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Resumo: Esta pesquisa focaliza as marcas deixadas nas carteiras e paredes escolares – as
"pichações". Entendemos que estas re-estabelecem as funções destes “espaços” tomando-os como
suportes para esta atividade comunicativa. Três escolas foram escolhidas como locais para esta
pesquisa. Os dados para este estudo incluem 694 registros fotográficos. Foram realizadas entrevistas
com os diretores escolares e com estudantes. A análise dos registros nos informa a complexidade da
pichação enquanto um sistema específico de comunicação. Esta análise também nos sugere que a
pichação está relacionada com os processos de construção de identidade dos estudantes. Tal
perspectiva está calcada nos temas sexualidade; namoro, paquera e disputas românticas; vinculos
religiosos; filiações a grupos musicais; territorialidade, apologia ao uso de drogas e violência. Além
disso, as pichações nas paredes e nas carteiras podem nos revelar aspectos da cultura escolar e das
suas experiências o que dizem respeito as historicidade das experiências dos jovens. Nesse sentido,
a prática de pichação é aqui considerada como uma forma de expressão e de comunicação, e não
como depredação escolar.
INTRODUÇÃO
Nossas observações do cotidiano ao longo dos últimos anos, têm nos indicado que os
alunos vão para a escola em função do processo de socialização que ela possibilita, os alunos
entendem o espaço escolar como um lugar para encontros, caracterizando o estar na escola muito
mais como um processo de sociabilidade do que um processo de escolarização (MARTINS, 2003;
MARTINS, SCHMIT, 2003; MARTINS; SILVA, 2003; MARTINS; SCHMIT; SILVA203).
É muito frequente encontrarmos na literatura especializada a idéia de que o cotidiano
escolar se caracteriza pela diversidade. Diversidade esta marcada sob várias perspectivas: sob a
ótica das classes sociais, sob a perspectiva sociológica, sob a marca cultural, religiosa, etc... Assim,
partimos do pressuposto que o cotidiano escolar é perpassado por esta diversidade – ou pluralidade
– e que isto nos coloca diante da necessidade do reconhecimento da presença, no contexto escolar,
de vários grupos.
Por outro lado, também é lugar comum na literatura a idéia de que a escola se organiza
com a perspectiva de estabelecer dispositivos que garantam uma “certa” homogeneidade no
tratamento dos problemas enfrentados, geralmente tratados com a perspectiva de manter o processo
disciplinador que muitas vezes marca a atuação da administração diante de problemas por ela
enfrentado (MARTINS, 2002).
Sob estas perpectivas, e considerando os vários grupos que frequentam o cotidiano
escolar, assim como as estratégias da administração escolar em manter este espaço “limpo” –
asséptico – nos interessamos em conhecer como os diversos grupos presentes no contexto da escola
se manifestam, quais as estratégias que utilizam para estabelecer suas fronteiras, deixar suas
marcas... tendo como objeto de pesquisa as “marcas” que encontramos nas paredes, nos bancos, nas
carteiras, etc.. o que denomiremos aqui de pichação1.
1
Cabe aqui estabelecer uma diferença entre grafite e pichação: Grafite é uma denominação utilizada para caracterizar
expressões artísticas no contexto urbano. São marcas espalhadas pelos muros, fachadas de casas e que assumem várias
matizes: políticas, estéticas, protestos, etc... Pichação, por sua vez, não tem necessariamente um caráter estético.
2
Ver Lourau (1995) sobre a dialética instituído/instituínte das instituições sociais.
a perspectiva instituinte que entendemos a expressão dos alunos nas paredes, bancos, carteiras
escolares, na medida em que os estudantes reiventam o cotidiano escolar com tal prática.
DA ESCOLARIZAÇÃO
Se consideramos que a educação é um conjunto de alvos, de finalidades, o que a
inscreve na ordem do político, podemos dizer com Castoriadis que “o objeto da verdadeira política
é transformar as instituições, mas transformá-las de maneira que estas eduquem indivíduos para
autonomia” (CASTORIADIS apud ARDOINO, BARBIER e GIUST-DESPRAIRIES, 1998, p. 61).
No entanto, Castoriadis assevera:
Somente uma coletividade autônoma pode formar indivíduos autônomos – e vice-versa,
daí o paradoxo para a lógica corrente. Veja um dos aspectos desse paradoxo: a autonomia
é a capacidade de questionar uma instituição dada da sociedade – e é esta instituição que,
através sobretudo da educação, deve nos tornar capazes de questioná-la. (CASTORIADIS
apud ARDOINO, BARBIER e GIUST-DESPRAIRIES, 1998, p. 61)
DA PESQUISA
Tendo em vista as considerações anteriores esta pesquisa objetivou conhecer e analisar as
expressões dos jovens através do grafite no contexto escolar. Com essa perspectiva, entramos em
contato com três escolas públicas de Londrina e passamos a fotografar – na medida do possível – as
marcas que os estudantes deixam em vários suportes: carteiras, paredes, portas, cadeiras, etc.
Recolhemos cerca de 694 fotografias que foram tiradas em diversos momentos, especialmente
quando os estudantes não estavam presentes na escola.
Ao longo do desenvolvimento da pesquisa tivemos a oportunidade de discutir com alguns
alunos, de maneira bastante informal, acerca da questão da presença da pichação no contexto
escolar.
As Escolas
Nossa pesquisa envolveu três escolas da cidade de Londrina, uma que se localiza no centro
da cidade (que a partir de agora será denominada de Escola A), uma outra se localiza na zona oeste
(que a partir de agora será denominada de Escola B) e a terceira na zona norte (que a partir de agora
será denominada de Escola C).
Todas as escolas oferecem Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) e o Ensino Médio nos três
períodos – matutino, vespertino e noturno. Elas recebem, cada uma, cerca de 1000 alunos De uma
certa forma, quando apresentamos a proposta de trabalho para as direções das escolas fomos muito
bem recebidos, mas em função de nossa disponibilidade não fizemos o mesmo número de incursões
nas – na Escola A fizemos 3 incursões, na Escola B 1 incursão e na Escola C, 5 incursões.
A Escola A oferece Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) e o Ensino Médio. Atende cerca de
1000 alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno. Nas entrevistas que realizamos com a
direção sobre a questão da pichação no contexto da escola, fomos informados que ela tem
enfrentado essa questão limpando constantemente as carteiras (que são de fórmica). Assim, nos
intervalos entre os períodos, as zeladoras que ali trabalham passam em todas as salas limpando as
paredes e carteiras. O diretor se diz preocupado com esse tipo de manifestação, principalmente com
o conteúdo que veiculam, uma vez que podem estar vinculado às temáticas ministradas por
professores (conhecidas como “cola”) ou pode estar relacionado com pornografia e ou com
conteúdos que “ataquem” a “moral e os bons costumes”.
Na escola, segundo o diretor, há dois espaços onde os alunos estão autorizados para
deixarem suas marcas: uma lousa no pátio e um mural num dos corredores próximos a quadra
coberta da escola – lugar de grande movimentação de alunos. No primeiro espaço – nos momentos
em que fizemos nossas visitas – não encontramos marcas dos alunos, já no outro espaço – o mural –
pudemos verificar várias expressões (ver Fotos 1 a 4).
Foto 1- Foto 2
Foto 3 Foto 4
Um outro dado interessante observado nesta escola foi o fato de que apesar da limpeza e da
vigilância, ou mesmo de uma prática de pichação autorizada, os estudantes se apropriaram também
das paredes da escola e dos prédios em seu entorno: os estudantes ocupam os espaços extra-muros
do estabelecimento escolar para deixarem suas marcas. A hipótese aqui é a de que, na medida em
que eles não têm espaços de expressão no interior da escola, ocupam outros espaços – aqueles que
estão fora dela. Assim, encontramos as marcas dos alunos nas paredes de lojas e das residências do
entorno, em muros, no ponto de ônibus... (ver Foto 10)
Foto 10 – Muro de edifício em frente à escola onde encontramos várias marcas deixadas pelos estudantes
Das pichações
Uma análise mais externa das marcas nos sugere que estamos diante de um tipo de
comunicação bastante específica, o que traz uma dificuldade de interpretação para aqueles que não
dominam o código que sustenta tal sistema, ou seja, somente aqueles envolvidos nas redes sociais
que compartilham o sistema de escrita compreendem o que está sendo dito ou expresso: tal fato se
revela tanto na grafia de certas marcas – as vezes cifrada (Foto 11a e Foto 11b)) –, como na forma
de organização do sistema – geralmente se apresenta muito confuso pois muitas marcas aparecem
juntas chegando a se confundirem umas com as outras (Foto 12).
Foto 11a – Carteira de escola (detalhe): Código Foto 11b – Carteira de escola (detalhe): Código
Foto 12 – Carteira Escolar – um sistema de comunicação muito confuso
Foto 13a - Eu amo ele (seta aponta) Bruno Foto 13b - Você não sente nada por ele? Não
Foto 13c - Esquece o Bruno, ele é das Foto 13d - Ele gosta de mim, não tanto quanto
biscataida eu dele, mas ta bom
Foto 14b – Parapeito da janela da sala de aula – Kata eu sua piranha galinha – Biscate, cata eu, to te esperando sua
vadia baxa aki, ass. J.J.P.A.N (continua em 14c).
Foto 14c – Parapeito da janela da sala de aula – coloca seu nome suas vadias que eu tenho te bater, biscataiada – ass.
...
Foto 14 d – Parapeito da janela da sala de aula – (acima) – sua vadia, descobre se você for mulher, sua incompetente,
biscateee J.J.A.N.P Kata nóis. (embaixo) biscate, kenga, leza, renha, rampi, puta, vadia, arrombada, dadeira
Essa sequência de “conversa” foi encontrada no .... de uma janela de uma sala de aula
em uma das escolas. Num primeiro momento identificamos que são garotas da turma da manhã que
estão em disputa com garotas da turma da noite ou da tarde. O motivo da disputa ou das ofensas não
é claro e nem esclarecido no corpo das enunciações, mas o espaço é suporte – parede – para
expressar as desavenças e o estabelecimento do diálogo.
O fato é que existe uma demanda para os jovens se comunicarem – especialmente se
considerarmos que vivemos uma escola que se pauta pelo silêncio e pelo silenciamento (cfe
BIANCHINE, 2009). É o que expressa as Fotos 15a, 15b, 15c, 15d
As marcas que os estudantes fazem nas carteiras e nas paredes trazem muitas
referências sobre o universo em que vivem a partir das quais podemos vislumbrar alguns elementos
que contribuem para a construção da identidade dos mesmos. Na Foto 16 aparece alguns aspectos
deste universo:
3
Para mais detalhes, ver Knobel, 1981.
Foto 17a - Carteira de Escola (Detalhe) – Foto 17b - Carteira de Escola (Detalhe) – Corpo
Corpo feminino masculino e ????? (um corpo indefinido)
Foto 17b - Cadeira de Escola (Detalhe) – Senta no teléco... Foto 17b - Cadeira de Escola (Detalhe) – Fer 100% Filé
(pênis) Olha o cofre, cú prá fora
Cú (seta indicando para baixo) C
O que nos chama atenção nos desenhos apresentados nestas fotos são seus traços
infantis, com deformações corporais e desproporções - – bastante primitivos. Já as inscrições nos
remetem para as brincadeiras juvenis envolvendo a sexualidade, o desejo, um certo voyeurismo – já
que o namoro é meio “complicado” nesse período. Encontramos várias inscrições que já
caracterizam um certo romantismo entre os pichadores. É o que podemos perceber na Foto 11b que
traz a expressão Viviane e Samir (mas em segredo). Além disso, como podemos ver no diálogo nas
Fotos 13, 13a, 13b, 13c e 13d, nas carteiras também encotramos certos dramas afetivos do amor não
correspondido (ver também Foto 18).
Foto 18 – Carteira de escola (Detalhe) – Thigo Fibtacao “Já
que vc não me quer mais, vou espalhar meu amor por aí”
Cabe também registrar que este espaço – o das paredes, das carteiras e das cadeiras –
também é compartilhado por grupos minoritários, dentre os quais, destacamos os homossexuais,
conforme nos mostra a pichação da Foto 19.
Foto 18 – Parede de banheiro de escola – “Queremos chupar pinto e dar. Ass: os viadinhos que andam junto
recreio – endereço de email - me manda um e-mail (confidencial) Beijo no seu pinto!
Foto 19a – Carteira de Escola (Detalhe) – Os boys Foto 19b - – Carteira de Escola (Detalhe) – o mundo
comandam. Odeio manos só será mundo quando o último pagodeiro morrer
enforcado nas cordas de uma guitarra
Foto 19c – Carteira de escola – (No alto) – Curta rock e nada mais. (Embaixo Lado direito) – Punk
Foto 20a – Carteira de escola Foto 20b – Cadeira de escola (Detalhe) Foto 20c – Carteira de escola (Detalhe)
(Detalhe) – Agradeço a N.S. – Wicca (denominação de uma seita de – É comando zona oeste (foto tirada
Aparecida pela benção me concedida bruxas) numa escola da Zona Norte de
Londrina)
Foto 20d – Carteira de escola Foto 20e – Carteira de escola (Detalhe) Foto 20f – Carteira de escola –
(Detalhe) – Corinthians 5 x 1 – Skate Cultura hip-hop
Cianorte (Futebol)
A sequência de Fotos 20a - 20f, leva-nos a pensar na diversidade que marca nossa
juventude, nos informa que não existe uma única juventude, mas várias juventudes que convivem
em nossos contextos escolares, diversidade muitas vezes escamoteadas pelos rigores das normas e
das regras escolares (HORST & NARODOWSKI, 1999), especialmente por esperarem que este
jovens se comportem de uma mesma maneira.
Além das marcas culturais que circuncrevem os grupos de jovens que convivem no
cotidiano escolar, os jovens também são influenciados por uma certa “ideologia” que permeia nosso
universo social, especialmente aquela dirigida a figura da mulher e sua inserção na realidade. É o
que podemos vislumbrar com a Foto 21.
Foto 21 – Carteira de Escola (Detalhe) – Acróstico de Marcia: Modelo;
Atriz; Rica; Cat; Linda; Amorosa. Acróstico de Ana Paula: Amiga,
Nenezinha; Amorosa, Pirada; Atenciosa; Valiosa; Linda; Amante
A Foto 21 traz uma série de perspectivas analíticas – econômica, política, etc.. – para
esse trabalho. Gostaria de enfatizar, no entanto, aquela que diz respeito ao processo de construção
de identidade de Marcia e Ana Paula, uma vez que aos seus nome estão vinculados –
intrinsecamente – várias expectativas, desejos. Estes desejos e expectativas trazem em seu cerne
valores que se apóiam no esteriótipo de mulher disseminado em nossa sociedade – como a amante,
a atenciosa, a amorosa, a amiga. Traduzem, também, um padrão de beleza praticamente inatingível
em nosa sociedade que é o que marca o universo das modelos e atrizes – linda, rica, modelo.
Sonhos, sonhos, sonhos... ou senão marcas ideológicas?
Duas dimensões da realidade dos jovens que frequentam as escolas aqui estudadas que
se fazem presentes nas pichações dizem respeito à violência e a uma certa apologia para o uso de
drogas.
A violência está presente por certo tipo de ameaça, informando os leitores para um certo
tipo de comportamento que é marcado por “certa normatização” – saiu do “caminho” morre. É o
que nos indica as Fotos 22a e 22b. A convivência com a violência também se faz presente nas
pichações através de desenhos estilizados que nos lembram os desenhos animados que são passados
nos canais de televisão.
Foto 22a – Carteira de Escola (Detalhe) – Marco Foto 22b – Carteira de Escola (Detalhe) – Vacilo,
levo cumbo na cara Lava tiro???
Foto 22c – Carteira de Escola (Detalhe) – Homem Foto 22d – Carteira de Escola (Detalhe) – Figura
armado humana levando um tiro
Foto 23b – Parede de Escola – Desenho de um pé de Foto 23c – Parede de Escola – “A vida se basea na base
maconha de um baseado” (baseado é uma denominação atribuída
ao cigarro de maconha)
Foto 23d – Carteira de Escola – “Quando morrer não quero vela no meu
caixão Quero 1 kg de maconha para mim subir doidão
Foto 24a – Parede – Quando ficares triste nunca cruze os Foto 24b – Parede – O gozo não é apenas um liquido
braços pois lembre-se que o maior homem do mundo gosmento, mas sim um choro de um pinto apaixonado
morreu de braços abertos
Foto 24c – Parede – Dinheiro não traz felicidade, me dê o seu e Foto 24d – Carteira de Escola – Se for dirigir não beba, se for
seja feliz! beber, me chama
Considerações finais
Uma dimensão interessante que vislumbramos com essas pichações são o que
denominarei aqui de “licença poética”. Encontramos palavras que não correspondem ao português
oficial, seja do ponto de vista ortográfico como gramatical, o que nos faz pensar que os suportes
para a pichação são espaços para a livre expressão, uma liberdade que subverte, que rompe, que
apresenta a possibilidade de novos sentidos para a experiência – seja ela cultural, identitária, social,
estética. Nesse sentido, gostaria de destacar a Foto 24, que expressa um pouco essa ideia – quando a
encontramos,nós a denominamos de “estoura palavra”, uma vez que caracteriza, de uma certa forma
tal liberdade (assim como tantas outras que foram apresentadas ao longo deste estudo.
Foto 24 – Carteira de escola (detalhe) – Poli Jú Braço Gi Mayara Driana (seta) Cabeção,
Amanda (seta) Pega Anão
Essa perspectiva nos leva a pensar as paredes, as carteiras, enfim, os suportes tomados
pelos jovens para expressarem questões vivenciadas em seus cotidianos, como interstícios, espaços
escorregadios, prontos para receberem novas mensagens e acolherem novos sentidos para a
expressão destes jovens. Na medida em que acolhem essas expressões, tornam-se suportes de
diálogos, transformando-se em um campo onde os autores das pichações podem exercitarsuas
possibilidades, expressar seus desejos, mostrar sua realidade.
É por conta desta dimensão que não consideramos o exercício da pichação no contexto
escolar como uma depredação do patrimônio público, mas sim como um sistema de comunicação e,
cabe a nós, tentar decifrá-lo se quisermos compreender um pouco melhor a vivência dos jovens que
convivem conosco em nossas escolas.
Quando discutimos a questão da pichação com os estudantes, pudemos perceber que
eles atribuem este problema como algo que é da competência da direção – esta é que deve cuidar e
tentar resolver o problema. Alguns confessaram que picham as carteiras e os livros que recebem, e
dentre as manifestações dos jovens que entrevistamos, uma declaração nos pareceu muito
interessante que foi de uma aluna do período noturno. Esta, ao ser questionada sobre o destino de
novas carteiras ela respondeu: “... carteiras novas para registrar nossos momentos... nossa
historia...”, ou seja, a pichação, as marcas deixadas pelos estudantes, devem ser consideradas dentro
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS