Sunteți pe pagina 1din 10

Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Programa de Pós-graduação em Engenharia Oceânica (PPGEO)


Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional (PPGMC)
Escola de Engenharia (EE)
Disciplina de Fenômenos de Transportes
Professor: Dr. Elizaldo Domingues dos Santos

PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA

1. Princípio da Conservação de energia


A transferência de calor pode ser definida das seguintes formas sob o enfoque da
termodinâmica e em fenômenos de transportes:
- Termodinâmica: quantidade de energia necessária para que o sistema mude seu
estado de equilíbrio, ou seja, um fenômeno de fronteira.
- Transferência de calor: processo de não-equilíbrio entre dois estados
termodinâmicos.

2. Balanço de Energia (Sistema Fechado)


Considere o sistema fechado ilustrado na Fig. 1 abaixo. Além disso, considere
que toda a energia do sistema é conservada.

Figura 1 – Ilustração de um sistema fechado e especificação de sua superfície de


controle.

Vale observar que em sistemas fechados a energia cruza a fronteira do sistema


(na superfície de controle) somente por calor ou trabalho, ou seja, não há troca de massa

1
entre o domínio do sistema e a vizinhança.
Para um sistema fechado, a variação da energia total é dada pela seguinte
expressão:

∆E acum = ∆Ec + ∆E P + ∆U = Q1− 2 − W1− 2 [J] (1.1)

onde ∆Eacum representa a quantidade de energia acumulada no sistema (J), ∆Ec


representa a variação de energia cinética no sistema (J), ∆EP representa a variação de
energia potencial no sistema (J), ∆U representa a variação de energia interna no sistema
(J), Q1-2 representa a quantidade de energia que cruza a superfície do sistema por calor
(J) e W1-2 a quantidade de energia que cruza a fronteira da superfície de controle através
de trabalho (J).
De acordo com Shapiro e Moran (2011) a termodinâmica em engenharia está
frequentemente preocupada com dispositivos tais como motores de combustão interna e
turbinas, cujo propósito é realizar trabalho. Assim, é conveniente considerar tal trabalho
através da seguinte convenção:

W > 0: trabalho realizado pelo sistema – exemplo: turbinas.


W < 0: trabalho realizado sobre o sistema – exemplo: bombas, compressores.

2.1. Energia interna


A energia mecânica de um sistema (E) inclui as energias cinética (Ec) e potencial
(EP). Contudo, há variações de energia que ocorrem dentro de um sistema que não
podem ser relacionadas à variação da energia mecânica. Por exemplo, considere o
sistema de um agitador isolado, conforme ilustra a Fig. 2. Um gás (ou líquido) está
inicialmente em estado de equilíbrio em um reservatório fechado e isolado, o mesmo é
agitado vigorosamente e colocado em repouso até atingir um estado final de equilíbrio,
a energia do gás aumenta durante o processo. Neste exemplo, a variação da energia do
sistema não pode ser atribuída a variações na energia cinética ou potencial do sistema.
Assim, a variação de energia pode ser explicada em termos de energia interna.

2
Figura 2 – Ilustração de agitador onde há variação somente de energia interna no
sistema.

3. Balanço de Energia em Volumes de Controle


Vale destacar de antemão que, nos sistemas fechados não há troca de massa
entre o sistema e a vizinhança. Enquanto isso, nos volumes de controle (também
chamados de sistemas abertos em alguns trabalhos da literatura) a massa cruza a
fronteira do sistema, ou seja, há troca de energia por advecção entre o sistema e a
vizinhança.
Para montar um balanço em um volume de controle (VC) considere um sistema
ilustrado na Fig. 3 nos instantes de tempo t e t + ∆t.

a) b)
Figura 3 – Ilustração de um volume de controle nos instantes de tempo: a) t e b) t + ∆t.

3
Uma vez que há troca de massa entre o volume de controle e a vizinhança, o
primeiro passo é atender ao princípio de conservação de massa. Será considerado que a
massa em todo o sistema se conserva. Assim:

me + mVC (t ) = mVC (t + ∆t ) + ms (1.2)

Dessa forma, é possível estabelecer a quantidade de energia no sistema. Para o


instante t a energia do sistema é dada por:

 v2 
E (t ) = EVC (t ) + me  u e + e + gz e  (1.3)
 2 

E no instante t + ∆t:

 v s2 
E (t + ∆t ) = EVC (t + ∆t ) + ms  u s + + gz s  (1.4)
 2 

O balanço de energia para o sistema é dado pela seguinte expressão:

E (t + ∆t ) − E (t ) = Q1− 2 − W1− 2 (1.5)

Substituindo as Eq. (1.3) e (1.4) na Eq. (1.5) tem-se:

 v2   v2 
E (t + ∆t ) − E (t ) = Q1− 2 − W1− 2 + me  u e + e + gz e  − ms  u s + s + gz s  (1.6)
 2   2 

Em termos de taxa temporal a equação da energia para o sistema pode ser


reescrita da seguinte forma:

dEVC  ve2   vs2 


= Q1− 2 − W1− 2 + m& e  u e + + gz e  − m& s  u s + + gz s 
& & [W] (1.7)
dt  2   2 

4
3.1. Trabalho em um Volume de Controle
O trabalho em um sistema, W&1− 2 , é composto de duas principais contribuições:
- trabalho associado com a pressão do fluido nas entradas e saídas de massa na
fronteira do volume de controle;
- outros efeitos como eixos girantes, deslocamentos de fronteira por uma
superfície física (êmbolo), campos elétricos, magnéticos e outros. Esse tipo de trabalho

será denominado aqui de W&VC .


A taxa de realização de trabalho associada com a pressão do fluido nas entradas
e saídas de massa no volume de controle pode ser dado pela taxa de trabalho de
deslocamento da fronteira, conforme ilustra a Fig. 4. As taxas nas superfícies de entrada
e saída são dadas pelas seguintes expressões:

W& e = ( pe Ae )ve (1.8)

W& s = ( p s As )v s (1.9)

Figura 4 – Ilustração da taxa de realização de trabalho pelo deslocamento da fronteira na


superfície de saída do volume de controle.

Dessa forma, o trabalho no sistema pode ser escrito por:

W&1− 2 = W&VC + ( p s As )v s − ( pe Ae )ve (1.10)

5
A vazão mássica de um escoamento pode ser definida a partir da seguinte
expressão (Fox et al., 2004):

m& = ρvA (1.11)

onde ρ é a massa específica do fluido (kg/m³), v é a velocidade (m/s) e A é a área da


secção transversal de entrada ou saída do fluido (m²).
Essa expressão pode ser rearranjada para obter-se uma expressão para o produto
de vA, da seguinte forma:

m&
vA = = m& υ (1.12)
ρ

onde υ é o volume específico do fluido (m³/kg). Assim, substituindo-se a Eq. (1.12) na


Eq. (1.10) tem-se:

W&1−2 = W&VC + m& s ( p sυ s ) − m& e ( peυ e ) (1.13)

Substituindo-se a Eq. (1.13) na Eq. (1.7) obtém-se uma equação da energia para
o volume de controle em função da taxa de realização de trabalho no volume de
controle:

dEVC  ve2   v s2 
= QVC − WVC + m& e  u e + peυ e + + gz e  − m& s  u s + p sυ s + + gz s 
& & (1.14)
dt  2   2 

Da definição de entalpia (h = u + pυ), temos:

dEVC  ve2   vs2 


= QVC − WVC + m& e  he + + gz e  − m& s  hs + + gz s 
& & (1.15)
dt  2   2 

6
4. Balanço de Energia sob o Enfoque da Transferência de Calor
O balanço de energia usado em transferência de calor é o mesmo para um
sistema fechado ou volume de controle. Considerando um domínio como o montado na
Fig. 5, o balanço de energia é escrito da seguinte forma (Incropera et al., 2008):

dEVC
= E& ent − E& sai + E& g [W] (1.16)
dt

onde dEVC/dt representa a taxa de acúmulo de energia no volume de controle (W), E& ent

representa a taxa de energia que entra pela fronteira do volume de controle (W), E& sai

representa a taxa de energia que sai pela fronteira do volume de controle (W), E& g é a

taxa de geração de energia (W).

Figura 5 – Domínio avaliado para balanço de energia em transferência de calor.

O primeiro termo do lado esquerdo da Eq. (1.16) pode ser também representado

por E& acum . Este termo pode assumir valores diferentes de zero ( E& acum ≠ 0 ) onde os

problemas são denominados transientes, ou igual a zero ( E& acum = 0 ) onde os problemas
são denominados permanentes ou estacionários. O primeiro e segundo termos do lado

direito da Eq. (1.16), E& ent , E& sai , representa taxas de energia que cruzam a fronteira da
superfície de controle. Para um sistema fechado essa energia irá cruzar a superfície de
controle por trabalho (ventilador, bomba, turbina) ou por algum mecanismo de
transferência de calor (condução, convecção e/ou radiação térmica). Neste último caso,

7
será necessário lançar mão das equações constitutivas de Fourier, Newton e Stefan-
Boltzmann. Para volumes de controle, a energia pode cruzar a vizinhança por advecção,
ou seja, alguma massa de fluido quente ou frio que irá entrar ou sair do volume de

controle. O último termo da Eq. (1.16) ( E& g ) representa a conversão de alguma forma de

energia (diferente de energia mecânica ou energia térmica, como por exemplo, campos
magnéticos, elétricos ou reações químicas endotérmicas ou exotérmicas) em energia
térmica e mecânica, que é contabilizada no balanço de energia da Eq. (1.16).
Com relação ao termo transiente, a taxa de acúmulo de energia por unidade de
volume é dada por:

- Para um processo a pressão constante em um gás ideal:

dE acum Dh DT Dh DT DT
=ρ ⋅ =ρ = ρc P (1.17)
dt Dt DT DT Dt Dt

- Para um processo a volume constante e um gás ideal:

dE acum Du DT Du DT DT
=ρ ⋅ =ρ = ρc v (1.18)
dt Dt DT DT Dt Dt

- Para um escoamento incompressível (cP = cv = c):

dE acum DT
= ρc (1.19)
dt Dt

- Para um meio difusivo, não há advecção de energia, de forma que o termo de


acúmulo pode ser dado por:

dE acum ∂T
= ρc (1.20)
dt ∂t

onde nas Eqs. (1.17) a (1.20) c representa uma propriedade termodinâmica denominada
de calor específico (J/(kg⋅K)) e os sub-índices v e p representam os processos que

8
ocorrem a volume e pressão constantes.

5. O Balanço de Energia de Superfície


Há situações onde não é necessário montar um balanço em todo o domínio e sim
somente na superfície, por exemplo, em fenômenos onde o acúmulo de energia
(fenômeno de massa) ou de geração de energia (fenômeno de volume) são nulos. Neste
tipo de balanço, as superfícies de controle são impostas em ambos os lados da fronteira
física. Por exemplo, na parede da Fig. 6, as superfícies de controle estão imediatamente
dentro da parede sólida e na região de fora da parede. Nestes casos, não há massa nem
volume. Partindo-se do balanço de energia dado pela Eq. (1.16) o balanço de superfície
é dado por:

E& ent − E& sai = 0 (1.21)

Figura 6 – Ilustração de um balanço de energia de superfície.

No caso do balanço de energia da Fig. 6, onde há energia cruzando a fronteira do


sistema por condução, convecção e radiação térmica, o balanço de energia passa a ser
dado por:

′′ − qconv
E& ent − E& sai = qcond ′′ − q ′rad
′ =0 (1.22)

9
Para determinar as expressões, em função dos campos de temperaturas, lança-se
mão das equações constitutivas para cada um dos mecanismos e o balanço de energia
passa a ser dado por:

dT
−k − h(T2 − T∞ ) − εσ (T24 − T∞4 ) = 0 (1.23)
dx

6. Referências Bibliográficas
Çengel, Y. A.; Cimbala, J. M. (2007). Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e
Aplicações. 1ª. Ed., McGraw-Hill, São Paulo.
Fox, R. W.; MacDonald, A. T.; Pritchard, P. J. (2004). Introdução à Mecânica dos
Fluidos. 6ª. Ed., LTC Editora, Rio de Janeiro.
Incropera, F. P.; Dewitt, D. P., Bergman, T. L., Lavine, A. S. (2008). Fundamentos de
Transferência de Calor e Massa, 6ª Ed., Editora LTC.
Munson, B. R.; Young, D. F.; Okiishi, T. H. (2004). Fundamentos da Mecânica dos
Fluidos. Tradução da 4ª edição americana, Editora Edgard Blücher, São Paulo.
Shapiro, H. N.; Moran, M. J. (2011). Princípios de Termodinâmica para Engenharia, 6ª
Ed., Editora LTC.
White, F. (2010). Fluid Mechanics. McGraw-Hill.

10

S-ar putea să vă placă și