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5. Objetividade jurídica
Vicenzo Manzini diz que o bem jurídico genericamente tutelado nos crimes
contra a ADM Pública “é o interesse público concernente ao normal
funcionamento e ao prestígio da ADM pública em sentido lato, naquilo que diz
respeito à probidade, ao desinteresse, à capacidade, à competência, à
disciplina, à fidelidade, à segurança, à liberdade, ao decoro funcional e ao
respeito devido à vontade do Estado em relação à determinados atos ou
relações próprias da administração”. Há outros bens jurídicos que serão
analisados pormenorizadamente, caso a caso.
Uma mudança importante foi a adição do §4º ao art. 33 do CP, que condiciona
a progressão de regime para os condenados por crime contra a ADM Pública à
reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado,
com os acréscimos legais.
Por fim, o crime funcional será alcançado pela lei pátria, mesmo quando
cometido no estrangeiro, ou seja, fora dos limites da soberania nacional.
Hipótese de extraterritorialidade presente no art. 7º, inciso I, c, do CP:
Por fim, cumpre ressaltar que há crimes funcionais fora do elenco do Capítulo I
do Título XI, pois como alerta Nelson Hungria, o que caracteriza um crime
funcional é a qualidade de funcionário público “que intervém tanto como
condicionante da pena quanto como majorante”.
Por fim, não há de se confundir função pública com múnus público, isto é,
encargos atribuídos por lei a algumas pessoas, tais como os tutores, curadores
ou inventariantes judiciais. A condição de funcionário público não se estende
àqueles que exercem apenas múnus público, não se aplicando o art. 327.
O §2º do art. 327 traz uma causa de aumento aplicável apenas aos crimes
previstos no Capítulo 1 do Título XI – dos crimes cometidos por funcionários
públicos contra a administração em geral. In verbis:
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