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MANUAL DE PREVENÇÃO

E ENFRENTAMENTO AO
ASSÉDIO MORAL E SEXUAL E À
DISCRIMINAÇÃO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO DO TRABALHO

Ministério Público do Trabalho


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SUMÁRIO
Realização:
Procuradoria Geral do Trabalho

Ficha Técnica:
APRESENTAÇÃO 5
Anamaria Corrêa Marques
Cláudia Nassif Jaber INTRODUÇÃO, OBJETIVOS E PRINCÍPIOS 6
Eliane Araque dos Santos
DEFINIÇÕES E CARACTERIZAÇÕES DO ASSÉDIO MORAL,
Fábio Leal Cardoso
SEXUAL E/OU DISCRIMINAÇÃO 9
Maria Aparecida Gugel
Mariana Flesch Fortes EIXOS DE ATUAÇÃO 21
Renata Lacerda do Nascimento Moraes ESPAÇO DE DISCUSSÃO 23
Ricardo Augusto de Andrade Franco
Vinicius Pinto Corrêa
PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO DE NOTÍCIA DE
ASSÉDIO E/OU DISCRIMINAÇÃO 26

REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA SUGERIDA PARA LEITURA 29

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APRESENTAÇÃO

O presente manual decorre de previsão especíica da política nacional


de prevenção e enfrentamento ao assédio moral, sexual e discriminação
instituída na Portaria nº 583, de 22 de maio de 2017. Referida política tem
origem nas conclusões dos trabalhos desenvolvidos por comissão criada
(Portaria PGT nº 497/2016) diante de um contexto que apontava para a
MANUAL DE PREVENÇÃO necessidade de adoção de medidas voltadas à prevenção e tratamento
adequado de situações de assédio moral e sexual, dadas as repercussões

E ENFRENTAMENTO danosas no ambiente de trabalho que traziam desequilíbrio nas relações de


trabalho, incluídos os frequentes adoecimentos e afastamentos do trabalho.

AO ASSÉDIO MORAL O colóquio havido no ano de 2016 com o Professor Christophe


Dejours (psicanalista francês, criador da psicodinâmica do trabalho), após

E SEXUAL E À a conferência Pane nas organizações: do adoecimento ao reencantamento


do trabalho, além das pesquisas, documentos, observações e sugestões da
comissão de servidores, foram decisivos para a percepção da necessidade
DISCRIMINAÇÃO DO urgente de se ter o mecanismo adequado para buscar soluções pacíicas para
os problemas identiicados e estimular práticas administrativas exemplares
a serem aplicadas indistintamente a membros, servidores, estagiários,
MINISTÉRIO PÚBLICO aprendizes e terceirizados que desenvolvem suas atividades no MPT.

DO TRABALHO O manual aponta, sem esgotar o complexo tema, a partir da política


instituída, os objetivos, os princípios, os conceitos, as ações e as direções
para a sua implementação, o que deve ocorrer em conjunto com as comissões
nacional, regionais, e unidades de gestão de pessoas e de saúde.

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interpessoais e setoriais existentes
INTRODUÇÃO, OBJETIVOS E PRINCÍPIOS A Política de Prevenção e e, ao mesmo tempo, evitar seu
Enfrentamento Assédio Moral e agravamento e conformação de
Sexual e à Discriminação do Ministério situações de assédio;
O trabalho é um processo que A partir dessas perspectivas Público do Trabalho instituída pela
constitui a especificidade humana mais humana e integral da pessoa Portaria n° 583/2017, de 22 de maio de O constante monitoramento das
e, por isso, não se reduz à atividade é que se quer alcançar no âmbito do 2017. Seu propósito é o de colaborar atividades institucionais por meio
laborativa ou ao emprego, mas à Ministério Público do Trabalho (MPT) para atingir os objetivos deinidos na de espaços de discussão coletiva
produção de todas as dimensões relações profissionais saudáveis, referida política, quais sejam: e construtiva a fim de melhorar os
da vida. Na sua dimensão mais em ambientes respeitosos e éticos, ambientes de trabalho;
importante, o trabalho aparece como além de processos de trabalho A construção de uma cultura
atividade que responde à produção discutidos e dialogados em conjunto organizacional pautada no respeito A efetiva apuração e enfrentamento
dos elementos necessários e e devidamente estabelecidos. Tudo mútuo, equidade de tratamento e da prática do assédio moral, do
indispensáveis à sobrevivência dos de forma a efetivamente traduzir preservação da dignidade das pessoas; assédio sexual e da discriminação.
seres humanos. Ao mesmo tempo, uma gestão participativa com base
responde às necessidades de sua em relações saudáveis. A busca de soluções pacificadoras,
vida intelectual, cultural, social, por meio do diálogo permanente,
estética, simbólica, lúdica e afetiva O empenho de todos é para visando a dirimir os conflitos
(Pereira; Lima, 2008, p. 399-404). o desenvolvimento da cultura de
privilegiar os espaços de discussão,
“Trabalhar nunca é somente primeira ação para a implementação
produzir, mas é também transformar da política, nos quais se busca a
a si próprio” (Dejours, 2004, p. 51), o colaboração pessoal e coletiva para
que ocorre na maioria das vezes em a construção de compromissos
ambientes pouco amigáveis, com sobre convivência harmoniosa,
elementos de trabalho (processos processos de trabalho deinidos
de trabalho, computador, máquina, com mecanismos de aferição da
entre outros) que não funcionam a qualidade dos produtos e resultados
contento, e/ou situações pessoais esperados. Referidos espaços devem
particulares (conflitos domésticos, ter por base a cooperação e o diálogo
corpo doente, etc.) que interferem (aprender a falar e a ouvir o que o
nas relações profissionais. outro tem a dizer), considerados
chaves para as tomadas de decisão.

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A Política de Prevenção e Confidencialidade – assegurar o
Enfrentamento Assédio Moral sigilo das informações fornecidas
DEFINIÇÕES E CARACTERIZAÇÕES DO ASSÉDIO
e Sexual e à Discriminação do e envolver o menor número de MORAL, SEXUAL E/OU DISCRIMINAÇÃO
Ministério Público do Trabalho e todos pessoas com o objetivo de preservar
os mecanismos que a compõem a intimidade da vítima.
baseiam-se nos principais princípios:
O propósito das deinições se no presente manual conceitos de
Acesso- a política e os procedimentos
sobre assédio moral, sexual e estudiosos, ao mesmo tempo em que
dela decorrentes devem estar ao
discriminação é o de se ter um se sistematiza as condutas que podem
Respeito à Dignidade Humana e alcance de membros, servidores,
alinhamento dos tópicos a serem caracterizar prática de assédio moral,
Integridade – as pessoas envolvidas estagiários, aprendizes e terceirizados
enfrentados diante da política tendo-se em mente que se trata de
em procedimentos de apuração de no âmbito do MPT.
institucional, conforme o artigo 9º uma sistematização exempliicativa
assédio e/ou discriminação devem
da Portaria n° 583/2017. e que não pretende esgotar todas
ser tratadas com respeito à sua A política institucional de
as possibilidades de situações de
dignidade humana, com prioridade prevenção e enfrentamento ao
para a integridade física, psíquica, assédio moral, sexual e discriminação Assédio Moral: O assédio existência de assédio moral.
emocional e moral. e as proposições desse manual se moral é um fenômeno psíquico-
social e, considerado como uma Um dos mais difundidos
aplicam indistintamente a membros,
Objetividade – os procedimentos servidores, estagiários, aprendizes e violência psicológica, pode ter conceitos de assédio moral foi
devem ser ágeis, sem se estender terceirizados que desenvolvem suas diferentes motivações, autores cunhado pela psiquiatra francesa
no tempo, observando o princípio atividades no MPT. distintos e manifestar-se em Marie-France Hirigoyen que optou
constitucional da razoável condutas abusivas diversas. Em sua por utilizar uma denominação na
duração do processo para não origem tem sempre uma situação sua língua de origem (harcèlement
causar tensão nas vítimas e para de abuso de poder, podendo ocorrer moral), cunhando a expressão
resguardar a sua imagem. no âmbito da família, da sociedade, assédio moral.
do trabalho. Relações de poder
acompanhadas de atitudes hostis Para Marie-France Hirigoyen,
Imunidade – em nenhuma hipótese,
os denunciantes e as testemunhas e agressivas de um determinado o termo ‘assédio’ é utilizado com
serão expostas à represália de indivíduo em relação a outro podem o sentido de ataques constantes
qualquer natureza. ocorrer em qualquer contexto social, e repetidos que ameaçam a
incluído o ambiente de trabalho, integridade psicológica da pessoa
onde mulheres e homens passam a quem são dirigidos. Já o termo
grande parte do seu dia. ‘moral’ é escolhido para remeter à
construção social da moralidade
Não há na legislação brasileira como o que é dado como ‘bem’ e
um conceito deinido e positivado de ‘mal’, o que se deve e o que não se
assédio moral. Por isso, abordam- deve fazer e do o que é aceitável

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ou não pela sociedade. Trata-se de sobretudo por comportamentos, Pamplona em sua deinição a) perseguição ou submissão da vítima
uma escolha política, uma ‘tomada palavras, atos, gestos, escritos que dialoga com Hirigoyen. Note-se que ele a pequenos ataques repetidos;
de posição’ que pretende assinalar possam trazer dano à personalidade, reforça a existência de uma conduta
b) o ataque pode se expressar por
os comportamentos que não são à dignidade ou à integridade física ou abusiva para ensejar o assédio moral
aceitáveis na vida em sociedade, de forma reiterada, assim divergindo qualquer tipo de atitude por parte do
psíquica de uma pessoa, pôr em perigo
visto que afetam o bem-estar de Hirigoyen. No entanto, quanto à assediador, não necessariamente ilícita
seu emprego ou degradar o ambiente
psicológico de outra(s) pessoa(s).
de trabalho. denominação ambos estão de acordo em termos singulares, podendo ser
Como substantivo feminino que é, que há conduta abusiva geral no concretizado de várias maneiras (por
‘moral’ signiica o conjunto de valores assédio moral. gestos, palavras, atitudes, omissões
Rodolfo Pamplona Filho,
orientadores das relações sociais etc.), à exceção de condutas, agressões
deine o assédio moral como sendo
e do comportamento humano, e Posteriormente, Hirigoyen
uma conduta abusiva, de natureza ou violações físicas;
como adjetivo, aquilo que é próprio revê seu próprio conceito e passa
psicológica, que atenta contra a
da moral ou pertencente ao espírito
dignidade psíquica do indivíduo, de
a considerar que para conigurar c) pode pressupor motivações variadas
humano, os costumes, os valores, as
forma reiterada, tendo por efeito a
assédio moral deve existir a por parte do assediador;
regras e os estudos ilosóicos sobre repetição e sistematização dessa
o bem e o mal.
sensação de exclusão do ambiente
conduta abusiva. Todavia, julga que d) repetição ou sistematização no tempo;
e convívio social.
mesmo de forma isolada a conduta e) utilização de recurso e meios insidiosos,
Assim, a expressão assédio pode gerar danos a vítima. sutis ou subversivos, não claros nem
moral remete diretamente à ideia
manifestos, visando a diminuição da
de perseguição ao Segundo Maria Aparecida
estado de espírito Alkimin, o assédio moral ou agressão capacidade de defesa do assediado;
da vítima, com um psicológica é um fato social que f) criação de uma relação assimétrica de
efeito desmoralizador, ocorre no meio social, familiar, dominante e dominado psicologicamente;
atuando de forma estudantil e, mais intensamente, no
contrária aos valores ambiente de trabalho, abrangendo g) destruição da identidade da vítima;
pelos quais se devem tanto o setor privado como a h) consequente violação da dignidade
pautar o comportamento Administração Pública.
pessoal e proissional e, sobretudo, da
em sociedade e as
relações humanas. Isabel Ribeiro Parreira explica integridade psicofísica do assediado;
que para deinir é preciso saber o i) danos à saúde mental deste;
A partir disso que caracteriza o assédio moral de
Hirigoyen deiniu modo geral. Segundo Parreira, são j) colocar em perigo a manutenção do
assédio moral como comportamentos que podem ter as emprego da vítima;
sendo toda e qualquer seguintes características: k) e/ou degradação o ambiente laboral.
conduta abusiva
manifestando-se,
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Para Patrícia Piovessan e Paulo sujeito que pode exercê-lo. Segundo fé, principalmente a observância aos superior; horizontal, entre trabalhadores
César Rodrigues o Assédio Moral é Lydia Ramirez (2011), “o assédio limites da função social do contrato de mesma posição hierárquica, e misto
todo comportamento abusivo (gesto, moral é um processo, conjunto de e aos bons costumes. No entanto, quando duas modalidades, em geral,
palavra e atitude) que ameaça, por regras e procedimentos destinados a Adriane Reis de Araújo ressalta que quando colegas aderem o assédio vertical
sua repetição, a integridade física expor a vítima a situações incômodas o poder pode se manifestar nas descendente.
ou psíquica de uma pessoa. São e humilhantes, que na sutileza do mais distintas direções, não sendo
microagressões, pouco graves se cotidiano aparecem no estilo pé- deinido exclusivamente segundo Assédio Moral
tomadas isoladamente, mas que, de-ouvido, sendo a agressão não o que estabelece a hierarquia
por serem sistemáticas, aberta, nem exposta ao diálogo, burocrática – assim, entende ser Organizacional: O termo
tornam-se destrutivas. mas praticada pela comunicação possível a manifestação por um organizacional associado ao assédio
não verbal. O poder é exercido por subordinado hierárquico contra seu moral tem o propósito de destacar
Heinz Leymann (1996) entende quem oferece o trabalho ao que superior, ainda que raramente diante que esse tipo de prática estrutura-
que o assédio moral “envolve uma está em relação de subordinação dos mecanismos de controle da se a partir das estratégias de gestão
comunidade hostil e contrária à (...) o assédio moral é propiciado sociedade contemporânea.
ética, dirigida sistematicamente pelo elemento poder nas relações
por um ou alguns indivíduos de trabalho, o qual pode centralizar Para Araújo o assédio
sobretudo contra um indivíduo que o seu redor, uma parte do coletivo moral pode se apresentar
é, assim, colocado numa posição com a inalidade de propiciar um em quatro modalidades:
de impotência e vulnerabilidade e ambiente hostil e desestabilizador vertical descendente, quando
aí mantido pela continuação das para o trabalhador hostilizado (...) praticado por um trabalhador
atividades do mobbing”. como um feito que uma pessoa ou hierarquicamente superior
um grupo de pessoas externam contra um subordinado;
No Brasil os doutrinadores e a uma violência psicológica extrema vertical ascendente, ocorre do
população receberam a denominação de forma sistemática, durante um trabalhador contra seu
de assédio moral dada pela psicóloga longo período de tempo, sobre outra
Hirigoyen, por entenderem que se pessoa no local de trabalho.”
enquadra perfeitamente a realidade
vivenciada pela pessoa assediada. Percebe-se que grande parte da
Exemplo disso é o modo como a doutrina considera que o assédio
jurisprudência se consolidou junto moral, em regra, manifesta-se por
ao Tribunal Superior do Trabalho. condutas abusivas de quem detém o
poder diretivo, ou cargos de comando.
Para a maior parte da doutrina O comportamento do assediador
o poder é o elemento chave para ultrapassa os limites do poder diretivo
a ocorrência do assédio moral, e atinge os direitos fundamentais do
entretanto há divergências quanto ao empregado, violando o dever de boa-
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e de divisão do trabalho, ou seja extremamente importante para trazer na literatura por ela entabulada, na literatura, “a ofensa se dirige a
depende principalmente da maneira luz ao problema, pois tais estudos consiste no conjunto de condutas todos os bens jurídicos enumerados
como o trabalho está organizado. “foram essenciais para retirar da abusivas de qualquer natureza entre os direitos fundamentais do
obscuridade as humilhações sutis e exercido de forma sistemática operário” (2012) desrespeitando
Para diferenciar o assédio frequentes a que estão submetidos durante certo tempo em decorrência seus princípios mais essenciais, a
moral individual do assédio moral os trabalhadores em todo mundo de uma relação de trabalho e que saber: a liberdade e a igualdade, pois
organizacional, Bruno Farah desde larga data” (Araújo, 2012). resulte em vexame, humilhação ou ofende a dignidade do trabalhador,
explica que eles estão níveis constrangimento de uma ou mais
diferentes: no assédio moral Referida perspectiva também vítimas com a inalidade de obter
individual há pessoalidade com explica o fato de até então ter-se o engajamento subjetivo de todo
uma determinação do alvo, tendo dado maior ênfase aos aspectos o grupo às políticas e metas da
por objetivo excluir, prejudicar e individuais (psicológicos, subjetivos administração por meio da ofensa
levar a vítima a cometer erros e e patológicos) da questão (dadas a seus direitos fundamentais,
ao desequilíbrio emocional; no as fontes e métodos dessa área do podendo resultar em danos
assédio moral organizacional os conhecimento) e, de certa forma, ter- morais, físicos e psíquicos.
alvos são coletivos e, portanto, se invisibilizado a raiz coletiva do
indefinidos, não havendo a problema. Para Araújo, essa análise No entanto, o conceito
natureza pessoalizada como no ataca os sintomas (ou fenômenos apresenta falhas e a própria
assédio moral. O objetivo principal aparentes do problema que se Araújo airma que, para
do assédio moral organizacional é apresentam aos psicólogos nos além do que se encontra
aumentar a produtividade. consultórios), mas não as causas
que os fomentam, as quais, segundo
É interessante compreender a ela, são coletivas e derivam de certa
dimensão coletiva de tal tema e, para estrutura estabelecida nas empresas
tanto, Araújo aponta que as primeiras na gestão da mão-de-obra, sendo o
pesquisas sobre assédio moral assédio individual nada mais do que
nas relações de trabalho surgiram uma expressão parcial
a partir de estudos psicológicos e desse todo.
psiquiátricos. Tais estudos foram
realizados por proissionais que A visão mais abrangente,
tratavam de trabalhadores que lhes segundo a autora, é aquela que
pediam ajuda sendo que, ao longo do pode oferecer uma resposta coletiva
tratamento, percebeu-se que havia ao problema e talvez compreender
um nexo causal entre os problemas a sua lógica fomentadora. Desse
psicológicos e as relações de modo, propõe o conceito de assédio
trabalho. Esta perspectiva foi moral organizacional que, com base
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não sendo reconhecida sua condição A autora ressalta que as pessoas são periodicidade - diante da “precariedade
de humano livre e igual. A coação, diferentes e inclusive isicamente das relações de trabalho no Brasil, com
no assédio moral organizacional respondem de maneiras diversas às a possibilidade de ruptura injustiicada
ocorre indiretamente por intermédio agressões de modo que a análise não e imediata pelo empregador também
de um poder descentralizado que do contrato de trabalho a prazo
deveria partir da consequência na
viabiliza o engajamento voluntário indeterminado, justiica-se a rejeição de
de trabalhadoras e trabalhadores, vítima, mas da conduta do agressor. qualquer delimitação temporal mínima”;
convertendo-se em modo de gestão.
O terceiro mito está na airmação durabilidade do ato faltoso - as
A solução deinitiva para o de que a direção das empresas agressões nem sempre precisam ser
problema, de acordo com Araújo, desconhece essa prática abusiva humilhantes ou constrangedoras se
só será alcançada quando a lógica dentro de suas dependências. Ora, se tomadas isoladamente, ou seja, fora
desse sofrimento for atacada e não a prática tem como inalidade obter de sua contextualização;
apenas seus sintomas como propõe o engajamento subjetivo do grupo
a doutrina. Isso porque, ao assim as espécies de condutas abusivas
como um todo às políticas de metas da
fazer, torna invisível os fundamentos - apoia-se em Hirigoyen que
coletivos da questão e cria mitos administração, sendo este um método aponta a) a deterioração proposital
sobre assédio moral no trabalho: de gerenciamento, portanto, não é das condições de trabalho, b) o
só do conhecimento da direção, mas isolamento e recusa de comunicação,
O primeiro consiste na ideia de também é estimado e valorizado como c) o atentado contra a dignidade, d)
que o assédio moral tem um peril prática de administração. a violência verbal, física ou sexual,
preferencial de agressor ou de vítima e também em Margarida Barreto,
Araújo aponta alguns critérios e) dar instruções confusas ou
que Araújo, em sua dissertação de
para a identiicação do assédio imprecisas, f) bloquear o andamento
mestrado, refuta demonstrando que
moral organizacional: do trabalho, g) atribuir erros
tal resultado varia dependendo dos imaginários e h) ignorar a presença
critérios e dos recortes da pesquisa, derepercussão da conduta abusiva na dos trabalhadores.
forma que não há um padrão que possa saúde física e psicológica da vítima
ser estabelecido previamente para tal, - não há necessidade de que a vítima inalidade da conduta abusiva -
sendo qualquer pessoa uma possível apresente um quadro de doenças quando a doutrina aborda que se
vítima ou agressora. mentais ou físicas para condicionar identiica o assédio pelas condutas
o reconhecimento do assédio moral voltadas à degradação das condições
humanas, sociais e materiais do
O segundo mito diz respeito à à sua subjetividade;
trabalho ou, especiicamente, o
necessidade de adoecimento da vítima afastamento da vítima do local de
para que se conigure o assédio moral. trabalho, Araújo responde que esta
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não é a inalidade mas o sintoma Discriminação e assédio Já o assédio moral caracteriza- que consiste em exigência formulada
aparente pois, para ela a inalidade é se por ser uma perseguição e tem por superior hierárquico a um
instrumental, qual seja a promoção
moral: Há grande proximidade como inalidade o engajamento subordinado, para que se preste à
entre os conceitos de assédio
do envolvimento subjetivo dos subjetivo do grupo de trabalhadores atividade sexual, sob pena de perder
moral e discriminação, visto que o
trabalhadores às regras da (seu controle e disciplina) às metas de o emprego ou benefícios advindos
assédio moral pode ser causado por
administração, pressionando-os produção e regras de administração, o da relação de emprego.
algum preconceito, de forma que, na
à resignação aos parâmetros da que não impede que possa corroborar
prática, muitas vezes não é possível
empresa e excluindo aqueles com o para discriminatória, podendo ocorrer O que os difere do assédio moral?
identiicar o motivo da conduta.
“peril inadequado”. A docilização e conjuntamente, no entanto, distingue-
Todavia são termos distintos e para
padronização do comportamento de se da discriminação em relação à sua Primeiramente, o assédio sexual
diferenciar utilizaremos mais uma
todo grupo de trabalho obtidas pela inalidade, pois o motor do assédio é deinido em lei (artigo 216-A do
vez a debate trazido por Adriane Reis
sanção imputada aos “diferentes” não é a discriminação negativa, mas o Código Penal), o que não ocorre com
de Araújo.
se difunde em todos os níveis da engajamento subjetivo do trabalhador. o assédio moral.
organização, destacando também
A discriminação tem origem
que a organização produtiva não visa Tem-se, portanto, no assédio Código Penal - Art. 216-A Constranger
em uma diferença entre pessoas,
apenas o lucro, pois o assédio pode
podendo ter um juízo de valor
moral a perseguição regular e alguém com o intuito de obter
ser desencadeado simplesmente sistemática para impor determinada vantagem ou favorecimento sexual,
positivo ou negativo e este, por
porque o trabalhador não se
sua vez pode gerar estereótipos
conduta à vítima. Na discriminação, prevalecendo-se o agente da sua
apresenta suicientemente engajado o tolhimento de oportunidades da condição de superior hierárquico ou
e preconceitos a depender da
com a cultura empresarial. vítima de forma arbitrária. ascendência inerentes ao exercício de
ausência de conhecimento sobre o
tema por parte do agente. Segundo emprego, cargo ou função.
perfil e a intencionalidade do Assédio Sexual X Assédio
a Convenção n° 111 da Organização
agressor - não há particular Para ocorrer a tipiicação do
importância os traços da personalidade
Internacional do Trabalho (OIT) Moral: Quanto ao assédio sexual,
discriminação compreende toda objeto também tratado na política assédio sexual não é necessária
do agressor. No entanto, deve-se a repetição nem a sistematização
distinção, exclusão ou preferência institucional do MPT de prevenção
atentar para esse critério que acaba da conduta, basta um único ato de
fundada na raça, cor, sexo religião, e enfrentamento, podem-se elucidar
por responsabilizar individualmente assédio sexual.
opinião política, ascendência suas duas formas mais comuns: (i)
a própria vítima ou agressor pelo
nacional ou origem social que o assédio sexual por intimidação
assédio e reairma sem justiicativa, os O assediador deve estar em
tenha por efeito destruir ou alterar caracterizado por incitações sexuais
preconceitos, ocultando a dimensão mesmo nível hierárquico ou superior
a igualdade de oportunidade ou de com o efeito de prejudicar a atuação
coletiva do problema. ao da vítima, além de a conduta
tratamento em matéria de emprego laboral de uma pessoa ou de criar
ou proissão. uma situação ofensiva, hostil de do assediador ser indesejada pela
intimidação ou abuso no trabalho e vítima. É possível, ainda, que o
(ii) o assédio sexual por chantagem autor da conduta de assédio sexual

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seja pessoa estranha à empresa,
desde que o ato seja praticado
EIXOS DE ATUAÇÃO
com a conivência do empregador
(exemplo de empregador que
oferece empregadas como prêmio A Política de Prevenção e líderes e equipes, sempre com
a clientes). Enfrentamento ao Assédio Moral o objetivo na humanização dos
e Sexual e à Discriminação do ambientes de trabalho e, quando
Araújo faz críticas a tais Ministério Público do Trabalho necessário nas mudanças de
requisitos do Código Penal pois não foi elaborada com a inalidade de métodos e processos de trabalho.
tipiica o assédio sexual por colega prevenir, enfrentar e intervir em
da vítima ou por seu subordinado. condutas de assédio moral, sexual As ações de prevenção são
Tais situações, embora não previstas e discriminação no ambiente de construídas para alcançar soluções
no direito penal, são passíveis de trabalho, destinada a membros, humanas e paciicadoras para os
justa causa no direito do trabalho. servidores, estagiários, aprendizes e relacionamentos desgastados no
pessoal terceirizado. ambiente de trabalho, sempre com
a perspectiva de prevenção de
No eixo preventivo, preconiza- conflitos, com o surgimento e/ou
se o fomento ao ambiente e à cultura agravamento de situações de assédio
organizacional saudáveis pautada e discriminação. Tais ações podem
pelo respeito mútuo, equidade prevenir potenciais assediadores,
de tratamento e preservação da reduzir vulnerabilidades e vítimas
dignidade das pessoas, cujas ações se em potencial.
materializam por meio de campanhas
que tenham por foco principal a Os espaços de discussão, de
característica voluntária, também
redução do grau de verticalização das
relações hierárquicas baseada em se colocam nesse eixo de atuação
poder, bem como na eliminação da preventiva, considerando-se
vigilância fóbica e no desnecessárioque podem fortalecer os laços
controle humilhante por parte de pessoais e profissionais para a
superiores hierárquicos. construção de compromissos e
objetivos comuns voltados para a
Abarcam o eixo de atuação organização do trabalho.
preventiva, as ações de capacitação
do corpo funcional com treinamento
em inteligência emocional para

20 21
A política institucional também
apresenta um eixo de intervenção que
ESPAÇO DE DISCUSSÃO
se propõe a aferir a admissibilidade
prévia das notícias (queixas)
encaminhadas à Comissão de O Espaço de Discussão ou de de refletir, interpretar, pensar,
Prevenção e Enfrentamento do Assédio Deliberação Coletiva é um conceito sentir, inventar e criar soluções.
Moral, Sexual e Da Discriminação da teoria da Psicodinâmica do
da Procuradoria-Geral do Trabalho Trabalho, que tem como principal Entre o trabalho prescrito
(CAMSD), acerca de atos que possam objeto de estudo as relações entre (Organização do Trabalho) e o
conigurar modalidade de assédio trabalho e saúde mental e busca trabalho real (Trabalhar) existe
moral, sexual ou de discriminação no compreender a relação entre o uma lacuna, pois o prescrito é
ambiente do trabalho. trabalhar e a organização uma mera expectativa de como
do trabalho. se espera que o trabalho ocorra
Nas hipóteses em que não se
e o trabalho real é como ele
veriicarem as práticas de atos desta
A organização do trabalho efetivamente acontece, com
natureza, a CAMSD poderá mediar/
conciliar os respectivos conflitos engloba aspectos como a natureza situações não previstas. Diante
intersubjetivos, e quando for o caso e divisão das tarefas, tempo, regras do inesperado, daquilo que não
propor e encaminhar recomendações formais, produtividade esperada, está prescrito, o ser humano
de mudança no ambiente de modos de gestão, regras informais, dispõe de sua inteligência para
trabalho, de capacitação pessoal interações coletivas e condições de que o trabalho aconteça.
dos envolvidos e/ou pessoas infraestrutura. É deinido também
potencialmente atingidas. como o trabalho prescrito. Para a psicodinâmica
do trabalho, trabalhar é uma
Segundo a política nacional, O trabalhar não é possuir experiência de fracasso diante
Comissões Regionais deverão um emprego, receber um salário, do real (ineditismos, inesperado,
ser criadas em todas as unidades desempenhar atividades, imprevistos, contradições,
regionais podendo atuar em conjunto cumprindo ordens, tarefas, ambivalências, falhas), o que
com a CAMSD, com as unidades de objetivos, metas e prazos. O consequentemente leva o
gestão de pessoas e de saúde para Trabalhar é o engajamento do ser trabalhador a um sofrimento, que
alcançar a solução consensual de humano, de sua subjetividade no pode ser patogênico ou criativo.
situações apresentadas, tendo como trabalho. E diante da realidade e
centro principal de atenção a vítima
dos contextos do trabalho dispor Se for patogênico acarretará
e sempre com conidencialidade e
de sua inteligência, capacidade o surgimento de patologias e
sigilo de informações.
consequentemente o adoecimento

22 23
do indivíduo, por outro lado se nesses espaços são voluntárias,
for criativo, mobiliza (ação) para surgem da necessidade de cada
busca das soluções e instala-se espaço laboral.
o prazer e consequentemente a
qualidade de vida no trabalho. Quando criados, devem
ocorrer em reuniões periódicas
O espaço de discussão pautadas na coniança mútua entre
surge como forma de mobilizar o os integrantes, em que haja espaço
sofrimento, tornando-o criativo e para todos falarem a respeito do
fonte de saúde e prazer no trabalho. trabalho, independentemente do
nível hierárquico.
É um espaço de fala e
escuta, no qual todos estão
autorizados a formular livremente
e publicamente suas opiniões
sobre a organização do trabalho e
dos problemas vivenciados nele.
É um espaço para compartilhar o
que fazemos no trabalho, inclusive
compartilhar os problemas que Mas mais do que um espaço Esse é um espaço de
enfrentamos, as inseguranças, de fala, é um espaço de escuta. deliberação coletiva, na qual
dúvidas, incertezas que temos E deve-se compreender a escuta seus integrantes por meio da
sobre o que realizamos, sobre o como a capacidade de ouvir e fala e da escuta refletem sobre a
resultado que entregamos, sobre compreender, interpretar o que reestruturação dos processos e
os erros, falhas que cometemos. está sendo dito. Escutar permite, ambientes de trabalho e tomam
portanto, compreender a fala decisões e encaminhamentos
É um espaço de fala na e a opinião do outro e como ele sobre as questões que interessam
medida em que ocorre a exposição interpreta e vive a realidade. o futuro do serviço.
do que se vivencia no trabalho, Escutar é permitir-se inclusive
como forma de se comprometer e aceitar a realidade e o ponto A constituição do espaço de
coniar no coletivo e acreditar que a de vista do outro como mais discussão deve ter apoio e ser
discussão poderá produzir efeitos verossímil que o meu. estimulada pela administração
e ações; favorecer o consenso; superior. Entretanto, a criação e
aproximar pontos de vista e a participação dos trabalhadores
permitir a tomada de decisões.
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PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO DE NOTÍCIA DE ③ Apresentação pelo relator/revisor ⑤ Encaminhamentos inais em
do estudo aprofundado do caso, em até 35 dias após a 1ª reunião, no
ASSÉDIO E/OU DISCRIMINAÇÃO até 10 dias após a 1ª reunião, com sentido de: i) recomendar ações para
a proposição de diligências, coleta solucionar o problema ou prevenir
de informações, documentos, oitiva novas ocorrências, dentre elas a
de testemunhas, visitas ao local de realização de treinamentos nas áreas
O procedimento de apuração de notícia de assédio moral, sexual e de trabalho do autor da denúncia. de relações interpessoais, liderança
discriminação tem premissas especíicas: e outros; as mudanças de métodos
④ Emissão de parecer conclusivo e processos na organização do
> é adotado por provocação da vítima ou por quem apresente a e com justificativas técnicas, em trabalho; as melhorias das condições
notícia; até 30 dias após a 1ª reunião, de trabalho e o aperfeiçoamento das
> é imediato; sobre a caracterização ou não práticas de gestão de pessoas; ii)
> é conidencial; de assédio moral, sexual ou de recomendar à Unidade de Gestão de
> é dinâmico na persecução; prática de discriminação. Se a Pessoas, à Diretoria Geral, à cheia
> permite a assistência, a orientação e o acompanhamento dos conclusão for no sentido de não da unidade ou à cheia imediata
envolvidos, incluído o acompanhamento de colega de trabalho ou ocorrência de assédio moral, sexual ações para resolução do assédio e/
de representante de sindicato/associação; ou discriminação no trabalho, mas ou da discriminação ou a adoção de
> permite a juntada de documentos; que exijam acompanhamento ou medidas preventivas e repressivas
mediação de conflito, poderão ser a respeito, inclusive, se for o caso, a
> contempla a conciliação dos conflitos em todas as fases do
expedidas as recomendações e as realocação imediata dos envolvidos
procedimento.
intervenções pertinentes. em outro setor; iii) opinar sobre o
enquadramento de falta funcional
Findo o procedimento e não sendo possível ajustar e/ou conciliar
previsto em lei ou no código de ética de
será encaminhado parecer conclusivo à autoridade competente, sob
servidores e membros do Ministério
autorização expressa dos envolvidos.
Público do Trabalho, recomendando
ao Procurador Geral do Trabalho com
O regimento interno da CAMSD contém o fluxo da notícia de assédio e/
a anuência da vítima.
ou discriminação que compreende etapas de:

① Recebimento da notícia.

② Convocação de reunião pelo Coordenador, em até dois dias, para discussão


e deliberação dos procedimentos de i) afastamento ou não do autor ou vítima
do ambiente sob suspeita de prática de assédio, ii) acompanhamento ou não
da unidade de saúde, iii) em caso positivo, encaminhamento de sugestão ao
PGT e, iv) distribuição a relator/revisor.

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REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PARA LEITURA
1 - Recebimento
da notícia AGUIAR, André Luiz Souza. Assédio moral: o direito à indenização pelos
maus-tratos e humilhações sofridos no ambiente de trabalho. São Paulo:
LTr, 2005.

2 - Agendamento de reunião de deliberação ALKIMIN, Maria Aparecida. Assédio moral na relação de trabalho. 2. ed.
em até dois dias para definir relator/revisor Curitiba: Juruá, 2011.
e deliberar eventuais ações
ARAÚJO, Adriane Reis de. O assédio moral organizacional. São Paulo:
LTr, 2012.

3 - Relator/revisor apresentam estudo do ASSÉDIO moral e sexual no trabalho. Brasília: TEM, ASCOM, 2009.
caso e propõem diligências em até 10 dias Disponível em http://trabalho.gov.br/publicacoes-do-trabalho/trabalho/
outros-assuntos-estudos/item/271-cartilha-assedio-moral-e-sexual-no-
trabalho. Acesso em 19 de fevereiro de 2017.

BARRETO, Marco Aurélio Aguiar. Assédio moral no trabalho: da


4 - Emissão de parecer conclusivo e com justificativas responsabilidade do empregador – perguntas e respostas. São Paulo:
técnicas, em até 30 dias após a 1ª reunião LTr, 2007.

BARRETO, Margarida M. S. Uma jornada de humilhações. 2000. 266 f.


Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) – PUC, São Paulo, 2000.
5 - Mesmo concluindo não se tratar de assédio ou discriminação _____.Violência, saúde e trabalho: uma jornada de humilhações. São
poderá ser indicado o acompanhamento ou mediação de Paulo: EDUC. 2003
conflito, com expedição de recomendações e intervenções
BARROS, Alice M. de. Proteção à intimidade do empregado. São Paulo:
Ltr, 1997.

6 - Encaminhamentos finais em até 35 dias após a DEJOURS, Cristhophe. Entre o Desespero e a esperança: como reencantar
1ª reunião: recomendações de ações para cessar o trabalho? In Cult n. 139, p. 49-53.
o problema ou prevenir novas ocorrências
_______. Trabalho Vivo, Sexualidade e Trabalho, Tomo I, Tradução de
Franck Soudant, Brasília : Paralelo 15, 2012.
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_______. Trabalho Vivo, Trabalho e Emancipação, Tomo II, Tradução de OLIVEIRA, Paulo Eduardo Vieira. Assédio moral no trabalho:
Franck Soudant, Brasília : Paralelo 15, 2012. caracterização e consequências . São Paulo: Ltr, 2013.

_______. Conferência Saúde Psíquica e Trabalho Judicial. Tribunal PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O dano moral na relação de emprego. 3ª ed.
Superior do Trabalho acesso em https://www.youtube.com/ São Paulo: Ltr, 2002.
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______. Noções conceituais sobre o assédio moral na relação de emprego.
FREITAS, Maria Ester de Freitas; HELOANI, José Roberto; BARRETO, Revista LTr, São Paulo, v. 70, n. 9. 2006.
Margarida Barreto. Assédio moral no trabalho. São Paulo: Cengage
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