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Esses cidadãos atenienses, homens livres maiores de 18 anos filhos de pai e mãe
atenienses, dedicavam-se à política (governo da Pólis-cidade), à filosofia e às
actividades físicas (Olimpíadas), enquanto as suas terras eram trabalhadas e
cuidadas pelos escravos.
Era considerado escravo em Atenas quem nascia na condição de escravo (os seus
pais eram escravos no momento do seu nascimento) ou os prisioneiros de guerra.
Eram considerados como instrumentos de trabalho, podendo ser comprados ou
vendidos como qualquer mercadoria. Não tinham pois liberdade ou quaisquer
direitos políticos. Cada cidadão ateniense possuía um a dois escravos, e os grandes
proprietários da terra chegavam a ter uma média de 12 escravos.
Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. Expressa a igualdade dos indivíduos
perante a lei, pertencendo a uma sociedade organizada. É a qualidade do cidadão de poder exercer o
conjunto de direitos e liberdades políticas, socio-econômicas de seu país, estando sujeito a deveres que
lhe são impostos. Relaciona-se, portanto, com a participação consciente e responsável do indivíduo na
sociedade, zelando para que seus direitos não sejam violados.
A cidadania instaura-se a partir dos processos de lutas que culminaram na Independência dos Estados
Unidos da América do Norte e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o princípio de
legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos súditos e passaram a estruturá-lo a partir dos
direitos do cidadão. Desse momento em diante todos os tipos de luta foram travados para que se
ampliasse o conceito e a prática de cidadania e o mundo ocidental o estendesse para a s mulheres,
crianças, minorias nacionais, étnicas, sexuais, etárias.
Algumas dessas ações já são sobejamente conhecidas pelos leitores. Na saúde, por
exemplo, posso citar a reforma e construção de postos de saúde em vários municípios,
bem como a reforma e ampliação de hospitais que são a única salvação de milhares de
pessoas simples e humildes, usuárias do SUS. Na infraestrutura, dezenas de frentes de
asfalto, drenagem e esgoto, essas últimas também pensando na questão sanitária, pois
para cada Real investido em saneamento, se economiza quatro em gastos com a saúde.
Na educação, conquistei a reforma de centenas de escolas e a reconstrução de outras,
principalmente nas reservas indígenas. Isso sem falar na construção e reforma de praças
de lazer e quadras esportivas, entre outras ações.
Foi com base nesse trabalho que fiz minha campanha. O resultado foi vitorioso, mas traz
elementos para algumas reflexões. Entre elas, a de que ainda temos um longo caminho a
percorrer no processo de conscientização de parcela expressiva da população brasileira,
que infelizmente se tornou “descerebrada” também pela ação de maus políticos e de falsas
lideranças.
Com os “descerebrados eleitorais” não adianta gastar saliva, nem sola de sapato.
Conversei com vários deles, alguns vendo o resultado de nosso trabalho na porta de suas
casas, porém ostentando vistosos adesivos e fazendo campanha para candidatos que
sequer conheciam. Para esses, de nada vale o passado e o presente de quem disputa
uma eleição; não interessa saber se o postulante tem uma vida calcada na ética ou se
pratica o respeito ao dinheiro do contribuinte. O que vale, pura e simplesmente é a
vantagem pessoal e momentânea que porventura esteja usufruindo.
Para o “não cidadão” o que importa são os 20 litros de combustível ganhos para “trabalhar”
ou para colocar o adesivo do candidato, ou mesmo com a “oncinha” ou o “tucunaré” para
“trabalhar no dia”, ou seja, para fazer a boca de urna tão combatida pela justiça eleitoral.
Depois das eleições, torna-se cômodo achincalhar todos os eleitos, classificando-os como
“safados”, “corruptos”, “ladrões”, sem distinção.
Aí fica a pergunta: o que fazer para mudar isso? Creio que aqueles desejam um país
melhor devem continuar sua luta no sentido de conscientizar as pessoas. Trabalhar pela
educação, principalmente, pois somente por meio dela as pessoas passarão a ser cidadãs,
sabedoras de seus direitos e deveres e passarão a valorizar o bem comum.
Cidadão ou não cidadão, eis a
questão
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há 2 anos
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Arquivo Pessoal
A maioria das pessoas que vivem no Brasil, apesar de exercer o seu direito de
voto, vive marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões,
permanecendo por toda a vida numa posição de inferioridade dentro dos
grupos social. Vamos exemplificar o que é estar em posição de inferioridade
marginalizado e distante das tomadas de decisões importantes do país:
b) é marginalização permanecer em uma fila vários dias no meio da rua e ali ter
de dormir, para conseguir uma vaga em uma creche pública para deixar o filho
enquanto vai trabalhar 8 horas por dia para ganhar um salário mínimo de
678,00 reias por mês, enquanto outros pagam hotelzinho para deixar o filho,
porque ganha 20 ou 30 vezes o salário mínimo para trabalhar 4 horas por dia
atendendo mal aos pacientes que lhes pagam o salário, os quais são aqueles
mesmos que estiveram na fila esperando a vaga da creche, estar na primeira
posição então, significa estar marginalizado;
Então ter cidadania é não estar marginalizado, e poder ter vida social digna, é
ter o direito de participar das decisões do país. Não é apenas ter o direito de
escolher seus representantes. Os direitos são somativos (não marginalização +
não exclusão + participação política), a maioria do povo brasileiro só soma o
último item, isso significa que essa maioria não possui cidadania.