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Juiz de Fora
2017
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Juiz de Fora
2017
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1 - INTRODUÇÃO
O Trabalho realizado na Disciplina de História e Teoria da Arquitetura e Urbanismo
VII, que tem por objetivo a aplicação dos conhecimentos adquiridos para observação e
registro de um Patrimônio Cultural e reflexão sobre o valor do bem na construção da memória
social.
Para a observação e análise foram escolhidos os Bondes Elétricos de Juiz de Fora,
bens materiais móveis, hoje em exposição no Parque da Lajinha. Serão discutidas as formas
como o patrimônio serviu, sua utilização pela população, seu reflexo para a cidade e
sociedade e o valor atual que ele tem perante os moradores de Juiz de Fora, principalmente.
Imagem 3 - Primeira rota do bonde formado um laço da estação da estrada de ferro ao longo
Ruas Paulo Frontin e Espírito Santo, Avenida Rio Branco e Rua Marechal Deodoro.
3 - OBSERVAÇÃO
Os objetos em análise sempre tiveram a finalidade de transporte de pessoas,
locomovendo-as pela cidade, funções que exerceram até a última viagem realizada. Os
veículos conservados e em exposição no parque da Lajinha, se encontram desativados e são
protegidos por grades, não havendo acesso ao público. Os bondes foram importantes desde
sua criação até a sua retirada como meios de transporte, tendo sido, com o passar dos anos,
cada vez mais utilizados, com diversas rotas que interligam pontos da cidade.
Os carros dos bondes eram operados por um motorneiro, o qual descia do bonde se
deslocando para a outra extremidade para refazer o percurso em direção oposta. E um fiscal
que faziam a coleta das tarifas, ficando agarrado à parte externa do bonde.
Segundo o aposentado Arzelino Antunes, de 89 anos, o percurso que o bonde realizava
“Vinha da Rua Halfeld até o bairro fábrica e Benfica e no sentido oposto vinha até mais ou
menos a padre café. E tinha outro que atravessava o rio. Era bom, porque era uma velocidade
boa, não muito rápido.” Quando questionado sobre o comportamento das pessoas no bonde,
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ele se recorda que “Se tivesse algum militar sentado ninguém sentava perto e quando sentava
dava uma distância de umas 4 cadeiras.”
No livro Os bondes de Juiz de Fora, há o relato de um dos últimos motorneiros de
bonde, Vicente, que conta que no final dos anos 1960 havia apenas três linhas em circulação.
A última viagem foi realizada no carro que fazia a linha São Mateus, e logo que ele parou no
Parque Halfeld o bonde lotou. A passagem foi grátis. Houve muita farra e cantorias até
chegarem no abrigo São Mateus, onde houve uma festa, porém, segundo Vicente, a maioria
das pessoas estava de coração partido.
“Na hora que os ônibus começaram a chegar era uma massificação
do transporte, nas conversas havia uma rejeição que a gente não acreditava,
tanto daquele meio de transporte que tava matando uma história, ali era uma
sociedade que conversava, que convivia, era todo mundo do mesmo bairro,
no mesmo sentido, que se viam todos os dias, talvez mais vezes por dia
porque iam almoçar e voltavam, e isso quebrou.” (REZENDE, 2017)
Outro motorneiro relata que eles sentiram medo do desemprego, mas Itamar Franco
garantiu o remanejamento de todos eles. Alguns foram para a Rodoviária, outros para a
Cesama e outros ainda para e Prefeitura, e dessa forma todos tiveram seus empregos
garantidos.
Os juiz-foranos orgulhavam-se dos bondes, era elegante andar neles. Passear de bonde
era um atrativo não somente para os visitantes. Andar à noite com a namorada indicava que
era um namoro firme, caminhando para o noivado. Era um “escândalo” em sociedade a moça
que andava no “pingente” (plataformas laterais para facilitar a subida, porém era proibido
viajar nelas). Porém, isto era comum no Carnaval, e elas faziam cantando, “e o condutor bem
que gostava, porque durante O ano todo, aquele rala-rala da superlotação masculina, em pé,
não dava pé…” (AMARAL,sem data identificada). Saltar do bonde ou pegá-lo em movimento
era “moderninho”, e uma prova “arrojada” para conquistar o coração de alguma moça. Havia
quem saltava do bonde em alta velocidade e ainda faziam uma volta no poste, para admiração
dos passageiros. Era considerado chique esperar o bonde no ponto, uma oportunidade para
mostrar a “toillete” nova. Condutor era uma profissão disputada. Quando estavam de folga,
passeavam de bonde, mostrando seu prestígio. Um dos veículos expostos no Parque era do
Jardim de Infância e o outro do bairro Vitorino Braga. O primeiro, também chamado de
elétrico número 9, foi o mais famoso bonde em Juiz de Fora. Possui 8 bancos e foi fabricado
em 1907 pela Empresa Norte Americana J.G. Brill e encomendado pela Companhia Mineira
de Eletricidade. Destinava-se exclusivamente para o transporte de crianças em linha especial,
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de suas casas até as principais escolas do município, operando até 1969. Uma vez que todos
os modelos de carros eram abertos, o CME vedava as laterais do carro para torná-lo seguro
para as crianças. Já o carro Vitorino Braga, de prefixo 25, foi fabricado em 1920 pela própria
CIA Mineira de Eletricidade e possui 13 bancos. Os carros dos bondes possuíam uma
numeração e também eram chamados de elétrico e seu respectivo número, como exemplo,
elétrico 3, bonde linha Bonfim.
por parceiros para fazer a reforma e manutenção. Porém, constatamos que os bondes não
foram de fato pintados, e não obtivemos informações sobre o andamento do projeto.
Os bondes estão carregados de memória simbólica e afetiva para as pessoas que
vivenciaram a época, seu fim significou uma grande mudança em suas vidas. Eles marcaram a
paisagem urbana de Juiz de Fora e anunciavam sua presença pelos trilhos, calçamento de
paralelepípedo e fiação. Essa imaterialidade se apresenta pelo lugar Juiz de Fora, pelo cenário
e ambiência da cidade, que foi se transformando, perdendo todos os elementos que
caracterizam a passagem do bonde pelas ruas da cidade.
O bem em relato não se insere nas memórias do lugar em que hoje estão locados
(Parque da Lajinha) quanto a sua função original, porém sua exposição permite a criação de
novas relações entre os frequentadores do parque, perpetuando através de relatos orais e
registros fotográficos.
De acordo com os dados coletados, pode-se constatar que as pessoas que conhecem os
bondes lembram-se deles com saudade. Muitos gostariam que uma linha fosse mantida como
lembrança, para marcar uma época de crescimento da cidade, uma espécie de linha-museu.
Pode-se afirmar em relação ao passado, de acordo com relato presente no livro “Os
Bondes em Juiz de Fora”, que a modernidade que Itamar Franco desejava trazer para a cidade
de Juiz de Fora ocasionou diversas mudanças no desenho geográfico da cidade, e os bondes
foram uma das coisas que desapareceram, “[...] O antigo e romântico sistema de transporte
coletivo não se ajustava mais a uma cidade que tinha pressa de crescer.” (AMARAL, sem
identificação da data). Neste caso, ainda havia outra justificativa: estavam escasseando as
peças de reposição. Os bondes estavam sendo canibalizados, para que alguns ainda
continuassem a rodar. Não havia outra solução, segundo o que os técnicos diziam. Logo,
alguns viam os bondes como um atraso ao crescimento da cidade.
4 - AVALIAÇÃO
Pode-se afirmar que o tombamento já é um importante ponto positivo para a
preservação dos bondes e mais ainda sua localização em um espaço público aberto e ponto
turístico da cidade. Porém a preservação deles tem sido deixada um pouco de lado pelo estado
de conservação em que os encontramos.
Acreditamos que poucas pessoas têm acesso a história dos bondes ou mesmo a
existência deles na cidade, ao passear pelo Parque é que descobrem os objetos. Por parte da
população não vemos mobilizações e esforços em cuidar do bem, talvez porque muitos não
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conheçam ou saibam que está lá, ainda que para as pessoas que viveram a época sempre terá
um significado.
5 - RECOMENDAÇÕES
Notamos que os bens estudados precisam de uma atenção maior, voltar nosso olhar
para eles com a importância que deve ser dada ao patrimônio. Disseminar sua história e
incentivar sua preservação são os principais pontos que entendemos como necessários de
serem propostos. A criação de projetos e visitas com viés educativo, cultural e informativo
que visem o cuidado com o bem e com sua imaterialidade é um dos meios de se alcançar
essas propostas. Tudo para que haja mais visibilidade para a presença dos bondes no Parque
da Lajinha, para que mais pessoas saibam que eles se encontram lá e possam visitá-lo e
relembrar ou conhecer uma parte importante da história da cidade.
Durante nossa conversa, o Sr. Fabiano, funcionário do Parque da Lajinha, pontua que
“deveria entrar uma preocupação da Secretaria de Educação do Município, em preservar a
história nesse sentido, ter alguma aula que fosse com alguém do tempo, ou desse
entendimento. Ou a própria FUNALFA, que é a Secretaria de Cultura, divulgar isso. Antes de
qualquer amostra de cinema, poderia se ter um vídeo, de alguma coisa de patrimônio da
cidade, não só os bondes não, vários patrimônios da cidade”.
Assim as gerações podem conhecer a história do local em que vivem para valorizarem
tudo aquilo que se tem hoje e o esforço daqueles que buscaram soluções para melhorar a
cidade. Compreender o passado é um passo importante para valorizar as conquistas da
sociedade atual.
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6 - REFERÊNCIAS
- Leis
DECRETO Nº 3966 - de 03 de junho de 1988.
DECRETO N.º 7502 - de 16 de agosto de 2002.
- Livro
AMARAL, Aelson F. Os bondes em Juiz de Fora. Minas Imagens Eternas. Juiz de Fora.
Funalfa. Sem data identificada.
NETO, Luciano Dutra. Motorneiro-48: um passeio no tempo. Rio de Janeiro: Edições Galo
Branco, 2007. Funalfa
- Sites
História dos Bondes em Juiz de Fora. Disponível em: http://www.jfminas.com.br/portal.
/historia/historia-dos-bondes-em-juiz- de-fora. Acesso em 30 ago. 2017
- Vídeos
Vice-prefeito avalia revitalização de bondes estacionados no Parque da Lajinha.
Disponível em: http:https://www.youtube.com/watch?v=CQtFqiOmYB0. Acesso em 30 ago.
2017.
- Entrevista
REZENDE, José Fabiano de. Entrevista concedida a Ana Beatriz Pinheiro Pereira Vieira. Juiz
de Fora, 31 ago.2017. A entrevista encontra-se transcrita no Anexo A deste trabalho.
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ANEXO A
Transcrição entrevista
Em questão de lembrança, é da década de 50. Meus pais vinham pra Juiz de Fora, moravam
no Alto dos Passos onde era uma linha muita ativa. Então andamos muito, depois a medida
que a gente foi vindo pra cidade, a gente começava a brincar, a pular de um lado pro outro, os
trocadores, não lembro nem direito o nome, nos perseguiam porque estava sempre ocupando
lugar. A gente fez disso uma vida, uma reminiscência muito forte, muito grande. Fica dentro
da história da gente mas também fica dentro da história da cidade. Tinha a linha Costa
Carvalho, Santa Terezinha, Mariano Procópio, São Mateus. E no São Mateus era a garagem
central onde eles eram recolhidos tarde da noite. Não me lembro de ônibus urbano naquela
época nenhum, o bonde era o meio de locomoção e a cidade era só esse centro grande, ainda
não estava nessa expansão e desenvolvimento. e foi acabando devagar, acabou uma linha,
depois acabou outra, até que ficou a linha central e depois acabou definitivamente.
- E também desde o início/ desde quando o senhor trabalha aqui não teve nenhum
projeto de uma visita guiada?
Não. Ele ta tão próximo aqui, que as pessoas vem, olham e tiram fotos. Tem pensamento em
se fazer com vocês da universidade. Quer conhecer? Então vem. Porque ali tem o bonde
normal, de passageiro, e tem o bonde que era das crianças, que corresponde hoje à essas
creches, que mantém as crianças na escola. Ali era o bonde que recolhia as crianças na cidade
e iam pra uma escola que tinha onde é hoje a praça em frente ao Santa Cruz Shopping. E ali
descia todo mundo, de blusa branca e calça ou saia vermelha. Era lindo, aquela barulhada,
tudo fechadinho. O das crianças era fechado até por segurança né. Só não me lembro se era de
graça, acho que era.
- Na sua opinião, o que o senhor acha que seria mais efetivo para cada vez mais
preservar e para fazer outras pessoas conhecerem também, pessoas que não são daqui
ou que vivem em Juiz de Fora mas são mais novas e não tiveram esse contato? Até
para elas estarem ligadas nessa memória que é da cidade, não é só de uma pessoa só.
Ai acho que entram duas coisas. Deveria entrar uma preocupação da secretaria de educação
do município, em preservar a história nesse sentido. ter alguma aula que fosse com alguém do
tempo, ou desse entendimento. Ou a própria FUNALFA, que é a secretaria de cultura,
divulgar isso... antes de qualquer amostra de cinema, poderia se ter um vídeo, de alguma coisa
de patrimônio da cidade, não só os bondes não, vários patrimônios da cidade. Você vai lá na
FUNALFA, tem lá um filme, por que que não pode ter? Por que não vê com o Independência
Shopping, Santa Cruz Shopping, onde tem essas salas de cinema, por que que não se passa
alguma coisa contando a história? Então a única forma de preservação, onde as pessoas
tenham acesso e interesse pra história é dessa forma. Sem isso não porque cai no silêncio, caiu
no silêncio acabou. Você entra na sua casa e fica imune a tudo, fica ausente ao mundo, você
vai morrer sem saber nada. O mundo hoje é muito mais amplo, mais veloz, mais rápido. A
informação hoje passa numa velocidade, e você tem que inserir isso na informação, se você
não fizer… É como a história do Parque da Lajinha. Estamos aqui com um projeto, de buscar
aqui na região pessoas antigas que conheçam realmente a história do parque, mas como
origem. Era uma fazenda? Como foi a invasão? A escola que tinha aqui onde era o bonde.
Como chamava, como funcionava? Alguma professora que se lembre o nome. Família. Então
essas coisas acho que poderiam estar inserida em tudo.
A princípio era por farra, quando era criança. Tinha muita criança, tinha grupos que pegavam
o bonde andando, penduravam na beirada e se deliciavam com aquilo. Quando o cobrador
vinha a gente pulava, passava pro outro lado, ficava quase um pique esconde, brincando
aquilo na rua e ele naquele desespero. Depois a gente vai amadurecendo, sai pra estudar, na
volta, nas férias a gente usava como meio de locomoção. É claro que com os meus pais eu
usei também como meio de locomoção. Saia do Alto dos Passos e vinha até o Centro onde era
a Rodoviária, onde é o prédio da CESAMA hoje, ali era uma rodoviária. O Centro da cidade
era muito pequeno, então certamente, tinha um irmão que servia o exército próximo ao quartel
general, ali no Mariano Procópio, então ia visitá-lo e o bonde era um meio de transporte, era
acessível, era barato. Não me lembro valores também não mas era uma coisa que as pessoas.
era uma sociedade solta, leva, era gostoso pra caramba você ver as pessoas dentro de um meio
de transporte desses. Era uma coisa social, todo mundo conversando, falando. E enchia muitas
vezes, era obrigado a andar muita gente em pé, apertado. Andava também do lado pendurado
no rodapé, as pessoas penduravam ali e a pessoa pra cobrar passava a mão por trás de todo
mundo. Dava volta com uma perna só, quase caindo. Mas era prático. Era um malabarismo! O
bonde cheio era um malabarismo no centro da cidade. Era bonito. E no Centro, no Parque
Halfeld, tinha uma estação central do bonde, aonde alguns passavam direto, alguns voltavam.
Pegava o guia elétrico, mudava de posição e voltava.
- Que sentimento define a retirada dos trilhos e dos bondes? A população sentiu muito?
A época que eles começaram a ser desativados era uma dor, era a perda de uma coisa de
valor. Havia um sentimento de tristeza muito grande, porque a Avenida Rio Branco era
enorme, os passeios eram largos pra caramba, e vivia essa ‘amplidão’. Mas a partir da década
de 60, 66, 64 a diante, a velocidade da transformação, da tecnologia, da indústria, ela acelerou
isso, foi uma necessidade realmente sair, mas para quem viveu aquilo, faz parte realmente da
história e fica até hoje uma dor, uma saudade. Não essa saudade de ficar vivendo o passado.
Mas uma saudade de uma coisa que também trouxe o progresso para a cidade e a gente
esquece isso com muita facilidade. É como vocês, quando começou o telefone celular, um
caixote, hoje de repente você ta com uma coisa mais moderna na mão esquecendo daquele
que começou a trazer informação pra suas mãos. Assim eu também acho isso, as pessoas se
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esqueceram de que o bonde foi um grande meio de transporte, foi um avanço para a sociedade
também, dentro daquelas possibilidades limitadas.. Mas pra mim pessoalmente eu
acompanho a vida, procuro me modernizar, ‘to’ com a cabeça muito boa, aos 70 e poucos
anos eu me sinto jovem no pensamento, porque a vida, ela só tem um sentido, que é a ciência
pra frente, tudo é ciência, educação, tudo que você imaginar, ela caminha pra frente, então
não tem volta, você tem que se adaptar à isso. Mas a saudade acho que ela bate na gente, ela
machuca.. como pessoas importantes da sua vida, sua intimidade, sua amizade, se vão e ficam
dentro de você. O bonde pra mim, e para muitos que sentiram na época, era uma tristeza. Na
hora que os ônibus começaram a chegar era uma massificação do transporte, nas conversas
havia uma rejeição que a gente não acreditava, tanto daquele meio de transporte que tava
matando uma história, ali era uma sociedade que conversava, que convivia, era todo mundo
do mesmo bairro, no mesmo sentido, que se viam todos os dias, talvez mais vezes por dia
porque iam almoçar e voltavam, e isso quebrou. Quando se quebra uma cadeia dessas, é claro
que você sente, é impossível dizer que não sente. Hoje a gente tem até um certo receio a
respeito que a vida é tão veloz que você amanhã não vai sentir saudade. Quer dizer. o que que
‘cê’ faz hoje ao seu redor pra sentir saudade amanhã da intensidade da vida? E o bonde foi um
momento intenso da sociedade de Juiz de Fora. E de várias partes do país.. tanto que Santa
Tereza no Rio é uma referência que as pessoas procuram pra fazer passeio de bonde, pra viver
uma euforia que a história ainda ta conservando lá. É como se tirasse o bondinho do Pão de
Açúcar hoje e acabasse por uma necessidade, então quem viveu aquela emoção [...] Mas é
gostoso, é bom, acho que a vida é feita assim mesmo e vocês lá na frente vão ver muito mais
coisas.
[...]
Sou aposentado da Prefeitura, entrei na prefeitura em agosto de 83, e em 2011 na gestão do
Custódio, eu estava no DEMLURB, ele pediu para que eu viesse para cá ajudar na reforma do
parque. Então em 2011 eu vim, fiquei Bruno entrou e pediu que eu continuasse à zelar pelo
parque. Porque na realidade nenhum trabalho é um paraíso, porque trabalhar num lugar desse,
as pessoas felizes, hoje com um espírito de família que ‘ta’ aqui dentro, com um astral muito
bom, uma terapia pra muita gente, hoje mesmo ta ai uma quantidade de idosos e deficientes
caminhando, então isso ai [...], além uma própria ginástica você ta capinando, roçando,
fazendo exercício físico pesado, vale a pena, sou apaixonado por aqui, adoro...