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D
esde o início, aOfficenet Staples (ON), empresa especializada na comercialização
de artigos para escritório, tinha adotado um estilo de gerenciamento baseado
na confiança. “Trabalhamos com os princípios neoclássicos: os agentes são
inteligentes, têm toda a informação que precisam e conhecem nosso modelo de
negócio; portanto, desejam o melhor para a rentabilidade da nossa companhia”,
explicava Leo Piccioli (Leo), o novo gerente geral da ON. Entretanto, o relatório que
estava lendo mostrava que, em média, os vendedores da ON reduziam os preços de
aproximadamente 40% dos artigos de cada ordem de compra. Este dado deixava Leo
surpreso e debilitava sua convicção de que o sistema de preços vigente era adequado
para atingir os objetivos de rentabilidade da ON estabelecidos pela Staples quando
adquiriu a firma no final de 2004.
Em maio de 2005, com a união entre a ON e a Staples já encaminhada, Leo,
economista de 33 anos de idade, havia assumido como gerente geral da ON Argentina.
O cargo representava um grande desafio para ele, pois teria que liderar seus ex-colegas
e amigos. Antes de entrar na ON, em 1998, como gerente de logística, Leo tinha
trabalhado como jornalista na seção financeira de um jornal local e tinha cofundado
uma companhia de Internet. Seus colegas o descreviam como “uma pessoa criativa que
procurava ideias novas constantemente”.
Em meados de julho de 2005, apenas alguns meses depois de sua nomeação, seu
desafio mais urgente consistia em definir a política de preços da ON. Quando estava
indo buscar um café, passou pelos cubículos dos representantes de venda e perguntou
a si mesmo quantos deles deixariam a ON se fosse decidido restringir sua liberdade
para fixar preços. Sabia que as faculdades outorgadas aos funcionários da ON tinham
sido um importante componente do desenvolvimento da cultura corporativa e que a
capacidade de realizar descontos representava um fator importante de motivação para
os vendedores.
Leo planejava reunir-se com Sebastián Paschmann (Sebas), gerente de Vendas
da ON, para rever várias opções de preços e descontos – entre elas, as propostas das
equipes de trabalho designadas para analisar a política e a estratégia de preços atuais.
Leo precisava contar com razões sólidas para não seguir suas recomendações; caso
contrário, sua liderança poderia ser ameaçada. Queria mostrar resultados concretos
antes do final do ano. Tinha que encontrar o melhor curso de ação com rapidez, pois
o tempo estava terminando.
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ANTECEDENTES DA COMPANHIA
Quase no final de 1996, Andrés Freire e Santiago Bilinkis, recentemente formados
na carreira de Economia, decidiram tornar realidade seu sonho de criar sua própria
empresa. Avaliaram diferentes setores da indústria em busca de oportunidades de
negócio, e se decidiram pelos artigos para escritório. Nesse mercado, que muitos
consideravam maduro, os fundadores da ON viram a oportunidade para inovar na
forma de comercialização. Em vez de abrir uma loja de venda ao público, como a
maioria dos concorrentes, optaram pela venda por catálogo, modalidade pouco
desenvolvida na Argentina. Exibindo seus produtos através de um catálogo, a ON
conseguiu expandir sua oferta, ultrapassando o sortimento tradicional das lojas e
tornando-os o primeiro fornecedor centralizado de produtos de escritório nesse país.
A ON começou suas atividades publicando seu primeiro catálogo em julho de
1997. Este catálogo introduzia cada artigo com uma fotografia atrativa e a informação
detalhada sobre o preço, o tamanho, as diferentes apresentações e os detalhes técnicos
do produto. O catálogo da ON, com mais de 10.000 artigos, incluía muitos produtos
que não pertenciam ao ramo da livraria, mas eram usados nos escritórios, como por
exemplo, biscoitos, produtos de limpeza, toalhas de rosto e até mesmo cadeiras e estantes.
No Anexo 1 podem ser observadas as capas do primeiro e último catálogo publicado, e
no Anexo 2, a descrição das categorias de produto que a ON comercializava.
Como lembrava Leo, “nos primeiros anos, o objetivo primordial da ON foi
proporcionar uma proposta de valor única para conseguir passar a ser, em pouco
tempo, o fornecedor integral de artigos de escritório número um da Argentina”.
Para isso, além da possibilidade de concentrar suas compras de artigos de escritório
em um só fornecedor, a empresa oferecia também aos seus clientes o melhor serviço
de atendimento ao cliente disponível nesse momento: um processo rápido, ágil
e customizado de compra e entrega. A ON foi pioneira na entrega de pedidos no
domicílio do cliente em menos de 24 horas, sem custo adicional na Capital Federal
e na Grande Buenos Aires (GBA). Para o resto do país, as entregas eram realizadas
aproximadamente dentro de 48 a 72 horas, dependendo da localização geográfica e das
condições climáticas, e tinham um custo adicional de aproximadamente 7% do total
do valor da compra.
A ON estava situada no bairro de Barracas, na Capital Federal, perto da maioria dos
seus clientes do centro, que eram escritórios, mas o suficientemente longe para diminuir
seus custos imobiliários. Ali, a ON possuía um depósito de mais de 14.000 m2, mais
do que o dobro que o do seu concorrente mais próximo. A empresa despachava a partir
do depósito, com sua frota de 17 caminhonetes próprias, cerca de 13.000 pedidos por
mês, que incluíam 350 toneladas mensais de papel.
Sebas, que tinha entrado na companhia no final de 2000 e tinha trabalhado em
diferentes áreas como vendas, compras e marketing, contava sobre a essência do
serviço da ON: “Sabemos bem que as despesas de livraria não fazem parte do processo
produtivo nem são imprescindíveis para a empresa, até o momento que faltam. É por
isso que não queremos que nenhum dos nossos clientes perca tempo nem esforço
em administrá-los. Esse é o nosso trabalho. Queremos que deleguem em nós essa
responsabilidade”. E continuava: “nosso objetivo é conhecer nossos clientes e suas
necessidades para adiantar-nos aos seus requerimentos e entrar em contato com eles
antes que realizem um pedido ou quando seus insumos estiverem por acabar”.
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Sebas, um licenciado em Administração de Empresas de 30 anos de idade, era,
de acordo com Leo, “considerado uma pessoa com muita iniciativa, energia e com
ambição por crescer, e que vestia a camiseta da ON.”
Outro fator que permitia que a ON oferecesse uma proposta de valor diferente era
sua capacidade de atender às necessidades de seus clientes de forma mais personalizada,
através de um sistema desenvolvido pela área de tecnologia da companhia. Este sistema
oferecia toda a informação que os vendedores precisavam no momento de atender um
pedido, como ser, o histórico dos diferentes preços pagos pelo cliente em cada uma
das compras prévias, a listagem de preços vigente para cada cliente, a margem de cada
produto e os níveis de inventário. Além disso, este sistema também permitia fazer o
seguimento da entrega e verificar se tinha sido entregue corretamente. Se o sistema
detectava algum problema na entrega, informava ao vendedor o motivo pelo qual não
tinha sido possível realizar a entrega, de forma que pudesse notificar ao cliente.
Como assinalava Leo, “a cultura organizacional da ON se apoia em três pilares:
o fator humano, a eficiência de processos e um estilo próprio de direção. Em relação
ao fator humano, a ON prioriza seus funcionários capacitando-os permanentemente;
respeita o trabalho do seu pessoal e seus fornecedores e escuta constantemente as
preocupações dos seus clientes com o objetivo de oferecer o melhor serviço. Quanto
aos processos, consideramos a tecnologia e a eficiência operativa como elementos
fundamentais para poder cumprir com nossa promessa de serviço. Por último, a
transparência é a base do nosso estilo de direção. Focalizamo-nos em um objetivo
comum e compartilhamos a informação com todos os funcionários. Fixamos objetivos
claros e delegamos responsabilidades na tomada de decisões, ao mesmo tempo que
fomentamos uma ampla comunicação entre as áreas gerenciais e os funcionários.”
A EXPANSÃO INTERNACIONAL
Desde sua criação, a ON registrou um crescimento sustentado, passando de ter vendas
de 1,48 milhões de dólares em 1997 a mais de 21,42 milhões de dólares em 1999,
quando a companhia começou a desenvolver uma estratégia para conseguir capitais
com o objetivo de alavancar a expansão do negócio na América Latina (ver o Anexo
, que contém os estados de resultados da ON para os últimos anos). No ano 2000,
a ON abriu sua operação no Brasil e passou a ser a única empresa do setor com
presença em mais de um país da América do Sul. Em 2003, entre as operações da
Argentina e do Brasil, a ON faturou um pouco mais de 51,5 milhões de dólares, dos
quais aproximadamente 77% foram gerados no Brasil. Entre ambos os países, a ON
empregava cerca de 500 pessoas e abastecia mais de 30.000 companhias.
Os fundadores sempre consideraram a possibilidade da entrada de uma empresa
internacional do ramo dentro da região. Em 2003, com a intenção de transformar a
ON no melhor sócio local possível, a diretoria da companhia dedicou muito tempo
em tornar a ON conhecida no resto do mundo. Convidaram os principais jogadores
do seu ramo a nível internacional, entre eles, Office Depot, Staples e Office Max, para
que conhecessem as instalações da firma e suas operações regionais.
Foi assim que, para continuar com seu plano de expansão internacional, que
contemplava o ingresso na China e na América Latina, a Staples encontrou na ON o
sócio estratégico que lhe permitiu desembarcar na região. Desse modo, em novembro de
2004, anunciou a seus acionistas a união com a ON e, gradualmente, mudou o nome
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da companhia adquirida para Officenet Staples. Nos meses imediatamente posteriores à
fusão, os executivos da Staples não interferiram no gerenciamento da ON, apesar de que
impuseram o objetivo de que a empresa alcançasse um benefício operativo de 3% sobre
vendas – retorno que ainda não havia conseguido. Entusiasmado com o lucro operativo
de 1% obtido em 2004, que marcava um recorde até aquele momento, Leo havia fixado
um objetivo ainda mais ambicioso para 2005: queria chegar a 8% das vendas.
A SITUAÇÃO EM 2005
Em março de 2005, com o objetivo de avaliar a política de preços e propor melhoras,
foram formadas duas equipes de trabalho interno. O diretor executivo se encarregou
da seleção dos integrantes de cada grupo, junto com Leo, que nessa época ocupava
um cargo staff no qual assessorava a ON fundamentalmente em questões financeiras e
novas oportunidades de negócios. Uma equipe formada por Sebas, dois supervisores da
área comercial, uma pessoa da área de compras e o gerente financeiro; a outra equipe
estava integrada por cinco pessoas da área comercial e outra da área de compras. Sobre
esta seleção, Leo acrescentava: “ao mesmo tempo eram os que melhor conheciam e
apoiavam o modelo vigente de preços”.
Os integrantes das equipes não recebiam compensação extra por este trabalho. A
cultura da companhia promovia este tipo de atividades de gerenciamento colaborativo
e liderança por consenso. Em particular, como assinalou Leo, “esta tarefa de avaliação
da política de preços se alinha perfeitamente com o estilo gerencial instaurado pelos
fundadores: nossos funcionários são inteligentes e procuram a melhor alternativa para a
companhia.” Assim, depois de uns poucos meses, as equipes apresentaram suas propostas
de trabalho. Embora ambas as equipes tivessem trabalhado de forma independente,
as duas propostas foram notavelmente similares (o Anexo 4 apresenta um resumo de
ambas).
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redes usualmente contavam com um sistema para realizar um gerenciamento mais
profissional do negócio, através do controle de vendas, custos e inventário, entre outras
coisas. Algumas livrarias tipo rede usavam como elemento diferenciador o serviço de
entrega em domicílio para aqueles pedidos que eram feitos por telefone ou via e-mail.
Geralmente as livrarias de bairro se caracterizavam por oferecer preços competitivos,
pois se tratava de um atributo muito valorizado por seus clientes.
Ofishop era um atacadista tradicional que começou a vender seus produtos em
1997 – via telefônica- diretamente às empresas. No final da década de 1990, além da
venda telefônica, incorporou catálogos com mais de 10.000 produtos, que incluíam
também móveis, produtos de higiene e produtos informáticos. Contavam com um site
web como alternativa para poder realizar as compras através da Internet. Em 1998,
abriram três lojas de rua na Capital Federal, uma delas no microcentro portenho, com
o objetivo de atender as empresas da região. Contavam com um depósito de 6000 m2
e uma frota de caminhonetes próprias para realizar as entregas na Capital Federal e
GBA, em 24 horas sem custo adicional. Para envios ao resto do país, terceirizavam o
transporte, cobrando do cliente 10% adicional sobre o valor da compra, e o pedido
tinha que ser igual ou superior a US$ 150. Em 2004 representavam a terceira parte do
faturamento da ON.
Librería del Profesional (LP) começou suas atividades como loja varejista familiar
em 1961, com uma loja situada na Capital Federal, próxima de duas faculdades da
Universidade de Buenos Aires. No início dedicou-se principalmente à venda de artigos
de livraria para escritório, entre eles papelaria comercial e insumos de computação. Com
o passar dos anos, ao mesmo tempo em que ia profissionalizando seu gerenciamento,
foi ampliando a variedade de oferta, acrescentando artigos de armazém e limpeza. No
ano 2000 a LP publicou seu primeiro catálogo ilustrado, onde oferecia mais de 10.000
artigos. Junto a essa publicação lançou seu web site como alternativa ao catálogo.
Quando os pedidos eram feitos pelo telefone, os vendedores geralmente ofereciam
alternativas variadas aos produtos solicitados, caso não contassem com o que o cliente
estava solicitando. Trabalhavam com um valor mínimo de compra de US$ 20, e
utilizavam caminhonetes próprias para entregas no domicílio do cliente, sem custo,
dentro de 24 a 48 horas, na Capital Federal e GBA. No interior do país, enviavam os
pedidos através de empresas distribuidoras com um custo de 15% adicional. Em 2004,
sua renda não superava 30% do faturamento da ON.
A Distripaper começou sua operação em 1982 como distribuidor atacadista de
papel. Com o passar dos anos, tornou-se fornecedor integral de empresas, passando
a oferecer artigos de livraria, papelaria comercial, insumos de computação e móveis
de escritório. Sempre manteve sua qualidade de atacadista, com um pedido mínimo
de US$ 120. Entregavam seus produtos sem custo extra na Capital Federal e GBA.
Contavam com uma loja de rua em Palermo, um bairro de Buenos Aires. Em 2004,
seu faturamento não chegava a 20% das rendas da ON.
No mercado argentino, a maioria dos concorrentes da indústria de insumos de
escritório para empresas utilizavam a mesma estratégia quanto à fixação de preços.
Geralmente fixavam entre 10 e 20% abaixo dos preços publicados pela ON. Utilizavam
esta metodologia porque, através dos relevamentos de mercado, os concorrentes sabiam
que os preços publicados pela ON eram no mínimo 10% superiores aos faturados. Os
vendedores das diferentes empresas competitivas ofereciam descontos adicionais no
momento de cotizar um pedido telefonicamente. Os Anexos 5 e 6 apresentam dados
sobre reconhecimento de marcas e preços competitivos, respectivamente.
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OFFICENET E SEUS CLIENTES
Segundo os diretores da ON, a modalidade de compra de um cliente variava, entre
outras coisas, conforme o lugar físico que o cliente tivesse para armazenar os artigos
de livraria, sua capacidade financeira, o grau de informalidade com que realizava seus
procedimentos de compra, seu tamanho e o ramo no qual participava – por exemplo,
um banco geralmente precisava maior quantidade de insumos de escritório que uma
fábrica.
A ON segmentava seus clientes conforme a quantidade de funcionários de escritório
(veja a Tabela 1). Informalmente, os dois segmentos com menor quantidade de
funcionários –A e B- eram denominados “pymes” (pequenas e médias empresas),
enquanto os C e D, “Grandes Contas”. Em meados de 2005 cada par de segmentos
abastecia 50% das vendas da ON.
A* B C D
Média de vendas por cliente ativo por mês 110 271 854 2.667
Média de quantidade de clientes ativos por mês 3.797 1.316 368 188
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uma pessoa ou departamento, normalmente o de compras, realizava o pedido e depois
se encarregava da distribuição dos artigos aos diferentes usuários. Outras tendiam a
descentralizar seus pedidos de modo que vários funcionários ou secretárias podiam
realizá-los, sempre que fossem utilizados fornecedores autorizados por um gerente ou
pelo departamento de compras. “Para o Banco Santander, por exemplo, entregamos
não só nas sucursais, mas também na casa central, em cada uma das suas áreas e quase
escrivaninha por escrivaninha, porque existem responsáveis de cada setor que realizam
os pedidos”, explicava Sebas. Podiam ser encontradas exceções à centralização em função
do custo das ordens de compra. Por exemplo, aquelas compras em que o montante
não fosse superior a um mínimo definido, podiam ser realizadas sem uma aprovação
centralizada. Em relação à frequência, algumas companhias realizavam os pedidos
semanalmente e mensalmente, ao passo que outras de forma mais irregular, geralmente
com base em suas necessidades ou restrições financeiras. Algumas empresas grandes
decidiam terceirizar completamente os procedimentos de compras, armazenagem,
gerenciamento de pedidos e entrega de insumos para escritório.
Assim como para a maioria dos clientes a compra de insumos de escritório não era
uma categoria classificada como crítica; para algumas grandes empresas com bastantes
funcionários e sucursais, era estratégica. Os bancos, por exemplo, consumiam grandes
quantidades de papel de diferente tamanho e modelo, o que significava maior espaço,
tempo e dinheiro para administrar. Por este motivo, algumas empresas buscavam
com os seus fornecedores de insumos de escritório, algum suporte para dirigir ou
administrar esse inventário.
Uma pesquisa de mercado solicitada pela ON revelou que o tempo de entrega e
o serviço personalizado eram as maiores vantagens buscadas pelos clientes, e mostrou
que a maioria dos fornecedores de insumos de escritório, incluindo a ON, ainda
devem melhorar quanto ao serviço personalizado. O estudo também mostrou que
outros atributos valorizados por alguns clientes eram proximidade, possibilidade de
checar o sortimento, serviço personalizado e preços baixos, apesar de que não revelou
uma diferença significativa na importância dada aos diferentes atributos.
A ÁREA DE VENDAS DA ON
Em meados de 2005 o gerenciamento de vendas estava a cargo de três áreas
interconectadas: Aquisição, Desenvolvimento e Executivos de Contas Chave (ver o
organograma da área comercial no Anexo 7).
A principal responsabilidade dos representantes de vendas da área de Aquisição,
internamente conhecidos como Assessores Comerciais (AC), era captar clientes que
nunca haviam comprado na ON ou prospect, e clientes perdidos, que eram aqueles que
não compravam na ON fazia mais de 6 meses. Esta área, chamada internamente de
hunting, era composta por 20 AC e um supervisor. Depois que um AC conseguisse
realizar uma venda, o cliente era derivado aos representantes de venda da área de
desenvolvimento–internamente conhecidos como Executivos de Conta (EC), que
seriam os responsáveis por gerenciar sua conta no futuro. O gerenciamento dos EC
consistia em ligar para seus clientes, receber seus pedidos, cotizá-los e oferecer-lhes
reposição de produtos baseando-se no seu histórico de compras, novos produtos e
ofertas semanais. A área de Desenvolvimento era composta por 32 EC e um supervisor.
Tanto os vendedores da área de Aquisição como os da área de Desenvolvimento
trabalhavam, principalmente, com clientes dos segmentos A, B e C.
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A área dos Executivos de Venda Chave, ou Kee Account Managers (KAM) como
eram chamados internamente, era composta por 7 KAM e um supervisor. Eles
eram os responsáveis por estabelecer e cuidar do relacionamento com os clientes dos
segmentos C e D. Tinham uma dupla função: hunting e seguimento do desenvolvimento.
Para cumprir com a primeira, os KAM visitavam clientes potenciais com o objetivo
de captar novas contas. Nestas visitas, os KAM apresentavam as vantagens de operar
com a ON, entregando material promocional. Do mesmo modo, faziam um trabalho
similar ao de um consultor, procurando projetar soluções personalizadas. Para cumprir
com a função de desenvolvimento, os KAM frequentavam os clientes ativos com o
objetivo de manter um relacionamento próximo e de reconhecer mudanças nas suas
necessidades, como por exemplo, a abertura de alguma sucursal ou a incorporação de
pessoal.
Cada um destes vendedores trabalhava principalmente com uma classe de cliente
– A, B, C, D – a fim de conhecer melhor suas necessidades e oferecer um serviço à
sua medida. O trabalho em equipe era um aspecto importante para poder oferecer a
melhor experiência de compra e serviço. Costumavam fazer registros detalhados com
particularidades de cada cliente para que outro vendedor da ON pudesse substituí-lo
quando fosse necessário.
Tinham dois tipos diferentes de vendedores: jovens estudantes e mulheres que
estavam perto dos 45 anos. No primeiro grupo, 75% da força de vendas, estavam por
formar-se na universidade e planejavam continuar uma carreira de trabalho na ON.
Eram mulheres e homens, em proporções iguais, entre 20 e 35 anos. No segundo
eram mulheres não profissionais que voltavam ao mercado de trabalho depois de ter
se afastado, a maioria por motivos familiares. Sebas comentou que “ambos os grupos
se caracterizam por ser amigáveis; inspiram confiança e facilitam o trabalho com
eles. Desfrutam do tipo de produto que vendem e compartilham o desejo de atingir
metas profissionais.” A ON capacitava os vendedores em três áreas: características
dos produtos, atendimento ao cliente e sistemas de informação. Os vendedores com
maior experiência capacitavam informalmente o resto em relação a táticas de preços e
rentabilidade de produto.
O SISTEMA DE COMPENSAÇÃO DA ON
No final de 2004, a média de salário mensal de um vendedor estava dividida
em uma parte fixa e outra variável, que equivaliam aproximadamente a 60 e 40%
respectivamente. Ao mesmo tempo, todos os vendedores recebiam US$ 50 mensais
em tickets de alimentos.
As comissões para cada vendedor eram calculadas de acordo com o cumprimento dos
objetivos mensais, fixados pelo gerente comercial e cada supervisor. Existiam objetivos
específicos relacionados com três dimensões: a quantidade de vendas, a margem bruta e
a quantidade de clientes com compras. O peso relativo de cada dimensão dependia do
segmento no qual o vendedor trabalhava (ver Anexo 8). Vinte por cento da comissão
total dependia do desempenho do grupo em função dos objetivos estabelecidos a nível
de segmento. Uma maior proporção das comissões dos vendedores que atendiam
o segmento D dependia das metas do grupo, devido à natureza mais grupal do seu
trabalho. (O Anexo 9 apresenta um exemplo do cálculo das comissões).
Os diretores da ON consideravam que, se compartilhassem a informação sobre
margens e níveis de inventário e estabelecessem objetivos lógicos nas diferentes
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dimensões, conseguiriam que os vendedores busquem sempre o benefício da companhia.
A respeito disso, Sebas destacava: “Construímos a cultura organizacional baseada no
valor e na transparência. Todos sabem com quanto dinheiro contribuem no resultado
da companhia. Tratamos de gerar um sentido de pertença e de responsabilidade
compartilhada pelos resultados da ON”.
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EM BUSCA DE UM CAMINHO ALTERNATIVO
De volta à sua escrivaninha, diante da sua xícara de café quentinho, Leo e Sebas se
encontraram e juntos começaram a discutir sobre as estratégias alternativas de preços.
Leo decidiu ir direto ao tema que mais o preocupava. “Nossa área de Compras se
encarrega de fixar os preços, enquanto os vendedores fazem descontos em quatro de
cada dez produtos. Sei que nossa política de preços dá poder aos nossos vendedores
para isso, mas será que eles estão fazendo isso de forma realmente inteligente?” E
enfatizava: “É quase impossível incrementar nossos resultados outorgando descontos.
Já estamos baixando nossos preços mais de 25%”.
Enquanto olhava atentamente o estado de resultados na tela do seu notebook,
Sebas opinou: “Eu acho que a opção mais rápida para melhorar nossa rentabilidade
consiste em aumentar os preços, de modo que os descontos que não afetem tanto
nossas margens e nossos lucros aumentem”.
“Não tenho certeza de que tenhamos muito espaço para aumentar preços”, refletiu
Leo. “Nossos clientes suportariam preços mais altos? Além disso, como é que nossa
força de vendas vai reagir frente a um aumento de preços?” E acrescentou: “talvez
possamos usar alguns produtos como ‘líderes a perda’ e incrementar os preços em
outros, assim os vendedores o veriam como uma mistura entre incremento e redução
de preços. Saberemos realmente qual a importância dos preços para cada tipo de
cliente?” (Veja o "OFYP com informação sobre a sensibilidade ao preço).
Sebas observou: “Nossa estratégia de preços está baseada na crença de que, em
média, a sensibilidade de preços diminui do segmento D ao segmento A. Não seria
mais conveniente ter uma única lista de preços para todos os clientes”?
“Uma estratégia de preço único não é o ótimo. Permite capturar mais valor dos
clientes que estão dispostos a pagar um preço maior, mas terminaríamos sendo muito
caros para outros”, indicou Leo. E, continuou: “não obstante, não seria uma má ideia
rever nossa estratégia de discriminação de preços. Em vez de ter preços regulares e
permitir que nossos vendedores os personalizem, poderíamos copiar o que os museus
fazem: oferecer preços com descontos àqueles clientes que pagarem uma cota de
afiliação e cobrar o preço de lista àqueles que não a pagarem. Os clientes escolheriam
qual segmento de preços é mais apropriado para eles. Inclusive, poderíamos oferecer
mais de um nível de afiliação, cada um vinculado a diferentes descontos”.
Sebas perguntou um pouco desconcertado: “você restringiria a liberdade dos
vendedores de fixar preços com a implementação de uma lista de preços regulares
para os clientes sem afiliação e uma lista de preços com desconto para os sócios?”
E acrescentou: “revocar sua liberdade de fixar preços poderia ser muito desalentador
para nossos vendedores. Pode afetar seriamente seu estado de ânimo. Sabemos quanto
apreciam sua autonomia para fazer descontos. Além disso, está gravado na nossa cultura
e em nossos princípios.” Por último, sugeriu: “Por que não optamos pela política de
preços proposta pelas equipes internas?”
Leo respondeu: “Mmmm, é interessante. Temos que tomar uma decisão antes da
semana que vem. Que alternativa deveríamos adotar para modificar nossa política de
preços atual? O que você acha de avaliar os benefícios de cada proposta, assim como
seus potenciais problemas de execução e fatores de sucesso? Depois podemos rever as
contas, sem esquecer que temos que conseguir um benefício operativo de 3% ou mais!”
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Anexo 1: Catálogo Da ON
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Anexo 2: Famílias de produtos da ON
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Família de Participação Alguns produtos dentro da família Características de mercado Margem bruta
Produto nas vendas da histórica
ON
Tinta e toner 39% Cartuchos para impressoras, cartuchos para plotters, Alto valor unitário, produtos alternativos (preços baixos, 20%
toners e fusores para impressoras menor qualidade), amplo conhecimento sobre políticas de
distribuição e venda
Papelaria 29% Resmas, papéis especiais, formulários contínuos, papel Produto “commodity”, mercado dominado pelos principais 20%
carbono, papel para fax, papel para plotters, papéis produtores de papel, amplo conhecimento do mercado. A
especiais, reposições de folhas, envelopes e envelopes UHVPD GHÀQH FRPSUD SURGXWR JDQFKR 2 PHUFDGR À[D
sacola. preços diferenciais por quantidade.
Livraria 23% Grampeadores, Acessórios para pastas, Adesivos, Ligas Alto número de competidores, ampla variedade na oferta 40%
de borracha, Bandejas de escrivaninha, Arquivos, Blocos, de produtos e marcas e alto número de fornecedores
Cofres de segurança e acessórios, Cortantes, Cadernos, JHUDOPHQWHQmRSURÀVVLRQDOL]DGRV
Elementos de escrivaninha, Escrita, Etiquetas, Fichas e
ÀFKHLURV6DFRV1RWDVDXWRDGHVLYDV
Computação 6% Acessórios de computação, Fios e adaptadores, Fitas Gerava posicionamento de integralidade; a ON não era 18%
K7 e de Vídeo, CD e DVD, Data Cartridges, Disquetes, referente de mercado. Grande parte destes artigos eram
Filtros para monitor, Impressoras, Monitores, Mouses, oferecidos por redes varejistas que publicavam seus
Notebooks, Pads para mouse, Pilhas e baterias, Apoio de preços através de meios de massa, gerando um preço de
SXOVR $SRLR GH SpV VFkQHUV 6XSRUWHV 6HJXUD SDSpLV mercado conhecido.
Teclados, Tecnologia e Eletrônica
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Móveis 1,4% (VWDQWHV SDUD DUTXLYRV (VWDQWHV *DYHWDV FLQ]HLURV Unidade de negócio em crescimento (Oportunidade); 40%
e Cestos, Escrivaninhas, Mesas, Módulos, Cabides e oferta muito variada no mercado (ampla gama de marcas
*XDUGDFKXYDV6LQDOpWLFD&DGHLUDVH3ROWURQDV HPRGHORVSUHoRVÀ[DGRVHPIXQomRGDPDUFDHGHVLJQ
A ON não era referente de mercado
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Fonte: Informação da empresa
Anexo 3: Estado de Resultados da ON (1997–2005E)1GDGRVGD$UJHQWLQDHP86PLOKDUHV
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Est.
Vendas Líquidas 1.480 9.723 21.412 28.557 26.821 8.240 11.518 15.343 20.784
Custo de vendas -1.355 -7.869 -17.490 -24.440 -21.357 -5.927 -8.827 11.863 -15.951
Margem Bruta 125 1.854 3.922 4.117 5.464 2.313 2.691 3.480 4.833
Despesas Gerais e Admin -575 -683 -2.107 -3.486 -4.318 -1.231 -1.238 -1.472 -2.741
Despesas vendas e marketing -538 -2.547 -2.014 -4.205 -5.472 -1.016 -1.421 -1.833 -1.256
Total despesas operativas2 -1.113 -3.230 -4.121 -7.691 -9.790 -2.247 -2.660 -3.305 3.997
Benefício operativo -988 -1.376 -199 -3.574 -4.326 66 30.84 175 836
Resultado líquido antes de impostos -972 -1.415 -394 -4.005 -5.282 -169 46 188 563
7D[DGHFkPELR86²$UPpGLDDQXDO 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 3,24 2,95 2,95 2,93
Notas:
$SHVDUGHTXHD21VHIXVLRQRXFRPD6WDSOHVQRÀQDOGHRVYDORUHVGHH(QmRLQFOXHPRVUHVXOWDGRVGD6WDSOHV
2. As despesas operativas rondavam entre 22 e 24% das vendas. Essas despesas eram formadas da seguinte maneira: logística (7%), comunicação (1 ou 2%), força de
YHQGDVDHGHVSHVDVJHUDLV'XUDQWHHDFRPSDQKLDWHQWRXHPLWLUDo}HVHP1$6'$41DVGDTHUDRPDLRUPHUFDGREXUViWLOHOHWU{QLFRGRV(VWDGRV
8QLGRVHDTXDUWDEROVDGRPXQGRHPWHUPRVGHFDSLWDOL]DomRGHPHUFDGR&RQVHTXHQWHPHQWHSDUDDSUHVHQWDUXPSHUÀOPDLVIRUWHWHQWRXLQFUHPHQWDUDVYHQGDV
através da contratação de uma grande quantidade de representantes de vendas, o qual teve um impacto notável nas suas despesas operativas.
2UHVXOWDGRQmRRSHUDWLYRLQFOXLQRYDVFRQWULEXLo}HVGHFDSLWDOHUHPLVV}HVGHGtYLGDUHDOL]DGDVSHORVSULQFLSDLVLQYHVWLGRUHVGD21
1SJDJOH4USBUFHZBU0ïDFOFU4UBQMFT
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Anexo 45HVXPR8QLÀFDGRGH3URSRVWDVGH7UDEDOKR(TXLSHVGD21
Objetivo da proposta:
&ULDUXPVLVWHPDÁH[tYHOHHVWDQGDUGL]DGRSDUDÀ[DURSUHoRUHJXODUGHFDGDSURGXWRFRPRREMHWLYR
GHPLQLPL]DUDGLVFULFLRQDULHGDGHGRVUHSUHVHQWDQWHVGHYHQGDV
Supostos da proposta
O preço de mercado é uma faixa de preços e não é um único preço.
O preço de lista da ON deverá estar dentro da faixa de preço do mercado.
1mRKiÀ[DGRUHVGHSUHoRVQRPHUFDGR
Todos os concorrentes compram ao melhor preço possível.
'HÀQLomRGH3UHoR
Preço de x = Custo Venda / Abs [1 < (MS% = VM = Rot = Q*P = Disp = Sust)]
onde:
Abs: valor absoluto.
Custo de venda: custo da mercadoria comprada pela ON (CMV).
MS%:HUDD0DUJHPGH6XEVLVWrQFLDTXHHTXLYDOLDjSRUFHQWDJHPPtQLPDTXHXPFRQFRUUHQWH
da ON deveria adicionar ao custo do produto para poder se manter no negócio. Esta porcentagem,
estimada na base do conhecimento do mercado da ON, estava conformada pelos impostos mais
a margem bruta necessária para pagar os custos operativos.
VM: era uma porcentagem associada ao Valor Monetário ou pesos de custo do produto.
Rot: era uma porcentagem associada ao Nível de Rotação do Produto.
Q*P:HUDXPDSRUFHQWDJHPDVVRFLDGDj)DL[DGH4XDQWLGDGHVGHXPSURGXWRTXHVHYHQGLDHP
média, por pedido.
Disp: era uma porcentagem associada a um indicador de Disponibilidade de Mercado (grau de
concorrência que existia no mercado em relação a esse produto).
Sust:HUDXPDSRUFHQWDJHPDVVRFLDGDDXPLQGLFDGRUGH6XEVWLWXLomRIDFLOLGDGHGHVXSULUHVVH
produto por outro que tivesse uma função similar).
Para cada uma destas variáveis, com exceção da margem de subsistência, o valor porcentual a
XWLOL]DUQDIRUPDGHSUHoRHUDREWLGRGHXPDWDEHODTXHUHÁHWLDRLPSDFWRGHVVDYDULiYHOQRSUHoRGH
lista. A área de compras da ON elaborava estas tabelas baseadas no seu conhecimento do mercado.
$VVLP SDUD D YDULiYHO VXEVWLWXLomR 6XVW SRU H[HPSOR D WDEHOD LQGLFDYD TXH SDUD EDL[RV QtYHLV
de substituição no mercado correspondiam porcentagens maiores de 100% e para altos níveis de
substituição, porcentagens inferiores a 100%. Desta forma, o preço de lista seria mais alto quanto mais
baixa fosse a porcentagem de substituição, e vice-versa.
Para os produtos de menor venda em cada categoria de produtos, aplicava-se a seguinte fórmula
VLPSOLÀFDGD
P(x) = Custo Venda / [1 < (MS% = VM = Rot)]
2IÀFHQHW 12%
2ÀVKRS 4,6%
Distripaper 1,3%
$SRUFHQWDJHPFRUUHVSRQGHQWHjV´OLYUDULDVGHEDLUURµUHSUHVHQWDYDDUHVSRVWDjPpGLDGHWRGDVDV
lojas de bairro mencionadas pelos participantes da pesquisa.
Fonte: Informação da empresa.
94 $BTF3FTFBSDI+PVSOBMt7PMVNFt*TTVFt4FBTPO
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Anexo 63UHoRVGHOLVWDGRVSULQFLSDLVFRQFRUUHQWHVHP86
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Anexo 7: Organograma área comercial da ON
&
#"
$" &
#$ %
' %
96 $BTF3FTFBSDI+PVSOBMt7PMVNFt*TTVFt4FBTPO
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Anexo 8: Esquema de incentivos*
Segmento A B C D
0rVDPrVSDUDGHWHUPLQDURPRQWDQWHÀQDOGHFRPLVV}HVTXHFDGDYHQGHGRUUHFHEHULD
eram usadas umas tabelas que indicavam quantos dólares de comissão correspondiam em
função da porcentagem de cumprimento do objetivo atingido para cada uma destas três
dimensões. Estas tabelas estavam construídas de forma tal que, com 100% de cumprimento
GRV REMHWLYRV HP WRGDV DV GLPHQV}HV R VDOiULR WRWDO VHULD À[R H YDULiYHO 6H D
porcentagem de cumprimento em todas ou alguma das três dimensões fosse menor (maior)
do que o objetivo, o vendedor receberia comissões por um montante que poderia ser menor
(maior) de 40%. Ver exemplo no Anexo 9.
Nota:
´&OLHQWHVFRPFRPSUDµUHIHUHVHjTXDQWLGDGHGHFOLHQWHVTXHFRPSUDPGXUDQWHRFXUVR
do mês.
Fonte: Informação da empresa.
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Anexo 9: Exemplo de cálculo comissão de representantes de venda
Venda ($)
Porcentagem de cumprimento A B C D
< de 75% 0 0 0 0
Clientes
Porcentagem de cumprimento A B C D
< de 75% 0 0 0 0
98 $BTF3FTFBSDI+PVSOBMt7PMVNFt*TTVFt4FBTPO
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Anexo 9: continued
Porcentagem de cumprimento A B C D
< de 75% 0 0 0 0
Nota:
1. Esta tabela deve ser lida da seguinte forma: O EC do segmento B superou seu objetivo de vendas
HPRTXHVLJQLÀFDHPIXQomRGDWDEHODGHGHVHPSHQKRTXHLPSOLFDXPDFRPLVVmRGH
Do mesmo modo, como chegou a manter 204 clientes ativos, com os quais superou seu objetivo em
UHFHEHXXPDFRPLVVmRGH2PHVPRUDFLRFtQLRpDSOLFDGRSDUDDGLPHQVmRGDPDUJHP
EUXWDRQGHVHXGHVHPSHQKRIRLGHRTXHLQGLFDXPDFRPLVVmRGH&RQVHTXHQWHPHQWHD
FRPSHQVDomRYDULiYHOWRWDOGR(&;IRLDVRPDGHTXDVHPDLVTXHDFRPLVVmRWHyULFD
correspondente.
Fonte: Informação da empresa
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Anexo 10: Elasticidade do preço dos produtos de maior venda de cada categoria1
Grampeador -1,97
Leite -10,4
Notas:
(VWDDQiOLVHQmRLQFOXLDVFDWHJRULDVGHSURGXWRVGHWHFQRORJLDOLPSH]DHPyYHLVSRUTXHQmRVmR
FRQWDELOL]DGRVMXQWRFRPGDGRVGHYHQGDVGDFRPSDQKLD
2. A porcentagem indica a participação dos produtos incluídos nas vendas da categoria correspondente,
em dólares.
3. Os valores de elasticidade de preço foram calculados junto com uma análise de regressão. Deve ser
lido da seguinte forma: 1% de aumento no preço do Toner HP preto geraria uma diminuição de 2,62%
nas unidades de toner vendidas.
Fonte: Elaborado pelos autores do caso baseado em dados da companhia e outras fontes correspond-
entes ao período entre janeiro de 2003 e junho de 2005.
$BTF3FTFBSDI+PVSOBMt7PMVNFt*TTVFt4FBTPO
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NOTAS
1. Staples Inc., fundada em 1986 era, no final de 2003, o maior vendedor do mundo
no ramo de artigos para escritórios. Em 2004, operava em 23 países e contava
com quase 60.000 funcionários, e atingiu uma venda de cerca de 14,5 bilhões de
dólares, com uma rentabilidade líquida de 4% aproximadamente.
2. Na Argentina existia aproximadamente 25% de mercado informal. Entende-se por
informalidade, aquela onde as empresas não cumprem com as normas fiscais bási-
cas. Por exemplo, não utilizar notas fiscais oficiais para transações com o fim de
evitar o pagamento do Imposto sobre valor agregado (IVA).
3. Clientes Ativos eram os clientes que realizaram pelo menos uma compra nos últi-
mos 4 meses.
4. Estudo Competitivo de Satisfação de Clientes, com uma amostragem de 150 cli-
entes ativos e potenciais.
5. O salário médio dos representantes de vendas era estimado baseado na suposição
de que os objetivos mensais eram cumpridos.
6. Os custos de listas de mailings e correio eram considerados parte das despesas
gerais e administrativas da ON.
1SJDJOH4USBUFHZBU0ïDFOFU4UBQMFT
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