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Dacio Malta

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Quinta-feira, 05 Agosto 2010 / 2:24

Professor Camargo Guarnieri

A valsa “Sonho de Artista” foi a primeira composição do pequeno Mozart, quando tinha somente 11 anos,
em 1918. Filho de um imigrante italiano que tocava flauta com uma pianista de família tradicional de São
Paulo, Mozart Camargo Guarnieri transformou-se ao longo de sua vida um dos mais importantes mestres da
música da história do Brasil, ao lado de Heitor Villa-Lobos. Para manter-se na escola, trabalhou na barbearia
do pai, em lojas de instrumentos musicais e tocava em bares que alegravam a noite
paulistana. Seis anos depois da SemanaModernista de 1922, tornou-se amigo do escritor Mário de Andrade
que, além de orientar sua formação intectual, foi seu parceiro na ópera “Pedro Malazartes”.
Durante a II Guerra Mundial, recebeu uma bolsa para estudar em Paris. Adquiriu conhecimento, ganhou
prestígio. Voz sempre ouvida e respeitada pelos expoentes da cultura e até da política. Faleceu aos 84 anos e
deixou um acervo de composições com mais de 700 peças, entre música de câmara, trilhas sonoras, missas,
cantatas,
óperas, enfim, obras para piano, canto, coro e orquestra.
Como foi – Dos tantos que já fotogafei, poucos personagens me impressionaram tanto quanto o maestro
Mozart Camargo Guarnieri. Tinha a imagem parecida ao seu jeito original. Caladão, ensimesmado,
casmurro. Cheguei ao edifício do seu estúdio de trabalho, na Rua Pamplona, cinco minutos antes da hora
marcada. O porteiro tinha nas mãos um maço de cartas para o maestro. E eram muitas. Tive a curiosidade de
ver os remetentes. Correspondências de vários lugares do Brasil, Argentina, Chile, Estados Unidos, Europa.
Consultas, portfólios, publicações. Além de mim, uma jovem e bela estudante de piano o aguardava. Tinha
hora marcada para aula de aperfeiçoamento musical. Linda, branquelinha. Lembrava Nana Mouskouri, a
cantora grega de rostinho largo.
Ele chegou às dez em ponto, como havia combinado. Trazia duas rosas. As comprara da florista, ao
desembarcar do táxi. Uma das rosas, deu-a à bela “Mouskouri”. A segunda, presenteou-a à mulher da
limpeza do elevador. No loft da cobertura, partituras espalhadas pelas mesas, livros abertos, alguns com
textos sublinhados a lápis. Acho que lia vários ao mesmo tempo. Sobre um dos sofás, um mapa de Paris, bem
gasto. Via-se que fora bastante consultado. Ao lado, uma garrafa de Courvoisier e algumas taças para
conhaque. Deu uma tarefa para a elegante aluna.
Ela repetia várias vezes a etapa de uma pauta musical posta à sua frente. Enquanto eu escolhia onde colocaria
o pano vermelho que está presente em todas as fotos do livro “Senhoras e Senhoras”, ele deu uma rápida
olhada na primeira página da Folha e do Estadão. Deteve-se em três notícias que os jornais traziam:
corrupção, a criminalidade e o sucesso de uma dupla de cantores sertaneja. Caminhou até a janela, olhou
para imensidão de prédios de São Paulo e disse:
– Impossível compreender o mundo de hoje. Há desrespeito em todos os lugares, governos ruins.
Incompreensível como as pessoas não fazem de sua vida instrumento para o bem. Até a música, que é a
melhor expressão de sentimento do espírito dos homens, está contaminada por um miserável veneno
chamado rock. A fama, que deveria ser algo salutar, virou mercadoria para ser dada aos ladrões.

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Dacio Malta, carioca, 65 anos, trabalhou nos três principais jornais do Rio – O Globo, Jornal do Brasil
e O Dia – e na revista Veja. Morou no Rio e em Brasília, e escreveu, em 1996, um musical sobre a vida
e a obra do compositor Luiz Gonzaga Jr. – o Gonzaguinha. Em 2010, realizou o documentário ‘Noel
Rosa – Poeta da Vila e do Povo’ – uma reportagem musical em cinco episódios.

Frase do Dia

“A passagem do Papa me tocou. Eu estava precisando de


humildade.” (…) “Na porta de casa… tenho filhos pequenos. Ali
(Leblon)… é meu filho de seis anos, meu filho de 11 anos. Aqui
(Palácio Guanabara)… é do jogo democrático. Não sou um ditador.
Estou aberto ao diálogo. Faço apelo de coração, como pai… Meus
filhos têm Facebook e ficam chateados com tudo o que vêem. É
muito chato.”
Do governador Sergio Cabral reclamando das manifestações na porta de seu prédio, no Leblon.

“Fora Cabral!!! Fora Cabral!!! Fora Cabral!!!”


Dos moradores do Rio de Janeiro.

Fotografia é História

por Orlando Brito

Lei 6.683

Populares comemoram a aprovação da Anistia negociada por nomes do governo e da política, entre eles o
general Golbery do Couto e Silva e o ministro Petrônio Portella. Foi enviada pelo presidente João Figueiredo
ao Congresso, onde foi aceita com larga maioria de votos. Praça dos Três Poderes, 28 de agosto de 1979.

Como foi – Naquele dia, eu estava no segundo andar do Planalto com os demais jornalistas que cobríamos a
Presidência da República à espera da cerimônia de promulgação da Anistia. Já tinha fotografado ao longo de
anos um sem número de manifestações nas ruas, reuniões no palácio, sessões no Congresso e personagens
intrinsecamente ligados ao tema. Autoridades, culpados e inocentes, algozes e vítimas. Dessa vez, era hora
de retratar o povo na praça comemorando a assinatura da Lei 6.683, que perdoava os brasileiros envolvidos
em crimes políticos e eleitorais, além de devolver a todos esses direitos, fossem civis ou militares. Sob a
gigantesca bandeira do Brasil, entoavam o Hino Nacional. Dias depois, centenas de exilados no Exterior
estariam voltando ao País para curtir novamente a democracia.

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