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RITUAL DE
APRENDIZ
do
GLLP / GLRP
GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues
ÍNDICE
ÍNDICE......................................................................................................................................2
PREÂMBULO............................................................................................................................3
LANDMARKS............................................................................................................................3
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................6
TEMPLO..........................................................................................................................6
COLUNA DA HARMONIA.............................................................................................12
ORDEM DE TRABALHOS.............................................................................................25
RITUAL DE INICIAÇÃO..........................................................................................................31
PREPARAÇÃO DA LOJA..............................................................................................31
CÂMARA DE REFLEXÃO.............................................................................................32
CERIMÓNIA DE INICIAÇÃO.........................................................................................33
COLUNA DA HARMONIA.............................................................................................54
CATECISMO...........................................................................................................................55
PREÂMBULO................................................................................................................55
INSTRUÇÕES...............................................................................................................55
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GLLP / GLRP R∴ L∴ Mestre Afonso Domingues
PREÂMBULO
O Decreto nº 762 da Grande Loja Nacional Francesa emitido em Neuilly–Sur–Seine, a 29 de
Julho de 1991, assinado pelo Grão–Mestre André Roux, e por Yves Trestournel, Grande
Secretário e Vice–Grão–Mestre de Honra da G∴ L∴ N∴ F∴, determina a criação da
Grande Loja Regular de Portugal e estabelece que ela deverá observar todas as
obrigações, usos e costumes estabelecidos pela Grande Loja Unida de Inglaterra, bem
como respeitar e fazer respeitar a Constituição e Regulamento Geral que merecem a
aprovação da Grande Loja–Mãe.
A Maçonaria autêntica é essencialmente um RITO. O Rito tem por finalidade fazer ascender
o adepto à INICIAÇÃO. Essa iniciação tem por tarefa, como todas as outras tradições
desligar o homem dos limites do seu estado humano, de tornar efectiva a capacidade que
ele recebeu de aceder aos estados superiores graças a Ritos rigorosos e precisos, de uma
maneira activa e durável.
Esta iniciação que deve conduzir o candidato no caminho de uma realização pessoal,
consiste essencialmente na transmissão de uma influência espiritual. Esta transmissão é
assegurada pelo Venerável Mestre nas cerimónias iniciáticas. Cria–se assim uma cadeia
ininterrupta de Mestre a Discípulo que reporta cada Maçon ao Começo dos Tempos.
LANDMARKS
“São consideradas Landmarks as regras de conduta que existem de tempos imemoriais –
seja sob a forma de lei escrita ou não escrita, que são essenciais à sociedade MAÇÓNICA,
que, na opinião da maioria, são imutáveis, e que todo o Maçon é obrigado a manter
intactas, em virtude dos mais solenes e invioláveis compromissos". Esta definição, de John
W. Simon, vem no seu livro "Principles of Jurisprudence", e é aceite por todas as
Obediências Regulares do Mundo.
Daí os princípios:
de que um Landmark não é nenhum símbolo, nem uma alegoria, mas uma regra;
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de que qualquer um que discorde dessas máximas sai "ipso facto" da verdade
Maçónica.
1. Meios de reconhecimento;
3. A lenda do 3º grau;
14. O direito de todo o Maçon de visitar e de ter assento nas Lojas regulares;
15. Que, se ninguém conhece pessoalmente na Loja o Maçon que a visita, não se lhe
dará entrada sem se proceder a um trolhamento rigoroso;
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17. Que todo Maçon está sujeito às leis penais e regulamentos maçónicos vigentes na
jurisdição em que vive;
18. Que todo candidato à iniciação há-de ser homem livre e maior de idade;
19. Que todo o Maçon há-de crer na existência de Deus como Grande Arquitecto do
Universo;
20. Que todo o Maçon há-de crer na ressurreição e uma vida futura;
21. Que um livro da Lei de Deus deve constituir parte indispensável do equipamento de
uma Loja;
22. Que todos os homens são iguais perante Deus e que na Loja se encontram num
mesmo nível;
23. Que a Maçonaria é uma Sociedade secreta de posse de segredos que não podem
ser divulgados;
24. A Maçonaria consiste em uma ciência especulativa fundada numa arte operativa;
Maçónica
A 4 de Setembro de 1929, a Grande Loja Unida de Inglaterra definiu as oito "condições" nos
termos das quais podia reconhecer a regularidade de uma Grande Loja estrangeira, no que
foi seguida por inúmeras Grandes Lojas, estabelecendo assim um padrão universal para a
atribuição da qualidade de Regularidade Maçónica.
1. A regularidade de origem, isto é, que cada Grande Loja tenha sido criada
regularmente por uma Grande Loja devidamente reconhecida, ou por três Lojas
ou mais regularmente constituídas.
3. Que todos os Juramentos sejam prestados sobre o Livro da Lei Sagrada, como
forma de ligar irrevogavelmente a consciência do iniciado à transcendência da
Revelação Divina.
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5. Que a Grande Loja exerça uma jurisdição soberana sobre as Lojas submetidas
ao seu controlo, quer dizer, que seja um organismo responsável, independente e
inteiramente autónomo, possuindo uma autoridade única e incontestada sobre o
trabalho e os Graus simbólicos – Aprendiz, Companheiro e Mestre – colocados
sob a sua administração. Que não seja de alguma maneira subordinada a um
Supremo Conselho ou a outra potência que reivindique um controlo ou vigilância
sobre esses Graus, nem partilhe a sua autoridade com outras quaisquer
potências.
INTRODUÇÃO
TEMPLO
Decoração da Loja
Nas paredes, sobre o friso, coloca–se ou representa–se uma corda com nós, tipo laço do
amor, terminando em borlas junto de cada coluna.
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No Oc∴, erguem–se duas colunas de cada lado da porta, uma Jónica e outra Dórica, cada
uma delas suportando três romãs entreabertas. Sobre o tronco da coluna esquerda (ao
entrar) está colocada a letra B e sobre a da direita, a letra J.
As cadeiras dos 1º e 2º VV∴ e as mesas triangulares que estão à sua frente, devem estar
colocadas sobre um estrado, ao qual se chega por dois e um degraus, respectivamente.
O Or∴ é ocupado por um estrado ao qual se sobe por três degraus. No centro do estrado
são colocadas a cadeira e a mesa do V∴ M∴. Sobre a mesa dispõem–se a carta
constitutiva, a espada flamejante e o candelabro.
Abaixo do estrado do V∴ M∴, junto dos três degraus que conduzem ao Or∴, fica um
pequeno Altar, o "Altar dos Juramentos", sobre o qual são colocadas as Três Grandes
Luzes: o Volume da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso. O espaço que eventualmente
exista entre o Altar e o estrado não deve ser cruzado pelos Obreiros.
Na parede, dum e doutro lado da cadeira do V∴ M∴, são representados a imagem do Sol,
no Sul (à direita) e a da Lua, no Norte (à esquerda).
No Or∴, de cada lado da cadeira do V∴ M∴, ficam duas mesas, sendo uma, no Sul, para o
O∴, e outra, a Norte, para o S∴.
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Sobre o primeiro degrau do Or∴, do lado Norte, fica uma "Pedra Bruta", e do lado oposto, a
Sul, fica uma "Pedra Cúbica".
Nas sessões de L∴, os IIr∴ devem apresentar–se de fato escuro (preto, azul ou cinzento
escuro), camisa branca lisa, gravata ou laço preto, com ou sem insígnias da Ordem. O uso
do avental do Grau (ou pelo menos de A∴) e um par de luvas brancas são absolutamente
indispensáveis para se poder entrar na L∴. Sempre que se realizem Cerimónias de
iniciação, regularização, filiação ou elevação de grau, o V∴ M∴ tem por obrigação não
deixar entrar no Templo os IIr∴ que não se apresentem convenientemente trajados.
Nas sessões de instrução não há a mesma exigência quanto ao vestuário, mas o resto
mantém–se.
Nas sessões solenes da Grande Loja é desejável o uso de "smoking" ou, em alternativa, de
fato muito escuro, não sendo permitido o traje de Verão. Os Grandes Oficiais deverão usar
casaco preto e calça listada.
Os GG∴ OO∴ podem usar as suas indumentárias características do cargo quando vão ás
Lojas na qualidade de visitantes. Devem obrigatoriamente fazê–lo quando exercem funções
de representação do G∴ M∴ e em todas as sessões de G∴ L∴ .
Os GG∴ OO∴ activos, quando no exercício das suas funções, e em G∴ L∴, usarão
obrigatoriamente o colar de G∴ O∴. Nas outras circunstâncias deverão usar o respectivo
emblema.
É possível utilizar os pequenos aventais de Mestre com as letras M∴ B∴, embora não seja
aconselhável.
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Os IIr∴ devem entrar e ocupar os seus lugares no Templo antes da entrada do V∴ M∴.
Devem manter–se em silêncio e, sempre que possível, a coluna de harmonia deve actuar. A
entrada do V∴ M∴ processa–se sem formalidades.
Os IIr∴ visitantes entram de igual forma e são colocados nos lugares a que têm direito
segundo as indicações do M∴ C∴.
Os MM∴ que não possam assistir a toda a sessão devem pedir a palavra ao respectivo V∴
e solicitar a saída ao V∴ M∴. De preferência devem avisar o V∴ M∴, antes do início da
sessão, de que não podem estar até ao fim. Os IIr. AA∴ ou CC∴, pedirão ao M∴ mais
próximo que solicite ao V∴ M∴ a sua saída.
A saída processa–se pela seguinte ordem: V∴ M∴ guiado, à esquerda, pela mão direita do
M∴ C∴, os Veneráveis ou Grandes Oficiais seguidos dos restantes IIr∴ colocados no Or∴,
os VVig∴, os Mestres sentados no lado Sul, os Mestres da Coluna do Norte, CC∴, AA∴ e,
por último, o G∴ I∴.
Lugares no Oriente
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O Grão–Mestre;
Os Vice Grão–Mestres;
Os Assistentes de Grão–Mestre
Os Grandes inspectores.
Do quadro da Loja:
O V∴ M∴;
ex–Venerável
O Secretário;
O Orador;
Dos visitantes:
Baterias
Baterias Simples
Faz–se, no 1º Grau do R∴E∴A∴A∴, batendo–se três vezes com intervalos iguais com a
palma da mão direita sobre a da esquerda.
Bateria Tríplice
Bate–se, no 1º Grau, por grupos espaçados, a bateria simples, num total de 9 batidas.
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Comportamento em Loja
Durante a sessão é formalmente interdito a qualquer Ir∴ deslocar–se em Loja sem ser
conduzido pelo M∴ C∴ É aconselhável não cruzar as pernas nem os braços, não falar,
mesmo em voz baixa, estar correctamente sentado; em resumo, comportar–se de forma
digna.
Abóbada de aço;
Cerimónia de iniciação.
O bastão é usado pelo M∴ C∴ na mão direita e com ele deve marcar os ângulos da L∴
durante a sua marcha. Passa o bastão para a mão esquerda sempre que tiver de dar a mão
a algum alto dignitário.
Apagam–se com o apaga–velas ou com o dispositivo fixado nos candelabros dos Vigilantes.
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Sentidos de marcha
Sinistrorsum – a partir das colunas, de Oc∴ para Or∴., passando pelo Sul, pelo Oriente e
voltando a Ocidente pelo Norte (sentido directo);
Dextrorsum – a partir das colunas, de Oc∴ para Or∴, passando pelo Norte, pelo Or∴ e
voltando a Oc∴ pelo Sul (sentido retrógrado, ou seja, o sentido dos ponteiros do relógio).
COLUNA DA HARMONIA
Indicam–se compositores (nem todos Maçons) e obras que podem ser utilizadas em
diversas situações do ritual. É uma lista não exaustiva, nem mandatória. O Ir∴ responsável
pela Coluna da Harmonia encontrará uma grande variedade de estilos, e organizará a sua
tarefa de acordo com o seu critério. As RR∴ LL∴ poderão assim com tempo constituir a sua
"discoteca", a partir deste enunciado. Apresentam–se ainda exemplos (testados em
variadíssimas sessões rituais) que poderão auxiliar na selecção de trechos para as
sessões:
Arkangelski
Bach, J. S.
Barber, S.
Beethoven, L. van
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Bernstein, L.
Sinfonias
Bruch, M.
Charpentier, M. Antoine
Te Deum
Corelli, F.
Costa, Luís
Debussy, C.
Atlântida
Elgar, E.
Pompa e Circunstância
Fauré, G.
Requiem
Handel, G. F.
Largo
Haydn, F. Joseph
A Criação
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Lacerda, Francisco
Sinfonia Almourol
Liszt, F.
Lully, J. Baptiste
Marchas
Mendelssohn, F.
Mozart, M. A.
Mozart, M.A. ed al
Purcell, H.
Trumpet Voluntary
Rachmaninoff, Sergei
(Entre outras:)
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Respighi, O.
O Sonho de Cleópatra
Salieri, António
Obras diversas
Satie, E.
Gimnopédies
Sibelius, J.
Finlandia
Valsa Triste
The Music of Jean Sibelius (CD duplo, editado por Sixth Masonic District of
Manhattan, Inc.)
Viana da Mota, J.
Vivaldi ed al.
Xenakis, l.
EXEMPLOS
1 – ABERTURA DA LOJA
Concertos para trompete e similares (Vivaldi, Corelli)
Eine Kleine Nachtmusik (Mozart)
Quarteto "A Caça" (Mozart)
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6 – CORTEJO DE SAÍDA
Trumpet Voluntary (Purcell)
Pequena Marcha em si bemol. (Beethoven) (Ed. ARION)
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LEGENDA
V∴ M∴ Venerável Mestre
1º V∴ 1º Vigilante
2º V∴ 2º Vigilante
T∴ Tesoureiro
S∴ Secretário
O∴ Orador
M∴ C∴ Mestre de Cerimónias
E∴ Esperto
H∴ Hospitaleiro
G∴ I∴ Guarda Interno
G∴ E∴ Guarda Externo
M∴ / MM∴ Mestre / Mestres
M∴ M∴ Mestre Maçon
C∴ / CC∴ Companheiro / Companheiros
A∴ / AA∴ Aprendiz / Aprendizes
Ir∴ / IIr∴ Irmão / Irmãos
G∴ O∴ Grande Oficial
Vig∴ / VVig∴ Vigilante / Vigilantes
L∴ / R∴ L∴ Loja/Respeitável Loja
B∴ Coluna B
J∴ Coluna J
Or∴ Oriente
Oc∴ Ocidente
A∴ J∴ Altar dos Juramentos
P∴ B∴ Pedra Bruta
P∴ C∴ Pedra Cúbica
C∴ J∴ Coluna Jónica
C∴ D∴ Coluna Dórica
C∴ C∴ Coluna Coríntia
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Os llr presentes devem estar correctamente vestidos e sentados nos respectivos lugares.
V M – Golpe de malhete.
Após este convite, o G I , armado da sua espada, sai do Templo passando por detrás
do 1º V , verifica o exterior e regressa.
2º V – Golpe de malhete.
V M – Golpe de malhete.
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2º V – Golpe de malhete.
Ir∴ 1º V∴! Todos os IIr∴ que decoram a coluna do Norte são Maçons
regulares.
1º V – Golpe de malhete.
Golpe de malhete.
2º V – No Sul, V∴ M∴ .
1º V – No Oc∴, V∴ M∴
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1º V – Assim como o Sol se esconde no Oc∴ para terminar o dia, assim ali tem
assento o 1º V∴ para ajudar o V∴ M∴ a fechar a L∴, pagar aos obreiros e
despedi–los contentes e satisfeitos.
1º V – No Or∴, V∴ M∴ .
1º V – Assim como o Sol nasce no Or∴ para principiar o dia, assim ali tem assento o
V∴ M∴ para abrir a L∴, dirigi–Ia nos seus trabalhos e esclarecer–nos com a
sua sabedoria.
1º V – Ao meio–dia, V∴ M∴ .
2º V – Meio–dia em ponto, V∴ M∴ .
V M - Golpe de malhete.
Visto ser meio–dia, hora a que os Maçons iniciam os seus trabalhos, IIr∴ 1º e
2º VV∴ anunciem nas vossas colunas, como eu faço no Or∴, que vou abrir os
trabalhos no Primeiro Grau do R∴ E∴ A∴ e A∴.
1º V – Golpe de malhete.
Ir∴ 2º V∴ e IIr∴ que decoram a coluna do Sul: declaro que o V∴ M∴ vai abrir
os trabalhos no 1º Grau.
2º V – Golpe de malhete.
1º V – Golpe de malhete.
V M – Golpe de malhete.
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V M – Golpe de malhete.
1º V – Golpe de malhete.
2º V – Golpe de malhete.
Neste momento os dois VVig levantam–se dos seus lugares e dirigindo–se às colunetas –
o 2º V à da Beleza, e o 1º V à da Força – acendem os seus castiçais e regressam
directamente aos seus lugares. De seguida, o E baixa–se colocando o quadro do grau de
A a descoberto. Um antigo V M ou, na sua falta, o E , dirige–se ao Altar dos
Juramentos e sobre o volume da Lei Sagrada aberto nos versículos do Evangelho de São
João, coloca por cima o Compasso e depois o Esquadro, de modo que este cubra as duas
pontas do Compasso. De seguida, põe–se à ordem e faz o sinal. O V M poderá indicar
outro qualquer Ir presente para executar este trabalho.
Todos os llr executam o sinal de saudação. Este sinal será triplo nas sessões Solenes.
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V M – Pela bateria!
Bateria simples, a mão direita batendo sempre por cima da mão esquerda. Será triplo nas
sessões Solenes.
Todos – O–O–O
V M – Pela aclamação!
V M – Golpe de malhete.
PAUSA
V M – Golpe de malhete.
1º V – Golpe de malhete.
Golpe de malhete.
Se for sessão solene, o V M comanda as saudações oficiais que são de: 11 sinais para
o G M ; 9 sinais para o Vice G M ; 7 sinais para os Assistentes G M e G M
Regionais; 5 sinais para Grandes Inspectores e Vice G M Regionais; 3 sinais para os
GG VVig da G L R P .
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V M – Tem a palavra o Ir∴ S∴ para ler o traçado da prancha dos trabalhos da nossa
última sessão.
V M – Meus IIr∴, têm alguma observação a fazer sobre o traçado desta prancha?
1º / 2º V – Golpe de malhete.
1º V – Golpe de malhete.
V M – Golpe de malhete.
Vai proceder–se à aprovação das conclusões do Ir∴ 0∴. Os IIr∴ MM∴ que
aprovam os termos em que está redigido o traçado, dão o seu assentimento ao
meu golpe de malhete dado no Altar.
Golpe de malhete.
V M – Meus IIr∴, a Acta respeitante aos trabalhos da última sessão foi aprovada.
Este facto será mencionado na Acta da sessão de hoje.
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V M – Golpe de malhete.
Finda a chamada.
V M – Golpe de malhete.
O E sai, levando o Livro de Presenças destinado aos visitantes, recebe os seus diplomas,
verifica–os, regressa ao Templo e comunica, entre colunas, o resultado da sua observação.
Ir – De uma L∴ de S. João, V∴ M∴
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Leitura do Expediente
V M – Golpe de malhete.
V M – Golpe de malhete.
De pé e à ordem, meus IIr∴! Vai ser lido um (ou vão ser lidos) Decreto(s) do
M∴ R∴ G∴ M∴.
ORDEM DE TRABALHOS
V M – Golpe de malhete.
V M – Golpe de malhete.
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1º V – Golpe de malhete.
Conclusões do Orador
V M – Ir∴ O∴, tens a palavra para tirares as conclusões dos nossos trabalhos.
V M – Golpe de malhete.
1º V – Golpe de malhete.
V M – Sendo assim, Ir∴ M∴ C∴ e Ir∴ H∴, dirijam–se ao Or∴ com o Tronco da Viúva
e com o Saco das Propostas.
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Os dois Oficiais entregam os sacos ao Secretário, que verifica o seu conteúdo, inscreve o
produto encontrado no traçado da prancha, informa a Loja e entrega as propostas ao
Venerável Mestre.
Cadeia de União
V M – Golpe de malhete.
Exemplo de Oração:
Isto faz–se após todos os Irmãos, seguindo o V M , sacudirem os braços três vezes.
Caso tenha sido formada a Abóbada de Aço no início da sessão, a mesma terá que ser
feita antes de se retirarem os visitantes com atributo de Muito Respeitáveis ou
Respeitáveis.
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V M – Golpe de malhete.
2º V – À meia–noite, V∴ M∴.
V M – Golpe de malhete.
V M – Golpe de malhete.
V M – Golpe de malhete.
V M – Golpe de malhete.
1º V – Golpe de malhete.
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2º V – Golpe de malhete.
O E cobre o Quadro da Loja. Os dois Oficiais cruzam o bastão e a espada por cima do
Altar dos Juramentos.
V M – Golpe de malhete.
Todos os IIr executam o sinal de saudação. Este sinal será triplo nas sessões solenes.
Pela bateria!
Bateria simples. Sempre a mão direita batendo por cima da mão esquerda. Este sinal será
triplo nas sessões solenes.
Todos – O–O–O
Pela aclamação!
V M – Golpe de malhete.
Meus IIr∴!
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Bem acima dos cuidados com a vida material, abre–se para o Maçon um vasto
campo de actividade espiritual. Antes de nos separarmos, unamos os nossos
corações em Fraternidade e dirijamos os nossos pensamentos para o Criador.
Que Ele possa inspirar o nosso comportamento no mundo profano, que Ele
guie a nossa vida e que Ele seja a Luz que alumia o nosso caminho.
Golpe de malhete.
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RITUAL DE INICIAÇÃO
PREPARAÇÃO DA LOJA
Aconselha–se que os MM∴ da L∴, pelo menos os responsáveis pelos principais cargos,
procedam ao ensaio da cerimónia antes de a realizar. Em LL∴ que tenham pouca
experiência em iniciações, o ensaio é absolutamente obrigatório.
Junto do V∴ M∴:
Um par de luvas
Um avental,
Uma rosa;
Um copo de água;
Um exemplar da Constituição;
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Junto ao 1º V∴:
Junto ao 2º V∴:
O fole.
Junto ao G∴ I∴ ou ao M∴ C∴:
CÂMARA DE REFLEXÃO
A Câmara de reflexão simboliza uma gruta cujas paredes são negras. Deverá estar
obscura, iluminada por uma única vela. Estão presentes a imagem dum galo, as palavras
"Vigilância e Perseverança" e a forma hermética "V.I.T.R.I.O.L." (Visita Interiora Terrae,
Rectificandoque Invenies Occultum Lapidem, que significa: desce ao interior da terra e,
perseverando na rectidão, poderás encontrar a pedra oculta). No centro, há uma mesa e
uma cadeira para o candidato. Sobre a mesa colocam–se a vela acesa, uma caveira, um
espelho, uma ampulheta, três recipientes com mercúrio, enxofre e sal, uma pena, um
tinteiro e papel mata borrão.
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retirar todos os metais que o candidato traga consigo (relógio, anéis, jóias, dinheiro,
chaves, óculos, cinto, etc.), que serão colocados num recipiente;
vendar–lhe os olhos.
CERIMÓNIA DE INICIAÇÃO
Recepção do Candidato no Templo
T – Sim, V∴ M∴.
E – Sim, V∴ M∴!
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V M – Sendo assim, Ir∴ E∴, vai ter com o candidato, despoja–o dos seus metais, e
traz–nos o questionário preenchido, que constitui o seu testamento.
O E deixa o Templo, vai ter com o candidato, prepara–o para a Cerimónia e recebe as
suas respostas. Depois, regressa ao Templo, batendo Maç .
V M – Golpe de malhete.
Há comentários ao testamento?
OM C vai buscar o profano e trá–lo à porta do Templo em que bate com força.
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G I – Quem é esse audacioso de olhos vendados que ousa vir perturbar os nossos
trabalhos?
OG l retira a espada.
E – Sou o teu Ir∴ E∴ com um profano para ser admitido nos mistérios da Maç∴.
G I – Ir∴ 2º V∴, quem bate à porta é o Ir∴ E∴ que apresenta um profano para ser
admitido nos nossos mistérios.
2º V – Golpe de malhete.
Ir∴ 1º V∴, quem bate à porta é o Ir∴ E∴ que apresenta um profano para ser
admitido nos nossos mistérios.
1º V – V∴ M∴, quem bate à porta é o Ir∴ E∴ que apresenta um profano para ser
admitido nos nossos mistérios.
V M – Golpe de malhete.
PAUSA
V M – Ir∴ 1º V∴, manda perguntar ao Ir∴ E∴ como ousa esse profano esperar ser
admitido nos nossos mistérios?
1º V – Ir∴ G∴ I∴! Pergunta ao Ir∴ E∴ como ousa o profano esperar ser admitido nos
nossos mistérios.
OG I fecha a porta.
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OG I entreabrindo a porta:
Se ninguém se opõe:
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PAUSA
Candidato – Sim!
V M – Reflicta bem no passo que dá. Ele pode levá–lo a sofrer provas que exigem
toda a coragem e toda a firmeza de que possa ser capaz o carácter mais
decidido.
Candidato – Sim!
Candidato – Em Deus!
V M – Visto que deposita a sua confiança em Deus, participe na prece que vamos
dirigir–Lhe a seu favor.
PAUSA
V M – Golpe de malhete.
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Golpe de malhete.
Todos se sentam.
O E faz o candidato levantar–se e vai colocá–lo entre as duas colunas. Durante alguns
momentos mantem–se profundo silêncio.
PAUSA
V M – Pois bem! É para conter a tendência para as paixões mais indignas, que por
vezes a razão não consegue evitar; é para nos libertarmos dos desprezíveis
interesses que escravizam muitos homens, que nos constituímos em
Sociedade. Nós trabalhamos em conjunto e sem descanso para o nosso
aperfeiçoamento; procuramos habituar o nosso coração a entregar–se apenas
a objectivos nobres e o nosso espírito a conceber sómente sólidas ideias de
valor e de virtude. É regulando assim as próprias atitudes pelos princípios da
moral que se pode dar, à própria alma, o justo equilíbrio de força e
sensibilidade que constitui a sabedoria, isto é, a ciência da própria vida. Mas
este trabalho é penoso e exige muitos sacrifícios, os quais terá que praticar se
quiser ficar junto de nós.
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Candidato – Sim!
Candidato – Sim!
V M – Não deve ignorar que todas as sociedades têm as suas leis. Mas, como seria
imprudente aceitar obrigações cuja extensão se desconheça, cumpre–me
dizer–lhe quais os deveres que lhe serão impostos e que terá que cumprir
quando fizer parte desta Respeitável Assembleia.
O primeiro destes deveres é um absoluto silêncio sobre tudo o que puder ouvir
ou descobrir entre nós e sobre tudo o que vir, ouvir ou souber depois;
designadamente, nunca deverá revelar a identidade dos seus llr∴.
Agora, Senhor ... (nome), que conhece os principais deveres dum Maçon; está
disposto a tomar a firme e sincera resolução de os cumprir?
Candidato – Sim!
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Aceita?
Candidato – Sim!
V M – Ir∴ E∴ Acompanha o candidato ao Altar. Ir∴ M∴ C∴, traz o cálice das libações
para o juramento.
V M – Agora vai pronunciar o seu juramento conforme os termos que lhe vou ditar.
O profano repete.
V M – Deve conhecer toda a importância dum juramento. Se alguma vez faltar a sua
palavra dada! ...
V M – Que esta bebida, amarga como um veneno, seja o símbolo do remorso que
destroçará o seu coração se algum dia o perjúrio manchar os seu lábios.
Persiste?
Candidato – Sim!
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Viagens simbólicas
O candidato pode dar várias voltas ao quadro de Loja e inclusivamente pode ser levado ao
exterior do Templo. A duração do percurso é marcada pelo período de música ou do ruído,
que param ao golpe de malhete do V M .
Após o que o candidato é levado para junto do 2º V pelo E ; este guia–lhe a mão direita,
fazendo–o dar três pancadas no ombro do 2º V , que se levanta imediatamente e encosta
o seu malhete ao peito do candidato, mantendo–o à distância, e diz:
2º V – Sendo assim, que passe, mas que seja primeiro purificado pelo ar.
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PAUSA
V M – Ir∴ E∴, leva o candidato à sua segunda viagem durante a qual ele passará
pela "Prova da Água".
Esta viagem é feita, dextrorsum, de Oc para Or , partindo pelo Norte e regressando pelo
Sul. Faz–se passar o candidato sobre a tábua de balancé.
1º V – Sendo assim que passe, mas que seja primeiro purificado pela Água.
A esta ordem o M C mergulha a mão esquerda do candidato num vaso com água, por
três vezes e, depois de a limpar com um pano branco, que estará preparado para o efeito,
leva o candidato para entre as colunas.
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PAUSA
Durante esta viagem, o terreno que o candidato percorre é uniforme e não apresenta já
quaisquer obstáculos, não se ouvindo qualquer barulho. A viagem é feita, dextrorsum, de
Oc para Or , passando pelo Norte e continuando no mesmo sentido até que o V M
faça um sinal que porá fim à música. Durante esta viagem todos os llr estão em silêncio.
V M – Sendo assim, que passe, mas que seja primeiro purificado pelo fogo.
1º V – Golpe de malhete.
PAUSA
PAUSA
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próprio. Pode um dia suceder que tenha que derramar até à última gota do seu
sangue na defesa desta Respeitável Organização ou dos seus IIr∴.
Está decidido a um tal sacrifício? Terá coragem para tanto? Responda, Senhor
... (nome).
O candidato responde.
Juramento
V M – Sendo assim, Ir∴ E∴ e Ir∴ M∴ C∴, tragam o candidato ao Altar, a fim de que
preste o seu juramento.
V M – Candidato, posso garantir–lhe que o Compromisso que lhe é exigido nada tem
de incompatível com os deveres de um homem e dum cidadão. Concorda em
prestar um Juramento Solene, baseado nos princípios que já lhe enunciei e
está disposto ocultar os segredos e mistérios da Maçonaria?
V M – Devo informá–lo de que o seu Juramento será prestado sobre as Três Grandes
Luzes da Maçonaria: o volume da Lei Sagrada, o Compasso e o Esquadro.
Nesta Respeitável Loja, o Volume da Lei Sagrada é a Bíblia (ou o Torah ou o
Corão).
V M – Golpe de malhete.
1º V – Golpe de malhete.
2º V – Golpe de malhete.
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Dirige–se ao candidato:
JURAMENTO
PAUSA
V M – Ir∴ 1º V∴, Tu, sobre quem repousa uma das primeiras colunas deste Templo!
Agora que a persistência e a coragem deste candidato o fizeram finalmente
sair vitorioso deste longo combate entre o homem profano e o homem Maçon,
achas que ele é digno de ser admitido entre nós?
1º V – Sim! V∴ M∴.
Todos os llr, de pé, dirigem a ponta das respectivas espadas, mantidas na mão esquerda,
em direcção ao candidato, sem estarem à ordem, ocultando o rosto com a mão direita. O
E toma atenção para que assim se proceda.
Cena de Perjúrio
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deitado sobre o lençol preto, sem luvas e sem avental, a cara tapada por um pano
ensanguentado. De cada lado do corpo estará uma vela acesa. Neste caso, o E coloca–
se ao lado do "cadáver" e, sózinho, aponta–lhe a sua espada com a mão direita.
O–O–O
PAUSA
V M – Candidato, estas espadas que vê dirigidas para si não ameaçam a sua pessoa.
Elas anunciam–lhe que, em caso de perigo, todos os Maçons correrão em seu
socorro! Mas advertem–no também que, se trair o seu juramento, encontrará
entre todos os IIr∴ espalhados pela superfície do globo, os vingadores da
Maç∴ e da Virtude.
O M C venda os olhos do candidato e leva–o para fora para permitir que se vista
correctamente. A Luz é restabelecida na L .
Durante esta interrupção, o V M designa dois dos llr para retirarem do Templo o
material utilizado nas provas.
Concessão da Luz
V M – Meus IIr∴, voltem aos seus lugares; os trabalhos retomam força e vigor ao
meu Golpe de malhete.
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PAUSA
Todos os llr e x ecutam esta ordem, ficando o V M no seu lugar e o padrinho ou amigo
do candidato atrás dele, munido de um espelho de tamanho médio.
1º V – V∴ M∴, o candidato está na Cadeia de União e solicita que lhe seja concedida
a Luz.
V M – Visto que foi achado digno de a receber, a Luz ser–lhe–á concedida ao meu
terceiro golpe de malhete. Contudo, ainda quero fazer–lhe uma última
pergunta. Conheceu muitos homens e tem talvez inimigos. Se encontrar algum
nesta assembleia ou entre os Maçons, está disposto a estender–lhe a mão e
esquecer o passado?
Candidato – Sim!
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PAUSA
O candidato fica, então, frente a frente com a sua própria imagem a qual lhe é projectada
pelo espelho que o seu padrinho ou amigo segura. Passados alguns instantes, dão–se
então um fraternal abraço. A cadeia reconstitui–se.
Recepção do A
V M – Candidato, ajoelhe–se.
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V M – Meu Ir∴, doravante não terás diferente qualificação entre nós. Aproxima–te e
recebe de mim o abraço fraterno em nome de todos os IIr∴ desta R∴ L∴.
Assim se fará.
Instrução do A
V M – Meu Ir∴, devo agora informar–te de que na Maç∴ existem diversos graus,
tendo cada um os seus próprios segredos, que são comunicados aos IIr∴
consoante os seus méritos. Vamos comunicar–te os segredos do 1º Grau que
acabas de receber.
Quando entrares numa Loja, deves executar este passo três vezes.
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Isto faz alusão ao castigo que consta do teu Juramento e significa que, como
homem de honra e Maçon; "antes quererias ter a garganta cortada, do que
revelar os segredos que te foram confiados".
O E manda o novo Ir repetir o toque e a palavra, letra por letra, cabendo ao E dizer a
primeira letra.
Finalmente, ficas a saber que, como A∴, tens a idade simbólica de "Três
anos".
OE assim faz.
V M – Usa esse avental que é a farda dos Maçons. Ele é, para nós, o símbolo do
trabalho. Usa–o e nunca te apresentes sem ele em L∴. Na tua qualidade de
A∴ usarás a aba levantada. A sua cor branca é o símbolo da pureza e da tua
inexperiência. Evita conspurcar o teu avental!
PAUSA
Reconhecimento do A
V M – Golpe de malhete.
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auxílio sempre que necessário. Estejam certos de que, pelo seu lado, ele
nunca esquecerá as obrigações maçónicas contraídas.
IIr∴ 1º e 2º VV∴, convidem os IIr∴ das colunas, como eu faço aos que estão
no Or∴, a celebrar por uma tríplice bateria a feliz aquisição que a Maç∴, e esta
R∴ L∴ em particular, acabam de fazer na pessoa do nosso Ir∴ ... (nome).
V M – Sentemo–nos, meus IIr∴. Ir∴ M∴ C∴, conduz o nosso novo Ir∴ ... (nome) até
junto do Or∴, e Ir∴ E∴ manda–o executar o seu primeiro trabalho de A∴.
V M – Ir∴ M∴ C∴, manda o nosso novo Ir∴ ... (nome) subir os degraus do Or∴.
V M – Meu Ir∴, segundo uma antiga tradição, entrego–te agora um par de luvas
brancas que deverás usar nas nossas sessões. As luvas brancas simbolizam
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que as mãos dum Maçon, assim como a sua consciência, devem manter–se
puras de quaisquer actos censuráveis. Segundo a mesma tradição, entregava–
se também ao novo Ir∴ um segundo par de luvas brancas, que ele deveria
oferecer à mulher que mais amava e respeitava. Em memória dessa tradição,
eu entrego–te em nome de toda a Loja uma rosa destinada a essa mulher.
Ir∴ M∴ C∴, conduz agora o Ir∴ ... (nome) à frente da primeira fila do Norte,
lugar que hoje lhe é atribuído. Futuramente, ele sentar–se–á na fila de trás,
com os outros AA∴.
V M – Meu muito querido Ir∴, a beneficência é uma das virtudes cuja prática é muito
exigida aos Maçons. Temos obras de solidariedade que reclamam
constantemente a nossa assistência e para as quais temos que fazer apelo aos
bons sentimentos dos nossos IIr∴. Pedimos, portanto, a tua contribuição. Ir∴
H∴ leva o Tronco da Beneficência junto do nosso Ir∴ para que ele deposite
nele a sua esmola.
O H pára diante do novo Ir e estende–lhe o saco. Contudo, este não pode contribuir por
não ter metais. Feito isto
V M – O nosso Ir∴ não pode fazê–lo, porque ainda não lhe foram restituídos os
metais. Os metais simbolizam tudo o que brilha de forma enganadora. São a
moeda corrente dos preconceitos vulgares, constituem uma riqueza ilusória
que o homem experiente deve saber desprezar. Quem aspira a ser livre tem
que recusar o que é fútil e lembrar-se de que a cupidez é a fonte de muitos
vícios. Mas estes metais, convenientemente manejados, podem servir para
praticar o bem. Com efeito, a caridade deixa de ser uma virtude quando é
praticada em prejuízo dos deveres mais sagrados e mais prementes: uma
família a sustentar, filhos para educar, pais velhos a manter, compromissos
civis a preencher. Estes são os primeiros deveres que a natureza e a
consciência nos impõem. Quando tiveres meios para fazer as tuas oferendas
para as nossas obras de solidariedade serão bem recebidas, de acordo com as
tuas possibilidades e feitas discretamente.
Ir∴ M∴ C∴, faz o favor de restituir os metais ao nosso Ir∴ ... (nome). Ele
saberá utilizá–los correctamente.
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Meu muito querido Ir∴ ... (nome), no final desta sessão, quando o Ir∴ H∴ te
apresentar de novo, como a todos nós, o que também chamamos o "Tronco da
Viúva", poderás ali deitar a tua esmola. A tua oferta será o testemunho do
espírito de caridade que deve animar todos os Maçons. Colocarás o teu
donativo com a mão sem luva.
PAUSA
PAUSA
V M – Meus IIr∴:
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COLUNA DA HARMONIA
A música desempenha um papel de grande relevo em todo o cerimonial da Iniciação.
Deverá pois ser seleccionada com grande critério, tendo em conta os diversos momentos
da cerimónia.
1 – CÁLICES
2 – VIAGENS
3 – CONCESSÃO DA LUZ
Adágios (Bach); Adagio para cordas (Barber); Adágios e Lentos dos Quartetos
(Mozart)
5 – 1º TRABALHO RITUAL
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CATECISMO
PREÂMBULO
Para cada grau maçónico existe um Catecismo.
As perguntas são feitas pelo V∴ M∴, pelo E∴ ou, em Grande Loja, pelo Grande Guardião
do Templo, de forma a estimular a reflexão. Cada um deverá esforçar–se por meditar sobre
as mesmas e não se limitar a decorar simplesmente as respostas convencionais. Nas
sessões de instrução devem ser colocadas as dúvidas para que sejam esclarecidas.
Algumas das respostas deverão ser dadas textualmente. A fim de as distinguir, elas
aparecem aqui em maiúsculas.
INSTRUÇÕES
P. – Meu Ir∴, donde vens?
P. – O que é um Maçon?
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R. – O homem que nasceu livre é aquele que tendo morrido para os preconceitos comuns,
renasceu para a nova vida que a iniciação confere.
P. – Porque dizes que um Maçon é igualmente amigo do rico e do pobre desde que sejam
pessoas de bem?
R. – Para indicar que o valor individual deve ser apreciado em função das qualidades
morais. Deve medir–se a estima de acordo com a constância e a energia que o
homem emprega na prática do bem.
R. – Um Maçon é reconhecido pela sua forma de agir, sempre correcta e franca (sinais);
pela sua linguagem leal e sincera (palavras); por fim, pela solicitude fraterna que
manifesta para com todos a que se acha ligado pelos laços da solidariedade (apertos
de mão, toques).
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R. – Visto que estes instrumentos são indispensáveis para edificar construções sólidas e
duradouras, fazem–me lembrar as regras que eu devo seguir no meu comportamento:
o esquadro para a rectidão; o nível e o prumo para a justiça para com os meus
semelhantes.
P. – Dá–me o sinal.
R. – (Dá–se o sinal.)
P. – Dá a palavra sagrada.
R. – NÃO SEI LER NEM ESCREVER, MAS SOMENTE SOLETRAR. DIZ–ME A PRIMEIRA
LETRA, EU DIR–TE–EI A SEGUNDA.
P. – Porque dizes "não sei ler nem escrever" ? A que se refere a tua ignorância ?
R. – Indica o método de ensino da Maçonaria, que exige o esforço espiritual de cada um,
evitando contudo inculcar dogmas. Põe–se o A∴ no caminho da verdade dando–lhe
simbólicamente a primeira letra da palavra: ele deverá encontrar a segunda; depois
indica–se–lhe a terceira a fim de que ele adivinhe a quarta.
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R. – DO OR∴ AO OC∴.
P. – Largura?
R. – DO SUL AO NORTE.
P. – E a altura?
R. – DO ZÉNITE AO NADIR.
R. – Como todos os antigos edifícios sagrados, ela está assim orientada para lembrar que
a Maçonaria indica aos seus adeptos a direcção donde vem a Luz. Compete aos
Maçons entrarem na via traçada a fim de caminharem por si próprios para a conquista
do Real.
R. – É o lugar secreto que serve de abrigo aos Maçons para cobrir os seus trabalhos.
R. – Digo que "Chove". Esta expressão permite aos Maçon avisarem–se uns aos outros
sempre que a sua conversa corre o risco de ser surpreendida por ouvidos profanos.
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P. – Como é que esses pilares alegóricos podem sustentar a tua L∴, isto é, permitir o
trabalho construtivo dos Maçons?
R. – NEM NU, NEM VESTIDO, COBERTO POR PARTE DO MEU VESTUÁRIO, NUM
ARRANJO SIMBÓLICO PRIVADO DO USO DA VISTA E DESPOJADO DE TODOS
OS METAIS.
R. – Despido de parte do meu vestuário, para lembrar a nudez da criança que vem ao
Mundo. O coração a descoberto em sinal de sinceridade e franqueza. O joelho direito
destapado para marcar os sentimentos de humildade que devem presidir à busca da
verdade. O pé esquerdo descalço, em imitação e em memória do antigo herói, que
coxeava nas trevas. Sem poder usar a vista, a fim de indicar a ignorância do
candidato; ainda privado da luz. Despojado de todos os metais como prova de
desinteresse, para aprender a privar–me de tudo o que pode prejudicar o meu
aperfeiçoamento e, simbolicamente, para não constituir obstáculo à minha purificação
pelo Ar, pela Água e pelo Fogo.
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R. – Após ter passado por diversas provas, e com o consentimento dos meus llr∴, o
Mestre da L∴ tornou–me Maçon.
R. – Não basta ao homem ser colocado em presença da Verdade para que ela lhe seja
inteligível. A Luz só ilumina o espírito humano quando nada se opõe à sua irradiação.
Enquanto a ilusão e os preconceitos nos obcecarem, a escuridão reina em nós e
torna–nos insensíveis ao esplendor da Verdade.
R. – O Sol representa a razão divina que ilumina a inteligência, a Lua sugere a imaginação
que reveste as ideias duma forma apropriada e o Mestre da Loja simboliza o princípio
consciente que se ilumina sob a dupla influência da razão divina (o Sol) e da
imaginação (a Lua).
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R. – No OR.∴
P. – Porquê?
R. – Tal como o Sol aparece no Or∴ para iniciar o dia, assim ali tem assento o Mestre para
abrir a L∴ e mandar os obreiros para o trabalho.
R. – O Or∴ indica a direcção de onde provém a Luz e o Oc∴ a região em que ela se
extingue. O Oc∴ aparenta também o mundo visível, que impressiona os sentidos e, de
um modo geral, tudo o que é concreto. O Or∴, pelo contrário, representa o mundo
inteligível, que só se revela ao espírito; por outras palavras tudo o que é abstracto.
R. – No Norte, que representa a região menos iluminada, visto que eles só receberam uma
instrução elementar em Maçonaria e, por conseguinte, não estão ainda em condições
de suportar uma grande claridade.
R. – Elas indicam que o homem atinge a metade da sua carreira, o meio dia da sua vida,
antes de se tornar útil aos seus semelhantes, mas que, a partir dali, até à sua
derradeira hora, ele deverá trabalhar sem desfalecimento para o bem comum.
R. – TRÊS ANOS.
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R. – São as analogias que decorrem das propriedades metafísicas dos números. A razão
fundamenta–se nestas noções quando se dedica a resolver os problemas da
existência.
R. – A razão humana divide e confina artificialmente o que é Um e não tem limites. Assim,
a unidade é repartida entre dois extremos aos quais só as palavras prestam uma certa
aparência de realidade.
P. – Porquê?
R. – O Cinzel e o Malhete.
P. – Que representam?
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