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1.

Conceito e evolução da Teoria do Crime

Elementos que compõem um crime:

a) fato típico (ou tipicidade)

b) ilicitude (ou antijuridicidade)

c) culpabilidade

O crime é composto das seguintes etapas:

- Iter criminis
1) Cogitação
2) Preparação
3) Execução
4) Consumação

2. Infrações penais

3. Ilícito penal e ilícito civil

4. Conceito de crime

a) formal
b) material
c) analítico

Fato típico Ilícito Culpável

- conduta (dolosa/culposa; - Quando o agente não atua em: - imputabilidade


comissiva/omissiva)
a) estado de necessidade - potencial consciência da
- resultado ilicitude
b) legítima defesa
- nexo de causalidade - exigibilidade de conduta
(material/normativo) c) estrito cumprimento do dever diversa
legal
-tipicidade (formal/conglobante)
d) exercício regular de um
direito A culpabilidade é o juízo de
reprovação pessoal que se faz
e) quando não houver o sobre a conduta ilícita do agente.
consentimento legal do ofendido
como causa supralegal de
exclusão da ilicitude.*

* Para que seja possível excluir a ilicitude do fato é necessário:


a) que o ofendido tenha capacidade para consentir;
b) que o bem sobre o qual recaia a conduta do agente seja disponível;

c) que o consentimento tenha sido dado anteriormente, ou pelo menos numa relação de

simultaneidade à conduta do agente.

Ausente um desses requisitos, o consentimento do ofendido não poderá afastar a ilicitude do fato.
5. Sujeitos do crime

5.1 Sujeito ativo

Denominações do sujeito ativo

- Agente: geral

- Indiciado: no inquérito policial

- Acusado: com o oferecimento da denúncia ou da queixa

- Réu: após o recebimento da inicial acusatória

- Sentenciado: após a prolação da sentença

- Condenado: após o trânsito em julgado

- Reeducando: durante a execução penal

- Egresso: após o cumprimento da pena

5.1.1 Pessoas jurídicas como sujeito ativo de crime

a) teoria da ficção jurídica, de Savigny

b) teoria da realidade ou teoria orgânica, de Otto von Gierke

A partir da aceitação da teoria da realidade, passa-se a dois desdobramentos:

1 – a impossibilidade de a pessoa jurídica ser sujeito ativo de crime: a pessoa jurídica não tem vontade própria, e, portanto, não pode
delinquir.

2 – a possibilidade de a pessoa jurídica ser sujeito ativo de crime: a pessoa jurídica é ente autônomo, dotado de vontade própria,
devendo-se adaptar a culpabilidade às suas características.

5.2 Sujeito passivo

a) sujeito passivo constante, mediato, formal, geral, genérico ou indireto : O estado é um sujeito passivo constante.

b) sujeito passivo eventual, imediato, material, particular, acidental ou direto: Quem teve o carro violado.

6. Objeto do crime

a) material : Atingido diretamente, bem, moeda

b) jurídico: Bem, valores tutelados que são infringidos, vida, patrimônio, fé pública, dignidade sexual

Classificação dos crimes

1. Crime consumado e crime tentado


No crime subjetivamente consumado a intenção do agente era de matar; no crime objetivamente consumado,
efetivamente o agente matou a pessoa; no crime objetivamente tentado, o agente não conseguiu matar a pessoa por
circunstâncias alheias, a qual justifica a diminuição da pena.
2. Crimes dolosos, culposos e preterdolosos

Art. 18 - Diz-se o crime: I - Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Art. 18 - Diz-se o crime: II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.

3. Crime impossível e crime putativo

O primeiro constitui a hipótese do agente que, pretendendo cometer um delito, não atinge a consumação porque valeu-se de
instrumento absolutamente ineficaz ou voltou-se contra objeto absolutamente impróprio.
O segundo, por seu turno, prevê a hipótese do agente que, pretendendo cometer um delito, não consegue seu intento porque a
conduta eleita não constitui fato típico. Exemplos: no crime impossível, o agente desfere tiros, com o intuito de cometer homicídio,
contra pessoa que já morreu; no crime putativo, o agente deixa de pagar dívida, instrumentalizada por meio de nota promissória,
crendo ser infração penal, quando, na realidade, não é.

4. Crimes comuns, próprios e de mão própria

Crime comum é aquele que não exige qualquer qualidade especial seja do sujeito ativo ou passivo do crime. O crime
de homicídio é comum: pode ser praticado por qualquer pessoa contra qualquer pessoa.
O crime próprio, por sua vez, é o crime que exige uma qualidade especial do sujeito; qualidade esta exigida no próprio
tipo penal. O crime de estupro, antes da reforma introduzida no Código Penal pela Lei nº 12.015/09 era um crime
próprio, pois exigia a qualidade “mulher” do sujeito passivo.
Os crimes de mão própria estão descritos em figuras típicas necessariamente formu ladas de tal forma que só pode ser
autor quem esteja em situação de realizar pessoalmente e de forma direta o fato punível.
Ainda sobre o crime de mão própria, vale informar que: Por fim, o crime vago é aquele que tem como sujeito passivo
uma entidade sem personalidade. Para o STJ, o crime de ocultação de cadáver é um crime vago:
No caso do delito de ocultação de cadáver, o sujeito passivo é a coletividade. Trata -se, pois, de crime vago, que não
possui sujeito passivo determinado, tanto que está inserido no Título V – Dos crimes contra o sentimento religioso,
Capítulo II - Dos crimes contra dos mortos, que não se confundem com as pessoas, estas sim passíveis de ensejarem
maior ou menor reprovabilidade quando violadas em sua integridade física, moral ou psic ológica.

5. Crimes simples e complexos


Crime simples é o que possui tipo penal único, protegendo apenas um bem jurídico. Podemos citar como exemplo o crime de
homicídio, que protege o bem jurídico vida.
Crime complexo é a fusão de dois ou mais tipos penais, protegendo dois ou mais bens jurídicos. O latrocínio é um exemplo de
crime complexo, pois protege os bens jurídicos patrimônio e vida.

6. Crimes materiais, formais e de mera conduta


O crime material só se consuma com a produção do resultado naturalístico, como a morte no homicídio. O crime
formal, por sua vez, não exige a produção do resultado para a consumação do crime, ainda que possível que ele
ocorra. Exemplo de crime formal é a ameaça:

Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal
injusto e grave: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Veja-se que o crime de ameaça apenas prevê a conduta de quem ameaça, não importando se o resultado da ameaça
aconteceu, tão pouco se a pessoa se sentiu constrangida ou ameaçada. A intimidação é irrelevante para a consumação
do delito.

No crime de mera conduta o resultado naturalístico não só não precisa ocorrer para a consumação do delito, como ele
é mesmo impossível. Veja-se o que o STF entende sobre o crime de porte ilegal de arma de fogo, sobre ser um crime
de mera conduta:
O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é de mera conduta e de perigo abstrato, ou seja, consuma -se
independentemente da ocorrência de efetivo prejuízo para a sociedade, e a probabilidade de vir a ocorrer algum dano
é presumida pelo tipo penal. Além disso, o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física, mas a segurança
pública e a paz social, sendo irrelevante o fato de estar a arma de fogo municiada ou não.

7. Crimes instantâneos, permanentes, de efeitos permanentes, a prazo e habituais


Instantâneo porque a consumação ocorre num só momento, num instante, sem continuidade temporal. Para
identificá-los basta analisar o verbo descrito no tipo penal. São verbos do tipo que não permitem uma permanência no
tempo, exigem uma conduta instantânea: subtrair, destruir, adquirir, constranger, praticar. Ou seja, não é possível
que alguém subtraia um objeto e continue subtraindo-o ao longo do tempo, ou destrua um bem em uma conduta
constante, permanente.
O crime instantâneo descreve um verbo que possui a seguinte característica: é possível determinar e identificar no
tempo um instante que a ação ou omissão ocorre definitivamente, cessando a partir de então. Por exemplo no crime
de furto o verbo é subtrair. A subtração ocorre, segundo a jurisprudência, no momento de inversão da posse sobre o
objeto, quando a coisa subtraída passa para o poder do agente. A partir deste instante cessou a consumação, pois o
crime de furto não descreve o verbo possuir ou manter sob guarda coisa alheia móvel. A subtração é instantânea.
Por sua vez, o crime permanente tem momento consumativo que se prolonga no tempo. É a clássica afirmação de que
o crime permanente é aquele que se protrai no tempo. Ou seja, a consumação continua o correndo enquando perdurar
determinada situação.
Os crimes permanentes também são identificados conforme o verbo do núcleo do tipo. São verbos (condutas) que
permitem uma constância, permanência no tempo: portar, manter, privar, ocultar. Por isso os exemp los apontados
pela doutrina são o sequestro (privar a liberdade de alguém), o tráfico de drogas, na modalidade manter em depósito,
a receptação na modalidade ocultar.

8. Crimes unissubjetivos, plurissubjetivos e eventualmente coletivos


Os crimes unissubjetivos (ou monossubjetivos, ou de concurso eventual) são aqueles que podem ser praticados
por apenas um sujeito, entretanto, admite-se a co-autoria e a participação.
Os crimes plurissubjetivos (ou de concurso necessário) são aqueles que exigem dois ou mais agentes para a
prática do delito em virtude de sua conceituação típica. Eles subdividem-se em três espécies de acordo com o modus
operandi:
Crimes eventualmente coletivos são aqueles em que, nada obstante o seu caráter unilateral, a diversidade de agentes
atua como causa de majoração da pena, tal como se dá no furto qualificado (CP, art. 155, § 4º, IV) e no roubo
circunstanciado (CP, art. 157, § 2º, II).

9. Crimes de subjetividade passiva única e de dupla subjetividade passiva


São delitos onde o tipo penal tem uma única vítima. Ex: O antigo crime de estupro.

Crime de dupla subjetividade passiva é aquele que, obrigatoriamente, em razão do tipo, tem pluralidade de vítimas.
Podemos citar como exemplos o crime de violação de correspondência, previsto no artigo 151 do Código Penal, pois
apresenta duas vítimas, quais sejam, o destinatário e o remetente. Ainda, o crime previsto no artigo 125 do referido
diploma legal, abortamento provado por terceiro, em que são vítimas a gestante e o feto.

10. Crimes de dano e de perigo


a) Crimes de dano – são os delitos caracterizados pela efetiva lesão ao bem jurídico tutelado. Ex: O crime de
homicídio, o crime de furto, etc.
b) Crimes de perigo – são os delitos consumados quando ocorre a mera probabilidade de dano ao bem jurídico tutelado,
sem a necessidade da efetiva concretização do dano. Ex: O crime de periclitação da vida e da saúde(art.132, CP).

11. Crimes unissubsistentes e plurissubsistentes


a) Crimes unissubjetivos ou crimes unilaterais ou crimes monossubjetivos ou crimes de concurso eventual – são os
delitos praticados por um único agente,admitindo-se concurso. Ex: O crime de homicídio.
b) Crimes plurissubjetivos ou crimes plurilaterais oucrimes de concurso necessário – são os delitos onde otipo penal
reclama a pluralidade de agentes, que podem ser coautores ou partícipes. Esses crimes subdividem-se em:
I) Crimes bilaterais ou crimes de encontro – são os delitos onde o tipo penal reclama dois agentes, cujas condutas tendem
a se encontrar. Ex.: O crime de bigamia.
II) Crimes coletivos ou crimes de convergência – são os delitos onde o tipo penal reclama a existência de três ou mais
agentes. Ex: O crime de rixa (condutas contrapostas) ou o crime de quadrilha ou bando (condutas paralelas).

12. Crimes comissivos, omissivos e de conduta mista


a) Crimes comissivos ou crime de ação – são os delitos que consistem na prática de um fato vedado pela lei, mediante uma
ação do sujeito ativo, ou seja, delito praticado mediante conduta positiva. Ex: O crime de roubo (art. 157, CP).
b) Crimes omissivos próprios (ou puros) – são os delitos onde a omissão está contida no tipo penal, prevendo a conduta
negativa como forma de praticar o delito, ou seja, que se perfazem pela mera abstenção, sem vinculação a um resultado
posterior. Ex: O crime de omissão de socorro(art. 135, CP), que se completa pela mera ausência de socorro.
c) Crimes de conduta mista – são os delitos onde o tipo penal é composto de duas fases distintas, uma inicial positiva e
outra final, omissiva.
Ex: O crime de apropriação de coisa achada e omissão em devolvê-la (art. 169, parágrafo único, inciso II, CP).

13. Crimes de forma livre e de forma vinculada


a) Crimes de ação livre – são delitos em que a lei não exige nenhum comportamento específico, ou seja, podem ser
praticados por qualquer meio de execução. Ex: O crime de homicídio, cujo agente pode empregar diversos meios para
matar a vítima.

b) Crimes de ação vinculada – são delitos em que a lei descreve o meio de execução (meios indicados pelo tipo penal).
Ex: O crime de maus-tratos (art. 136, CP), no qual é descrito na lei em que devem consistir os maus-tratos

14. Crimes monoofensivos e pluriofensivos


a) Crimes mono-ofensivos – são delitos que ofendem a umúnico bem jurídico.
Ex: O crime de furto, que viola o patrimônio (art.155, CP).

b) Crimes pluriofensivos – são delitos que atingem a dois ou mais bens jurídicos.
Ex: O crime de latrocínio, que atinge a vida e o patrimônio(art.157, § 3º, CP).

15. Crimes principais e acessórios


a) Crimes principais – são os delitos que possuem existência autônoma, ou seja, não dependem da prática de crime
anterior. Ex: O crime de estupro (art. 213, CP).
b) Crimes acessórios ou crimes de fusão ou crimesparasitários – são os delitos que dependem da prática de crime
anterior para a sua existência. Ex: O crime de receptação (art. 180, CP).

16. Crimes transeuntes e não transeuntes


a) Crimes transeuntes ou crimes de fato transitório – são os delitos que não deixam vestígios materiais, ou seja,
quando ocorrem tais crimes não se realiza o exame pericial.Ex: O crime de ameaça, o crime de calúnia e o crime de
desacato.
b) Crimes não transeuntes ou crimes de fato permanente – são os delitos que deixam vestígios materiais, ou seja, em
tais crimes a falta do exame de corpo de delito acarreta a nulidade da ação penal. Ex: O crime de homicídio

17. Crimes à distância, plurilocais e em trânsito


a) Crimes à distância – são os delitos em que conduta e o resultado ocorrem em países diversos. Modalidade delitiva
que adota a teoria da ubiquidade quanto ao lugar do crime, a conduta ou o resultado, sendo que, ocorrendo em território
nacional, aplica-se a legislação penal pátria.

b) Crimes plurilocais – são os delitos onde a conduta e o resultado se desenvolvem em comarcas diversas, sediadas no
mesmo país. Nesse caso, opera-se a teoria do resultado adotada pelo Código de Processo Penal, art. 70, como competência
para aplicação da lei penal.

c) Crimes em trânsito – são os delitos em que somente uma parte da conduta ocorre em outro país, sem lesionar ou
expor a perigo bens jurídicos das pessoas que nele vivem. Ex: Sebastian, argentino, envia uma carta com ofensa a Jonathan,
americano, sendo que a carta passa pelo território brasileiro.

18. Crimes independentes e conexos


a) Crimes independentes – são os delitos que não apresentam nenhuma ligação com outros delitos.

b) Crimes conexos – são os delitos que decorrem de uma ligação de delitos entre si. Essa conexão pode ser penal ou
processual. A conexão penal, que nos interessa, divide-se em:
Atenção: Os crimes conexos, em qualquer das conexões penais, se encontram previstos em lei, servindo como agravantes do
crime. Explicando melhor, seria o caso do crime de homicídio, em que as conexões penais servem como qualificadoras
(art.61, CP).

19.Crimes condicionados e incondicionados


a) Crimes condicionados – são delitos cuja inauguração da persecução penal depende de uma condição objetiva de
procedibilidade. A legislação expressamente indica essa hipótese.
b) Crimes incondicionados – são delitos cuja instauração da persecução penal é livre, podendo o Estado iniciá-la sem
nenhuma autorização.

19. Crimes naturais, plásticos e vazios


Crimes naturais: são aquelas condutas que sempre foram consideradas como crimes independentemente do
momento histórico ou do ordenamento jurídico observado. Desse modo, condutas como homicídio, lesão corporal,
furto ou roubo, são considerados crimes naturais uma vez que estão tipificados na regra dos ordenamentos jurídicos
das diversas nações e se postergarem como delitos ao longo do tempo. Logo, percebe -se que o homicídio, por
exemplo, sempre foi considerado como crime, desde os primórdios do Direito Penal, seja no Brasi l ou fora dele, sendo
considerado um crime natural.
Crimes de plástico: são as condutas que só são consideradas como relevantes para fins de tipificação penal em um
delimitado momento histórico e a luz das peculiaridades de determinadas sociedades, ou melh or, seriam aqueles que
são criados para se adequarem a um momento histórico e a luz das particularidades de uma determinada sociedade,
funcionando como uma espécie de resposta a legislativa aos anseios específicos por tutela penal.

20. Crimes de mínimo, de menor, de médio, de elevado e de máximo potencial ofensivo


Classificar os crimes significa reuni-los em grupos que contam com determinada característica idêntica. Por exemplo,
a categoria dos crimes instantâneos reúne todas as infrações penais que se consuma m em um momento determinado.
Como cada crime conta com diversos aspectos, também poderá ser incluído simultaneamente em diversas
classificações. Dessa maneira, o homicídio é crime comum no tocante à qualificação do sujeito ativo e crime material
quanto ao resultado naturalístico. A seguir, serão expostas as principais classificações.

Quanto ao potencial ofensivo


Crimes de bagatela são aquelas condutas que atingem o bem jurídico protegido de modo tão desprezível que a lesão é
considerada insignificante (exs: subtração de uma maçã em uma rede de supermercados ou um arranhão que cicatriza
em poucos minutos). Nesses casos, torna-se desproporcional qualquer atuação repressiva, considerando-se o fato
cometido como um indiferente penal. [ 2 ]
As infrações penais de menor potencial ofensivo são definidas na Lei de Juizados Especiais (art. 61 , com a
redação dada pela Lei 11.313 , de 28 de junho de 2006) como sendo todas as contravenções e os crimes cujo pena
máxima não ultrapasse dois anos. [ 3 ] Para esses crimes se aplicam na íntegra os institutos despenalizantes da lei,
como a composição dos danos civis (arts. 72 a 75), transação penal (art. 76) e suspensão condicio nal do processo (art.
89).
As infrações penais de médio potencial ofensivo são aquelas que admitem suspensão condicional do processo,
pois têm pena mínima igual ou inferior a um ano, mas são julgados pela Justiça Comum, já que sua pena máxima é
superior a dois anos. Exs: furto simples (art. 155, caput) e injúria qualificada pelo preconceito (art. 140, § 3º).

Crimes de alto potencial ofensivo são aqueles cuja pena mínima é superior a um ano, não sendo cabível a
suspensão condicional do processo. Aplica-se na totalidade os institutos do Código Penal .

Crimes hediondos são aqueles considerados de altíssimo potencial ofensivo e por isso o réu e o condenado sofrem
diversas restrições no curso do processo e do cumprimento da pena (vedação de anistia, graça, indulto, fiança e
liberdade provisória)[ 4 ]. De acordo com a Lei 8.072 , de 25 de julho de 1990, são considerados hediondos os
seguintes crimes: homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por
um só agente, e homicídio qualificado; latrocínio; extorsão qualificada pela morte; extorsão mediante seqüestro;
estupro; atentado violento ao pudor; epidemia com resultado morte; falsificação, corrupção, adulteração ou alteração
de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e genocídio. Os crimes equiparados a hediondos têm o mesmo
tratamento legal e são os seguintes: prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo.

22. Crimes qualificados e crimes privilegiados


Crime qualificado é aquele em que ao tipo básico a lei acrescenta circunstância que agrava a sua natureza, elevando
os limites da pena. Não surge a formação de um novo tipo penal, mas apenas uma forma mais grave de ilícito. Chama-
se homicídio qualificado, por exemplo, aquele praticado ‘’mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro
motivo torpe’’ (art. 121, § 2º, I); denomina-se furto qualificado o praticado ‘’com destruição ou rompimento de obstáculo
à subtração da coisa’’ (art. 155, § 4º, I); considera-se qualificado o delito de injúria consistente em violência ou vias de
fato (art. 140, § 2º, primeira parte) etc. Os crimes qualificados pelo resultado serão objeto de estudo à parte).

Crime privilegiado quando ao tipo básico a lei acrescentada circunstância que o torna menos grave, diminuindo, em
consequência, suas sanções. São crimes privilegiados, por exemplo, o homicídio praticado por relevante valor moral
(eutanásia, por exemplo), previsto no artigo 121, § 1º, o furto de pequeno valor praticado por agente primário (art. 155,
§ 2º); o estelionato que causa pequeno prejuízo, desde que primário o autor (art.171, § 1º) etc. Nessas hipóteses, as
circunstancias que envolvem o fato típico fazem com que o crime seja menos severamente apenado. Os tipos
qualificados e privilegiados são, em contraposição aos tipos básicos, tipos derivados.

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