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domiciliado (a) e residente rua/avenida, número, bairro, CEP, cidade, vem, respeitosamente, por intermédio de seus
procuradores à Presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 1.768 do Código Civil (CC) combinado com o artigo
747 do Código de Processo Civil/2015 (CPC), propor a presente:
em face de nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, número do RG, expedido pela ***, CPF nº ***,
e-mail, domiciliado (a) e residente rua/avenida, número, bairro, CEP, cidade, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I. DA JUSTIÇA GRATUITA
A parte autora requer a Vossa Excelência que lhe seja concedido os benefícios da Assistência Gratuita,
em consonância com o art. 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, alegando ser juridicamente necessitada,
haja vista ser (profissão), percebendo apenas um salário mínimo mensal, conforme cópia de sua CTPS anexa, não
dispondo condições financeiras para arcar com as despesas de custas processuais e honorários advocatícios, sem
prejuízo do próprio sustento ou de sua família.
Portanto, a autora faz jus e requer as benesses da justiça gratuita, conforme declaração de
hipossuficiência econômica anexada.
O interditando encontra-se acometida pelas enfermidades CID 10 – 163 Infarto cerebral/ CID 10
– 169 Sequelas de doenças cerebrovasculares/ CID 10 – G81 Hemiplegia/ CID 10 – F01 Demência vascular, todas
conforme atestado médico anexo.
Dessa forma, o Sr. *** já não goza mais de pleno discernimento e de condições para continuar a
exercer os atos da sua vida civil, sendo necessária a nomeação de um curador para representa-lo, sendo esta posição ora
pleiteada pelo requerente, considerando, principalmente, o fato do interditando encontrar-se acamado e sem
demonstração de consciência, necessitando do auxílio dos seus familiares.
Destaque-se que o interditando é solteiro e após ter sido acometido pelas enfermidades é a
requerente que tem assumido toda a responsabilidade pelo irmão e procedendo os cuidados necessários, garantindo a
devida prestação de assistência ao interditando.
Isto posto, tanto para efeito de acompanhar o tratamento do irmão, bem como proceder o
requerimento de benefício junto ao INSS e demais acompanhamentos dos atos da vida civil do interditando, é necessário
que seja concedida a curatela ora pleiteada.
II. DO DIREITO
O artigo 1º do Código Civil estatui que "toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem
civil". Assim, liga-se à pessoa a ideia de personalidade, que é consagrado nos direitos constitucionais da vida, liberdade e
igualdade.
É cedido que a personalidade tem a sua medida na capacidade de fato ou de exercício, que, no
magistério de Maria Helena Diniz:
Todavia essa capacidade pode sofrer restrições legais quanto ao seu exercício, visando proteger
os que são portadores de uma deficiência jurídica apreciável. Assim, segundo Maria Helena Diniz, a incapacidade é a
restrição legal ao exercício dos atos da vida civil.
A incapacidade cessa quando a pessoa atinge a maioridade, tornando-se, por conseguinte, plenamente
capaz para os atos da vida civil.
Entretanto, pode ocorrer, por razões outras, que a pessoa, apesar da maioridade, não possui condições
para a prática dos atos da vida civil, ou seja, para reger a sua pessoa e administrar os seus bens. Persiste, assim, a sua
incapacidade real e efetiva, a qual tem de ser declarada por meio do procedimento de interdição, tratado nos arts. 747 a
770 no Novo Código de Processo Civil, bem como nomeado curador, consoante art. 1.767 do CC.
Posto isto, depreende-se que o interditando faz jus à proteção, a qual será assegurada ante sua
interdição e a nomeação do autor como seu curador, a fim de que este possa representa-lo ou assisti-lo no exercício dos
atos da vida civil, de acordo com os limites da curatela prudentemente fixados na sentença de interdição.
Ante a proteção exigida pelo ordenamento jurídico pátrio aos interesses do incapaz, como o
interditando não detém mais o elementar discernimento para a prática dos atos da vida civil, torna-se temerária e incerta a
adequada gestão dos recursos fundamentais à sua manutenção.
Destarte, mister a concessão de medida liminar de antecipação de tutela, consoante o art. 300 do
CPC, de modo a nomear o autor como curador provisório do interditando, nos moldes do competente termo de
compromisso.
Ante a proteção exigida pelo ordenamento jurídico pátrio aos interesses do incapaz, como o
interditando não detém o elementar discernimento para a prática dos atos da vida civil, torna-se temerária e incerta a
adequada gestão dos recursos fundamentais à sua manutenção.
Destarte, mister a concessão de medida liminar de antecipação de tutela, consoante o art. 300 do
CPC, de modo a nomear a autora como curadora provisória ao interditando.
Portanto, tendo em vista que o processo judicial leva algum tempo, pois deve obedecer,
necessariamente, a certos princípios constitucionais, como o contraditório e a ampla defesa, é preciso que se observe
também o princípio da efetividade da prestação jurisdicional. Assim, o tempo poderia tornar inócua a decisão jurisdicional
final, motivo pelo qual justifica-se a concessão da antecipação de tutela referida.
V. DOS PEDIDOS
Cidade, data.
ADVOGADO (A)
OAB/UF Nº ***