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O lugar de fala entrou no discurso ativista como forma de dizer quem pode falar,
quem não pode sobre que temas e muito rapidamente deixou de constituir uma
forma de denotar uma determinação posição no discurso para passar a ser uma
forma de controlar quem diz o quê. Veja-se que questões como o racismo, o
classismo, o sexismo, a transfobia afectam todas as pessoas, tratando-se de
questões sociais mais amplas e que apesar das principais vítimas serem alvos
perfeitamente identificados e definidos, isto não implica que não haja danos
colaterais nem que toda a sociedade como um todo seja prejudicada por isto. Na
visão do ativismo que parece agora ganhar foros de hegemonia, essa dimensão
social e logo política, fica soterrada por debaixo da vitimação como privilégio
epistémico e de discurso. Ou seja, nas olímpiadas da discriminação, melhor
pode falar e representar quem mais vitima for.
https://orgulloscriticos.wordpress.com/2017/07/10/lugar-de-fala-e-policiamento-do-discurso/?blogsub=confirming#subscribe-blog 2/2