policiais civis, mantido
em relação a estes últimos o controle finalístico da Procuradoria-Geral do
Estado.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 15, de 29.06.2001,
dispunha:
§ 1º Os processos administrativos disciplinares a serem instaurados no
âmbito da Administração Direta serão presididos por um Procurador
do Estado, salvo quanto aos servidores militares e aos servidores civis,
mantido em relação a estes o controle finalístico da Procuradoria-
Geral do Estado.
§ 2º Em casos de alta relevância, a critério do Procurador-Geral do
Estado, as faltas disciplinares cometidas por policiais civis serão apuradas
mediante processo administrativo disciplinar presidido por Procurador do
Estado.
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 15, de 29.06.2001.

Seção III
Da Defensoria Pública

Art. 153. A Defensoria Pública é instituição essencial à função


jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, com fundamento na dignidade da
pessoa humana, a assistência jurídica integral e gratuita e a representação
judicial e extrajudicial, em todas as esferas administrativas e instâncias
judiciais, àqueles que, na forma da lei, sejam considerados necessitados.
• Constituição Federal, art. 134, caput, em parte.
• Lei Complementar Federal nº 80, de 12.01.1994, sobre a Defensoria
Pública da União, do Distrito Federal e sobre normas gerais para a
sua organização nos Estados.
• Lei Complementar Estadual nº 59, de 30.11.2005, Lei de Organização
da Defensoria Pública do Estado do Piauí.
• Lei Estadual nº 5.505, de 26.10.2005, sobre os subsídios dos Defensores
Público do Estado do Piauí.
§ 1º A Defensoria Pública tem por chefe o Defensor Público-Geral,
nomeado em comissão pelo Governador do Estado, dentre os membros da
carreira, maiores de trinta e cinco anos, de notório saber jurídico e reputação
ilibada, na forma disciplinada pela legislação estadual.

168
Constituição do Estado do Piauí Arts. 152 a 154
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Constitucional Estadual nº 10, de
17.12.1999, renumerou o parágrafo único para art. 1º, que dispunha:
§ 1º A Defensoria Pública tem por chefe o Procurador-Geral da De-
fensoria Pública, nomeado em comissão pelo Governador do Estado,
dentre maiores de trinta anos, de notório saber jurídico e reputação
ilibada.
§ 2º Os integrantes da carreira de Defensor Público serão remune-
rados na forma do art. 39, § 4º da Constituição Federal.
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 39, § 4º, em parte.
§ 3º À Defensoria Pública do Estado é assegurada a autonomia
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro
dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação
ao art. 99, § 2º, da Constituição Federal.
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17 de dezembro de 2008.
• Constituição Federal, art. 134, § 2º, acrescentado pela EC Federal
nº45, de 30.12.2004, em parte.
Art. 154. A lei complementar, que dispuser sobre a organização
e funcionamento da Defensoria Pública, estabelecerá:
• Lei Complementar Estadual nº 59, de 30.11.2005, Lei de Organização
da Defensoria Pública do Estado do Piauí.
I - a autonomia administrativa e funcional do órgão;
II - o estatuto de carreira da Defensoria Pública;
III - o ingresso, na classe inicial da carreira, mediante concurso
público de provas e títulos, com participação da Seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil, obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de clas-
sificação;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
III - o ingresso, na classe inicial da carreira, mediante concurso pú-
blico de provas e títulos, com participação da Ordem dos Advogados
do Brasil, obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.
• Constituição Federal, art. 134, § 1º, em parte.
IV - a residência do defensor público na comarca ou termo judi-
ciário onde estiver lotado;
V - REVOGADO;
169
Constituição do Estado do Piauí

• Inciso V revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.


• O texto original dispunha:
• V – a aplicação, no que for cabível, do disposto no Art. 93, II, IV,
(VI) e VIII, da Constituição federal, aos integrantes de carreira da
instituição; *
• inciso (VI), entre parêntesis e em negrito, remissão à Constituição
Federal inaplicável, por decisão do S.T.F., deferimento de medida
cautelar – ADIN 575–8, em 13.11.91 (Of. nº 164/91 P/MC).
VI - o exercício das atribuições da Defensoria Pública privativa-
mente pelos membros de carreira da instituição.
• Inciso VI, suprimido pela EC Estadual nº 01, de 27.06.1991, e renu-
merado o atual inciso VII para inciso VI.
Parágrafo único. O pessoal dos serviços auxiliares da Defensoria
Pública será organizado em carreira, com quadro próprio, e recrutado por
concurso público de provas ou de provar e títulos.
• Lei Complementar Estadual nº 59, de 30.11.2005, Lei de Organização
da Defensoria Pública do Estado do Piauí.

Seção IV
Da Advocacia

Art. 155. O advogado é indispensável à administração da justiça


sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão,
nos limites da lei.
• Constituição Federal, art. 133.
• Lei Complementar Federal nº 80, de 12.01.1994, sobre a Defensoria
Pública da União, do Distrito Federal e sobre normas gerais para a
sua organização nos Estados.
• Lei Federal nº 8.906, de 04.07.1994, Estatuto da Advocacia e da OAB.

170
Constituição do Estado do Piauí Arts. 154 a 157

TÍTULO V
DA SEGURANÇA PÚBLICA
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais

Art. 156. A segurança pública, dever do Estado, direito e respon-


sabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
• Constituição Federal, art. 144, caput.
• Lei Federal nº 11.473, de 05.01.2007, que dispõe sobre cooperação
federativa no âmbito da segurança pública, revogando a Lei Federal
nº 10.277, de 10.09.2001.
I - Polícia Civil;
• Constituição Federal, art. 144, IV, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 37, de 09.03.2004, Estatuto da
Policia Civil do Estado do Piauí.
II - Polícia Militar;
• Constituição Federal, art. 144, V, em parte.
III - Corpo de Bombeiros Militar.
• Constituição Federal, art. 144, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 37, de 09.03.2004, sobre o Estatuto da
Policia Civil do Estado do Piauí.
Parágrafo único. A remuneração dos servidores policiais integran-
tes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do
art. 39, da Constituição Federal.
• Parágrafo único acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
Art. 157. Os Municípios poderão constituir guardas municipais
171
Constituição do Estado do Piauí
destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dis-
puser a lei.
• Constituição Federal, art. 144, § 8º, em parte.
Art. 158. A segurança pública, organizada sob a forma de sistema,
será coordenada, supervisionada e controlada pela Secretaria de Estado
correspondente, órgão encarregado da prestação dos serviços de polícia
em geral, no território do Estado.
§ 1º A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar, forças
auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se juntamente com a Polícia
Civil, ao Governador do Estado.
§ 2º O exercício da função policial é privativo do policial de car-
reira, recrutado, exclusivamente, nos termos do art. 54, II, e submetido a
curso de formação policial.

CAPÍTULO II
Da Polícia Civil

Art. 159. A Polícia Civil, dirigida por delegado de polícia de


carreira, é instituição permanente e auxiliar da função jurisdicional do
Estado, com atribuições, entre outras fixadas em lei, de exercer as funções
de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
• Constituição Federal, art. 144, IV, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 37, de 09.03.2004, Estatuto da Policia
Civil do Estado do Piauí; Lei Complementar nº 51, de 23.08.2005,
sobre a Delegacia de Defesa e Proteção dos Direitos Humanos e Re-
pressão às Condutas Discriminatórias; Lei Complementar Estadual
nº 52, de 23.08.2005, sobre a Coordenadoria de Polícia Comunitária
e Cidadania, e Lei Complementar Estadual nº 55, de 26.10.2005,
sobre o regime de subsídio para os Delegados de Polícia de Carreira
do Estado do Piauí.
§ 1º A Polícia Civil será dirigida pelo Delegado-Geral, nomeado
pelo Governador do Estado, dentre os delegados de polícia de carreira,
nos termos da lei complementar.
§ 2º O Estado criará e manterá uma academia especializada de
polícia civil, a que compete o treinamento e a reciclagem de policiais civis
de carreira.
172
Constituição do Estado do Piauí Arts. 157 a 160 - A
Art. 160. O Estatuto da Polícia Civil disporá sobre:
• Lei Complementar Estadual nº 37, de 09.03.2004, Estatuto da Policia
Civil do Estado do Piauí.
I - o ingresso na classe inicial de delegado de polícia de carreira,
mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Sec-
cional da Ordem dos Advogados do Brasil, obedecendo-se, nas nomeações,
à ordem de classificação;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
I - o ingresso na classe inicial de delegado de polícia de carreira,
mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da
Ordem dos Advogados do Brasil, obedecendo-se, nas nomeações, à
ordem de classificação.
II - REVOGADO;
• Inciso II revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• II – a isonomia salarial, assegurada aos delegados de polícia de car-
reira, nos termos da Constituição federal, arts. 135 e 241;
III - as garantias aos policiais civis e aos agentes penitenciários,
quando presos e durante o processo, de tratamento diferenciado dos pre-
sidiários comuns;
• Lei Estadual nº 5.377, de 10.02.2004, sobre carreira do pessoal peni-
tenciário do Estado do Piauí.
IV - as atribuições e a estrutura dos órgãos do Conselho de Polícia
Civil e da Corregedoria da Polícia Civil.
§ 1º O cargo de delegado de polícia constitui uma das carreiras jurí-
dicas do Poder Executivo do Estado e será estruturado em quadro próprio.
• § 1º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
§ 2º A realização de concurso de provas e títulos e o respectivo
provimento dos cargos de delegados de polícia dependerão de planejamento
do Poder Executivo e serão efetuados de acordo com as disponibilidades
orçamentárias do Estado.
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
Art. 160 - A. É vedada a vinculação ou equiparação de remune-
ração ou subsídio entre as carreiras jurídicas do Poder Executivo e entre

173
Constituição do Estado do Piauí

estas e as demais carreiras jurídicas.


• Art. 160-A acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 37, XIII, em parte.

CAPÍTULO III
DA POLÍCIA MILITAR E DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Art. 161. À Polícia Militar cabe o policiamento ostensivo e a


preservação da ordem pública; ao Corpo de Bombeiros Militar, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa
civil.
• Constituição Federal, art. 144, V, e art. 144, § 6º, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 111, de 14.06.2008, sobre a estrutura
organizacional da Polícia Militar do Piauí.
• Lei Estadual nº 5.301, de 25.06.2003, sobre prestação voluntária de
serviços na Policia Militar; Lei Estadual nº 5.378, de 10.02.2004,
sobre Código de Vencimento da Polícia Militar do Piauí; Lei Estadual
nº 5.403, de 14.07.2004, sobre Corregedoria da Policia Militar do
Piauí; Lei Estadual nº 5.457, 30.06.2005, sobre Coordenadoria de
Gerenciamento de Crises e Direitos Humanos do Piauí, na estrutura
da Policia Militar do Piauí; Lei Estadual nº 5.458, de 30.06.2005,
sobre efetivo do Corpo de Bombeiros Militar; Lei Estadual nº 5.459,
de 30.06.2005, sobre criação do Quadro de Oficiais e de Praças no
Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Piauí; Lei Estadual nº 5.460,
de 30.06.2005, sobre transferência de policiais militares para o Corpo
de Bombeiros Militar do Estado do Piauí; Lei Estadual nº 5.461, de
30.06.2005, sobre promoção de oficiais do Corpo de Bombeiros Mi-
litar do Estado do Piauí; Lei Estadual nº 5.462, de 30.06.2005, sobre
promoção de praças do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Piauí; Lei Estadual nº 5.468, de 18.07.2005, sobre criação na estrutura
organizacional da Polícia Militar do Piauí; Lei Estadual nº 5.483, de
10.08.2005, Código de Segurança contra Incêndio e Pânico no Estado
do Piauí; Lei Estadual nº 5.552, de 23.03.2006, sobre efetivo da Polícia
Militar do Piauí; Lei Estadual nº 5.646, de 12.04.2007, sobre Batalhão
de Polícia Rodoviária Estadual - BPRE, e Lei Estadual nº 5.755, de
08.05.2008, sobre Código de Vencimento da Polícia Militar do Piauí.

174
Constituição do Estado do Piauí Arts. 160-A a 163
Art. 162. Os comandos da Polícia Militar e do Corpo de Bom-
beiros Militar serão exercidos, em princípio, por oficial da ativa do último
posto da própria corporação, nomeado por ato do Governador, observada
a formação profissional para o exercício do comando.
Parágrafo único. O Comando da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar podem ser exercidos, excepcionalmente, por oficial do
Exército cujo nome tenha prévia aprovação de seu Ministério.
Art. 163. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar estão
vinculados, operacionalmente, ao sistema de segurança pública do Estado,
devendo seguir as políticas e diretrizes baixadas pela autoridade compe-
tente, na execução das atribuições que lhes são próprias.

175
Constituição do Estado do Piauí Art.164

TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO ESTADUAL
Seção I
Dos Princípios Gerais

Art. 164. O Estado e os Municípios poderão instituir os seguintes


tributos:
• Constituição Federal, art. 145, caput, em parte.
• Lei Estadual nº 5.429, de 29.12.2004, sobre o Fundo de Desenvol-
vimento e Aperfeiçoamento da Administração e Aperfeiçoamento da
Administração Tributária - FUNDAT.
I - impostos;
• Constituição Federal, art. 145, I.
II - taxas, em razão do poder de polícia ou pela utilização, efetiva
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição:
• Constituição Federal, art. 145, II.
• Lei Estadual nº 3.722, de 27.12.1979, sobre taxas estaduais.
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
• Constituição Federal, art. 145, III.
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à
administração tributária especialmente para conferir efetividade a esses
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei,
o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

177
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 145, § 1º.
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria dos impostos.
• Constituição Federal, art. 145, § 2º.
Art. 165. O Estado e os Municípios instituirão contribuição, co-
brada de seus servidores efetivos, para custeio, em benefício destes, do
regime previdenciário de que trata o art. 40 da Constituição Federal, cuja
alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de
cargos efetivos da União.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 165. O Estado e os Municípios poderão instituir contribuição,
cobrada de seus servidores, para custeio, em benefício desses, de
sistema de previdência e assistência social.
• Constituição Federal, art. 149, § 1º, em parte.
Art. 165-A. Os Municípios poderão instituir contribuição, na forma
das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, ob-
servado o disposto nos incisos I e III, do art. 150, da Constituição Federal.
• Art. 165-A e parágrafo único acrescentados pela EC Estadual nº 27,
de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 149-A, em parte.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se
refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.
• Parágrafo único acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 149, parágrafo único.

Seção II
Das Limitações do Poder de Tributar

Art. 166. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contri-


buinte, é vedado ao Estado e aos Municípios:
• Constituição Federal, art. 150, caput, em parte.
• Decreto Estadual nº 1.697, de 07.11.1973, sobre o processo administra
tivo fiscal estadual.
• De creto Federal nº 70.235, de 06.03.1972, sobre o processo admi-
nistrativo fiscal federal.

178
Constituição do Estado do Piauí Arts. 164 a 166
I - exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça;
• Constituição Federal, art. 150, I.
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encon-
trem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão da
ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
• Constituição Federal, art. 150, II.
III - cobrar tributos:
• Constituição Federal, art. 150, III.
a) em relação a fato gerador ocorrido antes do início de vigência
da lei que os houver instituído ou aumentado;
• Constituição Federal, art. 150, IIII, a.
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou;
• Constituição Federal, art. 150, IIII, b.
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publi-
cada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
• Alínea c acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 150, III, c.
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
• Constituição Federal, art. 150, IV.
V - estabelecer limitações de tráfego de pessoas ou bens, por meio
de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
• Constituição Federal, art. 150, V.
VI - instituir impostos sobre:
• Constituição Federal, art. 150, VI.
• Art. 14, da Lei Federal nº 5.172, de 25.10.1966, Código Tributário
Nacional.
• Parte da Lei Estadual nº 3.216, de 09.07.1973, sobre legislação tri-
butária do Estado do Piauí.
a) patrimônio, renda ou serviços uns dos outros;
• Constituição Federal, art. 150, VI, a.
b) templos de qualquer culto;
179
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 150, VI, b.
c) patrimônio, renda ou serviço dos partidos políticos, inclusive
suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os re-
quisitos da lei;
• Constituição Federal, art. 150, VI, c.
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
• Constituição Federal, art. 150, VI, d.
VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qual-
quer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
• Constituição Federal, art. 152, em parte.
§ 1º A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao
patrimônio, à renda e aos serviços, vinculadas às suas finalidades essenciais
ou às delas decorrentes.
• Constituição Federal, art. 150, § 2º, em parte.
§ 2º As vedações do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior não se
aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração
de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimen-
tos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
tarifas pelo usuário, nem exoneram o promitente comprador da obrigação
de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
• Constituição Federal, art. 150, § 3º, em parte.
§ 3º As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, com-
preendem somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com
as finalidades essenciais das entidades nela mencionadas.
• Constituição Federal, art. 150, § 4º, em parte.
§ 4º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam
esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
• Constituição Federal, art. 150, § 5º, em parte.
§ 5º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,
concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos,
taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica,
estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enu-
meradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do
disposto no art. 170, § 1º, g, desta Constituição.

180
Constituição do Estado do Piauí Arts. 166 a 167
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 5º Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária
ou previdenciária só poderá ser concedida através de lei específica,
estadual ou municipal.
• Constituição Federal, art. 150, § 6º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 03, de 17.03.1993.
§ 6º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária
condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição,
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador
presumido.
• § 6º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 150, § 7º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 03, de 17.03.1993.
§ 7º A vedação do inciso III, “c”, não se aplica à fixação de base de
cálculo dos impostos previstos nos arts. 168, III, e 171, I, desta constituição.
• § 7º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 150, § 1º, em parte.
§ 8º O Estado do Piauí poderá firmar convênios com os municípios,
incumbindo estes de prestar informações e coligir dados, em especial
os relacionados com o trânsito de mercadorias ou produtos, com vistas
a resguardar o efetivo ingresso de tributos estaduais nos quais tenham
participação, assim como o Estado deverá informar os dados das opera-
ções com cartões de crédito às municipalidades, para fins de fiscalização
e recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, como
disposto no art. 199 do Código Tributário Nacional.
• § 8º acrescentado pela EC Estadual nº 34, de 20.12.2011.
§ 9º A disponibilização das informações para os municípios ocor-
rerá mensalmente e de forma continuada, por meio eletrônico, contendo o
rol de todas as operações com cartões de crédito e de débito ocorridas em
seus respectivos territórios, no período do mês anterior. Deverá a relação
explicitar para cada administradora de cartões os nomes dos vendedores de
mercadorias e/ou de serviços e os valores de suas operações discriminadas.
• § 9º acrescentado pela EC Estadual nº 34, de 20.12.2011.
Art. 167. É vedado ao Estado:
• Constituição Federal, art. 151, caput, em parte.

181
Constituição do Estado do Piauí
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o seu território
ou que implique distinção ou preferência em relação a Município, em de-
trimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados
a promover o equilíbrio sócio-econômico entre as diferentes regiões do
Estado;
• Constituição Federal, art. 151, I, em parte.
II - instituir isenções de tributos da competência dos Municípios.
• Constituição Federal, art. 151, II, em parte.

Seção III
Dos Impostos do Estado

Art. 168. Compete ao Estado instituir imposto sobre:


• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 168. Compete ao Estado instituir:
• Constituição Federal, art. 155, caput, com redação dada pela EC
Federal nº 03, de 17.03.1993.
I - transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
Modificação da alínea a em inciso I.
• Constituição Federal, art. 155, I, com redação dada pela EC Federal
nº 03, de 17.03.1993.
• Lei Estadual nº 4.261, de 01.02.1989, sobre imposto de transmissão
causa mortis.
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e prestações se iniciem no exterior;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
Modificação da alínea b em inciso II.
• Constituição Federal, art. 155, II, com redação dada pela EC Federal
nº 03, de 17.03.1993.
• Lei Complementar Estadual nº 123, de 14.12.2006, sobre ICMS.
• Lei Estadual nº 3.216, de 09.06.1973, Lei Estadual nº 4.257, de
06.01.1989, Lei Estadual nº 4.819, de 29.12.1995, Lei Estadual nº

182
Constituição do Estado do Piauí Arts. 167 a 170
5.480, de 10.08.2005, Lei Estadual nº 5.622, de 28.12.2006, Lei Es-
tadual nº 5.660, e 25.06.2007 e Lei Estadual nº 5.818, de 23.12.2008
sobre ICMS.
• Decreto Estadual nº 13.500, de 23.12.2008, Regulamento do ICMS
do Estado do Piauí.
III - propriedade de veículos automotores.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
Modificação da alínea c em inciso III.
• Constituição Federal, art. 155, III, com redação dada pela EC Federal
nº 03, de 17.03.1993.
• Lei Estadual nº 5.723, de 26.12.2007, sobre IPVA.
Art. 169. A instituição do imposto previsto no inciso I, do art. 168,
desta Constituição, compete ao Estado, nas seguintes condições:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Art. 169. A instituição do imposto previsto no inciso I, a do artigo
anterior, compete ao Estado, nas seguintes condições:
• Constituição Federal, art. 155, § 1º, em parte.
• Lei Estadual nº 4.261, de 01.02.1989, sobre imposto de transmissão
causa mortis.
I - no caso de bens imóveis e respectivos direitos, desde que situa-
dos no seu território;
• Constituição Federal, art. 155, § 1º, I, em parte.
II - no caso de bens móveis, títulos e créditos, se se processar o
inventário ou arrolamento no Estado ou nele tiver domicílio o doador.
• Constituição Federal, art. 155, § 1º, II, em parte.
§ 1º Também terá competência para instituição deste imposto o
Estado, nos casos previstos no art. 155, III, da Constituição Federal, na
forma da lei complementar.
• Constituição Federal, art. 155, § 1º, III, em parte.
§ 2º O Estado não poderá estabelecer alíquotas superiores às má-
ximas, fixadas pelo Senado nos termos do art. 155, IV, da Constituição
Federal.
• Constituição Federal, art. 155, § 1º, IV, em parte.
Art. 170. O imposto previsto no inciso II, do art. 168, desta Cons-
tituição, compete ao Estado, nas seguintes condições:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

183
Constituição do Estado do Piauí
• O texto original dispunha:
Art. 170. O imposto previsto no inciso I, “b”, do art. 168, de compe-
tência do Estado, atenderá ao seguinte:
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 03, de 17.03.1993, em parte.
• Lei Estadual nº 4.257, de 06.01.1989, e Lei Estadual nº 5.818, de
23.12.2008, sobre ICMS.
I - será não cumulativo, compensando-se o que for devido, em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços, com
o montante cobrado nas anteriores pelo Piauí ou outro Estado Federado;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, I.
II - a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário
da legislação:
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, II.
a) não implicará crédito para compensação do montante devido
nas operações ou prestações seguintes;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, II, a.
b) acarretará anulação do crédito às operações anteriores;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, II, b.
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das merca-
dorias e dos serviços;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, III.
IV - em relação às operações e prestações que destinem bens e
serviços a consumidor final, localizado em outro Estado, adotar-se-á:
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, VII.
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte
do imposto;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, VII, a.
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte
dele;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, VII, b.
V - na hipótese da alínea “a”, do inciso anterior, caberá ao Estado
da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre
a alíquota interna e a interestadual;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, VIII.

184
Constituição do Estado do Piauí Art. 170
VI - incidirá também sobre:
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, IX, em parte.
a) a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pes-
soa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto,
qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no
exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou
o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
a) a entrada de bem ou mercadoria importada do exterior, ainda
quando se tratar de bem destinado a consumo ou de ativo fixo do es-
tabelecimento, assim como sobre serviço prestado no exterior, desde
que o estabelecimento destinatário da mercadoria ou do serviço esteja
localizado no Estado.
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, IX, a, com redação dada pela EC
Federal nº 33, de 11.12.2001.
b) o valor total da operação, quando as mercadorias forem for-
necidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos
Municípios.
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, IX, b.
VII - não incidirá sobre:
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, X.
a) operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre
serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção
e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e
prestações anteriores;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
a) operações que destinem ao exterior produtos industrializados,
excluídos os semi-elaborados definidos em lei complementar federal.
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, X, a, com redação dada pela EC
Federal nº 42, de 19.12.2003.
b) operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, X, b.
185
Constituição do Estado do Piauí
• Lei Federal nº 7.766, de 11.05.1989, sobre o ouro como ativo finan-
ceiro.
c) ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º, da Constituição
Federal.
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, X, c, e art. 153, § 5º.
d) nas prestações de serviços de comunicação nas modalidades
de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;
• Alínea d acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, X, d, acrescentado pela EC Federal
nº 42, de 19.12.2003.
VIII - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do
imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada
entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização, configure fato gerador dos dois impostos.
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, XI.
§ 1º Cabe a lei complementar, em consonância com a legislação
federal:
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, XII.
a) definir seus contribuintes;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, XII, a.
b) dispor sobre substituição tributária;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, XII, b.
c) disciplinar o regime de compensação de imposto;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, XII, c.
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento
responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e
das prestações de serviços;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, XII, d.
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exte-
rior, serviços e outros produtos, além dos mencionados no inciso VII, “a”;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, XII, e.
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa
para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, XII, f.

186
Constituição do Estado do Piauí Art. 170
g) regular a forma como, mediante deliberação com outros Estados,
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados;
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, XII, g.
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto
incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em
que não se aplicará o disposto no inciso VII, “b”, deste artigo;
• Alínea h acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, 2º, XII, h, acrescentado pela EC Fe-
deral nº 33, de 11.12.2001.
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a
integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.
• Alínea i acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, XII, i, acrescentado pela EC
Federal nº 33, de 11.12.2001.
§ 2º O Estado não poderá estabelecer alíquotas diferentes, aplicá-
veis às operações e prestações interestaduais e de exportação, nem infe-
riores às mínimas nem superiores às máximas, nos termos do art. 155, IV
e V, da Constituição Federal.
§ 3º Salvo deliberação em contrário, com os outros Estados fe-
derados, nos termos do art. 155, XII, “g”, da Constituição Federal, as
alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e
nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as
operações interestaduais.
• Constituição Federal, art. 155, § 2º, XII, g, em parte.
§ 4º Na hipótese do § 1º, “h”, observar-se-á o seguinte:
• § 4º e incisos acrescentados pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 4º, em parte.
I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de
petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 4º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 33, de 11.12.2001.
II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás
natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos

187
Constituição do Estado do Piauí
no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de
origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre
nas operações com as demais mercadorias;
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 4º, II, acrescentado pela EC Federal
nº 33, de 11.12.2001.
III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados,
e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo,
destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem;
• Inciso III acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 4º, III, acrescentado pela EC Federal
nº 33, de 11.12.2001.
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação
dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 1º, “g”, observando-se o
seguinte:
• Inciso IV acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 4º, IV, em parte.
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser
diferenciadas por produto;
• Alínea a acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 4º, IV, a, acrescentado pela EC Fe-
deral nº 33, de 11.12.2001.
b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou
ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o
produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre
concorrência;
• Alínea b acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 4º, IV, b, acrescentado pela EC Fe-
deral nº 33, de 11.12.2001.
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o
disposto no art. 166, III, b.
• Alínea c acrescentada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 4º, IV, c, acrescentado pela EC Fe-
deral nº 33, de 11.12.2001, em parte.
§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive
188
Constituição do Estado do Piauí Art. 170 a 171
as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas me-
diante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do § 1º, g.
• § 5º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 5º, acrescentado pela EC Federal nº
33, de 11.12.2001, em parte.
§ 6º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput do
art. 155 e o art. 153, I e II, da Constituição Federal, nenhum outro impos-
to poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de
telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.
• § 6º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 3º, acrescentado pela EC Federal
nº 33, de 11.12.2001, e antes pela EC Federal nº 03, de 17.03.1993.
Art. 170-A. O imposto previsto no inciso III, do art. 168, desta
Constituição, deve observar as seguintes condições:
• Art. 170-A e incisos acrescentados pela EC Estadual nº 27, de
17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 6º, acrescentado pela EC Federal
nº 42, de 19.12.2003.
I - terá alíquotas mínimas fixadas, de acordo com Resolução do
Senado Federal;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 6º, I.
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 155, § 6º, II.

Seção IV
Dos Impostos dos Municípios

Art. 171. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


• Constituição Federal, art. 156, caput.
• Lei Complementar Municipal nº 3.606, de 29.12.2006, Código Tribu-
tário do Município de Teresina.
I - propriedade predial e territorial urbana;
• Constituição Federal, art. 156, I.

189
Constituição do Estado do Piauí

II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de


bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imó-
veis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos para sua aquisição;
• Constituição Federal, art. 156, inciso II.
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 168,
II, definidos em lei complementar federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo
diesel.
• Constituição Federal, art. 156, III, com redação dada pela EC Federal
nº 03, 17.03.1993.
IV - REVOGADO.
• Inciso IV revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 156, IV, conforme a EC Federal nº 03, de
17.03.1993.
• O texto original dispunha:
• IV – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 168, I,
“b”, definidos em lei complementar federal.
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o
art. 190, § 4º II, desta Constituição, o imposto previsto no inciso I poderá:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 1º O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos termos
de lei municipal, de forma que assegure o cumprimento da função
social da propriedade.
• Constituição Federal, art. 156, § 1º, com redação dada pela EC
Federal nº 29, de 13.09.2000.
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 156, § 1º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 29, de 13.09.2000.
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso
do imóvel.
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

190
Constituição do Estado do Piauí Arts. 171
• Constituição Federal, art. 156, § 1º, II, acrescentado pela EC Federal
nº 29, de 13.09.2000.
§ 2º O imposto previsto no inciso II:
• Constituição Federal, art. 156, § 2º.
I - não incide sobre transmissão de bens ou direitos incorporados
ao patrimônio da pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a
transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão
ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade prepon-
derante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação
de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
• Constituição Federal, art. 156, § 2º, I.
II - compete ao Município em que esteja situado o bem.
• Constituição Federal, art. 156, § 2º, II.
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput, deste
artigo, cabe à lei complementar:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 3º O imposto previsto no inciso III não exclui a incidência de imposto
estadual previsto no art. 168, I, “b”, sobre a mesma operação.
• Constituição Federal, art. 156, § 3º.
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 156, § 3º, I, com redação dada pela EC
Federal nº 37, de 12.06.2002.
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior;
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 156, § 3º, II, com redação dada pela EC
Federal nº 37, de 12.06.2002.
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e
benefícios fiscais que serão concedidos e revogados.
• Inciso III acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 156, § 3º, III, com redação dada pela EC
Federal nº 37, de 12.06.2002.
§ 4º REVOGADO.
• § 4º revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008, de acordo com
a EC Federal nº 03, de 17.03.1993.

191
Constituição do Estado do Piauí
• O texto original dispunha:
• § 4º – Os Municípios não poderão fixar alíquotas superiores às máxi-
mas fixadas em lei complementar federal para os impostos previstos
nos incisos III e IV nem fazer incidir o imposto previsto no inciso IV,
sobre exportações de serviços para o exterior, na forma determinada
em lei complementar federal.

Seção V
Da Reparticão das Receitas Tributárias

Art. 172. Pertencem aos Municípios:


• Constituição Federal, art. 158, caput.
I - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus
territórios;
• Constituição Federal, art. 158, III.
II - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto
do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
• Constituição Federal, art. 158, IV.
§ 1º As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencio-
nadas no inciso II, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
• Constituição Federal, art. 158, parágrafo único.
I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas
operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de servi-
ços, realizados em seus territórios;
• Constituição Federal, art. 158, parágrafo único, I.
II - até um quarto, de acordo com o que dispuser a lei estadual.
• Constituição Federal, art. 158, parágrafo único, II.
§ 2º O Estado entregará aos Municípios vinte e cinco por cento dos
recursos que receber nos termos do inciso II, do art. 159 da Constituição
Federal, observados os critérios estabelecidos no parágrafo anterior.
• Constituição Federal, art. 159, II, em parte.

192
Constituição do Estado do Piauí Art. 171 a 175
Art. 173. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e
ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Municípios, neles
compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.
• Constituição Federal, art. 160.
Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede o
Estado de condicionar a entrega de recursos:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
Parágrafo único. Essa vedação não impede o Estado de condicionar
a entrega de recursos ao pagamento de seus créditos.
• Constituição Federal, art. 160, parágrafo único, com redação dada
pela EC Federal nº 29, de 13.09.2000.
I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 160, parágrafo único, I, acrescentado pela
EC Federal nº 29, de 13.09.2000.
II - ao cumprimento do disposto no art. 204, § 2º, I e II, desta
Constituição.
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 160, parágrafo único, II, acrescentado pela
EC Federal nº 29, de 13.09.2000.
Art. 174. O Tribunal de Contas do Estado efetuará o cálculo das
quotas referentes aos fundos de participação a que alude o art. 172, §§ 1º e 2º.
• Constituição Federal, art. 161, parágrafo único, em parte.
Art. 175. O Estado e os Municípios divulgarão, até o último dia
de cada mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos
tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária
entregues e por entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.
• Constituição Federal, art. 162, em parte.
Parágrafo único. Os dados divulgados pelo Estado serão discri-
minados por Município.
• Constituição Federal, art. 162, parágrafo único, em parte.

193
Constituição do Estado do Piauí

CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção I
Normas Gerais

Art. 176. Lei complementar disporá sobre:


• Constituição Federal, art. 163, caput.
I - finanças públicas;
• Constituição Federal, art. 163, I.
• Lei Federal nº 4.320, de 17.03.1964, sobre finanças públicas e or-
çamento
• Lei Complementar Estadual nº 57, de 07.11.2005, sobre o plano de
cargos e carreira da Auditoria Governamental da Controladoria do
Estado do Piauí.
II - dívida pública, incluída a das autarquias, fundações e demais
entidades controladas pelo Poder Público;
• Constituição Federal, art. 163, II.
• Lei Federal nº 8.388, de 30.12.1993, que disciplina as diretrizes para
o reescalonamento, pela União, de dívidas da administração direta e
indireta dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
• Constituição Federal, art. 163, III.
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
• Constituição Federal, art. 163, IV.
V - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades do
Estado e dos Municípios.
• Constituição Federal, art. 163, VI.
Art. 177. A Assembleia Legislativa autorizará, por lei ordinária, o
Poder Executivo a realizar contrato de prestação de serviços com instituição
bancária, destinado ao depósito e movimentação de suas disponibilidades
de caixa, atuando a entidade contratada como agente financeiro do Estado
para arrecadação e centralização de tributos estaduais, gestão da Conta
Única, repasse das cotas-partes do ICMS aos Municípios, pagamento de
servidores, pensionistas e fornecedores e outros serviços imprescindíveis
à boa Administração financeira do Estado.
194
Constituição do Estado do Piauí Arts. 176 a 178
• Redação dada pela EC Estadual nº 17, de 17.12.2001.
• O texto original dispunha:
Art. 177 - As disponibilidades de caixa do Estado, de seus órgãos,
entidades, empresas, fundações qualquer que seja a sua origem e
destinação, serão depositadas no Banco do Estado do Piauí ou, inexis-
tindo agência, em outras instituições bancárias, oficiais, ou privadas,
sucessivamente, ressalvados os casos previstos em lei.
• Constituição Federal, art. 164, § 3º, em parte.

Seção II
Dos Orçamentos

Art. 178. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


• Constituição Federal, art.165, caput.
I - o plano plurianual;
• Constituição Federal, art. 165, I.
II - as diretrizes orçamentárias;
• Constituição Federal, art. 165, II.
III - os orçamentos anuais.
• Constituição Federal, art. 165, III.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma
microrregionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública estadual para as despesas de capital e outras dela decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.
• Constituição Federal, art. 165, § 1º.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública estadual, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária
e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.
• Constituição Federal, art. 165, § 2º.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerra-
mento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
195
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 165, § 3º.
§ 4º Os planos e programas estaduais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pela Assembleia Legislativa
• Constituição Federal, art. 165, § 4º.
§ 5º A lei orçamentária compreenderá:
• Constituição Federal, art. 165, § 5º.
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público;
• Constituição Federal, art. 165, § 5º, I.
II - o orçamento de investimentos das empresas em que o Estado,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito
a voto;
• Constituição Federal, art. 165, § 5º, II.
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as enti-
dades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem
como os fundos e fundações, instituídos e mantidos pelo Poder Público.
• Constituição Federal, art. 165, § 5º, III.
• Lei Complementar Estadual nº 39, de 14.07.2004, sobre Fundo de
Previdência Social do Regime Próprio de Previdência Social dos
Servidores Públicos, Policias Militares e Bombeiros Militares, ativos
e inativos, e dos pensionistas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado
do Piauí, e Lei Complementar Estadual nº 40, de 14.07.2004, sobre o
plano de custeio do regime próprio de previdência social dos servidores
públicos, ativos e inativos, e dos pensionistas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas
do Estado do Piauí.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demons-
trativo regionalizado do efeito sobre as receitas e despesas, decorrentes de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia.
• Constituição Federal, art. 165, § 6º.
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, compatibilizados com
196
Constituição do Estado do Piauí Arts. 178 a 179
o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades
microrregionais do Estado, segundo critério populacional.
• Constituição Federal, art. 165, § 7º.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de ope-
rações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
• Constituição Federal, art. 165, § 8º.
§ 9º Sem prejuízo no disposto no “caput” deste artigo, poderá a
Comissão Permanente a que se refere o art. 179, §1º, mediante aprovação da
maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa, encaminhar ao
Poder Executivo proposta de matéria para ser inserida nos projetos de leis
dos planos plurianuais, de diretrizes orçamentárias e de orçamentos anuais.
§ 10 - Cabe à lei complementar:
• Constituição Federal, art. 165, § 9º.
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orça-
mentárias e da lei orçamentária anual;
• Constituição Federal, art. 165, § 9º, I.
II - estabelecer:
• Constituição Federal, art. 165, § 9º, II, em parte.
a) as normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta ou indireta, bem como as condições para a instituição e funciona-
mento de fundos;
b) as normas disciplinares da participação do Poder Legislativo,
como órgão público de representação popular, das entidades classistas e
das de representação social na elaboração do plano plurianual e das dire-
trizes orçamentárias;
c) as normas disciplinares da aferição de compatibilidade dos
orçamentos anuais com o plano plurianual.
Art. 179. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às dire-
trizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pela Assembleia Legislativa, na forma de seu regimento.
• Constituição Federal, art. 166, caput.

197
Constituição do Estado do Piauí
§ 1º Além das atribuições que lhe der o Regimento Interno, caberá
à Comissão de Fiscalização e Controle, de que trata o art. 69, § 1º:
• Constituição Federal, art. 166, § 1º.
I - emitir parecer sobre os projetos de lei referidos neste artigo
e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Governador do Estado;
II - exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem
prejuízo da atuação das demais Comissões da Assembleia Legislativa.
§ 2º As emendas serão apresentadas à Comissão que sobre elas
emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário da As-
sembleia Legislativa.
• Constituição Federal, art. 166, § 2º.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos pro-
jetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas nos seguintes casos:
• Constituição Federal, art. 166, § 3º.
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de dire-
trizes orçamentárias;
• Constituição Federal, art. 166, § 3º, I.
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os prove-
nientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
• Constituição Federal, art. 166, § 3º, II.
a) dotações para pessoal e seus encargos;
• Constituição Federal, art. 166, § 3º, II, a.
b) serviços da dívida;
• Constituição Federal, art.166, § 3º, II, b.
c) transferências tributárias constitucionais para Municípios.
• Constituição Federal, art.166, § 3º, II, c.
III - sejam relacionadas com:
• Constituição Federal, art.166, § 3º, III.
a) a correção de erros e omissões;
• Constituição Federal, art.166, § 3º, III, a.
b) os dispositivos do texto do projeto de lei.
• Constituição Federal, art.166, § 3º, III, b.

198
Constituição do Estado do Piauí Arts. 179 a 180
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não
poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
• Constituição Federal, art. 166, § 4º.
§ 5º O Governador do Estado poderá enviar mensagem à Assem-
bleia Legislativa para propor modificações nos projetos a que se refere
este artigo, enquanto não iniciada a votação, na Comissão, da parte cujas
alterações são propostas.
• Constituição Federal, art. 166, § 5º, em parte.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamen-
tárias e do orçamento anual serão enviados pelo Governador à Assembleia
Legislativa, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 178, §10.
• Constituição Federal, art. 166, § 6º, em parte.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que
não contrariar o disposto na presente seção, as demais normas relativas
ao processo legislativo.
• Constituição Federal, art. 166, § 7º, em parte.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição
do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
• Constituição Federal, art. 166, § 8º, em parte.
Art. 180. São vedados:
• Constituição Federal, art. 167, caput.
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orça-
mentária anual;
• Constituição Federal, art.167, I.
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas
que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
• Constituição Federal, art. 167, II.
III - a realização de operações de crédito que excedam o montante
das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos su-
plementares ou especiais com finalidades precisas, aprovados pelo Poder
Legislativo, por maioria absoluta;
• Constituição Federal, art. 167, III.

199
Constituição do Estado do Piauí
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que
se refere o art. 172 desta Constituição, a destinação de recursos para as
ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento
do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como
determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 da Constituição
Federal e art. 49, § 1º, desta Constituição, e a prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 178, § 8º,
desta Constituição, bem como as que tenham como objetivo específico o
refinanciamento da dívida pública do Estado;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Constitucional Estadual nº 04, de
08.10.1993, dispunha:
• IV - A vinculação de receita de imposto a órgão, fundo ou despesas,
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a
que se refere o art. 172, a destinação de recursos para manutenção
e desenvolvimento do ensino, como determinado pelo art. 212 da
Constituição Federal, e a prestação de garantias às operações de
crédito por antecipação de receita, prevista no art. 178, § 8º, bem
como as que tenham como objetivo específico o refinanciamento da
dívida pública do Estado.
• Constituição Federal, art. 167, IV, com redação dada pela EC Federal
nº 42, de 19.12.2003, e antes pela EC Federal nº 29, de 13.12.2000.
V - a abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia au-
torização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
Constituição Federal, art. 167, V.
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos
de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro,
sem prévia autorização legislativa;
• Constituição Federal, art. 167, VI.
VII - a concessão ou a utilização de créditos ilimitados;
• Constituição Federal, art. 167, VII.
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de
recursos dos orçamentos fiscais e da seguridade social para suprir neces-
sidades ou cobrir déficit de empresas, fundações ou fundos, inclusive dos
mencionados no art. 178, § 5º;
200
Constituição do Estado do Piauí Arts. 180 a 181
• Constituição Federal, art. 167, VIII.
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia au-
torização legislativa.
• Constituição Federal, art. 167, IX.
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de emprés-
timos, inclusive por antecipação de receita, pelo Governo Estadual e suas
instituições financeiras, para pagamento de despesa com pessoal ativo,
inativo e pensionista dos Municípios.
• Inciso X acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 167, X, acrescentado pela EC Federal nº
19, de 04.06.1998.
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou
sem lei que lhe autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
• Constituição Federal, art. 167, § 1º.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no
exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.
• Constituição Federal, art. 167, § 2º.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida
para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no
art. 75, § 3º e 4º.
• Constituição Federal, art. 167, § 3º, em parte.
Art. 181. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,
compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos
dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria
Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos,
na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, e art. 168,
da Constituição Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• Art. 181. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,
compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos

201
Constituição do Estado do Piauí
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, e do Ministério Público,
lhes serão entregues até o dia vinte de cada mês, na forma da lei
complementar a que se refere o art. 178, § 10.
• Constituição Federal, art. 168, caput, com redação dada pela EC
Federal nº 45, de 30.12.2004.
Art. 182. A despesa com pessoal ativo e inativo do Estado e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei comple-
mentar.
• Constituição Federal, art.169, caput.
• Lei Complementar Federal nº 96, de 31.05.1999.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remune-
ração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura
de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Alteração do parágrafo único e transformado em § 1º, o texto dispunha:
• Parágrafo único: A concessão de qualquer vantagem ou aumento
de remuneração, a criação de cargos ou alteração da estrutura de
carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser
feitas se houver:
• Constituição Federal, art. 169, § 1º, renumerado pela EC Federal nº
19, de 04.06.1998.
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender
às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
I - prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
• Constituição Federal, art. 169, § 1º, I.
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentá-
rias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.

202
Constituição do Estado do Piauí Arts.181 a 182
• O texto original dispunha:
II - autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalva-
das as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
• Constituição Federal, art. 169, § 1º, II.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida
neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imedia-
tamente suspensos todos os repasses de verbas estaduais aos Municípios
que não observarem os referidos limites.
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 169, § 2º, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste
artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, o
Estado e os Municípios adotarão as seguintes providências:
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 169, § 3º, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos
em comissão e funções de confiança;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 169, § 3º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
II - exoneração dos servidores não estáveis.
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 169, § 3º, II, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não
forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei
complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o
cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes espe-
cifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da
redução de pessoal.
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 169, § 4º,
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior
fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano
de serviço.
203
Constituição do Estado do Piauí
• § 5º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 169, § 5º, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores
será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função
com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
• § 6º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 169, § 6º, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
§ 7º Lei Federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas
na efetivação do disposto no § 4º.
• § 7º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 169, § 7º, acrescentado pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.

204
Constituição do Estado do Piauí Art. 182 a 184

TÍTULO VII
DA ORDEM ECONÔMICA
CAPÍTULO I
Dos Princípios gerais

Art. 183. O Estado e os Municípios, observados os princípios


relativos à ordem econômica, previstos na Constituição Federal, espe-
cialmente a valorização do trabalho humano e a livre iniciativa, atuarão
no sentido de assegurar a todos existência digna, conforme os princípios
da justiça social.
• Constituição Federal, art. 170, caput.
§ 1º O Poder Público exercerá, na forma da lei, as funções de
fiscalização, incentivo e planejamento da atividade econômica.
§ 2º A Assembleia Legislativa aprovará o Plano de Desenvol-
vimento Integrado do Estado, de iniciativa do Poder Executivo, e com
caráter plurianual.
§ 3º O plano plurianual e os programas especiais e setoriais em
execução no Estado, ou previstos nesta Constituição, serão elaborados em
consonância com o Plano de Desenvolvimento Integrado de que trata o
parágrafo anterior.
§ 4º Fica assegurado o amplo acesso da população às informações
sobre planos de desenvolvimento urbano e regional, agrícola, industrial,
projetos de infra-estrutura e transporte, bem como sobre cadastro atuali-
zado das terras públicas e a gestão dos serviços estaduais ou municipais.
Art. 184. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer ati-
vidade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos,
salvo nos casos previstos em lei.
• Constituição Federal, art. 170, parágrafo único.

205
Constituição do Estado do Piauí
Art. 185. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
exploração direta de atividade econômica do Estado ou Município só
será permitida, por meio de entidade da administração indireta, quando
necessária à satisfação de relevantes interesses coletivos, conforme defi-
nidos em lei.
• Constituição Federal, art. 173, caput, em parte.
Parágrafo único. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa
pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que ex-
plorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou
de prestação de serviços, dispondo sobre:
• Parágrafo único acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 173, § 1º.
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela
sociedade;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 173, § 1º, I.
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas,
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas
e tributárias;
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 173, § 1º, II.
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações,
observado os princípios da administração pública;
• Inciso III acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 173, § 1º, III.
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de adminis-
tração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários;
• Inciso IV acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 173, § 1º, IV.
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade
dos administradores.
• Inciso V acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 173, § 1º, V.
Art. 186. O Estado e os Municípios dispensarão às pequenas e

206
Constituição do Estado do Piauí Arts. 185 a 189
microempresas tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las
pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previ-
denciárias e creditícias.
• Constituição Federal, art. 179, em parte.
• Lei Complementar Federal nº 123, de 14.12.2006, institui Estatuto
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e Lei
Complementar Federal nº 48, de 10.12.1984, sobre micro empresa.
• Lei Estadual nº 3.997, de 11.06.1985, sobre estrutura da microempre-
sa; Lei Estadual nº 5.660, de 25.06.2007, sobre aplicação do Estatuto
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Art. 187. Como fator de desenvolvimento social e econômico, o
Estado e os Municípios promoverão e incentivarão o turismo.
• Constituição Federal, art. 180, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 99, de 14.04.2008, sobre Quadro de
Pessoal Efetivo da Secretaria de Turismo.
• Lei Estadual nº 5.436, de 03.01.2005, sobre a Piauí Turismo - PIEM-
TUR, e Lei Estadual nº 5.537, sobre Conselho Estadual de Turismo
- CET.
Art. 188. A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras
modalidades de associativismo, assim como a produção artesanal típica
regional, como formas de promoção econômica, social e cultural.
• Constituição Federal, art. 174, § 2º, em parte.
Art. 189. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente
ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a
prestação de serviços públicos.
• Constituição Federal, art. 175, caput.
Parágrafo único. As empresas concessionárias e permissionárias
de serviços públicos sujeitam-se a permanente controle e fiscalização do
Poder Público, cumprindo-lhes manter adequada execução do serviço e
plena satisfação dos direitos dos usuários.
• Constituição Federal, art. 175, parágrafo único, I.

207
Constituição do Estado do Piauí
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA

Art. 190. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo


Poder Público Municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade
e garantir o bem-estar de seus habitantes.
• Constituição Federal, art. 182, caput, em parte.
• Lei Federal nº 10.257, de 10.07.2001, o Estatuto das Cidades.
• Lei Complementar Estadual nº 99, de 14.04.2008, sobre Quadro de
Pessoal Efetivo da Secretaria das Cidades, e Lei Estadual nº 5.571,
de 24.05.2006, sobre Conselho Estadual de Desenvolvimento Urbano
- CEDUR.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório
para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da
política de desenvolvimento e de expansão urbana.
• Constituição Federal, art. 182, § 1º.
• Lei Municipal nº 3.151, de 23.12.2002, sobre o Plano Diretor do
Município de Teresina.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no
plano diretor.
• Constituição Federal, art. 182, § 2º.
§ 3º A desapropriação de imóveis urbanos será feita com prévia e
justa indenização em dinheiro.
• Constituição Federal, art. 182, § 3º.
§ 4º É facultado ao Poder Público Municipal, mediante lei espe-
cífica para área incluída no plano diretor, nos termos da lei federal, exigir
do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado
que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
• Constituição Federal, art. 182, § 4º.
I - parcelamento ou edificação compulsória;
• Constituição Federal, art. 182, § 4º, I.
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana pro-
gressivo no tempo;
• Constituição Federal, art. 182, § 4º, II.

208
Constituição do Estado do Piauí Art. 190 a 194
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida
pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com
prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
• Constituição Federal, art. 182, § 4º, III.
Art. 191. No estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao
desenvolvimento urbano, o Estado e os Municípios assegurarão:
I - a regularização e a urbanização de assentamentos e loteamentos
irregulares, preferencialmente sem remoção de moradores, mas respeitados
os direitos de proprietários ou de possuidores diretos ou indiretos;
II - a participação popular, na elaboração de planos, programas e
projetos que visem à solução de problemas urbanos;
III - a preservação das áreas de exploração agrícola e pecuária;
IV - a preservação, a proteção e a recuperação do meio ambiente
urbano e cultural;
V - a criação ou a preservação de áreas de lazer e de atividades de
caráter comunitário;
VI - a facilidade de acesso, nos edifícios e logradouros públicos e nos
veículos de transporte coletivo, às pessoas portadoras de deficiência física;
VII - a destinação de áreas para implantação de fábricas e parques
industriais, com garantia de respeito ao meio ambiente.
Parágrafo único. Nos casos do inciso I, a remoção de moradores
não se efetivará sem a prévia garantia de assentamento em local adequado.
Art. 192. O Plano Diretor estabelecerá normas sobre zoneamento,
parcelamento e loteamento, uso e ocupação do solo, construções e edifi-
cações, proteção ao meio ambiente, saneamento básico, licenciamento e
fiscalização dos parâmetros urbanísticos que adotar.
Art. 193. Os Municípios com população inferior a vinte mil ha-
bitantes serão assistidos pelo órgão ou entidades estadual competente na
elaboração das diretrizes gerais de ocupação de seu território, desde que
o hajam solicitado.
Art. 194. O Estado e os Municípios promoverão programas de
construção de moradias populares, de melhoria das condições habitacionais
e de saneamento básico.

209
Constituição do Estado do Piauí
Art. 195. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até du-
zentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente,
e sem oposição, utilizando-a para sua moradia e de sua família, adquirir-
lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano.
• Constituição Federal, art. 183, caput, em parte.
§ 1º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais
de uma vez.
• Constituição Federal, art. 183, § 1º.
§ 2º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos
ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
• Constituição Federal, art. 183, § 2º.

CAPÍTULO III
Da Política Agrícola Fundiária

Art. 196. A política agrícola será planejada e executada, na forma


da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvidos pro-
dutores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização,
de armazenamento e de transporte, levando-se em conta, especialmente:
• Constituição Federal, art. 187, caput.
• Lei Complementar Estadual nº 64, de 11.01.2006, sobre cargos em
comissão da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado do Piauí;
• Lei Estadual nº 5.591, de 26.07.2006, sobre reestruturação dos cargos
e da remuneração das carreiras de pessoal do Instituto de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Estado do Piauí - EMATER, e Lei Es-
tadual 5.762, de 12.06.2008, sobre Agência de Defesa Agropecuária
do Estado do Piauí - ADAPI.
I - os instrumentos creditícios e fiscais;
• Constituição Federal, art. 187, I.
II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia
da comercialização;
• Constituição Federal, art. 187, II.
III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
• Constituição Federal, art. 187, III.

210
Constituição do Estado do Piauí Arts. 195 a 198
IV - a assistência técnica e a extensão rural;
• Constituição Federal, art. 187, IV.
V - o seguro agrícola;
• Constituição Federal, art. 187, V.
VI - o cooperativismo;
• Constituição Federal, art. 187, VI.
VII - a eletrificação rural e a irrigação;
• Constituição Federal, art. 187, VII.
VIII - a habitação para o trabalhador rural;
• Constituição Federal, art. 187, VIII.
IX - o cadastramento geral das propriedades rurais, com a indicação
da natureza de seus produtos;
X - o ensino de técnica agropecuária nas escolas de primeiro e
segundo graus de regiões agrícolas;
XI - a instalação de escolas técnicas agrícolas regionais, em nível
do segundo grau;
XII - o assentamento de famílias de origem rural em terras públicas
ou devolutas discriminadas e em terras adquiridas especificadamente para
essa função;
XIII - a política permanente de combate às causas sociais, políticas
e econômicas das secas e enchentes e às suas decorrências.
Parágrafo único. A lei criará o cadastro de produtor rural.
Art. 197. A política agrícola e fundiária será formulada e execu-
tada, em nível estadual e municipal, nos termos do disposto na Constitui-
ção Federal, compatibilizada a ação pública nestes setores com a política
nacional de reforma agrária.
• Lei Estadual nº 5.491, de 26.08.2005, sobre Agência de Defesa Agro-
pecuária do Estado do Piauí - ADAPI.
Parágrafo único. Incluem-se no planejamento agrícola as atividades
agroindustriais, agropecuárias, pesqueiras e florestais.
Art. 198 A concessão de uso de terras públicas ou adquiridas para
assentamento conterá, além de outras que forem acertadas pelas partes,
cláusulas que exijam:

211
Constituição do Estado do Piauí
• Constituição Federal, art. 188, caput, em parte.
I - residência permanente dos beneficiários na área e exploração di-
reta da terra para cultivo ou qualquer outro tipo de atividade que atenda aos
objetivos da política agrícola, sob pena de reversão da terra ao outorgante.
II - indivisibilidade e intransferibilidade das terras, por parte dos
outorgados, a qualquer título, sem a autorização expressa e prévia do
outorgante;
III - manutenção das reservas florestais obrigatórias e observância
das restrições do uso do imóvel, nos termos da lei.
§ 1º O assentamento de família será feito em lotes nunca superiores
a cinco módulos rurais.
§ 2º As terras públicas e devolutas somente poderão ser utilizadas
para cumprimento do inciso XII do artigo anterior (do art. 196), ou ainda
para projetos de proteção ambiental, entendendo-se assim os destinados à
proteção de ecossistemas naturais, envolvendo a flora, fauna, solos, água
e atmosfera.
• Constituição Federal, art. 188, § 1º, em parte.
§ 3º A assistência técnica será gratuita para o pequeno produtor.
§ 4º A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva
e fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função
social.
Art. 199. O Estado e os Municípios desenvolverão política de com-
bate à seca e de prevenção de danos a pessoas e a bens sujeitos a enchentes.
Art. 200. A alienação ou concessão de terras públicas dependerá
de prévia autorização da Assembleia Legislativa, por maioria absoluta de
seus membros.

212
Constituição do Estado do Piauí Arts. 198 a 203

TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO I
Disposição Geral

Art. 201. A ordem social tem por base a dignidade da pessoa


humana e objetiva o bem-estar e a justiça sociais.
• Constituição Federal, art. 193.

CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
Disposição Geral

Art. 202. A seguridade social compreende um conjunto integrado


de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
• Constituição Federal, art. 194, caput.
Parágrafo único. As receitas do Estado e dos Municípios, destina-
das à seguridade social, constarão dos respectivos orçamentos.

SeçãoII
Da Saúde

Art. 203. A saúde é direito de todos e dever do Estado garantidos


mediante políticas sociais e econômicas que visem à extinção do risco de
213
Constituição do Estado do Piauí
doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações
e aos serviços destinados a sua promoção, proteção e recuperação, com
prioridade para as atividades preventivas e de vigilância e epidemiológica.
• Constituição Federal, art. 196, em parte.
• Lei Federal nº 8.080, de 19.09.1990, sobre as condições para a pro-
moção, proteção e recuperação da saúde.
• Lei Complementar Estadual nº 63, de 11.01.2006, sobre gratificação
da Secretaria de Saúde do Estado do Piauí, e Leis Complementares
Estaduais nº 100, de 29.04.2008, e nº 108, de 12.06.2008, sobre car-
reira de Médico.
Parágrafo único. O direito à saúde pressupõe:
I - condições dignas de trabalho e de renda, saneamento, moradia,
alimentação, educação, transporte e lazer;
II - respeito ao meio ambiente sadio e ao controle da poluição
ambiental;
III - opção quanto ao tamanho da prole.
Art. 204. O Estado e os Municípios integram, juntamente com a
União, a rede regionalizada e hierarquizada de ações e serviços públicos
de saúde, constituindo um sistema único, organizado de acordo com os
preceitos da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 200, caput.
§ 1º A participação popular no sistema único de saúde será assegu-
rada pela criação do conselho estadual e conselhos municipais de saúde,
composto paritariamente por órgãos públicos, entidades representativas
do setor, reconhecidos por lei, e representantes dos beneficiários do siste-
ma de saúde do Estado e dos Municípios, com poder deliberativo e sob a
coordenação das secretarias de saúde estadual e municipais.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Alteração do parágrafo único e transformado em § 1º, o texto dis-
punha:
• Parágrafo único - A participação popular no sistema único de saú-
de será assegurada pela criação do conselho estadual e municipal
de saúde, composto paritariamente por órgãos públicos, entidades
representativas do setor, reconhecidos por lei, e representantes dos
beneficiários do sistema de saúde do Estado e dos Municípios, com
poder deliberativo e sob a coordenação das secretarias de saúde
estadual e municipais.
• Constituição Federal, art. 198.

214
Constituição do Estado do Piauí Art.203 a 204
§ 2º O Estado e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e
serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de
percentuais calculados sobre:
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 198, § 2º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 29, de 13.09.2009.
I - no caso do Estado, o produto da arrecadação dos impostos a
que se refere o art. 155, e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, I,
“a”, e inciso II, da Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem
transferidas aos Municípios;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 198, § 2º, II, com redação dada pela EC
Federal nº 29, de 13.09.2009.
II - no caso dos Municípios, o produto da arrecadação dos impostos
a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159,
I, b e § 3º, da Constituição Federal.
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 198, § 2º, III, com redação dada pela EC
Federal nº 29, de 13.09.2009.
§ 3º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir
agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio
de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de
suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação.
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 198, § 4º, acrescentado pela EC Federal
nº 51, de 14.06.2006.
§ 4º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art.
169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes
às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias
poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos especí-
ficos, fixados em lei, para o seu exercício.
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 198, § 6º, acrescentado pela EC Federal
nº 51, de 14.06.2006.
§ 5º O regime jurídico, o piso salarial profissional, as diretrizes
para os Planos de Carreiras e a regulamentação das atividades de agente
comunitário de saúde e agente de combate às endemias, de competência
da União, vão ter fixadas suas especificidades em leis municipais.”
• § 5º acrescentado pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.

215
Constituição do Estado do Piauí
Art. 205. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
• Constituição Federal, art. 199, caput.
• Lei Estadual nº 5.399, de 08.07.2004, sobre lista referencial de hono-
rários médicos no Estado do Piauí.
Parágrafo único. As instituições privadas poderão participar, de
forma complementar, do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste,
mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
• Constituição Federal, art. 199, § 1º.
• Lei Federal nº 10.185, de 12.02.2001, que dispõe sobre especialização
da sociedade seguradoras em planos privados de assistência à saúde.
Art. 206. O Estado proverá com recursos humanos e materiais
os órgãos públicos ligados à prevenção, à fiscalização do uso de drogas
e entorpecentes e à recuperação de dependentes, bem como poderá des-
tinar recursos às entidades privadas de natureza filantrópica que tenham
idênticas finalidades.
• Constituição Federal, art. 200, III, em parte.
Parágrafo único. É vedada a destinação de recursos públicos às
instituições privadas com fins lucrativos.
• Constituição Federal, art. 200, § 2º, em parte.
Art. 207. O sistema estadual de saúde promoverá:
I - o desenvolvimento de novas tecnologias e a produção de medi-
camentos, matérias-primas, insumos imunobiológicos, com preferência a
laboratórios oficiais do Estado, incluindo-se práticas médicas alternativas
de diagnósticos e terapêuticas, a homeopatia, a acupuntura e a fitoterapia;
• Constituição Federal, art. 200, V, em parte.
II - a regulamentação de todo o percurso de sangue, coleta, pro-
cessamento, estocagem, tipagem, sorologia, distribuição, transporte,
descarte, indicação e transfusão, bem como sua procedência e qualidade
ou componente destinado à industrialização, seu processamento, guarda,
distribuição e aplicação;
III - a elaboração e atualização do plano estadual de alimentação e
nutrição, em termos de prioridades estratégicas regionais, em consonância
com o plano nacional respectivo;
• Constituição Federal, art. 200, VI.

216
Constituição do Estado do Piauí Arts. 205 a 210
IV - a ação de vigilância sanitária e de epidemias e, as de saúde do
trabalhador, participando de forma supletiva do controle do meio ambiente
e das ações de saneamento básico;
• Constituição Federal, art. 200, II, em parte.
V - a fiscalização e a inspeção, dentro de rigorosos padrões técnicos,
dos serviços de saúde pública e privada, principalmente os que manipu-
lam ou utilizam substâncias e produtos psicoativos, tóxicos, ionizantes e
radioativos, visando assegurar a proteção do trabalhador no exercício de
sua atividade e aos usuários desses serviços;
• Constituição Federal, art. 200, VII, em parte.
VI - a execução das ações de saúde de nível mais complexo que
extrapolem a capacidade e competência dos Municípios, pela manutenção
de hospitais, laboratórios e hemocentros, além das estruturas administra-
tivas e técnicas de apoio em âmbito regional;
VII - a fiscalização e a normatização de um sistema de verificação
de óbitos, regulando, inclusive, o procedimento de agentes e empresas
funerárias.
Art. 208. A assistência farmacêutica, privativa de profissional
habilitado, integra o sistema estadual de saúde, ao qual cabe garantir o
acesso da população aos medicamentos básicos e controlar os postos de
manipulação, doação e venda de medicamentos, drogas e insumos farma-
cêuticos destinados ao uso humano.
Art. 209. O Estado e os Municípios promoverão campanhas de
saúde pública ou de combate às doenças endêmicas, independentemente do
pagamento de taxa ou contribuição pelos benefícios diretos ou potenciais.
• Constituição Federal, art. 200, II, em parte.

Seção III
Da Previdência e Assistência Social

Art. 210. O Estado garante a previdência social a seus servidores,


nos termos da Constituição Federal.
• Lei Complementar Estadual nº 39, de 14.07.2004, sobre Fundo de
Previdência Social do Regime Próprio de Previdência Social dos
Servidores Públicos, Policias Militares e Bombeiros Militares, ativos
e inativos, e dos pensionistas dos Poderes Legislativo, Executivo e

217
Constituição do Estado do Piauí
Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado
do Piauí, e Lei Complementar Estadual nº 40, de 14.07.2004, sobre
plano de custeio do regime próprio de previdência social dos servidores
públicos, ativos e inativos, e dos pensionistas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas
do Estado do Piauí.
• Lei Estadual nº 2.742, de 31.01.1966, sobre Instituto de Assistência e
Previdência do Estado do Piauí - IAPEP.
Parágrafo único. Para efeito de aposentadoria, é assegurada a
contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e
na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes
de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios
estabelecidos em lei.
• Parágrafo único acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 201, § 9º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 20, de 15.12.1998.
Art. 211. REVOGADO.
• Art. 211 revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• Art. 211 – O Estado e os Municípios poderão instituir planos e pro-
gramas, isolados ou conjuntos, de previdência e assistência social
para seus servidores, com base em contribuições e esse fim destinadas.
Art. 212. REVOGADO.
• Art. 212 revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• Art. 212 – É assegurado o reajustamento dos benefícios para ga-
rantir–lhes o valor real, em caráter permanente, conforme critério
definido em lei.
Art. 213. REVOGADO.
• Art. 213 revogado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• Art. 213 – A concessão de pensões especiais é regulada em lei com-
plementar, que estabelecerá as condições de sua outorga pelo Poder
Público estadual e municipal.
Art. 214. O Estado e os Municípios prestarão assistência social,
a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade
social, obedecidos os princípios e normas da Constituição federais.
218
Constituição do Estado do Piauí Arts. 210 a 216
• Constituição Federal, art. 203, caput, em parte.
• Lei Federal nº 8.743, de 09.12.1993, Lei Orgânica de Assistência So-
cial, e Decreto Federal nº 1.744, de 08.12.1995, regulamentando à lei.
• Lei Complementar Estadual nº 53, de 29.09.2005, sobre criação
do Quadro de Pessoal Efetivo da Secretaria de Assistência Social e
Cidadania - SASC.
Parágrafo único. A participação popular na formulação da política
e no controle das ações de assistência social será assegurada, nos termos da
lei, por meio de organizações representativas da sociedade, que formarão
o Conselho Estadual de Assistência Social, paritário e consultivo.
• Constituição Federal, art. 204, II, em parte.
Art. 215. O Estado estabelecerá meios para a manutenção e a
sobrevivência dos órgãos públicos que garantam assistência a pessoas
portadoras de deficiência física, ou sensorial ou mental.
§ 1º Serão criados mecanismos, mediante incentivos fiscais, que
estimulem as empresas a absorver a mão-de-obra de pessoas portadoras
de deficiência.
§ 2º Será implantado o Sistema Braille em estabelecimentos da
rede oficial de ensino, em cidade-pólo regional, de modo que se atendam as
necessidades educacionais e sociais das pessoas portadoras de deficiência
visual.
§ 3º Será promovida a divulgação do processo de linguagem mímica
nas escolas de ensino fundamental e médio, a fim de facilitar a comunicação
entre a comunidade e os deficientes de fala e audição.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
• § 3º Será promovida a divulgação do processo de linguagem mímica
nas escolas de 1º e 2º graus, a fim de facilitar a comunicação entre a
comunidade e os deficientes da fala e da audição.
• Constituição Federal, art. 208, I e II, em parte.

CAPÍTULO III
Da Educação

Art. 216. A educação, direito de todos e dever do Estado e da


família, é promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visan-

219
Constituição do Estado do Piauí

do-se ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício


consciente da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
• Constituição Federal, art. 205.
• Lei Federal nº 9.394, de 20.12.1996, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional.
• Lei Complementar Estadual nº 71, de 26.07.2006, sobre Estatuto dos
Trabalhadores em Educação Básica do Estado do Piauí.
• Lei Estadual nº 5.433, de 29.12.2004, sobre Programa Educacional
de Resistência às Drogas e à Violência no Estado do Piauí; Lei Esta-
dual nº 5.589, de 26.07.2006, sobre remuneração dos Trabalhadores
em Educação Básica do Estado do Piauí, e Lei Estadual nº 5.708,
de 18.12.2007, sobre Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação -
Conselho Estadual do FUNDEB.
Art. 217. O ensino é ministrado com base nos seguintes princípios:
• Constituição Federal, art. 206, caput.
I - igualdade de condições para o acesso à escola e a perma-
nência nela;
• Constituição Federal, art. 206, I.
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensa-
mento, a arte e o saber;
• Constituição Federal, art. 206, II.
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexis-
tência de instituições públicas e privadas de ensino;
• Constituição Federal, art. 206, III.
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
• Constituição Federal, art. 206, IV.
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos,
na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por con-
curso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto anterior, redigido pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999,
dispunha:
• V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da
lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial
profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas
e títulos.

220
do Piauí
Constituição do Estado Arts. 216 a 217
• Constituição Federal, art. 206, V.
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
• Constituição Federal, art. 206, VI.
VII - garantia de padrão de qualidade;
• Constituição Federal, art. 206, VII.
VIII - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17
(dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para
todos os que a ela não tiverem acesso na idade própria;
• Redação dada pela EC Estadual nº 41. de 10.09.2013
• O texto original dispunha:
• VIII - ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive para os que
a ele não tiveram acesso na idade própria;
IX - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando;
X - atendimento educacional especializado aos portadores de de-
ficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
XI - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de
programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimen-
tação e assistência à saúde;
XII - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao
ensino médio.
XIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação
básica, por meio de programas suplementares de material didático, escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde”.
• Inciso XIII acrescentado pela EC Estadual nº 41. de 10.09.2013
§ 1º O Estado promoverá a educação dos presos, através de cursos
de alfabetização e técnico-profissionalizantes.
§ 2º Compete ao Estado e aos Municípios executar chamada esco-
lar anual dos alunos do ensino fundamental, nas escolas de sua jurisdição,
promovendo, junto aos pais ou responsáveis, entidades de classe, e ao
próprio corpo discente, campanhas contra a evasão e a repetência escolares.
§ 3º A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores conside-
rados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a
elaboração ou adequação de seus planos de carreiras, no âmbito do Estado
e dos Municípios.
221
Constituição do Estado do Piauí
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 206, parágrafo único, com redação dada
pela EC Federal nº 53, de 19.12.2006.
• Lei Complementar Estadual nº 71, de 26.07.2006, sobre Estatuto e
o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos dos Trabalhadores em
Educação Básica do Estado do Piauí.
Art. 218. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá
disciplina dos horários normais das escolas.
• Constituição Federal, art. 210, § 1º, em parte.
Art. 219. A lei garantirá participação da população, por meio de
organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das
ações do sistema educacional do Estado, em todos os níveis.
Art. 220. Os órgãos normativos e consultivos de caráter permanen-
te do sistema educacional terão seus membros indicados pelo Governador
do Estado, que os recrutará nas entidades representativas do magistério,
dos pais e dos estudantes, submetendo-os à aprovação da Assembleia
Legislativa.
Art. 221. O Poder Público estimulará a formação de nível superior
dos professores do ensino estadual e municipal.
Parágrafo único. O Estado prestará assistência técnica e pedagó-
gica aos Municípios, visando à realização do plano de educação estadual.
Art. 222. O Poder Público assegurará o provimento de vagas
em número suficiente para atender à demanda do ensino fundamental, de
natureza obrigatório e gratuito.
Parágrafo único. O não oferecimento do ensino fundamental gratui-
to pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa em responsabilidade
da autoridade competente.
Art. 223. O Estado e seus Municípios aplicarão, anualmente, 30%
(trinta por cento), no mínimo, da receita resultante de impostos, compreen-
dida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do
ensino, permitida a utilização de até 5% (cinco por cento) desse montante
na capacitação, qualificação e requalificação profissional e de mão-de-obra.
• Redação dada pela EC Estadual nº 13, de 21 de dezembro de 2000.
• O texto original dispunha:
• Art. 223 - O Estado e seus Municípios aplicarão, anualmente, trinta
222

Constituição do Estado do Piauí Arts. 217 a 225
por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento
do ensino.
• Constituição Federal, art. 212, caput, em parte.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pelo Estado
aos Municípios não é considerada para efeito do cálculo da receita estadual
prevista neste artigo.
§ 2º Setenta por cento dos recursos previstos neste artigo serão
destinados ao atendimento das necessidades do ensino fundamental.
• Redação dada pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• O texto original dispunha:
§ 2º Setenta por cento dos recursos previstos neste artigo serão desti-
nados ao atendimento das necessidades do ensino de primeiro grau.
• Constituição Federal, art. 208, I, em parte.
Art. 224. O Estado distribuirá os recursos remanescentes do artigo
anterior do seguinte modo:
I - vinte e cinco por cento das receitas destinados à Secretaria de
Estado da Educação;
II - cinco por cento das receitas destinados a instituições de ensino
superior mantidas pelo Estado.
Art. 225. Os recursos públicos serão destinados às escolas pú-
blicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionárias ou
filantrópicas, definidas em lei, que:
• Constituição Federal, art. 213, caput.
I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes
financeiros em educação;
• Constituição Federal, art. 213, I.
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola co-
munitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de
encerramento de suas atividades.
• Constituição Federal, art. 213, inciso II.
Parágrafo único. Os recursos de que trata este artigo poderão ser
destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma
da lei, aos que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta
de vagas e de cursos regulares da rede pública na localidade da residência
223
Constituição do Estado do Piauí
do estudante, ficando o Poder Público obrigado a investir, prioritariamente,
na expansão de escolas da comunidade.
• Constituição Federal, art. 213, § 1º, em parte.
Art. 226. A lei estabelecerá o plano estadual de educação, de du-
ração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino
em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que
conduzam:
• Constituição Federal, art. 214, caput.
I - à erradicação do analfabetismo;
• Constituição Federal, art. 214, I.
II - à universalização do atendimento escolar;
• Constituição Federal, art. 214, II.
III - à melhoria da qualidade do ensino;
• Constituição Federal, art. 214, III.
IV - ao conhecimento da realidade piauiense, através de sua lite-
ratura, história e geografia;
V - à preparação do educando para o exercício da cidadania.
§ 1º Será obrigatório, nas escolas públicas e particulares, o ensino
de literatura piauiense e a promoção, no âmbito de disciplina pertinente,
do aprendizado de meio ambiente, saúde, ética, educação sexual, direito
do consumidor, pluralidade cultural e legislação de trânsito.
• Alteração feita pela EC Estadual nº 09, de 17.12.1999, que transformou
o parágrafo único em § 1º.
• O texto original dispunha:
• Parágrafo único - Será obrigatório, nas escolas públicas e particula-
res, o ensino de literatura piauiense e de noção de trânsito e de meio
ambiente.
§ 2º Compete à Secretaria de Educação do Estado do Piauí, fazer
constar dos programas de ensino fundamental e médio, direcionamento e
de limitação quanto (delimitação quanto aos) conhecimentos teóricos dos
temas referidos no parágrafo anterior, na forma da lei.
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 09, de 17.12.1999.
§ 3º A lei estabelecerá o plano estadual de educação, de duração
decenal, com objetivo de articular o sistema nacional de educação em

224
Constituição do Estado do Piauí Arts. 225 a 228.-A
regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias
de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do
ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações
integradas dos poderes públicos do Estado e dos Municípios.
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 41. de 10.09.2013
§ 4º Deve ser estabelecida meta de aplicação de recursos públicos
em educação como proporção do produto interno bruto.
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 41. de 10.09.2013
Art. 227. Os professores e os pais de alunos de instituições privadas
de ensino terão acesso aos cálculos e planilhas de custos que informem o
valor da anuidade.
Art. 228. As universidades gozam de autonomia didático-científica
e administrativa, incluída a gestão financeira e patrimonial, observado o
princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
• Constituição Federal, art. 207, caput.
• Lei Complementar Estadual nº 61, de 20.12.2005, Lei Complementar nº
86, de 01.08.2007, e Lei Complementar Estadual nº 89, de 22.10.2007,
todas sobre Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração do Magistério
Superior da Universidade Estadual do Piauí - UESPI.
Art. 228-A. O Estado e os Municípios organizarão em regime de
colaboração seus sistemas de ensino, inclusive com a participação da União.
• Art. 228-A e parágrafos acrescentados pela EC Estadual nº 27, de
17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 211, caput, em parte.
§ 1º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental
e na educação infantil.
• § 1º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 211, § 2º, com redação dada pela EC Federal
nº 14, de 12.09.1996.
§ 2º O Estado atuará prioritariamente no ensino fundamental e
médio.
• § 2º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 211, § 3º, com redação dada pela EC Federal
nº 14, de 12.09.1996.
§ 3º Na organização de seu sistema de ensino, o Estado e os Mu-
nicípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a univer-
225
Constituição do Estado do Piauí
salização do ensino obrigatório.
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 211, § 4º, com redação dada pela EC Federal
nº 14, de 12.09.1996.
§ 4º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino
regular.
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 211, § 5º, com redação dada pela EC Federal
nº 14, de 12.09.1996.
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de fi-
nanciamento a cota estadual da contribuição social do salário-educação,
proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica
na rede pública de ensino.
• § 5º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 212, § 5º, com redação dada pela EC Fe-
deral nº 14, de 12.09.1996.
§ 6º Na organização de seus sistemas de ensino, o Estado e os
Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a uni-
versalização do ensino obrigatório.
• § 6º acrescentado pela EC Estadual nº 41. de 10.09.2013
§ 7º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a
universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos
do plano nacional de educação.
• § 7º acrescentado pela EC Estadual nº 41. de 10.09.2013

CAPÍTULO IV
DA CULTURA E DO DESPORTO

Seção I
Da Cultura

Art. 229. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos


culturais e o acesso às fontes da cultura nacional e apoiará e incentivará a
valorização e a difusão das manifestações culturais estaduais.

226
Constituição do Estado do Piauí Arts.228-A a 229
• Constituição Federal, art. 215, caput, em parte.
• Lei Federal nº 11.176, de 06.09.2005, que estabelece o dia 13 de
dezembro como o “Dia Nacional do Forró”.
• Lei Complementar Estadual nº 31, de 17.07.2003, sobre criação da
Fundação de Cultura do Piauí - FUNDAC;
• Lei Estadual nº 5.311, de 17.07.2003, sobre Memorial Zumbi dos
Palmares.
§ 1º As manifestações das culturas populares terão proteção espe-
cial do Estado e dos Municípios.
• Constituição Federal, art. 215, § 1º, em parte.
§ 2º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promo-
verá e protegerá o patrimônio cultural, por meio de inventários, registros,
vigilância, tombamento, desapropriação e de outras formas de acautela-
mento e preservação.
• Constituição Federal, art. 215, § 1º.
• Lei Estadual nº 5.355, de 11.12.2003, sobre Núcleo de Microfilmagem
e digitalização do Arquivo Público do Estado.
§ 3º A lei estabelecerá plano estadual de cultura, de duração plu-
rianual, visando ao desenvolvimento cultural do Estado e à integração das
ações do poder público que conduzem à:
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 215, § 3º, acrescentado pela EC Federal
nº 48, de 10.08.2005.
I - defesa e valorização do patrimônio cultural piauiense;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 215, § 3º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 48, de 10.08.2005.
II - produção, promoção e difusão de bens culturais;
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 215, § 3º, II, acrescentado pela EC Federal
nº 48, de 10.08.2005.
III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em
suas múltiplas dimensões;
• Inciso III acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 215, § 3º, III, acrescentado pela EC Federal
nº 48, de 10.08.2005.
IV - democratização do acesso aos bens de cultura;
227
Constituição do Estado do Piauí
• Inciso IV acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 215, § 3º, IV, acrescentado pela EC Federal
nº 48, de 10.08.2005.
V - valorização da diversidade étnica e regional.
• Inciso V acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 215, § 3º, V, acrescentado pela EC Federal
nº 48, de 10.08.2005.
§ 4º É facultado ao Estado vincular fundo estadual de fomento à
cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para
o financiamento de programas e projetos culturais, vedada a aplicação
desses recursos no pagamento de:
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 216, § 6º, acrescentado pela EC Federal
nº 42, de 19.12.2003.
I - despesas com pessoal e encargos sociais;
• Inciso I acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 216, § 6º, I, acrescentado pela EC Federal
nº 42, de 19.12.2003.
II - serviços da dívida;
• Inciso II acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 216, § 6º, II, acrescentado pela EC Federal
nº 42, de 19.12.2003.
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente
aos investimentos e ações apoiadas.
• Inciso III acrescentado pela EC Estadual nº 27, de 17.12.2008.
• Constituição Federal, art. 216, § 6º, III, acrescentado pela EC Federal
nº 42, de 19.12.2003.
Art. 230. Os colegiados normativos e consultivos de caráter
permanente que participem das decisões do Poder Público Estadual sobre
cultura terão seus membros indicados da seguinte forma:
a) um terço pelo Poder Executivo;
b) um terço pelo Poder Legislativo;
c) um terço pelas entidades representativas dos produtores culturais.
“Art. 230-A. O Sistema Estadual de Cultura, organizado em regi-
228
Constituição do Estado do Piauí Arts. 229 a 230-A
me de colaboração, de forma descentralizada e participativa, institui um
processo de gestão e promoção conjunta de políticas públicas de cultura,
democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a
sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimento humano, social
e econômico com pleno exercício dos direitos culturais.
• Art. 230-A, Acrescentado pela EC Estadual nº 41. de 10.09.2013
§ 1º O Sistema Estadual de Cultura fundamenta-se na política
nacional de cultura e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano Estadual
de Cultura, e rege-se pelos seguintes princípios:
I - diversidade das expressões culturais;
II - universalização do acesso aos bens e serviços culturais;
III - fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e
bens culturais;
IV - cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e
privados atuantes na área cultural;
V - integração e interação na execução das políticas, programas,
projetos e ações desenvolvidas;
VI - complementaridade nos papéis dos agentes culturais;
VII - transversalidade das políticas culturais;
VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da socie-
dade civil;
IX - transparência e compartilhamento das informações;
X - democratização dos processos decisórios com participação e
controle social;
XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos
e das ações;
XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos
públicos para a cultura.
• § 1º e incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII,
Acrescentados pela EC Estadual nº 41. de 10.09.2013
§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Estadual de Cultura:

229
Constituição do Estado do Piauí
I - órgãos gestores da cultura;
II - conselhos de política cultural;
III - conferências de cultura;
IV - comissões intergestores;
V - planos de cultura;
VI - sistemas de financiamento à cultura;
VII - sistemas de informações e indicadores culturais;
VIII - programas de formação na área da cultura; e
IX - sistemas setoriais de cultura.
• § 2º e incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, Acrescentados
pela EC Estadual nº 41. de 10.09.2013
§ 3º Lei estadual disporá sobre a regulamentação do Sistema Es-
tadual de Cultura, bem como de sua articulação com os demais sistemas
nacionais ou políticas setoriais de governo.
• § 3º acrescentado pela EC Estadual nº 41. de 10.09.2013
§ 4º Os Municípios organizarão seus respectivos sistemas de cultura
em leis próprias.”
• § 4º acrescentado pela EC Estadual nº 41. de 10.09.2013

Seção II
Do Desporto

Art. 231. É dever do Estado fomentar práticas desportivas for-


mais e não formais, nas modalidades de educação física, desporto, lazer,
recreação, como direito de todos, observados:
• Constituição Federal, art. 217, caput, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 29, de 17.07.2003, sobre Funda
ção dos Esportes do Piauí - FUNDESPI.
• Lei Estadual nº 5.362, de 29.12.2002, sobre Conselho Estadual de
Esportes do Piauí - CEEPI, e Lei Estadual nº 5.315, de 23.07.2003,
sobre Fundo de Incentivo ao Esporte e Lazer do Estado do Piauí - FIEL.
I - a autonomia das entidades desportivas e associações, quanto à
organização e ao funcionamento;
230
Constituição do Estado do Piauí Arts. 230-A a 234
• Constituição Federal, art. 217, I.
II - a destinação de recursos públicos para promoção do desporto
educacional;
• Constituição Federal, art. 217, II.
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não
profissional;
• Constituição Federal, art. 217, III.
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de
caráter estadual.
• Constituição Federal, art. 217, IV.
Art. 232. O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina
e às competições desportivas após se esgotarem as instâncias da justiça
desportiva, atribuindo-se à justiça especializada o prazo máximo de ses-
senta dias, contados da instauração do processo para proferir decisão final.
• Constituição Federal, art. 217, §§ 1º e 2º.
Art. 233. O Poder Público incentivará o lazer como forma de
promoção social.
• Constituição Federal, art. 217, §

CAPÍTULO V
Da Ciência e Tecnologia

Art. 234. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento


científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas.
• Constituição Federal, art. 218.
• Lei Complementar Estadual nº 99, de 14.04.2008, sobre Quadro de
Pessoal Efetivo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Tec-
nológico das Cidades.
• Lei Estadual nº 5.571, de 24.05.2006, sobre Conselho Estadual de
Desenvolvimento Urbano - CEDUR, e Lei Estadual nº 5.310, de
17.07.2003, sobre Fundo de Informática do Piauí.
Parágrafo único. Será garantida a prioridade para a pesquisa bá-
sica e a tecnológica nas áreas indicadas pelo Plano Estadual de Ciência e
Tecnologia, elaborado, plurianualmente, pelo Poder Executivo.
231
Constituição do Estado do Piauí
Art. 235. O Estado destinará até 1% (um por cento) de sua receita
corrente líquida ao desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica,
através de fundação pública a ser criada.
• Redação dada pela EC Estadual nº 25, de 14 de dezembro de 2007.
• O texto original dispunha:
• Art. 235 - O Estado destinará o mínimo de um por cento de sua receita
orçamentária ao desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica,
através de fundação pública a ser criada.
• Constituição Federal, art. 218, § 5º, em parte.
Parágrafo único. A lei de criação da fundação observará:
I - a despesa com a administração da fundação, inclusive de pes-
soal e de custeio, não poderá ultrapassar a cinco por cento de sua receita;
II - à fundação será vedado executar diretamente qualquer projeto
de pesquisa, funcionando apenas como órgão financeiro;
III - será garantida a participação não remunerada de representantes
do meio científico e empresarial no conselho superior da fundação.

CAPÍTULO VI
Da Comunicação Social

Art. 236. É livre, sob qualquer forma, processo ou veículo, a mani-


festação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, observado
o disposto na Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 220, em parte.
• Lei Complementar Estadual nº 46, de 19.05.2005, sobre Fundação
Rádio e Televisão Deputado Reis da Silveira.
Parágrafo único. É vedada a destinação de recursos públicos a
instituição privada de comunicação, na forma de investimento, auxílio
ou subvenção.

232
Constituição do Estado do Piauí Arts. 235 a 237
CAPÍTULO VII
Do Meio Ambiente

Art. 237. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente


equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo
e preservá-lo, de harmonizá-lo, racionalmente, com as necessidades do
desenvolvimento sócio-econômico para as presentes e futuras gerações.
• Constituição Federal, art. 225, caput.
• Lei Federal nº 4.771, de 15.09.1965, Código Florestal; Lei Federal
nº 5.197, de 03.01.1967, Código de Caça; Decreto-lei nº 221, de
28.02.1967, Código de Pesca.
• Lei Complementar Estadual nº 73, de 01.08.2006, sobre criação do
Quadro Pessoal Efetivo da Coordenadoria de Comunicação do Estado
do Piauí - CCOM; Lei Complementar Estadual nº 79, de 15.12.2006,
sobre criação do Quadro de Pessoal Efetivo da Secretaria de Meio
Ambiente e Recursos Naturais, e cargo de Agente Superior de Serviços;
e Lei Complementar Estadual nº 81, de 29.12.2006, sobre criação do
Quadro de Pessoal Efetivo da fundação Rádio e Televisão Educativa
do Piauí.
• Lei Estadual nº 5.481, de 10.08.2005, sobre Agente Superior de Servi-
ços, Especialidade Fiscal Ambiental, na Secretaria do Meio Ambiente
e Recursos Naturais - SEMAR.
§ 1º Para assegurar a afetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público:
• Constituição Federal, art. 225, § 1º.
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover
o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
• Constituição Federal, art. 225, § 1º, I.
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético
do Estado e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e à manipulação
de material genético;
• Constituição Federal, art. 225, § 1º, II.
III - definir, supletivamente à União, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a
supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização
233
Constituição do Estado do Piauí
que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
• Constituição Federal, art. 225, § 1º, III.
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
• Constituição Federal, art. 225, § 1º, IV.
V - fazer cumprir as ações compensatórias indicadas no estudo de
impacto ambiental a que se refere o inciso anterior, compatíveis com o
restabelecimento do equilíbrio ecológico;
VI - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técni-
cas, métodos e substâncias que comportem riscos para a vida, a qualidade
de vida e o meio ambiente;
• Constituição Federal, art. 225, § 1º, V.
VII - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino
e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
• Constituição Federal, art. 225, § 1º, VI.
VIII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de
espécies ou submetam os animais a crueldade.
• Constituição Federal, art. 225, § 1º, VII.
§ 2º Aquele que explore recursos minerais fica obrigado a recuperar
o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo
órgão público competente, na forma da lei.
• Constituição Federal, art. 225, § 2º.
• Lei Estadual nº 5.727, de 14.01.2008, sobre Fundo de Apoio à Pesquisa
e Exploração Mineral do Piauí.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções
penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os
danos causados.
• Constituição Federal, art. 225, § 3º.
§ 4º Considerar-se-á infrator, nos termos do parágrafo anterior,
o cartório que proceder à lavratura de qualquer tipo de escritura ou pro-
mover registro de imóvel de terras devolutas ou arrecadadas pelo Estado
e que integram áreas de proteção ambiental, de interesse ecológico ou de
proteção dos ecossistemas naturais.
• Constituição Federal, art. 225, § 5º.

234
Constituição do Estado do Piauí Art.237
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelo
Estado, por ações discriminatórias necessárias à proteção dos ecossistemas
naturais.
§ 6º A promoção do gerenciamento integrado dos recursos hídri-
cos, diretamente ou mediante permissão de uso, com base nos seguintes
princípios:
a) adoção das áreas das bacias e sub-bacias hidrográficas como
unidade de planejamento e execução de planos, programas e projetos;
b) unidade na administração da quantidade e da qualidade das
águas;
c) compatibilização entre os usos múltiplos, efetivos e potenciais
dos recursos hídricos;
d) participação popular no gerenciamento e obrigatoriedade de
contribuição para recuperação e manutenção da qualidade da água em
função do tipo e da intensidade do uso;
e) ênfase no desenvolvimento e no emprego de métodos e critérios
de avaliação da qualidade das águas.
§ 7º São áreas de preservação permanente:
I - os manguezais;
II - as nascentes dos rios;
III - as áreas deltáticas;
IV - as ilhas marítimas, fluviais e lacustres;
V - SUPRIMIDO
• Inciso V suprimido pela EC Estadual nº 14, de 19.06.2001.
• O texto original dispunha:
V - os carnaubais, babaçuais, pequizais e buritizais.
§ 8º As aroeiras, faveiras, paus d´arcos e cedros terão proteção
especial do Poder Público e a utilização dessas espécies vegetais ou áreas
que compõem a cobertura vegetal nativa do Estado dependerá de prévia
autorização dos órgãos públicos competentes, mediante reposição obriga-
tória em percentuais estabelecidos em lei.
• Redação dada pela EC Estadual nº 14, de 19.06.2001.
• O texto original dispunha:

235
Constituição do Estado do Piauí
• § 8º - As aroeiras, faveiras, paus d´arco e cedros terão proteção es-
pecial do Poder Público.
§ 9º A instalação de obra ou atividade potencialmente causadora
de significativa degradação do meio ambiente, deverá ser procedida de
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará ampla publicidade.
• § 9º acrescentado pela EC Estadual nº 14, de 19.06.2001.
• Constituição Federal, art. 225, § 1º, IV, em parte.
Art. 238. O Poder Público estabelecerá taxa sobre a utilização
dos recursos naturais, correspondentes aos custos dos investimentos, à
recuperação e à manutenção dos padrões de qualidade ambiental.
Art. 239. São áreas de relevante interesse ecológico, cuja utiliza-
ção dependerá de prévia autorização dos órgãos competentes, preservados
seus atributos essenciais:
I - as lagoas existentes no Estado;
II - a zona costeira;
III - as áreas que abriguem exemplares raros da fauna e da flora,
bem como aquelas que sirvam como local de pouso ou reprodução de
espécies migratórias;
IV - as faixas necessárias à proteção das águas superficiais;
V - as encostas sujeitas a erosão e deslizamentos;
VI - os sítios arqueológicos e formações rochosas interessantes.
Parágrafo único. O Estado promoverá programa continuado de
reflorestamento das nascentes dos rios, e de suas margens e das lagoas
existentes em seu território.
Art. 240. O Poder Público poderá estabelecer restrições adminis-
trativas ao uso do solo nas áreas privadas, para fins de proteção de ecos-
sistemas, devendo averbá-las no registro imobiliário, no prazo máximo de
um mês, a contar de seu estabelecimento.
Art. 241. O Estado não aceitará depósito de resíduos nucleares
produzidos em outras unidades da Federação.
• Constituição Federal, art. 225, § 6º, em parte.
Art. 242. As nascentes do rio Parnaíba e demais rios situados no
território piauiense são patrimônios do Estado, e sua utilização será feita
nos limites, formas e condições fixados em lei.
236
Constituição do Estado do Piauí Arts. 237 a 248
Art. 243. A conservação da quantidade e da qualidade das águas
será obrigatoriamente levada em conta quando da elaboração de normas
legais, relativas a floresta, caça, pesca, fauna, conservação da natureza,
defesa do solo e demais recursos naturais, ao meio ambiente e ao controle
da poluição.
Art. 244. O Estado e os Municípios estabelecerão programas
conjuntos visando ao tratamento de despejos urbanos e industriais e de
resíduos sólidos, de proteção e de utilização racional da água, assim como
de combate às inundações e à erosão.
Parágrafo único. O produto da participação dos Municípios, no
resultado da exploração dos potenciais energéticos em seu território, ou a
compensação financeira, deve aplicar-se prioritariamente nos programas
previstos neste artigo.
Art. 245. A irrigação deverá ser desenvolvida em harmonia com
a política de recursos hídricos e com os programas de conservação do
solo e da água.
Art. 246. Na articulação com a União, quando da exploração dos
serviços e instalações de energia elétrica e do aproveitamento energético
dos cursos de água em seu território, o Estado levará em conta os usos
múltiplos, o controle das águas, a drenagem e o aproveitamento das várzeas

CAPÍTULO VIII
Da Família, Da Criança, Do AdolEscente e Do Idoso

Art. 247. A família, base da sociedade, terá proteção do Estado,


na forma da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 226, caput.
Art. 248. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar
à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

237
Constituição do Estado do Piauí
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• O anterior dispunha:
• Art. 248. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionali-
zação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de ne-
gligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
• Redação dada pela EC Estadual nº 30, de 27.09.2011.
• O texto original dispunha:
• Art. 248. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurarem
à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
• Constituição Federal, art. 227, caput.
• Lei Federal nº 8.069, de 13.07.1990, Estatuto da Criança e do Ado-
lescente.
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde
da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de enti-
dades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo
aos seguintes preceitos:
• Redação dada pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
• O anterior dispunha:
• § 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde
da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de
entidades não governamentais e obedecendo aos seguintes preceitos:
• Redação dada pela EC Estadual nº 30, de 27.09.2011.
• O texto original dispunha:
• § 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde
da criança e do adolescente, admitida a participação de entidades não
governamentais e obedecendo aos seguintes preceitos:
• Constituição Federal, art. 227, § 1º.
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde
na assistência materno-infantil;
• Constituição Federal, art. 227, § 1º, I.
238
Constituição do Estado do Piauí Art. 248
II - criação de programas de preservação e atendimento especializa-
do para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como
de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência,
mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do
acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e
obstáculos arquitetônicos.
• Redação dada pela EC Estadual nº 30, de 27.09.2011.
• O texto original dispunha:
• II - criação de programas de preservação e atendimento especializado
para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como
de integração social do adolescente portador de deficiência, mediante
o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do aces-
so aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e
obstáculos arquitetônicos.
• Constituição Federal, art. 227, § 1º, II.
• Lei Complementar Estadual nº 60, de 30.11.2005, e Lei Complementar
Estadual nº 70, de 17.07.2006, sobre Quadro de Pessoal Efetivo da
Coordenadoria Estadual para Integração da Pessoa de Deficiência
- CEID.
• Lei Estadual nº 5.512, de 30.11.2005, e Lei Estadual nº 5.454, de
30.06.2005, sobre Fundo Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa
com Deficiência - FUNEDE/PI, e Lei Estadual nº 5.329, de 24.09.2003,
sobre Conselho Estadual de Defesa dos Direitos das Pessoas Porta-
doras de Deficiência (CONEDE/PI).
§ 2º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
• Constituição Federal, art. 227, § 3º.
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, ob-
servado o disposto no art. 7º, XXXIII, da Constituição Federal;
• Constituição Federal, art. 227, § 3º, I.
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
• Constituição Federal, art. 227, § 3º, II.
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;
• Redação dada pela EC Estadual nº 30, de 27.09.2011.
• O texto original dispunha:
• III - garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola;
• Constituição Federal, art. 227, § 3º, III.
IV - garantia de pleno e formal conhecimento de atribuição de ato
239
Constituição do Estado do Piauí
infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissio-
nal habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;
• Constituição Federal, art. 227, § 3º, IV.
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e
respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da
aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
• Constituição Federal, art. 227, § 3º, V.
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica,
incentivos, sob a forma de guarda, à criança ou ao adolescente órfão ou
abandonado;
• Constituição Federal, art. 227, § 3º, VI.
VII - programa de prevenção e atendimento especializado à criança,
ao adolescente e ao jovem dependentes de entorpecentes e drogas afins.
• Redação dada pela EC Estadual nº 30, de 27.09.2011.
• O texto original dispunha:
• VII - programa de prevenção e atendimento especializado à criança e
ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins.
• Constituição Federal, art. 227, § 3º, VII.
§ 3º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração
sexual da criança, do adolescente e do jovem.
• Redação dada pela EC Estadual nº 30, de 27.09.2011.
• O texto original dispunha:
• § 3º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração
sexual da criança e do adolescente.
• Constituição Federal, art. 227, § 4º.
§ 4º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que
estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.
• Constituição Federal, art. 227, § 5º.
§ 5º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por
adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer
designações discriminatórias relativas à filiação.
• Constituição Federal, art. 227, § 6º.
§ 6º No atendimento dos direitos da criança, do adolescente e do
jovem será levado em consideração o disposto no art. 204, da Constituição
Federal.
• Redação dada pela EC Estadual nº 30, de 27.09.2011.
• O texto original dispunha:

240
Constituição do Estado do Piauí Art. 248 a 249
• § 6º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente será le-
vado em consideração o disposto no art. 204, da Constituição Federal.
• Constituição Federal, art. 227, § 7º.
§ 7º O Estado acolherá, preferencialmente, em casas especializadas,
mulheres, crianças, adolescentes e jovens vítimas de violência familiar e
extrafamiliar.
• Redação dada pela EC Estadual nº 30, de 27.09.2011.
• O texto original dispunha:
• § 7º O Estado acolherá, preferencialmente, em casas especializadas,
mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência familiar e
extrafamiliar.
§ 8º A lei estabelecerá o plano estadual de juventude, de duração
decenal, visando à articulação das várias esferas do poder público para a
execução de políticas públicas.
• Parágrafo acrescentado pela EC Estadual nº 30, de 27.09.2011.
§ 9º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, ob-
servado o disposto no art. 7º, XXXIII, da Constituição Federal;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato
infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissio-
nal habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e
respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da
aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica,
incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a
forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança,
ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins.”
• Parágrafo 9º e incisos I, II, III, IV, V, VI e VII, acrescentados pela
EC Estadual nº 41 de 10.09.2013
Art. 249. O controle da política de atendimento à infância e à ju-

241
Constituição do Estado do Piauí
ventude cabe ao Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente,
órgão consultivo e deliberativo.
• Lei Complementar Estadual nº 51, de 23.08.2005, sobre Delegacia de
Segurança e Proteção dos Idosos.
• Lei Estadual nº 5.467, de 13.07.2005, sobre Frente Parlamentar
de Defesa da Criança e do Adolescente; Lei Estadual nº 5.547, de
23.01.2006, sobre Promotoria Especializada em Crimes contra a
Criança e o Adolescente, e Lei Estadual nº 5.618, de 27.12.2006, sobre
Conselho Estadual de Direitos da Juventude.
Parágrafo único. A lei estabelecerá o processo de composição e a
forma de funcionamento do Conselho, garantida a participação das enti-
dades não governamentais com atuação na área de assistência ao menor,
do Poder Judiciário e da Ordem dos Advogados do Brasil.
Art. 250. A lei estabelecerá política de proteção à família, à criança,
ao adolescente, ao jovem e ao idoso, facultada a criação de órgãos desti-
nados à sua execução.
• Redação dada pela EC Estadual nº 30, de 27.09.2011.
• O texto original dispunha:
• Art. 250. A lei estabelecerá política de proteção à família, à criança,
ao adolescente e ao idoso, facultada a criação de órgãos destinados
à sua execução.
Art. 251. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de am-
parar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade,
defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
• Constituição Federal, art. 230.
Parágrafo único. Aos maiores de sessenta e cinco anos é assegurada
a gratuidade dos transportes coletivos dentro dos Municípios.
• Constituição Federal, art. 230, § 2º.
Art. 252. São assegurados às mães adotivas os mesmos direitos
garantidos às mães legítimas, inclusive o de licença maternidade, na forma
da lei.

242
Constituição do Estado do Piauí Art. 249 a 254

TÍTULO IX
Das Disposições Constitucionais Gerais

Art. 253. Ficam assegurados aos contribuintes a que se refere a


lei nº 4.050, de maio de 1986, os benefícios ali previstos, sendo-lhes, na
superveniência de inviabilidade econômico-financeira do Fundo de Previ-
dência de que trata o Art. 9º daquele diploma legal, garantidos os mesmos
direitos pelo Governo do Estado, através do Instituto de Assistência e
Previdência do Estado do Piauí.
Art. 254. O servidor que contar tempo de serviço igual ou superior
ao fixado para aposentadoria passará à inatividade, com gratificação do
cargo de direção, em comissão, de função de confiança ou de função gra-
tificada que estiver exercendo ou tenha exercido na administração pública,
por cinco anos ininterruptos ou dez anos intercalados.
• Redação dada pela EC Estadual nº 01, de 27.06.1991.
• O texto original dispunha:
• Art. 254 - O servidor que contar tempo de serviço igual ou superior ao
fixado para aposentadoria passará à inatividade, com a gratificação do
cargo de direção, em comissão, de função de confiança ou da função
gratificada que estiver exercendo ou tenha exercido na administração
pública, por cinco anos ininterruptos ou não.
• ADCT da Constituição Federal, art. 19, em parte.
§ 1º Quando o servidor tiver exercido mais de um cargo ou função,
a vantagem do de maior valor lhe será atribuída, desde que exercido por
um período mínimo de dois anos.
• Redação dada pela EC Estadual nº 01, de 27.06.1991.
• O texto anterior original:
• § 1º - Quando o servidor tiver exercido mais de um cargo ou função
a vantagem do de maior valor lhe será atribuída.

243
Constituição do Estado do Piauí

§ 2º As mesmas vantagens serão estendidas aos pensionistas


de servidores que tenham falecido no exercício de quaisquer cargos
ou funções referidas neste artigo.
Art. 255. Ficam obrigados a apresentar declaração anual
de bens os assessores diretos do Governador e dos Secretários de
Estado, assim como os servidores que exerçam cargos ou funções
de direção, chefia ou fiscalização, compreendidos na administra-
ção direta e indireta, estendendo-se a exigência aos respectivos
cônjuges.
§ 1º Ficam da mesma forma obrigados os assessores diretos
dos Prefeitos e os secretários municipais.
§ 2º Os funcionários que prestarem declarações falsas res-
ponderão a processo administrativo e ficarão sujeitos às penalidades
indicadas no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
Art. 256. A Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e
Sociais do Piauí será preservada como órgão de estudos, projetos
e pesquisas econômicas e sociais do governo estadual, devendo ser
mantida com recursos orçamentários do Estado e os provenientes
de serviços prestados a órgãos públicos e entidades privadas.
Art. 257. A lei estabelecerá estímulos em favor de quem
fizer doação de órgãos para fins de transplante, pesquisa e trata-
mento, na forma da lei federal, sob cadastramento e controle a
cargo do Estado.
Art. 258. O Estado incentivará a implantação dos cursos
superiores de educação especial, de fonoaudiologia, fisioterapia,
psicologia e terapia ocupacional, como forma de atender a demanda
de profissionais nestas áreas.
Art. 259. Aos pilotos de aviação, servidores do Estado,
fica assegurada aposentadoria especial aos vinte e cinco anos de
serviço, regulamentada em lei complementar.
Art. 260. Somente mediante autorização da Assembleia
Legislativa e pelo voto de dois terços dos seus membros, poderá
o Estado ceder o controle acionário do Banco do Estado do Piauí
S.A. a grupos privados.

244
Constituição do Estado do Piauí Arts. 254 a 263

Art. 261. Fica criado o Conselho Estadual do Meio Ambien-


te, Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento Urbano, com a função
de normatizar e aprovar as políticas de conservação e preservação
do meio ambiente, de desenvolvimento científico e tecnológico
e de desenvolvimento urbano, do qual participarão o Ministério
Público, entidades ambientalistas e outros segmentos da sociedade.
Art. 262. O Estado e os Municípios disciplinarão por meio
de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre
os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços
públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos,
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços
transferidos.
• Art. 262 acrescentado pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• Constituição Federal, art. 241, com redação dada pela EC Federal
nº 19, de 04.06.1998.
Art. 263. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a
finalidade de:
Art. 263 acrescentado pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plu-
rianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos
do Estado;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à
eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimo-
nial nos órgãos e entidades da administração estadual, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - realizar o acompanhamento da execução da receita e
da despesa e a fiscalização da execução física das ações governa-
mentais;
IV - criar condições para o exercício do controle social sobre
os programas contemplados com recursos do orçamento do Estado;
V - exercer o controle das operações de crédito, avais e ga-
rantias, bem como dos direitos e deveres do Estado, na forma da lei;
VI - apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional, respeitada a legislação de organização e funciona-
mento do sistema de controle interno de cada Poder, de iniciativa
exclusiva do respectivo Poder.
245
Constituição do Estado do Piauí
• Incisos I, II, III, IV, V, VI, acrescentados pela EC Estadual nº 41, de
10.09.2013
§ 1º As atividades de controle interno serão desempenhadas por
órgãos de natureza permanente e exercidas por servidores organizados em
carreiras específicas, na forma de lei complementar.
§ 1º acrescentado pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
§ 2º O controle interno poderá ser exercido de forma descentrali-
zada, sob a coordenação do órgão central do sistema de controle interno
de cada Poder, na forma de lei complementar.
§ 2º acrescentado pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
§ 3º Os responsáveis pelo sistema de controle interno de cada Poder,
ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela
darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabili-
dade solidária, na forma de lei complementar.
§ 3º acrescentado pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
Art. 264. Os entes e entidades públicas, as pessoas jurídicas do
setor privado e as pessoas físicas que recebam recursos para execução de
projetos em parceria com a Administração Pública Estadual, mediante
convênios e quaisquer instrumentos congêneres, deverão comprovar a
boa e regular aplicação, na forma de lei complementar.
• Art. 264 acrescentado pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput implicará a
proibição de celebrar novos convênios e instrumentos congêneres, inclu-
sive termos aditivos de valor, na forma de lei complementar.
Art. 265. Lei Complementar disporá sobre regras para transferên-
cias de recursos por meio de convênios e instrumentos congêneres, no
âmbito do Poder Executivo Estadual.
• Art. 265 acrescentado pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.
Teresina (PI), 05 de outubro de 1989.

Kleber Dantas Eulálio - Presidente, Adelmar Pereira da Silva - 1º


Vice-Presidente, Robert de Almendra Freitas - 2º Vice-Presidente, Antônio
Rufino Sobrinho - 1º Secretário, Guilherme Xavier de Oliveira Neto - 2º
Secretário, Antônio de Barros Araújo - 3º Secretário, Marcelo Costa e
Castro - 4º Secretário, Humberto Reis da Silveira - Relator Geral, Luís

246
Constituição do Estado do Piauí Arts. 263 a 265
Gonzaga Paes Landim - Relator Adjunto, Waldemar de Castro Macedo -
Relator Adjunto, Adolfo Junior de Alencar Nunes, Antonio José de Moraes
Sousa, Fernando Alberto de Brito Monteiro, Francílio Ribeiro de Almeida,
Francisco Figueiredo de Mesquita, Francisco de Paula Gonçalves Costa,
Francisco Tomaz Teixeira, Gerardo Juraci Campelo Leite, Gerson Antonio
de Araújo Mourão, Guilherme Cavalcante de Melo, João Silva Neto, José
Reis Pereira, Juarez Piauhyense de Freitas Tapety, Luciano Nunes Santos,
Maurício Ribeiro Melo, Newton de Castro Macedo, Sabino Paulo Alves
Neto, Sebastião Rocha Leal, Warton Francisco Neiva de Moura Santos,
Wilson de Andrade Brandão. Participantes Aquiles Nogueira Lima, Home-
ro Ferreira Castelo Branco Neto, Marcelo do Egito Coelho, Themístocles
de Sampaio Pereira Filho. In memoriam - Francisco Abraão Gomes de
Oliveira.

247
Constituição do Estado do Piauí Arts. 1º a 4º

ATO DAS DISPOSIÇÕES


CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS

Art. 1º O Governador do Estado, o Presidente do Tribunal de


Justiça e os Deputados à Assembleia Estadual Constituinte prestarão o
compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, no ato de sua
promulgação.
Art. 2º A revisão constitucional, que se realizará sempre pelo voto
da maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa, será efetivada,
decorridos quatro anos da promulgação da presente Constituição.
Art. 3º Os servidores públicos civis de qualquer dos Poderes do Es-
tado e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações
públicas, admitidos até seis meses antes da promulgação da Constituição,
inclusive a título de serviços prestados, constituirão quadro suplementar,
só podendo ser demitidos se, submetidos a concurso público de provas e
títulos, não lograrem aprovação.
§ 1º O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será
contado como título quando se submeterem a concurso público.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de car-
gos, funções e empregos de confiança ou em comissão, nem aos que a lei
declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado
como título, exceto se se tratar de servidor do quadro regular.
Art. 4º O Poder Executivo, no prazo de até seis meses a contar
da promulgação da Constituição estadual, encaminhará projeto de lei
que determine a transformação da Cachoeira do Urubu, no Município de
Esperantina, em reserva ecológica, devendo sua utilização fazer-se, na
forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio
ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
249
Constituição do Estado do Piauí
Art. 5º O Estado manterá o fundo especial de produção, consig-
nando-lhe três por cento do total de investimentos constantes do orçamento,
para aplicação em atividades produtivas, destinado, especificadamente, ao
pequeno produtor rural e ao microempresário, nos termos da lei.
§ 1º REVOGADO.
• § 1º revogado pela EC Estadual nº 17, de 17 de dezembro
de 2001.
• O texto original dispunha:
• § 1º – O Banco do Estado do Piauí S.A. será o órgão gestor
dos recursos desse fundo e agirá conjuntamente com os
órgãos responsáveis pela assistência ao pequeno produtor
e ao microempresário.
§ 2º A inclusão, nos orçamentos anuais, dos recursos para o fundo
dependerá da elaboração de planos de aplicação por parte do órgão gestor,
submetidos à aplicação (apreciação) dos órgãos do Poder Executivo.
Art. 6º No prazo de três meses, a contar da promulgação da
Constituição, a Assembleia Legislativa promoverá, através de Comissão
Especial, exame analítico e pericial de todas as alienações de terras públicas
efetuadas pelo Estado do Piauí, a partir de 1970, e sua utilização posterior.
§ 1º A Comissão terá força legal de Comissão Parlamentar de In-
quérito, para fins de requisição e convocação, podendo contratar assessoria
e consultoria especializadas, e terá seus trabalhos facultados à participação
da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAG), e da Comissão
Pastoral da Terra (CPT), se assim o desejarem.
§ 2º Apurada irregularidade, a Assembleia Legislativa adotará as
seguintes medidas, não excludentes entre si:
I - decretará a nulidade da alienação ou a cessação de seus efeitos;
II - proporá ao Poder Executivo as medidas cabíveis para sanar a
irregularidade;
III - encaminhará o processo ao Ministério Público, que formulará
a ação no prazo de sessenta dias.
§ 3º A Comissão terá prazo de um ano, prorrogável por três meses,

250
Constituição do Estado do Piauí Arts. 5º a 10
a partir de sua instalação, para concluir os trabalhos, não o fazendo nesse
prazo, nova Comissão será formada, com participação efetiva da FETAG
e da CPT, na qualidade de titulares, com prazo de um ano para tal fim.
Art. 7º No prazo de um ano, a contar da promulgação da Consti-
tuição, a Secretaria do Meio Ambiente, em ação articulada com a Procu-
radoria-Geral do Estado e o Instituto de Terras do Piauí promoverá ações
discriminatórias, para definição das áreas de proteção de interesse ecológico
especial ou de proteção dos ecossistemas naturais.
• Alteração feita pela EC Estadual nº 10, de 17.12.1999.
• O texto original dispunha:
Art. 7º - No prazo de um ano, a contar da promulgação
da Constituição, a Secretaria do Meio Ambiente, em ação
articulada com a Advocacia-Geral do Estado e o Instituto
de Terras do Piauí promoverá ações discriminatórias, para
definição das áreas de proteção de interesse ecológico
especial ou de proteção dos ecossistemas naturais.
Art. 8º O governo, por ato do Executivo, criará, no prazo de trinta
dias, após a promulgação desta Constituição, um grupo de trabalho, para
elaborar proposta de estrutura institucional e funcional do sistema estadual
de gerenciamento de recursos hídricos, nos termos da Constituição Federal
definindo critérios, diretrizes e competências.
§ 1º O grupo de trabalho, com apoio administrativo e financeiro,
terá prazo de cento e vinte dias corridos para a conclusão de sua tarefa.
§ 2º Na mesma proposta, serão indicados os prazos e a estratégia
para implantação do sistema de gerenciamento e para elaboração da pro-
posta estadual de recursos hídricos.
Art. 9º O Poder Executivo, no prazo de três anos a partir da pro-
mulgação desta Constituição, elaborará e executará programa de aprovei-
tamento das terras devolutas do Estado, para implantação de agrovilas com
trabalhadores não proprietários de imóveis rurais.
Art. 10. O cargo de Tabelião de Notas de Teresina é privativo de
bacharel em direito ou de portador de outro curso de nível superior, res-
salvado o direito dos seus atuais ocupantes.

251
Constituição do Estado do Piauí
Art. 11. Cessada a investidura no cargo de Governador do Estado,
quem o tiver exercido, em caráter permanente, fará jus, a título de repre-
sentação, a um subsídio mensal e vitalício igual aos vencimentos do cargo
de Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado.
• Redação dada pela EC Estadual nº 05, de 19.04.1996.
• O texto original dispunha:
Art. 11. O ex-Governador do Estado, investido em cargo
eletivo, não perceberá pensão, enquanto durar o mandato,
ressalvado o direito dos atuais beneficiários.
§ 1º O subsídio previsto neste artigo será concedido, mediante lei
específica, somente ao ex-governador, que reconhecidamente não possua
rendimentos suficientes para manter com dignidade sua condição de ex-
chefe do Executivo Estadual e que tenha exercido o cargo de Governador
em caráter efetivo, salvo o direito dos que tiveram exercido o cargo em
caráter permanente até 31 de dezembro de 1998.
• Redação dada pela EC Estadual nº 05, de 19.04.1996.
§ 2º O ex-Governador do Estado, investido em cargo eletivo, não
perceberá pensão enquanto durar o mandato, ressalvado o direito dos atuais
beneficiários, previsto no § 1º deste artigo.
• Redação dada pela EC Estadual nº 05, de 19.04.1996.
§ 3º O Ex-Governador que for servidor do Estado terá como pensão
a complementação de seu salário, que não ultrapassará os vencimentos de
Desembargador.
• Redação dada pela EC Estadual nº 05, de 19.04.1996.
Art. 12. Os Municípios poderão conceder pensão àqueles que
exerceram mandato eletivo de Prefeito e que tenham mais de sessenta
anos de idade não podendo o benefício ultrapassar três salários-mínimos.
Parágrafo único. As viúvas dos ex-Prefeitos com mais de cinquenta
anos, poderão receber pensão equivalente ao estabelecido neste artigo.
Art. 13. Enquanto não vigorar a lei complementar a que se refere
o art. 165, § 9º, da Constituição Federal e 178, § 10, desta Constituição, o
Estado e os Municípios obedecerão às seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual será encaminhado ao Legislativo
até dois meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido
para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
252
Constituição do Estado do Piauí Arts. 11º a 19
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado ao
Legislativo até quatro meses do início do exercício financeiro e devolvido
para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária será encaminhado até quatro
meses, no caso do Estado, e até três meses, no tocante aos Municípios,
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até
o encerramento da sessão legislativa.
Art. 14. O Poder Executivo fará proceder a estudos para viabilizar
a implantação dos Pólos Agroindustriais, no sul do Estado.
Art. 15. A lei disporá, dentro de cento e vinte dias, contados a
partir da promulgação desta Constituição, sobre proteção à criança, ao
adolescente, ao idoso e ao deficiente.
Art. 16. O Poder Legislativo elaborará, no prazo de seis meses a
contar da promulgação desta Constituição, a Lei Estadual do Meio Am-
biente, que normatizará as ações quanto aos seguintes aspectos:
I - uso de agentes poluidores;
II - reflorestamento em áreas devastadas;
III - saneamento ambiental no que concerne ao lixo, esgoto e
urbanização;
IV - animais em extinção;
V - uso de agrotóxicos.
Art. 17. Os servidores públicos civis da administração direta,
autárquica e das fundações públicas do Estado, considerados estáveis nos
termos do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal, passarão ao regime estatutário, a partir da promul-
gação desta Constituição, mediante apostilamento dos respectivos atos
de admissão.
Art. 18. Dentro de cento e vinte dias, a partir da promulgação desta
Constituição, o Poder Executivo proporá medidas legais e administrativas,
objetivando a privatização de empresas pertencentes ao patrimônio do
Estado.
Art. 19. O Poder Executivo buscará entendimento junto ao go-
verno do Estado do Maranhão, no sentido da firmação de convênio entre
253
Constituição do Estado do Piauí
os dois Estados, para o reflorestamento das margens do rio Parnaíba, com
vistas à proteção e preservação do seu leito, de interesse comum a ambos.
Art. 20. O Poder Legislativo editará, no prazo de um ano, as leis
necessárias à regulamentação do Capítulo Ciência e Tecnologia.
Art. 21. A Imprensa Oficial do Estado promoverá edição popular
do texto integral desta Constituição, que será posta à disposição de escolas,
universidades, cartórios, sindicatos, quartéis, igrejas e de outras instituições
representativas da comunidade.
Art. 22. Na liquidação dos débitos, inclusive, suas renegociações
e composições posteriores, ainda que ajuizados, decorrentes do imposto
sobre circulação de mercadorias e serviços, junto à Fazenda Estadual,
devidos até 31.12.88, não existirá correção monetária e multa, desde que
o devedor seja:
I - microempresário ou pequeno empresário;
II - miniprodutor, pequeno ou médio produtor rural.
§ 1º Consideram-se, para efeito deste artigo, microempresa as pes-
soas jurídicas e as firmas individuais com receita anual de dez mil B.T.Ns
- Bônus do Tesouro Nacional; e pequena empresa as pessoas jurídicas e
as firmas individuais com receita anual de até vinte e cinco mil B.T.Ns.
§ 2º A classificação de miniprodutor, pequeno e médio produtor
rural será feita com obediência às normas de crédito rural emitidas pelo
Banco Central do Brasil na época da promulgação desta Constituição.
§ 3º A isenção da correção monetária e da multa só será concedida
se a liquidação do débito inicial, acrescido dos juros legais de doze por
cento ao ano e taxas judiciais, vier a ser efetivada no prazo de cento e vinte
dias, a contar da promulgação desta Constituição.
Art. 23. O Tribunal de Contas do Estado encaminhará à Assem-
bleia Legislativa relação circunstanciada de todos os servidores admitidos
a qualquer título, na administração estadual, a partir da instalação da As-
sembleia Estadual Constituinte.
Art. 24. Será criada, dentro de trinta dias da promulgação da
Constituição, Comissão de Limites Interestaduais, com três membros indi-
cados pela Assembleia Legislativa e dois pelo Poder Executivo, incumbida
254
Constituição do Estado do Piauí Arts. 19 a 29
de apresentar no prazo de doze meses, a partir de sua formação, estudos
conclusivos sobre as linhas divisórias litigiosas entre o Piauí e o Ceará.
§ 1º Com base nos trabalhos da Comissão de Limites Interesta-
duais, em dois anos, contados de seu recebimento, o Estado promoverá
a demarcação de suas linhas divisórias com o Ceará, podendo para isso
fazer alterações e compensações da área que atendam aos acidentes na-
turais, critérios históricos, conveniências administrativas e comodidade
das populações.
§ 2º Os Municípios, no prazo de três anos, a partir da Constituição,
também promoverão a demarcação de suas linhas divisórias litigiosas,
valendo-se da faculdade expressa no parágrafo anterior.
Art. 25. Dentro de cento e oitenta dias se procederá à revisão dos
direitos dos servidores públicos inativos e pensionistas e à atualização
dos proventos e pensões a eles devidos, a fim de ajustá-los ao disposto na
Constituição Federal.
Art. 26. A lei criará, mediante proposta do Tribunal de Justiça,
comarcas em todos os municípios piauienses, no prazo de cinco anos da
promulgação da Constituição, com instalações tecnicamente adequadas.
Art. 27. Fica assegurado aos escreventes substitutos das serventias
extrajudiciais e do foro judicial o direito de efetivação no cargo de titular,
desde que contem cinco anos de exercício da função, até a promulgação
da Constituição Federal.
Art. 28. Fica assegurado aos tabeliães, Oficiais de Registro Civil
e Oficiais de Registro de Imóveis das serventias não oficializadas o direi-
to de aposentadoria com proventos baseados na lotação do cartório, não
podendo ultrapassar os quatro quintos dos vencimentos e vantagens do
juiz de direito perante o qual serve. A aposentadoria será reajustada na
forma regulada no art. 40, § 4º da vigente Constituição Federal, sempre
que houver alteração salarial para os magistrados.
Parágrafo único. Fica assegurado também o adicional por tempo
de serviço.
Art. 29. A fixação de emolumentos relativos aos serviços notoriais
de registro, assim como das custas forenses, ficará sujeita às normas gerais
estabelecidas em lei federal, vigorando o provimento 01/87, da Correge-
doria Geral de Justiça do Estado do Piauí, até a promulgação da referida
lei, conforme § 2º do art. 236 da atual Constituição Federal.
255
Constituição do Estado do Piauí
Art. 30. Ficam extintos os efeitos jurídicos de qualquer ato admi-
nistrativo de que tenham resultado a nomeação, a admissão e a contratação
de pessoal, no âmbito da administração pública estadual do Poder Execu-
tivo, cujo extrato não tenha sido publicado no Diário Oficial do Estado,
a partir da instalação da Assembleia Estadual Constituinte, ou que não
venha a sê-lo dentro de cento e vinte dias, a contar da promulgação desta
Constituição.
Art. 31. O Estado, no prazo máximo de cento e oitenta dias, re-
lacionará os presos, em regime de cumprimento de pena definitiva, a fim
de se lhes evitar a privação da liberdade por tempo superior à condenação.
Parágrafo único. A relação será enviada, no prazo de trinta dias,
aos juizes das execuções penais.
Art. 32. O Estado editará leis que estabeleçam critérios para com-
patibilização de seus quadros de pessoal com o disposto no art. 53 desta
Constituição e com a reforma administrativa dela decorrente, no prazo de
seis meses, contados de sua promulgação.
Art. 33. Para a preservação da Fundação Centro de Pesquisas
Econômicas e Sociais do Piauí será garantido, nos próximos cinco anos,
no mínimo, o mesmo percentual de recursos orçamentários a ela destinado
no último exercício financeiro estadual.
Art. 34. Aos atuais presidentes do Banco do Estado do Piauí, das
autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem assim ao atual Procurador
Geral do Estado não se aplica o disposto nos artigos 63, VIII e 150, §1º.
Art. 35. Ficam criados os seguintes Municípios:

I - CIRCUNSCRIÇÃO TERRITORIAL DEFINIDA:

BETÂNIA DO PIAUÍ, com sede no povoado do mesmo nome,


desmembrado do Município de Paulistana, circunscrição territorial cons-
tituída pelas datas Pajeú, Mulungu e Emparedado; BONFIM DO PIAUÍ,
com sede no povoado do mesmo nome, desmembrado do Município de
São Raimundo Nonato, circunscrição territorial constituída pela data Ja-

256
Constituição do Estado do Piauí Arts. 30 a 35
tobá e parte, ao nascente, da data Conceição, com limites no Morro Pão
de Açucar; BURITI DO CASTELO, com sede no povoado do mesmo
nome, desmembrado do Município de São Felix do Piauí, circunscrição
territorial nas datas Serra Negra, Calubra e parte da data Buriti do Castelo,
compreendendo as seguintes confrontações: partindo domarco divisório
entre as datas Buriti do Castelo e Passagem, no lugar denominado Lagoa
da Chapada; daí, segue pelas divisas das mesmas, nos limites do Municí-
pio de São Félix do Piauí, até as divisas da data Sítio Santo Antônio, nos
limites do Município de Elesbão Veloso e, por estas, até as divisas da data
Calubra, no Morro do Sol; daí, divisas do mesmo nome até encontrar o
marco limite divisório dos Municípios de São Félix do Piauí com Elesbão
Veloso, até encontrar o marco Retiro, nas divisas das datas Buriti do Cas-
telo e Alegrete, pelo mesmo até encontrar o ponto de partida: CAJUEIRO,
com sede no povoado do mesmo nome, desmembrado do Município de
Jaicós, circunscrição territorial constituída pelas datas Palmas, Bom Jar-
dim e Boqueirão; CORONEL JOSÉ DIAS, com sede no povoado Várzea
Grande, desmembrado de São Raimundo Nonato, abrangendo as datas
Várzea Grande, Alagoinha, Almas, Água Verde, Caiçara, Serra talhada
e Gerais; CURRALINHOS, com sede no povoado do mesmo nome,
desmembrado dos Municípios de Monsenhor Gil, Teresina, Palmeirais e
São Pedro do Piauí, com a circunscrição territorial constituída dos aglo-
merados urbanos: Curralinhos, Santa Maria, Bom Lugar, Bom Princípio
do Município de Monsenhor Gil, Baixão Grande, Angelim, Lagoa Seca,
São Francisco do Município de Teresina; Piquete, Jatobá e Primavera do
Município de Palmeirais, Canto d’Alma, Buritirana e Deserto no Muni-
cípio de São Pedro do Piauí, com área territorial de aproximadamente
368 Km2; ESPIRITO SANTO, com sede no povoado do mesmo nome,
desmembrado do Município de São João do Piauí, circunscrição territorial
constituída pelas datas Cachoeira e Gameleira de Baixo; FARTURA, com
sede no povoado do mesmo nome, desmembrado do Município de Dirceu
Arcoverde, circunscrição territorial constituída pelas datas Barrinha, Serra
Vermelha, Fazenda Nova, tanque do Doroteu, Parnaíba e Sítio da Aldeia;
JACOBINA DO PIAUÍ, com sede no povoado de igual denominação,
desmembrado do Município de Paulistana, com a circunscrição territorial
constituída das datas Jacobina, Juazeiro do Secundo, Poções, Jacaré, Saco,
Salto de Pedra, Ferramenta, Flor da América, Curralinho, Sobrado e Serra

257
Constituição do Estado do Piauí
do Sobrado; LAGOA DO BARRO, com sede no povoado do mesmo
nome, desmembrado do Município de São João do Piauí, circunscrição
territorial constituída pelas datas Ponta da Serra, Jatobá, gameleira de Cima,
Pé do Morro, Caraíbas, Tapagem e São Julião; LAMEIRÃO, com sede no
povoado do mesmo nome, desmembrado do Município de Curimatá, com
circunscrição territorial nas datas integrantes dos povoados Verdão, São
João, Piripiri e Lagoa das Covas; PATOS DO PIAUÍ, com sede no povoa-
do do mesmo nome, desmembrado do Município de Jaicós, circunscrição
territorial constituída pelas datas: Patos, Pedra D’Água, Poço do Boi e parte
da data Maria Preta, tendo como limite o Rio Itaim; QUEIMADA NOVA,
com sede no povoado do mesmo nome, desmembrado do Município de
Paulistana, circunscrição territorial constituída pelas datas Peixe, Arroz,
Sumidouro, Capim, Brejo, Boa Vista e Cruz; RIACHO FRIO, com sede
no povoado do mesmo nome, desmembrado do Município de Parnaguá,
circunscrição territorial constituída pelas datas Riacho Frio, Berlengas,
Matos, Campos de Cima e Campos de Baixo, SÃO BRÁS, desmembrado
do Município de São Raimundo Nonato, abrangendo as datas Tranqueira,
Gerais e Ponta da Serra, parte desta última pertencente ao Município de
Anísio de Abreu, na qual está encravado o povoado Lagoa de Cima; SÃO
GONÇALO DO GURGUÉIA, com sede no povoado do mesmo nome,
desmembrado do Município de Barreiras do Piauí, circunscrição territorial
constituída pelas datas São Gonçalo, Serra Vermelha e Prata; SÃO José
DO DIVINO, com sede no povoado do mesmo nome, desmembrando do
Município de Piracuruca, circunscrição territorial constituída pelas datas
São José, Carolina, Barra do Piracuruca e Sítio da Chapada do Rosário;
SÃO MIGUEL DA BAIXA GRANDE, com sede no povoado Baixa
Grande, desmembrado do Município de São Félix do Piauí, circunscrição
territorial constituída pelas datas Tabocas, Sítio do Pique e parte da data
Roça, tendo as seguintes confrontações: partindo do marco divisório entre
as datas Roça e Roedor, no lugar denominado Unha de Gato, daí, segue
divisas dos mesmos limites do Município de Prata do Piauí, até encontrar
as divisas da data Sítio do Pique, por estas, até os limites do Município de
Beneditinos, por este até encontrar as divisas da data Sítio Santo Antonio,
nos limites do Município de Elesbão Veloso, por esta, até encontrar as di-
visas da data Tabocas, por esta, até encontrar as divisas data Serra Negra,
limites do Município de São Félix do Piauí, por esta, até encontrar as divisas

258
Constituição do Estado do Piauí Art. 35
da data roça, daí, segue pela mesma até encontrar o riacho Porteiras e por
este até encontrar o riacho retiro, prosseguindo por este até encontrar a
estrada vicinal do Município de Prata do Piauí, e daí, segue até encontrar
o ponto de partida; VÁRZEA BRANCA, com sede no povoado do mesmo
nome, desmembrado do Município de São Raimundo Nonato, com cir-
cunscrição territorial constituída das datas Sítio do Meio, Sítio da Aldeia
e parte da data Conceição, com limite no Pico do Morro Pão de Açúcar.

II - CIRCUNSCRIÇÃO TERRITORIAL A DEFINIR:

ALVORADA DO GURGUÉIA, com sede no povoado denominado


DNOCS, desmembrado do Município de Cristino Castro; desmembrado
do Município de São Miguel do Tapuio, o Município que terá como sede
o atual povoado de ASSUNÇÃO; BAIXA GRANDE, com sede no povoa-
do do mesmo nome, desmembrado do Município de Ribeiro Gonçalves;
BRASILEIRA, com sede no povoado do mesmo nome, desmembrado do
Município de Piripiri; CABECEIRAS, com sede no povoado do mesmo
nome, desmembrado Município de Barras; desmembrado do Município
de Luís Correia, um Município que terá como sede o atual povoado de
CAJUEIRO DA PRAIA; desmembrado do Município de Jerumenha, um
Município que terá como sede o atual povoado de CANAVIEIRA; CUR-
RAL NOVO, com sede no povoado do mesmo nome, desmembrado do
Município de Simões; PAJEÚ, com sede no povoado do mesmo nome,
desmembrado do Município de Canto do Buriti; PASSAGEM FRANCA,
com sede no povoado do mesmo nome, desmembrado do Município de
Barro Duro; RETIRO, com sede no povoado do mesmo nome, desmembra-
do do Município de Pedro II; SANTA ROSA, com sede no município do
mesmo nome, desmembrado do Município de Oeiras; SÃO LOURENÇO,
com sede no povoado do mesmo nome, desmembrado do Município de São
Raimundo Nonato; desmembrado do Município de São Julião, um Mu-
nicípio com sede no povoado ALEGRETE; desmembrado do Município
de Campo Maior, um Município com sede no povoado BOQUEIRÃO;
desmembrado do Município de Castelo do Piauí, um Município com
sede no povoado BURITI DOS MONTES; desmembrado do Município

259
Constituição do Estado do Piauí
de Fronteiras, um Município de São Gonçalo do Piauí, um Município
com sede no povoado CANTO; desmembrado do Município de Simões,
um Município com sede no povoado CARIDADE; desmembrado do
Município de Altos, um Município com sede no povoado COIVARAS;
desmembrado do Município de Renegeração, um Município com sede no
povoado JACARÉ; desmembrado do Município de União, um Município
com sede no povoado LAGOA ALEGRE; desmembrado do Município de
Pedro II, um Município que terá como sede o atual povoado de LAGOA
REDONDA; desmembrado do Município de Valença, um Município com
sede no povoado LAGOA DO SÍTIO; desmembrado do Município de
Padre Marcos, um Município com sede no povoado MARCOLÂNDIA;
desmembrado do Município de Regeneração, um Município com sede no
povoado MULATO; desmembrado do Município de Teresina, um Mu-
nicípio com sede no povoado NAZÁRIA; desmembrado do Município
de Elizeu Martins, um Município com sede no povoado NÚCLEO DO
GURGUÉIA; desmembrado do Município de Rio grande do Piauí, um
Município com sede no povoado PAVUÇU; desmembrado do Município
de São Pedro do Piauí, um Município com sede no povoado PEDRAS;
desmembrado do Município de Antônio Almeida, um Município que terá
como sede o atual povoado de PORTO ALEGRE; desmembrado do Muni-
cípio de Picos, um Município com sede no povoado SACO DO ENGANO;
desmembrado do Município de Oeiras um Município com sede no povoado
SACO DO REI; desmembrado do Município de Aroazes, um Município
com sede no povoado SANTA CRUZ DOS MILAGRES; SÃO LUÍS DO
PIAUÍ, com sede no povoado do mesmo nome, desmembrando do Muni-
cípio de São João da Canabrava; desmembrado do Município de Campo
Maior, um Município com sede no povoado SIGEFREDO PACHECO.
§ 1º A implantação dos Municípios será precedida de consulta, por
data, às populações diretamente interessadas.
§ 2º Fica sem efeito a criação do Município cuja população discorde
de sua emancipação e que não preencha os requisitos estabelecidos no Art.
30, desta Constituição.
§ 3º Dentro de sessenta dias, a partir da promulgação desta Consti-
tuição, a lei ordinária estabelecerá área territorial e limites dos municípios
constantes no inciso II.
260
Constituição do Estado do Piauí Arts. 35 a 36
Art. 36. O servidor do Estado e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, que tenha ingressado no serviço público até a data
de publicação da Emenda Constitucional Federal nº 41, de 19.12.2003, e
que tenha se aposentado ou venha a se aposentar por invalidez permanente,
com fundamento no inciso I do § 1º do art. 40 da Constituição Federal,
tem direito a proventos de aposentadoria calculados com base na remu-
neração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria, na forma da lei,
não sendo aplicáveis as disposições constantes dos §§ 3º, 8º e 17 do artigo
acima mencionado.
• Art. 36 acrescentado pela EC Estadual nº 41, de 10.09.2013.

Teresina (PI), 05 de outubro de 1989- Kleber Dantas Eulálio - Presi-


dente, Adelmar Pereira da Silva - 1º Vice-Presidente, Robert de Almendra
Freitas - 2º Vice-Presidente Antônio Rufino Sobrinho - 1º Secretário,
Guilherme Xavier de Oliveira Neto - 2º Secretário, Antônio de Barros
Araújo - 3º Secretário Marcelo Costa e Castro - 4º Secretário, Humberto
Reis da Silveira - Relator Geral, Luís Gonzaga Paes Landim - Relator
Adjunto, Waldemar de Castro Macedo - Relator Adjunto, Adolfo Junior
de Alencar Nunes, Antônio José de Moraes Sousa, Alberto de Brito Mon-
teiro, Francílio Ribeiro de Almeida, Francisco Figueiredo de Mesquita,
Francisco de Paula Gonçalves Costa, Francisco Tomaz Teixeira, Gerardo
Juraci Campelo Leite, Gerson Antônio de Araújo Mourão, Guilherme
Cavalcante Melo, João silva Neto, José Reis Pereira, Juarez Piauhyense
de Freitas Tapety, Luciano Nunes Santos, Maurício Ribeiro Melo, Newton
de Castro Macedo, Sabino Paulo Alves Neto, Sebastião Rocha Leal,
Warton Francisco Neiva de Moura Santos, Wilson de Andrade Brandão.
Participantes: Aquiles Nogueira Lima, Homero Ferreira Castelo Branco
Neto, Marcelo do Egito Coelho, Themístocles de Sampaio Pereira Filho.
In memoriam - Francisco Abraão Gomes de Oliveira

261
Constituição do Estado do Piauí
EMENDAS CONSTITUCIONAIS ESTADUAIS

Emenda Constitucional, nº 1, de 27 de junho de 1991


Altera e suprime dispositivos da Constituição Estadual.

A Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição do Estado, promulga a seguinte emenda do texto constitucional:
Art. 1º Os dispositivos da Constituição Estadual, abaixo enumerados passam a vigorar
com as seguintes alterações:
Art. 41. Somente por lei específica poderão ser criadas empresas públicas, sociedades
de economia mista, autarquia ou fundação pública.
Art. 57. ........................................................................................................
§ 3º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado, inte-
gralmente, para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
Art. 63. ........................................................................................................
VIII - aprovar a escolha dos presidentes do Banco do estado do Piauí e das entidades da
administração indireta que operam nos setores de saneamento básico e energético;
Art. 82. A Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa tem por chefe o Procurador
Geral, nomeado em comissão pela Mesa Diretora.
Art. 144. Ao Ministério Público é assegurada autonomia administrativa e funcional,
cabendo-lhe, na forma da lei.
Art. 145. ........................................................................................................
I -.................................................................................................................
a) os vencimentos fixados com diferença não excedente a dez por cento de uma para
outra das entrâncias ou categoria de carreira;
Art. 150. .........................................................................................................
§ 1º - A Advocacia Geral do Estado será chefiada pelo Advogado Geral do Estado com
prerrogativas de Secretário de Estado, nomeado em comissão pelo Governador, dentre maiores
de trinta anos, de notório saber jurídico e reputação ilibada.
Art. 153. ........................................................................................................
Parágrafo único - A Defensoria Pública tem por chefe o Procurador Geral da Defensoria
Pública, nomeado em comissão pelo Governador do Estado, dentre maiores de trinta anos, de
notório saber jurídico e reputação ilibada.
Art. 254. O servidor que contar tempo de serviço igual ou superior ao fixado para apo-
sentadoria passará à inatividade, com gratificação do cargo de direção, em comissão, de função
de confiança ou de função gratificada que estiver exercendo ou tenha exercido na administração
pública, por cinco anos ininterruptos ou dez anos intercalados.
§ 1º Quando o servidor tiver exercido mais de um cargo ou função, a vantagem do de
maior valor lhe será atribuída, desde que exercido por um período mínimo de dois anos.

262
Constituição do Estado do Piauí
Art 2º. Os §§ 3º e 4º, do art. 75, ficam renumerados como §§ 4º e 5º, respectivamente,
aditando-se o § 3º com a seguinte redação:
Art. 75. -........................................................................................................
§ 3º Não será admitido aumento da despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa privativa do Governador do Estado, ressalvados as dispo-
sições do art. 79, §§ 3º e 4º;
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Assembleia Legisla-
tiva, do Tribunal de Justiça e do Ministério Público.
Art. 3º. Ficam suprimidos do texto constitucional:
I - o art. 83;
II - a alínea “b”, inciso III, do art. 151;
III - o inciso VI, do art. 154, renumerando-se o atual inciso VII para inciso VI;
IV - o Parágrafo único, do art. 160.
Art. 4º. Esta emenda entrará em vigor na data de sua promulgação.
Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, Palácio Petrônio Portella, em
Teresina, 27 de junho de 1991.

Dep. Luis Meneses


Dep. Jesualdo Cavalcanti
2º Secretario
Presidente
Dep. Adolfo Nunes
Dep. Waldemar Macedo
3º Secretario
1º Vice-Presidente
Dep. Wilson Brandão
Dep. Warton Santos
4º Secretario
2º Vice-Presidente
Dep. Temístocles Filho
1º Secretario

Emenda Constitucional nº 2, de 27 de junho de 1991


Altera a redação do § 6º, do artigo 88, da Constituição Estadual.

A mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição do Estado, promulga a seguinte emenda do texto constitucional:
Art. 1º o § 6º, do art. 88, da Constituição do Estado, passa a vigora com a seguinte redação:
Art. 88. -........................................................................................................
§ 6º Os auditores, em número de cinco, com atribuições definidas na lei, serão nome-
ados pelo Governador do Estado, dentre bacharéis em ciências jurídicas e sociais, em ciências
econômicas, em ciências contábeis e administração pública, mediante previa aprovação em
concurso público.
Art. 2º. Esta emenda entrará em vigor na data da sua promulgação.
Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, Palácio Petrônio Portela, em Te-
resina, em 27 de junho de 1991.

263
Constituição do Estado do Piauí
Dep. Jesualdo Cavalcanti Dep. Luis Meneses
Presidente 2º Secretario
Dep. Waldemar Macedo Dep. Adolfo Nunes
1º Vice-Presidente 3º Secretario
Dep. Warton Santos Dep. Wilson Brandão
2º Vice-Presidente 4º Secretario
Dep. Themistocles Filho
1º Secretario
Emenda Constitucional nº 3, de 26 de agosto de 1991
Suprime dispositivo da Constituição Estadual

A mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição do Estado, promulga a seguinte emenda do texto constitucional:
1º Fica suprimido o § 1º do art. 40, da Constituição do Estado, passando o parágrafo
seguinte para único.
Art. 2º. Esta emenda constitucional entrará em vigor na data da sua publicação.
Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, Palácio Petrônio Portela, em Tere-
sina, em 26 de agosto de 1991.

Dep. Jesualdo Cavalcanti Dep. Luis Meneses


Presidente 2º Secretario
Dep. Waldemar Macedo Dep. Adolfo Nunes
1º Vice-Presidente 3º Secretario
Dep. Warton Santos Dep. Wilson Brandão
2º Vice-Presidente 4º Secretario
Dep. Temístocles Filho
1º Secretario

Emenda Constitucional nº 4, de 08 de outubro de 1993


Altera dispositivo da Constituição Estadual.

A Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do § 2º, do art. 74,
da Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda à Constituição do Estado do Piauí:

Art. 1º. Fica alterado o inciso IV, do art. 180, da Constituição do Estado do Piauí, o
qual passa a ter a seguinte redação:
Art. 180 -........................................................................................................
IV - A vinculação de receita de imposto a órgão, fundo ou despesas, ressalvadas a repar-
tição do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 172, a destinação de recursos
para manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado pelo art. 212 da Constituição
Federal, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, prevista
no art. 178, § 8º, bem como as que tenham como objetivo específico o refinanciamento da dívida
pública do Estado.

264
Constituição do Estado do Piauí
Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data da sua publicação.
Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, Palácio Petrônio Portela, em Tere-
sina, em 08 de outubro de 1993

Dep. Robert Freitas Dep. Juarez Tapety


Presidente em Exercício 3º Secretario
Dep. Batista Dias Dep. Fernando Monteiro
1º Secretario 4º Secretario
Dep. Marcelo Coelho
2º Secretario

Emenda Constitucional nº 5, de 19 de abril de 1996


Altera dispositivos da Constituição Estadual

A mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:

Art. 1º. O art. 11 do ato das Disposições Transitórias da Constituição Estadual passa
a vigorar com a seguinte redação:
Art. 11. Cessada a investidura no cargo de Governador do Estado, quem o tiver exercido,
em caráter permanente, fará jus, a título de representação, a um subsídio mensal e vitalício igual
aos vencimentos do cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado.
§ 1º O subsídio previsto neste artigo será concedido, mediante lei específica, somente
ao ex-governador que, reconhecidamente, não possua rendimentos suficientes para manter,
com dignidade, sua condição de ex-chefe do Executivo Estadual e que tenha exercido o cargo
de Governador em caráter efetivo, salvo o direito dos que tiveram exercido o cargo em caráter
permanente até 31 de dezembro de 1998.
§ 2º O Ex-Governador do Estado, investido em cargo eletivo, não perceberá pensão en-
quanto durar o mandato, ressalvado o direito dos atuais beneficiários, previsto na § 1º deste artigo.
§ 3º O Ex-Governador que for servidor do Estado, terá como pensão a complementação
de seu salário, que não ultrapassará os vencimentos de desembargador.
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data da sua publicação.
Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, Palácio Petrônio Portela, em Te-
resina, em 19 de abril de 1996.
Dep. Juracy Leite 1º Secretário
Presidente Dep. Wilson Brandão
Dep. Robert Freitas 2º Secretario
1º Vice-Presidente Dep. Tadeu Maia
Dep. Pompílio Evaristo 3º Secretario
2º Vice-Presidente Dep. Fernando Monteiro
Dep. Wilson Martins 4º Secretario

265
Constituição do Estado do Piauí
Emenda Constitucional nº 6, de 25 de abril de 1996
Altera dispositivos da Constituição Estadual

A mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:
Art. 1º. O inciso II do art. 33 da Constituição do Estado do Piauí passa a vigorar com
as seguintes modificações:
Art. - 33. ........................................................................................................
II - os balancetes mensais, até sessenta dias do mês subseqüente ao vencido, acompa-
nhados de cópias dos comprovantes de despesas.
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data da sua publicação.
Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, Palácio Petrônio Portela, em Te-
resina, em 25 de abril de 1996.
Dep. Juracy Leite Dep. Tadeu Maia
Presidente 3º Secretario
Dep. Robert Freitas Dep. Fernando Monteiro
1º Vice-Presidente 4º Secretario
Dep. Pompilio Evaristo Dep. Olavo Rebelo
2º Vice-Presidente 1º Suplente de Secretario
Dep. Wilson Martins Dep. Xavier Neto
1º Secretario 2º Suplente de Secretario
Dep. Wilson Brandão
2º Secretario

Emenda Constitucional nº 7, de 17 de dezembro de 1997


Cria dispositivo Constitucional sobre mudança de topônimo de município.

A Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição do Estadual, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:

Art. 1º. Acrescente-se ao art. 30 da Constituição Estadual o parágrafo 5º e seus incisos


I e II, com a redação abaixo.
Parágrafo 5º O topônimo pode ser alterado em lei estadual, verificado o seguinte:
I) resolução da Câmara Municipal, aprovado por no mínimo, dois terços de seus membros.
II) aprovação da população interessada, em plebiscito, com manifestação favorável da
maioria absoluta de seus eleitores votantes.
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entrará em vigor na data da sua publicação.
Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, Palácio Petrônio Portela, em Tere-
sina, em 17 de dezembro de 1997.

266
Constituição do Estado do Piauí
Dep. Juracy Leite 2º Secretario
Presidente Dep. Tadeu Maia
Dep. Robert Freitas 3º Secretario
1º Vice-Presidente Dep. Fernando Monteiro
Dep. Pompilio Evaristo 4º Secretario
2º Vice-Presidente Dep. Olavo Rebelo
Dep. Wilson Martins 1º Suplente de Secretario
1º Secretario Dep. Xavier Neto
Dep. Wilson Brandão 2º Suplente de Secretario

Emenda Constitucional nº 8, de 15 de dezembro de 1997


Modifica o art. 147 da Constituição Estadual

A mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:

Art. 1º Passa a vigorar com a seguinte redação o art. 147 da Constituição do Estado:
Art. 147. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado será integrado por
três Procuradores, nomeados dentre bacharéis em direito, com os mesmos vencimentos, direitos
e vedações dos Procuradores de Justiça, mediante prévia aprovação em concurso público de
provas e títulos, realizado com a participação da Ordem dos advogados do Brasil e observada
a ordem de classificação.
Art. 2º. Enquanto não ocorrer a investidura dos Procuradores nomeados na forma desta
Emenda, suas funções continuarão sendo exercidas por Procuradores de Justiça.
Art. 3º. Esta Emenda entrará em vigor na data da sua publicação.
Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, Palácio Petrônio Portela, em Tere-
sina, em 15 de dezembro de 1997.
Dep. Juracy Leite Dep. Wilson Brandão
Presidente 2º Secretario
Dep. Robert Freitas Dep. Tadeu Maia
1º Vice-Presidente 3º Secretario
Dep. Pmpilio Evaristo Dep. Fernando Monteiro
2º Vice-Presidente 4º Secretario
Dep. Wilson Martins
1º Secretario
Emenda Constitucional nº 9, de 17 de dezembro de 1999
Altera dispositivos da Constituição Estadual

A Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:

Art. 1º. O parágrafo único do artigo 226, da Constituição Estadual passa a vigorar
como § 1º, com a seguinte redação:

267
Constituição do Estado do Piauí
Art. 226 -........................................................................................................
“§ 1º - Será obrigatório, nas escolas públicas e particulares, o ensino de literatura piauiense
e a promoção, no âmbito de disciplina pertinente, do aprendizado de meio ambiente, saúde, ética,
educação sexual, direito do consumidor, pluralidade cultural e legislação de trânsito.”
Art. 2º Fica acrescentado ao artigo 226, da Constituição Estadual, o § 2º, com a seguinte
redação:
Art. 226. ........................................................................................................
“§ 2º Compete à Secretaria de Educação do Estado do Piauí, fazer constar dos programas
de ensino fundamental e médio, direcionamento e de limitação quanto os conhecimentos teóricos
dos temas referidos no parágrafo anterior, na forma da lei.”
Art. 3º Revogadas as disposições em contrário, esta emenda Constitucional entra em
vigor na data da sua publicação.
Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, Palácio Petrônio Portela, em Tere-
sina, em 17 de dezembro de 1999.
Dep. Kleber Eulálio Dep. Tadeu Maia
Presidente 3º Secretario
Dep. Homero Castelo Branco Dep. Margarida Bona
1º Vice-Presidente 4ª Secretaria
Dep. Chico Filho Dep. Olavo Rebelo
2º Vice-Presidente 1º Suplente de Secretario
Dep. Robert Freitas Dep. Edson Ferreira
1º Secretario 2º Suplente de Secretario
Dep. Pompilio Evaristo
2º Secretario

Emenda Constitucional nº 10, de 17 de dezembro de 1999


Modifica dispositivos da Constituição Estadual em face das alterações introduzidas na Consti-
tuição Federal pela emenda constitucional nº 19, de 04 de junho de1998.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, §
2º, da Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:
Art. 1º. Os incisos II e V, do art. 21, da Constituição Estadual, passam a vigorar com a
seguinte redação, inserindo o inciso XIII ao referido art. 21, da Constituição Estadual:
“Art. 21. -........................................................................................................
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do
ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77 da
Constituição Federal, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
V - subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de
iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III e 153, § 2º, I, da Constituição Federal;
XIII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o
montante de cinco por cento da receita do Município.”

268
Constituição do Estado do Piauí
Art. 2º. o caput do art. 41, da Constituição estadual, passa a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 41. Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
Art. 3º. O art. 46, da Constituição Estadual, passa a vigorar com a seguinte redação,
acrescido dos incisos I, II e III:
Art. 46. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a
manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna,
da qualidade dos serviços;
II - O acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de
governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII, da Constituição Federal;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo,
emprego ou função na administração pública.”
Art. 4º. O art. 52, da Constituição estadual, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 52. Ao servidor público da administração direta, autarquia e fundacional, no
exercício de mandato eletivo, aplicam-se as disposições do art. 38, da Constituição Federal.”
Art. 5º. O caput do art. 53, seus §§ 1º, I, II e III, 2º e 3º, acrescidos dos §§ 4º, 5º, e 6º,
Constituição Estadual, passam a vigorar com a seguinte redação:
Art. 53. O Estado e os Municípios instituirão conselho de política de administração e
remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remu-
neratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes
de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
§ 2º O estado manterá escolas de governo para formação e aperfeiçoamento dos servi-
dores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na
carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.
§ 3º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Secretários Estaduais e
Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI, da Consti-
tuição Federal.
§ 4º Lei do Estado e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a
menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art.
37, XI, da Constituição Federal.
§ 5º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores

269
Constituição do Estado do Piauí
do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.
§ 6º Lei do Estado e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários
provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e de-
senvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive
sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. “
Art. 6º. - Os incisos de I, II, IV, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIV, XV, e XVI, acrescido
do inciso XVI, e o § 2º, acrescido dos §§ 4 e 5º, do art. 54, da Constituição Estadual, passam a
vigorar com a seguinte redação:
“O Art. 54. Sem prejuízo do disposto no art. 39, a administração do Estado e dos
municípios observará:
I - a sensibilidade dos cargos, empregos e funções públicas aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como os estrangeiros, na forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação em prévia em
concurso público de provas ou provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão
declarados em lei em livre nomeação e exoneração;
IV - as funções de confiança, exercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos, e
os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas à as atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
VII - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 3º do art. 53
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em
cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
VIII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão
ser superiores ou inferiores aos pagos pelo Poder Executivo;
X - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos
da administração direta, autarquias e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes do
Estado e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os
proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, inclu-
ídas as vantagens pessoais ou de qualquer natureza, não poderão exercer o subsídio mensal, em
espécie, dos Ministérios do Supremo Tribunal Federal;
XI - os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são
irredutíveis, ressalvados o disposto nos arts. 37, XI e XIV, 39, § 4º, 150, II, 153, III e 153, § 2º,
I, da Constituição Federal;
XII - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, bem como
o direito de greve que será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica federal;
XIV - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso X:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos privativos de médico;

270
Constituição do Estado do Piauí
XV - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
XVI - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII,
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da Constituição Federal,
podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
2º Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
§ 4º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego
da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
§ 5º O disposto no inciso X aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia
mista, e suas subsidiaria, que receberam recursos da União, dos Estados, do Distrito federal ou
dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.”
Art. 7º. O caput do art. 55, seus §§ 1º, acrescido dos incisos I, II, III, 2º e 3º, da Cons-
tituição Estadual, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 55. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo.
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado,
e o eventual ocupante da vaga, se estável reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indeni-
zação, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional
ao tempo de serviço.
§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade até seu adequado aproveitamento em outro cargo.”
Art. 8º O inciso VIII, do art. 61, da Constituição estadual, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 61. ........................................................................................................
VIII - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas e fixação
de remuneração e subsídio;
Art. 9º. -O inciso I, do art. 62, da Constituição estadual, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 62-........................................................................................................
I - criação e extinção de cargos e fixação de subsídio dos membros do Tribunal de Justiça
e juízes, bem como a remuneração dos auxiliares da Justiça;
Art. 10. O inciso III, do art. 63, da Constituição Estadual, passa a vigorar com a seguinte
redação:

271
Constituição do Estado do Piauí
“Art. 63. ........................................................................................................
III - fixar, por lei de sua iniciativa, os subsídios do Governador, do Vice-Governador e
dos Secretários de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III e
153, § 2º, I, da Constituição Federal;
Art. 11. Insere-se o inciso III ao parágrafo único do art. 81 da Constituição Estadual
com a seguinte redação:
“Art.81. ........................................................................................................
Parágrafo único-............................................................................................
III - na sessão legislativa extraordinária, a Assembleia Legislativa somente deliberará
sobre a matéria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatória em
valor superior ao do subsídio mensal.”
Art. 12. O § 1º do art. 85 da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 85. ........................................................................................................
§ 1º - Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais o
Estado responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Art. 13. Dá nova redação ao caput do art. 95 e seu parágrafo único da Constituição
Estadual:
“Art. 95. A eleição do Governador e do Vice- Governador de Estado, para mandato
de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao término do mandato de
seus antecessores, e à posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado,
quanto ao mais, o disposto no art. 77 da Constituição Federal.
Parágrafo único. O Governador perderá o mandato se assumir outro cargo ou função
na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público
e observado o disposto no art. 38, I, IV e V, da Constituição Federal.”
Art. 14. O inciso III do art. 115 da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 115. ........................................................................................................
III - irredutibilidade de subsíd
ssalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I, da Cons-
tituição Federal.
Art. 15. O inciso V do art. 116 da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 116. ........................................................................................................
V - o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça e dos demais magistrados
serão fixados em lei e escalonados em nível estadual, conforme a estrutura judiciária estadual,
não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por
cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais
Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI e 39, § 4º, da Constituição
Federal;

272
Constituição do Estado do Piauí
Art. 16. Dá nova redação ao caput do art. 144 da Constituição Estadual e acrescenta-lhe
o parágrafo único, revogado seus incisos I, II e III:
Art. 144. Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa,
podendo, observado o disposto no art. 169 da Constituição Federal, propor ao Poder Legislativo
a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de
provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre
sua organização e funcionamento.
Parágrafo único. Compete ao Ministério Público elaborar sua proposta orçamentária,
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 17. As alíneas “a”, “b”, “c” e “d” do inciso I e a alínea “c”, do inciso II, do art. 145
da Constituição estadual passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 145.
I --........................................................................................................
a) o subsídio fixado com diferença não excedente a dez por cento de uma para outra das
entrâncias ou categoria de carreira;
b) proventos da aposentadoria atualizados na mesma proporção e na mesma data dos
reajustes do subsídio concedido aos membros do Ministério Público em atividade, asseguran-
do-se entre uns e outros perfeita isonomia, de modo que, em nenhum caso, possa o subsídio ser
superior aos proventos, ou vice-versa;
c) pensão integral por morte, reajustável sempre que for elevado o subsídio e proventos
dos membros ativos e inativos da instituição e na mesma base destes;
d) pagamento, na mesma data, de subsídio, provento e pensão;
II -........................................................................................................
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto
nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I, da Constituição Federal..
Art. 18. A seção II do Capítulo IV do Título IV da Constituição estadual, passa a deno-
minar-se: “ Da Advocacia Pública “
Art. 19. Os artigos 150, §§ 2º, 3º, 4º e 5º, 151 e 152, seus parágrafos, incisos e alíneas,
da Constituição estadual, passam a vigorar coma seguinte redação:
“Art. 150. A Procuradoria Geral do Estado é instituição de natureza permanente, vin-
culada diretamente ao Chefe do Poder Executivo, essencial à administração Pública Estadual,
cabendo aos Procuradores do estado a representação judicial e extrajudicial do Estado e as
atividades de consultoria e assessoramento jurídicos do Estado.
§ 2º Os integrantes da carreira de Procurador do estado serão remunerados na forma do
art. 39, § 4º da Constituição Federal.

273
Constituição do Estado do Piauí
§ 3º O ingresso na Carreira de Procurador do Estado dependerá de concurso público de
provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases.
§ 4º Aos Procuradores do Estado é assegurada a estabilidade após 03 (três) anos de
efetivo exercício mediante circunstanciado da Corregedoria.
§ 5º Compete ao Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado deliberar, dentre
outras matérias previstas em Lei Complementar, sobre a concessão de estabilidade e promoções
dos integrantes da carreira de Procurador do Estado.
Art. 151. Lei complementar, prevista no art. 77, parágrafo único, inciso V, desta
Constituição, estabelecerá a organização e funcionamento da procuradoria-Geral do Estado,
observado o seguinte:
I - regime jurídico específico, aplicável aos integrantes da carreira de Procurador do
Estado, disciplinando prerrogativas, direitos, deveres e proibições;
II - autonomia administrativa e funcional e, nos limites de suas competências, as respec-
tivas atribuições, dentre as quais as seguintes:
a) fixar a interpretação da Constituição, das leis, dos acordos e convênios e demais atos
normativos, a ser uniformemente seguida pela Administração Estadual;
b) assistir o Governador no controle interno da legalidade dos atos da Administração
Pública, mediante:
1)o exame de propostas, anteprojetos e projetos a ela submetidos;
2) o exame de minutas de edital de licitação, contratos, acordos, convênios ou ajustes
que devam ser assinados pelo Governador, pelos Secretários de Estado ou outras autoridades
indicadas em lei;
3) a proposta de declaração de nulidade de ato administrativo praticado na administração
direta;
4) a elaboração de atos, quando determinada pelo Governador do Estado.
c) supervisionar as atividades de representação e assessoramento jurídicos das entidades
da administração indireta, dotados de serviços jurídicos próprios;
d) uniformizar a jurisprudência administrativa estadual, fixando-a através de pareceres
normativos, a ser seguidos no âmbito da Administração Pública Estadual.
III - a proibição da renuncia ao direito de ação ou direito de recorrer, assim como a
desistência de ação ou de recursos em processo administrativo ou judicial, sob pena de crime
de responsabilidade, na forma da lei, salvo expressa autorização do Conselho Superior da Pro-
curadoria Geral do Estado.
a) o Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado será composto pelo Procurador
Geral do Estado, Procurador Geral Adjunto, Corregedor, Chefes das Procuradorias Especializadas
e da Consultoria Jurídica.
Parágrafo único. O pessoal dos serviços auxiliares da Procuradoria Geral do Estado será
organizado em carreira, na forma da lei, com quadro próprio, recrutado por concurso público
de provas e títulos.”
Art. 152 . As atribuições da Procuradoria Geral do Estado serão exercidas, privativamente,
pelos seus membros, admitida a outorga de poderes para fins específicos, no caso de impedimento

274
Constituição do Estado do Piauí
dos Procuradores do Estado, bem como para atuação junto aos Tribunais Superiores.
Parágrafo único. Os procedimentos administrativos disciplinares a serem instaurados
no âmbito da administração direta serão presididos por um Procurador do Estado, salvo quanto
aos servidores militares e aos servidores policiais, civis, mantido em relação a esses o controle
finalístico pela Procuradoria Geral do Estado.
Art. 20. Cria o § 2º da art. 153 da Constituição Estadual, remunerando o atual parágrafo
único para o § 1º, com a seguinte redação:
“Art. 153. ........................................................................................................
§ 1º -.................................................................................................................
§ 2º - Os integrantes da carreira de Defensor Público serão remunerados na forma do
art. 39, § 4º da Constituição Federal.
Art. 21. Cria o parágrafo único do art. 156 da Constituição Estadual, com a seguinte
redação:
“Art. 156. ........................................................................................................
Parágrafo único . A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacio-
nados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39, da Constituição Federal”.
Art. 22. O caput do art. 180 da Constituição Estadual, passa vigorar acrescido de inciso
X, com a seguinte redação:
“Art. 180. São vedados:
.X - A transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelo Governo Estadual e suas instituições financeiras, paga pagamento
de despesa com pessoal ativo, inativo e pensionista dos Municípios .
Art. 23. Acresce o parágrafo único, incisos I, II, III, IV e V, ao art. 185, da Constituição
Estadual, com a seguinte redação:
“Art. 185. ........................................................................................................
Parágrafo único . A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observado os
princípios da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a
participação de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores”.
Art. 24. O inciso V do art. 217 da Constituição Estadual, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 217-........................................................................................................
V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira

275
Constituição do Estado do Piauí
para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso
público de provas e títulos;
“Art. 262. O estado e Os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios pú-
blicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada
de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e
bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
Art. 26. A expressão “Advogado-Geral do Estado” constante do inciso XIII, do art.
63, no parágrafo único, inciso XXIII, do art. 102, no item 1, da alínea “d”, e item 8, da alínea
“f”, ambos do inciso III, do art. 123, § 4º do art. 124 e § 1° do art. 150, com redação dada pela
Emenda Constitucional nº 1, de 27-06-91, bem como expressão “Advogacia-Geral do Estado”,
constante do art. 7º, do ADCT, do inciso VI, do art. 61, da alínea “a”, do inciso III, do art. 75,
do item 3, da alínea “d”, inciso III, do art. 123, § 1º do art. 150, com redação dada pela Emenda
Constitucional nº 1, de 27-06-91, art. 151, inciso II, alíneas “c” e “d”, inciso III, parágrafo único
e art. 152, parágrafo único, todos da Constituição Estadual, fica substituída, respectivamente,
pelas expressões “Procurador-Geral do Estado” e “Procuradoria-Geral do Estado.”
Art. 27. No prazo de dois anos da promulgação desta Emenda, as entidades da admi-
nistração indireta terão seus estatutos revistos quanto à respectiva natureza jurídica, tendo em
conta a finalidade e as competências efetivamente executadas.
Art. 28. Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, em Teresina, 17 de de-
zembro de 1999.
Dep. Kleber Eulálio Dep. Pompilio Evaristo
Presidente 2º Secretário
Dep. Homero Castelo Branco Dep. Tadeu Maia
1º Vice-Presidente 3º Secretário
Dep. Chico Filho Dep. Margarida Bona
2º Vice-Presidente 4º Secretário
Dep. Robert Freitas Dep. Olavo Rebelo
1º Secretário 1º Suplente de Secretário

Emenda Constitucional nº 11, de 03 de maio de 2000


Altera a redação de dispositivos da Constituição Estadual

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí nos termos do art. 74,
§ 2º, da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte emenda ao texto constitucional.
Art. 1º. - Os dispositivos da Constituição Estadual abaixo enumerados passam a vigorar
com as seguintes alterações :
“Art. 63. ........................................................................................................
VII - escolher quatro membros do Tribunal de Contas do Estado, por votação secreta e
após argüição pública.”
Art. 88. ..........................................................................................................
§ 1º -........................................................................................................

276
Constituição do Estado do Piauí
§ 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão escolhidos:
I. três pelo Governador do Estado, com a aprovação da Assembleia Legislativa obedecidos
os critérios e a ordem de precedência a seguir:
a) um de livre escolha do Governador;
b) um dentre os Auditores do Tribunal de Contas, indicados em lista tríplice;
c) um dentre os Procuradores do Tribunal de Contas indicados em lista tríplice.
II. quatro pela Assembleia Legislativa.
Art. 2º. - Esta emenda entra em vigor na data de sua promulgação.
Mesa diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, em Teresina (PI), 03 de
maio de 2000.
Dep. Kleber Eulálio Dep. Pompilio Evaristo
Presidente 2º Secretario
Dep. Homero Castelo Branco Dep. Tadeu Maia
1º Vice-Presidente 3º Secretario
Dep. Chico Filho Dep. Margarida Bona
2º Vice-Presidente 4ª Secretaria
Dep. Robert Freitas
1º Secretario

Emenda Constitucional nº 12, de 05 de setembro de 2000


Altera dispositivo da Constituição Estadual

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74,
§ 2º, da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte emenda ao texto constitucional.
Art. 1º. - Fica alterado o Art. 122 da Constituição Estadual que passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 122. - O Tribunal de Justiça, com jurisdição em todo o Estado e sede na sua ca-
pital, compõe-se de 14 (quatorze) Desembargadores, e exerce a competência estabelecida nesta
Constituição e na legislação pertinente.”
Art. 2º. - Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, em Teresina, 05 de se-
tembro de 2000.
Dep. Kleber Eulálio Dep. Pompilio Evaristo
Presidente 2º Secretario
Dep. Homero Castelo Branco Dep. Tadeu Maia
1º Vice-Presidente 3º Secretario
Dep. Chico Filho Dep. Margarida Bona
2º Vice-Presidente 4ª Secretaria
Dep. Robert Freitas
1º Secretario

277
Constituição do Estado do Piauí
Emenda Constitucional nº 13, de 21 de dezembro de 2000
Modifica a redação do art. 223, da Constituição do Estado do Piauí.

A mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:
Art. 1º. - O art. 223 da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 223. - O estado e seus Municípios aplicarão, anualmente 30% (trinta por cento),
no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino, permitida a utilização de até 5% (cinco por cento)
desse montante na capacitação, qualificação e requalificação profissional e de mão-de-obra.”
Art. 2º. - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, em Teresina, 21 de de-
zembro de 2000.
Dep. Kleber Eulálio

Presidente 2º Secretario
Dep. Homero Castelo Branco Dep. Tadeu Maia
1º Vice-Presidente 3º Secretario
Dep. Chico Filho Dep. Margarida Bona
2º Vice-Presidente 4ª Secretaria
Dep. Robert Freitas
1º Secretario
Dep. Pompilio Evaristo

Emenda Constitucional nº 14, de 19 de junho de 2001


Suprime dispositivo, acrescenta parágrafo e altera a redação do §8º, do art. 237, da Constitui-
ção do Estado do Piauí.

A Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:
Art. 1º Fica suprimido o inciso V, do § 7º, do art. 237, da Constituição do Estado.
Art. 2º O § 8, do art. 237, da Constituição do Estado, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 237. ........................................................................................................
§ 8º As aroeiras, faveiras, paus d”arcos e cedros terão proteção especial do Poder Públi-
co e a utilização dessas espécies vegetais ou áreas que compõem a cobertura vegetal nativa do
Estado dependerá de prévia autorização dos órgãos públicos competentes, mediante reposição
obrigatória em percentuais estabelecidos em lei.”
Art. 3º. Acrescente-se o seguinte parágrafo ao art. 237, da Constituição Estadual:
“§ 9º A instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa de-
gradação do meio ambiente, deverá ser precedida de estudo prévio de impacto ambiental, a que
se dará ampla publicidade.”

278
Constituição do Estado do Piauí
Art. 4º Esta emenda entrará em vigor na data de sua promulgação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, em Teresina, 19 de junho
de 2001.

Dep. Kleber Eulálio 1º Secretario


Presidente Dep. Pompilio Evaristo
Dep. Leal Júnior 2º Secretario
1º Vice-Presidente Dep. Marcelo Coelho
Dep. Muro Tapety 3º Secretario
2º Vice-Presidente Dep. Margarida Bona
Dep. Paulo Henrique 4ª Secretaria

Emenda Constitucional nº 15, de 29 de junho de 2001


Modifica o art. 152 da Constituição do Estadual.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, §
2º, da Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:
Art. 1º. O art. 152 da Constituição do Estado do Piauí passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 152. ........................................................................................................
§ 1º Os processos administrativos disciplinares a serem instaurados no âmbito da Ad-
ministração Direta serão presididos por um Procurador do Estado, salvo quanto aos servidores
militares e aos servidores policiais civis, mantido em relação a estes o controle finalístico da
Procuradoria-Geral do Estado.
§ 2º Em casos de alta relevância, a critério do Procurador-Geral do Estado, as faltas
disciplinares cometidas por policiais civis serão apuradas mediante processo administrativo
disciplinar presidido por Procurador do Estado.”
Art. 2º. Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, em Teresina, 29 de junho
de 2001.

Dep. Kleber Eulálio 1º Secretario


Presidente Dep. Pompilio Evaristo
Dep. Leal Júnior 2º Secretario
1º Vice-Presidente Dep. Marcelo Coelho
Dep. Mauro Tapety 3º Secretario
2º Vice-Presidente Dep. Margarida Bona
Dep. Paulo Henrique 4ª Secretaria

279
Constituição do Estado do Piauí
Emenda Constitucional nº 16, de 29 de junho de 2001
Altera dispositivo da Constituição do Estadual.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, §
2º, da Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:
Art. 1º. Fica alterado o art. 122 da Constituição do Estado do Piauí, que passa a ter a
seguinte redação:
“Art. 122. O Tribunal de Justiça, com jurisdição em todo o Estado e sede na sua Capital,
compõe-se de quinze Desembargadores e exerce a competência estabelecida nesta Constituição
e na Legislação pertinente.”
Art. 2º. Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, em Teresina, 29 de junho
de 2001.
Dep. Kleber Eulálio 1º Secretario
Presidente Dep. Pompilio Evaristo
Dep. Leal Júnior 2º Secretario
1º Vice-Presidente Dep. Marcelo Coelho
Dep. Mauro Tapety 3º Secretario
2º Vice-Presidente Dep. Margarida Bona
Dep. Paulo Henrique 4ª Secretaria

Emenda Constitucional nº 17, de 17 de dezembro de 2001


Altera os arts. 63, VIII, e 177, da Constituição do Estadual, e suprime o § 1º, do art. 5º, do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, §
2º, da Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:
Art. 1º. O inciso VIII, do art. 63, da Constituição do Estado, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art.63. ........................................................................................................
VIII Aprovar a escolha dos presidentes das entidades da administração indireta que
operem no setor de saneamento básico;
Art. 2º. O art. 177 da Constituição do Estado passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 177. A Assembleia Legislativa autorizará, por lei ordinária, o Poder Executivo a
realizar contrato de prestação de serviços com Instituição Bancária, destinado ao depósito e
movimentação de suas disponibilidades de caixa, atuando a entidade contratada como agente
financeiro do Estado para a arrecadação e centralização de tributos estaduais, gestão da Conta
Única, repasse das cotas-partes do ICMS aos Municípios, pagamento de servidores, pensionis-
tas e fornecedorese outros serviços imprescindíveis à boa Administração financeira do Estado.
Art. 3º. Fica revogado o § 1º, do art. 5º, do Ato das Disposições Constitucionais Tran-
sitórias.

280
Constituição do Estado do Piauí
Art. 4º Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, em Teresina, 17 de de-
zembro de 2001.
Dep. Kleber Eulálio Dep. Pompilio Evaristo
Presidente 2º Secretario
Dep. Leal Júnior Dep. Marcelo Coelho
1º Vice-Presidente 3º Secretario
Dep. Mauro Tapety Dep. Margarida Bona
2º Vice-Presidente 4ª Secretaria
Dep. Paulo Henrique
1º Secretario

Emenda Constitucional nº 18, de 17 de abril de 2002


Modifica o § 5º do art. 88 da Constituição do Estadual.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, §
2º, da Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:
Art. 1º. O § 5º do art. 88 da Constituição do Estado do Piauí passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 88. ........................................................................................................
§ 5º Os Conselheiros, em suas faltas ou impedimentos, serão substituídos pelos Auditores,
observada a ordem de antiguidade no cargo ou a maior idade, em caso de idêntica antiguidade,
com as mesmas garantias, impedimentos, vencimentos, direitos e vantagens do titular e, quando
do exercício das demais atribuições, com vencimentos correspondentes a noventa por cento dos
percebidos pelo Conselheiro.”
Art. 2º. Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, em Teresina, 17 de abril
de 2002.
Dep. Kleber Eulálio Dep. Pompilio Evaristo
Presidente 2º Secretario
Dep. Leal Júnior Dep. Marcelo Coelho
1º Vice-Presidente 3º Secretario
Dep. Mauro Tapety Dep. Margarida Bona
2º Vice-Presidente 4ª Secretaria
Dep. Paulo Henrique
1º Secretario

281
Constituição do Estado do Piauí
Emenda Constitucional nº 19, de 16 de janeiro de 2004
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, §
2°, da constituição do estado, promulga a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1°. Fica alterado o art. 122, da Constituição do Estado do Piauí, que passa a ter a
seguinte redação:
Art. 122. O Tribunal de Justiça, com jurisdição em todo o Estado e sede na sua Capital,
compõe-se de dezessete Desembargadores, e exerce a competência estabelecida nesta Consti-
tuição e na legislação pertinente”.
Art. 2º. Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, Palácio Petrônio Portela, em Teresina (PI),
16 de janeiro de 2004.
Dep. Kleber Eulálio Dep. João de Deus
Presidente 2º Secretário
Dep. Wilson Brandão Dep. Hélio Isaias
1° Vice-Presidente 3° Secretário
Dep. Irmão Elias Dep. Warton Santos
2º Vice-Presidente Supl. de Secretário
Dep. Roncalli Paulo
1 ° Secretário

Emenda Constitucional nº 20, de 04 de março de 2004


A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda do texto constitucional:

Art. 1º. O art. 147 da Constituição Estadual com redação dada pela emenda constitucional
n.º 08, de 15 de dezembro de 1987 passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 147. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado do Piauí será
integrado por cinco procuradores, nomeados dentre bacharéis em direito, com os mesmos
vencimentos, direitos e vedações dos procuradores de justiça, mediante previa aprovação em
concurso público de provas e títulos, realizado com a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil e observada a ordem de classificação.” (N.R)
Art. 2º. Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em Teresina (PI), 04 de maio de 2004.
Dep. Kleber Eulálio Dep. Edson Ferreira
Presidente 2º Secretário
Dep. Wilson Brandão Dep. João de Deus
1º Vice-Presidente 3º Secretário
Dep. Irmão Elias Dep. Hélio Isaias
2º Vice-Presidente 4º Secretário
Dep. Roncalli Paulo
1º Secretário

282
Constituição do Estado do Piauí
Emenda Constitucional nº 21, de 25 de abril de 2006
Modifica os artigos 80 e 81 da Constituição Estadual.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, §
2º, da Constituição Estadual, promulga a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1º. Os artigos 80 e 81 da Constituição Estadual passam a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 80. - A Assembleia Legislativa do Estado do Piauí reunir-se-á, anualmente, na Capital
do Estado, de 02 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
Art. 81. ........................................................................................................
Parágrafo único
I-..................................................................................................................
II-................................................................................................................
III - Na sessão legislativa extraordinária, a Assembleia Legislativa somente deliberará
sobre a matéria para a qual foi convocado, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em
razão da convocação.
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em Teresina. (PI), 25 de abril de 2006.

Dep. Themístocles Filho Dep. Fernando Monteiro


Presidente 3º Secretário
Dep. Juraci Leite Dep. Flora Izabel
1º Vice-Presidente 4º Secretário
Dep. Nerinho Dep. Mauro Tapety
2º Vice-Presidente 1º Suplente
Dep. Moraes Sousa Filho Dep. Marden Menezes
1º Secretário 2º Suplente
Dep. Flávio Nogueira
2º Secretário

Emenda Constitucional nº 22, de 20 de junho de 2006


Altera o § 2º do art. 98 da Constituição Estadual.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, §
2º, da Constituição Estadual, promulga a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1º. O § 2º do art. 98 da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 98. ........................................................................................................
§ 2º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do mandato governamental, a eleição
para ambos os cargos será feita trinta dias depois da ultima vaga, pela Assembleia Legislativa,
na forma da Lei Complementar.
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

283
Constituição do Estado do Piauí
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em Teresina. (PI), 20 de junho de 2006.

Dep. Themístocles Filho Dep. Fernando Monteiro


Presidente 3º Secretário
Dep. Juraci Leite Dep. Flora Izabel
1º Vice-Presidente 4º Secretário
Dep. Nerinho Dep. Mauro Tapety
2º Vice-Presidente 1º Suplente
Dep. Moraes Sousa Filho Dep. Marden Menezes
1º Secretário 2º Suplente
Dep. Flávio Nogueira
2º Secretário

Emenda Constitucional nº 23, de 01 de novembro de 2006


Altera dispositivos da Constituição Estadual.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74,
§ 2º da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte emenda ao texto constitucional.
Art. 1º. O § 3º do art. 22 da Constituição do Estado do Piauí passará a ter a seguinte
redação:
“Art. 22. Compete aos Municípios:
I-...................................................................................................................
II-..................................................................................................................
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas, publicar balancetes e os relatórios e demons-
trativos da LRF, nos prazos fixados em lei;
IV -...............................................................................................................
V-..................................................................................................................
VI-................................................................................................................
Art. 2º. O parágrafo único do art. 28 da Constituição do Estado do Piauí terá o seguinte
teor:
“Art. 28. Os Municípios publicarão em seu órgão de imprensa, dentro de dez dias a
partir da ultimação do ato respectivo:
I -................................................................................................................
II -...............................................................................................................
III-..............................................................................................................
IV -.............................................................................................................
Parágrafo único. No Município onde não houver órgão de imprensa oficial, a publicação
dos atos referidos neste artigo e no art. 22, será feita no Diário dos Municípios, órgão de publi-
cação dos atos municipais, instituído pela Associação Piauiense de Municípios.”
Art. 3º. Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.

284
Constituição do Estado do Piauí
Mesa Diretora da Assembleia Legislati- Dep. Flávio Nogueira
va, em Teresina. (PI), 01 de novembro de 2006. 2º Secretário
Dep. Themístocles Filho Dep. Fernando Monteiro
Presidente 3º Secretário
Dep. Juraci Leite Dep. Flora Izabel
1º Vice-Presidente 4º Secretário
Dep. Nerinho Dep. Mauro Tapety
2º Vice-Presidente 1º Suplente
Dep. Moraes Sousa Filho Dep. Marden Menezes
1º Secretário 2º Suplente

Emenda Constitucional nº 24, de 04 de abril de 2007


Dá nova redação ao art. 102 da Constituição do Estado do Piauí e dá outras providências.

Art. 1. O artigo 102, XVIII, e parágrafo único, da Constituição do Estado do Piauí


passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 102. ........................................................................................................
XVIII - celebrar convênios ou acordos com entidades de direito público ou privado,
sujeitos a “referendum” da Assembleia Legislativa;
Parágrafo único. O Governador do Estado do Piauí poderá delegar as atribuições men-
cionadas no inciso VI, a de provimento prevista no inciso IX e as do inciso XVIII aos Secretários
de Estado, aos Coordenadores, ao Procurador-Geral de Justiça, ao Procurador-Geral do Estado,
ao Controlador-Geral do Estado e ao Procurador-Geral da Defensoria Pública.” (NR).
Art. 2º. Fica revogado o art. 50, § 2º da Constituição do Estado do Piauí.
Art. 3º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em Teresina (PI), 04 de abril de 2007.

Dep. Themistocles Filho Dep. Mauro Tapety


Presidente 2º Secretário
Depª. Flora Izabel Dep. João Mádison
Vice-Presidente 3º Secretário
Dep. Antonio Uchoa Dep. Roncalli Paulo
1º Secretário Suplente
Dep. Wilson Brandão Dep. Edson Ferreira
1º Secretário Suplente

285
Constituição do Estado do Piauí
Emenda Constitucional nº 25, de 14 de dezembro de 2007
Dá nova redação ao caput do art. 235 da Constituição do Estado do Piauí.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, §
2º da Constituição Estadual, promulga a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1. O caput do art. 235 da Constituição do Estado do Piauí passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 235. O Estado destinará até 1% (um por cento) de sua receita corrente líquida ao
desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica, através de fundação pública a ser criada”.
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em Teresina. (PI), 14 de dezembro de 2007.
Dep. Mauro Tapety
Dep. Themistocles Filho 2º Secretário
Presidente Dep. João Mádison
Depª. Flora Izabel 3º Secretário
Vice-Presidente Dep. Roncalli Paulo
Dep. Antonio Uchoa Suplente
1º Secretário Dep. Edson Ferreira
Dep. Wilson Brandão Suplente
1º Secretário

Emenda Constitucional nº 26, de 01 de julho de 2008


Dá nova redação aos dispositivos da Constituição Estadual.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, §
2º da Constituição Estadual, promulga a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1. Os dispositivos abaixo enumerados da Constituição Estadual passam a ter a
seguinte redação:
“Art. 148. A defesa do consumidor é exercida pelo Ministério Público através do Progra-
ma de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/
MP-PI.
§ 1º Compete, ainda, ao Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério
Público do Estado do Piauí - PROCON/MP-PI, promover as ações públicas para proteção do
meio ambiente, de bens e direitos de valor estético, artístico, histórico, turístico, paisagístico e
de outros interesses difusos ou coletivos.
§ 2º Lei Complementar regulamentará o funcionamento, atribuições e competência
do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Piauí -
PROCON/MP-PI”.
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Piauí, em Teresina (PI), 01 de julho de 2008.

286
Constituição do Estado do Piauí
Dep. Themistocles Filho Dep. Mauro Tapety
Presidente 2º Secretário
Depª. Flora Izabel Dep. Wilson Brandão
1º Vice-Presidente 3º Secretário
Dep. Ismar Marques Dep. João Mádison
2º Vice-Presidente 4º Secretário
Dep. Antonio Uchôa
1º Secretário

Emenda Constitucional nº 27, de 17 de dezembro de 2008


Ajusta a Constituição do Estado do Piauí com as alterações ocorridas na Constituição da
República Federativa do Brasil e dá outras providências.

A Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, nos termos do art. 74, § 2º, da
Constituição Estadual, promulga a seguinte Emenda ao texto constitucional estadual:
Art. 1º Os dispositivos da Constituição Estadual abaixo enunciados passam a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 5º. ........................................................................................................
§ 9º A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração
do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
§ 10. São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança,
a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição.” (NR)
“Art. 13. ........................................................................................................
Parágrafo único. Cabe ao Estado explorar diretamente, ou mediante concessão, os
serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a
sua regulamentação.” (NR)
“Art. 17. ........................................................................................................
IV - as áreas, nas ilhas costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob
domínio da União, Municípios ou terceiros;
..............................................” (NR)
“Art. 18. A alienação de bens imóveis do Estado e de suas entidades da administração
indireta dependerá:
I - sempre de avaliação;
II - de autorização legislativa, quando o imóvel for do Estado, de suas autarquias ou
fundações públicas; e
III - de licitação na modalidade prevista em lei nacional, dispensada essa quando a alie-
nação se destinar a assentamento de fins sociais ou o adquirente for pessoa constante deste artigo.
§ 1º Os bens imóveis do Estado e de suas entidades da administração indireta não podem

287
Constituição do Estado do Piauí
ser objeto de doação ou de utilização gratuita por terceiros, salvo nos casos de assentamento
de fins sociais ou se o beneficiário for órgão ou entidade da administração pública, de qualquer
esfera federativa, sempre mediante autorização legislativa, na forma prevista no inciso II do caput.
§ 2º É proibida a alienação de bens imóveis pertencentes ao patrimônio estadual e de
suas entidades de administração indireta e fundacional no período de cento e oitenta dias que
preceda a posse do Governador.” (NR)
“Art. 21. ........................................................................................................
XIII - O subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em
cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os
critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corres-
ponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo
dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vere-
adores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.” (NR)
“Art. 22. ........................................................................................................
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de
educação infantil e de ensino fundamental;
.....................................” (NR)
“Art. 30. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão
por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei federal.
§ 4º Lei complementar disporá sobre os requisitos, condições e processo para a criação,
incorporação, fusão e desmembramento de Municípios.
...............................................” (NR)
“Art. 31. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais serão
fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39,
§ 4º, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da Constituição Federal e esta Constituição.
§ 1º O período para a fixação do subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito e do Vereador se
encerrará quinze dias antes das respectivas eleições municipais.
§ 2º O reajuste do subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretários Municipais e
dos Vereadores dar-se-á concomitantemente ao reajuste dos servidores públicos municipais e
com índices nunca superiores aos destes.” (NR)

288
Constituição do Estado do Piauí
“Art. 32. ........................................................................................................
§ 1º O controle externo é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado que,
de posse dos balancetes mensais e do balanço geral do Município, emitirá parecer prévio sobre
as contas do Prefeito Municipal, noventa dias a contar do recebimento do balanço geral.
................................................” (NR)
“Art. 36. ........................................................................................................
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
................................................” (NR)
“Art. 37. A intervenção no Município dar-se-á por decreto do Governador, observado
o seguinte procedimento:
I - nas hipóteses dos incisos I, II e III do artigo anterior, a denúncia será apresentada à
Câmara de Vereadores ou ao Tribunal de Contas por autoridade pública ou por qualquer cidadão,
para comprovação da ilegalidade;
II - decretada a intervenção por ato motivado, no prazo de vinte e quatro horas, o Gover-
nador submeterá a medida à Assembleia Legislativa que, se estiver em recesso, será convocada
extraordinariamente para apreciar a medida;
...............................................” (NR)
“Art. 39. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e
dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade
e eficiência”. (NR)
“Art. 49. .......................................................................................................
§ 1º As administrações tributárias do Estado e dos Municípios, atividades essenciais
ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, inclusive na União, na forma da lei
ou convênio.
§ 2º O cargo de Agente Fiscal de Tributos Estaduais, ou aquele em que vier a ser trans-
formado, é privativo de portador de curso superior, organizado em carreira e com provimento
inicial mediante concurso público de provas.” (NR)
“Art. 54. ........................................................................................................
VIII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão
ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
X - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos
da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes do
Estado e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e
os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio

289
Constituição do Estado do Piauí
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos
Municípios, o subsídio do Prefeito, e no Estado, o subsídio mensal do Governador no âmbito
do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais no âmbito do Poder Legislativo e o
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Fe-
deral, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público,
aos Procuradores do Estado e aos Defensores Públicos;
XIV - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso X:
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;
XVI - aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII,
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XIX, XX, XXII e XXX, da Constituição Federal, podendo
a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir;
XVII - às servidoras efetivas e às militares é assegurada licença à gestante, sem prejuízo
de cargo, emprego ou função e do subsídio ou remuneração, com a duração de cento e oitenta
dias, conforme lei.
§ 6º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art.
57 ou do art. 58 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os car-
gos acumuláveis na forma da Constituição Federal, os cargos eletivos e os cargos em comissão
declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
§ 7º Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso
X do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.” (NR)
“Art. 55. ........................................................................................................
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial
de desempenho por comissão instituída para essa finalidade”. (NR)
“Art. 57. Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado e dos Municípios, inclu-
ídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo
e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos
e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o
disposto neste artigo.
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de servidores públicos esta-
duais e municipais serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados
na forma dos §§ 3º e 17, deste artigo, e o seguinte:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, na forma da lei;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo
de contribuição;

290
Constituição do Estado do Piauí
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício
no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco
anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não
poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a apo-
sentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão
consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos re-
gimes de previdência de que tratam os arts. 40 e 201, da Constituição Federal, na forma da lei.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de apo-
sentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades
exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física, definidos em lei complementar.
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos,
em relação ao disposto no § 1º, III, a, deste artigo, para o professor que comprove exclusiva-
mente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio.
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previ-
dência previsto neste artigo.
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual:
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo es-
tabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, da
Constituição Federal, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso
aposentado à data do óbito; ou
II - ao valor da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento,
até o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social de
que trata o art. 201, da Constituição Federal, acrescido de setenta por cento da parcela excedente
a este limite, caso em atividade na data do óbito.
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter per-
manente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de
aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição
fictício.
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 54, X, desta Constituição, à soma total dos proventos
de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos,

291
Constituição do Estado do Piauí
bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o Regime Geral de Previdência So-
cial, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo
acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação
e exoneração, e de cargo eletivo.
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos
titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime
Geral de Previdência Social.
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público,
aplica-se o Regime Geral de Previdência Social.
§ 14. O Estado e os Municípios, desde que instituam regime de previdência comple-
mentar para os seus respectivos servidores de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das apo-
sentadorias e pensão a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo
estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social de que trata o art. 201,
da Constituição Federal.
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14, deste artigo, será
instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202
e parágrafos, da Constituição Federal, no que couber, por intermédio de entidade fechada de
previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes
planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15, deste
artigo, poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da
publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar.
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto
no § 3º, deste artigo, serão devidamente atualizados, na forma da lei.
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas
pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios
do Regime Geral de Previdência Social de que trata o art. 201, da Constituição Federal, com
percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha complementado as exigências para
aposentadoria voluntária, estabelecida no § 1º, III, a, deste artigo e que opte por permanecer em
atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previden-
ciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contida no § 1º, II deste artigo.
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para
os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime
em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X, da Constituição Federal.
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de
proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido
para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social de que trata o art. 201, da Constituição
Federal, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.” (NR)
“Art. 58. Os membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, instituições
organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares do Estado.

292
Constituição do Estado do Piauí
§ 3º O militar do Estado em atividade que aceitar cargo ou emprego público civil per-
manente será transferido para a reserva, nos termos da lei.
§ 5º Ao militar do Estado são vedadas a sindicalização e a greve.
§ 6º O militar do Estado, enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a partido
político.
§ 9º Aplica-se aos militares do Estado o disposto no art. 57, § 9º, desta Constituição e
no art. 7º, VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e no art. 37, XI, XIII, XIV e XV, da Constituição
Federal.
§ 10. Lei estadual de iniciativa do Governador disporá sobre o ingresso na Polícia Militar
e Corpo de Bombeiros, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência
do militar do Estado para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas
e outras situações especiais dos militares do Estado, consideradas as peculiaridades de suas
atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais.
§ 11. Aplicam-se aos militares do Estado, além do que vier a ser fixado em lei, as disposi-
ções do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, da Constituição Federal, cabendo a
lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, da Constituição Federal.
§ 12. Aos pensionistas dos militares do Estado, aplica-se o que for fixado em lei espe-
cífica.” (NR)
“Art. 59. ........................................................................................................
§ 3º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia
Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie,
para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III,
e 153, § 2º, I, da Constituição Federal.” (NR)
“Art. 61. .......................................................................................................
XIV - criação e extinção de Secretarias e órgãos da administração pública” (NR)
“Art. 62. .......................................................................................................
I - criação e extinção de cargos e fixação de subsídio dos membros do Tribunal de Justiça
e juízes, bem como a remuneração dos servidores do Poder Judiciário;
................................................” (NR)
“Art. 63. .......................................................................................................
XVI - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da res-
pectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
................................................” (NR)
“Art. 65. Os Deputados Estaduais são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de
suas opiniões, palavras e votos.
§ 1º Os Deputados Estaduais, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julga-
mento perante o Tribunal de Justiça.
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros da Assembleia Legislativa não pode-
rão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos

293
Constituição do Estado do Piauí
dentro de vinte e quatro horas à Assembleia Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seus
membros, resolva sobre a prisão.
§ 3º Recebida a denúncia contra o Deputado Estadual, por crime ocorrido após a diplo-
mação, o Tribunal de Justiça dará ciência à Assembleia Legislativa, que, por iniciativa de partido
político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final,
sustar o andamento da ação.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Assembleia Legislativa no prazo impror-
rogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
§ 6º Os Deputados Estaduais não serão obrigado a testemunhar sobre informações rece-
bidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram
ou dele receberam informações.
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados Estaduais, embora militares e ainda
que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Assembleia Legislativa.
§ 8º As imunidades de Deputados Estaduais subsistirão durante o estado de sítio, só
podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Assembleia Legislativa,
nos casos de atos praticados fora do recinto desta, que sejam incompatíveis com a execução da
medida”. (NR)
“Art. 67. ........................................................................................................
§ 3º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento
interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro da Assembleia Legislativa ou a per-
cepção de vantagens indevidas.
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do
mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que
tratam os §§ 1º e 2º deste artigo” (NR)
“Art. 74. ........................................................................................................
§ 2º A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da Assembleia Legislativa,
sendo publicada no Diário da Assembleia Legislativa e no Diário Oficial do Estado, entrando
em vigor na data da primeira publicação”. (NR)
“Art. 75. ........................................................................................................
§ 1º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Assembleia Legislativa
de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado estadual, distribuído, pelo
menos, por dez Municípios, com não menos de meio por cento dos eleitores de cada um deles.
§ 2º-...............................................................................................................
II -.................................................................................................................
b) servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade
e aposentadoria;
c) militares do Estado, a sua reforma, os limites de idade, a estabilidade e outras con-
dições de transferência para a inatividade, observadas as regras gerais de previdência editadas
pela União, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais
dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades;

294
Constituição do Estado do Piauí
d) criação e extinção de secretarias e órgãos da administração pública;
III -........................................................................................................
a) organização e atribuições da Procuradoria-Geral do Estado e da Defensoria Pública-
Geral;
§ 3º -........................................................................................................
I - nos projetos de iniciativa privativa do Governador do Estado, ressalvadas as dispo-
sições do art. 179, §§ 3º e 4º, desta Constituição;
..............................................................................................................” (NR)
“Art. 80. ........................................................................................................
§ 4º A Assembleia Legislativa reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de feve-
reiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição da Mesa Diretora,
para mandato de 2 (dois) anos.” (NR).
“Art. 81. ........................................................................................................
Parágrafo único.-...........................................................................................
III - na sessão legislativa extraordinária, a Assembleia Legislativa somente deliberará
sobre a matéria para a qual foi convocada, ressalvada a hipótese do inciso IV deste parágrafo
único, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.
IV - havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária da
Assembleia Legislativa, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação” (NR)
“Art. 82. À Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa compete exercer a repre-
sentação extrajudicial, a consultoria e o assessoramento técnico-jurídico do Poder Legislativo.
§ 1º A representação judicial do Poder Legislativo na defesa da sua autonomia e da sua
competência frente aos outros Poderes é feita pela Procuradoria-Geral da Assembleia.
§ 3º A Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa tem por chefe o Procurador-Geral,
nomeado em comissão pela Mesa Diretora.” (NR)
“Art. 88. O Tribunal de Contas, com sede na Capital do Estado, órgão auxiliar da As-
sembleia Legislativa do Estado, compõe-se de sete conselheiros, tendo quadro próprio de pessoal
e jurisdição em todo o território estadual, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no
art. 123, II, desta Constituição.
§ 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão escolhidos:
I - três pelo Governador do Estado, com a aprovação da Assembleia Legislativa:
a) sendo dois alternadamente entre auditores e membros do Ministério Público do Tri-
bunal de Contas, indicados em lista tríplice, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;
b) um de livre escolha do Governador;
§ 5º Os Conselheiros, em suas faltas e impedimentos, serão substituídos, pelos Auditores,
os quais terão as mesmas prerrogativas, garantias, impedimentos, subsídios, direitos e vantagens
do titular e, no exercício das demais atribuições da judicatura, as mesmas prerrogativas, garan-
tias e vantagens de juiz de entrância mais elevada, sendo seu subsídio, neste caso, fixado com
diferença não superior a dez por cento do subsídio fixado para o cargo de Conselheiro.
§ 6º Os Auditores, em número de cinco e com atribuições definidas em lei, serão nome-
ados pelo Governador do Estado dentre bacharéis em ciências jurídicas e sociais, em ciências

295
Constituição do Estado do Piauí
econômicas, em ciências contábeis ou em administração pública, mediante prévia aprovação em
concurso público de provas e títulos, observada a ordem de classificação.” (NR)
“Art. 102. ........................................................................................................
IX - prover e declarar a vacância dos cargos públicos, na forma da lei;
XXV - promover o repasse, até o dia vinte de cada mês, dos recursos correspondentes
a dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais destinados aos
órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública.
Parágrafo único. O Governador do Estado do Piauí poderá delegar as atribuições men-
cionadas nos incisos IX e XVIII aos Secretários de Estado, aos Coordenadores, ao Procurador-
Geral de Justiça, ao Procurador-Geral do Estado, ao Controlador-Geral do Estado e ao Defensor
Público-Geral.” (NR)
“Art. 112-........................................................................................................
V - o Juiz de Direito do Juízo Militar e os Conselhos de Justiça Militar.
§ 2º A Lei de Organização e Divisão Judiciária definirá a organização e o funcionamento
do Conselho da Magistratura.
..............................................” (NR)
“Art. 113. ........................................................................................................
§ 4º Se o Tribunal de Justiça não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro
do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para
fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.
§ 5º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em de-
sacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes
necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares
ou especiais.” (NR)
“Art. 114. ........................................................................................................
§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba
necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes
de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários,
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e inde-
nizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença
transitada em julgado.
§ 3º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente
ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal de Justiça determinar o pagamento
segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente
para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o seqüestro da quantia necessária à

296
Constituição do Estado do Piauí
satisfação do débito.
§ 4º O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de precatórios, não se
aplica aos pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda
Estadual ou Municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
§ 5º São vedados a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor
pago, bem como fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução, a fim de que seu
pagamento não se faça, em parte, na forma estabelecida no § 4º deste artigo e, em parte, mediante
expedição de precatório.
§ 6º A lei poderá fixar valores distintos para o fim previsto no § 4º deste artigo, segundo
as diferentes capacidades das entidades de direito público.
§ 7º O Presidente do Tribunal de Justiça que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou
tentar frustrar a liquidação regular de precatório incorrerá em crime de responsabilidade.” (NR)
“Art. 115. ........................................................................................................
Parágrafo único-..............................................................................................
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei federal;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.” (NR)
“Art. 116. ........................................................................................................
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso
público de provas e títulos, com a participação da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil
em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica
e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
II-.....................................................................................................................
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de pro-
dutividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos
oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo
pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e
assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver os autos em seu poder
além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
III - o acesso ao Tribunal de Justiça far-se-á por antigüidade e merecimento, alternada-
mente, apurados na última entrância;
IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistra-
dos, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial
ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o
disposto no art. 40, da Constituição Federal;
VII - o Juiz de Direito titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tri-
bunal de Justiça;

297
Constituição do Estado do Piauí
VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse
público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do Tribunal de Justiça ou do Con-
selho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
IX - a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância
atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a, b, c e e, do inciso II, deste artigo;
X - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e
Tribunal de Justiça, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes
em plantão permanente;
XI - o número de juízes na Justiça do Piauí será proporcional à efetiva demanda judicial
e à respectiva população;
XII - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos
de mero expediente sem caráter decisório;
XIII - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.” (NR)
“Art. 118. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos
quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse
público à informação” (NR)
“Art. 119. As decisões administrativas do Tribunal de Justiça serão motivadas e em sessão
pública, sob pena de nulidade, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de
seus membros.
..............................................” (NR)
“Art. 122. O Tribunal de Justiça, com jurisdição em todo o Estado e sede na Capital,
compor-se-á de Desembargadores, em número fixado por lei complementar de sua iniciativa
privativa, com competência estabelecida nesta Constituição e na legislação pertinente.
§ 1º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do
processo.
§ 2º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências
e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição,
servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.” (NR)
“Art. 123. ........................................................................................................
III -...................................................................................................................
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal
e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo estadual, em face desta
Constituição;
d)-....................................................................................................................
1. os Secretários de Estado, o Procurador-Geral do Estado e o Defensor Público-Geral
do Estado, salvo nos crimes de responsabilidade conexos com os do Governador do Estado;

3. o Comandante-Geral da Polícia Militar, o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros

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Constituição do Estado do Piauí
Militar, o Delegado-Geral da Polícia Civil, e os integrantes das carreiras de Procurador do Estado
e de Defensor Público do Estado;
f)-........................................................................................................
2. dos Secretários de Estado, do Comandante-Geral da Polícia Militar e do Comandante-
Geral do Corpo de Bombeiros Militar e o Delegado-Geral da Polícia Civil;
6. dos Juízes de Direito;
8. do Procurador-Geral do Estado e do Defensor Público-Geral do Estado, ou dos inte-
grantes de suas respectivas carreiras.
m) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas
decisões, quando usurpada ou desobedecidas por Juízes de Direito.
..............................................” (NR)
“Art. 124. São partes legítimas para promover ação direta de inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo estadual ou municipal ou ação declaratória de constitucionalidade, em face
desta Constituição:

§ 2º Declarada incidentalmente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual


ou municipal, a decisão será comunicada, conforme o caso, à Assembleia Legislativa ou à Câmara
Municipal para a suspensão da sua execução, no todo ou em parte.
§ 6º Aplicam-se, no que couber, ao processo de controle concentrado de constitucio-
nalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal em face desta Constituição, as normas
correspondentes sobre o processo e julgamento de lei ou ato normativo perante o Supremo
Tribunal Federal, em especial quanto ao quórum, procedimento e concessão de liminares.” (NR)
“Art. 127. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de
varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias.
..............................................” (NR)
“Art. 131. A Justiça Militar é constituída, em primeiro grau, na forma da lei, por Juízes
de Direito de entrância final e pelos Conselhos de Justiça, presididos por Juiz de Direito, e, em
segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça. ..............................................” (NR)
“Art. 132. Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os policiais militares e
bombeiros militares do Estado, nos crimes militares definidos em lei, ressalvada a competência
do júri quando a vítima for civil, e as ações civis contra atos disciplinares militares, cabendo
ao Tribunal de Justiça decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação
das praças.
§ 1º Compete ao Juiz de Direito do Juízo Militar processar e julgar, singularmente, os
crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares.
§ 2º Cabe aos Conselhos de Justiça processar e julgar os demais crimes militares.” (NR)
“Art. 139. A Lei de Organização e Divisão Judiciária do Estado, obedecida a Consti-
tuição Federal, disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência das serventias
do foro judicial.
Parágrafo único. As custas judiciais serão fixadas por lei estadual, segundo a natureza

299
Constituição do Estado do Piauí
do processo e a espécie de recurso.” (NR)
“Art. 140. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado por
delegação do Poder Público.
§ 1º Respeitada a legislação federal, lei estadual regulará, no que couber, as atividades,
a responsabilidade dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e a fiscalização de
seus atos pelo Tribunal de Justiça.
§ 2º Atendidas as normas gerais estabelecidas na legislação federal, os emolumentos
relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro, assim como a sua majoração,
serão fixados por lei estadual.
§ 3º O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de pro-
vas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de
provimento ou de remoção, por mais de seis meses.” (NR)
“Art. 144. ........................................................................................................
§ 1º O Ministério Público do Estado elaborará sua proposta orçamentária dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º Se o Ministério Público do Estado não encaminhar a respectiva proposta orçamentária
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará,
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamen-
tária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º, deste artigo.
§ 3º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo
com os limites estipulados na forma do § 1º, deste artigo, o Poder Executivo procederá aos ajustes
necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
§ 4º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização
de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais” (NR)
“Art. 145. ........................................................................................................
I-.......................................................................................................................
e) aplicação aos membros do Ministério Público dos direitos sociais previstos no art.
39, § 3º, da Constituição Federal;
II -....................................................................................................................
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão
colegiado competente do Ministério Público do Estado, pelo voto da maioria absoluta dos seus
membros assegurada ampla defesa;
III -...................................................................................................................
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
§ 1º O ingresso na carreira do Ministério Público do Estado far-se-á mediante concurso
público de provas e títulos, assegurada a participação da Seccional da Ordem dos Advogados do
Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade

300
Constituição do Estado do Piauí
jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.
§ 2º As funções do Ministério Público Estadual só podem ser exercidas por integrantes
da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe
da instituição.
§ 3º Aplica-se ao Ministério Público do Estado, no que couber, o disposto no art. 93, da
Constituição Federal.
§ 5º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único,
V, da Constituição Federal.
§ 6º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata.” (NR)
“Art. 150. ........................................................................................................
§ 1º A Procuradoria Geral do Estado tem por chefe o Procurador-Geral do Estado, nomea-
do em comissão pelo Governador do Estado, com prerrogativas de Secretário de Estado, dentre os
membros estáveis da carreira, maiores de trinta anos, de notório saber jurídico e reputação ilibada.
§ 3º O ingresso na Carreira de Procurador do Estado dependerá de concurso público de
provas e títulos, com a participação da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em todas
as suas fases.
................................................” (NR)
“Art. 151. ........................................................................................................
§ 1º O Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado será composto pelo Procurador
Geral do Estado, Procurador Geral Adjunto, Corregedor, Chefes das Procuradorias Especializadas
e da Consultoria Jurídica.
§ 2º O pessoal dos serviços auxiliares da Procuradoria-Geral do Estado será organizado
em quadro próprio, na forma da lei e recrutado por concurso público de provas ou de provas e
títulos.” (NR)
“Art. 152. ........................................................................................................
§ 1º Os processos administrativos disciplinares a serem instaurados no âmbito da Ad-
ministração Direta serão presididos por um Procurador do Estado, salvo quanto aos militares
do Estado e aos policiais civis, mantido em relação a estes últimos o controle finalístico da
Procuradoria-Geral do Estado.
...............................................” (NR)
“Art. 153. ........................................................................................................
§ 1º A Defensoria Pública tem por chefe o Defensor Público-Geral, nomeado em comis-
são pelo Governador do Estado, dentre os membros da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
de notório saber jurídico e reputação ilibada, na forma disciplinada pela legislação estadual.
§ 3º À Defensoria Pública do Estado é assegurada a autonomia funcional e administrativa
e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao art. 99, § 2º, da Constituição Federal” (NR)
“Art. 154. ........................................................................................................
III - o ingresso, na classe inicial da carreira, mediante concurso público de provas e
títulos, com participação da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, obedecendo-se, nas

301
Constituição do Estado do Piauí
nomeações, à ordem de classificação;
................................................” (NR)
“Art. 160. ........................................................................................................
I - o ingresso na classe inicial de delegado de polícia de carreira, mediante concurso
público de provas e títulos, com a participação da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil,
obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
§ 1º O cargo de delegado de polícia constitui uma das carreiras jurídicas do Poder Exe-
cutivo do Estado e será estruturado em quadro próprio.
§ 2º A realização de concurso público de provas e títulos e o respectivo provimento dos
cargos de delegados de polícia dependerão de planejamento do Poder Executivo e serão efetuados
de acordo com as disponibilidades orçamentárias do Estado.” (NR)
“Art. 165. O Estado e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores
efetivos, para custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40 da
Constituição Federal, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares
de cargos efetivos da União.” (NR)
“Art. 166. ........................................................................................................
III -...................................................................................................................
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
§ 5º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito
presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderão ser
concedidos mediante lei específica, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias
acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art.
170, § 1º, g, desta Constituição.
§ 6º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária condição de responsá-
vel pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido.
§ 7º A vedação do inciso III, c, não se aplica à fixação de base de cálculo dos impostos
previstos nos arts. 168, III, e 171, I, desta Constituição.” (NR)
“Art. 168. Compete ao Estado instituir imposto sobre:
I - transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos;
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e prestações
se iniciem no exterior;
III - propriedade de veículos automotores.” (NR)
“Art. 169. A instituição do imposto previsto no inciso I, do art. 168, desta Constituição,
compete ao Estado, nas seguintes condições:
................................................” (NR)
“Art. 170. O imposto previsto no inciso II, do art. 168, desta Constituição, compete ao

302
Constituição do Estado do Piauí
Estado, nas seguintes condições:
VI -........................................................................................................
a) a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica,
ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim
como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o
domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;
VII-........................................................................................................
a) operação que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a
destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto
cobrado nas operações e prestações anteriores;
d) nas prestações de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora
e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;
§ 1º-........................................................................................................
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única
vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso
VII, b, deste artigo;
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na
importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço;
§ 4º Na hipótese do § 1º, h, deste artigo observar-se-á o seguinte:
I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto
caberá ao Estado onde ocorrer o consumo;
II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados,
e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido
entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre
nas operações com as demais mercadorias;
III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e
combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto
caberá ao Estado de origem;
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito
Federal, nos termos deste artigo do § 1º, g, observando-se o seguinte:
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto;
b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo
sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma
venda em condições de livre concorrência;
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 166,
III, b desta Constituição.
§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à apuração
e à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, nos termos do § 1º, g.
§ 6º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput do art. 155 e o art. 153,

303
Constituição do Estado do Piauí
I e II, da Constituição Federal, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a
energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais
do País.” (NR)
“Art. 171. ........................................................................................................
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 168, II, desta Constituição,
definidos em lei complementar federal.
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 190, § 4º, II, desta
Constituição, o imposto previsto no inciso I poderá:
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput, deste artigo, cabe à lei
complementar:
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior;
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais que
serão concedidos e revogados.
..............................................” (NR)
“Art. 173. ........................................................................................................
Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede o Estado de condicionar a
entrega de recursos:
I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias;
II - ao cumprimento do disposto no art. 204, § 2º, I e II, desta Constituição.” (NR)
“Art. 180. ........................................................................................................
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição
do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 172 desta Constituição, a destinação
de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respecti-
vamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 da Constituição Federal e art. 49, § 1º, desta Constituição, e
a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 178,
§ 8º, desta Constituição, bem como as que tenham como objetivo específico o refinanciamento
da dívida pública do Estado;
...............................................” (NR)
“Art. 181. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os
créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário,
do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês,
em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, e art. 168, da
Constituição Federal.” (NR)
“Art. 182. ........................................................................................................
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de

304
Constituição do Estado do Piauí
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa
de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a
adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de
verbas estaduais aos Municípios que não observarem os referidos limites.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo
fixado na lei complementar referida no caput, o Estado e os Municípios adotarão as seguintes
providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança;
II - exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor
estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes espe-
cifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado
extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas
pelo prazo de quatro anos.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do
disposto no § 4º.” (NR)
“Art. 204. ........................................................................................................
§ 1º A participação popular no sistema único de saúde será assegurada pela criação do
conselho estadual e conselhos municipais de saúde, composto paritariamente por órgãos públicos,
entidades representativas do setor, reconhecidos por lei, e representantes dos beneficiários do
sistema de saúde do Estado e dos Municípios, com poder deliberativo e sob a coordenação das
secretarias de saúde estadual e municipais.
§ 2º O Estado e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de
saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre:
I - no caso do Estado, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155, e
dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, I, a, e inciso II, da Constituição Federal, deduzidas
as parcelas que forem transferidas aos Municípios;
II - no caso dos Municípios, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o
art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, I, b e § 3º, da Constituição Federal.
§ 3º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários
de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo

305
Constituição do Estado do Piauí
com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação.
§ 4º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição
Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de
agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos
específicos, fixados em lei, para o seu exercício.” (NR)
“Art. 210. ........................................................................................................
Parágrafo único. Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do
tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese
em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo
critérios estabelecidos em lei.” (NR)
“Art. 215. ........................................................................................................
§ 3º Será promovida a divulgação do processo de linguagem mímica nas escolas de en-
sino fundamental e médio, a fim de facilitar a comunicação entre a comunidade e os deficientes
de fala e audição.” (NR)
“Art. 217. ........................................................................................................
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei,
planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos
das redes públicas;
§ 3º A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da
educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de
carreiras, no âmbito do Estado e dos Municípios.” (NR)
“Art. 223. ........................................................................................................
§ 2º Setenta por cento dos recursos previstos neste artigo serão destinados ao atendimento
das necessidades do ensino fundamental.” (NR)
“Art. 229. ........................................................................................................
§ 3º A lei estabelecerá plano estadual de cultura, de duração plurianual, visando ao
desenvolvimento cultural do Estado e à integração das ações do poder público que conduzem a:
I - defesa e valorização do patrimônio cultural piauiense;
II - produção, promoção e difusão de bens culturais;
III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões;
IV - democratização do acesso aos bens de cultura;
V - valorização da diversidade étnica e regional.
§ 4º É facultado ao Estado vincular fundo estadual de fomento à cultura até cinco dé-
cimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos
culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:
I - despesas com pessoal e encargos sociais;
II - serviços da dívida;
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos e
ações apoiadas.” (NR)

306
Constituição do Estado do Piauí
Art. 2º. A Constituição Estadual passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 21-A,
27-A, 160 - A, 165-A, 170-A e 228-A:
“Art. 21-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios
dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percen-
tuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art.
153 e nos arts. 158 e 159, da Constituição Federal, efetivamente realizado no exercício anterior:
I - oito por cento para Municípios com população de até cem mil habitantes;
II - sete por cento para Municípios com população entre cem mil e um e trezentos mil
habitantes;
III - seis por cento para Municípios com população entre trezentos mil e um e quinhentos
mil habitantes;
IV - cinco por cento para Municípios com população acima de quinhentos mil e um
habitantes.
§ 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha
de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
§ 2º Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.
§ 3º Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desres-
peito ao § 1º deste artigo”.
“Art. 27-A. A alienação de bens imóveis dos Municípios e de suas entidades da admi-
nistração indireta dependerá:
I - sempre de avaliação;
II - de autorização legislativa, quando o imóvel for do Município, de suas autarquias ou
fundações públicas; e
III - de licitação na modalidade prevista em lei nacional, dispensada essa quando a alie-
nação se destinar a assentamento de fins sociais ou o adquirente for pessoa constante deste artigo.
§ 1º Os bens imóveis do Município ou de suas entidades da administração indireta não
podem ser objeto de doação ou de utilização gratuita por terceiros, salvo nos casos de assentamento
de fins sociais ou se o beneficiário for órgão ou entidade da administração pública, de qualquer
esfera federativa, sempre mediante autorização legislativa, na forma prevista no inciso II do caput.
§ 2º É proibida a alienação de bens imóveis pertencentes ao patrimônio municipal e de
suas entidades de administração indireta e fundacional no período de cento e oitenta dias que
preceda a posse do Prefeito.”
“Art. 160-A. É vedada a vinculação ou equiparação de remuneração ou subsídio entre
as carreiras jurídicas do Poder Executivo e entre estas e as demais carreiras jurídicas.”

307
Constituição do Estado do Piauí
“Art. 165-A. Os Municípios poderão instituir contribuição, na forma das respectivas
leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto nos incisos I e III,
do art. 150, da Constituição Federal”.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura
de consumo de energia elétrica.”
“Art. 170-A. O imposto previsto no inciso III, do art. 168, desta Constituição, deve
observar as seguintes condições:
I - terá alíquotas mínimas fixadas de acordo com resolução do Senado Federal;
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização”.
“Art. 228-A. O Estado e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus
sistemas de ensino, inclusive com a participação da União.
§ 1º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.
§ 2º O Estado atuará prioritariamente no ensino fundamental e médio.
§ 3º Na organização de seu sistema de ensino, o Estado e os Municípios definirão formas
de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.
§ 4º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a cota estadual
da contribuição social do salário-educação, proporcionalmente ao número de alunos matriculados
na educação básica na rede pública de ensino”.
Art. 3º A Seção II do Capítulo V do Título III passa a denominar-se “Dos Servidores Pú-
blicos” e a Seção III do Capítulo V do Título III passa a denominar-se “Dos Militares do Estado”.
Art. 4º. Até que a lei complementar de iniciativa do Tribunal de Justiça fixe o número de
Desembargadores, o Tribunal de Justiça permanecerá com dezessete Desembargadores.
Art. 5º. Ficam revogados o § 3º do art. 31, o inciso VI do art. 54, o inciso XVIII do art.
63; o § 1º do art. 112; o art. 120; as alíneas “b” e “c” do inciso I do art. 145; o inciso V do art.
154; o inciso II do art. 160; o § 4º e o inciso IV do art. 171 e os arts. 211, 212 e 213, todos, da
Constituição Estadual.
Art. 6º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Petrônio Portela, em Teresina (PI), 17 de dezembro de 2008.

Dep. Themistocles Filho Dep. Mauro Tapety


Presidente 2º Secretário
Dep. Antonio Uchoa
1º Secretário

308
Constituição do Estado do Piauí
Emenda Constitucional nº 28 de 16 de dezembro de 2009
Altera o parágrafo único do art. 28 da Constituição do Estado do Piauí e dá outras providências.

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74, § 2º da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte emenda ao
texto constitucional.
Art. 1º O parágrafo único do art. 28 da Constituição do Estado do Piauí passará a ter a
seguinte redação:
“Art. 28. ......................................................................................................
Parágrafo único. No município onde não houver órgão de imprensa oficial, a publicação
dos atos referidos neste artigo e no art. 22 será feita no Diário Oficial dos Municípios, órgão de
publicação dos atos municipais, instituído e oficializado por legislação municipal especifica dos
referidos entes federativos.”
Art. 2º. Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em Teresina. (PI), 16 de
dezembro de 2009.
Dep. THEMÍSTOCLES FILHO Dep. NERINHO
Presidente 1º Secretário
Dep. FLORA IZABEL Dep. MARDEN MENESES
1º Vice-Presidente 3º Vice-Presidente
Dep. WILSON BRANDÃO Dep. MORAES SOUSA FILHO
4º Vice-Presidente 2º Secretário
Dep. JURACI LEITE Dep. HENRIQUE ALENCAR REBELO
3º Secretário 4º Secretário
Dep. LILIAN MARTINS
2º Vice-Presidente
Emenda Constitucional nº 29 de 23 de novembro de 2010
DOE nº 219, de 23.11.2010, pág. 4
Altera o art. 18, § 2º, da Constituição Estadual (proibição de alienação de bens públicos nos
cento e oitenta dias antecedentes à posse do Chefe do Executivo).

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74, § 2°, da Constituição Estadual, promulga a seguinte Emenda ao texto
constitucional:
Art. 1º. O art. 18, § 2° e 27-A, § 2° da Constituição do Estado do Piauí passam a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 18. [ ... ]
“[ ... ]
“§ 2° É proibida a alienação de bens imóveis pertencentes ao patrimônio estadual e de
suas entidades da administração autárquica e fundacional no período de cento e oitenta dias que
precede a posse do Governador.” (NR)

309
Constituição do Estado do Piauí
“Art. 27-A. [ ... ]
“[ ... ]
“§ 2° É proibida a alienação de bens imóveis pertencentes ao patrimônio municipal e
de suas entidades da administração autárquica e fundacional no período de cento e oitenta dias
que precede a posse do Prefeito.” (NR)
Art. 2°. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
PALÁCIO PETRÔNIO PORTELA, em Teresina(PI), 23 de novembro de 2010.

Dep. THEMÍSTOCLES FILHO Dep. MORAES SOUZA FILHO


Presidente 2º Secretário
Dep. NERINHO
1º Secretário

Emenda Constitucional nº 30 de 27 de setembro de 2011


Altera a denominação do Capítulo VIII do Título VIII da Constituição do Estado do Piauí e
modifica o seus arts. 248 e 250 para cuidar dos interesses da juventude.

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74, § 2º da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte emenda ao
texto constitucional.
Art. 1º. O Capítulo VIII do Título VIII da Constituição Estadual passa a denominar-se
“Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso”.
Art. 2º. O art. 248 da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 248. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adoles-
cente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do ado-
lescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais e obedecendo
aos seguintes preceitos:
.........................................................................................................................
II - criação de programas de preservação e atendimento especializado para os portadores
de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do
jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a faci-
litação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos
arquitetônicos.
§ 2º ..................................................................................................................
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;
VII - programa de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao
jovem dependentes de entorpecentes e drogas afins.

310
Constituição do Estado do Piauí
§ 3º A lei punirá severamente o abuso, criança, do adolescente e do jovem será leva-
a violência e a exploração sexual da criança, do do em consideração o disposto no art. 204, da
adolescente e do jovem. Constituição Federal.
§ 6º No atendimento dos direitos da § 7º O Estado acolherá, preferencial-
mente, em casas especializadas, mulheres, crianças, adolescentes e jovens vítimas de violência
familiar e extrafamiliar.
§ 8º A lei estabelecerá:
I - o plano estadual de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias
esferas do poder público para a execução de políticas públicas.” (NR)
Art. 3º. O art. 250 da Constituição do Estado do Piauí passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 250. A lei estabelecerá política de proteção à família, à criança, ao adolescente, ao
jovem e ao idoso, facultada a criação de órgãos destinados à sua execução.” (NR)
Art. 4º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em Teresina. (PI), 27 de se-
tembro de 2011.

Dep. THEMÍSTOCLES FILHO 2º Vice-Presidente


Presidente Dep. FÁBIO NOVO
Dep. ISMAR MARQUES 1º Secretário
1º Vice-Presidente Dep. FLÁVIO JÚNIOR
Dep. JULIANA MORAES SOUSA 3º Vice-Presidente
4º Vice-Presidente Dep. LIZIÊ COÊLHO
Dep. ANTÔNIO FÉLIX 2º Secretário
3º Secretário Dep. JURACÍ LEITE
Dep. MARDENMENESES 4º Secretário

Emenda Constitucional nº 31 de 27 de setembro de 2011


Altera a redação do inciso III e do § 1º, ambos do art. 18 da Constituição do Estado do Piauí.

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74, § 2º da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte Emenda ao
texto constitucional.
Art. 1º. O inciso III e o § 1º, do art. 18 da Constituição do Estado do Piauí passam a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 18. .......................................................................................................
III - de licitação na modalidade prevista em lei nacional, dispensada essa quando a
alienação se destinar a assentamento de fins sociais, regularização fundiária ou a entidade da
Administração Pública de qualquer esfera federativa.
§ 1º Os bens imóveis do Estado e de suas entidades da Administração indireta não podem

311
Constituição do Estado do Piauí
ser objeto de doação ou de utilização gratuita por terceiros, salvo nos casos de assentamento de
fins sociais, regularização fundiária ou se o beneficiário for órgão ou entidade da Administração
Pública, de qualquer esfera federativa, sempre mediante autorização legislativa, na forma prevista
no inciso II do caput.”
..............................................................................................................” (NR)
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em Teresina. (PI), 27 de se-
tembro de 2011.
Dep. THEMÍSTOCLES FILHO Dep. FÁBIO NOVO
Presidente 1º Secretário
Dep. ISMAR MARQUES Dep. FLÁVIO JÚNIOR
1º Vice-Presidente 3º Vice-Presidente
Dep. JULIANA MORAES SOUSA Dep. LIZIÊ COÊLHO
4º Vice-Presidente 2º Secretário
Dep. ANTÔNIO FÉLIX Dep. JURACÍ LEITE
3º SecretárioDep. MARDENMENESES 4º Secretário
2º Vice-Presidente
Emenda Constitucional nº 32 de 27 de outubro de 2011
Altera o limite de idade para a aposentadoria compulsória do servidor público.

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74, § 2º da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte Emenda ao
texto constitucional:
Art. 1º. O art. 57 da Constituição do Estado do Piauí passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 57. ......................................................................................................
§ 1º ..............................................................................................................
.....................................................................................................................
II - compulsoriamente, aos setenta e cinco anos de idade, com proventos proporcionais
ao tempo de contribuição;
.........................................................................................................................” (NR)
Art. 2º. O art. 116 da Constituição do Estado do Piauí passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 116. ....................................................................................................
.....................................................................................................................
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão as regras
gerais aplicáveis ao regime próprio de previdência do servidor público estadual, sem prejuízo
das prerrogativas constitucionais e legais da magistratura;
.........................................................................................................................” (NR)

312
Constituição do Estado do Piauí
Art. 3º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em Teresina. (PI), 27 de ou-
tubro de 2011.

Dep. THEMÍSTOCLES FILHO Dep. FÁBIO NOVO


Presidente 1º Secretário
Dep. ISMAR MARQUES Dep. FLÁVIO JÚNIOR
1º Vice-Presidente 3º Vice-Presidente
Dep. JULIANA MORAES SOUSA Dep. LIZIÊ COÊLHO
4º Vice-Presidente 2º Secretário
Dep. ANTÔNIO FÉLIX Dep. JURACÍ LEITE
3º Secretário 4º Secretário
Dep. MARDENMENESES
2º Vice-Presidente
Emenda Constitucional nº 33 de 15 de dezembro de 2011
Altera a redação da alínea “a” do inciso IV do art. 21 da Constituição do Estado do Piauí.

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74, § 2º da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte Emenda ao
texto constitucional:
Art. 1º. A alínea “a” do inciso IV do art. 21 da Constituição do Estado do Piauí, passa
a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 21. ......................................................................................................
IV ................................................................................................................
a) no mínimo de nove e máximo de vinte e nove, nos Municípios de até 900.000 (no-
vecentos mil) habitantes;
..............................................................................................................” (NR)
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em Teresina. (PI), 15 de de-
zembro de 2011.

Dep. THEMÍSTOCLES FILHO Dep. FÁBIO NOVO


Presidente 1º Secretário
Dep. ISMAR MARQUES Dep. FLÁVIO JÚNIOR
1º Vice-Presidente 3º Vice-Presidente
Dep. JULIANA MORAES SOUSA Dep. LIZIÊ COÊLHO
4º Vice-Presidente 2º Secretário
Dep. ANTÔNIO FÉLIX Dep. JURACÍ LEITE
3º Secretário 4º Secretário
Dep. MARDENMENESES
2º Vice-Presidente

313
Constituição do Estado do Piauí
Emenda Constitucional nº34 de 20 de dezembro de 2011
Acrescenta os parágrafos 8º e 9º ao art. 166 da Constituição do Estado.

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74, § 2º da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte Emenda ao
texto constitucional:
Art. 1º. O artigo 166 da Constituição Estadual passa a viger com os §§ 8º e 9º:
“Art. 166. ............................................................................................................
§ 8º O Estado do Piauí poderá firmar convênios com os municípios, incumbindo estes de pres-
tar informações e coligir dados, em especial os relacionados com o trânsito de mercadorias ou
produtos, com vistas a resguardar o efetivo ingresso de tributos estaduais nos quais tenham
participação, assim como o Estado deverá informar os dados das operações com cartões de
crédito às municipalidades, para fins de fiscalização e recolhimento do Imposto sobre Serviços
de Qualquer Natureza, como disposto no art. 199 do Código Tributário Nacional.
§ 9º A disponibilização das informações para os municípios ocorrerá mensalmente e de
forma continuada, por meio eletrônico, contendo o rol de todas as operações com cartões de
crédito e de débito ocorridas em seus respectivos territórios, no período do mês anterior. Deverá
a relação explicitar para cada administradora de cartões os nomes dos vendedores de mercadorias
e/ou de serviços e os valores de suas operações discriminadas.
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em Teresina. (PI), 20 de de-
zembro de 2011.

Dep. THEMÍSTOCLES FILHO Dep. FÁBIO NOVO


Presidente 1º Secretário
Dep. ISMAR MARQUES Dep. FLÁVIO JÚNIOR
1º Vice-Presidente 3º Vice-Presidente
Dep. JULIANA MORAES SOUSA Dep. LIZIÊ COÊLHO
4º Vice-Presidente 2º Secretário
Dep. ANTÔNIO FÉLIX Dep. JURACÍ LEITE
3º Secretário 4º Secretário
Dep. MARDENMENESES
2º Vice-Presidente

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 35 DE 30 DE OUTUBRO DE 2012


Acrescentam-se os parágrafos 1º e 2º ao art. 40 da Constituição do Estado do Piauí.
A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ
promulga a seguinte Emenda ao texto constitucional:

Art. 1º. Acrescentam-se os parágrafos 1º e 2º ao art. 40 da Constituição do Estado do


Piauí, que passa a vigorar com a seguinte redação:

314
Constituição do Estado do Piauí
“Art. 40. ......................................................................................................
§ 1º Os avisos de licitação, os Relatórios de Gestão Fiscal, os Relatórios Resumidos
de Execução Orçamentária e demais documentos de publicação obrigatória previstos na Lei
8.666, de 21 de junho de 1993, e na Lei 101, de 04 de maio de 2000, de responsabilidade da
Administração Pública estadual e municipal, serão publicados na imprensa escrita em Diário
Oficial do Estado ou do Município, com exemplar da edição, por medida de segurança, enviado
ao Arquivo Público do Piauí, no prazo máximo de 10 (dez) dias a contar da data de sua efetiva
circulação, para fins de guarda e arquivamento Ad Perpetuam Rei Memoriam.
§ 2º Mediante requisição de autoridade competente ou sempre que formalmente solicitado
por parte interessada, para fins de instrução de processo administrativo ou judicial, comprovação
de direitos ou apuração de responsabilidades, o Arquivo Público fornecerá certidão de inteiro
teor da publicação dos documentos acima mencionados ou de quaisquer outros sob sua guarda,
podendo, para tanto, efetuar a cobrança de taxas de expediente a serem regulamentadas em ato
do Poder Executivo Estadual.”
Art. 2º. O parágrafo único do art. 40 passa a ser renumerado como parágrafo 3º e tem
a seguinte redação:
“Art. 40. ......................................................................................................
§ 3° É vedada, no âmbito da administração pública, sob pena de nulidade absoluta, a
contratação de obras e serviços sem a prévia aprovação do projeto respectivo pela autoridade
competente e a indicação das disponibilidades orçamentárias e financeiras.”
Art. 3º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em Teresina. (PI), 30 de ou-
tubro de 2012.
Dep. THEMÍSTOCLES FILHO Dep. FÁBIO NOVO
Presidente 1º Secretário
Dep. ISMAR MARQUES Dep. FLÁVIO JÚNIOR
1º Vice-Presidente 3º Vice-Presidente
Dep. JULIANA MORAES SOUSA Dep. LIZIÊ COÊLHO
4º Vice-Presidente 2º Secretário
Dep. ANTÔNIO FÉLIX Dep. JURACÍ LEITE
3º Secretário
4º Secretário
Dep. MARDENMENESES
2º Vice-Presidente

Emenda Constitucional nº 36 de 30 de outubro de 2012


Dá nova redação ao artigo 18 da Constituição do Estado do Piauí, e dá outras providências.

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74, § 2º da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte Emenda ao
texto constitucional:
Art. 1º. O § 1º do artigo 18 da Constituição Estadual passa a ter a seguinte redação:

315
Constituição do Estado do Piauí
“Art. 18. ......................................................................................................
§ 1º Os bens imóveis do Estado não podem ser objeto de doação ou de utilização gra-
tuita por terceiros, salvo nos casos de assentamento de fins sociais, regularização fundiária ou
se o beneficiário for pessoa jurídica de direito interno, órgão de sua administração indireta ou
fundação de direito público, entidades da sociedade civil organizada reconhecidas de utilidade
pública no Estado, sempre mediante autorização legislativa.”
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em Teresina. (PI), 30 de ou-
tubro de 2012.
Dep. THEMÍSTOCLES FILHO
Presidente Dep. FÁBIO NOVO
Dep. ISMAR MARQUES 1º Secretário
1º Vice-Presidente Dep. FLÁVIO JÚNIOR
Dep. JULIANA MORAES SOUSA 3º Vice-Presidente
4º Vice-Presidente Dep. LIZIÊ COÊLHO
Dep. ANTÔNIO FÉLIX 2º Secretário
3º Secretário Dep. JURACÍ LEITE
Dep. MARDENMENESES 4º Secretário
2º Vice-Presidente

Emenda Constitucional nº 37 de11 de dezembro de 2012


A1tera o inciso XXII do Art. 102 da Constituição Estadual e dá outras providências.

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74, § 2º da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte Emenda ao
texto constitucional:
Art. 1°. O inciso XXII do art. 102 da Constituição do Estado do Piauí passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 102. ....................................................................................................
XXII - nomear os magistrados e os conselheiros do Tribunal de Contas nos casos pre-
vistos nesta Constituição.” (NR)
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em Teresina. (PI), 11 de de-
zembro de 2012.
Dep. THEMÍSTOCLES FILHO
Presidente Dep. FÁBIO NOVO
Dep. ISMAR MARQUES 1º Secretário
1º Vice-Presidente Dep. FLÁVIO JÚNIOR
Dep. JULIANA MORAES SOUSA 3º Vice-Presidente
4º Vice-Presidente Dep. LIZIÊ COÊLHO
Dep. ANTÔNIO FÉLIX 2º Secretário
3º Secretário Dep. JURACÍ LEITE
Dep. MARDENMENESES 4º Secretário
2º Vice-Presidente

316
Constituição do Estado do Piauí
Emenda Constitucional nº 38 de 13 de dezembro de 2012
Altera o art. 90 da Constituição do Estado do Piauí, dispondo sobre o mandato dos controla-
dores internos de cada Poder e instituição.

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74, § 2º da Constituição do Estado do Piauí, promulga a seguinte Emenda ao
texto constitucional:
Art. 1º. O art. 90 da Constituição do Estado do Piauí passa a vigorar acrescido dos
seguintes dispositivos:
Art. 90. ........................................................................................................
§ 1º Os titulares dos órgãos de controle interno dos Poderes do Estado e municípios
serão nomeados dentre os integrantes do quadro efetivo de cada Poder e instituição, nos âmbitos
estadual e municipal, com mandato de três anos.
§ 2° A destituição do cargo de Controlador antes do término do mandato previsto no
§1º somente se dará através de processo administrativo em que se apure falta grave aos deveres
constitucionais e desrespeito à Lei Orgânica do Sistema de Controle Interno a ser regulamentado.
Art. 2°. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em Teresina. (PI), 13 de de-
zembro de 2012.
Dep. THEMÍSTOCLES FILHO Dep. FÁBIO NOVO
Presidente 1º Secretário
Dep. ISMAR MARQUES Dep. FLÁVIO JÚNIOR
1º Vice-Presidente 3º Vice-Presidente
Dep. JULIANA MORAES SOUSA Dep. LIZIÊ COÊLHO
4º Vice-Presidente 2º Secretário
Dep. ANTÔNIO FÉLIX Dep. JURACÍ LEITE
3º Secretário 4º Secretário
Dep. MARDENMENESES
2º Vice-Presidente
Emenda Constitucional nº 39 de 16 de julho de 2013
Dá nova redação ao inciso III do art. 3º da Constituição Estadual, ampliando o rol de discrimi-
nações expressamente vedadas, e dá outras providências.

A MESA DIRETORA DA ASSMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74 § 2º, da Constituição Estadual promulga a seguinte emenda ao texto
constitucional:
Art. 1º. O inciso III do art. 3º da Constituição Estadual, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 3º. ........................................................................................................
III - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, etnia, raça, sexo, cor, de-

317
Constituição do Estado do Piauí
ficiência física, visual, auditiva, intelectual ou múltiplas, idade, estado civil, orientação sexual,
convicção religiosa, política, filosófica ou teológica, trabalho rural ou urbano, condição social,
por ter cumprido pena e quaisquer outras formas de discriminação.”
Art. 2º. Esta Emenda entra em vigor na data da sua publicação.
PALÁCIO PETRÔNIO PORTELA, em Teresina (PI), de 16 de julho de 2013.

Dep. THEMÍSTOCLES FILHO Dep. HÉLIO ISAÍAS


Presidente 2º Secretário
Dep. FÁBIO NOVO
1º Secretário

Emenda Constitucional nº 40 de16 de julho de 2013


Dá nova redação ao parágrafo 1° do art. 40 da Constituição do Estado do Piauí.

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74 § 2º, da Constituição Estadual promulga a seguinte emenda ao texto
constitucional:
Art. 1°. O parágrafo 1° do art. 40 da Constituição do Estado do Piauí, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 40. ..................................................................................................................
§ 1° Os Avisos de Licitação, os Relatórios de Gestão Fiscal, os Relatórios Resumidos de
Execução Orçamentária, a Lei Orçamentária Anual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Plano
Plurianual e demais documentos de publicação obrigatória previstos na Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993, e na Lei nº 101, de 04 de maio de 2000, de responsabilidade da administração
pública estadual e municipal, acompanhados de seus respectivos anexos, serão publicados na
imprensa escrita em Diário Oficial do Estado ou do próprio Município, na forma prevista no art.
28, com exemplares das edições diárias sequencialmente numeradas, por medida de segurança,
enviados ao Arquivo Público do Piauí, imediatamente após a sua circulação, para fins de guarda
e arquivamento Ad Perpetuam in Memoriam.”
Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.
PALÁCIO PETRÔNIO PORTELA, em Teresina (PI), de 16 de julho de 2013.

Dep. THEMÍSTOCLES FILHO Dep. HÉLIO ISAÍAS


Presidente 2º Secretário
Dep. FÁBIO NOVO
1º Secretário

318
Constituição do Estado do Piauí

Emenda Constitucional nº 41 de 10 de setembro de 2013


Ajusta a Constituição do Estado do Piauí com as alterações ocorridas na Constituição da
República Federativa do Brasil, e dá outras providências.

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PIAUÍ,


nos termos do art. 74, § 2º, da Constituição do Estado do Piauí e art. 104, do Regimento Interno,
promulga a seguinte Emenda ao texto da Constituição do Estado do Piauí:
Art. 1º. Os arts. 5º, 19, 21, 21-A, 57, 63, 70, 82, 204, 217, 226, 228, 228-A, 230 e 248
passam a vigorar com os seguintes acréscimos e alterações:
“Art. 5º. ........................................................................................................
§ 10. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.”
“Art. 19. ......................................................................................................
Parágrafo único. A competência para intervir nos municípios é exclusivamente prevista no
art. 36, observado o procedimento previsto no art. 37, sendo vedado o bloqueio da movimentação
das contas bancárias dos órgãos, entidades, pessoas e fundos sujeitos a jurisdição, ressalvada a
competência exclusiva do Poder Judiciário.”
“Art. 21. ......................................................................................................
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de
até 30.000 (trinta mil) habitantes;
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e
de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes
e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes
e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil)
habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil)
habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) ha-
bitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e
cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil)
habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cin-
quenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;

319
Constituição do Estado do Piauí
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil)
habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes;
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e
cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e
duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e
cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e
quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão
e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões
e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões)
de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões)
de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões)
de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes;
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões)
de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões)
de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito mi-
lhões) de habitantes.”
“Art. 21-A. ...................................................................................................
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) ha-
bitantes;
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e
300.000 (trezentos mil) habitantes;
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil
e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes;
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população
entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões
e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população
acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes.”
“Art. 57. ......................................................................................................
§1º O servidor do Estado e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que
tenha ingressado no serviço público até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 70 da

320
Constituição do Estado do Piauí
Constituição Federal, tem direito a proventos de aposentadoria calculados com base na remu-
neração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria, na forma da lei, não sendo aplicáveis
as disposições constantes dos § § 3º, 8º e 17 do art. 40 da Constituição Federal, e o seguinte:”
“Art. 63. ......................................................................................................
X - julgar as contas anualmente prestadas pelo Tribunal de Contas do Estado, realizando
periodicamente inspeções e auditorias.”
“Art. 70. ......................................................................................................
VII - O deputado ou deputada, sempre que representando uma das comissões perma-
nentes ou a Assembléia Legislativa, neste último caso mediante deliberação do plenário, tem
livre acesso às repartições públicas dos poderes do Estado e do Tribunal de Contas do Estado,
podendo diligenciar pessoalmente junto aos órgãos da administração direta e indireta, sujeitan-
do-se os respectivos responsáveis às sanções civis, administrativas e penais previstas em lei, na
hipótese de recusa ou omissão.”
“Art. 82. ......................................................................................................
§ 1º A representação judicial do Poder Legislativo e na defesa de sua autonomia e da sua
competência frente aos outros poderes é feita pela Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa,
a qual compete emitir parecer, coletivo ou individual, sobre matéria de indagação jurídica, na
prestação de contas das instituições submetidas à apreciação e julgamento realizado pelo Poder
Legislativo, bem como compor ou coordenar as equipes de inspeção e auditoria.” (NR)
“Art. 204. ....................................................................................................
§ 5º O regime jurídico, o piso salarial profissional, as diretrizes para os Planos de Car-
reiras e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às
endemias, de competência da União, vão ter fixadas suas especificidades em leis municipais.”
“Art. 217. ....................................................................................................
VIII - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiverem acesso na
idade própria;
XIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de pro-
gramas suplementares de material didático, escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde”.
“Art. 226. ....................................................................................................
§ 3º A lei estabelecerá o plano estadual de educação, de duração decenal, com objetivo
de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, obje-
tivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do
ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes
públicos do Estado e dos Municípios.
§ 4º Deve ser estabelecida meta de aplicação de recursos públicos em educação como
proporção do produto interno bruto”.
“Art. 228-A. .................................................................................................
§ 6º Na organização de seus sistemas de ensino, o Estado e os Municípios definirão
formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.
§ 7º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de
qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação.

321
Constituição do Estado do Piauí
“Art. 248. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adoles-
cente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adoles-
cente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas
específicas e obedecendo aos seguintes preceitos:
......................................................................................................................
§ 9º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no
art. 7º, XXXIII, da Constituição Federal;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade
na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação
tutelar específica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição
peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da
liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e
subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente
órfão ou abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e
ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins.”
Art. 2º Ficam acrescidos os arts. 230-A, 263, 264 e 265 no texto da Constituição Esta-
dual do Piauí:
“Art. 230-A. O Sistema Estadual de Cultura, organizado em regime de colaboração, de
forma descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e promoção conjunta de
políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação
e a sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com
pleno exercício dos direitos culturais.
§ 1º O Sistema Estadual de Cultura fundamenta-se na política nacional de cultura e nas
suas diretrizes, estabelecidas no Plano Estadual de Cultura, e rege-se pelos seguintes princípios:
I - diversidade das expressões culturais;
II - universalização do acesso aos bens e serviços culturais;
III - fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais;
IV - cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e privados atuantes na
área cultural;

322
Constituição do Estado do Piauí
V - integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações de-
senvolvidas;
VI - complementaridade nos papéis dos agentes culturais;
VII - transversalidade das políticas culturais;
VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil;
IX - transparência e compartilhamento das informações;
X - democratização dos processos decisórios com participação e controle social;
XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações;
XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura.
§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Estadual de Cultura:
I - órgãos gestores da cultura;
II - conselhos de política cultural;
III - conferências de cultura;
IV - comissões intergestores;
V - planos de cultura;
VI - sistemas de financiamento à cultura;
VII - sistemas de informações e indicadores culturais;
VIII - programas de formação na área da cultura; e
IX - sistemas setoriais de cultura.
§ 3º Lei estadual disporá sobre a regulamentação do Sistema Estadual de Cultura, bem
como de sua articulação com os demais sistemas nacionais ou políticas setoriais de governo.
§ 4º Os Municípios organizarão seus respectivos sistemas de cultura em leis próprias.”
“Art. 263. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos pro-
gramas de governo e dos orçamentos do Estado;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração estadual,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - realizar o acompanhamento da execução da receita e da despesa e a fiscalização da
execução física das ações governamentais;
IV - criar condições para o exercício do controle social sobre os programas contemplados
com recursos do orçamento do Estado;
V - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e deveres do Estado, na forma da lei;
VI - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional, respeitada a
legislação de organização e funcionamento do sistema de controle interno de cada Poder, de
iniciativa exclusiva do respectivo Poder.
§ 1º As atividades de controle interno serão desempenhadas por órgãos de natureza

323
Constituição do Estado do Piauí
permanente e exercidas por servidores organizados em carreiras específicas, na forma de lei
complementar.
§ 2º O controle interno poderá ser exercido de forma descentralizada, sob a coordenação
do órgão central do sistema de controle interno de cada Poder, na forma de lei complementar.
§ 3º Os responsáveis pelo sistema de controle interno de cada Poder, ao tomarem conhe-
cimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do
Estado, sob pena de responsabilidade solidária, na forma de lei complementar.”
“Art. 264. Os entes e entidades públicas, as pessoas jurídicas do setor privado e as pes-
soas físicas que recebam recursos para execução de projetos em parceria com a Administração
Pública Estadual, mediante convênios e quaisquer instrumentos congêneres, deverão comprovar
a boa e regular aplicação, na forma de lei complementar.
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput implicará a proibição de celebrar
novos convênios e instrumentos congêneres, inclusive termos aditivos de valor, na forma de lei
complementar.”
“Art. 265. Lei Complementar disporá sobre regras para transferências de recursos por
meio de convênios e instrumentos congêneres, no âmbito do Poder Executivo Estadual.”
Art. 3º. O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido
do art. 36 com a seguinte redação:
“Art. 36. O servidor do Estado e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações,
que tenha ingressado no serviço público até a data de publicação da Emenda Constitucional
Federal nº 41, de 19.12.2003, e que tenha se aposentado ou venha a se aposentar por invalidez
permanente, com fundamento no inciso I do § 1º do art. 40 da Constituição Federal, tem direito
a proventos de aposentadoria calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se
der a aposentadoria, na forma da lei, não sendo aplicáveis as disposições constantes dos §§ 3º,
8º e 17 do artigo acima mencionado.”
Art. 4º. Ficam revogados os incisos III, VII, VIII, IX e X, do parágrafo único do art.
77, da Constituição Estadual.
Art. 5º. Revogadas as demais disposições em contrário, esta Emenda Constitucional
entra em vigor na data de sua publicação.
MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em Teresina (PI), de 10 de
setembro de 2013.

Dep. THEMÍSTOCLES FILHO Dep. FÁBIO NOVO


Presidente 1º Secretário
Dep. ISMAR MARQUES Dep. FLÁVIO NOGUEIRA JÚNIOR
1º Vice-Presidente 3º Vice-Presidente
Dep. JULIANA MORAES SOUSA Dep. HÉLIO ISAÍAS
4º Vice-Presidente 2º Secretário
Dep. JURACI LEITE Dep. EVALDO GOMES
3º Secretário 4º Secretário
Dep. MARDEN WMENESES
2º Vice-Presidente

324
Constituição do Estado do Piauí

ÍNDICE ALFABÉTICO - REMISSIVO


DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ
ABASTECIMENTO ALIMENTAR
- competência para organização: art. 14, II, h

ABUSO DE PRERROGATIVAS
- por Deputado Estadual: art. 67, § 3º

AÇÃO CIVIL PÚBLICA


- promoção pelo Ministério Público: art. 143, III

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE


- de lei ou ato normativo estadual: art. 124, caput
- de lei ou ato normativo estadual; processo de julgamento: art. 123, III, a

AÇÃO DE HABEAS CORPUS


- gratuidade: art. 123, III, e

AÇÃO DE HABEAS DATA


- gratuidade: art. 123, III, f

AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
- apreciação pelo Tribunal de Justiça: art. 124, § 4º
- declaração: art. 124, § 2º
- proposição: art. 124, caput

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

- de lei ou ato normativo estadual ou municipal; processo de julgamento: art. 123, III, a

AÇÃO PENAL PÚBLICA


- promoção pelo Ministério Público: art. 143, I

AÇÃO RESCISÓRIA
- processo e julgamento: art. 123, III, h

325
Constituição do Estado do Piauí
ADVOCACIA
- art. 155

ATO NORMATIVO ESTADUAL


- ação direta de inconstitucionalidade: art. 124, caput

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
- art. 59
- atribuições: art. 61
- competência privativa: art. 63
- convocação de secretários: art. 64
- comissão: art. 69
- autorizar plebiscito: art. 63, XII
- convocação extraordinária: art. 81, parágrafo único
- deliberações: art. 60
- duração da legislatura: art. 59, § 2º
- elaboração do regimento interno: art. 63, XV
- organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção de cargos:
art. 63, XVI
- presidência da mesa: art. 81, parágrafo único, I
- reuniões: arts. 80 e 81

AUMENTO DE DESPESA
- inadmissibilidade: art. 75, § 3º, I e II

AUTARQUIA
- criação: art. 41

AVAIS
- controle: art. 90, III

BANDEIRA ESTADUAL
- símbolo: art. 11

BEM DE TODOS
- promoção: art. 3º, III

BENS
- imóveis; impostos sobre transmissão inter vivos: art. 171, II e § 2º, II
- impostos sobre transmissão causa mortis e doação: art. 168, I
- indisponibilidade: art. 43, § 1º

BENS ARTÍSTICOS
- competência para legislar sobre responsabilidade por dano: art. 14, I, g

BENS DE VALOR
- competência para legislar sobre: art. 14, II, c

BENS DOS ESTADOS


- art. 17

326
Constituição do Estado do Piauí
BENS IMÓVEIS
- impostos: art. 168, I

BENS MÓVEIS
- impostos: art. 169, II

BOMBEIROS
- administração pública: art. 58, §§ 1º e 2º
- competência para legislar sobre: art. 75, § 2º, I
- organização e manutenção do corpo de: art. 58 e

CAÇA
- competência para legislar sobre: art. 14, I, f

CALAMIDADES PÚBLICAS
- medida provisória: art. 75, §§ 4º e 5º

CÂMARA MUNICIPAL
- competência; fixação de subsídios: art. 21, V e art. 31
- competência legislativa: art. 22
- composição: art. 21, IV
- despesas; limites: art. 21-A
- fiscalização do Município: art. 32, caput
- Lei Orgânica; aprovação: art. 21, caput
- vereadores; número: art. 21, IV

CÂMBIO
- operações: art. 176, V

CAPITAL DO ESTADO
- Teresina: art. 12

CARGOS PÚBLICOS
- acesso através de concurso: art. 54, I e II
- acumulação de: art. 54, XIV e XV
- criação e remuneração; iniciativa legislativa: art. 75, § 2º, II, a
- deficiente; reserva de: art. 54, XIII
- em comissão: art. 54, V
- estabilidade: art. 55
- funções de confiança: art. 54, V
- perda: art. 55, § 1º, I, II e III
- provimento e extinção: art. 61, VIII
- remuneração; subsídio: art. 54, X e XI

CARTÓRIO
- Vide SERVIÇOS NOTARIAIS e SERVIÇOS DE REGISTRO - art. 140

CASAMENTO
- celebração: art. 135, I e § 2º

CERTIDÕES
- de repartição pública; obtenção: art. 5º, § 2º, II

327
Constituição do Estado do Piauí
CIDADANIA
- atos necessários ao exercício da; gratuidade: art. 6º

CIDADÃO
- direito de denúncia: art. 91

CIÊNCIA
- acesso à; competência para proporcionar: art. 14, e
- formação de recursos humanos na área de: arts. 234 e 235

COMISSÕES
- da Assembleia Legislativa: art. 69

COMPETÊNCIA
- da União, dos Estados e dos Municípios: art. 14, II
- da União e dos Estados: art. 14, I
- do Estado: art. 13

COMPETIÇÕES DESPORTIVAS
- recursos: arts. 231 e 232

COMUNICAÇÃO
- art. 236

CONCURSO PÚBLICO
- para acesso à administração pública: art. 54, II
- prazo de validade: art. 54, III
- convocação: art. 54, IV

CONDECORAÇÃO
- quem pode conferir: art. 102, XXIV

CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES
- processo e julgamento pelo Tribunal de Justiça: art. 123, III, j

CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
- processo e julgamento pelo Tribunal de Justiça: art. 123, III, l

CONFLITOS FUNDIÁRIOS
- art. 127, parágrafo único.

CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
- competência para legislar: art. 14, I, f

CONSTITUCIONALIDADE
- Vide Ação Declaratória de Constitucionalidade

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
- emenda: art. 74
- número de conselheiros do Tribunal de Contas: art. 88
- promulgação da emenda: art. 74, § 2º
- proposta de emenda; discussão: art. 74, § 1º
- zelo pela; competência: art. 14, II, a

328
Constituição do Estado do Piauí
CONSUMIDOR
- competência para legislar sobre responsabilidade por dano: art. 14, I, h
- defesa do: art. 148

CONSUMO
- competência para legislar sobre: art. 14, I, e

CONTRADITÓRIO
- art. 5º, § 4º

CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
- instituição: art. 164, III

CONTRIBUIÇÕES
- instituição pelo Estado e Município: art. 165
- para custeio do serviço de iluminação pública: art. 165-A

COOPERATIVISMO
- apoio e estimulo: art. 188

CRÉDITOS
- do Estado; entrega de recursos: art. 173, p.ú.
- pagamentos: art. 114, §§ 1º, 2º e 3º

CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
- normas básicas a serem observadas: art. 30

CRIANÇA
- art. 248 a 250
- abuso, violência e exploração sexual da; punição: art. 248, § 3º
- assistência à: art. 248, § 1º

CRIME DE RESPONSABILIDADE
- competência; Tribunal de Justiça; processo e julgamento: art. 123, III, d
- de Prefeitos e Vereadores; espécies: art. 21, VIII e art. 21-A, § 2º
- de Presidentes das Câmaras Municipais: art. 21-A, § 3º
- Secretários de Estado: art. 123, III, d, 1
-processo e julgamento: art. 63, XIII

CRIME INAFIANÇÁVEL
- Deputado Estadual: arts. 65, § 2º

CRIME MILITAR
- arts. 131 a 133

CRIMES COMUNS
- processo e julgamento pelo Tribunal de Justiça: art. 123, III, d

CULTOS RELIGIOSOS
- a quem é vedado o estabelecimento: art. 9º, I

329
Constituição do Estado do Piauí
CULTURA
- arts. 229 e 230
- acesso; competência para proporcionar: art. 14, II, e
- competência para legislar sobre: art. 14, i

CULTURA POPULAR
- proteção do Estado: art. 229

CUSTAS FORENSES
- competência para legislar sobre: art. 14, I, d

DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO


- art. 54, XVI

DEFENSORIA PÚBLICA
- arts. 153 a 154
- autonomia: art. 153, § 3º
- competência para legislar sobre: art. 75, § 2º, III, a
- incumbência: art. 153, caput
- organização: art. 154

DEFESA DO CONSUMIDOR
- art. 7º

DEFESA DO SOLO
- competência para legislar sobre: art. 14, I, f

DEFICIENTES FÍSICOS
- adaptação de edifícios, logradouros e veículos pú-blicos: art. 191, VI
- cargos e empregos públicos: art. 54, XIII
- cuidado: art. 14, II, b
- proteção e integração social; competência para legislar sobre: art. 14, I, o

DENÚNCIA
- direito de associação: art. 91
- direito de partido político: art. 91
- direito de sindicato: art. 91
- direito do cidadão: art. 91

DEPUTADOS ESTADUAIS
- arts. 65 a 68
- à Assembleia Legislativa; número: art. 59, § 1º
- casos de inviolabilidade: art. 65, §§ 1º a 8º
- convocação de suplente: art. 68, § 1º
- flagrante em crime inafiançável: art. 65, § 2º
- impedimentos: art. 66
- imunidades; subsistência: art. 65, § 8º
- incorporação às Forças Armadas: art. 65, § 7º
- julgamento: art. 65, § 1º
- perda do mandato: art. 67
- prisão: art. 65, § 2º
- sustação da ação contra: art. 65, § 3º a 5º
- testemunhas: art. 65, § 6º

330
Constituição do Estado do Piauí
DESAPROPRIAÇÃO
- indenização: art. 190, § 3º
- pelo Município: art. 190, § 4º, III

DESENVOLVIMENTO
- art. 38

DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TEC-


NOLÓGICO
-arts. 234 e 235
- promoção e incentivo: art. 234, caput
- destinação de receita para: art. 235, caput

DESIGUALDADES SOCIAIS E REGIONAIS


- redução: art. 3º, II

DESPESA
- limites; Câmara dos Vereadores: art. 21-A

DESPESA COM PESSOAL


- limites: art. 182, caput

DESPORTO
- arts. 231 a 233
- apreciação pelo Poder Judiciário de ações relativas às competições e disciplina
desportivas: art. 232
- competência para legislar sobre: art. 14, I, i
- fomentação pelo Estado: art. 231

DIREITO DE GREVE
- servidor público: art. 54, XII
- vedação; servidor militar: art. 58, § 5º

DIREITO DE PETIÇÃO
- art. 5º, § 2º, I

DIREITO ECONÔMICO
- competência para legislar sobre: art. 14, I, a

DIREITO FINANCEIRO
- competência para legislar sobre: art. 14, I, a

DIREITO PENITENCIÁRIO
- competência para legislar sobre: art. 14, I, a

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


- arts. 5º a 9º

DIREITOS E OBRIGAÇÕES
- efetividade: art. 5º, caput

331
Constituição do Estado do Piauí
DIREITOS HUMANOS
- art. 4º, VI

DIREITO TRIBUTÁRIO
- competência para legislar sobre: art. 14, I, a

DIREITO URBANÍSTICO
- competência para legislar sobre: art. 14, I, a

DISCRIMINAÇÃO
- art. 3º, III

DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS


- arts. 253 a 262

DISTINÇÕES HONORÍFICAS
- art. 102, XXIV

DÍVIDA PÚBLICA INTERNA


- disposições sobre: art. 176,II

DOAÇÃO
- de órgãos: art. 257
- imposto sobre: arts. 168, I e 169
- vedação; bens imóveis do Estado: art. 18, § 1º

DOCUMENTOS DE VALOR
- proteção; competência: art. 14, II, c

DOTAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
- entrega dos recursos; prazo: art. 181

EDUCAÇÃO
- art. 216 a 228-A
- competência para legislar sobre: art. 14, I, i
- direito de todos e dever do Estado: art. 216
- história do Piauí: art. 226, IV

EDUCAÇÃO AMBIENTAL
- promoção: art. 237, § 1º, VII

EFICIÊNCIA
- princípio da; Administração Pública: art. 39, caput

ELEIÇÃO
- de Governador e Vice-Governador: art. 95, caput
- de Prefeito e Vice-Prefeito: art. 21, I e II

EMENDA À CONSTITUIÇÃO
- art. 74
- discussão: art. 74, § 1º
- promulgação: art. 74, § 2º
- proposta: art. 74 e incisos

332
Constituição do Estado do Piauí
EMPRESA JORNALÍSTICA
- vedação: art. 236, parágrafo único.

EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS E PERMISSIONÁRIAS


- disposições sobre: art. 185, parágrafo único.

EMPRESAS DE PEQUENO PORTE


- tratamento jurídico diferenciado: art. 186

EMPRESAS ESTATAIS
- orçamento de investimento: art. 178, § 5º, II

EMPRESAS PÚBLICAS
- criação: art. 41
- regime jurídico: art. 185, parágrafo único.
- relação com o Estado: art. 185, parágrafo único, I

ENERGIA ELÉTRICA
- tributos; limites: art. 170, § 6º

ENSINO
- competência para legislar sobre: art. 14, I, i
- fundamental: arts. 222 e 228-A, § 1º
- investimento do Estado: arts. 223 e 224

ENSINO FUNDAMENTAL
- arts. 222 e 228-A, § 1º
- atuação dos Municípios: art. 223

ENSINO OBRIGATÓRIO
- acesso: art. 222

ENSINO RELIGIOSO
- facultativo: art. 218

ENSINO SUPERIOR
- art. 228

ESCOLAS COMUNITÁRIAS
- recursos: art. 225, caput

ESCOLAS CONFESSIONAIS
- recursos: art. 225, caput

ESCOLAS FILANTRÓPICAS
- recursos: art. 225, caput

ESTADO
- bens do: art. 17
- alienação dos bens: art. 18
- dever de educação: art. 216
- impostos do: arts. 168 a 170-A

333
Constituição do Estado do Piauí
- intervenção nos Municípios: arts. 36 e 37
- organização do: arts. 10 a 18
- organização de sua Constituição: art. 74
- símbolos: art. 11
- Tribunal de Justiça: art. 122

ESTADO DO PIAUÍ
- objetivos fundamentais: art. 3º
- relações jurídicas; princípios: art. 4º

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
- publicação de relatório: art. 178, § 3º

FAMÍLIA
- art. 247
- adoção: art. 248, § 4º
- assistência à saúde da criança e do adolescente: art. 248, § 1º
- celebração de casamento: art. 135, I
- dever da: arts. 248 a 252
- direito à proteção especial: art. 248, § 2º
- filho; direitos e qualificações: art. 248, § 5º
- maiores de sessenta e cinco anos; transporte gratuito: art. 251, parágrafo único.
- punição severa por abuso, violência exploração sexual da criança e do adolescente:
art. 248, § 3º

FAUNA
- competência para legislar sobre: art. 14, I, f
- proteção: art. 237, § 1º, VIII

FAZENDA ESTADUAL
- pagamentos: art. 114

FAZENDA MUNICIPAL
- pagamentos: art. 114


- dos documentos públicos: art. 9º, II

FILHOS
- direitos e qualificações: art. 248, § 5º

FINANÇAS PÚBLICAS
- arts. 176 e 177
- disposições sobre: art. 176, I
- orçamentos: arts. 178 a 182

FISCALIZAÇÃO
- contábil, financeira e orçamentária: arts. 84 a 93

FLORA
- competência para legislar sobre: art. 14, II, g
- proteção: art. 237, § 1º, VIII

334
Constituição do Estado do Piauí
FLORESTAS
- competência para legislar sobre: art. 14, I, f
- proteção: art. 14, II, g

FUNÇÃO PÚBLICA
- perda: art. 43, § 1º

FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA


- arts. 141 a 155
- Advocacia e Defensoria Pública: arts. 150 a 155
- Advocacia Pública: arts. 150 a 152
- Ministério Público: arts. 141 a 149

FUNDAÇÃO PÚBLICA
- criação: art. 41

FUNDOS DE PARTICIPAÇÃO
- calculo das quotas: art. 174

GARANTIAS
- controle: art. 90, III
- dos magistrados: art. 115
- pelas entidades públicas; concessão: art. 176, III

GÁS
- serviço de: art. 13, parágrafo único.

GESTANTE
- licença de 180 dias: art. 54, XVII

GOVERNADOR DO ESTADO
- afastamento; cessação: art. 104, § 2º
- atos estranhos ao exercício de suas funções: art. 105
- ausência: art. 99, § 1º
- contas do; apreciação: art. 63, IV
- convocação em caso de urgência ou interesse público: art. 102, XII
- competência privativa: art.102 e parágrafo único.
- crime de responsabilidade: art. 103 e parágrafo único.
- delegação de atribuições: art. 102, parágrafo único.
- eleição: arts. 95 e 96
- exercício do Poder Executivo: art. 94
- impedimento: art. 98
- iniciativa privativa de leis: art. 75, § 2
- julgamento: art. 104, §§ 1º a 3º
- medida provisória com forma de lei: art. 75, § 4º
- perda do mandato: art. 95, parágrafo único.
- posse: art. 97
- prisão: art. 104, § 3º
- processo e julgamento: art. 63, XIII
- proposta de ação declaratória de constitucionalidade: art. 124, I
- responsabilidade: arts. 103 a 106
- residência: art. 99, caput

335
Constituição do Estado do Piauí
- substituição: art. 96, §§ 1º e 2º
- suspensão das funções: art. 104, § 1º
- tempo do mandato: art. 95, caput
- vacância do cargo: art. 98, §§ 1º e 2º

GOVERNADOR E VICE-GOVERNADOR
- arts. 94 a 101
- atribuições do Governador do Estado: art. 102 e p.ú.
- responsabilidade do Governador do Estado: arts. 103 a 106

GREVE
- servidor público: art. 54, XII
- vedação; servidor militar: art. 58, § 5º

GUARDAS MUNICIPAIS
- constituição: art. 157

HABEAS CORPUS
- julgamento pelos Juízes de Direito: art. 126, IV
- processo e julgamento: art. 123, III, e

HABEAS DATA
- julgamento pelos Juízes de Direito: art. 126, III
- processo e julgamento: art. 123, III, f

HABITAÇÃO
- competência para legislar: art. 14, II, i
- promoção pelo Estado e Município: art. 194

HINO ESTADUAL
- símbolo: art. 11

HISTÓRIA DO PIAUÍ
- ensino: art. 226, IV

IDOSO
- arts. 250
- programa de amparo: art. 251

IGREJAS
- vedação: art. 9º, I

IGUALDADE
- perante a lei: art. 4º, IV

ILHAS COSTEIRAS
- bens do Estado: art. 17, IV

ILHAS FLUVIAIS
- bens do Estado: art. 17, III

336
Constituição do Estado do Piauí
ILHAS LACUSTRES E MARÍTIMAS
- preservação permanente de: art. 237, § 7º, IV

ILUMINAÇÃO PÚBLICA
- contribuição para custeio do serviço: art. 165-A

IMÓVEL
- direito de usucapião: art. 195

IMPOSTOS
- anistia: art. 166, § 5º
- caráter: art. 164, § 1º
- instituição: art. 164, I
- pertencentes à arrecadação do Município: art. 172

IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MOR- TIS


- alíquotas; fixação; competência para instituição: art. 168, I

IMPOSTO DE TRANSMISSÃO INTER VIVOS


- instituição pelo Município: art. 171, II

IMPOSTOS DO ESTADO
- instituição: arts. 164 a 165

IMPOSTOS DO MUNICÍPIO
- instituição: arts. 164 a 165-A

IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MER-


CADORIAS
- atenderá: art. 170, I
- instituição: art. 169, II

IMPOSTO SOBRE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E GASOSOS


- incidência: art. 170, II, b

IMPOSTO SOBRE LUBRIFICANTES


- não incide imposto sobre: art. 170, II, b

IMPOSTO SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO


- atenderá: art. 170, I

IMPOSTO SOBRE VEÍCULO AUTOMOTOR


- instituição: art. 168, III

IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA


- instituição pelo Município: art. 171, I

IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUAL-


QUER NATUREZA
- instituição pelo Município: art. 171, III

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
- art. 54, V

337
Constituição do Estado do Piauí
IMUNIDADES
- de Deputados Estaduais: art. 65, § 8º

INCONSTITUCIONALIDADE
- Vide Ação de Inconstitucionalidade

INDEPENDÊNCIA ESTADUAL
- competência para legislar sobre: art. 4, II

INDISPONIBILIDADE DOS BENS


- art. 43, § 1º

INFÂNCIA
- competência para legislar sobre: art. 14, I, p

INQUÉRITO POLICIAL
- instauração: art. 143, VII

INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS
- zelo pelas; competência para legislar: art. 14, II, a

INTEGRAÇÃO SOCIAL
- competência para legislar sobre: art. 14, II, j

INTEGRIDADE FÍSICA E MORAL


- do preso; competência: art. 5º, § 7º

INTERVENÇÃO
- nos Municípios: arts. 36 e 37
- no Estado; pelo Poder Judiciário: art. 123, I

JORNAIS
- imposto sobre: 166, VI, d

JORNALISMO
- informação: art. 236, caput

JUIZADO DE PEQUENAS CAUSAS


- criação, funcionamento e processo; competência para legislar sobre: art. 14, I, j

JUIZADOS ESPECIAIS
- criação: art. 128, caput
- competência e composição: art. 128, p.ú.

JUIZ DE PAZ
- arts. 134 a 138
- competência: art. 135

JUÍZES
- acesso ao Tribunal de Justiça: art. 116, III
- garantias: art. 115
- promoção por merecimento: art. 116, II, b
- vedações: art. 115, parágrafo único, I a V

338
Constituição do Estado do Piauí
JUÍZES DE DIREITO
- arts. 125 a 127

JUSTIÇA MILITAR
- arts. 131 a 133
- competência: art. 132
- organização: art. 133

JUSTIÇA DESPORTIVA
- art. 232

JUNTAS COMERCIAIS
- competência para legislar: art. 14, I, c

JUVENTUDE
- competência para legislar sobre: art. 14, I, p

LAZER
- incentivo: art. 233

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS


- instituição: art. 178, II e § 2º

LEI ESTADUAL
- ação inconstitucionalidade; ação declaratória de constitucionalidade; processo e
julgamento: art. 123, III, a

LEI ORGÂNICA DOS MUNICÍPIOS


- votação: art. 21, caput

LEIS
- arts. 75 a 79
- iniciativa popular: art. 75, § 1º
- iniciativa privativa do Governador: art. 75, § 2º

LEIS COMPLEMENTARES
- aprovação: art. 77

LICENÇA À GESTANTE
- servidoras efetivas, militares: art. 54, XVII
- mães adotivas: art. 252

LICITAÇÃO
- exigência: art. 40

LIMITAÇÃO DO PODER DE TRIBUTAR


- arts. 166 e 167

LIVRE INICIATIVA
- art. 183, caput

339
Constituição do Estado do Piauí
LIVROS
- imposto sobre: 166, VI, d

MAGISTRADOS
- aperfeiçoamento e promoção: art. 116, IV
- aposentadoria: art. 116, VI
- conselho dos: art. 112, § 2º
- integrantes: art. 126
- nomeação: 102, XXII
- promoção: art. 116, II e alíneas
- subsídios: art. 116, V
- remoção: art. 116, IX

MANDADO DE INJUNÇÃO
- processo julgamento: arts. 123, III, g e 126, II

MANDADO DE SEGURANÇA
- processo julgamento: arts. 123, III, f e 126, III

MANDATO
- de Deputado Estadual; casos em que não perderão: art. 68

MARGINALIZAÇÃO
- combate aos fatores: art. 14, II, j

MATÉRIA PROCESSUAL
- competência para legislar: art. 14, I, l

MEDIDAS PROVISÓRIAS
- adoção: art. 75, § 4º
- elaboração de: art. 73, IV

MEIO AMBIENTE
- arts. 237 a 246
- condutas e atividades lesivas ao; sanções: art. 237, § 3º
- direito de todos: art. 237, caput
- educação ambiental: art. 226, § 1º
- efetividade para assegurar direito ao: art. 237, § 1º, I a VIII
- proteção; competência para legislar: art. 14, I, f

MENORES
- ato infracional: art. 248, § 2º, IV

MICROEMPRESA
- tratamento jurídico diferenciado: art. 186

MILITAR (ES)
- do Estado: art. 58, §§ 1º a 12

MINERAIS
- imposto: art. 170, § 6º

340
Constituição do Estado do Piauí
MINÉRIOS
- pesquisa e exploração; competência: art. 14, II, l

MINISTÉRIO PÚBLICO
-arts. 141 a 149
- aposentadoria: art. 116, VI
- chefia: art. 142, § 1º
- destituição do Procurador-Geral: art. 142, § 4º
- direitos: art. 145, I
- funções: art. 143
- garantias: art. 145, II
- ingresso: art. 145, § 1º
- organização; atribuições e estatuto: art. 145, caput
- processo e julgamento: art. 146
- subsídios: art. 145, I, a
- vedações: art. 145, III

MONUMENTOS
- proteção; competência: art. 14, II, c

MORADIA
- direito social: art. 5º, § 10
- programas; competência para promoção: art. 14, II, i

MUNICÍPIOS
- arts. 19 a 37
- competência: art. 22
- constituição da guarda municipal: art. 157
- contas do: art. 35
- criação, incorporação, fusão e desmembramento: art. 30, § 4º
- despesas do Poder legislativo; limites: art. 21-A
- fiscalização: art. 32
- intervenção nos: arts. 36 e 37
- instituição de impostos; competência: art. 171
- imposto que pertence aos: art. 172
- Lei Orgânica: art. 21

NATUREZA
- conservação; competência para legislar: art. 14, I, f

NOTÁRIOS
- Vide Serviços Notariais

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS
- do Estado: art. 3º

OBRAS DE VALOR
- proteção; competência: art. 14, II, c

OFICIAIS
- promoção e nomeação: art. 102, XXI

341
Constituição do Estado do Piauí
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
- controle: art. 90, III

ORÇAMENTOS
- arts. 178 a 182
- competência para legislar sobre: art. 14, I, b

ORDEM ECONÔMICA
- arts. 183 a 189
- finalidade: art. 183, caput

ORDEM SOCIAL
- art. 201
- ciência e tecnologia: arts. 234 e 235
- comunicação social: art. 236
- cultura: arts. 229 e 230
- desporto: arts. 231 a 233
- disposição geral: art. 201
- educação: arts. 216 a 228-A
- família, criança, adolescente e idoso: arts. 247 a 252
- meio ambiente: arts. 237 a 246
- seguridade social: art. 202
- seguridade social; saúde: arts. 203 a 209
- seguridade social; previdência e assistência social: arts. 210 a 215

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
- arts. 10 a 18
- administração pública: arts. 39 a 58
- disposição geral: arts. 39 a 52
- administração pública; dos servidores públicos: arts. 53 a 57
- administração pública; dos servidores militares: art. 58
- intervenção: arts. 36 e 37
- Municípios: arts. 19 a 37
- organização; político-administrativa: art. 1º, caput

ORGANIZAÇÃO DOS PODERES


- arts. 59 a 155
- funções essenciais à justiça: arts. 141 a 155
- funções essenciais à justiça; Advocacia: art. 155
- funções essenciais à justiça; Advocacia Pública: arts. 150 a 152
- funções essenciais à justiça; Defensoria Pública: arts. 153 e 154
- funções essenciais à justiça; Ministério Público: arts. 141 a 149
- Poder Executivo: arts. 94 a 111
- Poder Executivo; atribuições do Governador: art. 102
- Poder Executivo; eleição: arts. 95 e 96
- Poder Executivo; Governador e Vice-Governador: arts. 94 a 101
- Poder Executivo; responsabilidades do Governador: arts. 103 a 106
- Poder Executivo; Secretários de Estado: arts. 107 a 111
- Poder Judiciário: arts. 112 a 140
- Poder Judiciário; disposições gerais: arts. 112 a 121
- Poder Judiciário; Juízes de Direito: arts. 125 a 127

342
Constituição do Estado do Piauí
- Poder Judiciário; Juízes de Paz: arts. 134 a 138
- Poder Judiciário; Juizados Especiais: arts. 128 a 129
- Poder Judiciário; Justiça Militar: arts. 131 a 133
- Poder Judiciário; Serventias de Justiça: arts. 139 e 140
- Poder Judiciário; Tribunal de Justiça: arts. 122 a 124
- Poder Judiciário; Tribunal do Júri: art. 130
- Poder Legislativo: arts. 59 a 93
- Poder Legislativo; atribuições da Assembleia: arts. 61 a 64
- Poder Legislativo; Comissões: arts. 69 a 72
- Poder Legislativo; Deputado Estadual: arts. 65 a 68
- Poder Legislativo; disposições preliminares: arts. 59 e 60
- Poder Legislativo; fiscalização contábil, financeira e orçamentária: arts. 84 a 93
- Poder Legislativo; Processo Legislativo: arts. 73 a 79
- Poder Legislativo; Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa: arts. 82 e 83
- Poder Legislativo; Reuniões: arts. 80 e 81

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
- autonomia: art. 1º, caput

OURO
- imposto: art. 170, VII, c

PAGAMENTO DE CRÉDITOS
- pagamentos: art. 114, §§ 1º, 2º e 3º

PAISAGENS NATURAIS
- proteção; competência: art. 14, II, c

PAPEL
- destinado à impressão: art. 166, VI, d

PATRIMÔNIO
- instituição de imposto vedada: art. 166, VI, c

PATRIMÔNIO ARTÍSTICO
- competência para legislar sobre proteção: art. 14, I, g

PATRIMÔNIO CULTURAL
- competência para legislar sobre proteção: art. 14, I, g

PATRIMÔNIO HISTÓRICO
- competência para legislar sobre proteção: art. 14, I, g

PATRIMÔNIO PAISAGÍSTICO
- competência para legislar sobre proteção: art. 14, I, g

PATRIMÔNIO PÚBLICO
- zelo pelo; competência: art. 14, II, a

PATRIMÔNIO TURÍSTICO
- proteção; competência: art. 14, I, g

343
Constituição do Estado do Piauí
PENSÃO
- do servidor público: art. 57

PENSIONISTAS
- militares: art. 58, § 12

PERIÓDICOS
- imposto sobre: art. 166, VI, d

PESQUISA
- direitos de; registro, acompanhamento e fiscalização; competência: art. 14, II, l

PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA


- receita do Estado para: art. 235

PESQUISA E CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA


- promoção e incentivo: art. 234

PLANO ESTADUAL DE CULTURA


- instituição: art. 229

PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO


- instituição: art. 226

PLANO PLURIANUAL
- disposição sobre o: art. 178, § 10, I
- instituição: art. 178, I e § 1º
- projetos de lei relativos a: 179, §§ 1º a 8º
- remessa a Assembleia Legislativa: art. 102, XVI

PLEBISCITO
- autorização: art. 63, XII
- para criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios: art. 30, caput

POBREZA
- combate à causa; competência: art. 14, II, j
- erradicação: art. 3º, II

PODER
- emana do povo: art. 1º, parágrafo único.

PODER DE TRIBUTAR
- limitações: arts. 166 e 167

PODER EXECUTIVO
- arts. 94 a 111
- atribuições do Governador: art. 102
- eleição: arts. 95 e 96
- Governador e Vice-Governador: arts. 94 a 101
- responsabilidades do Governador: arts. 103 a 106
- Secretários de Estado: arts. 107 a 111

344
Constituição do Estado do Piauí
PODER JUDICIÁRIO
- arts. 112 a 140
- autonomia: art. 113, §§ 1º e 2º
- acesso ao Tribunal de Justiça: art. 116, III
- aposentadoria: art. 116, VI
- disposições gerais: arts. 112 a 121
- ingresso na carreira: art. 116, I
- julgamentos: art. 118
- Juízes de Direito: arts. 125 a 127
- Juízes de Paz: arts. 134 a 138
- Juizados Especiais: arts. 128 a 129
- Justiça Militar: arts. 131 a 133
- órgãos: art. 112, I a V
- promoção: art. 116, II
- residência do juiz titular: art. 116, VII
- Serventias de Justiça: arts. 139 e 140
- subsídios: art. 116, V
- Tribunal de Justiça: arts. 122 a 124
- Tribunal do Júri: art. 130
- vencimentos do cargo do: art. 54, VIII

PODER LEGISLATIVO
- arts. 59 a 93
- atribuições da Assembleia: arts. 61 a 64
- Assembleia legislativa; competência: art. 63
- comissões: arts. 69 a 72
- Deputado Estadual: arts. 65 a 68
- disposições preliminares: arts. 59 e 60
- fiscalização contábil, financeira e orçamentária: arts. 84 a 93
- processo legislativo: arts. 73 a 79
- Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa: arts. 82 e (83 suprimido)
- reuniões: arts. 80 e 81
- vencimentos do cargo do: art. 54, VIII

POLÍCIA MILITAR
- arts. 161 a 163
- incumbência: art. 161
- órgão da segurança pública: art. 156, II
- subordina-se: art. 158, § 1º

POLÍCIA CIVIL
- arts. 159 a 160-A
- estatuto: art. 160
- incumbência: art. 159
- órgão da segurança pública: art. 156, I
- subordina-se: art. 158, § 1º

POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA


- arts. 196 a 200
- planejamento e execução: art. 196

345
Constituição do Estado do Piauí
POLÍTICA URBANA
- arts. 190 a 195

POLUIÇÃO
- controle da; competência: art. 14, I, f
- combate; competência: art. 14, II, f

POVO
- emanação do poder: art. 1º, parágrafo único.

PRAZO
- de mandato de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores: art. 21, I
- de validade de concurso público: art. 54, III
- em caso de calamidade pública se a Assembleia estiver em recesso: art. 75, § 4º
- em casos de urgência na apreciação de projetos: art. 76, parágrafo único.
- para sanção de lei: art. 78, § 3º
- tempo de mandato dos Deputados Estaduais: art. 59, § 2º

PRECATÓRIOS JUDICIAIS
- disposições: art. 114, §§ 1º a 7º

PRECONCEITOS
- art. 3º, III

PRÉ-ESCOLA (EDUCAÇÃO INFANTIL)


- atuação prioritária do Município na: art. 228-A, § 1º
- competência do Município para manter a: art. 22, VI

PREFEITO
- contas do: art. 32, § 2º
- crime de responsabilidade do; espécies: art. 21-A, § 2º, I a III
- eleição: art. 21, I
- julgamento: art. 21, VIII
- perda do mandato: art. 21, XII
- posse: art. 21, III
- prazo do mandato: art. 21, I
- servidor público: art. 52
- subsídio: art. 21, V

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA


- regimento interno, funcionamento, eleição da mesa diretora art. 80, §§ 3º e 4º,

PRESO
- educação do: art. 217, § 1º
- respeito ao: art. 5º, § 7º

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
- art. 57, §§ 14 a 16

PREVIDÊNCIA SOCIAL
- competência para legislar sobre: art. 14, I, m
- contagem recíproca: art. 210, parágrafo único.

346
Constituição do Estado do Piauí
- instituição pelo Estado e Município: art. 165
- garantia: art. 210
- professor: art. 57, § 5º
- reajustamento de benefícios: art. 57, § 8º

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
- arts. 1º a 4º

PRISÃO
- de Deputados: art. 65, § 2º

PROCEDIMENTOS EM MATÉRIA PROCESSUAL


- competência para legislar sobre: art. 14, I, l

PROCESSO LEGISLATIVO ESTADUAL


- art. 73 a 79
- disposição geral: art. 73
- emendas à Constituição: art. 74 e §§ 1º e 2º
- leis: art. 75, caput

PROCURADOR DO ESTADO
- estabilidade: art. 150, § 4º
- representação judicial e consultoria jurídica: art. 150, caput

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA
- destituído: art. art. 142, § 4º
- nomeação: art. 142, § 1º
- processo e julgamento: art. 63, XIII
- proposta de ação declaratória de constitucionalidade: art. 124, III

PRODUÇÃO E CONSUMO
- competência para legislar sobre: art. 14, I, e

PROFESSOR (A)
- aposentadoria: art. 57, § 5º

PROGRAMAS ESTADUAIS
- elaboração: art. 178, § 4º

PROJETOS DE LEI
- apreciação do veto: art. 78, §§ 4º a 6º
- aprovado, encaminhamento à sanção: art. 78, §§ 1º a 7º
- competência do Governador: art. 102, XI
- pedido de urgência: art. 76
- veto: art. 102, XIV

PROJETOS DE LEIS MUNICIPAIS


- iniciativa popular: art. 21, XI

PROMOÇÃO
- dos magistrados: art. 116, II

347
Constituição do Estado do Piauí
PROPRIEDADE
- função social: art. 190, § 2º

QUINTO CONSTITUCIONAL
- art. 117

RACISMO
- art. 3º, III

RECEITAS TRIBUTÁRIAS
- repartição: arts. 172 a 175

RECLAMAÇÃO
- processo e julgamento pelo Tribunal de Justiça: art. 123, III, m

RECURSOS HÍDRICOS
- pesquisa, exploração; competência: art. 14, II, l

RECURSOS MINERAIS
- pesquisa, exploração; competência: art. 14, II, l
- recuperação do meio ambiente pela exploração: art. 237, § 2º

REGIÕES METROPOLITANAS
- instituição: art. 38

REGISTRO
- Vide SERVIÇOS NOTARIAIS e SERVIÇOS DE REGISTRO

REMUNERAÇÃO
- de servidores públicos: art. 54, VII a X

REMUNERAÇÃO VARIÁVEL
- de servidor público: art. 54, XI

RENDA
- instituição de imposto vedada: art. 166, III, a

REPARTIÇÃO DAS RECEITAS


- arts. 172 a 175

REPRESENTANTES
- do povo: art. 1º, parágrafo único

REUNIÕES
- do Poder Legislativo: arts. 80 e 81

REVISÃO CRIMINAL
- processo e julgamento pelo Tribunal de Justiça: art. 123, III, h

RIOS
- bens do Estado: art. 17, III

348
Constituição do Estado do Piauí
SALÁRIO-EDUCAÇÃO
- aplicação no ensino: art. 228-A, § 5º

SALÁRIO MÍNIMO
- art. 51

SANEAMENTO BÁSICO
- art. 207, IV
- promoção de programas; competência: art. 14, II, i

SAÚDE
- assistência à: art. 205 e p.ú.
- combate às endemias: art. 209
- cuidado; competência: art. 14, II, b
- direito de todos: art. 203
- sistema estadual de; promoção: art. 207

SECA
- política de combate à; competência: art. 199

SECRETÁRIO DE ESTADO
- arts. 107 a 111
- competência: art. 109
- processo e julgamento: art. 110 e parágrafo único

SEGURANÇA PÚBLICA
- arts. 156 a 163
- órgãos: art. 156

SEGURIDADE SOCIAL
- arts. 202 a 210; 214 e 215
- orçamento: art. 178, § 5º, III, obs: os arts. 211,212, e 213 foram revogados
- previdência social e assistência social: arts. 210, 214 e 215
- saúde: arts. 203 a 209

SERVIÇOS
- contratação: art. 185, III

SERVIÇO DE GÁS
- exploração: art. 13, parágrafo único

SERVIÇO DE REGISTRO
- exercício: art. 140 e §§ 1º a 3º

SERVIÇOS NOTARIAIS
- emolumentos: art. 140, § 2º
- exercício: art. 140
- ingresso na atividade notarial: art. 140, § 3º
- responsabilidades: art. 140, § 1º

349
Constituição do Estado do Piauí
SERVIÇO PÚBLICO
- prestação: art. 189
- reclamação: art. 46 I

SERVIDOR (ES) PÚBLICO (S)


- arts. 53 a 57
- acréscimos pecuniários: art. 54, § 2º
- acumulação remunerada de cargos: art. 54, XIV e XV
- aposentadoria: art. 57, §§ 1º a 21
- associação sindical: art. 54, XII
- concurso público: art. 54, II
- em exercício de mandato: art. 52
- estabilidade: art. 55, §§ 1º a 4º
- extinção do cargo: art. 55, § 3º
- perda do cargo: art. 55, § 1º
- política de administração: art. 53, §§ 1º a 6º
- reintegração: art. 55, § 2º
- revisão de remuneração: art. 54, X
- vencimentos; irredutibilidade: art. 54, XI

SÍMBOLOS ESTADUAIS
- art. 11

SISTEMA ESTADUAL DE ENSINO


- órgão e financiamento: art. 228-A e §§ 1º a 7º

SISTEMA TRIBUTÁRIO ESTADUAL


- arts. 164 a 175
- impostos do Estado: arts. 168 a 170-A
- impostos do Município: art. 171
- limitações do poder de tributar: arts. 166 e 167

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE


- art. 204

SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS
- proteção; competência: art. 14, II, c

SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA


- criação: art. 41
- estatuto jurídico: art. 185, p.ú.

SOCIEDADE LIVRE, JUSTA E SOLIDÁRIA


- objetivo da República: art. 3º, I

SOLO
- competência para legislar sobre defesa: art. 14, I, f

SUBSÍDIOS
- Deputados Estaduais: art. 59, § 3º
- fixação; servidor público: art. 54, X

350
Constituição do Estado do Piauí
- Governador e Vice-Governador; limite: art. 63, III
- irredutibilidade: art. 54, XI
- Secretário de Estado: art. 53, § 3º
- Prefeito e Vice-Prefeito: art. 21, V
- Vereadores: art. 21, XIII

SUBSTANCIA E PRODUTOS PSICOATIVOS, TÓXICOS E RADIOATIVOS


- fiscalização: art. 207, V

SUPLENTE
- convocação da Assembleia: art. 68, § 1º

TAXAS
- base de cálculo: art. 164. § 2º
- instituição: art. 164, II

TECNOLOGIA
- art. 234

TEMPLOS RELIGIOSOS
- instituição de imposto vedada: art. 166, VI, b

TERESINA
- capital: art. 12

TERRAS DEVOLUTAS
- aproveitamento: art. 9º - ADCT
- bens do Estado: art. 17, V
- indisponibilidades: art. 237, § 5º

TERRAS PÚBLICAS
- alienação ou concessão: art. 200

TÍTULO DA DÍVIDA PÚBLICA


- emissão e resgate: art. 176, IV

TÍTULO DE CRÉDITO
- imposto: art. 169, II

TOMBAMENTO
- proteção do patrimônio cultural: art. 229, § 2º

TÓXICOS
- fiscalização: art. 207, V

TRABALHO
- direito social: art. 5º, § 10
- condição de aprendiz: art. 248, § 2º, I

TRÂNSITO
- educação; competência: art. 14, II, m

351
Constituição do Estado do Piauí
TRANSMISSÃO DE CAUSA MORTIS
- instituição do imposto: art. 168, I

TRANSPORTE GRATUITO
- para maiores de 65 anos: art. 251, parágrafo único

TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTER-


MUNICIPAL
- imposto do serviço de; competência: art. 168, II

TRANSPORTE URBANO
- facilidade de acesso às pessoas portadoras de deficiências; competência: art. 191, VI
- organizar a concessão ou permissão de; competência do Município: art. 22, V

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
- art. 122 a 124
- competência: art. 123
- composição: art. 122
- conflitos fundiários: art. 127
- justiça itinerante: art. 122, § 2º
- processo e julgamento de ação declaratória de constitucionalidade: art. 123, III, a
- processo e julgamento de ações rescisórias: art. 123, III, h
- processo e julgamento de crimes comuns: art. 123, III, d
- processo e julgamento de ação direta de inconstitucionalidade: art. 123, III, a
- processo e julgamento em grau de recurso: art. 123, IV
- processo e julgamento de habeas corpus: art. 123, III, e
- processo e julgamento de habeas data: art. 123, III, f
- processo e julgamento do mandado de injunção: art. 123, III, g
- processo e julgamento do mandado de segurança: art. 123, III, f
- processo e julgamento dos conflitos de competência entre autoridades: art. 123, III, j
- processo e julgamento de revisão criminal: art. 123, III, h

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


- composição: art. 88
- escolha dos conselheiros: art. 88, § 2º
- número de conselheiros: art. 88, caput
- organização: competência: art. 61, VII
- processo e julgamento: art. 89
- requisitos para nomeação dos conselheiros: art. 88, § 1º
- substituição de conselheiros: art. 88, § 5º

TRIBUNAL DO JÚRI
- constituição: art. 130

TRIBUTAÇÃO E ORÇAMENTO DO ESTADO


- arts. 164 a 175
- finanças públicas: arts. 176 e 177
- finanças públicas; normas gerais: arts. 176
- orçamentos: arts. 178 a 182
- sistema tributário estadual; impostos do Estado: arts. 168 a 170-A
- sistema tributário estadual; impostos do Município: art. 171
- sistema tributário estadual; limitações: arts. 166 e 167
- sistema tributário estadual; repartição das receitas: arts. 172 a 175

352
Constituição do Estado do Piauí
TRIBUTOS
- anistia: art. 166, § 5º
- anterioridade: art. 166, II
- cobrança vedada: art. 166, III
- competência tributária: art. 164
- exigência e aumento vedados: art. 166, I
- instituição vedada: art. 166, VI
- isenção vedada: art. 167, II
- limitação ao poder de tributar: arts. 166 e 167
- tratamento desigual de contribuintes: art. 166, II

TURISMO
- incentivo: art. 187

UNIVERSIDADES
- autonomia didático-científica, administrativa e gestão financeira e patrimonial: art. 228

USUCAPIÃO
- área urbana: art. 195 e §§ 1º e 2º

VEÍCULOS AUTOMOTORES
- instituição de imposto sobre: art. 168, III

VENCIMENTOS
- dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário: art. 54, X
- dos magistrados: art. 116, V

VEREADORES
- eleição: art. 21, I
- número: art. 21, IV
- posse: art. 21, III
- prazo do mandato: art. 21, I
- presidente da Câmara; crime de responsabilidade: art. 21-A, § 3º
- servidor público: art. 52
- subsídio: art. 21, XIII

VETO
- pelo Governador: art. 78, § 1º

VICE-GOVERNADOR
- eleição: arts. 95 e 96
- posse: art. 97
- substituição do Governador: art. 96, §§ 1º e 2º
- tempo do mandato: art. 95, caput

VICE-PREFEITO
- eleição: art. 21, I
- posse: art. 21, III
- prazo do mandato: art. 21, I
- servidor público: art. 52
- subsídio: art. 21, V

353
Capa, diagramação e produção gráfica:
Terceiro Matos
Revisão e adequação:
José Lopes de Sousa Neto
05/04/2018 Legislação do Estado do Piaui

Lei Complementar Nº 13 de 03/01/1994

Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Piauí, das
autarquias e das Fundações públicas estaduais e dá outras providências.

O Governador do Estado do Piauí, Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Título I

CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado do Piauí, das autarquias e das fundações públicas
estaduais, abrangendo os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, dentro da estrutura organizacional da Administração
Direta, das autarquias e das fundações públicas estaduais.

Parágrafo Único os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros2, são criados por lei, com denominação própria, número certo e vencimentos
pagos pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. 2 Vide inciso I, do art. 37, da Constituição Federal, com a redação
da EC nº 19 de 04.06.98, in DOU nº 106-E, de 05.06.98.

Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

Art. 5º É proibido o desvio de função ou atribuir - se ao servidor encargos ou serviços diferentes daqueles próprios de seu cargo.

Título II

DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA

Capítulo I

DO PROVIMENTO

Seção I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 6º São requisitos básicos para a investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

http://legislacao.pi.gov.br/legislacao/default/ato/12457 1/36
05/04/2018 Legislação do Estado do Piaui

IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V - a idade mínima de dezoito anos;

VI - aptidão física e mental.

§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigências de outros requisitos estabelecidos em lei.3 3 Vide § 3º, do art. 39 da CF, com a redação da
EC nº 19, de 04.09.98, in DOU 106-E, de 05.05.98.

§ 2º As pessoas portadoras de deficiência4 é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições
sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no
concurso. 4 Vide inciso VIII, do art. 37, da Constituição Federal. Vide, também , Lei nº 4.835, de 23 de maio de 1996, DOE nº 101, de 27.05.96, verbis:
“LEI Nº 4.835, DE 23 DE MAIO DE 1996. Define o percentual de cargos e empregos públicos para pessoas portadoras de deficiências, os critérios de
sua admissão na Administração Pública e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ FAÇO saber que o Poder Legislativo
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - A Administração Pública Estadual Direta, Indireta e Fundacional, quando da realização de concursos
públicos para provimento de vagas referentes a cargos e empregos públicos, fixará o percentual mínimo de 10% (dez por cento) das vagas a serem
providas, para destinação aos portadores de deficiências. § 1º - Os editais dos concursos públicos fixarão os rios de deficiência que garantirão os seus
portadores as inscrições nos respectivos processos seletivos. § 2º - Os mecanismos necessários para a avaliação e aferição de competência dos
portadores de deficiências deverão ser definidos nos editais dos concursos públicos. Art. 2º - Os portadores de deficiências terão asseguradas suas
inscrições nos concursos públicos a serem realizados pela Administração Pública Estadual Direta, Indireta e Fundacional, isentos do pagamento de
quaisquer taxas Art. 3º - Os Editais de realização dos concursos públicos definirão, de forma objetiva, os critérios de admissão dos portadores de
deficiências que sejam aprovados e classificados no processo seletivo. Art. 4º - Esta Lei entrará em vigor da data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário. PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina (PI), 23 de maio de 1996. Francisco de Assis de Moraes Souza – Governador do
Estado Kleber Dantas Eulálio – Secretário de Governo Carlos Alberto Teles de Sousa – Secretário de Administração”

Art. 7º No âmbito do Poder Executivo, o provimento dos cargos públicos, inclusive das autarquias e fundações públicas, far-se-á por ato do
Governador do Estado, permitida a delegação de competência.

Parágrafo Único Nos demais Poderes, o ato de provimento compete à autoridade indicada na respectiva legislação.

Art. 8º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 9º São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

II - promoção;

III - transferência;

IV - readaptação;

V - reversão;

VI - aproveitamento;

VII - reintegração;

VIII - recondução.

Seção II

DA NOMEAÇÃO

Art. 10 A nomeação far-se-á:

http://legislacao.pi.gov.br/legislacao/default/ato/12457 2/36
05/04/2018 Legislação do Estado do Piaui

I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

II - em comissão, para cargos de confiança, de livre nomeação e exoneração.

§ 1º o exercício de cargo em comissão exigirá de seu ocupante integral dedicação ao serviço, podendo o servidor ser convocado sempre que houver
interesse da administração.

§ 2º A designação para função de direção, assessoramento e chefia intermediários, de competência dos dirigentes de órgãos e entidades
administrativas, recairá, exclusivamente, em servidor de carreira ou de cargo isolado de provimento efetivo.5 5 Vide inciso V, do art. 37, da
Constituição Federal, com nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04.06.98, in DOU 106-E, de 05.06.98.

Art. 11 A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de
provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.6 6 Vide inciso II, do art. 37, da Constituição Federal, com nova
redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04.06.98, in DOU 106-E, de 05.06.98.

Seção III

DO CONCURSO PÚBLICO

Art. 12 O concurso público será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuser o edital, garantida a
participação das entidades sindicais na fiscalização.

Art. 13 O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.7 7 Vide inciso III, do art. 37,
da Constituição Federal.

§ 1º o prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em Edital, que será publicado no Diário Oficial do Estado e em
jornal diário de grande circulação.

§ 2º não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior, com prazo de validade não expirado.

§ 3º o concurso, uma vez aberto, deverá estar homologado no prazo de 12 (doze) meses.

Seção IV

DA POSSE E DO EXERCÍCIO

Art. 14 Posse é a investidura em cargo público e exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.

Art. 15 A posse dar - se - á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar a declaração de bens e valores que constituem o patrimônio
do servidor e a declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública ou privada.

§ 1º Do termo de posse, assinado pela autoridade competente e pelo servidor, constará o compromisso do empossado de fiel cumprimento de seus
deveres funcionais e de suas atribuições do cargo.

§ 2º Poderá haver posse mediante procuração com poderes específicos para tal fim, inclusive o de assinar o termo e firmar o compromisso.

§ 3º A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de provimento, prorrogável por mais 30 (trinta) dias a requerimento
do interessado. Se o servidor estiver em licença, ou afastado, legalmente, o prazo será contado do término do impedimento.8 8 Vide §§ 1º, 2º e 3º, da
Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992.

§ 4º Será tornado sem efeito o ato de provimento, se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 3º deste artigo.

§ 5º A autoridade que der posse verificará se foram satisfeitas as condições legais para a investidura, na forma do disposto no art. 6º, desta Lei
Complementar.

http://legislacao.pi.gov.br/legislacao/default/ato/12457 3/36
05/04/2018 Legislação do Estado do Piaui

Art. 16 Só haverá posse nos casos de nomeação para cargo de provimento efetivo ou em comissão e na reversão.

Art. 17 A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

Parágrafo Único Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

Art. 18 É de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse. Findo o prazo e não estando em exercício, o
servidor será exonerado.

§ 1º Ao dirigente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor compete dar - lhe exercício.

§ 2º Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual.

§ 3º É obrigatório o registro da freqüência do servidor na unidade administrativa onde tem lotação, na conformidade com as normas regulamentares.

§ 4º O início, a suspensão, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor.

§ 5º Será considerado como de efetivo exercício o período de tempo realmente necessário ao deslocamento do servidor, quando designado para servir
em outra localidade. Se o servidor estiver afastado, legalmente, o prazo será contado a partir do término do afastamento.

§ 6º A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contato na nova classe a partir da data da publicação do ato que promover o servidor.

Art. 19 Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo, ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e
quatro) meses,9 durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observado, também os seguintes
fatores: 9 Vide art. 41, da Constituição Federal, com redação dada pela EC nº 19, de 04.06.98, DOU 106-E, de 05.06.98. Vide, também, art. 28, da EC
nº 19 de 14.06.98.

I - Assiduidade;

II - Disciplina;

III - Produtividade;

IV - Responsabilidade.

§ 1º Antes de terminar o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade dirigente do órgão ou da entidade pública, a
avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser o regulamento.

§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.10 10 Vide as
Súmulas 21 e 22 do Supremo Tribunal Federal: “Súmula nº 21 – funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem
inquérito ou sem formalidades legais de apuração de sua capacidade” e “Súmula nº 22 – O estágio probatório não protege o funcionário contra a
extinção do cargo.”

§ 3º Não haverá para o servidor, no período do estágio probatório, promoção, progressão ou transferência, permitida a readaptação, na forma do
regulamento.

Seção V

DA ESTABILIDADE

Art. 20 O servidor, nomeado por concurso público para cargo de provimento efetivo, adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois)
anos de efetivo exercício.11 11 Vide art. 41 e seu § 4º, da Constituição Federal, com redação dada pela EC nº 19, de 04.06.98, in DUO 106-E, de
05.06.98.

http://legislacao.pi.gov.br/legislacao/default/ato/12457 4/36
05/04/2018 Legislação do Estado do Piaui

Art. 21 O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial, transitada em julgado, ou de processo administrativo disciplinar no qual
lhe seja assegurada a ampla defesa.12 12 Vide art. 41 e seus parágrafos e incisos da Constituição Federal com redação dada pela EC nº 19, de
04.06.98, DOU 106-E, de 05.06.98.

§ 1º Invalidada a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, na forma do art. 31, desta Lei Complementar, e o eventual ocupante de seu cargo
reconduzido ao cargo de origem, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade, sem direito a indenização.13 13 Vide § 2º, do art. 41, da
Constituição Federal, com redação dada pela EC nº 19, de 04.06.98, DOU 106-E, de 05.06.98.

§ 2º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade remunerada, até o seu adequado aproveitamento
em outro cargo.14 14 Vide § 3º, do art. 41, da Constituição Federal, com redação dada pela EC nº 19, de 04.06.98, DOU 106 106-E, de 05.06.98.

Seção VI

DA PROMOÇÃO

Art. 22 Promoção é a elevação do servidor15 à classe imediatamente superior àquela a que pertence, na respectiva carreira. 15 Vide § 2º, do art. 39,
da Constituição Federal, com redação dada pela EC nº 19, de 04.06.98, in DOU 106-E, de 05.06.98. Vide, também, inciso IV, do art. 7º, arts. 62 a64,
da Lei Complementar Estadual nº 12, de 18.12.93.

§ 1º A promoção obedecerá aos critérios de merecimento e antigüidade de classe, exigindo sempre o interstício regulamentar.

§ 2º As promoções serão realizadas de seis em seis meses, observadas as normas do regulamento.

§ 3º O merecimento será aferido segundo critérios objetivos, indicados em regulamento.

§ 4º Em cada órgão da administração estadual funcionará uma comissão permanente de avaliação do servidor, para fins de promoção.

Seção VII

DA TRANSFERÊNCIA

Art. 23 Transferência é a movimentação do servidor de um cargo de provimento efetivo para outro cargo vago, da mesma denominação e vencimento,
de quadro diverso, dentro da Administração Direta, da autarquia e da fundação pública.

Art. 24 A transferência poderá ser atendida a pedido do servidor ou processada de ofício no interesse da administração.

Art. 25 A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica.

Parágrafo Único A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida; se julgado incapaz para o serviço
público, o readaptando será aposentado.

Art. 26 A transferência, por permuta, far-se-á a pedido das partes interessadas, observada a conveniência da administração.

Art. 27 Não se dará transferência, se já abertas as inscrições para concurso ou se ainda houver candidato habilitado em concurso anterior, para o
cargo a ser provido.

Seção VIII

DA REVERSÃO

Art. 28 A reversão é o reingresso no serviço público do servidor aposentado por invalidez, quando, por junta médica oficial, forem declarados
insubsistentes os motivos da aposentadoria.

§ 1º A reversão far-se-á, de preferência, no mesmo cargo, ou em cargo vago da mesma denominação e vencimento.

http://legislacao.pi.gov.br/legislacao/default/ato/12457 5/36
05/04/2018 Legislação do Estado do Piaui

§ 2º Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 60 (sessenta) anos de idade ou 30 (trinta) anos de tempo de serviço.

Art. 29 Somente por necessidade do serviço e no interesse público, a critério da administração, dar - se - á a reversão de aposentado.

Seção IX

DO APROVEITAMENTO

Art. 30 Aproveitamento é o reingresso no serviço público do servidor em disponibilidade.

§ 1º Será obrigatório o aproveitamento do servidor em disponibilidade em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado.

§ 2º O retorno à atividade do servidor em disponibilidade far-se-á em vaga que vier a ocorrer nos órgãos da Administração Direta, das autarquias e das
fundações públicas, respectivamente da origem do servidor.

§ 3º Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, salvo
doença comprovada por junta médica oficial.

Seção X

DA REINTEGRAÇÃO

Art. 31 A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, quando
invalidada a sua demissão administrativa ou sentença judicial, transitada em julgado, com ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1º A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado; encontrando - se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo
de origem ou aproveitado em outro cargo de igual padrão, sem direito a indenização.

§ 2º Se extinto o cargo anteriormente exercido, o servidor ficará em disponibilidade remunerada até o seu posterior aproveitamento.16 16 Vide § 3º, do
art. 41, da Constituição Federal, com redação dada pela EC nº 19, se em outro cargo inacumulável;

Seção XI

DA RECONDUÇÃO

Art. 32 Recondução é o retorno do servidor estável ao seu cargo de origem, em decorrência da reintegração de seu anterior ocupante.

Parágrafo Único Aplica-se à recondução no que couber, o disposto no artigo anterior.

Capítulo II

DA VACÂNCIA

Art. 33 A vacância do cargo público decorrerá de:

I - exoneração;

II - demissão;

III - promoção

IV - transferência;

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V - readaptação;

VI - aposentadoria;

VII - posse em outro cargo inacumulavel;

VIII - falecimento

Art. 34º A exoneração de cargo público dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.

Parágrafo Único A exoneração de ofício dar-se-á:

I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício, no prazo determinado;

III - a juízo da autoridade competente, quando se tratar de cargo em comissão.17 17 Vide §§ 4º, 6º e 7º, do art. 169 da Constituição Federal, com nova
redação dada pela EC nº19, de 04.06.98, in DUO 106-E, de 05.06.98.

Art. 35º Quando se tratar de função de direção, chefia e assessoramento dar-se-á a vacância por dispensa, a pedido ou de ofício, ou por destituição.

Capítulo III

DA REMOÇÃO E DA SUBSTITUIÇÃO

Seção I

DA REMOÇÃO

Art. 36º Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido, de ofício ou por permuta, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede e
sem que se modifique a sua situação funcional.

Art. 37º A remoção far-se-á, a pedido, atendida a conveniência do serviço e de ofício ou por permuta, no interesse da administração.

§ 1º Dar - se - á a remoção, a pedido, para outra localidade, independentemente de vaga, para acompanhar cônjuge ou companheiro, ou por motivo
de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente, condicionada à comprovação por junta médica.

§ 2º A remoção será sempre motivada por escrito pela autoridade competente, sob pena de nulidade.18 18 Vide incisos III e V, do art. 145, do Código
Civil.

Art. 38º O Chefe do Poder Executivo, no interesse público, fica autorizado a proceder ao deslocamento do cargo de uma classe para outra.

Seção II

DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 39º Os servidores investidos em função de direção ou chefia e os ocupantes de cargos em comissão terão substitutos indicados em regimento
interno ou, no caso de omissão, designados pela autoridade competente.

§ 1º O substituto assumirá automaticamente o exercício do cargo ou função de direção, assessoramento ou chefia nos afastamentos ou impedimentos
regulamentares do titular.

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05/04/2018 Legislação do Estado do Piaui

§ 2º O substituto fará jus à gratificação pelo exercício da função de direção, assessoramento ou chefia, paga na proporção dos dias de efetiva
substituição.

§ 3º Não cabe gratificação ao servidor, quando a substituição for inerente às atribuições do seu cargo, salvo se o período da substituição ultrapassar a
30 (trinta) dias corridos.

Título III

DOS DIREITOS E VANTAGENS

Capítulo I

DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 40º Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.19 19 Vide incisos I a III, do § 1º, do art. 39, da
Constituição Federal, com nova redação dada pela EC nº 19, de 04.06.98, in DOU 106-E, de 05.06.98.

§ 1º Nenhum servidor poderá perceber mensalmente, a título de remuneração,20 importância superior à soma dos valores percebidos, em espécie, a
qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelo Deputado Estadual, pelo Desembargador e pelo Secretário de Estado, não se incluindo neste
teto o salário - família e as vantagens previstas no parágrafo único do art. 206 e nos incisos I, II, III, IV, VII, IX, X, XI e XII, do art. 55, desta Lei
Complementar.21 20 Vide art. 7º, da LC nº 09, de 12.03.92. Vide também, o art. 8º, do mesmo dispositivo legal. 21 Vide ADIN – 1331-9. Relator:
MINISTRO FRANCISCO RESEK. O STF, por maioria de votos, referendou a decisão do Presidente (Min. Sepúlveda Pertence), que deferia, em parte a
medida liminar que suspendera, até a decisão final da ação, a eficácia da expressão “prevista no parágrafo único do art. 206”. Plenário em16.09.98.
Aguardando Julgamento.

§ 2º É vedado a vinculação ou equiparação de vencimentos, para efeito de remuneração do pessoal do serviço público, ressalvado os casos previstos
na Constituição Federal.22 22 Vide incisos X, XI, XIII e XIV, do art. 37, da Constituição Federal, com nova redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 04.06.98, in DUO 106-E, de 05.06.98.

Art. 41º Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes, estabelecidas em lei.

§ 1º A remuneração dos cargos em comissão compreende o vencimento e a gratificação de representação, fixados em lei.23 23 Vide §§ 4º, 5º e 8º, do
art. 39 e art. 135, da Constituição Federal, com nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04.06.98, in DUO 106-E, de 05,06.98. NOTA:
As referidas seções II e III do Capítulo IV da Constituição Federal tratem da mesma matéria constante das seções II e II do Capítulo III do Título IV
(arts. 150 a 155 da Constituição do Estado do Piauí).

§ 2º O servidor nomeado para cargo em comissão poderá fazer opção pelo vencimento de seu cargo efetivo, acrescido da gratificação de
representação do cargo em comissão, para o qual foi nomeado.

Art. 42º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.24 24 Vide inciso XV, do art. 37, da Constituição
Federal, com redação dada pela EC nº 19, de 04.06.98, in DUO 106-E, de 05.06.98.

§ 1º Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou proventos.

§ 2º Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com
reposição de custos, salvo quanto aos recolhimentos sindicais e associação representativas de classe.

§ 3º As reposições e indenizações ao erário, após a devida atualização, serão previamente comunicadas ao servidor ou ao pensionista e amortizadas
em parcelas mensais cujos valores não excederão a dez por cento da remuneração ou provento.25 25 Vide § 6º, do art. 37, da Constituição Federal.

§ 4º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma
única parcela.26 26 Nova redação dada pela Lei Complementar nº 025, de 15-08-2001, in DOE nº 163, de 23-08-2001. § 5º - Aplicam-se as
disposições deste artigo à reposição de valores recebidos em cumprimento à decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venham a ser
revogadas ou rescindida.27 27 Nova redação dada pela LC nº 025, de 15.08.2001, DOE 163, de 23.08.2001. § 6º - Nas hipóteses do parágrafo
anterior, aplica-se o disposto no § 4º deste artigo sempre que o pagamento houver ocorrido por decisão judicial concedida e cassada no mês anterior
ao da folha de pagamento em que ocorrerá a reposição.28 28 Nova redação dada pela LC nº 025, de 15.08.2001, DOE 163, de 23.08.2001.

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05/04/2018 Legislação do Estado do Piaui

§ 5º O servidor perderá a remuneração dos dias em que faltar ao serviço e a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e
saídas antecipadas, iguais ou superiores a 60 (sessenta) minutos.29 29 Nova redação dada pela LC nº 025, de 15.08.2001, DOE 163 de 23.08.2001.

Capítulo II

DAS VANTAGENS

Art. 43º Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor:

I - indenizações;

II - gratificações;

III - adicionais.

§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito e não servem de base para cálculo de quaisquer outras
vantagens.

§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam - se aos vencimentos e aos proventos, nos casos e condições indicados em lei.

Art. 44º É vedada a concessão de quaisquer outras vantagens pecuniárias, gratificações e adicionais não previstos em Lei Complementar, bem como
em bases e limites superiores aos nela fixados.

Parágrafo Único A Progressão Horizontal é a passagem do servidor de uma Referência para outra imediatamente superior, dentro da mesma classe,
observados os interstícios e o tempo de serviço, na carreira, na forma regulamentar.30 30 As disposições do parágrafo único do art. 44 encontram-se
com aplicação suspensa, junto com o parágrafo único do art. 206, ambos da Lei Complementar nº 13, de 03.01.94, por decisão liminar do Exmo. Sr.
Presidente do Supremo Tribunal Federal, datada de 13.07.95, referendada, por maioria de votos, pelo Tribunal Pleno, em 16.08.95 – ADIN nº 1331-9-
Piauí (vide segundo rodapé do § 1º, do art. 40 da Lei Complementar nº 13/94.

Seção I

DAS INDENIZAÇÕES

Art. 45º Constituem indenizações ao servidor:

I - ajuda de custo;

II - diárias;

III - ajuda de transporte.

Parágrafo Único Os valores das indenizações, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos por ato do respectivo Poder.

Subseção I

DA AJUDA DE CUSTO

Art. 46º A ajuda de custo destina - se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova
sede, com mudança de domicílio permanente.

§ 1º Correm por conta da administração as despesas de transportes do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens
pessoais.

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05/04/2018 Legislação do Estado do Piaui

§ 2º À família do servidor que falecer na nova sede são asseguradas ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de um
ano, contado do óbito.

Art. 47º Será concedido ajuda de custo àquele que, não sendo servidor público, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio.

Parágrafo Único Nos afastamentos previstos no Capítulo V, desta Lei Complementar, a ajuda de custo será paga pelo órgão requisitante, quando
cabível.

Art. 48º Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Art. 49º A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder á importância correspondente a 3(três) meses.

Art. 50º O servidor será obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede, no prazo de 30 (trinta) dias.

Subseção II

DAS DIÁRIAS

Art. 51º O servidor que, a serviço, se deslocar da sua sede, em caráter eventual ou transitório, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas
de alimentação e pousada.

§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede.

§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo o servidor não fará jus a diárias.

Art. 52º O valor das diárias será fixado por ato do respectivo Poder, de acordo com a natureza, o local e as condições do serviço.

Art. 53º O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las, integralmente, no prazo de 5 (cinco)
dias.

Parágrafo Único Se o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso,
no mesmo prazo deste artigo.

Subseção III

DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE

Art. 54º Conceder - se - á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a
execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo.

Parágrafo Único Conceder - se - á vale - transporte ao servidor ................. VETADO...31 31 Transcrição, na íntegra, da forma contida no Diário Oficial
do Estado.

Seção II

DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

Art. 55º Além do vencimento e das indenizações previstas nesta Lei complementar, serão deferidos aos servidores públicos as seguintes gratificações
e adicionais:

I - Gratificação pelo exercício de cargo ou função de Direção, Chefia e Assessoramento;32 32 Vide ADIN 1331-9 – Rel. M. Francisco Resek. O STF, ao
julgar a medida liminar, decidiu: “Desse modo, DEFIRO em parte o pedido de liminar para, ad referendum do Plenário, suspender, até decisão desta
ação direta, a vigência, no § 1º do art. 40, das expressões “previstas no parágrafo único do art. 206”, assim como da menção, nele contida, aos incisos
001, VII e XII, do art. 055, todos da LC nº 013, de 03.01.94, do Estado do Piauí. Por MAIORIA de votos, o Tribunal REFERENDOU a decisão do
presidente (Ministro Sepúlveda Pertence), que deferira, em parte, a medida liminar que suspendera, até decisão final da ação, a eficácia da expressão

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05/04/2018 Legislação do Estado do Piaui
“prevista no parágrafo único do art. 206”, contida no art. 055, todos da LC nº 013, de 03.01.94, do Estado do Piauí. Vencidos, em parte, os Ministros
Marco Aurélio e Octavio Gallotti, que deferiam integralmente a medida liminar. Votou o presidente.” Plenário, 16.08.95. Aguardando julgamento do
mérito.

II - Gratificação natalina;

III - Gratificação pela prestação de serviço extraordinário;

IV - Gratificação pelo exercício de atividades insalubres, perigosas e penosas;

V - Gratificação pela participação em órgão de deliberação coletiva;

VI - Gratificação de representação de gabinete;

VII - Gratificação de controle Interno e Auditoria;33 33 Vide ADIN 1331-9 –Rel. Mi. Francisco Resek. O STF, ao julgar a medida liminar, decidiu: “Desse
modo, DEFIRO em parte o pedido de liminar para, ad referendum do Plenário, suspender, até decisão desta ação direta, a vigência, no art. 40, das
expressões “previstas no parágrafo único do art. 206”, assim como da menção, nele contida, aos incisos 001, VII e XII, do art. 055, todos da Lei
Complementar nº 013, de 03.01.94, do Estado do Piauí. Por MAIORIA de votos, o Tal REFERENDOU a decisão do presidente (Ministro Sepúlveda
Pertence), que deferira, em parte, a medida liminar que suspendera, até a decisão final da ação, a eficácia da expressão “previstas no parágrafo único
do art. 206”, contida no art. 040, assim como a menção nele contida, aos incisos 001, VII e XII, do art. 055, todos da Lei Complementar nº 013, de
03.01.94, do Estado do Piauí. Vencidos, em parte, os Ministros Marco Aurélio e Otávio Gallotti, que deferiam integralmente a medida liminar. Votou o
presidente.” Plenário, 16.08.95. Aguardando julgamento do mérito.

VIII - Gratificação por condições Especiais de Trabalho;

IX - Adicional por Tempo de Serviço;

X - Adicional Noturno;

XI - Adicional de Férias;

XII - Adicional de Produtividade.34 34 Vide ADIN 1331-9 – Rel. Min. Francisco Resek, constante do rodapé nº 216, deste livro.

Subseção I

PARTICIPAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE CARGO OU FUNÇÃO DE DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO.

Art. 56º Ao servidor investido em cargo em comissão ou função de direção, chefia ou assessoramento é devida uma gratificação pelo seu exercício.35
35 O art. 1º , da Lei Complementar nº 23, de 27 de dezembro de 1999, revogou os §§ 1º a 6º, do art.. 56, deste Estatuto e criou o parágrafo único aqui
transcrito. A mesma Lei contém, ainda, os arts. 2º, 3º, 4º e 5º, de leitura recomendada.

§ 1º A gratificação, prevista neste artigo, como antecipação do disposto no art. 136, desta Lei Complementar, integra a remuneração do servidor, na
proporção de 1/5 (um quinto) por ano, continuado ou não, até o limite de 5/5 (cinco quintos).

§ 2º O servidor somente fará jus à Gratificação de que trata o parágrafo anterior, se tiver exercido, na administração pública, cargo em comissão ou
função, por período de 05 (cinco) anos consecutivos ou 10 (dez) anos intercalados.

§ 3º Quando mais de uma função houver sido desempenhada no período de um ano, a gratificação terá como base de cálculo a função exercida por
maior tempo.

§ 4º Quando o exercício da Função ou Cargo em Comissão de maior valor não corresponder ao período de dois anos, será devida a gratificação
imediatamente inferior dentre os exercidos.

§ 5º Esta gratificação não servirá de base para cálculo de quaisquer outras vantagens ou adicionais que forem devidos ao servidor e somente será
concedida mediante comprovação do ato a que se referem o art. 7º e seu parágrafo único desta Lei Complementar.

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§ 6º A gratificação, de que trata este artigo, terá vigência a partir de 1º de janeiro de 1994. ** Alteração introduzida pela Lei Complementar nº 23/99, de
27.12.99 (Publicada no Diário Oficial do Estado nº 247, da mesma data, página 2). Art. 1º - Ficam revogados os §§ 1º, 2º, 3º, 4º 5º e 6º, do art. 56, da
Lei Complementar nº 13, de 03 de janeiro de 1994, criando-se o parágrafo único, com a seguinte redação: “Art. 56 -
............................................................................................................................................. Parágrafo único – A gratificação a que alude o caput deste
artigo, somente será incorporada aos proventos de aposentadoria, nos termos do art. 254 da Constituição Estadual e do art. 39, § 4º da Constituição
Federal.“ Art. 2º - É vedada a percepção cumulativa da gratificação pelo exercício de cargo em comissão ou função de direção, chefia ou
assessoramento, com vantagens já incorporada, sob o mesmo fundamento, aos vencimentos, subsídios ou proventos, ressalvado o direito de opção.
Art. 3º - As disposições constantes desta Lei Complementar aplicam-se aos servidores públicos civis da administração direta, das autarquias e das
fundações, abrangendo os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado do Piauí, bem como aos servidores públicos militares. Art. 4º - Fica
revogada a Lei Complementar nº 15, de 14 de dezembro de 1994. Art. 5º - Esta Lei Complementar entra em vigor no dia 01 de maio de 2000.

Subseção II

DA GRATIFICAÇÃO NATALINA

Art. 57º A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus do mês de dezembro, por mês de
exercício.

Parágrafo Único A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

Art. 58º O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês
da exoneração.

Subseção III

DA GRATIFICAÇÃO PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Art. 59º A gratificação pela prestação de serviço extraordinário será paga por hora de trabalho prorrogado ou antecipado do expediente normal do
servidor.

§ 1º O serviço extraordinario será remunerado com acréscimo de 50%(cinquenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

§ 2º Somente em casos excepecionais, a critério da administração, poderá ser antecipado ou prorrogado o período normal de trabalho do servidor,
não podendo, porém, exceder a 02( duas) horas diárias e de 60(sessenta) dias consecutivos ou 120(cento e vinte) dias, interpolados, em cada ano.

Subseção IV

DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCICIO DE ATIVIDADES INSALUBRES, PERIGOSAS E PENOSAS

Art. 60º Aos servidores que trabalham com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com
risco de vida, fazem jus a uma gratificação sobre o vencimento básico de cargo efetivo.

§ 1º A gratificação de que trata este artigo será calculada sobre o vencimento básico do cargo, na forma e condições estabelecidas em regulamento,
observada a legislação federal específica.

§ 2º O servidor que fizer jus à gratificação de insalubridade e periculosidade deverá optar por uma delas.

§ 3º O direito à gratificação de que trata este artigo cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

§ 4º A caracterização e a classificação da insalubridade ou da periculosidade serão feitas nas condições disciplinadas na legislação específica.

§ 5º A servidora gestante ou lactante será afastada das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em
serviço não penoso ou perigoso.

Subseção V

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05/04/2018 Legislação do Estado do Piaui
DA GRATIFICAÇÃO PELA PARTICIPAÇÃO EM ÓRGÃOS DE DELIBERAÇÃO COLETIVA

Art. 61º A gratificação pela Participação em Órgão de Deliberação Coletiva (jeton) é fixada, por ato do Governador do Estado, tendo em vista o
princípio de hierarquia, a equivalência de funções e a complexidade das respectivas responsabilidades.

§ 1º O servidor que, pela natureza das atribuições de seu cargo, for membro nato de um Conselho, não fará jus à gratificação de que trata este artigo.

§ 2º É vedada a participação remunerada do servidor em mais de um órgão de deliberação coletiva.

§ 3º A gratificação de que trata este artigo será paga por sessão a que comparecerem os membros dos órgãos de deliberação coletiva e não poderá
exceder a 04 (quatro) sessões ordinárias e, excepcionalmente, a 02 (duas) sessões extraordinárias, por mês.

Subseção VI

DA GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE GABINETE

Art. 62º A Gratificação de Representação de Gabinete será concedida aos servidores requisitados para servirem junto à Governadoria do Estado, à
Vice - Governadoria e na estrutura básica do Serviço Social do Estado - SERSE.

§ 1º A Gratificação, de que trata este artigo, será calculada mediante a aplicação do percentual de 100% (cem por cento) sobre o vencimento do cargo
efetivo do servidor.

§ 2º Na hipótese do servidor ocupar Cargo ou Função de Chefia e Assessoramento poderá optar pelo valor correspondente à remuneração do
respectivo cargo ou função para o qual foi nomeado.

§ 3º Em nenhum caso, o valor da gratificação poderá exceder à atribuída ao cargo em Comissão de maior símbolo.

§ 4º A Gratificação, prevista neste artigo, não será incorporada ao vencimento, para qualquer efeito, nem poderá ser percebida, cumulativamente, com
a gratificação pela prestação de serviços extraordinários.

Subseção VII

DA GRATIFICAÇÃO DE CONTROLE INTERNO E AUDITORIA

Art. 63º A Gratificação de Controle Interno e Auditoria é devida aos servidores integrantes do Grupo Administração Financeira, Contabilidade e
Auditoria, da Secretaria da Fazenda e será calculada sobre o vencimento do cargo, na forma e condições a serem estabelecidas pelo Chefe do Poder
Executivo, em Regulamento.

Subseção VIII

DA GRATIFICAÇÃO POR CONDIÇÕES ESPECIAIS DE TRABALHO

Art. 64º A Gratificação por Condições Especiais de Trabalho será concedida com vistas ao interesse público de fixar o servidor em determinadas
regiões, incentivá-lo no exercício de determinadas funções, ou quando estas se realizarem em locais ou por meio e modos ou para fins especiais que
reclamem tratamento especial.

Parágrafo Único A Gratificação, de que trata este artigo, será fixada pelo Chefe do Poder Executivo, após ouvido o Conselho Estadual de Política
Salarial, no modo e forma e nas circunstâncias definidas em Regulamentos.

Subseção IX

DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 65º O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 3% ( três por cento) por triênio de serviço público efetivo, incidente sobre o vencimento
básico do cargo.

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Parágrafo Único O servidor fará jus ao adicional, de que trata este artigo, a partir do mês em que completar o triênio.

Subseção X

DO ADICIONAL NOTURNO

Art. 66º O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor -
hora acrescido de 100% (cem por cento) do valor - hora do vencimento básico do cargo.

Subseção XI

DO ADICIONAL DE FÉRIAS

Art. 67º Independentemente de solicitação, será pago ao servidor por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da
remuneração do período de férias.

Parágrafo Único No caso de o servidor exercer função de Direção, Chefia ou Assessoramento, ou ocupar cargo em Comissão, a respectiva vantagem
será considerada no cálculo adicional de que trata este artigo.

Subseção XII

DO ADICIONAL DE PRODUTIVIDADE

Art. 68º O Adicional de Produtividade é devido, exclusivamente, ao servidor ocupante de cargo ou Grupo Fisco/Tributação/Arrecadação e
Procuradores Fiscais, da Secretaria da Fazenda.

§ 1º É assegurado o Adicional de Produtividade aos ocupantes dos cargos, previstos neste artigo, quando nomeados pelo Governador do Estado para
Cargo em Comissão, de Direção e Assessoramento Superior, ou quando, na Secretaria da Fazenda, exercerem Função de Direção Intermediária,
Chefia, Assessoramento, Supervisão e Coordenação ou designados para atividades de arrecadação de tributos.

§ 2º Não farão jus ao Adicional de Produtividade os servidores no exercício de outras atividades, não previstas neste artigo.

§ 3º Os valores do Adicional de Produtividade, de que trata este artigo, a forma e as condições de sua percepção serão fixados por Decreto do
Governador do Estado, não podendo ultrapassar a 15% (quinze por cento) do crescimento real da receita tributária estadual.

Seção III

DO SALÁRIO - FAMÍLIA

Art. 69º O salário - família é concedido ao servidor ativo ou inativo, por dependente econômico, no valor fixado em lei.

§ 1º O salário - família será devido a partir do mês em que o servidor se habilitar ao benefício.

§ 2º Consideram - se dependentes econômicos para efeito da percepção do salário - família:

I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro ) anos de
idade ou, se inválido, de qualquer idade;

II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às expensas do servidor, ou do inativo;

III - a mãe e o pai sem economia própria.

Art. 70º Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário do salário - família perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra
fonte, pensão ou provento da aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário mínimo.

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Parágrafo Único O salário - família não está sujeito a qualquer desconto, ainda que para fim de previdência social.

Art. 71º Quando pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário - família será pago a um deles; quando separados, será pago a
um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.

Parágrafo Único Ao pai e à mãe equiparam - se o padrasto e a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.

Capítulo III

DAS FÉRIAS

Art. 72º O servidor fará jus a 30 (trinta) dias consecutivos de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de 2 (dois) períodos , no caso de
necessidade do serviço, ressalvados os casos em que haja legislação específica.

§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

§ 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto,
na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício, ou fração superior a 14 (quatorze) dias.

§ 4º A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório.

Art. 73º O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por
quadrimestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

Art. 74º As férias não poderão ser interrompidas, salvo motivo de superior interesse público e absoluta necessidade do serviço.

Capítulo IV

DAS LICENÇAS

Seção I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 75º Conceder - se - á ao servidor licença:

I - para tratamento de saúde;

II - por motivo de doença em pessoa da família;

III - por acidente em serviço;

IV - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;

V - para o serviço militar obrigatório;

VI - para atividade política;

VII - prêmio por assiduidade;

VIII - para tratar de interesses particulares;

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IX - para desempenho de mandato classista.

X - à gestante e à paternidade.

§ 1º Não se concederá licença para tratar de interesses particulares ao servidor ocupante de cargo em comissão ou em estágio probatório

§ 2º As licenças previstas nos incisos I, II e III dependem de perícia médica ou junta médica oficial e serão concedidas pelo prazo indicado no laudo.

§ 3º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a 24 (vinte quatro) meses, salvo nos casos dos incisos IV,
V, VI e IX deste artigo.

§ 4º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença para tratamento da própria saúde ou de pessoa da família.

Art. 76º A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação.

Seção II

DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 77º Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia oficial, sem prejuízo da
remuneração a que fizer jus.

Art. 78º Para licença até 15 (quinze) dias, a inspeção poderá ser feita por médico do serviço oficial e, se por prazo superior, por junta médica.

§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar
internado.

§ 2º Inexistindo médico do órgão oficial no local onde se encontra o servidor, será aceito atestado passado por médico particular, homologado pela
junta médica.

Art. 79º Findo o prazo da licença, o servidor deverá reassumir, imediatamente, o exercício, salvo prorrogação pedida antes de findar a licença ou se for
o caso, pedir aposentadoria.

Art. 80º O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões produzidas por
acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei.

Art. 81º O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica.

Parágrafo Único Costitui falta grave a recusa do servidor à inspenção médica.

Seção III

DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 82º Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente,
enteado e colateral consangüíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação por junta médica oficial.

§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício
do cargo.

§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogada por mais até 90(noventa)
dias, mediante parecer da junta médica, e excedendo estes prazos, sem remuneração.

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Seção IV

DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO

Art. 83º Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço ou acometido de moléstia profissional.

Art. 84º Configura acidente em serviço ou doença profissional, o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou
imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.

Parágrafo Único equipara - se ao acidente em serviço o dano:

I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;

II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice - versa.

Art. 85º O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos
públicos.

Parágrafo Único O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios
e recursos adequados em instituição pública.

Art. 86º A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.

Seção V

DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DE CÔNJUGE OU COMPANHEIRO

Art. 87º Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional,
para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.

§ 2º Na hipótese do deslocamento de que trata este artigo, o servidor poderá ser lotado, provisoriamente, em repartição da Administração Pública do
Estado, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.

Seção VI

DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR

Art. 88º Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação especifica.

Parágrafo Único Concluído o serviço militar, o servidor terá 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

Seção VII

DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA

Art. 89º O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como
candidato a cargo efetivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

Parágrafo Único o servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia,
assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral,
até o 15º (décimo quinto) dia seguinte ao do pleito.

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Art. 90º A partir do registro da candidatura e até o 15º (décimo quinto) dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença remunerada, como se
em efetivo exercício estivesse.

Seção VIII

DA LICENÇA PRÊMIO POR ASSIDUIDADE

Art. 91º Após cada quinquênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus a 3 (três) meses de licença, que poderão ser acumuladas até o máximo de
dois períodos, a título de prêmio por assiduidade, com a remuneração que percebia à data do seu afastamento.

§ 1º Os períodos de licença - prêmio já adquiridos e não gozados pelo servidor que vier a falecer ou aposentar - se por invalidez serão convertidos em
pecúnia, em favor de seus beneficiários da pensão, ou por ocasião da aposentadoria.

§ 2º A autoridade deverá conceder a licença prêmio dentro do prazo de até um ano, se requerida pelo servidor.

Art. 92º Não se concederá licença - prêmio ao servidor que, no período aquisitivo:

I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão;

II - afastar - se do cargo em virtude de:

a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração;

b) licença para tratar de interesses particulares;

c) condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva;

d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro;

§ 1º As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença - prêmio, na proporção de 1 (um) mês para cada falta.

§ 2º VETADO.

Art. 93º O número de servidores em gozo simultâneo de licença - prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade
administrativa do órgão ou entidade.

Seção IX

DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

Art. 94º A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de até 2(dois)
anos consecutivos, sem remuneração.

§ 1º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.

§ 2º Não se concederá nova licença antes de decorrido 2(dois) anos do término da anterior.

§ 3º Não se concederá a licença a servidores nomeados, removidos, redistribuídos ou transferidos, antes de completarem 2 (dois) anos de exercício.

Seção X

DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA

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Art. 95º É assegurado ao servidor o direito a licença para desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito
estadual, sindicato representativo da categoria, central sindical ou entidade fiscalizadora da profissão, com remuneração do cargo efetivo.

§ 1º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas entidades, obedecendo os seguintes
critérios:

I - Confederação, Federação, Central Sindical e associação de Classe terão no máximo 03 (três) liberações por entidade, sendo que associação de
classe deverá ter no mínimo 200 associados.

II - Ao Sindicato de Classe ficam assegurados 03 (três) liberações por entidade, mais 01 (um) para cada 500 (quinhentos) servidores na base da
categoria no limite máximo de 30 (trinta) liberados.

§ 2º A licença terá duração igual a do mandato sendo automaticamente prorrogada em caso de reeleição.

Seção XI

DA LICENÇA À GESTANTE E À PATERNIDADE

Art. 96º Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração.

§ 1º A licença, com início no primeiro dia do nono mês de gestação, poderá ser antecipada por prescrição médica.

§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá inicio a parti do parto.

§ 3º No casa de nutimorto ou aborto, atestado por médico oficial, a servidora terá 30 (trinta) dias de lincença remunerada a parti do evento.

Art. 97º Pelo nascimento de filhos, o servidor terá direito à lincença-paternidade de 5(cinco) dias úteis a parti do parto do cônjugue ou da companheira.

Art. 98º À servidoria que adotar ou obetiver guarda jundicial de criança até1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de kincença
remunerada, e, se de mais de 1(um) ano, a lincença remunerada será de 30(trinta) dias.

Art. 99º Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a duas horas de
descanso que poderá ser parcelada em dois períodos de uma hora.

Capítulo V

DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE

Seção I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 100º O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade da Administração Direta, Indireta ou Fundacional, mediante
pedido fundamentado pela autoridade requisitante, sob pena de nulidade.

§ 1º Excetuam - se dos dispositivos deste artigo, as requisições para a Governadoria do Estado e as nomeações para cargos em comissão e dos
dirigentes de entidades administrativas de nomeação pelo Governador do Estado ou de eleição pela assembléia geral.

§ 2º As disposições de servidores, no âmbito da Administração Pública, far-se-ão sempre com ônus para o órgão requisitante, salvo nos casos de
servidores nomeados para cargos de confiança ou de solicitação para ocupar cargo de Secretário de Município.

§ 3º As disposições serão concedidas pelo prazo de 1 (um) ano, prorrogável, por necessidade do serviço, por igual período, exceto os casos previstos
no parágrafo primeiro deste artigo e as requisições para os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo da União, dos Estados do Distrito Federal e
Secretarias de Municípios, cujo prazo será o do tempo da serventia.

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Seção II

DOS AFASTAMENTOS DO SERVIDOR PÚBLICO

Art. 101º A disposição de servidor entre órgãos da Administração Direta, Indireta e Fundacionais somente poderá ocorrer quando tenha por finalidade
o exercício de cargo em comissão ou de direção superior das entidades administrativas e, excepcionalmente, o exercício de função técnica ou
científica, recaindo, neste último caso o ônus para o órgão requisitante.

Art. 102º No interesse do serviço, será permitido o afastamento de servidor para exercer função de chefia, direção e assessoramento intermediários,
desde que compatível com sua formação técnica ou científica.

Parágrafo Único O afastamento do servidor, no caso deste artigo, vigorará pelo tempo de sua serventia.

Art. 103º Ao servidor em exercício de mandato eletivo aplicam - se as seguintes disposições:

I - tratando - se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo - lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador:

a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo - lhe facultado optar pela sua remuneração.

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais,
exceto para promoção por merecimento.

V - no caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a previdência social como se em exercício estivesse.

VI - investido em mandato eletivo ou classista, o servidor não poderá ser removido, transferido ou redistribuído, de ofício, para localidade diversa
daquela onde exerce o mandato.

Art. 104º O servidor não poderá ausentar - se do Estado para estudo ou missão especial, sem autorização do Chefe do Poder a que está vinculado.

§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido
período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

Art. 105º A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor estável bolsa - de - estudo, fora do Estado, para fins de cursos de pós -
graduação, aperfeiçoamento, extensão e pesquisa, por prazo de até 2 (dois) anos, prorrogável por igual período, conforme exigirem as circunstâncias,
devidamente comprovadas.

§ 1º é vedada a concessão de bolsa - de - estudo para a formação profissional e outros cursos existentes no Estado, inclusive os previstos neste
artigo.

§ 2º O valor da bolsa - de - estudo não poderá ultrapassar à remuneração do cargo do servidor.

Capítulo VI

DAS CONCESSÕES

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Art. 106º Sem qualquer prejuízo e considerado de efetivo exercício, poderá o servidor ausentar - se do serviço:

I - por 1(um) dia, para doação de sangue;

II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;

III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:

a) casamento;

b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela, irmãos ou pessoas que vivem sob
sua dependência econômica.

Art. 107º Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição,
sem prejuízo do exercício do cargo.

§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário na repartição, respeitada a duração semanal do trabalho.

§ 2º Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência, matrícula em instituição
de ensino congênere estadual, em qualquer época, independentemente de vaga.

§ 3º O disposto no § 2º deste artigo é extensivo ao cônjuge ou companheiro, aos filhos e à aqueles que vivam na sua dependência econômica.

Capítulo VII

DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 108º A apuração do tempo de serviço será feita em dias, convertidos em anos, considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco)
dias.

Parágrafo Único feita a conversão, os dias restantes, até 182 (cento e oitenta e dois), não serão computados, arredondando - se para um ano quando
excederem este número, para efeito de aposentadoria.

Art. 109º São considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I - férias;

II - exercício de cargo em comissão em qualquer dos Poderes do Estado e nos serviços da União, dos Estados, dos Municípios, e do Distrito Federal;

III - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital e atividade política, na forma do art. 89, exceto para promoção por
merecimento;

IV - júri, serviço militar e outros serviços obrigatórios por lei;

V - disposição, regularmente concedida, para prestar serviços nos órgãos e entidades da Administração Direta, Indireta e Fundações do Estado, e
afastamento para bolsas-de-estudos;

VI - licença:

a) à gestante, à adotante e à paternidade;

b) para tratamento da própria saúde, até 2 (dois) anos;

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c) para o desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por merecimento;

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

e) prêmio por assiduidade.

VII - deslocamento para a nova sede;

VIII - participação em competição desportiva, congressos e outras atividades culturais, devidamente autorizada;

IX - disponibilidade;

X - prisão do servidor, quando absolvido por sentença definitiva;

Art. 110º Contar - se - á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I - O tempo de serviço público prestado à União, Estados, Municípios e Distrito Federal;

II - Licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, com remuneração;

III - O tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo, anterior ao ingresso no serviço público;

IV - O tempo de serviço prestado na atividade privada, condicionado à compensação financeira, na forma do art. 202, § 2º. da Constituição Federal.

Art. 111º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou fundação de órgãos ou
entidades dos Poderes da União, Estados, Municípios e Distrito Federal e suas entidades da administração indireta e fundacionais.

Capítulo VIII

DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 112º É assegurado ao servidor o direito de requerer ao Poder Público em defesa de direito ou interesse legítimo.

Art. 113º O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente
subordinado o requerente.

Art. 114º Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.

Parágrafo Único O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco)
dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 115º Caberá recurso:

I - do indeferimento do pedido de reconsideração;

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

Parágrafo Único O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em
escala ascendente, às demais autoridades, sempre por intermédio da sua chefia imediata.

Art. 116º O prazo para interposição do pedido de reconsideração ou de recurso é de 60 (sessenta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo
interessado, da decisão recorrida.

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§ 1º O recurso poderá ser recebido, com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.

§ 2º Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 117º Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele
constituído.

Art. 118º A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidades.

Art. 119º São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.

Art. 120º O direito de requerer prescreve:

I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos
resultantes das relações de trabalho;

II - em 180 (cento e oitenta) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

§ 1º O prazo da prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for
publicado;

§ 2º O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

§ 3º A prescrição é de ordem pública, não podendo ser revelada pela adiministração.

Capítulo IX

DA PENSÃO E DA APOSENTADORIA

Seção I

DA PENSÃO

Art. 121º Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valor correspondente ao da respectiva remuneração ou provento,
a partir da data do óbito, observadas as normas da entidade previdenciária.

Parágrafo Único Em nenhuma hipótese, o valor da pensão será superior ou inferior ao da remuneração ou proventos do servidor e ao salário - de -
contribuição previdenciário.

Art. 122º As pensões distinguem - se, quanto à natureza, em vitalícias e temporárias.

§ 1º A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente se extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários.

§ 2º A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, cessação de invalidez ou maioridade
do beneficiário.

Art. 123º São beneficiários das pensões:

I - vitalícia:

a) o cônjuge;

b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com direito de perceber pensão alimentícia;

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c) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade familiar;

d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor;

e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de deficiência, que vivam sob a dependência do servidor.

II - temporária:

a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade, ou, se inválido, enquanto perdurar a invalidez;

b) menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade;

c) a irmã ou irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido, enquanto durar a invalidez, que comprovem dependência econômica do servidor;

d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.

§ 1º A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo exclui desse direito os demais
beneficiários referidos nas alíneas "d" e "e".

§ 2º A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas "a" e "b" do inciso II deste artigo exclui desse direito os
beneficiários referidos nas alíneas "c" e "d".

§ 3º O limite de idade estabelecido nas alíneas acima, deste artigo, serão prorrogadas até o limite de 24 (vinte e quatro) anos mediante comprovação
de matrícula e freqüência em instituição de ensino oficial ou reconhecida.

Art. 124º A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pensão temporária.

§ 1º Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados.

§ 2º Ocorrendo habilitação às pensões vitalícias e temporária, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra metade
rateada em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária.

§ 3º Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da pensão será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem.

Art. 125º A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão - somente as prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos.

Parágrafo Único Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia, que implique exclusão de beneficiário ou redução de pensão, só
produzirá efeitos a partir da data em que for oferecida e comprovada.

Art. 126º Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do servidor.

Art. 127º Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, quando declarada a ausência pela autoridade judiciária competente.

Parágrafo Único A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência,
ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado.

Art. 128º Acarreta perda da qualidade de beneficiário:

I - o seu falecimento;

II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;

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III - a cessação de invalidez, em se tratando de beneficiário inválido;

IV - a maioridade de filho, irmã ou irmão órfão ou pessoa designada, aos 21 (vinte e um) anos de idade, ressalvada a hipótese prevista no § 3º do art.
123, desta Lei Complementar;

V - a acumulação indevida de pensão;

VI - a renúncia expressa.

Art. 129º Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva cota reverterá:

I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para os titulares da pensão temporária, se não houver pensionista remanescente da
pensão vitalícia;

II - da pensão temporária para os beneficiários ou, na falta destes, para o beneficiário da pensão vitalícia.

Art. 130º As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos servidores em atividade.

Art. 131º Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de duas pensões.

Seção II

DA APOSENTADORIA

Art. 132º O servidor público será aposentado:

I - por invalidez permanente, com proventos integrais, quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

III - voluntariamente:

a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) anos se mulher com proventos integrais;

b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, com proventos integrais;

c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) anos, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

e) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, em exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou
perigosas, com vencimentos integrais.

Art. 133º A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a
idade - limite de permanência no serviço ativo.

Art. 134º A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.

§ 1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses.

§ 2º Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.

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§ 3º O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato da aposentadoria será considerado como de prorrogação da
licença.

Art. 135º O provento da aposentadoria será calculado com base no vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente,
previstos em lei, e revisto na mesma data e na mesma proporção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.

§ 1º São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, mesmo quando
decorrentes de transformação, extinção ou reclassificação de cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

§ 2º O valor dos proventos da aposentadoria será calculado com rigorosa observância do limite estabelecido pelo § 1º, do art. 40, desta Lei
Complementar.

Art. 136º O servidor que tiver exercido função de direção, chefia, assessoramento, assistência, cargo em comissão ou função gratificada, por período
de 5 (cinco) anos consecutivos, ou 10 (dez) anos interpolados, poderá aposentar - se com a gratificação da função ou da gratificação do cargo em
comissão, de maior valor, desde que exercido por um período mínimo de 2 (dois) anos.

Parágrafo Único Quando o exercício da função ou cargo em comissão de maior valor não corresponder ao período de 2 (dois) anos, será incorporada
a gratificação ou remuneração da função ou cargo em comissão imediatamente inferior dentre os exercidos.

Título IV

DO REGIME DISCIPLINAR

Capítulo I

DOS DEVERES DO SERVIDOR

Art. 137º São deveres do servidor público:

I - exercer com dignidade, zelo e dedicação as atribuições de seu cargo;

II - ser leal às instituições a que servir;

III - observar as normas legais e regulamentares;

IV - cumprir, com presteza, as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

V - atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações solicitadas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal, no prazo máximo de 10 (dez) dias;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;

VI - levar ao conhecimento da autoridade imediatamente superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;

VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;

IX - manter conduta compatível com a moralidade pública;

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X - ser assíduo e pontual ao serviço;

XI - tratar com urbanidade as pessoas;

XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder;

Capítulo II

DAS PROIBIÇÕES

Art. 138º Ao Servidor é proibido:

I - ausentar - se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

II - retirar sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição.

III - recusar fé a documentos públicos;

IV - retardar andamento de documento e processo ou execução de serviço, deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse pessoal;

V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu
subordinado, inclusive a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem - se ou desfilarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

IX - valer - se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

X - participar de gerência ou administração de empresa privada, sociedade comercial ou exercer o comércio , exceto na qualidade de acionista, cotista
ou comanditário;

XI - atuar como procurador ou intermediário, junto a repartição pública, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, exigir vantagem indevida para si ou para outrem, em razão de suas
atribuições;

XIII - praticar usura sob qualquer de suas formas;

XIV - proceder de forma desidiosa;

XV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

XVI - referir - se de modo depreciativo em informação, parecer ou despacho às autoridades e a atos da administração pública. Porém, em trabalho
assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço;

XVII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

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XVIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro.

Capítulo III

DA ACUMULAÇÃO

Art. 139º É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, ressalvados os casos previstos na Constituição Federal.

Art. 140º A acumulação de cargos. ainda que lícita fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horário.

Art. 141º o servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão ou função gratificada, nem participar, remunerado, de mais de um órgão de
deliberação coletiva.

Parágrafo Único o servidor que acumular licitamente 2 (dois) cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado
de ambos os cargos efetivos.

Capítulo IV

DAS RESPONSABILIDADES

Art. 142º Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde civil, penal e administrativamente.

Art. 143º A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidado na forma prevista no art. 42. § 3, na falta de outros bens que
assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2º Tratando - se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

Art. 144º A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 145º A responsabilidade administrativa resulta de atos ou omissões praticados no desempenho do cargo ou função.

Art. 146º As cominações civis, penais e disciplinares poderão cumular - se, sendo independentes entre si.

Art. 147º A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou a sua autoria.

Capítulo V

DAS PENALIDADES

Art. 148º São penalidades disciplinares:

I - advertência;

II - suspensão;

III - demissão;

IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

V - destituição de cargo em comissão;

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VI - destituição de função gratificada.

Art. 149º Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o
serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

Art. 150º A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 138 incisos I, II, III,V,VI, VII e VIII e de
inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Art. 151º A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não
tipifiquem infração sujeita a penalidades de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar - se a ser submetido a inspeção médica
determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento)
por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Art. 152º As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo
exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo Único O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Art. 153º A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - Crime contra a administração pública;

II - Abandono de cargo;

III - Inassiduidade habitual;

IV - Improbidade administrativa;

V - Incontinência pública e conduta escandalosa na repartição;

VI - Insubordinação grave em serviço;

VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

VIII - Aplicação irregular de dinheiros públicos;

IX - Revelação de informação sigilosa do qual se apropriou em razão do cargo;

X - Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual;

XI - Corrupção;

XII - Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XIII - Transgressão dos incisos IV, IX, X, XI, XII, XV e XVII do art. 138, desta Lei Complementar.

Art. 154º Verificada em processo disciplinar acumulação proibida e provada a boa - fé, o servidor optará por um dos cargos.

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§ 1º Provada a má - fé, perderá também o cargo que exercia há mais tempo e restituirá o que tiver percebido indevidamente.

§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos, emprego ou função exercido em outro órgão ou entidade, a demissão lhe será
comunicada.

Art. 155º Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Art. 156º A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades
de suspensão e de demissão.

Parágrafo Único Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 34 será convertida em destituição de cargo
em comissão

Art. 157º A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 153 implica a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 158º A demissão, ou a destituição de cargo em comissão por infringência do art. 138, incisos IX e XII incompatibiliza o ex - servidor para nova
investidura em cargo público estadual, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo Único Não poderá retornar ao serviço público estadual o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do
art. 153 incisos I, IV, VIII, X e XI.

Art. 159º Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.

Art. 160º Entende - se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60(sessenta) dias, interpoladamente, durante o período
de 12 (doze) meses.

Art. 161º O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

Art. 162º As penalidades disciplinares serão aplicadas:

I - pelo Governador do Estado ou, conforme o caso, pela autoridade referida no parágrafo único do art. 7º, quando se tratar de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade de servidor, inclusive das autarquias e fundações do Estado;

II - pelos Secretários de Estado, dirigentes de órgãos e das autarquias e fundações do Estado, quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta)
dias e destituição de função;

III - pelo chefe da repartição e autoridades administrativas de hierarquias imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior, nos casos de
advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias.

Art. 163º A ação disciplinar prescreverá:

I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargos em
comissão.

II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;

III - em 180 (cento oitenta) dias, quanto a advertência.

§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.

§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam - se às infrações disciplinares capituladas também como crime.

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§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade
competente.

Título V

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Capítulo I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 164º A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigado a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou
processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

Art. 165º As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam
formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.

Parágrafo Único Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.

Art. 166º Da sindicância poderá resultar:

I - arquivamento do processo;

II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão até 30 (trinta) dias;

III - instauração de processo disciplinar;

Parágrafo Único O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da
autoridade superior.

Art. 167º Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, será obrigatório a
instauração de processo disciplinar.

Capítulo II

DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 168º Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo
disciplinar poderá determinar o afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

Parágrafo Único o afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

Capítulo III

DO PROCESSO DISCIPLINAR

Art. 169º O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas
atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

Art. 170º O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 (três) servidores estáveis, de cargo igual, equivalente ou superior ao do
indiciado, designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu Presidente.

§ 1º A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu Presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros.

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§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha
reta ou colateral, até o terceiro grau.

Art. 171º A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido
pelo interesse da administração.

Parágrafo Único As reuniões e as audiências das comisões terão caráter reservado.

Art. 172º O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:

I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;

II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;

III - julgamento.

Art. 173º O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data da publicação do ato que constituir a
comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do
relatório final.

§ 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas, que deverão detalhar as ocorrências e as deliberações adotadas.

Seção I

DO INQUÉRITO

Art. 174º O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e
recursos admitidos em direito.

Art. 175º Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução.

Parágrafo Único Apurada na sindicância que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao
Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo administrativo.

Art. 176º Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e deligências cabíveis, objetivando a
coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 177º É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de procurador constituído, arrolar e reinquirir
testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

§ 1º O Presidente da comissão poderá denegar, motivadamente, pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de nenhum
interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de perito.

§ 3º Em qualquer fase do processo será permitida a intervenção do defensor constituído pelo indiciado.

Art. 178º As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo Presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do
interessado, ser anexada aos autos.

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Parágrafo Único Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve,
com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.

Art. 179º O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trá-lo por escrito.

§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.

§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder - se - á à acareação entre os depoentes.

Art. 180º Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado, observadas as formalidades legais.

§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou
circunstâncias, será promovida acareação entre eles.

§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo - lhe vedado interferir nas perguntas e
respostas, facultando - se - lhe, porém, reinquerí-las, por intermédio do Presidente da comissão.

Art. 181º Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame
por junta médica oficial, da qual participe, pelo menos, um médico psiquiatra.

Parágrafo Único O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo principal, após a expedição do laudo
pericial.

Art. 182º Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indicação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas
provas.

§ 1º O indicado será citado por mandado expedido pelo Presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias,
assegurando - se - lhe vista do processo na repartição.

§ 2º Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.

§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências consideradas indispensáveis.

§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar - se - á da data declarada, em termo próprio,
pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de 2 (duas) testemunhas.

Art. 183º O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.

Art. 184º Achando - se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande
circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa.

Parágrafo Único na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital.

Art. 185º Considerar - se - á revel o indiciado que, regulamente citado, não apresentar defesa no prazo legal.

§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.

§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo, ocupante de cargo de nível
igual ou superior ao do indiciado.

Art. 186º Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que
se baseou para formar a sua convicção.

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§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.

§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias
agravantes ou atenuantes.

Art. 187º O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.

Seção II

DO JULGAMENTO

Art. 188º No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo disciplinar, a autoridade julgadora proferirá, motivadamente, a sua
decisão.

§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade competente, que
decidirá em igual prazo.

§ 2º Não decidido o processo no prazo deste artigo, o indiciado, se afastado, reassumirá o exercício do cargo ou função, aí aguardando o julgamento
final.

§ 3º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da pena mais grave.

§ 4º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá à autoridade competente para
aplicá-la.

Art. 189º O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando, manifestamente, contrário às provas dos autos.

Parágrafo Único Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade
proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

Art. 190º Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial o processo e ordenará a constituição de
outra comissão, para instauração de novo processo.

§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica em nulidade do processo.

§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição será responsabilizada, na forma da lei.

§ 3º Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato no assentamento individual do servidor.

Art. 191º Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para a instauração da ação
penal, ficando traslado na repartição.

Art. 192º O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do
processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

Art. 193º Serão assegurados transportes e diárias:

I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado;

II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para realização de diligências necessárias ao
esclarecimentos dos fatos.

Seção III

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DA REVISÃO DO PROCESSO

Art. 194º O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias
suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.

§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo curador.

Art. 195º A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos ainda não apreciados
no processo originário, cabendo o ônus da prova ao requerente.

Art. 196º O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Secretário de Estado, dirigentes de órgãos ou entidades administrativas que, se
autorizar a revisão, encaminhará o pedido à repartição onde se originou o processo disciplinar.

Art. 197º A autoridade que determinou a instauração do processo originário providenciará a constituição de comissão revisora, observando, no que
couber, as normas e procedimentos do processo disciplinar.

Parágrafo Único A revisão correrá em apenso ao processo originário.

Art. 198º Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 199º A comissão revisora terá o prazo de 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalho e o prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias,
contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.

Parágrafo Único O julgamento caberá à mesma autoridade que aplicou a penalidade.

Art. 200º Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo - se todos os direitos do servidor, exceto em
relação à destituição de cargo em comissão, que será convertida em exoneração.

Parágrafo Único Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

Título VI

Capítulo I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 201º O Dia do Servidor Público será comemorado a 28 (vinte e oito) de outubro.

Art. 202º Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo - se o dia do começo e incluindo - se o último, ficando prorrogado,
para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia que não haja expediente.

Art. 203º Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer
discriminação em sua vida funcional, nem eximir - se do cumprimento de seus deveres funcionais.

Art. 204º Ao servidor público civil é assegurado o direito à livre associação sindical e o direito de greve, na forma da legislação federal.

Art. 205º Consideram - se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem de seu
assentamento individual.

Parágrafo Único Equipara - se ao cônjuge a companheira ou companheiro que comprove união estável como entidade familiar.

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Seção I

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 206º Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos, ficam transformados em triênio e a licença especial, em licença - prêmio.

Parágrafo Único É mantida a Progressão Horizontal, como adicional por tempo de serviço, aos servidores que a percebem na data da vigência desta
lei e cujo limite não poderá exceder de 80% (oitenta por cento) do vencimento, bem como a Gratificação de Representação percebida pelos ocupantes
do cargo de Procurador do Estado.

Art. 207º O regime jurídico desta Lei Complementar é extensivo aos servidores públicos do Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público,
Advocacia Geral do Estado, Defensoria Pública e Serventuários da Justiça remunerados com recursos do Estado.

Art. 208º Os Poderes e órgãos do Estado adotarão as medidas necessárias para adequação de seus procedimentos administrativos às normas
contidas nesta Lei Complementar, ressalvados os direitos adquiridos, inclusive quanto à aplicação do art. 164 inciso I da lei nº 2.854, de 09 de março
de 1968.

Art. 209º Haverá em cada órgão da administração estadual uma Comissão integrada por servidores de carreira, incumbida de reduzir os riscos
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.

Art. 210º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas a Lei Nº 2.854, de 09 de março de 1968 e demais disposições em contrário.

PALÁCIO PIRAJÁ, em Teresina(PI), 03 de janeiro de 1994.

GOVERNADOR DO ESTADO
SECRETÁRIO DE GOVERNO
SECRETÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Este texto não substitui o Publicado no DOE Nº 12 de 18/01/1994

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Lei Complementar Nº 37 de 09/03/2004

Dispõe sobre o Estatuto da Polícia Civil do Estado do Piauí.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ,

FAÇO saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Título I

CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o Estatuto dos Policiais Civis do Estado do Piauí.

Art. 2º Aplica-se subsidiariamente a esta Lei o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado.

Art. 3º A Polícia Civil do Estado do Piauí, dirigida por delegado de polícia de carreira, é uma instituição permanente do Poder Executivo e auxiliar da
função jurisdicional do Estado.

§ 1º A Polícia Civil tem por chefe o Delegado-Geral, subordinado ao Secretário da Segurança Pública, nomeado em comissão, pelo Governador do
Estado, dentre os delegados de carreira.

§ 2º A função de Delegado Titular será exercida privativamente por Delegados de carreira.

§ 3º As funções de confiança de Diretores do Subsistema de Inteligência, da Unidade de Polícia Judiciária, da Unidade de Corregedoria serão
exercidas privativamente por delegados de carreira.

§ 4º As funções de confiança de Coordenadores de Polícia Judiciária serão exercidas preferencialmente por delegados de carreira.

§ 5º As funções do Departamento de Polícia Técnica-Científica serão exercidas por servidores do respectivo quadro.

Art. 4º A Polícia Civil, pelas suas características e finalidades, fundamenta-se na hierarquia e na disciplina, tendo como princípios e atividades básicas:

I - respeito à dignidade da pessoa humana, garantido sua integridade física e moral, na forma estabelecida nas Constituições Federal e Estadual;

II - exercício da função policial com probidade, discrição, moderação e respeito;

III - exercer as funções de polícia judiciária e apuração das infrações penais, exceto as militares;

IV - execução de perícias criminais técnico-científicas, realizada pelo Departamento de Polícia Científica;

V - orientação e fiscalização dos serviços cartorários e estatísticos.

Art. 5º VETADO.

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Título II

CAPÍTULO I
DAS CARREIRAS POLICIAIS

Art. 6º A Polícia Civil é constituída pelos seguintes cargos:

I - delegado de polícia;

II - perito médico-legal;

III - perito odonto-legal;

IV - perito criminal;

V - escrivão de polícia;

VI - agente de polícia;

VII - perito papiloscopista policial.

Art. 7º VETADO.

§ 1º VETADO.

§ 2º VETADO.

§ 3º VETADO.

Art. 8º Os cargos da Polícia Civil são, conforme os Anexos I, II e III, constituídos por 4 (quatro) classes em escala ascendente: 3ª classe, 2ª classe, 1ª
classe e especial.

Art. 9º A Polícia Civil compõe-se de polícia judiciária e de polícia técnico-científico.

Art. 10 À polícia judiciária, composta por autoridades policiais e seus agentes, compete:

I - apuração das infrações penais, exceto as militares;

II - os serviços cartorários de estatística policial e criminal;

III - exercício das funções de polícia judiciária, ressalvada a competência da União.

Parágrafo Único Os cargos da polícia judiciária são:

I - delegado de polícia;

II - escrivão de polícia;

III - agente de polícia.

Art. 11 À polícia técnico-científica, composta pelos auxiliares das autoridades policiais civis, compete:

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I - o apoiamento técnico e científico;

II - a realização das perícias em geral.

Parágrafo Único Os cargos da polícia técnico-científica são:

I - perito médico-legal;

II - perito odonto-legal;

III - perito criminal;

IV - perito papiloscopista policial.

Art. 12 Ao delegado de polícia de carreira compete a direção da polícia judiciária, a ele ficando subordinados hierarquicamente os escrivães e os
agentes de polícia.

Parágrafo Único O cargo de delegado de polícia constitui uma das carreiras jurídicas do Poder Executivo do Estado e será estruturado em quadro
próprio, cuja investidura dar-se-á mediante prévia aprovação em concurso público de provas e títulos com a participação da Seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil.

Art. 13 À polícia técnico-científica compete auxiliar a polícia judiciária, realizando as perícias e demais providências probatórias por esta requisitadas,
mas sem vínculo de subordinação hierárquica em relação aos seus integrantes.

Parágrafo Único

O Diretor da polícia técnico-científica fica subordinado diretamente ao Delegado-Geral.

CAPÍTULO II

Art. 14 Além das atribuições previstas na legislação processual, competem aos Delegados de Polícia de Carreira:

I - cumprir e fazer cumprir, no âmbito de sua competência, as funções institucionais da polícia judiciária;

II - lavrar termos circunstanciados, instaurar e presidir inquéritos policiais e outros procedimentos administrativos e fazer o indiciamento de forma
fundamentada, dentro de sua circunscrição;

III - promover diligências, solicitar informações, requisitar exames periciais e outros documentos necessários à instrução do inquérito policial ou de
outros procedimentos;

IV - assegurar o sigilo necessário à elucidação do fato e às investigações a seu cargo;

V - dar cumprimento a atos emanados da Justiça, na esfera de sua competência;

VI - praticar atos administrativos de natureza policial e dirigir a Delegacia de Polícia, determinando as diligências investigatórias, na forma que se
dispuser em regulamento;

VII - zelar pelo efetivo cumprimento dos princípios e funções institucionais da polícia civil;

VIII - zelar pelo efetivo cumprimento dos direitos e garantias fundamentais;

IX - praticar outros atos inerentes às suas atribuições, nos termos do regulamento.

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Art. 15 São atribuições dos escrivães de polícia:

I - cumprir e fazer cumprir as ordens legais emanadas dos Delegados de Polícia;

II - dar cumprimento às formalidades processuais, lavrar termos, autos e mandados, observando os prazos necessários ao preparo, ultimação e
remessa de procedimentos policiais de investigação;

III - expedir privativa e gratuitamente certidões, preparar expedientes e estatísticas atinentes às atividades cartorárias;

IV - ter em boa guarda os livros cartorários, os feitos, documentos a seu cargo e objetos apreendidos, que oficialmente receber;

V - conservar o cartório em boa ordem e classificar ordeiramente os autos de inquéritos, termos circunstanciados, mandados, precatórias e demais
atos policiais;

VI - acompanhar o delegado de polícia, sempre que determinado, em diligências policiais;

VII - reduzir declarações a termos;

VIII - executar outras atividades cartorárias que forem determinadas pela chefia ou autoridades superiores;

IX - dirigir, se necessário, viaturas policiais;

X - executar todas as demais atribuições de polícia judiciária, constantes de leis bem como do Regulamento Geral da Secretaria da Segurança
Pública.

Art. 16 São atribuições dos agentes de polícia:

I - cumprir e fazer cumprir as ordens legais emanadas dos Delegados de Polícia;

II - executar a segurança de autoridades e proteção a vítimas quando determinada por seus superiores;

III - investigar, realizar diligências e efetuar prisões, intimações, conforme estabelecido pelo Delegado, colaborando com os serviços processuais,
inquéritos e atos administrativos dos órgãos policiais que envolvam infrações penais;

IV - auxiliar ao delegado de polícia, em todos os fatos de investigação;

V - dirigir veículos automotores em missões policiais e em função do desempenho de diversos setores dos órgãos policiais;

VI - atuar nos procedimentos policiais de investigações, estabelecendo medidas de isolamento nos locais de ocorrências policiais, reunindo elementos
de autoria e materialidade nas infrações penais;

VII - atuar na apuração de atos infracionais, conforme dispõe a legislação específica;

VIII - promover, quando determinado por autoridade competente, a coleta de dados e impressões digitais para fins de identificação penal e processual
penal;

IX - executar todas as demais atribuições de polícia judiciária, constantes de leis bem como do Regulamento Geral da Secretaria da Segurança
Pública.

Art. 17 Compete aos integrantes da polícia técnico-científico:

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I - praticar atos necessários aos procedimentos das perícias policiais criminais, com a emissão dos respectivos laudos, quando determinado pela
autoridade policial, pelo Ministério Público ou pelo Judiciário;

II - executar as atividades de identificação humana, relevantes para os procedimentos pré-processuais judiciários, quando requisitado por autoridade
competente;

III - outras atribuições previstas em regulamento.

Título III

DO PROVIMENTO

Capítulo I

DO CONCURSO PÚBLICO

Art. 18 O concurso público para provimento dos cargos da Polícia Civil, que poderá ser regionalizado, constará de exames de conhecimento, exame
psicológico, exame de saúde, exame de aptidão física e investigação social.

§ 1º Após todas as etapas do concurso, os candidatos a serem nomeados para os cargos de delegado, de escrivão de polícia e de agente de polícia
farão curso de formação para ingresso.

§ 2º Os exames de conhecimentos, excetuados os exames práticos, serão classificatórios e habilitatórios, as demais fases do concurso público terão
caráter apenas habilitatório.

§ 3º O exame de aptidão física e o exame psicológico serão aplicados para provimento dos cargos de delegado de polícia, escrivão de polícia e agente
de polícia.

§ 4º A investigação social será realizada para o provimento de todos os cargos de Polícia Civil.

§ 5º A avaliação de títulos, cuja pontuação corresponderá no máximo a 10 % (dez por cento) do valor da primeira prova escrita, será realizada apenas
para o provimento do cargo de delegado de polícia e não terá caráter eliminatório, sendo vedada a atribuição de pontos ao tempo de serviço do
servidor não concursado fora das hipóteses do art. 19 do ADCT da CF.

§ 6º O candidato terá o direito de conhecer as razões de sua reprovação em qualquer das fases do concurso, sendo-lhe permitida a apresentação de
recursos.

§ 7º Excetuadas as razões de reprovação no exame psicotécnico e na investigação social, cuja publicidade será restrita ao candidato, os resultados de
cada umas das fases do concurso serão publicados no Diário Oficial do Estado.

§ 8º A habilitação em quaisquer das etapas do concurso público ou no curso de formação para ingresso não poderá ser aproveitada para provimento
de cargo distinto ou para outro concurso.

§ 9º Durante o prazo de 2 (dois) anos contados da posse, não poderá o policial civil ser removido, redistribuído ou transferido.

§ 10º Não podem participar de comissão, banca de concurso, as pessoas que tiverem cônjuge, companheiro, ou parente consangüíneo ou afim em
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inscrito no concurso público.

Art. 19 O exame de conhecimentos poderá consistir na realização de testes objetivos, dissertativos e práticos, compreendendo as matérias previstas
no edital.

§ 1º Para obter aprovação neste exame, o candidato deverá alcançar aproveitamento mínimo de 60% (sessenta por cento) no geral e 50% (cinqüenta
por cento) em cada uma das matérias.

§ 2º Para o provimento do cargo de escrivão de polícia, será exigido teste de digitação.

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Art. 20 O exame psicológico adotará critérios científicos objetivos, sendo vedada a realização de entrevistas.

Parágrafo Único O exame será realizado por meio de representante ou comissão de representantes da instituição contratada para a realização do
concurso ou por servidor ou comissão de servidores públicos efetivos e estáveis, com habilitação em psicologia.

Art. 21 O exame de saúde compreenderá os exames médicos e odontológicos previstos no edital do concurso público.

Art. 22 O exame de aptidão física constará de provas atléticas, adequadas ao cargo, conforme previsto no edital.

Parágrafo Único O exame físico será realizado por meio de representante ou comissão composta de representantes da instituição contratada para a
realização do concurso ou por servidor ou comissão de servidores efetivos e estáveis, com habilitação em educação física.

Art. 23 A investigação social consistirá na apuração, dentre outros requisitos previstos no edital do concurso, na comprovação da ausência de
antecedentes criminais, relativos a crimes cuja punibilidade não esteja extinta e não tenha ocorrido a reabilitação, compreendendo processos na
Justiça Comum, na Justiça Federal, na Justiça Federal Militar e Justiça Eleitoral, certidão negativa de antecedentes expedida pela Polícia Federal,
Polícia Civil e Auditoria Militar.

Parágrafo Único A Certidão de Antecedentes será expedida pelo órgão de distribuição das comarcas onde o candidato haja residido nos últimos 5
(cinco) anos.

Art. 24 O curso de formação para ingresso será realizado pela Academia de Polícia Civil do Estado do Piauí ou outra entidade congênere, com
duração mínima de 300 (trezentas) horas-aula.

§ 1º VETADO.

§ 2º Ao candidato inscrito em curso de formação para ingresso fica assegurado uma bolsa no valor previsto em lei, assegurado o direito de opção
entre a remuneração do cargo ocupado e a bolsa para aqueles que forem policiais militares ou servidores públicos do Estado.

§ 3º A aprovação no curso de formação para ingresso atenderá ao disposto no regulamento da Academia de Polícia e constituirá requisito
indispensável para a nomeação no cargo.

§ 4º O candidato inscrito no curso de formação fica sujeito à contribuição previdenciária.

Capítulo II

DOS REQUISITOS

Art. 25 Além dos requisitos previstos no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado, para o provimento dos cargos da polícia civil é exigida:

I - formação de nível superior em direito para a carreira de delegado de polícia;

II - formação de nível superior em medicina para a carreira de perito médico-legal;

III - formação de nível superior em odontologia para perito odonto-legal;

IV - formação de nível superior em biologia, contabilidade, economia, computação, análise de sistemas, engenharia civil, engenharia de agrimensura
engenharia elétrica, engenharia mecânica, engenharia eletrônica, engenharia química, engenharia florestal, agronomia, medicina veterinária, física,
farmácia, bioquímica, geologia, matemática, química, perícia criminal ou bacharelado em segurança pública, para a carreira de perito criminal;

V - formação de nível superior para a carreira de escrivão de polícia;

VI - formação de nível superior para a carreira de agente de polícia;

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VII - formação de nível superior para a carreira de perito papiloscopista policial.

Art. 26 Para investidura nos cargos de delegado de polícia, escrivão de polícia e agente de polícia, além de outros requisitos previstos em lei, serão
exigidos os seguintes:

I - permissão para dirigir ou Carteira Nacional de Habilitação na categoria discriminada no edital do concurso;

II - aprovação no curso de formação para ingresso.

§ 1º Será também exigida, para a investidura nos cargos de delegado de polícia e agente de polícia:

I - altura mínima de 1,60 m (um metro e sessenta centímetros), para homens, e 1,55 (um metro e cinqüenta e cinco centímetros), para mulheres;

II - idade máxima de 45 (quarenta e cinco) anos.

§ 2º A comprovação de possuir a altura mínima poderá ser exigida na data de inscrição ou em outra data, conforme previsão no edital do concurso
público.

Capítulo III

DA NOMEAÇÃO

Art. 27 A nomeação dos policiais civis dar-se-á na classe inicial da carreira.

§ 1º Salvo quando nomeado em comissão, nenhum policial civil poderá ter exercício em outro órgão ou entidade.

§ 2º Afastando-se o policial civil, durante o estágio probatório, o tempo de afastamento não será computado para efeito de estabilidade e promoção.

Capítulo IV

DA PROMOÇÃO

Art. 28 A promoção por antigüidade ou por merecimento será feita de uma classe para outra imediatamente superior dentro de uma mesma carreira.

Parágrafo Único A diferença de vencimento entre classes da carreira policial civil é de 10% (dez por cento).

Art. 29 É vedada a promoção do policial civil durante o estágio probatório, exceto ao final, quando poderá ser deferida uma movimentação de classe.

Art. 30 As promoções serão realizadas em 21 de abril e 28 de outubro de cada ano, desde que verificada a existência de vaga e haja policial civil em
condições de a ela concorrer.

Parágrafo Único Compete ao Conselho Superior de Polícia Civil organizar as listas de promoção por antigüidade ou por merecimento.

Art. 31 O interstício mínimo para qualquer modalidade de promoção é de três anos para todos os cargos da carreira policial civil.

§ 1º É vedada a promoção no período de 2 (dois) anos a contar da aplicação da pena ao policial punido com suspensão.

§ 2º É vedada a promoção no período de 1 (um) ano a contar da aplicação da pena ao policial punido com advertência.

§ 3º Os períodos referidos nos parágrafos anteriores não poderão ser considerados para efeito de promoção.

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Art. 32 As promoções serão realizadas por antiguidade e por merecimento, alternadamente, na proporção de 50 % (cinqüenta por cento) para cada
modalidade.

§ 1º A promoção para a classe especial fica condicionada, em qualquer caso, à conclusão de pós-graduação lato sensu na respectiva área.

§ 2º Para a promoção por merecimento, é requisito a aprovação em curso de atualização técnico-profissional com duração mínima de 120 (cento e
vinte) horas ministrado pela Academia de Polícia do Estado do Piauí ou instituição de ensino reconhecida e ter obtido resultado positivo em avaliação
de desempenho.

§ 3º Para a promoção por antigüidade, é requisito a obtenção de resultado positivo em avaliação de desempenho.

Art. 33 O merecimento será avaliado pelos aspectos da ética profissional e pessoal, grau de instrução, eficiência funcional, experiência e recompensas
recebidas na forma do art. 52.

Art. 34º O Conselho Superior de Polícia Civil organizará para cada vaga a ser provida por merecimento uma lista não excedente de três candidatos.

§ 1º Desde que exista mais de um candidato em condições de concorrer a promoção por merecimento, é vedada a elaboração da lista com apenas um
nome.

§ 2º É obrigatória a promoção do policial civil que figure por 3 (três) vezes consecutivas ou 5 (cinco) alternadas em lista de merecimento.

§ 3º Para cada promoção por merecimento será feita nova avaliação.

Art. 35º A promoção por antigüidade será determinada pelo tempo de exercício na classe.

§ 1º Será contado em dias o tempo de exercício para promoção por antigüidade.

§ 2º Ocorrendo empate, terá preferência, sucessivamente, aquele que contar com maior tempo de serviço policial, maior idade e maior número de
dependentes.

Art. 36º O policial afastado de suas funções por motivo de licença por afastamento do cônjuge ou companheiro, para atividade política, para
desempenho de mandato classista, para servir a outros órgãos ou entidades e para o exercício de mandato eletivo só poderá ser promovido por
antigüidade.

Art. 37º O policial poderá ser promovido por ato de bravura e post mortem, independentemente da existência de vagas.

Art. 38º O ato de promoção será declarado nulo quando não observar às disposições pertinentes.

§ 1º O policial promovido indevidamente, salvo comprovada má-fé, não ficará obrigado a restituir o que houver recebido a maior.

§ 2º O policial preterido na promoção será indenizado pela diferença da remuneração a qual tiver direito.

Art. 39º Aplicam-se aos policiais civis as disposições relativas ao provimento previstas no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado.

Título IV

DOS DIREITOS E VANTAGENS

Capítulo I

DISPOSIÇÕES GERAIS

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Art. 40º O vencimento, a remuneração, a gratificação pelo exercício de cargo ou função de direção, chefia e assessoramento, a gratificação natalina, o
adicional por tempo de serviço, o adicional de férias e as indenizações do policial civil são disciplinados, no que couber, pelo Estatuto dos Servidores
Públicos Civis do Estado e pela Lei Complementar 33, de 15/08/2003.

§ 1º Os policiais civis cumprirão jornada de trabalho de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, com duração diária e escala de trabalho fixadas de
acordo com as peculiaridades de suas funções.

§ 2º As horas que excederem a jornada semanal serão compensadas na forma prevista em regulamento.

Capítulo II

DAS VANTAGENS

Art. 41º Aos integrantes da Polícia Judiciária são devidas as seguintes vantagens pelo efetivo desempenho do cargo:

I - gratificação de risco de vida;

II - gratificação por curso de polícia civil;

III - adicional de magistério policial;

IV - adicional noturno.

Art. 42º A gratificação de risco de vida é devida ao policial civil de carreira pelo perigo a que se expõe no exercício de suas atividades.

Parágrafo Único Esta gratificação será fixada por lei específica.

Art. 43º O policial civil terá direito a uma gratificação por curso de aperfeiçoamento, atualização e especialização na respectiva área, ministrada por
academia de polícia ou instituição de ensino reconhecida, com carga horária mínima de 240 (duzentos e quarenta) horas-aula.

§ 1º A gratificação será fixada por lei específica e limitada a 4 (quatro) cursos.

§ 2º É vedado o somatório de carga horária de cursos diversos para obtenção desta gratificação.

§ 3º Não será devida esta gratificação quando o curso constituir requisito para investidura no cargo.

Art. 44º O adicional de magistério policial será devido, por aula efetivamente ministrada, aos professores da Academia de Polícia Civil.

Parágrafo Único Esta gratificação será fixada por ato do Governador do Estado, conforme a titulação do ministrante, atendidos os limites mínimo e
máximo estabelecidos em lei específica.

Art. 45º O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-
hora acrescido de 20 % (vinte por cento), incidindo exclusivamente sobre o vencimento.

Art. 46º São vantagens devidas aos integrantes da polícia técnico-científica pelo efetivo exercício do cargo:

I - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas e penosas;

II - gratificação por curso de aperfeiçoamento;

III - gratificação de magistério policial;

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IV - adicional noturno.

Art. 47º O adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas e penosas será devido aos integrantes da polícia técnico-científico que
trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida.

§ 1º Este adicional será fixada por lei específica.

§ 2º O direito a este adicional cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

§ 3º O policial que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles.

Art. 48º O policial civil afastado para servir a outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não
fará jus a percepção das gratificações previstas neste Capítulo.

Capítulo III

DAS INDENIZAÇÕES

Art. 49º O policial civil em atividade, quando em plantão, terá direito à alimentação fornecida pelo Estado.

§ 1º A alimentação poderá ser prestada em espécie ou paga em dinheiro e terá seu valor pago fixado pelo Governador do Estado.

§ 2º A alimentação não se incorpora ao vencimento para qualquer efeito.

Capítulo IV

OUTROS DIREITOS

Art. 50º O policial poderá ser removido:

I - de ofício;

II - a pedido.

§ 1º Na hipótese prevista no inciso II, o policial não fará jus a ajuda de custo.

§ 2º A remoção de ofício do policial, salvo imperiosa necessidade do serviço, devidamente justificada só poderá ser efetivada após 2 (dois) anos, no
mínimo de exercício em cada localidade.

Art. 51º Preso provisoriamente, o policial civil, enquanto não perder a condição de servidor, permanecerá em prisão especial, durante o curso da ação
penal e até que a sentença transite em julgado.

§ 1º O policial nas condições deste artigo ficará recolhido em cela especial em qualquer das dependências da Secretaria da Segurança Pública,
sendo-lhe defeso exercer qualquer atividade funcional ou sair sem expressa autorização do Juízo a cuja disposição se encontre.

§ 2º Publicado o decreto de demissão, será o ex-servidor encaminhado, desde logo, a estabelecimento prisional, onde permanecerá em cela especial,
sem qualquer contato com os demais presos não sujeitos ao mesmo regime, e, uma vez condenado, cumprirá a pena que lhe tenha sido imposta, nas
condições previstas no parágrafo seguinte.

§ 3º Transitada em julgado a sentença condenatória, será encaminhado a estabelecimento prisional, onde cumprirá a pena em dependência isolada
dos demais presos não abrangidos por esse regime, mas sujeito, como eles, ao mesmo sistema disciplinar e penitenciário.

Art. 52º Serão concedidas, no âmbito da polícia civil, por bons serviços prestados, as seguintes recompensas:

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I - medalha do serviço policial destina-se a premiar o policial que completar 10 (dez) anos de efetivo serviço prestado sem infrações disciplinares;

II - medalha do mérito policial destina-se a premiar o policial que praticar ato de bravura ou de excepcional relevância para a organização policial ou
para a sociedade.

Parágrafo Único As recompensas serão registradas nos assentamentos funcionais do policial, devendo ser consideradas para efeito de promoção por
merecimento.

Art. 53º A Polícia Civil fará expedir Cédula de Identidade funcional do Servidor Policial Civil e distintivo, conforme os modelos a serem aprovados por
regulamento.

§ 1º A cédula funcional conterá, além dos dados pessoais e funcionais do portador, a seguinte declaração: “o titular tem porte livre de arma de fogo e
franco acesso, a local sujeito à fiscalização da Polícia”.

§ 2º A Cédula funcional é de uso obrigatório e exclusivo dos integrantes da Polícia Civil, destinando-se a:

I - habilitar seu titular ingressar, quando em efetivo serviço, nos locais sujeitos à fiscalização policial, tais como ônibus urbanos e rurais, cinemas,
boates, circos, parque de diversão e similares;

II - fazer prova de todas as informações nela inseridas.

§ 3º A Cédula funcional será fornecida sem ônus para o servidor policial Civil.

§ 4º O Delegado Geral é a autoridade competente para expedir e assinar a Cédula de identidade funcional.

§ 5º As Cédulas de Identificação funcional, atualmente em uso, perderão a validade no prazo de 120 (cento e vinte dias) contados da publicação desta
Lei.

Art. 54º Os delegados, agentes de polícia e escrivães terão direito a uma arma de fogo de propriedade do Estado, ficando responsáveis por qualquer
dano, desvio ou extravio para o qual concorram culposamente.

Art. 55º O policial civil inativo terá direito à identidade policial, com cor diferenciada, em que conste sua condição de inativo, assegurado lhe o direito
ao porte de arma.

Parágrafo Único A identidade policial do inativo não confere os direitos e prerrogativas previstas no art. 53.

Art. 56º É assegurado ao policial civil:

I - assistência judicial prestada pelo Estado, quando submetido a processo em juízo em razão do exercício do cargo;

II - assistência médico-hospitalar às expensas do Estado, quando ferido ou acidentado em serviço.

Título V

DAS DISPOSIÇÕES DISCIPLINARES

Capítulo I

DOS DEVERES

Art. 57º São deveres do policial civil, além dos inerentes aos demais servidores públicos civis do Estado do Piauí:

I - disciplina e respeito à hierarquia;

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II - zelar pela dignidade da função policial civil;

III - manter conduta pública e privada compatível com a dignidade da função policial;

IV - desempenhar suas funções com presteza, eficiência e probidade;

V - observar os prazos processuais e administrativos;

VI - adotar as providências cabíveis em face das irregularidades de que tenha conhecimento ou que ocorra nos serviços de seu cargo;

VII - agir com moderação e discrição, somente admitido o uso da força, quando indispensável, no caso de resistência ou tentativa de fuga do preso;

VIII - manter-se preparado física e intelectualmente para o cabal desempenho de sua função;

IX - cumprir outras obrigações inerentes à sua função policial civil.

Capítulo II

DAS PROIBIÇÕES

Art. 58º Ao policial civil é proibido:

I - dificultar ou deixar de levar ao conhecimento de autoridade competente, por via hierárquica e em 24 (vinte e quatro) horas, parte, queixa,
representação, petição, recurso ou documento que houver recebido, se não estiver na sua alçada resolvê-lo;

II - negligenciar a guarda de bens ou valores pertencentes à repartição policial ou de terceiros que estejam sob sua responsabilidade, possibilitando
assim que eles se danifiquem ou se extraviem;

III - deixar de portar sua credencial oficial, estando ou não em serviço;

IV - lançar em livros oficiais de registro, anotações, reclamações, reivindicações ou quaisquer outras matérias estranhas as suas finalidades;

V - revelar sua qualidade de policial fora dos casos necessários ou convenientes ao serviço;

VI - referir-se de modo depreciativo às autoridades e atos da administração pública, qualquer que seja o meio empregado para esse fim;

VII - deixar de comunicar, logo após o auto, ao juiz competente, a prisão em flagrante delito;

VIII - deixar de concluir nos prazos legais, sem motivo justificável, sindicância, processo administrativo ou inquérito policial;

IX - deixar de comunicar à autoridade competente, logo que tomar conhecimento, informação que tiver sobre iminente perturbação da ordem pública,
ou da boa marcha de serviço;

X - retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

XI - divulgar, através da imprensa escrita, falada ou televisionada, fatos ocorridos na repartição ou propiciar-lhe divulgação;

XII - manter relações de amizade ou exibir-se em público com pessoas de notório e desabonadores antecedentes criminais, sem razão de serviço;

XIII - praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a função policial;

XIV - simular doença para esquivar-se ao cumprimento de obrigação;

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XV - fazer uso indevido da insígnia, cédula funcional ou da arma que lhe haja sido confiada para o serviço;

XVI - indicar ou insinuar nome de advogado para assistir pessoa que se encontre respondendo a processo ou inquérito policial;

XVII - freqüentar, sem razão de serviço, lugares incompatíveis com o decoro da função policial;

XVIII - publicar, sem ordem expressa da autoridade competente, documentos oficiais, embora não reservados, ou ensejar a divulgação do seu
conteúdo no todo ou em parte;

XIX - ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder;

XX - exercitar atividades particulares para cujo desempenho sejam necessários contatos com repartições policiais e que com elas tenham qualquer
relação ou vinculação;

XXI - afastar-se do município no qual exerce sua atividade, sem expressa autorização superior, quando em serviço, salvo por imperiosa necessidade
do serviço;

XXII - comparecer a qualquer ato de serviço em visível estado de embriaguez ou ingerir bebidas durante o serviço;

XXIII - não se apresentar ao serviço, sem justo motivo, ao fim de licença, de qualquer natureza, férias ou dispensa de serviço, ou ainda, depois de
saber que qualquer dela foi interrompida por ordem legal e superior;

XXIV - deixar de freqüentar, com assiduidade, cursos instituídos pela academia de polícia ou custeados pelo erário, quando esteja matriculado;

XXV - escusar-se a prestar depoimento, ser acareado ou executar trabalho solicitado para instruir processo judicial ou administrativo;

XXVI - deixar de cumprir ordens emanadas de autoridades competentes, salvo quando manifestamente ilegais;

XXVII - recusar-se, sem justo motivo, a aceitar encargos inerentes à classe, bem como os membros de comissão de processo administrativo
disciplinar;

XXVIII - permutar horário de serviço ou a execução de tarefas, sem expressa permissão da autoridade competente;

XXIX - ofender a moral ou os bons costumes, com palavras, atos ou gestos;

XXX - negligenciar na revista a preso;

XXXI - deixar de identificar-se quando efetuar prisão ou quando solicitado;

XXXII - fazer uso indevido de veículo da repartição, bem como dirigir com imprudência ou negligência;

XXXIII - deixar de atender prontamente as requisições das autoridades judiciárias e do Ministério Público;

XXXIV - conduzir arma ostensivamente, exceto quando em serviço;

XXXV - espancar, torturar ou maltratar preso sob sua guarda ou arrebatá-lo para o mesmo fim;

XXXVI - praticar violência desnecessária no exercício da função policial ou a pretexto de exercê-la;

XXXVII - omitir-se no zelo da integridade física ou moral dos presos ou negligenciar na sua guarda;

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XXXVIII - impedir ou tornar impraticável, por qualquer meio, na fase do inquérito policial e durante o interrogatório do indiciado, a presença de
advogado;

XXXIX - submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou constrangimento não autorizado em lei;

XL - levar à prisão e nela conservar quem que se proponha a prestar fiança permitida em lei;

XLI - cobrar carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra quantia ou vantagem não prevista em lei;

XLII - atentar, com abuso de autoridade ou prevalecendo-se dela, contra a inviolabilidade de domicílio;

XLIII - utilizar, ceder ou permitir que outrem use objetos arrecadados, recolhidos ou apreendidos pela Polícia, salvo os casos previstos em lei ou
regulamento;

XLIV - eximir-se do cumprimento do dever policial;

XLV - praticar ato definido como infração penal que por sua natureza e configuração o incompatibilize para o exercício da função policial;

XLVI - exercer atividades particulares que afetem a presunção de imparcialidade, ou que sejam social ou moralmente nocivas à dignidade do cargo;

XLVII - facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida à medida de segurança;

XLVIII - permitir que presos conservem em seu poder instrumentos que possam causar danos das dependências a que estejam recolhidos, ou produzir
lesões em terceiros;

XLIX - auxiliar autor de crime a esquivar-se à ação policial;

L - dar, ceder ou emprestar insígnia ou cédula de identidade funcional;

LI - faltar com a verdade no exercício de suas funções;

LII - esquivar-se, na ausência da autoridade competente, de atender ocorrências passíveis de intervenção policial, que presencie ou de que tenha
conhecimento imediato, mesmo fora da escala de serviço;

LIII - tomar parte de jogos proibidos ou jogar os permitidos, em recinto policial;

LIV - entregar-se a prática de jogos proibidos, ao vício da embriaguez ou ao uso de substâncias que provoquem dependência física ou psíquica;

LV - enunciar, falsa ou tendenciosamente, parte, queixa ou representação;

LVI - expedir credenciais para terceiros desempenharem funções privativas da polícia civil;

LVII - dar causa, intencionalmente, ao extravio ou danificação de objetos, livros e material de expediente da repartição policial e que estejam confiados
à sua guarda ou não;

LVIII - divulgar os assuntos policiais ou de segurança, de modo a prejudicar o andamento de investigações ou trabalhos policiais e quebrar sigilo sobre
planos, dispositivos de segurança.

Parágrafo Único Ao policial civil são também aplicáveis as proibições prevista no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Piauí.

Capítulo III

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DAS RESPONSABILIDADES

Art. 59º O policial civil responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições funcionais, aplicando-se-lhe as
disposições legais previstas para os demais servidores públicos civis.

Título VI

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 60º Sem prejuízo das disposições desta Lei, aos policiais civis são aplicáveis as sanções disciplinares previstas no Estatuto dos Servidores
Públicos Civis do Estado.

Art. 61º A apuração de irregularidade cometida pelos policiais civis, no exercício das atribuições do cargo, será promovida na forma do Estatuto dos
Servidores Públicos Civis do Estado, excetuando-se as regras específicas previstas nesta Lei.

Art. 62º O processo administrativo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:

I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;

II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;

III - controle finalístico da Procuradoria-Geral do Estado, consistindo em manifestação da consultoria jurídica no prazo máximo de 10 (dez) dias;

IV - julgamento.

§ 1º O ato de instauração conterá a exposição da infração administrativa, com todas as suas circunstâncias, e a qualificação do acusado.

§ 2º Quando presidido por Procurador do Estado, o processo administrativo disciplinar não compreenderá a fase do controle finalístico, não se
aplicando o disposto no artigo seguinte.

Art. 63º O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à Procuradoria-Geral do Estado para manifestação sobre a legalidade do
processo.

Parágrafo Único Após a manifestação da Procuradoria, os autos do processo disciplinar serão encaminhados à autoridade competente para o
julgamento.

Art. 64º O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três policiais civis estáveis designados pela autoridade competente, que
indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou
superior ao do indiciado.

Art. 65º A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 58, I a V e de inobservância de dever funcional
previsto em lei, regulamento ou norma interna, que não justifique a imposição de penalidade mais grave.

Parágrafo Único Aplica-se também aos policiais civis a penalidade de advertência nos casos previstos no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do
Estado.

Art. 66º A suspensão será aplicada nos casos de infração ao disposto no art. 58, VI a XXXIV, de reincidência das outras faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa)
dias.

Parágrafo Único Aplica-se também aos policiais civis a penalidade de suspensão nos casos previstos no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do
Estado.

Art. 67º A pena de demissão será aplicada por infração às proibições previstas no art. 58, XXXV a LVIII.

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Parágrafo Único Aplica-se também aos policiais civis a penalidade de demissão nos casos previstos no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do
Estado.

Art. 68º As penas de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, destituição de cargo em comissão e de destituição de função gratificada serão
aplicados nos mesmos casos previstos no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado.

Título VII

DOS IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO

Art. 69º Os Delegados de Polícia não poderão servir nas sedes de Comarca, nas quais o Juiz ou Agente do Ministério Público seja seu cônjuge,
companheiro ou companheira, ascendente, descendente ou colateral até o terceiro grau, por consangüinidade ou afinidade.

Parágrafo Único Excetuam-se as unidades ou serviços na Comarca da Capital do estado ou em Comarcas onde haja mais de uma Vara Criminal.

Art. 70º O Delegado de Polícia dar-se-á por impedido de funcionar em procedimento onde qualquer das partes seja parente consangüíneo ou afim até
o terceiro grau; por suspeito se for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, ou tiver interesse direto ou indireto na causa.

Título VIII

DO CONSELHO SUPERIOR DE POLÍCIA CIVIL, DO DELEGADO-GERAL, DO CORREGEDOR-GERAL E DA ACADEMIA DE POLÍCIA

Art. 71º O Conselho Superior de Policia Civil, com atribuições consultivas, opinativas e de assessoramento, é constituído pelos seguintes membros:

I - natos:

a) o Secretário da Segurança Pública ou seu substituto legal, que o presidirá;

b) o Delegado-Geral;

c) o Corregedor-Geral de Polícia Civil;

d) o Diretor da Academia de Policia Civil;

e) Titulares de departamentos diretamente subordinado ao Secretário da Segurança Pública;

II - eleitos, 4 (quatro) representantes dos policiais civis, com os respectivos suplentes, indicados por suas entidades sindicais representativas, com
mandato de 02 (dois) anos, admitida uma recondução.

Parágrafo Único Perde automaticamente o mandato o conselheiro eleito que faltar, sem justificativa, a três sessões plenárias consecutivas ou a seis
intercaladas por ano de exercício.

Art. 72º Ao Conselho Superior da Polícia Civil compete:

I - escolher os membros de comissão de concurso para o provimento dos cargos da Polícia Civil, assegurada a participação da OAB;

II - deliberar sobre as matrículas nos cursos de formação da Academia de Polícia, com base no resultado da investigação sobre a vida dos candidatos;

III - zelar pela observância dos princípios e funções da Polícia Civil;

IV - decidir sobre o cumprimento dos requisitos relativos ao estágio probatório dos servidores policiais civis;

V - elaborar as listas de promoção do policial civil, bem como decidir pela concessão das recompensas previstas no art. 58;

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VI - referendar atos normativos que definam a atuação da Polícia Civil, expedidos pelo Delegado-Geral;

VII - determinar, por iniciativa do Corregedor Geral da Polícia Civil, que paralelamente ao processo administrativo disciplinar, seja instaurado inquérito
policial, se das irregularidades imputadas ao acusado resultarem indícios ou provas de responsabilidade criminal;

VIII - propor medidas de aprimoramento técnico, visando ao desenvolvimento e à eficiência da organização policial civil;

IX - pronunciar-se sobre matéria relevante, concernente a funções, princípios e conduta funcional ou particular do policial civil com reflexos no órgão;

X - recomendar à Corregedoria Geral da Polícia Civil a instauração de processo disciplinar contra membros da Polícia Civil;

XI - deliberar sobre a remoção de policiais civis, no interesse do serviço policial, observadas as disposições desta Lei;

XII - opinar sobre projetos que proponham ao Poder Executivo a criação e a extinção de cargos e órgãos;

XIII - fiscalizar a expedição de Insígnia e Cédula de Identidade funcional pela Delegacia Geral;

XIV - deliberar sobre as questões que lhe forem submetidas por seu presidente;

XV - exercer outras atribuições previstas em lei ou regulamento;

§ 1º As reuniões do Conselho Superior serão disciplinadas por regulamento próprio, expedido por seu presidente ou pelo próprio órgão.

§ 2º As manifestações do Conselho Superior da Polícia Civil serão aprovadas por maioria simples de voto, exceto nas hipóteses de remoção de
policial, por interesse público, em que se exigirá 2/3 dos votos de seus membros.

§ 3º As sessões do Conselho serão públicas, salvo quanto às razões da deliberação prevista no inciso II deste artigo.

Art. 73º Delegado-Geral, dirigente da Polícia Civil, escolhido dentre os Delegados estáveis de carreira, subordinado ao Secretário da Segurança
Pública, possui as seguintes competências:

I - exercer as superiores orientação, coordenação e supervisão da Polícia Civil;

II - decidir os recursos interpostos contra o indeferimento de abertura de inquérito policial, ouvido o Corregedor-Geral;

III - dirigir e controlar as atividades da Polícia Civil;

IV - planejar as atividades da Polícia Civil, estabelecendo os objetivos, as políticas, as metas prioritárias e suas diretrizes;

V - executar as diretrizes da segurança pública no Estado, estabelecidas pelo Secretário da Segurança Pública;

VI - propor ao Secretário da Segurança Pública linhas de atuação na condução das atividades policiais;

VII - dispor das informações necessárias à formulação e execução das políticas inerentes às atividades da Polícia Civil;

VIII - expedir atos normativos que definam a atuação da Polícia Civil, a serem referendados pelo Conselho Superior da Polícia Civil;

IX - promover a remoção de servidores da Polícia Civil, observadas as disposições desta Lei;

X - apresentar ao Secretário da Segurança Pública o relatório anual das atividades da Polícia Civil;

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XI - praticar atos administrativos necessários ao cumprimento das competências da Polícia Civil;

XII - expedir e assinar a cédula funcional;

XIII - suspender ou cassar o direito ao porte de arma do policial inativo, cujo comportamento recomende essa medida;

XIV - delegar competência para o exercício de suas funções.

Parágrafo Único O Delegado-Geral nas suas ausências será substituído por delegado titular de carreira indicado em regulamento.

Art. 74º Corregedoria Geral da Polícia Civil, órgão de controle interno da atividade policial dirigido por Delegado estável de carreira, diretamente
subordinada ao Secretário da Segurança Pública, possui as seguintes atribuições:

I - propor ao Delegado-Geral planos, programas e projetos, tendentes a dinamizar as atividades de polícia judiciária e disciplinar;

II - opinar e submeter ao Delegado-Geral, para decisão, os recursos impetrados contra indeferimento de abertura de inquérito policial;

III - decidir conflitos de competência ou de entendimento suscitados entre as autoridades policiais, no tocante às atividades de polícia judiciária e
disciplinar;

IV - propor ao Delegado Geral a instauração ou arquivamento de processos administrativos disciplinares;

V - tomar conhecimento das reclamações sobre irregularidades praticadas por servidores da Polícia Civil, determinando as providências necessárias à
apuração;

VI - propor ao Delegado Geral as sanções e providências cabíveis nos casos de penalidades que devam ser decididas em instância superior;

VII - manter contatos com autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público para tratar de assuntos vinculados ao exercício da atividade de
polícia judiciária;

VIII - velar pelo cumprimento das leis, regulamentos e atos normativos relacionados às atividades de polícia judiciária e disciplinar;

IX - determinar a instauração de processo administrativo disciplinar, de inquérito policial e outras providências para apuração de irregularidades;

X - determinar o afastamento cautelar do policial civil a fim de evitar que venha a influir na apuração de irregularidade a ele atribuída, bem como
suspender o porte de arma e apreender cédula funcional, armas e insígnias;

XI - determinar, de ofício, correições nos órgãos da Polícia Civil, sempre que forem necessárias.

Art. 75º A Academia de Polícia Civil, dirigida por Delegado estável de carreira, com pós-graduação ou, se não houver Delegado nessas condições, por
outro policial civil possuidor dos mesmos requisitos, diretamente subordinado ao Secretário da Segurança Pública, tem por atribuições:

I - promover a formação técnico-profissional de pessoal, para o provimento de cargos de carreira policial civil;

II - realizar treinamento, aperfeiçoamento e especialização, objetivando a capacitação técnico-profissional do policial civil;

III - manter intercâmbio com a Academia Nacional de Polícia, congêneres estaduais e outras instituições de ensino e pesquisa, nacionais e
estrangeiras, visando ao aprimoramento das atividades e dos métodos pedagógicos utilizados;

IV - produzir e difundir conhecimentos de interesse policial.

Art. 76º O Departamento de Policia Técnico-Científica subordina-se ao Delegado-Geral e compreende os seguintes órgãos:

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I - Instituto Médico Legal, dirigido preferencialmente por perito médico legal ou perito odonto-legal estável;

II - Instituto de Criminalística, dirigido preferencialmente por perito criminal estável;

III - Instituto de Identificação, dirigido preferencialmente por perito papiloscopista policial estável.

Título IX

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 77º Os policiais civis ficam obrigados a residir no município sede da unidade policial em que prestarem serviços, não podendo afastar-se sem
prévia autorização superior, salvo para atos e diligências de seus encargos.

Art. 78º Nos municípios em que houver mais de uma Delegacia, o período máximo de permanência em cada uma delas é de 2 (dois) anos, podendo,
em caso de interesse do serviço, ser prorrogado por mais um ano, ouvido o Conselho Superior da Polícia Civil.

Art. 79º São símbolos da polícia civil:

I - o hino;

II - a bandeira;

III - o brasão.

Art. 80º O pessoal do quadro administrativo da Secretaria da Segurança Pública Pública será regido exclusivamente pelo Estatuto dos Servidores
Públicos Civis do Estado.

Parágrafo Único As gratificações atualmente percebidas pelo pessoal de apoio administrativo permanecem sendo pagas como vantagem pessoal
nominalmente identificada.

Art. 81º Ao policial civil que tiver conseguido, direta ou indiretamente, isonomia, igualdade vencimental, equiparação ou vinculação com qualquer outra
carreira não se aplica o disposto nos Capítulos I e II do Título IV desta Lei (artigos 41 a 47).

Art. 82º Será computado o tempo de serviço dos atuais policiais civis organizados em carreira, nomeados validamente, para efeito de promoção por
antigüidade, podendo atingir no máximo a primeira classe.

§ 1º Em qualquer caso, a promoção será realizada individualizadamente, conforme regras estabelecidas em regulamento.

§ 2º O Policial Civil será promovido:

I - se ingressou na carreira até a data de 04/10/1988, até a 1ª classe;

II - se ingressou na carreira de 05/10/1988 até 31/12/1995, até a 2ª classe;

III - a partir de 1º/01/1996, obedecido ao estágio probatório, ficará na 3ª classe.

Art. 83º Nenhuma redução da remuneração percebida legalmente poderá resultar da aplicação desta Lei, assegurada ao servidor policial a percepção
da diferença como vantagem pessoal nominalmente identificada.

Art. 84º São extintas as vantagens pecuniárias não previstas nesta Lei, ficando seus valores absorvidos pelo vencimento estipulado em lei específica
que disciplinar a remuneração dos policiais civis.

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Art. 85º É vedada a remoção, a redistribuição, a transferência ou qualquer outra forma de provimento de servidor de outro órgão ou entidade do
Estado para cargos efetivos da estrutura da Secretaria da Segurança Pública.

Art. 86º A exigência do art. 32, § 1º, não se aplica aos atuais escrivães de polícia e agentes de polícia.

Art. 87º O policial civil fica obrigado a devolver a carteira funcional, arma e insígnia no dia da publicação do ato de aposentadoria, exoneração ou
demissão.

Art. 88º Ficam revogadas a Lei Complementar nº 01, de 26 de junho de 1990, a Lei Complementar 19, de 16 de novembro de 1998, e as demais
disposições em contrário, em especial o art. 10 da Lei 4.339, de 12/02/1990.

Art. 89º Os efeitos financeiros desta Lei serão implantados na forma da lei específica que disciplinar a remuneração dos policiais civis e ficam
condicionados ao atendimento dos requisitos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000.

Art. 90º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, observado o disposto no artigo anterior.

PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina(PI), 09 de março de 2004.

GOVERNADOR DO ESTADO
SECRETÁRIO DE GOVERNO

Efetivo da Polícia Civil é composto por 3.355 (três mil, trezentos e cinqüenta e cinco) cargos, com a distribuição em números, denominação, classes e
respectivas referências:

Nº CARGOS DENOMINAÇÃO DO CARGO CLASSE REFERÊNCIA

50 DELEGADO DE POLÍCIA ESPECIAL 207


70 DELEGADO DE POLÍCIA PRIMEIRA 206
90 DELEGADO DE POLÍCIA SEGUNDA 205
130 DELEGADO DE POLÍCIA TERCEIRA 204

10 PERITO CRIMINAL ESPECIAL 207


20 PERITO CRIMINAL PRIMEIRA 206
30 PERITO CRIMINAL SEGUNDA 205
50 PERITO CRIMINAL TERCEIRA 204

5 PERITO MÉDICO-LEGAL ESPECIAL 207


10 PERITO MÉDICO-LEGAL PRIMEIRA 206
15 PERITO MÉDICO-LEGAL SEGUNDA 205
30 PERITO MÉDICO-LEGAL TERCEIRA 204

03 PERITO ODONTO-LEGAL ESPECIAL 207


04 PERITO ODONTO-LEGAL PRIMEIRA 206
05 PERITO ODONTO-LEGAL SEGUNDA 205
08 PERITO ODONTO-LEGAL TERCEIRA 204

50 ESCRIVÃO DE POLÍCIA ESPECIAL 203


75 ESCRIVÃO DE POLÍCIA PRIMEIRA 202
125 ESCRIVÃO DE POLÍCIA SEGUNDA 201
250 ESCRIVÃO DE POLÍCIA TERCEIRA 200

200 AGENTE DE POLÍCIA ESPECIAL 203


400 AGENTE DE POLÍCIA PRIMEIRA 202

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600 AGENTE DE POLÍCIA SEGUNDA 201
1000 AGENTE DE POLÍCIA TERCEIRA 200

15 PERITO PAPILOSCOPISTA POLICIAL ESPECIAL 203


20 PERITO PAPILOSCOPISTA POLICIAL PRIMEIRA 202
30 PERITO PAPILOSCOPISTA POLICIAL SEGUNDA 201
60 PERITO PAPILOSCOPÍSTA POLICIAL TERCEIRA 200

ADAPTAÇÃO DE CARGOS

Denominação, Classificação e símbolos dos cargos


ANTERIOR ATUAL
Delegado de Polícia Delegado de Polícia
Classe Especial – 207 Classe Especial – 207
Delegado de Polícia Delegado de Polícia
Primeira Classe – 206 Primeira Classe – 206
Delegado de Polícia Delegado de Polícia
Segunda Classe – 205 Segunda Classe – 205
Delegado de Polícia Delegado de Polícia
Terceira Classe – 204 Terceira Classe – 204
Perito Criminal
Classe Especial – 207

Perito Criminal Perito Criminal


Classe Única – 207 Primeira Classe – 206

Perito Criminal
Segunda Classe – 205

Perito Criminal
Terceira Classe – 204
Perito Médico-Legal
Classe Especial – 207
Perito Médico-Legal
Classe Única – 207 Perito Médico-Legal
Primeira Classe – 206

Perito Médico-Legal
Segunda Classe – 205

Perito Médico-Legal
Terceira Classe – 204
Perito Odonto-Legal
Classe Especial – 207

Perito Odonto-Legal Perito Odonto-Legal


Classe Única – 207 Primeira Classe – 206

Perito Odonto-Legal
Segunda Classe – 205

Perito Odonto-Legal
Terceira Classe – 204
Comissário de Polícia De acordo com os Arts. 7º, § 2º
Classe Única – 203
Investigador de Polícia De acordo com os Arts. 7º, § 2º
Classe Única – 202

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Agente de Polícia
Classe Especial
Agente de Polícia
Agente de Polícia Primeira Classe
Classe Única – 201
Agente de Polícia
Segunda Classe

Agente de Polícia
Terceira Classe
Escrivão de Polícia
Classe Especial
Escrivão de Polícia Escrivão de Polícia
Primeira Classe – 203 Primeira Classe
Escrivão de Polícia Escrivão de Polícia
Segunda Classe – 202 Segunda Classe
Escrivão de Polícia Escrivão de Polícia
Terceira Classe – 201 Terceira Classe
Perito Policial
Primeira Classe - 203

Perito Policial De acordo com os Arts. 7º, § 2º


Segunda Classe - 202
Perito Policial
Terceira Classe – 201
Papiloscopista Policial
Primeira Classe – 203
Papiloscopista Policial De acordo com os Arts. 7º, § 2º
Segunda Classe – 202
Papiloscopista Policial
Terceira Classe – 201
Pesquisador Datiloscópico De acordo com os Arts. 7º, § 2º
Classe Única – 203
Motorista Policial De acordo com os Arts.7º, § 2º
Classe Única

VETADO

Este texto não substitui o Publicado no DOE Nº 45 de 10/03/2004

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