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Nova Iguaçu / RJ
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL INSTITUTO
DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA E ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Nova Iguaçu / RJ
2016
PAREDE DE CONCRETO MOLDADA IN LOCO
BAIXA RESISTÊNCIA DO CONCRETO
Trabalho de Conclusão de Curso ao curso de Engenharia Civil como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título em bacharel em Engenheiro Civil, sob a orientação do
Professor Mestre Carlos Eduardo da Silva Pereira Leite.
Aprovado por:
Convidado
Engº. Civil – CREA/RJ
Grau
Nova Iguaçu / RJ
2016
DEDICATÓRIA
RESUMO
O uso de paredes de concreto moldadas in loco tem tido um grande crescimento no mercado atual
brasileiro, devido a sua facilidade de execução e resultado. Em termos de construções populares,
por se tratar de um sistema mecanizado, o qual envolve uma sistematização do processo
construtivo gera ganhos de tempo de construção (rapidez), redução das perdas de materiais
(eficaz) e menores custos de produção (mais barato). É um sistema rígido e engessado,
contemplando ao mesmo tempo estrutura e instalações. Esse método construtivo minimizou as
patologias em comparação as estruturas convencionais. Inicialmente, este trabalho sintetiza os
aspectos construtivos do sistema de paredes de concreto, analisando os materiais empregados, tais
como fôrma e o tipo do concreto, irá abordar as verificações do processo e os tratamentos de
eventuais patologias ocorridas. Em vista desta crescente utilização, foi desenvolvida a ABNT
NBR 16055:2012 – Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações. Esta
norma descreve os requisitos e procedimentos de cálculos e execução de paredes de concreto.
Anteriormente todos os procedimentos e especificações eram baseados na ABNT NBR 6118:2007
– Concreto Armado, ABNT NBR 15.575:2007 – Desempenhos, ACI 318 (EUA) e DTU 23.1
(França).
ABSTRACT
The use of concrete walls cast in loco has shown great ascendancy in the current Brazilian
market, in terms of popular buildings, because it is a mechanized system, which involves a
systematization of the construction process generates construction time gains (speed),
reduction of losses of materials (effective) and lower production costs (cheaper). It is a hard
and cast system, covering both structure and facilities. This construction method downplayed
the pathologies compared to conventional structures. Initially, this paper summarizes the
constructive aspects of the concrete walls system, analyzing the materials used, such as mold
and the type of concrete, will address the process of checks and of any occurring disorders
treatments. In view of this increased use, it was developed NBR 16055: 2012 - concrete wall
molded in place for the construction of buildings. This standard describes the requirements
and procedures of calculation and execution of concrete walls. Previously all procedures and
specifications were based in ISO 6118: 2007 - Reinforced Concrete, NBR 15575: 2007 -
Performance, ACI 318 (US) and DTU 23.1 (France).
KEYWORDS: Construction method , Concrete cast in place wall , Concrete Self compacting ,
Technological control, Low concrete strength.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 13
1.1 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA ............................................................................ 14
1.2 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 14
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 15
1.4 METODOLOGIA DA PESQUISA............................................................................ 15
2 CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL .......................................................................... 16
2.1 AGLOMERANTE ..................................................................................................... 17
2.2 AGREGADOS ........................................................................................................... 19
2.3 ADITIVOS ................................................................................................................. 21
2.3.1 Aditivos minerais ......................................................................................................... 21
2.3.2 Aditivos químicos ........................................................................................................ 22
2.4 ÁGUA ........................................................................................................................ 23
2.5 PROPRIEDADE DO CAA NO ESTADO FRESCO ................................................. 24
2.6 PROPRIEDADE DO CONCRETO NO ESTADO ENDURECIDO ......................... 25
2.7 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ........................................................................... 27
3 PAREDE DE CONCRETO ........................................................................................ 30
3.1 MARCAÇÃO NA LAJE ............................................................................................ 31
3.2 ARMAÇÃO DA ESTRUTURA ................................................................................ 33
3.3 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS .......................................................... 36
3.4 MONTAGEM DAS FORMAS .................................................................................. 38
3.5 CONCRETAGEM ..................................................................................................... 45
3.6 CONTROLE TECNOLÓGICO E RASTRABILIDADE DO CONCRETO ............. 47
3.7 EXTRAÇÃO DE TESTEMUNHOS DE CONCRETO ............................................. 52
4 BAIXA RESISTÊNCIA DO CONCRETO ............................................................... 55
5 TRATAMENTO .......................................................................................................... 57
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 61
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA ......................................................................... 63
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1 INTRODUÇÃO
Na construção civil, sabe-se que tempo é custo e o para o engenheiro custo com qualidade é
tudo. Por muitos anos o tradicionalismo da construção civil foi priorizado, quando alguém
inova algum método construtivo eficaz reduzindo custos e com qualidade, todos tendem a
copiar.
Com a demanda acelerada de obras no Brasil, novos métodos construtivos foram adotados,
para atender a demanda de oferta oferecida pelo programa de desenvolvimento que o Brasil
propôs. Saímos da construção convencional e entramos em um mercado que já era explorado
anteriormente em outros países. Transformar a construção civil em uma grande fábrica de
imóveis, foi a solução achada para viabilizar os valores repassados pelo Governo.
Com projetos estruturais sempre iguais, alterando somente a fundação, a alvenaria estrutural
foi o inicio dos métodos construtivos adotados, por ter um custo baixo de execução e
facilidade de material e mão de obra, porem seu prazo de execução acabava por se tornar
longo.
As formas para fazer estruturas de concretos sempre foram utilizadas e porque não fazer uma
estrutura somente de concreto? No inicio tentou-se criar uma forma de madeira, porem o
reaproveitamento da madeira foi muito baixo. Veio então as formas de aço, porem essas
formas são muito pesadas dificultando a produção. Na melhoria do processo, chegaram então
no alumino, apesar de se tratar de um material de alto valor, ele tinha suas vantagens. As
formas feitas de alumínio eram mais leves, não enferrujavam e poderiam ser reaproveitadas
diversas vezes.
Como já dizia o provérbio Italiano “Mais importante do que vigiar os outros é controlar os
próprios passos.”, sendo assim, na execução do processo da forma de concreto mais
importante que vigiar aos colaboradores que executam os serviços, devemos estar atentos e
verificar todo o processo de forma rígida e correta, para dessa forma minimizar as possíveis
falhas de execução.
Por esse motivo, alem de toda a fiscalização do processo, o tratamento das patologias em
função de uma falha nesse processo construtivo é essencial, a fim de manter a qualidade do
produto e a viabilidade financeira que ele traz.
Identificar, prevenir e tratar as patologias provenientes do fornecedor e/ou de uma falha nos
procedimentos de execução do processo da forma, armação, instalações elétricas,
concretagem e desforma da parede de concreto moldada in loco.
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Para cumprir o objetivo aplicado, está sendo utilizadas pesquisas bibliográficas, visando
considerações referentes aos conceitos pertinentes ao tema, sendo considerado que o material
consultado abrange livros e materiais acadêmicos.
2 CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL
Atualmente o concreto armado é o segundo recurso mais consumido no mundo, ficando atrás
apenas para a água. A qualquer lugar que iremos e olharmos, iremos nos deparar com esse
material. Devido à abundância dos seus ingredientes na natureza e facilidade de aplicação,
assim como o custo benefício, o concreto armado se torna praticamente imbatível na
construção civil.
No decorrer da evolução foram criados recursos para poder modificar o concreto. Os aditivos
podem alterar a trabalhabilidade, modificadores de resistências mecânicas, modificadores de
tempo de pega, expansores, impermeabilizante, adesivos, anticorrosivos, fungicidas, corantes,
entre outros.
TUTIKIAN (2004) relata que o termo concreto auto-adensável (CAA) identifica uma
categoria de concreto que pode ser moldado em fôrmas preenchendo cada espaço vazio
através exclusivamente de seu peso próprio, não necessitando de qualquer tecnologia de
compactação ou vibração externa.
O CAA foi desenvolvido no Japão no ano de 1983, porém teve mais destaque em obras civis
em 1997 quando fizeram a concretagem das ancoragens da ponte com maior vão livre do
17
mundo a Akashi-kaikyo (Japão). A partir de então começaram a fazer mais estudos e análises
sobre este tipo de concreto. No Brasil a primeira grande concretagem com o CAA foi apenas
em 2004, em Goiânia. Mas o principal obstáculo para o uso deste tipo de concreto é o elevado
preço, pois seu preparo requer aditivo como superplastificantes e modificadores de
viscosidade e seu manuseio também requer mão de obra qualificada.
2.1 AGLOMERANTE
Os Aglomerantes são materiais ligantes e em geral pulverulentos, que servem para unir os
agregados miúdos ou graúdos. Os aglomerantes podem ser classificados com hidráulicos, são
os que ao entrar em contato com a água sofrem reações químicas, físicas e físico-química
fazendo o aglomerante endurecer, dentre os aglomerantes hidráulicos encontra-se o cimento
Portland, existem também os aglomerantes aéreos e poliméricos.
De acordo com Falcão Bauer (2000) o cimento Portland é o produto obtido pela pulverização
de clinker constituído essencialmente de silicatos hidráulicos de cálcio, com uma certa
proporção de sulfato de cálcio natural, contendo, eventualmente adições de certas substâncias
que modificam suas propriedades ou facilitam seu emprego. O clinker é um produto de
natureza granulosa, resultante de calcinação de uma mistura daqueles materiais, conduzida até
a temperatura de sua fusão incipiente.
Segundo ABCP (2002) existem no Brasil vários tipos de cimento portland, diferentes entre si,
principalmente em função de sua composição. Os principais tipos oferecidos no mercado, ou
seja, os mais empregados nas diversas obras de construção civil são: cimento portland
comum; cimento portland composto; cimento portland de alto-forno; cimento portland
pozolânico. Em menor escala são consumidos, seja pela menor oferta, sejam pelas
características especiais de aplicação os seguintes tipos de cimento: cimento portland de alta
resistência inicial; cimento portland resistente aos sulfatos; cimento portland branco; cimento
portland de baixo calor de hidratação; cimento para poços petrolíferos.
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2.2 AGREGADOS
Falcão Bauer (2000) define o Agregado com um material particulado, incoesivo, de atividade
química praticamente nula, constituído de misturas de partículas cobrindo extensa gama de
tamanhos. Eles são classificados de acordo com as dimensões das partículas e o peso
específico aparente. Suas origens podem ser naturais como a areia e pedriscos, e os
industrializados onde há a necessidade de um processo industrial para serem produzidos a
partir das matérias primas como Rocha, Argila e escória de alto-forno.
A NBR 7.211 (2009) descreve os agregados miúdos cujo os grãos passam pela peneira com
abertura de malha de 4,75 mm, resalvados os limites estabelecidos na tabela 2, em ensaio
realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT NBR
NM ISO 3310-1 e os agregados graúdos são grãos que passam pela peneira com abertura de
malha 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, ressalvados os
limites estabelecidos na tabela 6, em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248,
com peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISO 3310-1.
Para a produção do CAA pode-se utilizar tanto areias naturais, quanto as industriais. Faz-se
uma ressalva para cuidados maiores com a utilização das areias oriundas de processos
industriais, pois essas podem possuir descontinuidade na sua composição granulométrica. As
areias naturais, por terem sua forma mais arredondada e lisa, são as mais indicadas para a
dosagem do concreto auto-adensável. Por possuírem essa forma, aumenta a fluidez da pasta
para uma mesma quantidade de água.
Segundo Okamura e Ouchi (2003), quanto maior o ângulo da partícula, maior será a
resistência ao cisalhamento da argamassa, reduzindo a possibilidade de deformação do
concreto.
De acordo com Okamura (1997) para o agregado graúdo, o diâmetro máximo característico
deve ser de 20 mm, porém, diâmetros de 40 mm já foram utilizados em aplicações do CAA. O
volume de agregado miúdo deve ser, no máximo, de 40% do volume de argamassa e o graúdo
deve ser de 50% do volume de sólidos.
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2.3 ADITIVOS
Metha e Monteiro (1994) diz que os aditivos minerais, também conhecidos como adições
minerais, são materiais finamente moídos, que são incorporados ao concreto com a finalidade
de se obter características específicas. Estes são geralmente utilizados em grandes
quantidades, com a finalidade de reduzir os custos, melhorar a trabalhabilidade do concreto no
estado fresco, podendo até melhorar a sua resistência à fissuração térmica, à expansão álcali-
agregado e ao ataque por sulfates.
Em 2008 Metha e Monteiro descreve as adições minerais como materiais silicosos com
granulometria baixa que, quando incorporadas ao concreto, resultam em um efeito benéfico
nas propriedades do mesmo e há uma considerável economia de energia e custo.
Tutikiam e Dal Molin (2008) afirmam que os superplastificantes são classificados como: 1ª
geração, que são os lignossulfonatos (LS) por serem redutores de águas normais; 2ª geração,
que são o naftaleno (NS) e a melamina (MS), que permitem a redução de até 25% da água na
mistura; e os de 3ª geração, que são os policarboxilatos (PC), mais aconselhados na produção
do CAA, por terem alta eficiência e dispersarem as partículas de cimento quando comparados
aos aditivos tradicionais.
2.4 ÁGUA
A água utilizada para a produção de concreto é descrita por Moema (1985) como água de
amassamento. Ela deve ser livre de impurezas que afetem sua reação com o cimento. Há,
entretanto, águas com pequenas quantidades de impurezas que não produzem, pelo menos
aparentemente, efeitos nocivos ao concreto, podem ser tolerados. Os maiores defeitos do
concreto provenientes da água são relacionados com a sua quantidade e não com a sua
qualidade.
Segundo Cavalcanti (2006), quanto maior a quantidade de água no concreto, menor é a tensão
limite de escoamento, aumentando sua deformabilidade e diminuindo a viscosidade da
mistura. No entanto, um elevado teor de água pode provocar segregação. Para garantir a alta
fluidez do CAA, sem afetar negativamente suas propriedades, parte da água pode ser
substituída por superplastificantes.
A relação água/finos para o CAA pode apresentar valores diferenciados, de acordo com o
método de dosagem adotado. Esses concretos são mais governados para a relação água/finos
do que a relação água/cimento. Gomes (2002) considera para CAA de alta resistência que a
relação água/finos deverá ser fixada, a principio, no limite superior de 0,4. O tipo de
superplastificante utilizado, de 2a ou de 3a geração, é um parâmetro que influencia no fator a/c
e água/finos, visto que, estes aditivos químicos são responsáveis por reduzir a quantidade de
água utilizada no concreto, mantendo a mesma trabalhabilidade.
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De acordo com EFNARC (2002), para um concreto ser considerado auto-adensável, ele deve
apresentar três propriedades fundamentais: fluidez, habilidade passante e resistência à
segregação. Define-se fluidez como a capacidade do concreto auto-adensável de fluir dentro
da forma preenchendo todos os espaços. Habilidade passante é a capacidade de movimentação
pela forma, passando por entre as armaduras sem obstrução do fluxo ou segregação.
Resistência à segregação é a capacidade do concreto de se manter coeso ou fluir dentro das
formas, passando ou não através de obstáculos, sem haver separação entre a pasta de cimento
e os agregados.
Os ensaios para o concreto auto-adensável no seu estado endurecido são os mesmos que para
o concreto vibrado, o que não ocorre para o estado fresco. As principais características que
devem ser verificadas no estado fresco são a fluidez, viscosidade, habilidade passante e a
resistência à segregação.
Segundo Tutikian, Dal Molin (2008), o ensaio de empalhamento foi desenvolvido no Japão
em 1990 para avaliar o uso de concretos submersos. Gomes, Barros (2009), diz que o ensaio
consiste em constatar se o concreto sob determinada força, provocada pelo seu peso próprio, é
capaz de se espalhar até atingir determinada dimensão em determinado tempo e uma
dimensão limite. Sua principal função é medir a capacidade de fluidez do CAA sem segregar.
Para atender a NBR 15823/2010, o ensaio é realizado pelo espalhamento do tronco de cone de
Abrams. O molde é posicionado sobre o centro de uma base plana, feita com material não
absorvente e sem provocar atrito, e a 40 seguir preenchido com o concreto sem compactação.
Após o preenchimento, o molde é levantado e o concreto flui livremente.
Tutikian, Dal Molin (2008) diz que o resultado do ensaio é a média de dois diâmetros
perpendiculares do círculo formado pela pasta de concreto. Os valores aceitos pela maioria
dos autores é de diâmetro mínimo de 600 mm e máximo de 750 mm.
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Domone (2006), diz que desde a introdução do CAA na indústria da construção civil, teve-se
sempre grande interesse nas propriedades deste material no estado fresco, de modo que estas
foram e continuam a ser muito estudadas por pesquisadores em todo o mundo. Porém, quando
se tem em vista o uso estrutural do concreto, são as propriedades do material no estado
endurecido que ganham maior importância, exigindo estudos que permitam sua previsão.
Cavalcanti (2006), relata que os benefícios do CAA devem ser atribuídos principalmente às
suas propriedades no estado fresco, mas também as propriedades no estado endurecido devem
ser analisadas de forma criteriosa. Somente desta forma o CAA pode ser utilizado de forma
segura.
Segundo Tutikian, Dal Molin (2008), a grande diferença entre o CCV e o CAA é que o
primeiro está suscetível, durante seu processo de concretagem, à fatores que possam a vir
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De acordo com Klug et al., (2003), as principais razões para as possíveis diferenças entre as
propriedades do CAA no estado endurecido e concretos convencionais são:
De acordo com a norma NBR 5738/03, para concretos convencionais, a moldagem de CPs.
Cilíndricos. A norma especifica para cada tamanho de CPs. um nº de camadas necessário para
o preenchimento do molde, que depende do tipo de adensamento (adensamento manual ou
mecânico. Já para o CAA, ainda não existe uma normalização no que diz respeito ao
procedimento de moldagem em CPs., considerando assim o preenchimento do molde de uma
só vez; independente do tamanho, por levar em consideração que tal concreto não necessita de
adensamento manual ou mecânico. É importante considerar que um concreto mal adensado
proporciona o aparecimento de bicheiras e uma quantidade excessiva de vazios, falseando o
resultado alcançado pelo rompimento dos CPs. Nenhum estudo foi feito para verificar se tal
forma de colocação do CAA nos moldes está ou não influenciando no resultado final de
rompimento dos CPs., ou seja, na determinação de suas propriedades mecânicas.
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Nos projetos estruturais, as propriedades mais verificadas no estado endurecido bem como
para controle tecnológico são: resistência à compressão e à tração e o módulo de deformação
estático. Tais propriedades são determinadas por meio de ensaios simples, com resultados
obtidos em curta duração.
Metha e Monteiro (1994) diz que a resistência é a medida de tensão exigida para romper o
material. No projeto de estruturas de concreto armado, considera-se o concreto como o
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material mais adequado para resistir aos esforços de compressão, e é por isso que a resistência
à compressão do material é sempre especificada. Sendo a resistência do concreto, função do
processo de hidratação do cimento, o qual é relativamente lento, tradicionalmente as
especificações e ensaios de resistência do concreto são baseados em CPs. curados em
condições específicas de temperatura e umidade, na idade de 28 dias.
GOMES (1995), diz que a idade tradicionalmente considerada é aos 28 dias, porém, ensaios
para as idades de 03 e 07 dias, muitas vezes se fazem necessários devido às exigências
construtivas, como por exemplo: em projetos de estruturas pré-moldadas e/ou protendidas,
onde frequentemente existe a necessidade da determinação da resistência à compressão do
concreto em idades inferiores a 28 dias. Em estruturas, onde o carregamento total só atua
quando o concreto tem idade superior a 28 dias, visando tirar vantagem do ganho de
resistência após esta idade, pode-se adotar o critério de aceitação da resistência na idade de 90
dias.
Mehta e Monteiro (1994), afirmam que a resistência à compressão dos agregados não é um
fator delimitador da resistência à compressão do concreto, já que os agregados são mais
resistentes do que a matriz e a zona de transição. Mas outras características dos agregados tais
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3 PAREDE DE CONCRETO
Esse método já foi aplicado no Brasil em prédios de 19 andares (Vista Bela Residencial Club
– Barueri – São Paulo), porem os estudos feitos nesse trabalho, leva em consideração prédios
com térreo mais quatro pavimentos e platibanda.
Feita a fundação e logo após quatorze dias da concretagem da laje piso, tem-se um prédio com
a sua estrutura completamente executada, podendo assim já começar os serviços de
revestimento.
Durante o período de execução, controles serão feitos, tanto tecnológicos como de execução,
procurando minimizar o retrabalho e melhorar a qualidade do produto. As verificações são
feitas por estagiários, técnico, encarregados, mestres de obra, porem a liberação para a
execução da próxima etapa é feita pelo engenheiro da obra, através das conferencias de
projetos e de um check list (Anexo I) elaborado por um sistema de qualidade da empresa,
baseado nas normas vigentes. (NBR 6.118 – 2014, NBR 16.055 – 2013 e NBR 15.575 –
2013)
Basicamente todo o processo de execução e verificação leva um dia para concretar a metade
de um pavimento já com a escada. A parede de concreto tem uma sequência construtiva bem
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definida, não tendo como pular etapas, iniciando com uma simples marcação no chão e
terminando com a concretagem da forma.
Todos os procedimentos executados são feitos por profissionais competentes e treinados pela
equipe de obra que posteriormente estará fiscalizando se o procedimento foi feito correto.
Dentro do fluxo executivo, a marcação apesar de simples pode ser considerada a parte mais
importante, simplesmente porque o erro nessa etapa da execução acarretará em um dano
irreversível, pois todo restante do processo estará errado.
Através do eixo da laje, será feita as devidas medidas com a trena para marcação dos eixos
das paredes, dois colaboradores ficam nas extremidades dos cômodos, com o equipamento
denominado de linha de giz, eles esticam a linha no chão e soltar a linha “estanque”,
marcando o chão com o xadrez da linha.
É importante que o piso da laje de apoio esteja perfeitamente nivelado, a fim de evitar
diferenças de níveis de topo entre painéis, o que acarretaria descontinuidade no alinhamento
superior das paredes.
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Linha de Giz
Execução do serviço
Fonte: Starrett, 2016
Essa etapa tem a finalidade de colocar os arranques, que serviram de suporte para a entrada da
armadura e os espaçadores de chão para a forma não fechar (“bolachas”). Após há uma nova
marcação, à 5 cm para cada lado do eixo das paredes, que é onde haverá o encaixe da forma.
A execução desse serviço demora em média 30 minutos, podendo ser feito um dia antes da
concretagem.
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Após a marcação ser feita, no eixo das paredes, são feito furos com broca 10ϕ a cada um
metro e nas pontas das portas e passagens fixando pedaços de 50 cm de ferro 8ϕ com massa
polimérica flexível para calafetação.
Figura 4: Arranques
Furação
Fixação
Fonte: GÓES, 2013
De acordo com a ABNT NBR 16055-2012, a seção mínima de aço das armaduras verticais
obtidas com aço CA-60, deve corresponder a 0,09% da seção de concreto. Para construções
de até dois pavimentos permite-se a utilização de armadura mínima equivalente a 66% deste
valor. A seção mínima de aço das armaduras horizontais deve corresponder a 0,15% da seção
de concreto. No caso de paredes externas com até 6 m de comprimento horizontal entre juntas
de controle ou paredes internas de qualquer comprimento, permite-se a utilização de armadura
mínima equivalente a 60% destes valores. Para construções de até dois pavimentos permite-se
a utilização de armadura mínima equivalente a 40% destes valores. A armadura de ligação nos
cruzamentos de paredes deve observar o mínimo estabelecido para a armadura horizontal. Na
continuidade das paredes entre pavimentos deve ser respeitada a armadura mínima vertical.
No caso da utilização de armaduras duplas (armaduras em ambas as faces), para t < 15 cm, a
armadura mínima vertical deve ser aplicada a cada uma das faces. Para t > 15 cm permite-se a
utilização de 0,67 desta armadura em cada face, devido à maior eficiência das armaduras para
estas espessuras de paredes. Para as armaduras horizontais, a armadura total mínima
permanece a mesma.
Eletroduto Flexível
Caixa elétrica
Fonte: Internet, 2016
Etapa 2 – Com as armações positivas prontas, a equipe de instalações elétricas, de
acordo com o projeto, faz as conexões necessárias com os eletrodutos das paredes,
utilizam eletrodutos rígido para evitar o estrangulamento do duto no momento da
concretagem, para a subida da espera elétrica é novamente usado eletroduto flexível,
nessas uniões são utilizados conectores e fita isolante a fim de evitar a entrada do
concreto nos dutos. Caixas de luz e caixas de passagem são fixadas nas armações, os
passantes de prumadas elétricas são fixados nas formas de alumínio. A equipe de
Instalações Hidráulicas faz a fixação dos passantes de esgoto e águas frias nas formas,
usando tirantes, Luvas e Blocos de Espumas para as Prumadas.
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considerando as ações ambientais, cargas da estrutura auxiliar, carga das partes das estruturas
permanentes a serem suportadas pela estrutura auxiliar até que o concreto atinja as
características estabelecidas pelo responsável pelo projeto estrutural para remoção do
escoramento, efeitos dinâmicos acidentais produzidos pelo lançamento e adensamento do
concreto, em especial o efeito de adensamento sobre o empuxo do concreto nas formas das
paredes.
Rigidez suficiente para assegurar que as tolerâncias especificadas para a estrutura das
paredes de concreto e nas especificações de projeto sejam satisfeitas e a integridade dos
elementos estruturais não seja afetada.
Estanqueidade e conformidade com a geometria das peças que estão sendo moldadas.
Painel laje
Painéis Paredes
Fonte: Internet, 2016
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Esquadros
Espaçador de Vãos
Fonte: Internet, 2016.
Guarda Corpo
Plataforma
Fonte: Equipe SH, 2016.
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A empresa construtora deve ter ciência que a forma é praticamente o “motor” do sistema
parede de Concreto. A escolha correta deste equipamento assim como as corretas tratativas de
montagem, desmontagem, limpeza, aplicação de desmoldante, podem aportar grande
produtividade ao sistema.
A forma pode ser responsável pelo maior custo do sistema, portanto é importante que a
empresa construtora conscientize e treine sua equipe de montadores visando alcançar o maior
número de ciclos de utilização e consequentemente aumentando a rentabilidade do
equipamento.
A liderança é um item fundamental para conseguir uma boa produtividade nesse processo
construtivo. Esse processo é movimentado conforme uma engrenagem, onde cada parte dele
bem executada é essencial para o próximo passo. A equipe de fôrma entra em um ciclo de
movimentações intermináveis, onde no primeiro horário do dia (6:00h) faz a desforma da
concretagem do dia anterior e já as levam para uma nova montagem (término da montagem
11:00h).
Antes da entrada da equipe que montará efetivamente a forma, uma equipe já preparou a
plataforma de trabalho.
A montagem da forma começa a ser feita pela parte interna dos cômodos, mas é possível fazer
a montagem simultânea entre parte interna e externa, porem não tem relatos de fazer a parte
externa primeiro. Todos os painéis são identificados para facilitar o posicionamento dos
mesmos. Antes de começar a montagem da forma, é aplicado um produto (desmoldante) que
tem a finalidade de facilitar a desmoldagem após a concretagem, os protetores de Corbata
(Camisinhas) ficaram embebidos desse mesmo desmoldante para que as Corbatas não fiquem
presas na parede após a concretagem. É importante segui o projeto de montagem
corretamente, para manter as portas e vãos nos locais corretos.
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As colocações das Corbatas serviram como distanciador entre as formas de uma parede e os
pinos e cunhas tem a função de travar essas Corbatas e uma forma na outra, já a Grapa é mais
utilizado para fazer o fechamento dos vãos e nas cantoneiras.
Com toda a forma montada, são posicionados os esquadros em cada canto dos cômodos, os
alinhadores e prumadores nas paredes, assim como as escoras que permaneceram por 28 dias
e as que serão removidas no dia seguinte.
Depois de todas as devidas conferências a forma está pronta para receber o concreto e após
atingir a resistência satisfatória, haverá a desforma e todo o ciclo da forma será retomado.
3.5 CONCRETAGEM
características e vantagens.
No Brasil, quatro tipos de concreto são recomendados para o sistema:
concreto cellular.
concreto com elevado teor de ar incorporado - até 9%
concreto com agregados leves ou com baixa massa específica
concreto convencional ou concreto auto-adensável.
(MISSURELLI, H.; MASSUDA; 2009).
Segundo Tutikian, Dal Molin, 2008, o CAA é descrito como uma das grandes revoluções
ocorridas na tecnologia do concreto para a construção nas últimas décadas, e por meio de sua
utilização é possível obter vários ganhos diretos e indiretos, entre os quais:
Acelera a construção, reduz a mão de obra no canteiro, melhora o acabamento final da
superfície, pode aumentar a durabilidade por ser mais fácil de adensar, permite grande
liberdade de formas e dimensões, permite a redução das dimensões das peças, elimina o
barulho de vibração, torna o local de trabalho mais seguro, visto a diminuição do número de
trabalhadores, obtenção de ganho ecológico, pode reduzir o custo final do concreto e/ou da
estrutura.
empresa de controles tecnológico, faz os testes necessários para liberar a concretagem. Nessa
etapa são retirados os corpos de prova para testes posteriores.
A concretagem sempre deve ser iniciada pelas paredes, das extremidades para o centro e das
paredes externas para as mais internas, seguindo sempre um plano de ataque que garanta o
preenchimento adequado de todas as paredes. Vibradores são utilizados para garantir um
melhor adensamento do concreto. Após todas as paredes estarem preenchidas, começa a
concretagem da laje, com a utilização do nível a laser, vibrador, régua de alumínio e enxada, é
feito o adensamento, espalhamento e o nivelamento do piso. Quando o concreto já estiver
firme o suficiente para andar por cima, entra a equipe do polimento para dar o melhor
acabamento da laje.
Tanto no Brasil como no mundo todo, atualmente a Engenharia Civil tem cada vez mais
preocupação com a durabilidade e a qualidade das edificações e em todas e quaisquer obras
em geral.
De acordo com o Boletim ABNT (Abril 2013), no Brasil, a criação da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) foi motivada pela necessidade de se resolver problemas
relacionados ao setor da construção civil. Na época, o país vivenciava o início de grandes
construções e os empresários necessitavam racionalizar seus poucos recursos, principalmente
os recursos humanos com conhecimento técnico. Por isso, a necessidade de compartilhar o
conhecimento estabelecendo Normas Brasileiras. Nos anos que se seguiram, a ABNT criou
seus primeiros comitês técnicos, todos ligados aos grandes temas das engenharias. O primeiro
comitê brasileiro foi o de mineração e metalurgia (ABNT/CB-01), sendo criado na sequência
o da construção civil (ABNT/CB-02), o da eletricidade (ABNT/CB- 03), até o do cimento,
concreto e agregados (ABNT/CB-18).
A NBR 5738/2015 descreve e explica o procedimento para moldagem e cura dos corpos de
prova de concreto utilizados nos ensaios de compressão, tração por compressão diametral e
tração por flexão, especificando também a aparelhagem a ser utilizada (moldes, hastes de
adensamento, vibradores).
Todo o processo se inicia na chegada do concreto, dois ensaios são feitos, slump flow e o
slamp test, o slamp test de acordo com a NBR NM 67 e de acordo com a NBR 15823-2. Caso
o resultado do slump test for abaixo do especificado na nota fiscal é permitido que haja adição
de água complementar nos limites especificados na NBR 7212, desde que: o slump, após a
adição de água, não ultrapasse o limite máximo especificado e o tempo entre a primeira
adição de água aos materiais e o início da descarga seja superior 15 minutos. Ressalta-se que
adição de água se aplica em obras onde o concreto utilizado é processado na concreteira e
transportado para obra por meio de caminhões betoneiras.
Segundo Benigno da Silva (2011), o sistema de forma de concreto moldada in loco, consiste
na moldagem de paredes e lajes maciças de concreto armado com telas metálicas
centralizadas. A estrutura é dimensionada para cada projeto específico de arquitetura do
edifício. O processo de produção do sistema construtivo permite o controle geométrico das
peças e a obtenção de superfícies aptas a receberem o acabamento. A espessura das paredes e
das lajes é de 10 cm. Ambas são armadas com telas de aço eletrossoldadas de malha quadrada
de 100 mm e fios com diâmetro de 4,2 mm. A resistência característica à compressão do
concreto, aos 28 dias, é de 25 MPa e a resistência mínima do concreto na desenforma, a 15
horas, é de 1,8 MPa. A consistência especificada para o concreto é de 22 ± 2 cm (slump test).
Todos os concretos recebidos são controlados por uma ficha de controle de materiais, onde
será preenchido pela equipe da obra. A principio é preenchido os dados de recebimento do
concreto, local de aplicação, data do recebimento, concreteira, placa do caminhão, número da
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nota fiscal, horário de saída da usina, término de aplicação do concreto, volume recebido,
slump de chegada na obra. A empresa responsável pelo controle tecnológico, enviará a os
relatórios dos testes de rompimento de corpo de prova após 7 dias e 28 dias, sendo então
completada a ficha. Nela é possível acompanhar e verificar alguma irregularidade do
concreto. Junto a essa ficha é anexado um controle de rastreabilidade desse concreto, para
poder visualizar onde esse concreto foi lançado.
De acordo com a NBR 7680-1 (2015) o equipamento utilizado para realizar a extração de
testemunhos deve permitir a obtenção de amostras homogêneas e íntegras do concreto da
estrutura.
Para extrair testemunhos cilíndricos, deve ser empregado um conjunto de extratora provido de
cálice e coroa diamantada, ou outro material abrasivo equivalente, que possibilite realizar o
corte dos testemunhos com as dimensões estabelecidas, sem danificar excessivamente a
estrutura.
MEHTA; MONTEIRO (1994), relata que existem ocasiões que os ensaios não destrutivos não
permitem a avaliação segura da resistência da estrutura, neste caso então, é necessário a
retirada de testemunhos diretamente da estrutura a ser avaliada, estes são conhecidos como
ensaios destrutivos de extração e 25 ruptura de testemunhos, no qual utiliza-se uma maquina
extratora, que dispõe de uma coroa rotativa de diamante na sua extremidade.
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Neste caso, para evitar danos desnecessários à estrutura, antes da realização da extração, deve
ser solicitado ao projetista estrutural que verifique a segurança estrutural a partir do valor da
resistência característica à compressão estimada (fck,est), calculada com base nos resultados
obtidos a partir dos ensaios dos corpos de prova moldados, conforme previsto na ABNT NBR
12655. Feita esta análise, tem-se duas possibilidades:
De acordo com PACHECO; HELENE (2012), é de bom senso aceitar concretos com
resistência estimada 5% a 10% abaixo do fck de projeto, sendo desnecessário nesses casos
revisar o projeto. Cabe, no entanto, comunicar o Produtor do concreto para que este revise a
dosagem.
Como descrito anteriormente, toda a estrutura da parede de concreto moldada in loco termina
seu ciclo em 14 dias após ter dado início, apesar de reservarmos CPs para serem rompidos
com 7 dias e dar inicio a uma analise, só após 28 dias temos o resultado definitivo da
resistência alcançada, caso não atinja a resistência mínima de 25 MPa, mais duas CPs são
rompidos pela empresa quando atingir a idade de 56 dias.
Foi solicitado que os CPs restantes fossem rompidos com 56 dias para saber se ocorreu
alguma alteração considerável, ele atingiu 19,2 MPa, não atingindo os 25 MPa.
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Através mapa de concretagem demonstrado na figura 15, foi possível rastrear onde o concreto
de nota fiscal 8432 foi lançado. Antes de encaminhar os dados ao calculista para saber qual
caminho adotar, é contratada uma empresa diferente da que fez os primeiros testes para fazer
a retirada dos testemunhos das paredes que recebeu o concreto com a baixa resistência para
confirma a rastreabilidade e a resistência.
5 TRATAMENTO
PACHECO; HELENE (2012), diz que se ocorrer e permanecer a não conformidade da baixa
resistência do concreto, poder-se-ia escolher entre as seguintes alternativas:
Determinar as restrições de uso da estrutura;
Providenciar o projeto de reforço;
Decidir pela demolição parcial ou total.
O método construtivo de parede de concreto moldada in loco como dito anteriormente, suas
paredes e lajes fazem parte da estrutura toda, sendo assim não havendo viabilidade de
restringir alguma parte para uso.
Por se tratar de um prédio de 5 andares mais a platibanda, seu custo de execução e material é
muito alto, por se tratar de uma falha em apenas uma parte do edifício, se tornaria um
desperdício demolir totalmente e ou parcialmente.
O que se torna mais viável fazer é o reforço estrutural conforme os projetos em anexo
elaborado e calculado por uma equipe de projetistas da empresa, projetos esses de reforço que
está nos anexos III, IV, V, VI.
Após as escoras estarem posicionadas, marcar em faixas uma face da parede, remover o
concreto conforme o projeto estrutural, manter a malha de aço existente expostas, escariar e
limpar as faces da parede, furar a laje e as faces da parede a cada 14 cm de forma que possa
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posicionar o reforço de aço e fixa-lo com cola para concreto a base cimenticia.
Com a etapa anterior concluída, inicia-se a montagem das formas de madeira embebidas de
desmoldante e presas a tirantes a fim de evitar que a forma se abra. Deixa-se um espaço na
parte superior da parede para a aplicação do micro concreto com Fck > 40 MPa, esse concreto
é conhecido comercialmente por Grout 40 industrializado. Da mesma forma que fazemos o
controle tecnológico para o concreto auto-adensável iremos fazer para esses reforços. Pouco
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antes da aplicação do concreto, deve umedecer muito bem a região. No dia seguinte preparar e
executar o mesmo processo na outra face da parede.
Fonte: In loco.
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Fonte: In loco.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A construção civil vem progredindo com o passar dos anos, mudanças e novos sistemas são
implantados para aperfeiçoar os resultados obtidos nas construções. Como consequência desse
avanço, o processo construtivo de parede de concreto voltou a ser utilizado na construção
civil.
Apesar de o sistema ser objetivo e simples, também possuí desvantagens como a sua
inflexibilidade para o usurário, sejam elas arquitetônicas ou usuais, impedindo o aumento de
cômodos, mudanças no posicionamento das instalações prediais, até reparo nas mesmas, ou
seja, uma possível solução para as arquitetônicas seria incorporar no projeto paredes que
pudessem ser derrubadas, ofertando eventuais modificações.
Este método construtivo apresenta uma notável diferença, sua velocidade de execução. Esse
aspecto o torna bastante vantajoso em obras que demandem a construção de muitos prédios,
porém possuem tempo reduzido para executá-los.
Entretanto, o material utilizado neste novo sistema possui um valor consideravelmente alto.
As fôrmas, instrumento fundamental para realização da construção através deste método, pode
ser utilizada diversas vezes, o que garante a compensação do alto custo para sua obtenção, por
isso é importante mantê-la sempre bem cuidada.
Para a utilização desse método é necessário usar um concreto com um custo maior que o
tradicional, com um controle de dosagem rígido. Os CAA têm crescido muito no mercado,
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Conclui-se que apesar de todo o controle feito por todos os envolvidos e com todos os
procedimentos sendo executados de forma corretas e sem falhas, ainda sim há possibilidades
de ocorrer patologias por falha do sistema. Como o concreto não é produzido na obra, não tem
como avaliar os traços aplicados, se a dosagem está correta para alcançar a resistência
solicitada.
Apenas após 28 dias após a concretagem é possível ter resultados da resistência do concreto,
porem esses resultados podem não estar de acordo com os solicitados pelo projeto. Mais testes
são feitos para confirmar a localização da aplicação desse concreto de baixa resistência e se
ele teve baixa resistência mesmo.
Por mais que a baixa resistência do concreto pode prejudicar toda a estrutura do prédio, ainda
sim tem uma solução, pois para a construção civil não há limites, em vez de colocar o prédio
abaixo ou restringir a estrutura, podem ser feitos reforços nas paredes a fim de combater essa
baixa resistência, de um modo simples e eficaz.
Como já dizia Lavoisier em 1977, “Nada natureza nada se cria, nada se perde tudo se
transforma”.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA
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BRASIL. NBR 7.211. Agregados para concreto - Especificação. Rio de Janeiro: ABNT,
2009.
CORSINI, R. Paredes Normalizadas. Revista techne, São Paulo, ed. 183, jun. 2012.
FALCÃO BAUER, L.A. Materiais de construção. Novos materiais para construção civil.
Volume 1. 5. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008
GÓES, Bruno Pereira. Paredes de concreto moldadas “in loco”, estudo do sistema
adotado em habitações populares. 2013, 80F. Trabalho de Conclusão de Curso
(Bacharelado em Engenharia Civil) – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2013.
RIBAS SILVA, Moema. Materiais de construção. 1. Ed. São Paulo: Editora PINI, 1985.
RIPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 2. Ed. São Paulo Editora PINI, 1986.
TUTIKIAN, B.F.; Dal Molin, D.C. Concretos Auto-Adensáveis. 1. Ed. São Paulo, Editora
PINI, 2008.
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http://abesc.org.br/assets/files/DOWNLOADS/tecnologiaconcretoarmado.pdf
http://www.cofercan.net.br/images/construcaocivil/espacador.pdf
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http://abnt.org.br/images/boletim/Abril-2013.pdf
Acesso em 20 de Abril de 2016
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/ativos/342/bh-relatorio-de-encerramento-do-6o-ciclo-
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http://www.starrett.com.br/produtodetalhe.asp?codprod=440#product-media-carousel
http://slideplayer.com.br/slide/1233986/
http://portalvirtuhab.paginas.ufsc.br/formas-plasticas-para-paredes-de-concreto/
http://www.prppg.ufpr.br/ppgcc/taxonomy/term/63/all