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No que concerne à responsabilidade por substituição, esta pode ocorrer de duas formas:
"prafrente" ou "pra trás".Responsabilidade por antecipação ou “para frente” é a
hipótese na qual a lei impõe aresponsabilidade de pagar antes mesmo do fato gerador
ocorrer, daí ser denominada para frente. A lei,portanto, determina a sujeição passiva (dever de
pagar) com relação a um fato gerador ainda não ocorrido,mas que, ao que tudo indica,
ocorrerá em momento breve (fato gerador presumido). Ex.: utilizada nascadeias de produção-
circulação em que há grande capilaridade na ponta final. Torna eficiente o controle
daprodução e distribuição de bebida feito nos fabricantes e engarrafadores do que nos bares
onde a bebida évendida no varejo.Por sua vez, na substituição tributária antecedente ou “para
trás” ocorre, nas palavras, de EduardoSabbag[2], “a postergação ou o adiamento do
recolhimento do tributo com relação ao momento pretérito emque ocorre o fato
gerador”. Ex.: obrigação instituída pela lei 9.826/99 que instituiu como
substitutivostributários do IPI as montadoras de automóveis, relativamente aos alienantes
(substituídos) de partes, peçase componentes de veículos. Há um adiamento do pagamento do
imposto, uma vez que na saída dosprodutos dos estabelecimentos fabricantes de autopeças
não ocorrerá recolhimento do IPI, o qual só serárecolhido na saída futura, das montadoras.
Estas recolherão o valor relativo a sua operação e à operaçãoanterior (pois não há crédito
relativo à operação anterior).Outra classificação no tocante ao tema de responsabilidade
tributária é quanto à intensidade davinculação do responsável à respectiva dívida.
Destarte, temos a responsabilidade solidária “versus”responsabilidade subsidiária (ou
supletiva).A solidariedade tributária ocorre quando duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas
estiverem nomesmo pólo da obrigação perante o fisco. A solidariedade tributária abrange,
além do débito referente àobrigação principal, também os deveres relativos às
obrigações acessórias. Concluímos que,diferentemente do que ocorre no Direito Civil, no
qual há dois tipos de solidariedade, somente existesolidariedade passiva, em matéria
tributária. Neste diapasão, a solidariedade tributária passiva seconsubstancia na
situação em que duas ou mais pessoas se encontram, simultaneamente,
obrigadasperante o fisco. Nesse caso, o fisco poderá eleger qualquer dos sujeitos
passivos para proceder àarrecadação do tributo, sem beneficio de ordem. Pode ser natural
ou legal (art. 124, I e II do CTN). Naturalé aquela em que os sujeitos passivos assumem
simultaneamente, interesse comum na situação que dáorigem ao fato gerador da obrigação
principal, respondendo, cada um deles, pela totalidade da dívida. Ex.:vários irmãos,
proprietários de um imóvel, são devedores solidários do IPTU. Legal é aquela em que
ossujeitos passivos assumem simultaneamente, por imposição de lei, determinada obrigação
tributária. Ex.: ossócios, pelo pagamento de tributos de uma sociedade de pessoas, no caso de
encerramento de atividades.Por sua vez, a responsabilidade é subsidiária ou supletiva
quando a exigência deve ser feitaprioritariamente sobre o contribuinte, sendo possível
exigir-se do responsável apenas na hipótese de aexecução sobre o primeiro restar frustrada
pela insuficiência de patrimônio. Estabelece-se, pois, uma ordemde exigência: primeiro, cobra-
se do contribuinte, somente depois cobra-se do responsável. É o caso doCTN, art. 133, II, que
estipula que na hipótese de alienação de fundo de comercio ou estabelecimentocomercial ou
industrial ou profissional, em que o alienante não cessa suas atividades empresariais ou,