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30/04/2018 Messias – Wikipédia, a enciclopédia livre

Messias
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um conceito do judaísmo, o Messias (em hebraico: ‫משיח‬, transl. Māšîªħ,
Mashíach, Mashíyach, "Ungido", a forma asquenazi é Moshiach, e a
aramaica é meshicha/meshiacha) refere-se, principalmente, à profecia da
vinda de um descendente do Rei Davi, que reconstruirá a nação de Israel e
restaurará o reino de Davi, trazendo paz ao mundo.

Os cristãos, com algumas exceções, consideram que Jesus Cristo é o


Messias, bem como o Filho de Deus e uma das três Pessoas da Trindade,
doutrina que foi confirmada terminológica e dogmaticamente no Primeiro
Concílio de Niceia de 325 d.C.. A palavra "Cristo" (em grego Χριστός,
Christós, "O Ungido" ou "O Consagrado") é uma tradução para o grego do
termo hebraico mashiach.

No Antigo Testamento, a palavra Messias aparece apenas duas vezes: em


Daniel 9:25-26, quando um anjo anuncia ao profeta Daniel que o Messias
surgiria e seria morto [carece de fontes?] 62 semanas proféticas após a
reedificação de Jerusalém, antes da cidade e do templo serem novamente
destruídos (vide Profecia das setenta semanas). A Torá

No Novo Testamento, a palavra grega Μεσσίας (Messias) está registrada


também apenas duas vezes: em João 1:41, quando André contou a seu irmão Pedro que haviam acabado de encontrar
o Messias (vide primeiros discípulos de Jesus), e em João 4:25, onde uma mulher samaritana comenta com Jesus que
sabia que o Messias (que se chamava Cristo) estava vindo, e que quando viesse, nos anunciaria tudo, ao que Jesus
prontamente lhe respondeu: "Eu o sou, eu que falo contigo".

Índice
Significado bíblico da palavra
Outros judeus que se proclamaram ou foram tidos como Messias
O relato de Rabi Matityahuh Ben Abraham acerca do Messias no primeiro século
Menahem ben Judah
Bar Kochba
Moisés de Creta
Na Pérsia do século VII
Serene
Messias durante as Cruzadas
David Alroy
No Iêmen
Abraão Abulafia
Nissim ben Abraham
Moisés Botarel de Cisneros
Asher Lemmlein
Reuveni e Salomão Molko
https://pt.wikipedia.org/wiki/Messias 1/9
30/04/2018 Messias – Wikipédia, a enciclopédia livre

Isaac Luria
Sabbatai Zevi
Pseudomessias sabbatainianos (Costeira)
Mordecai Mokia
Jacob Frank
Menachem Mendel Schneerson
Ver também
Referências
Bibliografia

Significado bíblico da palavra


No Antigo Testamento a palavra "Ungido" (consagrado, libertador) aplicava-se a várias pessoas: os reis de Israel, os
juízes, bem como o Sumo Sacerdote. Os próprios patriarcas eram considerados "ungidos", no sentido mais amplo da
palavra. Mas até o século I a.C., a palavra Messias era aplicada apenas às profecias que se referiam à vinda do
libertador de Israel.[carece de fontes?]

Outros judeus que se proclamaram ou foram tidos como


Messias

O relato de Rabi Matityahuh Ben Abraham acerca do Messias no primeiro século


Pensava-se que Flávio Josefo, o homem que Roma mandou para averiguar sobre Jesus, tivesse declarado que o Jesus
dos cristãos era de fato o verdadeiro Messias. Não existem versões originais dos escritos de Josefo. No entanto, as
comparações de várias traduções levaram analistas dos textos a concluir que esta declaração, bem como outras, foram
na verdade alterações inseridas ao texto séculos depois dos fatos, não tendo sido escritas por Josefo.

No entanto, também nos textos de Josefo, há o relato de que, no primeiro século antes da destruição do Templo,
alguns pretensos messias surgiram, prometendo o alívio da opressão romana, tendo encontrado seguidores. Segundo
ele:

Outro corpo de homens malvados também se levantou, mais limpos nas suas
“ mãos, mas mais malvados nas suas intenções, que destruíram a paz da cidade,
não menos do que o fizeram estes assassinos, os Sicarii. Porque eles eram ”
impostores e enganadores do povo, e, sob a pretensa iluminação divina, eram pela
inovação e por mudanças, e conseguiram convencer a multidão a agir como loucos,
e caminharam em frente deles pelo descampado, afirmando que Deus lhes iria ali
mostrar sinais de liberdade.
— Flávio Josefo, A Guerra dos Judeus[1].
Mateus, no aviso contra "falsos Cristos e falsos profetas", testemunha o mesmo em Mateus 24:24.

Por volta de 44 d.C., apareceu um homem chamado Teudas, que clamava ser um profeta. Encorajava as pessoas a
segui-lo, trazendo os seus haveres até ao Jordão, que dividiria para os seguidores. De acordo com Atos 5:36 (que
parece referir-se a uma data diferente), conseguiu convencer 400 pessoas. Cúspio Fado enviou homens a cavalo em
perseguição dele e do seu bando. Muitos deles foram mortos e outros foram tomados como cativos, juntamente com o
seu líder, que foi decapitado ("Antiguidades Judaicas" xx. 5, § 1). Outro citado pelo destacado judeu Gamaliel é
chamado de Judas, o Galileu (Atos 5:37).

Um Messias Egípcio teria supostamente conseguido agregar 30 000 apoiantes, prometendo que sob o seu comando as
muralhas de Jerusalém iriam ser destruidas.
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Outro messias, segundo o relato de Josefo, prometeu ao povo "a libertação das suas misérias" se eles o seguissem até
ao descampado. O líder e seus seguidores foram mortos pelas tropas de Festo, o procurador romano. Mesmo quando
Jerusalém já estava sendo destruída pelos Romanos, um profeta, de acordo com Josefo, subornado pelos defensores
por forma a evitar as pessoas de desertarem, anunciou que Deus os comandava para virem ao Templo, onde
receberiam sinais milagrosos da sua libertação. Foram ao encontro da morte nas chamas.

Menahem ben Judah


Ao contrário daqueles Messias, que esperavam conseguir a libertação do seu povo através de intervenção divina,
Menahem ben Judah, o filho de Judas da Galileia, e neto de Hezequiel, o líder dos Zelotes, que tinham irritado o Rei
Herodes, era um guerreiro. Quando começou a guerra, ele atacou Masada com o seu grupo, armou os seus seguidores
com as armas ali armazenadas, e partiu para Jerusalém, onde capturou a fortaleza Antónia, derrotando as tropas de
Agripa II. Encorajado por este sucesso, ele comportou-se como Rei e clamou a liderança de todas as tropas. Espoletou
por isso a oposição de Eleazar, outro líder Zelota que alguns historiadores acreditam ser irmão de Menahem, tendo
sido assassinado como resultado de uma conspiração. Ele será provavelmente a mesma pessoa mencionada como
Menahem ben Hezekiah no Talmud[2] e ali chamado de "provisor de conforto que deverá aliviar".

O Professor Israel Knohl afirma que os Pergaminhos do Mar Morto mostram que já tinha existido um Messias
antes de Jesus Cristo, chamado Menahem, o essénio, que morreu em circunstâncias semelhantes às de Jesus,
o qual teve conhecimento desta história.

Bar Kochba
Com a destruição do Segundo Templo de Jerusalém em 70 d.C., a aparição de messias parou por algum tempo.
Sessenta anos mais tarde, um movimento político-messiânico de grandes proporções teve lugar, com Shimeon Bar
Kochba (ou Bar Kosiba) como líder. Este líder da revolta contra Roma foi saudado como o Rei-Messias pelo Rabi
Aquiva, que se referiu a ele,[3] como: "Uma quarta estrela de Jacob virá e o ceptro irá erguer-se fora de Israel, e irá
golpear pelos cantos do Reino de Moab,", e Hag. ii. 21, 22; "Eu irei sacudir os céus e a terra e destronar reinados..."[4]

Apesar de alguns terem duvidado que fosse o Messias, parece ter conseguido o apoio generalizado na nação. Após
causar uma guerra (133-135) contra Roma, foi morto perto das muralhas de Bethar. Seu movimento messiânico
acabou em derrota e na miséria dos sobreviventes. Em 135, a revolta foi esmagada pelo imperador romano Adriano.
Centenas de milhares de judeus foram massacrados, os sobreviventes dispersaram-se pela diáspora ou foram feitos
escravos. Adriano decretou a expulsão de todos os judeus de Jerusalém, autorizando o seu retorno apenas por um dia
ao ano, em Tisha Be'av, para demonstrar luto pela destruição do Templo. Após esta tremenda derrota dos judeus, a
cidade de Jerusalém seria reconstruída pelos romanos, tendo o imperador Adriano ordenado a mudança do nome de
Jerusalém para Élia Capitolina, e o nome da província da Judeia para Síria Palestina, para evitar qualquer associação
judaica e com a terra de Israel (ver também: Guerras judaico-romanas).

O ocorrido marcou também uma nova etapa do cristianismo. Até então, os cristãos eram sobretudo judeus. A partir
daí foram obrigados a dispersar-se para outras zonas. Se até então a psicologia dos líderes cristãos tinha uma
perspectiva judaica, depois do ano 135 a maioria dos cristãos seriam gentios (não judeus), e adquiririam uma
perspectiva diferente, de pessoas que vivem na Grécia, ou são romanos e que mais facilmente adoptariam posições
antijudaicas (ver também: Primeiro Concílio de Niceia).

Moisés de Creta
A derrota da Revolta de Bar Kokhba foi um desastre que afectou negativamente o surgimento de Messias nos séculos
seguintes. No entanto, a esperança permaneceu. De acordo com um cálculo baseado no Talmude, o Messias seria
esperado em 440.[5] Esta expectativa, em ligação com os distúrbios no Império Romano em face das invasões, podem
ter levado a incentivar o Messias que apareceu nesta época em Creta e que angariou o apoio da população judaica para

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o seu movimento. Ele denominou-se Moisés e prometeu liderar o seu povo, como o antigo Moisés, levando o seu povo
de volta à Palestina, atravessando o mar. Os seus seguidores, convencidos por ele, deixaram as suas possessões e
esperaram pelo dia prometido, quando sob o seu comando, muitos se lançaram para o mar, alguns morreram, outros
foram salvos. O pseudo-messias desapareceu sem rastro.[6][7]

Na Pérsia do século VII


Os pseudo-Messias que se seguiram surgiram todos no Oriente e eram por vezes reformadores religiosos cujo trabalho
influenciaria o Caraísmo. No final do século VII, surgiu na Pérsia Isḥaḳ ben Ya'ḳub Obadiah Abu 'Isa al-Isfahani de
Ispahan.[8][9] Ele viveu no reino do Califa Omíada "Abd al-Malik ibn Marwan" (684-705). Afirmou ser o último dos
cinco precursores do Messias e ter sido nomeado por Deus para libertar Israel. De acordo com alguns, era o próprio
Messias. Tendo reunido um grande número de seguidores, ele revoltou-se contra o califa, mas foi derrotado e
assassinado em Rai. Os seus seguidores disseram que ele fora inspirado por Deus e mostraram como prova o facto de
ter escrito livros apesar de ser analfabeto. Fundou a primeira seita a ter surgido do judaísmo após a destruição do
Templo.

Seu discípulo Yudghan, chamado "Al-Ra'i" (= "o pastor do rebanho do seu povo"), que viveu na primeira metade do
século VIII, declarou ser profeta e foi visto pelos seus discípulos como Messias. Era de Hamadã e ensinava doutrinas
que afirmava ter recebido através de profecia. De acordo com Shahristani, opôs-se à crença do antropomorfismo,
ensinou a doutrina da vontade livre, e sustentou que a Torá tinha um sentido alegórico além do literal. Preconizava
que seus seguidores levassem uma vida ascética, se abstivessem de carne e de vinho, e que rezassem e jejuassem
frequentemente, seguindo nisto o seu mestre Abu 'Isa. Afirmava que a observância do Shabat e de festividades era
meramente uma questão de memorial. Após a sua morte, os seus seguidores formaram uma seita, os Iudghanitas, que
acreditavam que o seu Messias não tinha morrido, mas sim que iria regressar.

Serene
Entre 720 e 723, um sírio, Serene (seu nome aparece em várias fontes como Sherini, Sheria, Serenus, Zonoria, Saüra)
apareceu como o Messias. A ocasião imediata para a sua aparição pode ter sido a restrição das liberdades dos Judeus
pelo Califa Omar II (717-720) e seus esforços de proselitismo. De uma perspectiva política, este Messias prometia a
expulsão dos muçulmanos e a restauração dos judeus na Terra Santa. Como Abu 'Isa and Yudghan, Serene foi também
um reformador religioso. Ele era hostil ao Judaísmo Rabínico. Os seus seguidores não observavam as leis da
alimentação, as preces instituídas por rabinos e a proibição contra o "vinho de libação". Eles trabalhavam no segundo
dia das festividades, não escreviam documentos para registrar casamentos e divórcios tal como as prescrições do
Talmud, e não aceitaram as proibições do Talmud quanto ao casamento com parentes próximos.[10] Serene foi preso.
Trouxeram-no perante o Califa Yazid, a quem declarou ter agido apenas por piada, pelo que foi entregue aos judeus
para castigo. Os seus seguidores foram recebidos de volta ao grupo religioso original após renunciarem à heresia.

Messias durante as Cruzadas


Sob a influência das Cruzadas, o número de Messias aumentou, sendo que o século XII conheceu vários. Um apareceu
em França (c. 1087) e foi assassinado pelos franceses. Outro apareceu na Província de Córdova (c. 1117), e outro ainda
em Fez (c. 1127). Destes três nada se conhece que não a menção de Maimónides "Iggeret Teman" (carta aos judeus
Iemenitas).

David Alroy
O próximo movimento Messiânico importante apareceu outra vez na Pérsia. David Alroy ou Alrui, nascido no
Curdistão, declarou-se por volta de 1160 como um Messias. Tirando partido da sua popularidade pessoal, das
fraquezas do Califado e do descontentamento dos Judeus, a quem foram impostas pesadas taxas, ele montou um

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esquema político, afirmando ter sido enviado por Deus para libertar os Judeus da opressão pelos Muçulmanos e
liderá-los de volta a Jerusalém. Com este objectivo, ele intimou os guerreiros judeus do distrito vizinho do
Adherbaijan e seus correligionários em Mosul e Bagdad para virem apoiar a captura de Amadia. A partir daí, a sua
carreira está rodeada de lendas. O seu movimento falhou, e diz-se que teria sido assassinado, enquanto dormia, pelo
seu próprio sogro. Uma taxa pesada foi imposta aos Judeus após esta revolta. Após a sua morte, Alroy teve muitos
seguidores em Khof, Salmas, Tauris, e Maragha, e estes formaram uma seita chamada dos Menahemistas, com origem
no nome Messiânico "Menahem," assumido pelo seu fundador.

No Iêmen
Pouco tempo depois de Alroy, um alegado anunciador do Messias apareceu no Iêmen (em 1172) numa altura em que
os Muçulmanos estavam tentando converter os Judeus que ali viviam. Ele declarou que as desgraças deste tempo eram
um prognóstico da vinda do reino Messiânico, e ordenava aos Judeus que dividissem a sua propriedade com os
pobres. Este pseudo-Messias foi tematizado pelo "Iggeret Teman" de Maimónides. Ele continuou a sua actividade por
um ano, tendo depois sido preso pelas autoridades muçulmanas e decapitado após a sua própria sugestão, diz-se, de
forma a poder provar a verdade da sua missão ao retornar à vida.

Abraão Abulafia
Com Abraão ben Samuel Abulafia (Hebreu: ‫( )אברהם בן שמואל אבולעפיה‬Saragoça, Espanha, 1240; morreu depois de
1291 em Comino, Malta), o cabalista, começa a tradição de pseudo-Messias cujas actividades são profundamente
influenciadas pelas suas especulações cabalísticas.

Como resultado dos seus estudos místicos, Abulafia começou a acreditar que era um profeta, e num livro profético
publicado em Urbino (1279) ele declarou que Deus lhe tinha falado. Em Messina, na ilha da Sicília, onde foi bem
recebido e ganhou discípulos, declarou ser o Messias e anunciou 1290 como o ano do início da era messiânica.
Solomon ben Adret, a quem apelaram para julgar quanto às afirmações de Abulafia, condenou-o, e algumas
congregações declararam-se contra ele. Perseguido na Sicília, foi para a ilha de Comino, próximo de Malta (c. 1288),
ainda afirmando nas suas escritas a sua missão messiânica. Dois dos seus discípulos, José Gikatilla e Samuel, ambos
de Medinaceli, declararam mais tarde serem profetas e milagreiros. O último profetizou em linguagem mística em
Ayllon em Segóvia o advento do Messias.

Nissim ben Abraham


Um outro pretenso profeta foi Nissim ben Abraham, activo em Ávila. Os seus seguidores diziam que apesar de
analfabeto, tinha sido favorecido subitamente por um anjo, com o poder de escrever um livro místico "A maravilha da
Sabedoria". De novo, apelaram a Solomon ben Adret, que duvidou da pretensão profética de Nissim e aconselhou
investigação cuidadosa. O profeta continuou a sua actividade, no entanto, e fixou até o último dia do quarto mês,
Tammuz, 1295, como a data da vinda do Messias. Os crentes prepararam-se para o evento jejuando e dando para a
caridade, e reuniram-se no dia designado. Mas em vez de encontrarem o Messias, alguns viram pequenas cruzes
presas aos seus vestimentos, talvez colocadas por descrentes para ridicularizar o movimento. Na sua decepção, alguns
dos seguidores de Nissim ter-se-iam convertido ao Cristianismo. Não se sabe o que aconteceu ao profeta.

Moisés Botarel de Cisneros


Um século depois, outro falso Messias surgiu. Este pretendente a Messias seria Moses Botarel of Cisneros.[11] Um dos
seus aderentes terá sido Hasdai Crescas. A sua relação é referida por Jerónimo da Santa Fé no seu discurso na
disputação de Tortosa em 1413.

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Asher Lemmlein
Em 1502, Asher Lemmlein (Lämmlein), um alemão proclamando ser um anunciador do Messias, apareceu em Ístria,
perto de Veneza, e anunciou que se os Judeus fossem penitentes e praticassem a caridade, dentro de seis meses viria o
Messias, e um pilar de nuvens e de fumo iria preceder os Judeus no seu regresso a Jerusalém. Ele teve seguidores em
Itália e na Alemanha, mesmo entre Cristãos. Em obediência às suas preces, as pessoas jejuaram, rezaram e deram
esmolas para preparar a vinda do Messias, e o ano ficou conhecido como o "ano da penitência". Mas o "Messias" terá
morrido ou desaparecido (ver Lemmlein Asher).

Reuveni e Salomão Molko


Entre os pseudo-messias há que incluir David Reuveni e Salomão Molko. O primeiro afirmou ser o embaixador e
irmão do Rei de Khaibar, uma cidade e antigo distrito da Arábia, onde os descendentes das "tribos perdidas" de
Rubem e Gad supostamente viviam. Pediu ao Papa e a potências europeias que lhes fornecessem canhões e armas de
fogo para a guerra com os Muçulmanos que, disse, impediam a união dos Judeus que viviam nos dois lados do Mar
Vermelho. Negou expressamente ser um Messias ou um profeta[12]), dizendo que era apenas um guerreiro.

A boa-vontade com que foi acolhido pelo Papa em 1524, a audiência que lhe foi concedida nas cortes portuguesas em
1525 (a convite do Rei D. João III), onde recebeu pela primeira vez a promessa de ajuda e a pausa temporária na
perseguição aos Marranos, fez crer a estes judeus portugueses e espanhóis que Reuveni era um precursor do Messias.
Selaya, inquiridor de Badajoz, queixou-se ao Rei de Portugal que um Judeu vindo do Oriente (referindo-se a Reuveni)
tinha suscitado aos Marranos espanhóis a esperança de que o Messias chegaria e iria liderar Israel de todas as suas
terras de volta à Palestina, e que tinha mesmo encorajado a actos públicos.[13] Um espírito de expectativa cresceu
durante a estadia de Reuveni em Portugal. Uma mulher marrana da região de Herara, em Puebla de Alcocer declarou
ser uma profeta, teve visões, e prometeu liderar os seus correligionários para a Terra Santa. Foi queimada viva,
juntamente com quem acreditava nela.

Isaac Luria
Isaac Luria (Isaac ben Solomon Ashkenazi Luria) foi um seguidor judeu da Cabala (misticismo esotérico) e reivindicou
ser o Messias. Mais tarde, o seu discípulo e seguidor Hayyim Vital Calabrese foi tido como o Messias por alguns
judeus da Palestina. Ambos afirmaram serem Messias Efraíticos, anunciadores do Messias Davídico.

Isaac Luria (n. 1534 em Jerusalém; f. 1572 em Safed, Israel) ensinava no seu sistema místico a transmigração e
superfetação das almas, e acreditava ele próprio possuir a alma do Messias da casa de José, e ter como missão apressar
a vinda do Messias da linha de David através do melhoramento místico das almas.

Tendo desenvolvido o seu sistema Cabalístico no Egipto sem no entanto conseguir ali muitos seguidores, ele foi para
Safed, Israel, por volta de 1569. Foi ali que conheceu Hayyim Vital Calabrese, a quem revelou os seus segredos e
através de quem assegurou muitos seguidores. A estes, ensinou secretamente o seu messianismo. Ele acreditava que a
era messiânica iria ter início no princípio da segunda metade do segundo dia (do ano 1000) após a destruição do
templo de Jerusalém, ou seja, em 1568.

Com a morte de Luria, Hayyim Vital Calabrese (n. 1543; f. 1620 em Damasco) reivindicou ser o Messias Efraíta e
pregou o breve advento da era Messiânica. Em 1574, Abraão Shalom, um pretendente a Messias Davídico, comunicou
a Vital, dizendo que ele (Shalom) era o Messias Davídico, enquanto que Vital era o Messias da casa de José. Ele pediu
a Vital que fosse a Jerusalém e que ali ficasse pelo menos dois anos, com o que o espírito divino iria chegar-lhe.

Shalom disse a Vital, para além disso, que não receasse a morte, o destino do Messias Efraíta, já que ele iria tentar
salvá-lo dessa perdição.

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Sabbatai Zevi
O movimento messiânico mais importante de todos, e um cuja influência atingiu todo o mundo judaico, tendo durado
em vários sítios mais de um século, foi o movimento de Sabbatai Zevi (1626-1676).

Sabbatai sofria de crises de tristeza, seguidas de período de grande alegria e actividade; tem-se sugerido que seria um
doente bipolar (maníaco-depressivo). Um dia Sabbatai foi ao encontro de Nathan de Gaza (1644-1680), uma espécie
de adivinho e curandeiro, na esperança de encontrar a solução para os seus males. Nathan reconhece-o como Messias
e incute-lhe essa ideia; Sabbatai deve a Nathan a elaboração da teologia deste movimento messiânico, uma vez que
Sabbatai nada escreveu e não apresentou nenhuma mensagem original.

Em setembro de 1665, na cidade de Esmirna, diante de uma multidão em delírio, Sabbatai declara-se Messias de
Israel. Seis meses depois, Sabbatai dirige-se para Constantinopla, provavelmente com o objectivo de converter os
muçulmanos. Em fevereiro de 1666 é preso por ordem de Mustafá Paxá que lhe apresentou duas alternativas: a
conversão ao Islão ou a morte. Para escapar à morte, Sabbatai renunciou ao Judaísmo e converteu-se à religião
muçulmana. Nathan de Gaza e os outros seguidores interpretaram a sua apostasia como a prova de que ele era
realmente o Messias: os actos de redenção são aqueles que causam mais escândalo.

Pseudomessias sabbatainianos (Costeira)


Após a morte de Sabbatai seguiu-se uma linha de messias putativos. Jacob Querido, filho de Joseph Filosof, e irmão da
quarta mulher de Sabbatai, tornou-se líder dos Shabbethanos em Salónica, sendo visto como a encarnação de
Shabbethai. Ele afirmava-se filho de Sabbatai e adoptou o nome Jacob Tzvi. Com quatrocentos seguidores, converteu-
se ao Islão por volta de 1687, formando uma seita chamada Dönmeh. Ele próprio chegou mesmo a peregrinar a Meca
(c. 1690). Após sua morte, seu filho Berechiah ou Berokia sucedeu-o (c. 1695-1740).

Vários seguidores de Sabbatei declararam-se eles próprios Messias. Miguel Abraham Cardoso (1630 - 1706), nascido
de pais marranos, pode ter sido iniciado no movimento Shabbethaniano por Moisés Pinheiro em Livorno. Tornou-se
um profeta do Messias, e quando o último se converteu ao Islão, chamou-o de traidor, dizendo que é necessário que o
Messias se conte entre os pecadores por forma a expiar a idolatria de Israel.

Ele aplicou a passagem de Isaías LIII a Sabbatai, e enviou epístolas que provariam que ele era o verdadeiro Messias,
chegando mesmo a sofrer a perseguição por defender a sua causa. Mais tarde, considerou-se um Messias Efraíta,
argumentando com alegadas marcas no seu corpo que o provariam. Pregou e escreveu sobre vinda em breve do
Messias, marcando datas diferentes, até que acabou por morrer.

Mordecai Mokia
Outro seguidor de Sabbatai que lhe permaneceu fiel, Mordecai Mokia, ou Mordekay Mokiah ("o admoestador") de
Eisenstadt, também pretendeu ser um Messias. O seu período de actividade foi de 1678 a 1682 ou 1683.

Defendeu inicialmente que Sabbatai era o verdadeiro Messias e que a sua conversão tinha sido necessária por motivos
místicos. Pregava que este não morrera mas que se iria revelar dentro de três anos após a sua suposta morte, e
apontou para as perseguições de Judeus em Oran (Espanha), na Áustria, e em França, e a pestilência na Alemanha
como presságios da sua vinda.

Encontrou seguidores entre judeus da Hungria, Morávia e da Boémia. Dando um passo mais, declarou ser o Messias
davídico. Sabbatai, de acordo com ele, passou apenas a ser o messias efraíta. Como tinha sido rico, significava que não
poderia executar a redenção de Israel. Ele, Mordecai, sendo pobre, era o Messias verdadeiro e ao mesmo tempo a
encarnação da alma do messias efraíta.

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Judeus italianos convidaram-no a ir até a Itália. Viajou para lá por volta de 1680, tendo sido bem recebido em Reggio e
Modena. Falou das preparações messiânicas que teria que fazer em Roma, e deu a entender que talvez adoptasse o
Cristianismo exteriormente. Denunciado à Inquisição ou aconselhado a deixar a Itália, regressou à Boémia, onde se
diz que se tornou demente. A partir deste tempo, uma seita começou a tomar forma ali, e persistiu até à era
Mendelssoniana.

Outro pretendente a Messias Sabbataniano foi Löbele Prossnitz. Ensinou que Deus dera o domínio do mundo ao "pio",
isto é, aquele que entrara nas profundezas da Cabala.

Tal representação de Deus teria sido Sabbatai, cuja alma passado para outros homens "pios", Jonathan Eybeschütz e
ele próprio.

Outro, Isaías Hasid (um cunhado do Shabbethaniano Judah Hasid), que vivia em Mannheim, afirmou secretamente
ser o Messias ressuscitado apesar de ter publicamente abjurado de quaisquer crenças Shabbethanianas.

Jacob Frank
Jacob Frank (n. 1726 em Podolia; f. 1791), fundador dos franquistas, também afirmou ser o Messias. Na sua juventude
tinha tido contacto com o Dönmeh. Ele ensinava ser uma reencarnação do Rei Davi. Tendo assegurado alguns
seguidores entre os judeus da Turquia e de Valáquia (na actual Roménia), foi em 1755 até à Podolia, onde os
Shabbethanianos necessitavam de um líder, e afirmou-se a reencarnação da alma de Berechiah.

Enfatizou a ideia do "rei sagrado" que seria ao mesmo tempo Messias, tendo-se denominado apropriadamente de
"santo señor". Os seus seguidores afirmam que realizou milagres, tendo chegado mesmo a rezar-lhe.

O seu objectivo (e o da sua seita) era o de arrancar pela raiz o Judaísmo rabínico. Foi forçado a deixar Podolia; e seus
seguidores foram perseguidos.

Regressando em 1759, aconselhou os seus seguidores a converterem-se ao cristianismo. Cerca de 1000 deles
converteram-se, tornando-se polacos gentios com origens judaicas. Ele próprio converteu-se em Varsóvia em
novembro de 1759.

Mais tarde, sua insinceridade foi exposta e foi preso por heresia, permanecendo, mesmo encarcerado, o líder de sua
seita.

Menachem Mendel Schneerson


Entre a linha Chabad Lubavitch do judaísmo chassídico houve um crescente fervor messiânico nos finais da década de
1980 e princípios da década de 1990, devido à crença que seu líder, Menachem Mendel Schneerson, estaria prestes a
revelar-se como o Messias. A morte de Schneerson em 1994 abateu um pouco esse sentimento, apesar de muitos
seguidores de Schneerson ainda acreditarem que ele é o Messias e que irá regressar em devido tempo.[carece de fontes?]

Ver também
Messianismo
Lista de pessoas proclamadas messias
Saoshyant

Referências

https://pt.wikipedia.org/wiki/Messias 8/9
30/04/2018 Messias – Wikipédia, a enciclopédia livre

1. Flávio Josefo, "A Guerra dos Judeus" ii. 13, §; 4; idem, "Ant." xx. 8, §; 6
2. «tratado Sanhedrin», Talmud, 98b.
3. Números xxiv. 17
4. «tractate Sanhedrin», Talmud, 97b.
5. (Sanh. 97b) ou 471 ('Ab. Zarah 9b)
6. Sócrates, «vii», Historia Ecclesiastica [História eclesiástica] (em latim), 38.
7. Grätz, Gesch., iv 3d ed. , pp. 354-55.
8. "J. Q. R." xvi. 768, 770, 771.
9. Grätz, l.c. v., notas 15 e 17
10. Grätz, l.c. nota 14
11. Grätz (l.c. viii. 404)
12. Fuenn, "Keneset Yisrael," p. 256
13. Grätz, l.c. ix. 532

Bibliografia
Zuesse, Eric (2012), Christ’s Ventriloquists: The Event that Created Christianity [Ventríloquos de Cristo: o evento
que criou o Cristianismo], ISBN 978-0-61557301.4 Verifique |isbn= (ajuda) (em inglês), Washington: Hyacinth.

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