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FASE PRÉ-CONTENCIOSA

FASE CONTENCIOSA

ASPECTOS FISCAIS RELEVANTES

PROCESSO DE INSOLVÊNCIA
GESTÃO DE COBRANÇAS

INTRODUÇÃO

29-03-2012 Gestão de Cobranças 3


GESTÃO DE COBRANÇAS

ALGUNS DADOS:
 A nível europeu os pagamentos em atraso justificam cerca de
25 % das insolvências;
 Em Portugal 90 % das empresas sofrem atrasos nos
recebimentos;
 O prazo médio de recebimento de empresas é 81 dias e de
entidades públicas de 141 dias;
 44 % dos pagamentos efectuados são realizados com
atraso;

Recurso ao crédito
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INCOBRÁVEIS – DADOS ESTATÍSTICOS

Fonte: European Payment Index 2011, Intrum Justitia

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

INCOBRAVEIS EM % DE VOLUME DE NEGÓCIOS

2008 2011
Fonte: European Payment Index 2011
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GESTÃO DE COBRANÇAS

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS


DADOS ESTATÍSTICOS

Fonte: Banco de Portugal

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

O ATRASO NOSO PAGAMENTOS


Portugal Espanha França Itália Alemanha Bélgica

Volume de PME`S 73.883 453.925 621.249 949.961 949.961 175.534


Negócios
Grandes Empresas 54.637 355.675 459.411 702.419 702.419 129.806

Atrasos nos PME`S 34.732 103.461 176.997 216.497 216.497 32.507


Pagamentos
Grandes Empresas 22.028 65.617 112.255 137.306 137.306 20.616

Pagamentos Atrasados 44,2% 21,4% 21,4% 26,8% 21,4% 17,4%

Unidade: Milhões de Euros


Fonte: Comissão Europeia | 2009

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FORMAS DE COBRANÇA

PRAZOS MÉDIOS DE PAGAMENTOS

Fonte: Banco de Portugal, Análise sectorial das sociedades não financeiras em


Portugal| 2011
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AGRAVAMENTO DOS PRAZOS DE RECEBIMENTO

Consequências

Trava Ritmo Reduz Reduz nível Limita o


Falta de
da actividade rendibilidade de volume de
Liquidez
operacional das empresas investimento emprego

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FASE PRÉ-CONTENCIOSA

Luís Paulo Silva

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GESTÃO DE COBRANÇAS

Económico

Bancário

Recebimentos

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POLÍTICAS DE GESTÃO DE CRÉDITOS E DE COBRANÇAS

Objectivo

 Aumentar a eficiência e eficácia nas cobranças

 Reduzir os tempos médios de cobrança

 Aumentar a liquidez das empresas

 Evitar o recurso ao crédito

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GESTÃO DE COBRANÇAS

ELABORAR UMA POLÍTICA DE CRÉDITOS

 A elaboração e a aplicação coerente de uma política de


crédito
• Clara
• Transparente
• Rigorosa
• Adaptada ao risco individual e solidez financeira da
empresa

ASSUME--SE COMO VITAL


ASSUME

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GESTÃO DE COBRANÇAS

BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO DE


CRÉDITOS E DE COBRANÇAS

ELABORAR UMA POLÍTICA DE CRÉDITOS

 A essência de uma política de crédito deve incluir:


1. Condições gerais de venda e termos de pagamento
2. Avaliação e segmentação de clientes
3. Limites crédito
4. Processos Internos
5. Procedimentos de facturação e recebimento
6. Sistema de Alertas e Avisos
7. Estratégias e processos de Cobranças
8. Sistemas de medição de indicadores de performance

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GESTÃO DE COBRANÇAS

BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO DE


CRÉDITOS E DE COBRANÇAS

Recolha de informações do cliente

Formalização dos termos do


contrato

Estabelecer Limites de crédito por


cliente

Implementar processo interno de


cobrança

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Cliente

Particular Empresa Estado

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GESTÃO DE COBRANÇAS

RECOLHA DE INFORMAÇÕES DO CLIENTE

BÁSICA A) Sociedades
Sede
Telefones, email, fax
NIF
Nome Gerente
Código certidão permanente
Relação de grupo com outras empresas

NB: Informações sujeitas a rotinas de actualização e verificações numa base contínua

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GESTÃO DE COBRANÇAS

RECOLHA DE INFORMAÇÕES DO CLIENTE

BÁSICA B) Pessoa singulares


NIF
Morada
Estado civil
Nome e NIF do cônjuge
Telefones e email

NB: Informações sujeitas a rotinas de actualização e verificações numa base contínua

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GESTÃO DE COBRANÇAS

RECOLHA DE INFORMAÇÕES DO CLIENTE

www.publicacoes.mj.pt

• Permite consultar os últimos actos societários


publicados de uma sociedade

• Pesquisa gratuita

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GESTÃO DE COBRANÇAS

RECOLHA DE INFORMAÇÕES DO CLIENTE

www.portaldaempresa.pt
• Permite ter acesso à IES
• Custo associado: €: 3,00

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GESTÃO DE COBRANÇAS

RECOLHA DE INFORMAÇÕES DO CLIENTE

www.citius.mj.pt

1. Permite consultar a Lista Pública de Execuções;


2. Permite consultar a Publicidade da Insolvência;
3. Permite consultar as pautas de distribuição;

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMALIZAÇÃO DOS TERMOS DO CONTRATO


A) O contrato deverá ser o mais completo possível;
B) O contrato deverá ser o mais claro possível
1. condições da compra e da venda;
2. prazos de cumprimento (entrega do bem ou conclusão do
serviço)
3. obrigações do comprador e do vendedor
4. forma, "timing" e meio do pagamento acordado
5. meios alternativos de litigio: arbitragem p.ex.

C) Sempre que possível deverão associar-se ao cumprimento do


contrato garantias
1. fiança ou aval dos gerentes / sócios
2. hipoteca voluntária de um imóvel ou de um veículo
3. penhor
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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMALIZAÇÃO DOS TERMOS DO CONTRATO

D) Previsão de penalidades para o caso de atraso e/ou


incumprimento do contrato
 Juros para os casos de atraso / incumprimento;
 Cláusula penal - valor adicional fixo para o caso de
incumprimento / atraso no cumprimento;
 Percentagem do valor do contrato / factura que será pago pelo
devedor no caso de se afigurar necessário o recurso à via judicial
tendo em vista o cumprimento do contrato;

E) Introdução de cláusula de venda com reserva de


propriedade
F) No caso concreto das exportações as empresas deverão
recorrer a ferramentas como os seguros de crédito à
exportação
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GESTÃO DE COBRANÇAS

FACTURA COMO TÍTULO EXECUTIVO

Elementos essenciais

Relação mercadorias vendidas / serviços


prestados

Valor total das mercadorias / serviços prestados

Data de vencimento

Assinatura do devedor

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GESTÃO DE COBRANÇAS

ESTABELECER LIMITES DE CRÉDITO POR CLIENTE

1) A importância da recolha de informações e actualização


destas para estabelecer limites de crédito

2) A determinação do limite do crédito deve basear-se em


informação credível sobre o clientes
• jurídica
• económica e
• financeira

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GESTÃO DE COBRANÇAS

ESTABELECER LIMITES DE CRÉDITO POR CLIENTE

3) Actualização periódica dos limites de crédito

Perguntas a ter em conta


O cliente pediu para aumentar os limites de crédito?
O cliente excedeu o seu limite de crédito acordado?
Os clientes pagam com cheques pós-datados?
Geralmente o cliente paga mais tarde do que o habitual?
O cliente reduziu as encomendas inesperadamente?
O cliente tem grande rotatividade de pessoal?
Existe outra empresa com atraso no recebimento do seu cliente?

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GESTÃO DE COBRANÇAS

ESTABELECER LIMITES DE CRÉDITO POR CLIENTE

4) É aconselhável estabelecer dois limites de crédito


para cada cliente

• Tocar no limite inferior deve servir como alerta


• A recolha atempada de informação e tomada de medidas
adequadas são cruciais
• O atingir do limite superior deverá automaticamente conduzir à
interrupção do fornecimento a esse cliente.

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GESTÃO DE COBRANÇAS

ESTABELECER LIMITES DE CRÉDITO POR CLIENTE

4) Dois limites de crédito para cada cliente (cont.)

Medidas padrão para a aplicação de limites de crédito às contas


dos clientes:
A) Aplicar um limite de crédito correspondente a dois meses de
vendas.
 Se o volume de vendas mensal a um determinado cliente for de € 1000 e
as condições de pagamento a 30 dias, atribuir a esse cliente um limite de
crédito de € 2.000.

B) Analisar os relatórios e contas e/ou consultar os relatórios de


crédito dos clientes.
 a) própria capacidade financeira para oferecer crédito aos clientes e

 b) em termos dos clientes a sua capacidade de pagamento.

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GESTÃO DE COBRANÇAS

IMPLEMENTAÇÃO PROCESSO INTERNO DE COBRANÇA

1) Materializar o processo interno de cobrança através de um


procedimento, guia, manual ou memorando
2) Definição interna do momento do “incumprimento”

3) Implementação do processo “reminder” através da fórmula 1-1


4) Estabelecer contactos telefónico no sentido de se insistir no
cumprimento
5) Sempre que possível enviar o comercial ao estabelecimento do
cliente no sentido de, também ele, procurar obter o pagamento
6) Alargamento das condições de pagamento iniciais

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GESTÃO DE COBRANÇAS

INCUMPRIMENTO E COBRANÇA

Boas Práticas
Vencimento de obrigações
decorrentes de contrato

Incumprimento Vencimento de factura

Atingido limite de crédito do


cliente;

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GESTÃO DE COBRANÇAS

INCUMPRIMENTO E COBRANÇA

Fluxograma
Incumprimento
Contacto telefónico e pessoal

D3 D10 D17

D1

1º “Reminder” 2º “Reminder” Processo transita


para contencioso

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FASE CONTENCIOSA

Paulo Ribeiro Barbosa

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GESTÃO DE COBRANÇAS

PERANTE UM CENÁRIO DE INCUMPRIMENTO

O QUE FAZER ?

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

EFICÁCIA DA ACTUAÇÃO JURÍDICA


Documentação cronológica Documentação de todos os
que comprove a existência elementos identificadores do
do crédito; devedor;

Realização de auditorias Relatório de todas as


sobre a evolução diligencias prévias efectuadas
processual dos processos tendentes ao pagamento do
de cobrança; crédito;

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GESTÃO DE COBRANÇAS

IDEIAS BASE

FAZER O TRABALHO DE CASA !

PERMITIR QUE O CONTENCIOSO DOMINE O


PROCESSO RAPIDAMENTE

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

PROCEDIMENTO DE INJUNÇÃO
FINALIDADE:
Procedimento destinado a:

I. Exigir o cumprimento de obrigações pecuniárias


emergentes de contratos de valor não superior a €
15.000,00

II. Exigir o cumprimento das obrigações emergentes de


transacções comerciais
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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

PROCEDIMENTO DE INJUNÇÃO

Características:

 Celeridade

 Simplicidade Processual

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

PROCEDIMENTO DE INJUNÇÃO
Tramitação:
Se o devedor se
O credor opuser, o
apresenta o procedimento é
requerimento de enviado para
Notificação ao tribunal;
injunção, por via Pagamento
devedor para
electrónica das taxas de
pagamento ou
(portal citius) ou justiça Se o devedor nada
oposição
através da disser no prazo de
entrega em 15 dias é emitido
suporte físico um título executivo

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

PROCEDIMENTO DE INJUNÇÃO
Convenção do Domicilio:
• Se, no contrato, as partes por escrito convencionarem
onde as mesmas se consideram domiciliadas;

Possibilidade de o Credor requer a notificação do


Devedor mediante o envio de carta simples para o
domicilio convencionado.

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

PROCEDIMENTO DE INJUNÇÃO
Valor de Taxa de Justiça a Liquidar:
Valor até € 5.000,00 = € 51,00;

de € 5.000,01 até € 15.000,00 = € 102,00

A partir de € 15.000,01€ = € 153,00;

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ARRESTO

• Medida cautelar
• apreensão judicial de bens (móveis ou imóveis)
• de valor suficiente
• para assegurar o cumprimento da obrigação

Pode ser sem audiência prévia do devedor

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ARRESTO
Requisitos:
 Existência do Crédito;

 Justo receio de perder a garantia patrimonial do


crédito

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ARRESTO
Valor de Taxa de Justiça a Liquidar:

Valor do Procedimento até € 300.00 = € 275,40;

Valor do Procedimento igual ou superior


a € 300.000,01 = € 734,40;

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ACÇÃO EXECUTIVA

Título Executivo

Toda a execução tem por base um título pelo qual se


determinam os limites da acção executiva.

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ACÇÃO EXECUTIVA
São títulos executivos
I. Sentença condenatória
II. Documentos exarados ou autenticados pelo notário que
importem constituição ou reconhecimento de obrigação
III. Documentos particulares assinados pelo devedor que importem
o reconhecimentos de obrigações pecuniárias
IV. Documentos que por disposição especial seja atribuída força
executiva

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ACÇÃO EXECUTIVA
Tramitação: penhora prévia ao conhecimento pelo
devedor da interposição do processo

• Sentença Judicial

• Aposição de Formula Executória em Processo de Injunção

• Qualquer outro título de obrigação pecuniária vencida de valor


não superior a € 30.000,00

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ACÇÃO EXECUTIVA

Tramitação

Pesquisa de O processo
bens do Pagamento extingue-se
Penhora Venda bens ao credor
devedor de bens do penhorados com o
susceptíveis pelo pagamento
devedor produto da
de serem da divida
penhoráveis venda

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ACÇÃO EXECUTIVA

Tramitação - o papel do agente de execução


• Poder de direcção do Processo;
• Efectuar todas as diligências de execução: citações, notificações,
penhora, venda, pagamento da quantia exequenda e extinguir o
processo.
• Poder das partes reclamarem dos actos do Agente de Execução
para o Juiz
• Poder do Exequente indicar e destituir o Agente de Execução.

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ACÇÃO EXECUTIVA

Custos iniciais com o Processo de Execução

Taxa de Justiça
Acção de valor até € 30.000,00 € 25,50
Acção de valor superior a € 30.000,00 € 51,00

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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ACÇÃO EXECUTIVA
Custos com o Processo de Execução
Honorários e Despesas Devidos ao Agente de Execução
Honorários Fase 1 (até) € 127,50
Penhora efectiva em diligencia externa € 81,60
Penhora frustrada em diligência externa € 15,30
Citação por via postal € 20,40
Citação por contacto pessoal € 51,00
Despesas de registo de penhora de bem imóve € 100,00
Despesas de registo de penhora de bem móvel € 30,00
Venda (ex. venda por neg. particular) € 102,00
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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ACÇÃO EXECUTIVA
Custos com o Processo de Execução
• O AE recebe ainda um valor adicional pela recuperação do crédito:
Exemplo:
 Se recupera € 3.000,00 = € 62,40
 Se recupera € 10.000,00 = € 161,20

• A este valor acresce:


 50% se a recuperação ocorrer antes da penhora
 25% se a recuperação ocorrer da adjudicação, da
consignação ou publicitação da venda
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GESTÃO DE COBRANÇAS

FORMAS DE COBRANÇA

ACÇÃO EXECUTIVA
Custos com o Processo de Execução:
• Pagamento das despesas e honorários do Agente de
Execução
a) são da responsabilidade do Exequente
b) sem prejuízo de enquadrarem a quantia exequenda,
cujo pagamento, no final, é da responsabilidade do
Executado.

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GESTÃO DE COBRANÇAS

ASPECTOS FISCAIS RELEVANTES NA


GESTÃO DOS CRÉDITOS INCOBRÁVEIS

Paulo Ribeiro Barbosa

29-03-2012 Gestão de Cobranças 58


GESTÃO DE COBRANÇAS

RECUPERAÇÃO DO IVA POR CRÉDITOS INCOBRÁVEIS

• É possível recuperar o IVA resultante de entregas por operações


entre dois sujeitos passivos, nas seguintes situações:

Créditos reclamados em
processo de execução, após o
Créditos sobres empresas em
registo da suspensão da
procedimento extrajudicial de
instância, por não terem sido
conciliação
encontrados bens
penhoráveis

Créditos reclamados em
processo de insolvência.

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GESTÃO DE COBRANÇAS

RECUPERAÇÃO DO IVA POR CRÉDITOS INCOBRÁVEIS

• Nascendo o direito à regularização, poder-se-á recuperar o IVA mediante


a inscrição do respectivo valor no campo 40 da declaração periódica

• Prazo: 4 anos a partir do momento em que nasce o direito

• Obrigatoriedade de comunicação ao adquirente do bem ou serviço, a


anulação total ou parcial do imposto

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GESTÃO DE COBRANÇAS

RECUPERAÇÃO DO IVA POR CRÉDITOS INCOBRÁVEIS

• Verificando-se a recuperação dos créditos, total ou parcialmente


obrigatoriedade a proceder à entrega do imposto, no período em que se
verificar o seu recebimento (preenchimento no campo 41 da declaração
periódica);

• Os documentos, certidões e comunicações devem integrar o processo


de documentação fiscal do contribuinte (art. 121.º do CIRC)

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GESTÃO DE COBRANÇAS

RECUPERAÇÃO DO IVA POR CRÉDITOS INCOBRÁVEIS

Créditos até 6.000,00 € (IVA incluído) que tenham sido reconhecidos


em acção de condenação ou reclamados em processo de execução em
que o devedor tenha sido citado editalmente

• Impossibilidade de se proceder à dedução do IVA quando o


adquirente, à data da transacção, constasse da lista de acesso
público de execuções extintas com pagamento parcial ou por não
terem sido encontrados bens penhoráveis.

29-03-2012 www.nadv.pt 62
GESTÃO DE COBRANÇAS

DEDUTIBILIDADE POR PERDA OU GASTO DOS CRÉDITOS


INCOBRÁVEIS EM IRC
Podem ser deduzidas para efeitos fiscais os seguintes créditos não
cobrados por perdas por imparidade:

Créditos em mora há
mais de 6 meses,
Créditos reclamados
Créditos sobre desde que tenham
judicialmente ou em
devedor insolvente sido efectuadas
Tribunal Arbitral
diligências para o seu
recebimento

29-03-2012 www.nadv.pt 63
GESTÃO DE COBRANÇAS

DEDUTIBILIDADE POR PERDA OU GASTO DOS CRÉDITOS


INCOBRÁVEIS EM IRC
No caso de dedução do crédito pela simples mora:

Mora entre 6 e 12 meses 25%

Mora entre 12 e 18 meses 50%

Mora entre 18 e 24 meses 75%

Mora há mais de 24 meses 100%

NB: A provisão deverá respeitar o regime de periodização económica – art.º 18.º CIRC

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GESTÃO DE COBRANÇAS

DEDUTIBILIDADE POR PERDA OU GASTO DOS CRÉDITOS


INCOBRÁVEIS EM IRC
• Não são considerados créditos de cobrança duvidosa:

I. Os créditos sobre o Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais


ou aqueles em que estas entidades tenham prestado aval

II. Os créditos cobertos por seguro

III. Os créditos sobre pessoas singulares ou colectivas que detenham


mais de 10% do capital da empresa ou sobre membros dos órgãos
sociais, salvo no caso de insolvência ou acção judicial

IV. Os créditos sobre empresas participadas em mais de 10% do


capital, salvo no caso de insolvência ou acção judicial

29-03-2012 www.nadv.pt 65
GESTÃO DE COBRANÇAS

DEDUTIBILIDADE POR PERDA OU GASTO DOS CRÉDITOS


INCOBRÁVEIS EM IRC

• A dedutibilidade está dependente da prova de


comunicação ao devedor, o qual deve registar o respectivo
montante para apuramento do seu lucro fiscal

29-03-2012 www.nadv.pt 66
GESTÃO DE COBRANÇAS

DEDUTIBILIDADE POR PERDA OU GASTO DOS CRÉDITOS


INCOBRÁVEIS EM IRC

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

• A empresa X contabilizou em IRC os seguintes valores:


I. Ajustamentos de dividas a receber: € 10.000,00.

Correspondentes a:
a) Crédito do cliente A em mora há 10 meses: € 5.000,00;
b) Crédito do cliente B, participada em 15% pela X: € 5.000,00;

QUAL O AJUSTAMENTO ACEITE FISCALMENTE?

- 25% do saldo do cliente A = 1.250,00 €

29-03-2012 www.nadv.pt 67
PANORAMA GERAL SOBRE A
INSOLVÊNCIA

Nuno Albuquerque

29-03-2012 Gestão de Cobranças 68


GESTÃO DE COBRANÇAS

DIAGNÓSTICO PRINCIPAIS PROBLEMAS


DOS PROCESSOS INSOLVÊNCIA

1. Organização do próprio processo judicial


2. Conformação dos interesses conflituantes
3. Insuficiente formação especializada dos operadores
4. Inexistência de qualquer selecção no recrutamento Adm. Insol. e
no controle do desempenho da sua actividade
5. Comissões de Credores: falta de motivação e empenhamento
6. Falta de comunicação e cooperação entre as várias entidades
7. Deficiente visão da natureza e função do processo por parte de
alguns credores:
• cobrança de dívida
• forma de recuperar o IVA pago
• arrumar internamente o ficheiro do cliente (ex. Bancos)
• forma de fazer “morrer” as sociedades (MP e Segurança
24-02-2012 Social) www.nadv.pt 69
GESTÃO DE COBRANÇAS

Nenhum daqueles problemas é resolvido ou


sequer atenuado com as alterações proposta
ao CIRE. Pelo contrário.

24-02-2012 www.nadv.pt 70
INSTRUMENTOS E MECANISMOS DE
APOIO À CONSOLIDAÇÃO E
REVITALIZAÇÃO EMPRESARIAL

Nuno Albuquerque

29-03-2012 Gestão de Cobranças 71


GESTÃO DE COBRANÇAS

INSTRUMENTOS E MECANISMOS
DE APOIO À CONSOLIDAÇÃO E
REVITALIZAÇÃO EMPRESARIAL

Processo especial de
Plano de Insolvência
revitalização (PER)
(129.º- ss CIRE)
(art. 17.º-A ss CIRE)

24-02-2012 www.nadv.pt 72
GESTÃO DE COBRANÇAS

“Processo Especial de Revitalização”


(“PER”) – artigos 17.º-A a 17.º-I

O QUE É ? COMO

• Através de um acordo que permite a


• Permitir ao devedor estabelecer aprovação de um plano de
negociações com os credores reestruturação

24-02-2012 www.nadv.pt 73
GESTÃO DE COBRANÇAS

FASES
Inicio do processo

• De imediato

Listagem dos créditos


• 20 a 30 dias
Desenvolvimento do Plano de Recuperação

• 2 a 3 meses
Aprovação/extinção

• 10 dias
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INICIO PROCESSO

Situação económica difícil (situação de


insolvência iminente)

Inicio do processo pela manifestação


de vontade e de um credor

Comunicação ao Juiz do Tribunal


competente

Despacho de nomeação de
administrador judicial provisório

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LISTAGEM DOS CRÉDITOS

20 dias p/ reclamar créditos: Publicação


Citius despacho nomeação Adm.
Provisório

5 dias para Adm. Prov. elaborar lista


credores

5 dias úteis para impugnações

5 dias úteis para Juiz decidir sobre


impugnações

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DESENVOLVIMENTO PER

2 meses para concluir as negociações,


podendo o prazo ser prorrogado apenas
uma vez pelo período de um mês

Administrador judicial provisório


participa nas negociações

Acções de cobrança de dívida são


suspensas

Adm. Jud. deve aprovar qualquer acto


de revelo do devedor (por escrito)

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APROVAÇÃO/EXTINÇÃO PER

Aprovação com
1/3 do total dos créditos
voto favorável de 2/3 dos votos emitidos
e superior a ½ dos votos emitidos de créditos não subordinados

Se houver unanimidade: acordo deve se assinado por todos


Caso contrário: devedor remete plano aprovado ao Juiz

O juiz tem 10 dias para homologar / recusar o plano

Caso não seja alcançado acordo no prazo, o juiz aprecia


situação do devedor e pode declarar a insolvência

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“PLANO DE INSOLVÊNCIA”
Artºs 192.º ss

O QUE É ? O QUE ALTERA ?


• Destina-se a regular
• O plano que se destine a prover à
• o pagamento dos créditos
recuperação do devedor designa-se
• liquidação da massa insolvente
plano de recuperação
e a sua repartição
• Responsabilidade do devedor • No demais…tudo como dantes
pós processo de insolvência
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Plano insolvência
pode prever todos os tipos de medidas patrimoniais e
de gestão

Perdão ou redução
Condicionamento
do valor de créditos Modificação dos Constituição de
do reembolso de
(capital ou juros), prazos de garantias
todos os créditos ou
com ou sem vencimento ou das
de parte deles às Cessão de bens aos
cláusula «salvo taxas de juro dos
disponibilidades do credores
regresso de melhor créditos
devedor
fortuna»

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GESTÃO DE COBRANÇAS

Exige prévia análise da


Pode e deve integrar Requer o recurso a um
situação específica de
todas as medidas de administrador judicial
uma empresa e do
reestruturação que se experiente na
interesse efectivo de
achem essenciais à elaboração e
recurso à insolvência
recuperação da negociação de planos
com vista à sua
empresa de recuperação
recuperação

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GESTÃO DE COBRANÇAS

OE 2011
Artº 30/3 da
LGT

Ditou o fim
dos planos
de
insolvência Plano de insolvência que preveja
redução, extinção, ou estabeleça
uma moratória de créditos
fiscais sem obediência às
condições previstas nas próprias
leis fiscais não deve ser
homologado

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RESPONSABILIDADES PESSOAIS
DOS ADMINISTRADORES

Nuno Albuquerque

29-03-2012 Gestão de Cobranças 83


GESTÃO DE COBRANÇAS

Empresa Empresa é
declarada insolvente

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Consequências pessoais da declaração de insolvência

Responsabilidade Civil

Responsabilidade Criminal

Responsabilidade Penal Tributária

Responsabilidade Tributária

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Responsabilidade Civil dos Gerentes / Administradores

Reclamação de Incidente de
Sentença de Declaração Créditos
de Insolvência Qualificação de
(art. 128.º do CIRE excepto Insolvência
(art. 36.º CIRE) nos casos do art. 39.º nº1 do
(arts. 185.º a 191.º do CIRE)
CIRE)

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GESTÃO DE COBRANÇAS

Tipos de Insolvência
(Art. 185.º do CIRE)

Fortuita Culposa
(art. 186.º do CIRE “a
contrario”) (art. 186.º do CIRE)

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GESTÃO DE COBRANÇAS

A Insolvência será culposa quando:


(Art. 185.º)

o a situação de insolvência tiver sido criada ou agravada


pelo devedor;

o em consequência da actuação, dolosa ou com culpa grave,


do devedor, ou dos seus administradores, de direito ou de
facto;

o nos três anos anteriores ao início do processo de


insolvência.

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Insolvência como culposa: consequências


189.º CIRE

o Inibição para o exercício do comércio durante um período de 2 a


10 anos

o Inibição para ocupação de cargos de órgãos sociais de


sociedades comerciais, civis, associações, fundações, empresas
públicas ou cooperativas

o Perda de créditos sobre a insolvência ou sobre a massa insolvente

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ALTERAÇÕES CIRE 189.º CIRE

a) Identificar as pessoas, nomeadamente administradores, de direito ou de facto,


técnicos oficiais de contas e revisores oficiais de contas, afectadas pela
qualificação, fixando, sendo o caso, o respectivo grau de culpa;

b) Decretar a inibição das pessoas afectadas para administrarem


patrimónios de terceiros, por um período de 2 a 10 anos;
c) (…)
d) (…)

e) Condenar as pessoas afectadas a indemnizarem os credores do devedor


declarado insolvente no montante dos créditos não satisfeitos, até às
forças dos respectivos patrimónios, sendo solidária tal responsabilidade entre
todos os afectados.
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GESTÃO DE COBRANÇAS

Artigo 82.º n.2 do CIRE


Responsabilidade civil pela administração;
Atribui legitimidade extraordinária e exclusiva ao
Administrador da Insolvência para efectivação da responsabilidade
civil dos gerentes / administradores da insolvente;

 Responsabilidade civil contratual dos administradores para com a


sociedade ( Art. 72.º CSC);
 Responsabilidade civil extracontratual dos administradores perante
credores sociais, sócios e terceiros (art. 78.º e 79.º do CSC);

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Responsabilidade Criminal (CP)

Insolvência Frustração de Insolvência Favorecimento


Dolosa Créditos Negligente de Credores
(art. 227.º CP) (art. 227.º-A CP) (228.º CP) (229.º CP)

pena de pena de
pena de prisão
pena de prisão prisão até um prisão até 2
até 5 anos ou
até 3 anos ou ano ou com anos ou pena
pena de multa
pena de multa. pena de multa de multa até
até 600 dias
até 120 dias. 240 dias

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GESTÃO DE COBRANÇAS

Responsabilidade Penal
Tributária (RGIT)

Abuso de Confiança
Abuso de Confiança
contra a Segurança Social
(art. 105.º RGIT)
(107.º-RGIT)

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Abuso de Confiança (art. 105.º RGIT)

o não entrega à administração tributária, total ou parcial de prestação


tributária de valor superior a €: 7.500,00;

o decorridos mais de 90 dias sobre o termo do prazo legal para


entrega da prestação

Pena de prisão até três anos ou multa até 360 dias;


dias

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Abuso de Confiança contra a Segurança Social


(art. 107.º RGIT)

o não entrega de valores deduzidos do valor das remunerações deduzidas e


devidas às instituições de segurança social – Inexistência de Limite Mínimo;

o decorridos mais de 90 dias sobre o termo do prazo legal para


entrega da prestação

Pena de prisão até três anos ou multa até 360 dias;


dias

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GESTÃO DE COBRANÇAS

 Responsabilidade Tributária:
Art. 22.º LGT

Verifica-se quando é possível exigir a um sujeito

passivo não originário o pagamento de dívidas

tributárias do sujeito passivo originário.

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Responsabilidade dos membros de corpos sociais e responsáveis


Art. 24.º LGT

Administradores

Gerentes

Quem?

Directores

ROCS / TOCS

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GESTÃO DE COBRANÇAS

Quando?

 O obrigado ao cumprimento do imposto não o fez;

 Foi contra ele instaurado um processo de execução fiscal;

 Nesse processo verificou-se, ou que não há bens para pagar a

dívida fiscal, ou que esses bens são insuficientes;

 A execução fiscal vai então reverter contra eventuais responsáveis

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