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c) culpabilidade
- Iter criminis
1) Cogitação
2) Preparação
3) Execução
4) Consumação
2. Infrações penais
4. Conceito de crime
a) formal
b) material
c) analítico
c) que o consentimento tenha sido dado anteriormente, ou pelo menos numa relação de
Ausente um desses requisitos, o consentimento do ofendido não poderá afastar a ilicitude do fato.
5. Sujeitos do crime
- Agente: geral
1 – a impossibilidade de a pessoa jurídica ser sujeito ativo de crime: a pessoa jurídica não tem vontade própria, e, portanto, não pode
delinquir.
2 – a possibilidade de a pessoa jurídica ser sujeito ativo de crime: a pessoa jurídica é ente autônomo, dotado de vontade própria,
devendo-se adaptar a culpabilidade às suas características.
a) sujeito passivo constante, mediato, formal, geral, genérico ou indireto : O estado é um sujeito passivo constante.
b) sujeito passivo eventual, imediato, material, particular, acidental ou direto: Quem teve o carro violado.
6. Objeto do crime
b) jurídico: Bem, valores tutelados que são infringidos, vida, patrimônio, fé pública, dignidade sexual
Art. 18 - Diz-se o crime: I - Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Art. 18 - Diz-se o crime: II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
O primeiro constitui a hipótese do agente que, pretendendo cometer um delito, não atinge a consumação porque valeu-se de
instrumento absolutamente ineficaz ou voltou-se contra objeto absolutamente impróprio.
O segundo, por seu turno, prevê a hipótese do agente que, pretendendo cometer um delito, não consegue seu intento porque a
conduta eleita não constitui fato típico. Exemplos: no crime impossível, o agente desfere tiros, com o intuito de cometer homicídio,
contra pessoa que já morreu; no crime putativo, o agente deixa de pagar dívida, instrumentalizada por meio de nota promissória,
crendo ser infração penal, quando, na realidade, não é.
Crime comum é aquele que não exige qualquer qualidade especial seja do sujeito ativo ou passivo do crime. O crime
de homicídio é comum: pode ser praticado por qualquer pessoa contra qualquer pessoa.
O crime próprio, por sua vez, é o crime que exige uma qualidade especial do sujeito; qualidade esta exigida no próprio
tipo penal. O crime de estupro, antes da reforma introduzida no Código Penal pela Lei nº 12.015/09 era um crime
próprio, pois exigia a qualidade “mulher” do sujeito passivo.
Os crimes de mão própria estão descritos em figuras típicas necessariamente formu ladas de tal forma que só pode ser
autor quem esteja em situação de realizar pessoalmente e de forma direta o fato punível.
Ainda sobre o crime de mão própria, vale informar que: Por fim, o crime vago é aquele que tem como sujeito passivo
uma entidade sem personalidade. Para o STJ, o crime de ocultação de cadáver é um crime vago:
No caso do delito de ocultação de cadáver, o sujeito passivo é a coletividade. Trata -se, pois, de crime vago, que não
possui sujeito passivo determinado, tanto que está inserido no Título V – Dos crimes contra o sentimento religioso,
Capítulo II - Dos crimes contra dos mortos, que não se confundem com as pessoas, estas sim passíveis de ensejarem
maior ou menor reprovabilidade quando violadas em sua integridade física, moral ou psic ológica.
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal
injusto e grave: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Veja-se que o crime de ameaça apenas prevê a conduta de quem ameaça, não importando se o resultado da ameaça
aconteceu, tão pouco se a pessoa se sentiu constrangida ou ameaçada. A intimidação é irrelevante para a consumação
do delito.
No crime de mera conduta o resultado naturalístico não só não precisa ocorrer para a consumação do delito, como ele
é mesmo impossível. Veja-se o que o STF entende sobre o crime de porte ilegal de arma de fogo, sobre ser um crime
de mera conduta:
O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é de mera conduta e de perigo abstrato, ou seja, consuma -se
independentemente da ocorrência de efetivo prejuízo para a sociedade, e a probabilidade de vir a ocorrer algum dano
é presumida pelo tipo penal. Além disso, o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física, mas a segurança
pública e a paz social, sendo irrelevante o fato de estar a arma de fogo municiada ou não.
Crime de dupla subjetividade passiva é aquele que, obrigatoriamente, em razão do tipo, tem pluralidade de vítimas.
Podemos citar como exemplos o crime de violação de correspondência, previsto no artigo 151 do Código Penal, pois
apresenta duas vítimas, quais sejam, o destinatário e o remetente. Ainda, o crime previsto no artigo 125 do referido
diploma legal, abortamento provado por terceiro, em que são vítimas a gestante e o feto.
b) Crimes de ação vinculada – são delitos em que a lei descreve o meio de execução (meios indicados pelo tipo penal).
Ex: O crime de maus-tratos (art. 136, CP), no qual é descrito na lei em que devem consistir os maus-tratos
b) Crimes pluriofensivos – são delitos que atingem a dois ou mais bens jurídicos.
Ex: O crime de latrocínio, que atinge a vida e o patrimônio(art.157, § 3º, CP).
b) Crimes plurilocais – são os delitos onde a conduta e o resultado se desenvolvem em comarcas diversas, sediadas no
mesmo país. Nesse caso, opera-se a teoria do resultado adotada pelo Código de Processo Penal, art. 70, como competência
para aplicação da lei penal.
c) Crimes em trânsito – são os delitos em que somente uma parte da conduta ocorre em outro país, sem lesionar ou
expor a perigo bens jurídicos das pessoas que nele vivem. Ex: Sebastian, argentino, envia uma carta com ofensa a Jonathan,
americano, sendo que a carta passa pelo território brasileiro.
b) Crimes conexos – são os delitos que decorrem de uma ligação de delitos entre si. Essa conexão pode ser penal ou
processual. A conexão penal, que nos interessa, divide-se em:
Atenção: Os crimes conexos, em qualquer das conexões penais, se encontram previstos em lei, servindo como agravantes do
crime. Explicando melhor, seria o caso do crime de homicídio, em que as conexões penais servem como qualificadoras
(art.61, CP).
Crimes de alto potencial ofensivo são aqueles cuja pena mínima é superior a um ano, não sendo cabível a
suspensão condicional do processo. Aplica-se na totalidade os institutos do Código Penal .
Crimes hediondos são aqueles considerados de altíssimo potencial ofensivo e por isso o réu e o condenado sofrem
diversas restrições no curso do processo e do cumprimento da pena (vedação de anistia, graça, indulto, fiança e
liberdade provisória)[ 4 ]. De acordo com a Lei 8.072 , de 25 de julho de 1990, são considerados hediondos os
seguintes crimes: homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por
um só agente, e homicídio qualificado; latrocínio; extorsão qualificada pela morte; extorsão mediante seqüestro;
estupro; atentado violento ao pudor; epidemia com resultado morte; falsificação, corrupção, adulteração ou alteração
de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e genocídio. Os crimes equiparados a hediondos têm o mesmo
tratamento legal e são os seguintes: prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo.
Crime privilegiado quando ao tipo básico a lei acrescentada circunstância que o torna menos grave, diminuindo, em
consequência, suas sanções. São crimes privilegiados, por exemplo, o homicídio praticado por relevante valor moral
(eutanásia, por exemplo), previsto no artigo 121, § 1º, o furto de pequeno valor praticado por agente primário (art. 155,
§ 2º); o estelionato que causa pequeno prejuízo, desde que primário o autor (art.171, § 1º) etc. Nessas hipóteses, as
circunstancias que envolvem o fato típico fazem com que o crime seja menos severamente apenado. Os tipos
qualificados e privilegiados são, em contraposição aos tipos básicos, tipos derivados.