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1. Introdução.................................................................................................................. 2
2. A segunda Fase da Revolução Francesa: A Convenção Nacional – 1792-1794/95.. 3
3. Os mais importantes pontos da nova Constituição: .................................................. 5
4. Conclusão .................................................................................................................. 8
5. Bibliografias .............................................................................................................. 9
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1. Introdução
De acordo com SOBOUL, (1974), a segunda Fase da Revolução Francesa foi a fase
considerada mais radical do movimento revolucionário porque foi a etapa em que os
Jacobinos, liderados por Robespierre, assumiram o comando da revolução. Portanto, foi
a etapa mais popular do movimento já que os Jacobinos eram representantes políticos das
classes populares.
Não foi apenas o rei que perdeu a cabeça. Durante esse período, as garantias civis foram
suspensas e o governo revolucionário, carregado de poder, paixão e radicalidade, utilizou
a guilhotina como instrumento de coerção.
Para alguns historiadores, esta etapa não predominou a ideologia burguesa, já que a
burguesia não conduzia a revolução neste período. Porém, antes da queda da Monarquia
Parlamentar, a burguesia chegou a proclamar uma República – a República Girondina em
setembro de 1792 (HOBSBAWN, 1996).
Portanto, o rei e a aristocracia não vacilaram em trair a França revolucionária. Luís XVI
e Maria Antonieta foram presos, acusados de traição ao país por colaborarem com os
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invasores. Verdun, última defesa de Paris, foi sitiada pelos prussianos. O povo, chamado
a defender a revolução, saiu às ruas e massacrou muitos partidários do Antigo Regime.
Sob o comando de Danton, Robespierre e Marat, foram distribuídas armas ao povo e foi
organizada a Comuna Insurrecional de Paris (HOBSBAWN, 1996).
A república jacobina é considerada a fase mais sangrenta, houve muitas execuções, tanto
da oposição quanto de próprios jacobinos. Uma palavra, um pensamento que indicasse
contrariedade e traição, já era suficiente para se perder a cabeça. Nem mesmo Robespierre
e Danton, líderes do governo revolucionário, escaparam da guilhotina.
Para Hobsbawm (1996), esta fase da revolução compreende a tomada de poder da classe
média liberal que decidiu continuar revolucionária mesmo no período posterior à
revolução antiburguesa. Mas como a pequena burguesia, comerciantes e profissionais
liberais poderiam instituir a liberdade aniquilando todos os que se opunham aos seus
ideais revolucionários?
Ainda, o direito de defesa foi suspenso, expandiu-se o conceito de suspeito, a massa foi
recrutada, os produtos de primeira necessidade foram taxados e, em muitos casos, altas
taxas eram cobradas aos ricos. De acordo com o historiador francês Albert Soboul, essas
medidas e tantas outras geraram uma atmosfera de grande terror.
Conforme outro historiador francês, François Furet, o Terror jacobino corresponde a dois
conceitos diferentes. O primeiro seria o de uma reivindicação popular pelo uso da
violência contra os inimigos da Revolução. O segundo significa a organização e
institucionalização de um conjunto de comitês repressivos sob o comando do Comitê de
Salvação Pública – órgão executivo que controlava as decisões governamentais (FURET,
1989).
De acordo com SOBOUL (1974), o Comitê de Salvação Pública utilizou o terror como
instrumento de defesa nacional e revolucionária, pois restaurou a autoridade do Estado,
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Para Robespierre a revolução era uma guerra pela liberdade contra seus inimigos, o terror
nada mais era do que a justiça pronta, severa, inflexível, que deveria ser aplicado às
necessidades mais urgentes da pátria. Vencidos os inimigos, surgem outros, em especial
a suspeita de um complô da aristocracia e a insatisfação da massa em relação ao
abastecimento de alimentos
É quando a crise política ganha força e o grupo no poder se divide. Em toda a França, a
opinião pública se cansava do terror, dos baixos salários e dos altos preços, e os Comitês
de governo se perdiam diante de tamanha desunião. Logo, o impulso da Revolução viu-
se definitivamente quebrado. Em meio ao medo, à fome e ao fim da ameaça externa, a
política da guilhotina torna-se intolerável. (ROBESPIERRE apoud MARTINS, 1999).
Era o fim do Terror com o golpe do 9 de Termidor (27/28 de julho de 1794), que tirou
Robespierre e sua cabeça do cargo de presidente do Comitê de Salvação Pública e trouxe
novamente a alta e conservadora burguesia ao poder ressalta-se que para que os Jacobinos
pudessem alacançar o poder político do Estado e assumí-lo, teve que contar com um apoio
fundamental: os sans-culottes. Os sans-culottes eram indivíduos populares – normalmente
desempregados e assalariados, a plebe urbana – que eram identificados pelo frígio, ou
barrete, vermelho que usavam sobre suas cabeças.
Porém, mesmo com o apoio dos sans-culottes e estando na direção política do Estado
realizando determinadas reformas políticas e sociais significativas, os Jacobinos não
duraram muito no poder devido ao que implantaram durante sua República – a Era do
Terror. Robespierre, líder supremo dos Jacobinos, decidiu implantar a Era do Terror. Mas
o que significou isso? Significou que era necessário agir de modo ditatorial para alcançar
um governo democrático e assegurar as conquistas instituídas pelas reformas que se
realizavam. Para tais fins teve que Robespierre impor o poder do Estado sobre a
população e condenar todos os que eram considerados suspeitos de traição à Guilhotina.
4. Conclusão
5. Bibliografias
HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções. 4ª ed. RJ: Paz e Terra, 1982.
HOBSBAWN, Eric. Ecos da Marselhesa: dois séculos revêem a Revolução Francesa, São
Paulo: Companhia das Letras, 1996.
SOBOUL, Albert. História da Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974.